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psico educação

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  • UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PAR CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS E EDUCAO

    DEPARTAMENTO DE MATEMTICA, ESTATSTICA E INFORMTICA. LICENCIATURA EM MATEMTICA MODALIDADE DISTNCIA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA EDUCAO

    Profa. Dr. Nilda de Oliveira Bentes

  • UEPA Universidade do Estado do Par 1

    Sumrio UNIDADE 1: PSICOLOGIA E EDUCAO A DISTNCIA 1

    UNIDADE 2: IMPLICAES INATISTA E EMPIRISTA NA DOCNCIA DE SALA DE AULA

    15

    UNIDADE 3: A ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA E A EDUCAO

    24

    UNIDADE 4: A ABORDAGEM HISTRICO-CULTURAL DA PSICOLOGIA 43

    UNIDADE 5: A ABORDAGEM PIAGETIANA E A EDUCAO MATEMTICA

    67

    UNIDADE 6: A TEORIA DE DAVID AUSUBEL A DISTNCIA 118

    UNIDADE 7: A TEORIA DAS INTELIGNCIAS MLTIPLAS A DISTNCIA

    132

  • UEPA Universidade do Estado do Par 2

    UNIDADE 1

    Psicologia e Educao a Distncia

    Para comear nosso estudo, gostaria de lhe fazer uma pergunta : o que Psicologia? Pense e responda no espao abaixo. _____________________________________________________________________________

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    Certamente voc tem uma opinio sobre Psicologia, afinal todos nos sabemos o que Psicologia . No mesmo?

    A linguagem cotidiana est repleta de palavras e expresses da teoria psicolgica como: ele projetou inconscientemente seus problemas. Entretanto, vejamos ... Para voc ter uma viso um pouco maior acerca do que se discute sobre o que Psicologia precisa ler o que vem a seguir. A leitura lhe dar uma idia objetiva dessa questo e organizar mais informao para ampliar o seu conceito acerca da Psicologia.

    TEXTO No 1

    Todos os seres humanos somos pessoas singulares. nicas em qualidades e defeitos. No somos iguais ao outro, mas diferentes. Essa particularidade das pessoas o que caracteriza o ser psicolgico. Alm disso, ns nos interessamos em nos conhecer a ns mesmos, e aos outros com quem convivemos, amamos e temos afeto. Os sentimentos, as emoes so prprias do humano, porque somos animais psicolgicos. Fenmenos como sentimentos, humor, experincias, desejos, etc, esto nos nossos movimentos, fazendo a atividade do homem ser diferente das dos outros animais.

  • UEPA Universidade do Estado do Par 3

    O modo como percebemos, representamos, explicamos os fatos, as coisas, e como atuamos no meio, os nossos sentimentos em relao ao mundo, fazem parte do nosso funcionamento psicolgico, que constitudo nas nossas relaes sociais, ou seja, na nossa relao com outros homens. na interao com o outro, com o grupo ao qual pertencemos, a nossa relao com a cultura, que nos tornamos pessoas psicolgicas, que formamos nosso psiquismo.

    Isso tudo caracteriza o campo de estudo da Psicologia. Envolve portanto as aes do indivduo, seus sentimentos, pensamentos, valores, aprendizagens, enfim tudo o que especificamente humano, e distingue o homem de outras espcies e que se originam de sua vida em sociedade : o psiquismo.

    Isso mesmo, voc tem toda razo. Veja, o nosso funcionamento psicolgico vai se constituir em um processo em que compartilhamos a vida, fazemos coisas, pensamos e dizemos algo, enfim vamos integrando significados acumulados historicamente pelos nossos antepassados. Ns nascemos em uma famlia. Concorda? Com essa famlia compartilhamos relacionamentos, e vamos aprendendo, valores, regras, costumes, prticas sociais. Essas relaes vo se ampliando ao longo da vida com outros grupos sociais, no mesmo? Certamente, voc j compreendeu que aos poucos ficamos seres nicos em qualidades, defeitos e muito mais que isso, concorda?. Gradualmente nos sigularizamos, nos individualizamos, nos constitumos seres psicolgicos. Vamos continuar?

    Agora que voc j conhece um pouco mais sobre o assunto, que tal pensar em uma situao relacionada com o que falamos no texto e colocar nas linhas abaixo? Tente, organize as idias e mos a obra. _____________________________________________________________________________

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    Formamos o nosso psiquismo no social? na interao com o outro, com o social e com a cultura que nos constitumos seres psicolgicos?

  • UEPA Universidade do Estado do Par 4

    Vamos continuar? Mas falando um pouco sobre o conceito de Psicologia. Vamos l? Afinal a nossa temtica o conceito de Psicologia Educacional, no verdade?

    A palavra psicologia formada por dois termos gregos: psique, que quer dizer alma, e

    logia que significa estudo. Etimologicamente, a palavra Psicologia significa o estudo da alma. Estudo da alma hoje, no terceiro milnio, um conceito muito vago, distante, que remonta poca dos filsofos, a Psicologia uma cincia e no mais um ramo da Filosofia. Hoje a Psicologia estuda o homem, seu comportamento a sua subjetividade. Esse meio interno construdo a partir das suas relaes com o outro, das suas atividades sociais nos processes de apropriao por meio das significaes que internaliza.

    Mas a Psicologia no nica. mltipla. So vrias as vertentes tericas construdas que foram emergindo. Cada uma privilegia um aspecto do fenmeno psicolgico do ser humano. Esses marcos tericos surgiram gradualmente. Vamos ento ver como a histria da Psicologia nos revela esses acontecimentos.

    No incio a Psicologia estudou a alma quando ainda era um ramo da Filosofia, como j nos referimos acima. Wundt ao criar, na Universidade de Leipzig na Alemanha, o primeiro laboratrio de Psicologia Experimental para realizar experimentos na rea de Psicofisiologia preconiza a Psicologia sem alma. Entretanto, como se pode observar a Psicologia passou a ter uma relao muito prxima com a Fisiologia e por extenso, com a Medicina. Para esse autor, o fenmeno mente e corpo est implicado um no outro. Nesse caso, ao estimular algum, seja com uma picada de agulha na pele, seja com um cheiro forte no ambiente, provoca-se uma reao orgnica correspondente. Esta concepo do paralelismo psicofsico explica que os fenmenos mentais correspondem a um fenmeno fsico. Com base nesse vis terico Wundt cria como mtodo de sua investigao no laboratrio de Leipzig um tipo de observao denominada introspeco. Corresponde a uma auto observao, uma caminhada para dentro, uma reflexo subjetiva de si prprio. Mas, nesse caso especfico era utilizada uma introspeco treinada, ou seja, o experimentador fazia perguntas ao sujeito, que era especialmente treinado para isso. Ir conseqentemente responder sobre as reaes experimentadas, sentidas, ou ocorridas no seu organismo como resposta estimulao sensorial da picada da agulha na sua pele, e do efeito dos odores olfativos experimentados, auto-observados pelo sujeito do experimento.. Os resultados obtidos configuravam o estudo da conscincia, que para Wundt teriam que ser estudados em correspondncia ao sistema nervoso central. Estes resultados eram chamados de estruturas elementares da conscincia, uma vez que, o paralelismo psicofsico enfatiza que a mente e o corpo esto num paralelismo, caminham paralelamente. Isso tudo explica o fato da Psicologia ter deixado de estudar a alma com os estudos de Wundt. Entretanto, ficou atrelada a Fisiologia, em uma viso orgnica do fenmeno da conscincia.

