semiologia geral v2
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Segunda versão do "Semiologia Geral".TRANSCRIPT
SEMIOLOGIAConceitos Gerais
Prof.Dr. Ricardo Duarte
Aviso aos navegantes
• A primeira versão do “Semiologia geral” foi vista mais de 800 vezes...
• Porém nenhum comentário foi feito!
• Não quero confete. Quero apenas que aqueles que se deram ao trabalho de ler essa apresentação contribuam com críticas e sugestões.
• Se isso ocorrer vou postar a próxima versão para download, certo?
As bobagens comuns
“Eu quero ser veterinário. Eu gosto de animais e não quero lidar com pessoas.”
“Eu não tenho o dom (ou paciência) de conversar com proprietários.”
“Como ele pôde deixar o bicho chegar nessa situação, vou cobrar caro para ele aprender!”
Semiologia
• Grego: semeion = sinal + lógos = estudo
–“endo-” (grego) = dentro
–“intra-” (latin) = dentro
• Sinal x Sintoma:
– tosse
– polidipsia
– dispnéia
Sinal de Godet
O Exame Clínico
AnamneseExames
complementares
Diagnóstico Prognóstico
Exame físico+
Resenha
• nome
• espécie
• sexo (castrado?)
• raça
• idade
• peso (antes sempre e, muitas vezes, depois também).
Anamnese
• Grego: “aná-” (trazer) + “mnesis”
(memória)
• entrevista médica:
–parte mais importante do exame clínico
–estabelece a relação cliente-veterinário
• Arguição: linguagem acessível
–ao transcrever ao prontuário: linguagem
técnica
Anamnese
• Estrutura:
– queixa principal
– sistema(s) envolvido(s)
– sistema(s) correlato(s)
– outros sistemas
– histórico reprodutivo
– manejo
– contactantes
– antecedentes mórbidos/familiares/viagens
• dieta• vacinação e
vermifugação• ectoparasitas
• Não use jargões, seja claro
• Faça perguntas “abertas*”:
“ O que está acontecendo como Rex?”
“ Quando o Rex começou a vomitar?”
• Evite “por quê?” (implica culpa ou responsabilidade)
*perguntas que não podem ser respondidas com um simples “sim” ou “não”.
A “queixa principal”
• o início (quando e como)
• propriedades
• a evolução (antes e agora)
• duração ou freqüência
• fatores de melhora e piora
• sintomas associados
• tratamento e resposta
O proprietário pode começar o
relato pelo momento mais dramático, o que nem sempre coincide com o início da doença.1
1 Baseado em Lambertucci et al., Revista da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical, 2005 [link]
• Revise as informações com o proprietário:
– valoriza a perspectiva do cliente
– esclarece pontos ambíguos
– adiciona novos dados
Exame físico
• Meios semiológicos:
– inspeção
– palpação
– auscultação
– olfação
– percussão
Exame físico: geral
• Parâmetros vitais:
– freqüência respiratória
– freqüência cardíaca
– pulso arterial
– temperatura retal
– dor
Exame físico: geral
• mucosas
• tempo de refil capilar
• linfonodos
• palpação abdominal
• auscultação, percussão
• olfação
• hidratação
Mucosas
• “aparentes”:
–normocoradas
–hipercoradas
• evite: “hiperêmicas” ou “congestas”
–hipocoradas
– amareladas ou ictéricas
– azuladas ou cianóticas
Mucosas
• Você está se referindo à cor das mucosas e não existe uma cor “hiperêmica” ou “congesta”
• Já os termos cianose e icterícia podem ser usados, pois se referem à cores (ciano e amarelo, respectivamente)
• Não fique em cima do muro: não escreva “discretamente hiporada”. Decida-se
Linfonodos
• “Palpáveis”:
– submadibulares
– pré-escapulares
– poplíteos
• Avaliar:
– tamanho
– consistência
– sensibilidade
– mobilidade
Palpação
Complementando o prontuário
• Diagnóstico
• Exames complementares:
– imagem
– laboratoriais
–outros
• Prognóstico
• Tratamento nosocomial/domiciliar
• Retorno, observações.
Prognóstico
• Bom, mau ou reservado (imprevisível)
–Em relação à vida, à validez e à cura
• Por exemplo:
O prognóstico pode ser bom em relação à vida e mau ou duvidoso quanto à validez.
Primo non nocere
Hipócrates, 460 aC – 370 aC
Esta foi a primeira aula de Semiologia, ministrada aos internos, estagiários e veterinários do Hospital Veterinário Pompéia, São Paulo, SP, em 6 de janeiro de 2009.
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