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 Atelier de Informação e Jornalismo I  2º Semestre Módulo de RÁDIO 2009 2010  Semiótica  2º Semestre 2009 2010 Semi Semi Semi Semiótica tica tica tica  cenc a ura em nc as a omun caç o 1º Ano Sessão de contacto 2 | 24/02/2010 Sessão de contacto 2 | 24/02/2010 Sessão de contacto 2 | 24/02/2010 Sessão de contacto 2 | 24/02/2010 Contributos históricos para a autonomização da Semiótica

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  • Atelier de Informao e Jornalismo I 2 Semestre Mdulo de RDIO

    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    SemiSemiSemiSemiticaticaticaticaLicenciatura em Cincias da ComunicaoLicenciatura em Cincias da Comunicao1 Ano

    Sesso de contacto 2 | 24/02/2010Sesso de contacto 2 | 24/02/2010Sesso de contacto 2 | 24/02/2010Sesso de contacto 2 | 24/02/2010Contributos histricos para a autonomizao da Semitica

  • Atelier de Informao e Jornalismo I 2 Semestre Mdulo de RDIO

    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    Referncia BibliogrReferncia BibliogrReferncia BibliogrReferncia BibliogrficaficaficaficaCARMELO, LUS, 2003, Semitica. Uma

    introduo, Lisboa, Europa-AmricaCaptulo 2 A tradio semitica pp. 13-67

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    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    Contributos histContributos histContributos histContributos histricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizao o o o da disciplinada disciplinada disciplinada disciplina

    A semitica uma cincia jovem, mas a reflexo filosfica sobre a significao e os signos to antiga quanto o pensamento filosfico. Plato Plato Plato Plato Fdon Fdon Fdon Fdon Plato Plato Plato Plato Fdon Fdon Fdon Fdon As ideias so independentes da sua representao atravs de signos

    O conhecimento mediado por signos inferior ao verdadeiro

    conhecimento e pressupe uma incompleta representao da

    natureza real das coisas.

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    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    Plato (427Plato (427Plato (427Plato (427----347 a.C.) 347 a.C.) 347 a.C.) 347 a.C.) CrtiloCrtiloCrtiloCrtiloDilogo entre Scrates, Hermgenes e Crtilo

    As palavras nomeiam as coisas merc de um acordo natural com os

    entes, ou, pelo contrrio, a atribuio dos nomes apenas fruto

    de uma conveno arbitrria?

    Hermgenes e Crtilo

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    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    Contributos histContributos histContributos histContributos histricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizao o o o da disciplinada disciplinada disciplinada disciplina

    CrtiloCrtiloCrtiloCrtilo Hermgenes explica a ScratesDe facto, nenhum nome pertence por natureza a nenhuma coisa, mas por natureza a nenhuma coisa, mas estabelecido pela lei e pelo costume daqueles que o usam, chamando as coisas

    Princpio da convencionalidadePrimado da no motivao natural dos nomes

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    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    Contributos histContributos histContributos histContributos histricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizao o o o da disciplinada disciplinada disciplinada disciplina

    CrtiloCrtiloCrtiloCrtilouma coisa o nome e

    outra coisa aquilo de outra coisa aquilo de que nome

    Expresso e contedoNOME AQUILO DE QUE

    NOME

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    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    Contributos histContributos histContributos histContributos histricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizao o o o da disciplinada disciplinada disciplinada disciplinaSofista Sofista Sofista Sofista tal como entre as coisas umas se combinavam mutuamente e as outras no, entre os signos vocais h

    uns que no se combinam, mas os que se combinam criaram o discurso. () Desde que existe, o discurso necessariamente um discurso sobre alguma coisa;

    Princpio da referencialidade

    necessariamente um discurso sobre alguma coisa; impossvel que seja um discurso sobre nada.

    Signos Regras Discurso

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    Contributos histContributos histContributos histContributos histricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizao o o o da disciplinada disciplinada disciplinada disciplina

    Sofista Sofista Sofista Sofista Pois bem, pensamento e discurso so uma e a mesma coisa, mas o discurso interior que a alma faz em silncio com ela mesma recebeu o nome especial de pensamento. () Mas a corrente que especial de pensamento. () Mas a corrente que

    sai da alma pela boca sob a forma de som recebeu o nome de discurso.

    Pensamento e DiscursoDiscurso interior; monlogo interior da alma

    Corrente que sai da alma pela boca

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    Contributos histContributos histContributos histContributos histricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizao o o o da disciplinada disciplinada disciplinada disciplinaAristteles, em Peri Hermeneias Peri Hermeneias Peri Hermeneias Peri Hermeneias

    o nome o som vocal que possui uma significao convencional, sem uma significao convencional, sem

    referncia ao tempo e do qual nenhuma parte possui significao quando tomada separadamente.