    Para voc saber mais sobre o assunto, acesse o site abaixo e consulte sobre Wundt, ou sobre tudo que se relacione ao assunto que estudamos at aqui para ampliar o seu conhecimento acerca do contedo estudado. www.google.com.br

  • UEPA Universidade do Estado do Par 5

    Estas explicaes iniciais da Psicologia mostram bem a sua evoluo histrica no decorrer dos sculos. Sua histria aponta como as importantes vertentes tericas foram construdas, e como se deu articulao com a prtica pedaggica. Ento, est tudo entendido at aqui? Certamente que sim, no mesmo? J dissemos que a Psicologia no nica, mas mltiplas. Voc compreendeu o queremos dizer com isso, no mesmo? H vrias abordagens psicolgicas compondo essa multiplicidade, como por exemplo, as correntes psicolgicas e teorias da Psicologia. Estas, sero estudas mais pra frente. Combinado? E com respeito aplicao da Psicologia a Educao, no texto conversaremos sobre essa articulao. Tudo bem? Antes, daremos algumas sugestes de atividades para revisitarmos o assunto estudado.

    Voc, j estudou bastante, concorda? Nesse caso nada melhor que realizar uma tarefa para verificar como est a sua aprendizagem, no verdade? Para isso voc realizar a tarefa, e ao responder as questes, certamente se autogratificar, ao constatar que sabe como responde-las. Nas que tiver dvida, volte ao assunto, e em seguida responda as questes. Vamos l. Boa sorte!

    SUGESTO DE ATIVIDADES

    1- Questes para voc refletir.

    Para solucionar as questes da atividade voc pode reunir com os colegas do seu municpio para discutir e aprofundar seus conhecimentos sobre o exerccio. Em caso de dvida releia o texto um. Aps envie para o professor tutor. Bons estudos.

    1- Qual a importncia de se conhecer a histria de uma cincia como a Psicologia? 2- Como voc comentaria os dois conceitos de Psicologia: estudo da alma, e estudo da

    conscincia? 3- Na sua opinio somos iguais ou diferentes? E se somos singulares que marcas voc

    citaria para fundamentar o ser psicolgico? 4- Qual o papel de Wundt na histria da Psicologia? 5- Como voc relataria a metodologia de observao empregada por Wundt no

    laboratrio de Psicologia em Leipzig? 6- O que diz a concepo do paralelismo psicofsico ? 7- D um exemplo de uma situao de introspeco com suas prprias palavras. 8- Por que dizemos que a Psicologia no nica, mas mltipla?

  • UEPA Universidade do Estado do Par 6

    Faa uma releitura do texto completando os espaos em branco.

    A .............................. antes de ser uma cincia fazia da parte da .......................... Nesse momento histrico o conceito de Psicologia era o ..................da ...................... A palavra Psicologia formada por dois termos gregos: ..................., que quer dizer .............., e ......................que significa estudo. Ento o primeiro conceito de Psicologia o .............................. da .................................

    Wilhelm Wundt considerado o fundador da Psicologia como ..................Ele criou em 1879 o primeiro ................... de Psicologia ......................., em ................. na Alemanha.

    O mtodo de observao interna ou ........................ a observao que o prprio indivduo faz de si mesmo, a sua auto-anlise. Portanto, .................... significa observao interna ou interior. Isto , por meio dela o indivduo observa sua prpria experincia. Observando sua prpria ........................, o individuo capaz de relatar tudo o que est sentindo: seus problemas, seus anseios, seus sentimentos, seus desejos, suas idias. O mtodo de observao...................... ou .................... fornece dados que s podem ser fornecidos pela prpria ................... como se a pessoa fizesse uma caminhada interna num processo de reflexo pessoal.

    TRABALHO DE CAMPO Faa uma visita a biblioteca e anote, no seu caderno o que voc conseguiu acerca da historia da Psicologia. Depois organize o seu registro e v enumerando os contedos que voc aprendeu com a pesquisa que fez. Comente, por escrito, seus dados fazendo um texto com tudo que foi coletado e mais o que voc j sabia antes de comear a sua pesquisa na biblioteca. Faa isso e muito sucesso. Bons estudos. Ao final da tarefa envie esta atividade ao professor tutor.

  • UEPA Universidade do Estado do Par 7

    Agora que voc conhece um pouco sobre Psicologia, deve estar se perguntando: mas afinal o que Psicologia Educacional? Calma, vamos chegar l. Leia o texto abaixo para voc far algumas aproximaes com o conceito e ampliar suas idias acerca do assunto. Mos a obra! Vamos l.

    O QUE AFINAL PSICOLOGIA EDUCACIONAL? Muita coisa se poderia dizer sobre o conceito de Psicologia Educacional, voc no acha?

    A resposta mais simples a nosso ver, est no contexto dessa cincia com a Educao. Em outras palavras, na sua articulao com a docncia, isto , com o trabalho do professor em sala de aula, como: avaliao da aprendizagem, relaes afetivas,entre outras.

    Essas questes confirmam a classificao da Psicologia Educacional como rea da Psicologia Aplicada. No mesmo? ento na articulao dos contedos e princpios dessa cincia nas conexes com a educao que est parte inter, ou seja, no ponto onde se estabelecem s relaes com outras cincias, concorda? nesse ponto de inter-relao com as questes de desenvolvimento, aprendizagem, afetividade, interao social, entre outros que se deflagra a interao Psicologia/Educao. Dizendo de outro modo, nesse atravessamento entre Psicologia e Educao que se estabelecem s trocas, as pontes para um fazer pedaggico, por exemplo, conceitos psicolgicos como: afetividade nas relaes docentes, processos de avaliao, motivao de uma aula so algumas das relaes que se pode estabelecer entre

    Agora que voc conhece um pouco mais sobre a Psicologia, deve estar se perguntando. Mas, o que afinal Psicologia Educacional? Calma leia o texto 2. Ele vai ajudar voc.

    TEXTO 2

  • UEPA Universidade do Estado do Par 8

    Educao e Psicologia. Entendeu agora. Ah1 J ficou mais claro? Isso muito bom, voc no acha?

    Vamos a um exemplo? Quem sabe conversando sobre uma situao concreta do cotidiano escolar a nossa discusso no ficar mais clara, no mesmo?Vamos l? Imaginemos a situao seguinte: Uma criana, que realiza seus exerccios de aula com muita dificuldade, passa gradualmente a ter mais gosto para realizar a tarefa depois que sua professora muda o jeito de como resolver com eles os exerccios de aula. Ou seja, passa a usar como estratgia de ensino o estudo de grupo. As crianas resolvem as questes na interao com os companheiros mais capazes, e nessa troca aprendem o contedo. Os erros so substitudos por acertos, e conseqentemente aprendem o assunto.

    Como voc observou no exemplo acima a relao docente articulada com a Psicologia. Com a teoria scio-histrica mais especificamente, que diz que aprendemos na interao com o outro, e aprendemos com mais facilidade na interao com os companheiros mais capazes. Porque somos mediados pelo outro. Voc compreendeu? Percebeu a inter-relao entre essas cincias? Ento tudo bem, vamos adiante?

    Somada a isso muita coisa acontece na escola. Concorda? H uma rede de relaes que se entrelaam na atuao docente que podem ser histricas, sociais, econmicas, pedaggicas, afetivas, intelectuais... enfim uma complexidade de outras cincias que esto passando entre o processo do aprender que fazem com a Psicologia uma conexo com a Educao.

