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Choque séptico Gabriela G. Silveira Faculdade de Medicina - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

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Page 1: Choque séptico Gabriela G. Silveira Faculdade de Medicina - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Choque séptico

Gabriela G. SilveiraFaculdade de Medicina - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

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Choque

¨Síndrome caracterizada por uma incapacidade do sistema circulatório em fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos de forma a atender suas necessidades metabólicas¨

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Classificação dos estados de choque

Hiperdinâmicos: DC, RVP Séptico Anafilático Neurogênico

Hipodinâmicos: DC, RVP Hipovolêmico Cardiogênico Obstrutivo

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Conceitos em sepse

Infecção: invasão de um tecido por microorganismos determinado lesão localizada por ação direta e pela reação inflamatória

Bacteremia: bactérias viáveis no sangue circulante detectada por hemocultura

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SIRS: 2 ou + dos seguintesFR>20irpm ou PaCO2<32mmHgFC>90bpmTax>38ºC ou <36ºCLeucócitos> 12000mm3 ou <4000mm3

Sepse: SIRS + infecção

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Sepse severa: sepse + evidência de perfusão orgânica alterada

HipoxemiaLactacidemiaOligúriaAlteração do nível de consciência

Choque séptico: sepse severa + hipotensão arterial (PAs<90mmHg ou queda na PAM>40mmHH em pacientes previamente hipertensos)

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Choque séptico refratário: >1hora de evolução apesar do tratamento adequado

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Fatores de risco para a sepse

Medicina invasivaTerapias imunossupressorasAumento da longevidadeInfecção por germes multiresistentesDoenças imunosupressoras

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Incidência e epidemiologia

35 a 40% dos pacientes sépticos evoluem para o estado de choque

Mortalidade de 43,8%¨Alta prevalência, alta morbidade, alta

mortalidade, alto custo¨

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Fisiopatologia

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Disfunção orgânica no choque séptico

CérebroPAM < 50-55mmHgEncefalopatia sépticaConfusão, torpor ou coma

CoraçãoTaquicardiaHipotensãoArritmogêneseDepressão miocárdica

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Disfunção orgânica no choque séptico

Pulmões: TaquipnéiaAlcalose respiratóriaSARA -> hipoxemia refratária -> ventilação

mecânica com altos níveis de PEEPRins

PAM<70mmHg -> diminui taxa de filtração glomerular -> insuf pré renal -> IRA (Cr>2,5mg/dl ou oliguria) -> isquemia prolongada -> NTA -> uremia -> diálise

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Disfunção orgânica no choque séptico

Trato gastrointestialGastrite isquêmicaColecistite acalculosaPancreatie Íleo metabólico Isquemia mesentérica aguda não oclusivaColite isquêmicaTranslocação de toxinas da microbiota

ileocolônica -> DMOS

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Disfunção orgânica no choque séptico

Fígado Hepatite isquêmica

aumento de TGO, TGP, FA Hipoalbuminemia Alargamento do TP Hiperbilirrubinemia (BD)

Sist. Hematológico Leucocitose com desvio para esquerda Pancitopenia CIVD

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Quadro clínico

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Prognóstico

Hospedeiro x mediadores inflamatórios

Grau de lesão tecidual

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Objetivos do tratamento – SSC 2008

Erradicar a causaSuporte a alterações orgânicasE assim...Diminuir o risco relativo de óbitos em

25% em 5 anos

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Ressucitação inicial

Reposição volêmica Cristalóides x colóides 500ml/30minAté melhora dos parâmetros

hemodinâmicos (PA, debit urinário, FC)

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Ressucitação inicial objetivos

PVC 8-12mmHg

PAM 65mmHg

Déb.urinário 0,5ml/kg/h

Sat. Venosa central

70%

Pacientes em ventilação mecânica, aumento de pressão abdominal e disfunção diastólica -> PVC 12 -15mmHg

FC é também é um marcador de boa reposição volêmica

Pacientes com lactato aumentado devem receber terapia mais agressiva de reposição volêmica

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Diagnóstico

HemoculturaAcesso periféricoAcesso central (exceto se esse foi intalada

a menos de 48h)Outras amostras de cultura conforme

quadro clínicoExames de imagem

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Antibióticoterapia

Preferencialmente, iniciar na primeira hora após diagnóstico de sepse

Inicialmente, de largo espectroReavaliação diária (culturas e estado

clínico)

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Identificação da fonte

Resolver o foco o mais rápido possível (até 6h)

Maneira menos invasiva

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Vasopressores

Se PAs<90mmHg após 30min de terapia hídrica

Manter PAM em torno de 65mmHgNoradrenalina x dopaminaMonitorização por pressão arterial

invasivaNoradrenalina: 0,1 a 1microg/kg/minDopamina: 3 a 5 ou 8 a 20microg/kg/min

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Agentes inotrópicos - dobutamina

Pode ser usada em pacientes com baixo índice cardíaco, que permanecem hipotensos após reposição volêmica e uso de vasopressores

Dose: 3 a 20microg/kg/min

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Corticóides

Em pacientes com pouco resposta a elevação da PA após repição volêmica e uso de vasopressores

Hidrocortisona em doses <300mg/diaApós 5-7 dias reduzir 50% a cada 2-3

dias

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Outras intervenções

Proteína C ativadaControle glicêmico (110 a 140)Transfusão de hemácias Hb<7Prevenção de trombose venosaProfilaxia de úlcera de stress

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Referências

Elias Knobel – Condutas no paciente grave. Rev. chil. infectol. v.20  supl.1 Santiago  2003 Fisiopatologia da sepse e suas complicações

terapêuticas. Simpósio: medicina intensiva. Infecção e choque. Cap 2. FMRP, 1998

www.survivingsepsis.org

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Bom dia! =)