    O signo lingustico, uma categoria restrita no universo mais vasto das coisas que significam, smbolo dos estados de alma, estados estes que so, por usa vez, imagens das coisas.

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    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    Contributos histContributos histContributos histContributos histricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizao o o o da disciplinada disciplinada disciplinada disciplinaEsticos Estoicismo: escola filosfica

    fundada por Zeno de Cicio (filsofo grego, 335-264 a.C.) Signo:Objecto que pe em

    relao 3 entidades:relao 3 entidades:um significantesignificantesignificantesignificante ou som,

    um significadosignificadosignificadosignificado ou lekton, que uma entidade imaterial,

    e o objectoobjectoobjectoobjecto que uma realidade exterior

    referida pelo signo.

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    Contributos histContributos histContributos histContributos histricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizao o o o da disciplinada disciplinada disciplinada disciplinaGaleno Mdico em Prgamo

    e depois em Roma

    Semitica mdica:Signos sintomas de doena. Podem ser de

    3 tipos:a) Diagnsticos: quando a partir dos sintomas,

    se identifica o estadob) Prognsticos: quando a partir dos

    sintomas, se prev situao futurac) Teraputicos: quanto a observao dos

    sinais conduz a tratamento

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    Contributos histContributos histContributos histContributos histricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizao o o o da disciplinada disciplinada disciplinada disciplinaSanto Agostinho (345-430 d.C.)

    Signos naturais e Signos convencionais

    Os que involuntariamente significam:Fumo, sinal de fogoPegada, sinal de animal

    Institudos pelo homem com o fim de representarOs signos convencionais so

    os signos que mutuamente trocam entre si os viventes

    para manifestar, na medida do possvel, as moes da alma,

    como as sensaes e os pensamentos

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    Contributos histContributos histContributos histContributos histricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizaricos para a autonomizao o o o da disciplinada disciplinada disciplinada disciplina John Locke (1632-1704), em Ensaio

    Sobre o Entendimento HumanoFsica ou Filosofia NaturalFsica ou Filosofia NaturalFsica ou Filosofia NaturalFsica ou Filosofia Natural: ocupa-se do conhecimento das Fsica ou Filosofia NaturalFsica ou Filosofia NaturalFsica ou Filosofia NaturalFsica ou Filosofia Natural: ocupa-se do conhecimento das

    coisas materiais e espirituais, da sua constituio, propriedades e operaes.

    tica:tica:tica:tica: procura daquelas regras e medidas das aces humanas que conduzem felicidade.

    Semitica ou Lgica:Semitica ou Lgica:Semitica ou Lgica:Semitica ou Lgica: entendida como doutrina dos sinais, sendo os principais de entre eles as palavras.

    Primeira vez que o termo semitica aparece como uma das trs grandes provncias do conhecimento.

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    AcepAcepAcepAcepes cientes cientes cientes cientficas da palavra Semificas da palavra Semificas da palavra Semificas da palavra Semiticaticaticatica Como uma parte da filosofia que tem como finalidade prpria a formalizao da linguagem. Disciplina de carcter lgico, uma espcie de lgica formal, que analisa a linguagem como conjunto de signos apto para a expresso cientfica e filosfica. Como semntica e assim se intitulam os semiticos estudos que Como semntica e assim se intitulam os semiticos estudos que so investigaes parciais sobre a linguagem, j que se referem sa um nvel da linguagem, o semntico. A semitica identifica-se em ocasies com a semiologia e utilizam-se ambos os termos como sinnimos. A semitica e a semiologia propem-se o estudo de todos os sistemas de signos (lngua, sinais de trnsito, bandeiras, imagens, literatura)

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    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    Da linguDa linguDa linguDa lingustica stica stica stica semiologiasemiologiasemiologiasemiologia

    Podemos portanto conceber uma cincia que estude a vida dos sinais no seio da vida social; ela formaria uma parte da psicologia social e, por conseguinte, da psicologia geral. Chamar-lhe-emos semiologia (do grego semeon sinal). Estudaria em que consistem os sinais, que leis os regem. semeon sinal). Estudaria em que consistem os sinais, que leis os regem. Uma vez que ainda no existe, no podemos dizer o que ser; mas tem direito existncia e o seu lugar est desde j determinado. A lingustica no mais do que uma parte dessa cincia geral, as leis que a semiologia descobrir sero aplicveis lingustica, e esta achar-se- assim ligada a um campo bem definido no conjunto dos factos humanos. Saussure

    A lngua, o mais complexo e difundido dos sistemas de expresso, tambm o mais caracterstico de todos; neste sentido, a lingustica pode tornar-se o padro geral de toda a semiologia, ainda que a lngua seja apenas um sistema particular. Saussure