    Como se pode ver, a Psicologia no est s nessa tematizao dos processos envolvidos com o ato de aprender e de ensinar, mas ela vem produzindo teorias explicativas que nos possibilitam ler e interpretar certos aspectos da conexo de muita coisa que acontece na escola em meio s relaes sociais de troca eu-outro

    A Psicologia apenas uma das cincias que ajuda na reflexo acerca da educao escolar. Vrias cincias estabelecem parcerias com a Educao porque possuem interfaces com as questes escolares como: a economia, a sociologia, a filosofia, a historia entre outras. O ato de ensinar e aprender complexo. Envolve as interfaces de vrios campos das cincias que se inter-relacionam. por isso que no podemos dar uma explicao apenas psicolgica para as questes docentes porque estamos fazendo psicologismos, e isso contraditrio e inadequado nas relaes do conhecimento. Compreendeu? reduzir o ato pedaggico apenas dimenso psicolgica. necessria uma interface Educao de uma Psicologia que no reduza o pedaggico ao psicolgico, mas que mostre numa interlocuo diferenciada com o social, o cultural e o histrico as contribuies fundamentais prtica pedaggica, ou seja, que lancem luzes sobre alguns aspectos dos processos docentes em sala de aula.

    Vejamos como a Psicologia parceira das situaes pedaggicas. A viso do educador acerca de quem o seu aluno, que caractersticas esto em processo desse ser em formao vo interferir na sua prtica docente, na maneira de explicar as relaes entre ensino e aprendizagem, por exemplo. dependendo dessas concepes sobre os processos de desenvolvimento e aprendizagem que o professor ir selecionar o contedo da aula, a metodologia, os objetivos que deseja alcanar, as formas de avaliao, os tipos de interaes que ter que estabelecer, enfim o modo como vai incluir esse aluno. Porque educar , numa primeira instncia, incluir.

    Nesse sentido, quando os professores planejam seus programas de Matemtica e selecionam os contedos precisam considerar, por exemplo, a forma como o sujeito constri o seu conhecimento, concorda com isso? Nessa tica, o professor de matemtica precisa saber da importncia da ao docente, que o conhecimento se d na interao eu-outro, nas relaes dialgicas. Conseqentemente, a aquisio do conhecimento implica um conjunto de relaes: a aprendizagem inicia-se do social para o individual, por meio de progressivas internalizaes, com a mediao/auxilio do adulto ou dos companheiros mais capazes.

    Certamente, voc agora j sabe dizer o que Psicologia Educacional? Certo?

  • UEPA Universidade do Estado do Par 9

    Ento, escreva, nas linhas abaixo o que entendeu do texto sobre esse conceito. Pense um pouco e faa um resumo de tudo que voc aprendeu no texto partido do conceito de Psicologia Educacional. Mos a obra. Bons estudos.

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  • UEPA Universidade do Estado do Par 10

    Organizando as informaes do texto. 1. Organize neste quadro todas as idias principais acerca da Psicologia da Educao

    que voc considera importante para o professor na sala de aula e que foram

    discutidas nos textos um e dois. Vamos l? Sucesso na tarefa.

    SUGESTES DE ATIVIDADES

  • UEPA Universidade do Estado do Par 11

    Refletindo sobre o texto.

    1. Dividam-se em grupos de cinco alunos para discutir a seguinte frase: Dependendo das concepes isto , das idias, daquilo que compreendeu acerca do assunto, enfim de tudo que concebeu, por exemplo, sobre os processos de desenvolvimento e aprendizagem do aluno que o professor ir selecionar o contedo da aula, a metodologia, os objetivos que deseja alcanar, as formas de avaliao, os tipos de interaes que ter que estabelecer, enfim o modo como vai incluir esse aluno. As posies defendidas pelo educador expressam, ainda que de forma implcita, uma viso de homem e de mundo, e mais particularmente a sua prtica docente.

    2. O grupo 1 deve se reunir e pensar em argumentos a favor desse pequeno texto durante

    dez minutos. (provavelmente sero vrios grupos de nmero um, vai depender do nmero de alunos na classe)

    3. O grupo 2 pensar em argumentos contra as idias do texto durante dez minutos. (provavelmente sero vrios grupos de nmero um, vai depender do nmero de alunos na classe)

    4. Organizem o debate entre os grupos. Lembrem-se: quem do grupo 1 s pode falar a favor do texto e quem do grupo 2 s deve fazer colocaes contra. 5. Organizem o registro do debate elegendo 2 secretrios em cada grupo que sero os responsveis pelos aspectos favorveis e desfavorveis de cada grupo.

    6. Ao final o grupo em assemblia falar a que consensos chegaram. 7. Redija, ento, um relatrio que dever ser enviado ao professor tutor. Bons estudos!

    TEXTO 3

    Eduard Lee Thorndike e a Psicologia Educacional.

    Thornidike era um associacionista, ou seja, sua concepo de aprendizagem era um processo de associao das idias das mais simples as mais complexas [...] para aprender uma coisa complexa, precisaria primeiro aprender as idias mais simples, que a elas estariam associadas (BOCK e FURTADO, 1995, p. 39).

  • UEPA Universidade do Estado do Par 12

    Voc provavelmente j faz idia do que estamos querendo dizer por associao. Ou seja voc relaciona uma coisa com outra, por exemplo: a resposta de suar est associada ao seu deflagrador calor. Logicamente que quando apresento a resposta suar, a ligao (associao) que fao com o calor, com a temperatura. E por concepo estamos nos referindo a idia que fao de algo, como a concebo, o meu entendimento. Ento se eu tenho uma idia de criana, essa idia que tenho a minha concepo. Por exemplo, se uma pessoa tem a idia de que a criana m, e por isso precisa ser castigada para se educar. A concepo de criana dessa pessoa de que a criana m, porque a idia que faz desse ser de que um individuo mal. Compreendeu?

    Para esse autor a aprendizagem consistia em fortalecer ou enfraquecer conexes entre uma situao e sua reao: a reao se fixava pelo exerccio em virtude da satisfao que dela resultava. Nesse sentido, a aprendizagem era pois uma seleo de reaes j existente no sistema nervoso, segundo um processo de ensaio e erro e acerto acidental, em que o prazer tem efeito de imprimir conexes nervosas, e a insatisfao de elimina-las.

    A importncia de Thorndike est no fato de ter sido o primeiro terico a contribuir com pesquisas para a Psicologia Educacional. o formulador de uma primeira teoria de aprendizagem na Psicologia (ibidem, 1995, p.39). Essa sua obra tem um carter muito mais explicativo das questes do conhecimento psicolgico do que filosficos ligados viso da poca

    Thorndike resumiu suas concluses acerca da aprendizagem por meio de vrias leis, mas as duas fundamentais so a lei do exerccio e a lei do efeito.

    A lei do exerccio tambm chamada de formao de hbito, dividida em duas partes: 1 Lei do uso: quando uma dada situao freqentemente seguida por certas respostas ou

    grupo de respostas. O vnculo entre S-----R se torna mais forte (S estmulo, e R resposta).

    Calma! O prprio nome j sugere que, por exemplo, quanto mais for usados em uma

    situao de aprendizagem certos contedos, digamos a operao de adio, h maior condies de se fixada e conseqentemente aprendido o assunto. Tudo bem? Vamos continuar!

    2 Lei do desuso: quando determinada situao raramente seguida por certas respostas associao entre o S-------R se enfraquece.

    O que associao? E concepo? ? ? ? ?

    O que lei do uso? ? ? ? ?

  • UEPA Universidade do Estado do Par 13

    A lei do desuso , por exemplo, ao contrrio da lei do uso, concorda? Diz respeito falta de estudo de tabuada, por exemplo, para saber fazer uma operao da adio, digamos assim. Ou seja, voc sabe que para realizar a tarefa da escola que envolve a operao adio precisaria ter estudado um pouco de tabuada par facilitar a tarefa. Entretanto, nada foi utilizado, e voc no sabe resolver o exerccio porque no utilizou nenhum recurso, como a tabuada que o levasse fazer associaes. Voc entendeu? Talvez voc esteja discordando da tabuada, por achar que um jeito tradicional de estudar para saber adicionar, no mesmo? Mas, veja, essas leis, por apontarem associaes entre o estimulo (tabuada) e a resposta (decorar que 2+2 = 4), uma lei que no mais levada a srio pela Psicologia. Aqui foi colocada pelo valor da discusso histrica desse conceito. Tudo bem. Vamos continuar?

    A lei do efeito considerada a mais importante de suas descobertas consistia no fato de que a resposta seguida pela satisfao tem maior probabilidade de ocorrncia. De incio ocorreriam vrios ensaios e erros at que a resposta acidental deflagraria o acerto tambm acidental. E a aprendizagem aconteceria. Os efeitos das situaes de aprendizagens anteriores influenciam nas aprendizagens futuras e a aprendizagem mantida. isso que segundo o autor acontece. Compreendeu? Por exemplo: imagine que voc tem uma tarefa de matemtica para realizar. J resolveu todas as questes, mas falta uma conta de dividir.Voc est com essa dificuldade. A voc j buscou realiza-la, e no consegue (ensaio e erro). Ento voc resolve fazer alguns minutos de estudo da tabuada. Aps a primeira tentativa para compreender todas as operaes de diviso da tabuada de dividir, voc esquece de algumas operaes de dividir (ensaio e erro). Volta novamente e estuda mais um pouco. Ao final dessa tentativa realiza a tarefa satisfatoriamente (acerto acidental). Assim consegue tirar uma nota dez.. Voc provavelmente, porque realizou uma tarefa e tirou dez ir realizar com prazer s outras tarefas que a professora passar, porque o efeito de um dez ir influenciar o seu comportamento futuramente. Ento, ficou mais claro agora? Est mais fcil de entender o assunto? Isso muito bom. Vamos adiante porque tem outras explicaes complementares que voc precisa saber. Vamos a elas?

    Quando as respostas provocam xito, satisfao, conforto, elogios. etc.... so repetidas e, terminam por se repetir tornar-se mais rpidas, precisas e freqentes resultando dessa maneira em hbitos.

    As associaes agradveis influenciavam o comportamento seguinte por levarem ao sucesso, diz a lei do efeito. Por exemplo, quando resolvemos situaes problemas com clculos numricos, achamos o valor de x ou de y de uma equao de segundo grau, e a professora se interessa pelo nosso sucesso, nos d um elogio, ou aumenta o conceito de avaliao, diz a teoria que a tendncia que em outra oportunidade o aluno estude mais, bem como generalize esse efeito na aprendizagem para outras situaes similares.

    As contribuies de Thorndike so importantes porque na evoluo histrica da Psicologia Educacional se constituiu no marco inicial do surgimento dessa importante rea de aplicao da Psicologia a Educao.

    E a lei do desuso?

  • UEPA Universidade do Estado do Par 14

    Para voc saber mais sobre o assunto, acesse o site abaixo e consulte sobre Thorndike, ou tudo que se relacione ao assunto que estudamos at aqui para ampliar o seu conhecimento sobre o contedo estudado. www.google.com.br Isto um exerccio para voc ver como est sua aprendizagem. Voc dever realizar a tarefa proposta e, a seguir, verificar suas resposta no gabarito, ao final deste trabalho. O seu desempenho ser considerado excelente se acertar todas as questes. Excelente menos se errar uma questo. Bom se s erra duas questes,. E assim sucessivamente. Boa sorte!

    1.Marque apenas as afirmaes corretas. (a) Etimologicamente, a palavra psicologia significa o estudo da alma. (b) A Psicologia no era uma disciplina isolada, ela fazia parte da Filosofia. (c) O psiclogo alemo wilhelm wundt o fundador da Psicologia como cincia. (d) O conceito estudo da alma dado a Psicologia remonta ao perodo filosfico. 2. Marque o que melhor completa a afirmao:

    Wundt, psiclogo de formao cientfica, criou em 1879 ..... (a) A lei do exerccio e do efeito por meio de seus experimentos. (b) O conceito de Psicologia estudo da alma. (c) O primeiro laboratrio de Psicologia Experimental em Leipzig. (d) A metodologia da extrospeco para observar o comportamento.

    3. Coloque C ou E conforme as perguntas estejam certas ou erradas. ( ) No paralelismo psicofsico os fenmenos mentais correspondem aos fsicos. ( ) A Psicologia est em relao com a Educao quando explica a alma do aluno. ( ) A interface da Psicologia com a Educao no reduz o pedaggico ao psicolgico. ( ) A lei do efeito uma descoberta de Thorndike. 4. Assinalar as respostas certas. ( a ) A observao interior chamada de introspeco. ( b ) Na introspeco o indivduo observa sua prpria experincia. ( c ) Psicologia/Educao esto implicados principalmente no aprender e ensinar. ( e ) Thorndike representa o marco histrico da Psicologia Educacional. 5. Faa um V quando for verdadeira e F quando for falso. ( ) Na lei do efeito uma resposta agradvel influencia a seguinte. ( ) A viso do educador acerca do aluno influencia na sua atuao docente. ( ) Thorndike formulou a primeira teoria da adolescncia.

  • UEPA Universidade do Estado do Par 15

    ( ) O conhecimento se d na interao eu-outro.

    Gabarito do Exerccio. 1 a, b, c, d. 2 c 3 - c, e, c, c. 4 a, b, c, e. 5- v, v, v, v.

    REFERNCIAS BOCK, Ana Maria Bahia. FURTADO, Odair. TEIXEIRA, Maria de Lourdes L. Psicologias. Uma introduo ao estudo de Psicologia. So Paulo: Saraiva,1995. CRIA-SABINI, Maria Aparecida. Fundamentos de Psicologia Educacional. So Paulo: tica, 1995.

    DAVIS, Cludia. OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Psicologia na Educao. So Paulo: Cortez, 1990.

    FONTANA, Roseli Aparecida Cao. CRUZ, Maria de Nazar. Psicologia e Trabalho Pedaggico So Paulo: Atual, 1997. PARISI, Mrio. TDP, Trabalho Dirigido de Psicologia. So Paulo: Saraiva,1980. REGO, Teresa Cristina. Educao, Cultura e Desenvolvimento: o que pensam os professores sobre as diferenas individuais. In.: AQUINO, Julio Gropa (Org). Diferemas e Preconceito na Escola : alternativas e prticas. So Paulo :Summus, 1998. .

  • UEPA Universidade do Estado do Par 16

    UNIDADE 2

    IMPLICAES INATISTA E EMPIRISTA NA

    DOCNCIA DE SALA DE AULA.