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    qualquer meio de expresso recebido numa sociedade assenta, em princpio, num hbito colectivo ou, o que resulta no mesmo, numa conveno. As formas de cortesia, por exemplo, dotadas muitas vezes de uma certa expressividade natural (pensemos nos Chineses, que saudavam o imperador inclinando-se nove vezes at ao cho), so

    A linguA linguA linguA lingustica como stica como stica como stica como padro geral da padro geral da padro geral da padro geral da SemiologiaSemiologiaSemiologiaSemiologia

    saudavam o imperador inclinando-se nove vezes at ao cho), so igualmente fixadas por uma regra; essa regra que as torna obrigatrias, e no o valor intrnseco que elas possam ter. Podemos, portanto, dizer que os sinais puramente arbitrrios realizam melhor do que os outros o ideal do processo semiolgico; por isso que a lngua, o mais complexo e o mais difundido dos sistemas de expresso, tambm o mais caracterstico de todos; neste sentido, a lingustica pode tornar-se o padro geral de toda a semiologia, ainda que a lngua seja apenas um sistema particular. Saussure

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    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    Referncia BibliogrReferncia BibliogrReferncia BibliogrReferncia BibliogrficaficaficaficaMOURO, J. A. & BABO, M. A. (2007)

    Semitica: genealogias e cartografias Coimbra: MinervaCoimbra: Minerva

    Captulo 1, Ponto 2 A noo de campo pp. 13-19

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    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    A noA noA noA noo de campo o de campo o de campo o de campo SemiSemiSemiSemitica ou Semiologia?tica ou Semiologia?tica ou Semiologia?tica ou Semiologia?

    A noo de campo evoca as noes de autonomia, bordo, fronteira, trabalho.

    Sentido simultaneamente epistemolgico, espcio-temporal, sociolgico.

    La Grammaire La Grammaire La Grammaire La Grammaire daujourdhui, daujourdhui, daujourdhui, daujourdhui, 1969196919691969

    temporal, sociolgico.

    Ano da criao do Crculo de Ano da criao do Crculo de Ano da criao do Crculo de Ano da criao do Crculo de Semitica de ParisSemitica de ParisSemitica de ParisSemitica de Paris

    Na sua definio extensiva a semitica o estudo dos sistemas de significao e no dos sistemas de signos. Quanto semiologia, o seu objecto descrever os sistemas intencionalmente e exclusivamente utilizados para fins comunicativos: por exemplo, o cdigo da estrada, os micro-sistemas de smbolos da vida quotidiana, os sistemas de nmeros, etc.

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    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    SemiSemiSemiSemitica tica tica tica disciplina mdisciplina mdisciplina mdisciplina mltiplaltiplaltiplaltiplaA semitica no uma disciplina homognea e unificada, dada a multiplicidade dos contextos de origem, a crena no alcance do instrumento semitico, as opes que modelam o que se projecta como sendo o objecto e o domnio semiticos.domnio semiticos.

    Semitica ou Semiologia?A distino entre os termos est ligada questo dos nomes e dos respectivos projectos de investigao.

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    SemiSemiSemiSemitica ou Semiologiatica ou Semiologiatica ou Semiologiatica ou SemiologiaSemiologia

    Os termos Semitica e Semiologia s so diferentes no que respeita conotao.

    SemiticaTermo mais literrio, mais atingido por uma

    Conota a ideia de um projecto cientfico mais atingido por uma

    viso geral da ordem da linguagem.

    projecto cientfico globalizante em que

    intervm no apenas a lingustica, mas a antropologia e a

    fenomenologia com valor decisivo na formao do seu

    quadro conceptual e dos seus teoremas

    centrais.

    o domnio do verbal que tem sido privilegiado.

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    20092010Semitica 2 Semestre 20092010

    SemiSemiSemiSemitica e inteligibilidade do mundotica e inteligibilidade do mundotica e inteligibilidade do mundotica e inteligibilidade do mundoA Semitica trabalha sobre o pressuposto da inteligibilidade do mundo como sentido orientado, saber partilhado. Primeiro postulado da Semitica: o mundo do Primeiro postulado da Semitica: o mundo do sentido humano inteligvel.

    Podemos chegar a ele de modo organizado e racional porque h uma interpretao dos objectos a ser analisados, seguindo regras explcitas e reprodutveis.

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    SemiSemiSemiSemitica e inteligibilidade do mundotica e inteligibilidade do mundotica e inteligibilidade do mundotica e inteligibilidade do mundoSer significante ser inteligvel.

    Finalidade da Semitica: tornar explcitos os

    A semitica construtivista; constri o mundo

    A unidade de anlise da semitica no o signo, isto , o lugar em que aparece uma diferena mnima, mas o discurso, o lugar em que se manifesta o conjunto dum sistema de valores e as hierarquias entre figuras e categorias.

    Semitica: tornar explcitos os contedos e as formas culturais

    construtivista; constri o mundo em signo.