    Na Psicologia da Educao h vrias implicaes de aprendizagens e desenvolvimento que esto relacionadas forma como o homem constri o conhecimento. Ou seja, como esse homem se apropria da realidade. Elabora para si as idias. E no caso do aluno, como os assuntos de aula so internalizados. Por exemplo, o que acontece com o sujeito quando operar o conhecimento? E significar para si o contedo do programa e finalmente aprender? Qual a sua concepo sobre determinado assunto. Enfim como chega ao conhecimento. Ser que h alguma carga hereditria envolvida nesse processo? Como por exemplo, ele uma folha em branco ao nascer. So vrias as teorias explicativas, so vrias as concepes. Isso tudo tem a ver com o inatismo e o empirismo que vamos conversar mais para frente. Mas, voc deve estar pensando, o que concepo de conhecimento?

    Calma! Esse termo bsico para entendermos o que estamos discutindo, e voc vai ver que parando um pouco para indagar o seu significado fica bem mais simples a leitura dos contedos que envolvem essa palavra. Quando temos uma opinio, uma noo, ou um ponto de vista sobre algum contedo de matemtica, vamos organizando o nosso pensamento para a idia que fazemos desse assunto nessa viso de cincia matemtica, no mesmo? Depois passamos ento a dar o nosso ponto de vista, e a emitirmos opinio segundo esse nosso modo de ver a questo em matemtica. Ento, estamos nos comportando assim porque a nossa maneira de entender o que esse assunto em matemtica so todas as informaes que organizamos mentalmente sobre essa noo do contedo, concorda?

    So provavelmente, como voc pode observar, nossas construes mentais acerca do assunto. Nossas apropriaes sobre esse material aprendido, ou seja, organizaes mentais acerca daquele aspecto em questo que fomos assimilando e organizando como informaes que formou a noo da coisa que queremos conhecer. Isto , a nossa ver, a nossa concepo sobre esse objeto em matemtica que estamos estudando. Pensemos sobre um assunto qualquer. Por exemplo, a noo de nmero, e logo vem a nossa mente a idia de que nmero uma quantidade, uma grandeza. Ento, quantidade e grandeza so as noes que temos a respeito do que seja nmero para ns. Esse o nosso ponto de vista sobre o que para ns nmero numa viso matemtica. Ao fazermos isso imaginamos o

    ? ? ? concepo ?

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    que nmero, e vem a nossa mente o que quer dizer para ns nmero. Ou seja, grandeza, quantidade. Ficamos ento envolvidos com a nossa compreenso de nmero e passamos a ter a nossa opinio prpria a esse respeito. O resultado desse nosso questionamento a nossa concepo de nmero.

    Ento, ao buscarmos essa representao concreta sobre esse assunto com certeza estamos respondendo a ns mesmos a nossa concepo de nmero. Certo, estamos entendidos? Ento, escreva nas linhas abaixo o que para voc concepo para que possamos saber se voc entendeu o seu significado. E, quando encontrar com o professor tutor discuta com ele o assunto. Mos obra! _____________________________________________________________________________

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    Vamos adiante para complementar o que estvamos argumentando sobre inatismo e empirismo.

    A viso do educador sobre esse processo fundamental porque dependendo da concepo que tem de como aprendemos, vai ser a sua maneira de mediar o conhecimento na sala de aula. Ter conseqentemente uma direo inatista ou empirista conforme for a sua idia sobre como chegar a conhecer algo. com base na viso de como o homem chega a se apropriar da realidade que o professor desenvolver sua atuao docente e ter um certo procedimento pedaggico no seu fazer didtico. Quando o professor de matemtica acredita que seu aluno aprende s por meio dos sentidos ir por certo encher uma lousa de exerccio com muitas contas de adio e subtrao para o aluno resolver. Faz isso e pede que o aluno copie e realize a tarefa, ou ento far uma aula em que toda classe s ouve o professor falar, falar e falar, sem nenhuma interao e discusso sobre o assunto. Nos dois exemplos os sentidos da viso e da audio so os nicos responsveis pela aquisio do conhecimento. A relao professor/aluno/conhecimento fica prejudicada porque no basta s ouvir e copiar para aprendermos. Voc no acha?

    Voc concorda ou discorda com isso? Ento nos ajude a discutir esse assunto dando sua opinio? Se possvel, rena com outros colegas de sua turma e procure discutir esse assunto. Aps a discusso com o coletivo tire suas concluses e responda. _____________________________________________________________________________

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    Ento, que tal continuar o assunto compartilhando mais explicaes? Imagine que voc quer saber mais sobre essa questo para conhecer as implicaes empiristas e inatistas e sua importncia para a atuao docente. Vamos continuar, pois precisamos entender bem essas teorias para facilitar a sua compreenso sobre as suas implicaes nas abordagens psicolgicas.

    A concepo que se tem de desenvolvimento enquanto processo de apropriao pelo homem da experincia histrico-cultural relativamente recente (DAVIS e OLIVEIRA, 1990, p. 26). Durante algum tempo existia a idia de que o conhecimento nos dado pelos sentidos. John Locke, filsofo ingls, defendia a idia de que o conhecimento resulta dos nossos sentidos

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    experincias e hbitos (PARISI, 1980, p. 12). Em seu livro Ensaio Sobre o Entendimento Humano, esse grande filsofo postulava a relevncia dos sentidos, dos hbitos e experincia na sua teoria do conhecimento.O empirismo como se pode observar, enfatiza os papis da percepo sensorial e da aprendizagem no desenvolvimento da mente. John Locke, o primeiro empirista, afirmava que as sensaes, imagens e idias tinham como foco as impresses sensoriais que nos chegavam por meio da percepo sensorial (Ibidem, 1980, p.13). O conhecimento reduzido aos sentidos, mas nossos sentidos nos do a aparncia subjetiva dos objetos e das coisas e no so suficientes para chegarmos ao conhecimento.

    Sabe-se hoje que o conhecimento no cpia do objeto, no basta olhar o objeto que logo a aprendizagem se faz. Essa idia de conhecimento baseada nos sentidos e hbitos fundamentada no empirismo, corrente filosfica defendida por John Locke que ainda hoje influencia a prtica pedaggica. As aulas so de saliva e giz muitas vezes. O quadro magntico s conta de somar, subtrair, dividir e multiplicar. So tarefas sem nenhuma interveno do aluno, ele aquele ser passivo na aula. Freqentemente, a aula s abrir o livro, ou o assunto ditado, ou seja, so muitos os rituais desmobilizantes de base empirista que sozinhos no levam ao conhecimento.

    Voc j passou por essa situao? Acha que assim a melhor forma de aprender? Conte como percebe isso? _____________________________________________________________________________

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    Ns no nascemos no meio natural, mas num meio humano. Ao nascer o ser humano ingressa num meio social (famlia), e no meio fsico (clima, alimentao, condies geogrficas etc.), comea portanto sua vida em meio a objetos deixado por outros homens (cultura). A interao com o outro se inicia desde o nascimento. E nessa relao que vamos nos apropriar do que prprio do ser humano. ento interagindo que aprendemos. Nessa interao a relao eu-outro importante. Voc concorda?

    Diga com suas palavras o que pensa disso nas linhas abaixo. Se voc quiser entender melhor rena com seus colegas e discuta com eles essa problemtica. Veja aprendemos mais e melhor na interao com o outro. Ento, a discusso uma excelente estratgia para aprendermos um assunto. _____________________________________________________________________________

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    Nesse processo interativo h reaes naturais que so herdadas. Nossas respostas a estmulos do meio so possveis porque a percepo, a memria, as aes reflexas, as aes automticas simples com as quais nascemos nos permitem interagir com o meio sciocultural. Assim como os outros animais somos dotados de mecanismos neurolgicos inato que nos permitem selecionar estmulos do ambiente apropriados sobrevivncia (FONTANA e CRUZ, 1997, p.62). No somos portanto como afirmava John Locke que nossa mente, ao nascermos, uma tbula rasa (ou uma folha em branco), isto , que nossos pensamentos, desejos, comportamentos etc. so resultantes da educao (BARROS, 1986, p. 28 ) . Somos equipados de mecanismos neurolgicos ao nascer de ateno involuntria que nos permitem perceber e responder automaticamente a rudos fortes, objetos em movimento e mudanas bruscas do ambiente (Ibidem, 1997, p.62). Essas reaes inatas se entrelaam-se aos processos culturalmente organizados e vo se transformando em modos de ao, de relao e de representao caracteristicamente humanos (Ibidem, 1997, p. 58). Ns estamos em constante interao com o outro compartilhando as atividades e assim construindo nosso conhecimento.

    Para voc saber mais sobre o assunto acesse o site abaixo e consulte aos assuntos ligados ao empirismo, ao filsofo empirista John Locke, enfim a tudo que possa ampliar os seus conhecimentos sobre o contedo estudado.

    www.psiquiatriageral.com.br www.google.com.br Outra concepo que queremos discutir com voc o inatismo. Essa tendncia parte do

    princpio que as caractersticas bsicas de cada ser humano personalidade, hbitos, modos de agir,capacidade mental j estariam definidas desde o nascimento (REGO, 1998, p. 56).

    Com base nesse vis terico vrias afirmaes como O homem j nasce feito, ou filho de peixe, peixinho tem larga aceitao porque se admite a presena de uma essncia humana a priori, ou seja, algo inerente natureza humana j existe previamente ou determinada ao nascer. A escola no pode fazer nada porque os dons, o carter, j esto traados no nascimento. A escola s vai cultivar esse atributo. Essa compreenso responsabiliza a criana ou os pais pelo fracasso. Ento o papel do meio social, segundo essa perspectiva inatista, se restringe a impedir ou a permitir que essas aptides se manifestem (FONTANA e CRUZ, 1997, p.12).

    A abordagem inatista como voc pode ver limita o papel da educao em relao ao desenvolvimento e a aprendizagem do aluno, na medida que considera o desempenho individual dependente de suas capacidades individuais. Assim, por exemplo, quando uma criana tem muita dificuldade para aprender a escrever de um at duzentos.Geralmente no realiza toda a tarefa porque parece esquecer a seqncia aps a stima dezena. O curioso que conta oralmente a seqncia um a duzentos, mas no escreve. Tambm no sabe resolver uma operao de adio e subtrao como as outras crianas da sala de aula, erra muito o clculo. Na escola o que se pensa a respeito do caso que toda a famlia assim, os outros irmos tambm tinha essa mesma dificuldade, no foram capazes de aprender, e aps repetirem pela quinta vez saram na escola e agora trabalham catando lixo. Ah! Coitados, no podemos fazer nada porque de nascena, j nasceu assim e vai morrer assim.

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    Como na concepo inatista j nascemos prontos, porque ao nascer, j somos um pacote fechado: no temos escolhas possveis. O que resta escola apenas aprimorar um pouco aquilo que ele ou, inevitavelmente, vir a ser (DAVIS e OLIVEIRA, 1990, p. 29). uma concepo, no sei se voc concorda comigo muito pessimista, pois o ditado popular pau que nasce torto no tem jeito morre torto expressa bem a concepo inatista, que ainda hoje aparece na escola, camuflada sob o disfarce das aptides, da prontido e do coeficiente de inteligncia (Ibidem, 1990, p. 29). Tal concepo a deflagrao de posturas muito rgidas sobre como o aluno chega ao conhecimento alm de gerar muito preconceito no trabalho de sala de aula e idias preconcebidas sobre desenvolvimento e aprendizagem.

    Para voc saber mais sobre o assunto acesse o site abaixo e consulte aos assuntos ligados ao empirismo, enfim a tudo que possa ampliar os seus conhecimentos sobre o contedo estudado.

    www.psiquiatriageral.com.br www.google.com.br Ento, o que voc achou dessas duas concepes de conhecimento? Certamente voc tem

    uma opinio, no mesmo. Registre no espao abaixo tudo que aprendeu sobre essas duas concepes de conhecimento. _____________________________________________________________________________

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    Veja bem, a importncia de se estudar essa temtica, talvez mais intensamente nesse momento histrico, os primeiros anos do sculo XXI, nos interessa sobremaneira porque a educao, as agncias formadoras, a figura do professor de educao bsica tem sido colocada em discusso. A formao do educador se v em xeque no bojo desse questionamento. Pensamos em contribuir nesse embate e ento nos arvoramos prolongar nossos estudos de Psicologia solicitando a voc repensar a questo estudando um pouco mais as implicaes do empirismo e inatismo nas relaes docentes. Vamos continuar ...

    Voc concorda com esses rtulos exemplificados abaixo considerando as discusses realizadas nos textos acima acerca do empirismo e inatismo?

    Pau que nasce torto no tem jeito morre torto.

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    Filho de peixe, peixinho

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    Bem depois que voc j deu sua opinio sobre os rtulos dos ditos populares, seria bom

    que comentasse, se possvel em articulao com a prtica docente as afirmaes abaixo. No

    esquea, entretanto, de comentar com o professor tutor este trabalho.

    Voc j parou para pensarnas implicaes doempirismo e do inatismonas interaes de sala deaula? Ser que j nascemosprontos? Nesse caso o quea escola pode fazer? Serque somos uma tabula rasaao nascer?

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    Faa um comentrio sobre as reflexes do balo acima no espao abaixo.

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    Voc deve estar se perguntando: mas, afinal, qual mesmo a relao que pode haver

    nessas situaes com o empirismo ou o inatismo ? Ser que metodologias como copiar, copiar

    sem parar os exerccios do quadro de giz tem a ver com uma atuao docente respaldada no

    empirismo? O que voc acha disso? Concorda ou discorda, por que?Se possvel, rena com

    outros colegas seus e procure discutir em grupo esse assunto? Bons estudos.

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    Para entender melhor a relao dessa implicao voc precisa fazer uma pesquisa no s bibliogrfica, mas tambm ir a campo e fazer perguntas a educadores acerca do assunto.

    Veja, a idia da criana ser portadora dos atributos universais (biolgicos) do gnero humano leva a justificativa e crena de que a educao que faz aflorar esses atributos naturais. A decorrncia disso que se atribui escola o papel de cultivar e possibilitar ao indivduo o seu desenvolvimento harmonioso. Isso acaba gerando a idia de que existe uma idade bem precisa para aprender certos contedos. E muito mais, tira-se proveito das situaes de aprendizagem relacionando a no aprendizagem ao fato de que a criana para ter acesso ao conhecimento depende de seu nvel de prontido ou maturidade. claro que a maturao importante, mas muitas vezes h um certo exagero nessa prtica.

    A difuso dessa crena tem levado crianas a ficar retidas ou permanecerem nos exerccios preparatrios porque no esto prontas para aprender a ler e a escrever; outras so rotuladas de excepcionais, e enviadas s classes especiais porque tem dficit cognitivo e no pode seguir o curso normal de escolaridade.

    Essa idia de harmonia tem por trs a ideologia positivista. Ento cuidado, lembre-se que em se tratando de maturao o que se pode prever so as seqncias relativas que so invariveis, mas no presumir em que idade fixa ir ocorrer. H crianas, por exemplo que comeam a andar aos 9 meses, enquanto outras s o fazem aos 2 anos. Nem por isso so deficientes, concorda?

    claro que temos um mecanismo herdado. A ateno, assim como a percepo e a memria, so atividades psicolgicas com as quais nascemos. Como o de outras espcies nosso organismo dotado de mecanismos neurolgicos inatos que permitem selecionar estmulos do ambiente apropriados sobrevivncia. Nascemos com mecanismos de ateno involuntria, que nos permitem perceber e responder automaticamente a rudos fortes, objetos em movimento e mudanas bruscas do ambiente. Mas logo se transforma em ateno voluntria, memria lgica etc. Ento, a nfase na prontido biolgica precisa ser vista com cuidado. A maturao importante, necessria, mas no suficiente. A cultura, as condies histricas e sociais precisam ser consideradas.

    Para melhor esclarecer as implicaes da temtica com a educao seria muito bom que voc respondesse as questes abaixo fazendo uma pequena redao emitindo sua opinio acerca de tudo que discutimos com voc no texto.

    Responda a atividade abaixo em uma folha de papel e encaminhe sua resposta ao professor tutor. Bom trabalho.

    1-O conhecimento no cpia do objeto. No basta copiar o contedo e logo a criana ir aprende. A viso, assim como os outros sentidos so bsicos para o acesso ao conhecimento, mas no com essa nfase que John Locke e os outros empiristas apregoam que o conhecimento se d pelos sentidos. Esse pressuposto merece ateno, de vez que s os sentidos so necessrios, mas no suficientes para chegarmos ao conhecimento.

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    2-O conhecimento no se d s pela experincia. O saber experencial ocupa um lugar muito importante na construo do conhecimento. Entretanto, a experincia sozinha no pode representar a totalidade do acesso ao saber. Ele precisa ser alimentado por outros conhecimentos para ler a realidade.

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    REFERNCIA BOCK, Ana Maria Bahia. FURTADO, Odair. TEIXEIRA, Maria de Lourdes L. Psicologias. Uma introduo ao estudo de Psicologia. So Paulo: Saraiva,1995. CRIA-SABINI, Maria Aparecida. Fundamentos de Psicologia Educacional. So Paulo: tica, 1995.

    DAVIS, Cludia. OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Psicologia na Educao. So Paulo: Cortez, 1990.

    FONTANA, Roseli Aparecida Cao. CRUZ, Maria de Nazar. Psicologia e Trabalho Pedaggico So Paulo: Atual, 1997. REGO, Teresa Cristina. Educao, Cultura e Desenvolvimento: o que pensam os professores sobre as diferenas individuais. In.: AQUINO, Julio Gropa (Org). Diferemas e Preconceito na Escola : alternativas e prticas. So Paulo :Summus, 1998.

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    Para comearmos a estudar esta nova unidade, convidamos voc a fazer uma revisita segunda unidade, especialmente na parte que comenta as implicaes inatistas e empiristas na educao. Como voc observou essas duas concepes interferem na Psicologia da Educao. E na abordagem comportamental essa interferncia acontece de modo muito claro. Voc vai ter oportunidade de ver que para essa teoria somos frutos dos estmulos ambientais, ou seja, usando uma metfora para comparar a situao precria do ser humano, pode-se afirmar que segundo essa teoria ao nascermos somos um saco vazio, e so os nossos sentidos que faro com que faamos escolhas de estmulos que provocaro no nosso organismo uma reao, e assim vamos tomando conhecimento da realidade a nossa volta. Voc concorda com isso? Faz sentido para voc? Somos fruto dos estmulos ambientais? Veja, fica a indagao no ar, para ir desvelando ao longo do texto, e tirar suas concluses. Mas, enfim o que estimulo? Observe o quadro abaixo e tire as suas prprias concluses.

    S= estmulo (qualquer coisa que faa o organismo reagir, como por exemplo, luz para voc poder enxergar a noite. A maaneta da porta que provocar a reao de torce-la para abri-la).R= reao (so nossas manifestaes externas, como nossas aes, palavras, expresses, gestos etc. ou seja, a forma como reagimos a um estmulo do meio). No exemplo da maaneta, o estmulo a maaneta que provoca a reao de torc-la para termos a porta aberta.

    Ento, veja bem, ao contrrio da viso inatista que relaciona o desempenho individual s nossas capacidades inatas, ou seja, que j nascemos com elas, o comportamentalismo destaca essa importncia aos fatores ambientais e s experincias. Experincias aqui entendidas como estmulos (qualquer coisa ou evento que provoca no organismo uma reao) recebidos do meio ambiente, capazes de provocar determinadas reaes e respostas no indivduo. Conseqentemente essa teoria enfatiza o empirismo. Voc compreendeu?

    Que tal agora voc relacionar uma situao com uma dessas concepes de conhecimento (inatismo e empirismo), que discutimos at agora? Vamos l?

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    UNIDADE 3

    A Abordagem Comportamentalista e a Educao

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    Provavelmente voc exemplificou muito bem essas concepes, no mesmo? Parabns!

    por isso que dissemos que segundo o empirismo, somos um saco vazio ou uma tabula rasa ao nascer, e o nosso acesso ao conhecimento resultar de nossos hbitos e experincias que por meio dos sentidos entrar em interao com o meio ambiente.

    Certamente, voc ir aprender muito mais acerca dessa teoria que tem seu ponto forte na aprendizagem. Mas, antes de discutirmos esses aspectos precisamos comentar algumas noes preliminares como : seus fundadores, e saber um pouco como essa teoria surgiu, voc no acha?

    O fundador do behaviorismo ( como chamada essa corrente psicolgica) foi John B. Watson.. Segundo Bock et all (1995, p. 41) o termo behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B. Watson, em um artigo de 1913 que apresentava o ttulo Psicologia como os behavioristas a vem. Certamente, voc deve ter achado estranho o termo behaviorismo, mas agora voc j sabe que devese ao fato de que uma escola psicolgica americana, porque como acabamos de colocar o behaviorismo foi fundado por Watson que era um psiclogo americano. A palavra inglesa behavior significa comportamento, e por essa razo essa tendncia terica denomina de behaviorismo. Entretanto, voc ir encontrar essa corrente psicolgica com outros nomes mas, tambm, utilizamos outros nomes para designa-la, como comportamentalismo, teoria comportamental, anlise do comportamento (Ibidem, 1995, p. 41).

    Dessa maneira ao nos manifestarmos externamente por meio de aes, de palavras, gestos, expresses, atitudes etc, estamos nos comportando. Essas manifestaes externas observveis constituem o que os psiclogos chamam de nosso comportamento.

    Certamente, voc j chegou a concluso que comportamento o conjunto das nossas manifestaes externas de nossos fenmenos psquicos. Tudo que expressamos e que podem ser observados so para essa corrente psicolgica um comportamento.

    Behaviorismo vem de behavior, termo ingls que quer dizer comportamento

    Algumas questes j devem estar passando pela sua cabea a respeito do behaviorismo

    no mesmo? Para ajuda-la a compreender um pouco mais sobre esse assunto, vamos fazer uma pequena tarefa para aprofundar a discusso sobe o assunto. Vamos l?

    1- A Psicologia conceituada como sendo :

    ( ) o estudo do comportamento humano. ( ) o estudo da inteligncia. ( ) o estudo do ambiente.

    2- A Escola Behaviorista, cujo iniciador foi Watson, se preocupa. ( ) em estudar o comportamento do ser humano, suas reaes externas. ( ) em estudar as reaes internas do homem. ( ) em estudar somente as perturbaes dos indivduos.

    3- Sendo o comportamento as nossas aes, palavras, expresses, etc. O comportamento : ( ) o conjunto de situaes vividas internamente por duas pessoas. ( ) o conjunto das manifestaes externas de nosso organismo. ( ) somente a forma que o homem tem de reagir aos fenmenos religiosos.

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    4- Estmulo qualquer fora que provoque a atividade no nosso organismo, vindo como resposta a nossa reao. ( ) errado. ( ) falso. ( ) verdadeiro.

    5- Cada reao que temos em nossa vida diria originada por um estmulo. ( ) errado, no h reao que seja provocada por um estmulo. ( ) falso, porque o estimulo atua sobre na mente e no no nosso organismo. ( ) certo, toda reao provocada por um estmulo.

    6- A luz um estimulo para ... ( ) os ouvidos ( ) os olhos. ( ) a reao ocasionada pela eletricidade.

    As respostas das questes voc pode conferir no quadro abaixo : A respostas corretas da tarefa que voc realizou so :

    1- o estudo do comportamento. 2- estudar o comportamento do ser humano, suas reaes externas. 3- o conjunto de manifestaes externas de nosso organismo. 4- verdadeiro 5- certo, toda reao provocada por um estmulo. 6- os olhos

    Voc, provavelmente, observou que s comportamento para esse vis terico as manifestaes externas do organismo humano. No mesmo? A nfase no observvel, no comportamento que podemos ver, medir, quantificar, por exemplo, por meio de dados estatsticos. Por conta disso para esse terico a Psicologia no deveria empregar a introspeco. Voc est lembrado que esse mtodo de observao utilizava a anlise interna do organismo por meio do relato do paciente, que contava suas experincias para que o psiclogo pudesse conhecer sua vida mental, suas falhas de carter? Est lembrado disso? Ento, no lugar do mtodo da introspeco, Watson pregava a utilizao da extrospeco que se baseia nas reaes externas do indivduo.

    Para esse terico a vida mental de um indivduo algo que pode ser observvel, como os seus conhecimentos, suas aspiraes, decises, idias etc., que se manifestam por meio de seus atos, gestos, palavras, expresses fisionmicas, realizaes e atitudes, sendo essas manifestaes exteriores da vida mental que devem ser observadas pelos psiclogos. Essas manifestaes exteriores da vida mental que devem ser estudadas pela Psicologia por meio da observao denominada de extrospeco.

    Watson no descartava a existncia dos processos internos do homem. Ele considerava que tais processos devem ser estudados pela Fisiologia. Psicologia, segundo sua concepo, cabe o estudo das respostas do organismo aos estmulos do meio.

    Quem foi Watson? John Broadus Watson nasceu nos EUA em 1878 e viveu at 1958. Formou-se em Filosofia, pela Universidade de Furmam, aos 22 anos, mas logo se interessou pela Psicologia Animal, rea em que desenvolveu sua tese de doutoramento. Dedicou-se tambm ao estudo da aprendizagem e de crianas recm nascidas. Fez vrios trabalhos com crianas como o experimento com o Pequeno Albert sobre a aprendizagem de comportamentos emocionais. Para ele, a Psicologia deveria estudar as relaes entre os eventos do meio

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    ambiente (estimulo) e o comportamento (resposta). Em 1908, assumiu o cargo de professor de Psicologia na Universidade Johns Hopkins, onde continuou suas pesquisas com animais. Em 1913, Watson publicou um artigo intitulado A Psicologia como um behaviorista a v, que considerado o lanamento oficial da Escola Behaviorista.

    DIVISO DO COMPORTAMENTO Para comearmos a estudar os tipos de comportamento, gostaria que voc fosse respondendo s situaes que so colocadas abaixo :

    Existem comportamentos que todos os seres da mesma espcie apresentam. Por exemplo : quando estamos num lugar escuro, imagine, assistindo a um filme, e ao terminar samos para um lugar claro ou ensolarado, a nossas pupilas se contraem.

    Desta maneira:

    ( ) todas as pessoas apresentam essa contrao pupilar. ( ) s algumas pessoas apresentam a contrao pupilar.

    Bom se voc concorda com a primeira alternativa, com certeza voc j observou que todas as pessoas sentem essa reao, e que elas no precisam ser aprendidas, pois todos ns seres da mesma espcie apresentamos. Dizemos, ento, que este um comportamento inato, uma vez que, todos os seres da mesma espcie, em estado normal, reagem da mesma forma quando recebem determina estimulao. Mas, veja bem, o ser humano apresenta outro tipo de comportamento, porque h reaes que uns seres humanos apresentam e que outros, embora da mesma espcie, no apresentam ao receberem determinadas estimulaes. So reaes que precisamos aprender ou adquirir. Por exemplo, nem todos os indivduos conseguem resolver uma equao algbrica. Para fazer essa operao matemtica o indivduo precisa ter oportunidade de estudar o assunto, e dessa maneira poder resolv-la desde que aprenda como fazer essa operao. No mesmo? Certamente voc j chegou a concluso que este um comportamento aprendido. Vejamos um outro exemplo : voc pode gostar muito de matemtica e at mesmo resolver problemas, solucionar equaes de primeiro e segundo graus na algum em sua casa, ou para alguns colegas. Entretanto, para voc ser um profissional da matemtica, um professor dessa disciplina, ter que aprender vrias teorias, estudar os teoremas, as questes euclidianas, enfim adquirir conhecimentos que lhe eram totalmente estranhos, voc no acha? Voc passar a reagir a essas estimulaes, e ao mesmo tempo estar fazendo aquisio de conhecimentos dessa rea, no mesmo. Esse comportamento no inato, mas aprendido. Voc aprendeu esse contedo, no nasceu com ele, certo? bem provvel, que agora voc j faa essa diferena, e com certeza estabelece que enquanto o comportamento inato aquele que todos os seres da mesma espcie apresentam diante de uma estimulao, o comportamento adquirido aquele que o indivduo apresenta como reaes de aprendizagens no decorrer de sua existncia Para melhor fixar este assunto faa a reviso do mesmo: Veja bem, caso no consiga realiza-la volte para o texto e estude mais um pouco, que com certeza ter sucesso. Tudo bem, vamos comear? 1- Observe a frmula abaixo e reescreva nos espaos do quadro em branco.

    E O R E = Estmulo. O = Organismo.

  • UEPA Universidade do Estado do Par 29

    R = Resposta O estmulo afeta o organismo provocando uma reao. Responda :

    1- Cada reao que temos em nossa vida diria provocada por :

    a) insatisfao. b)interferncia c) estmulo 2- Reao a resposta a um estmulo. a) sim b) no c) s em alguns casos. 3- A luz um estmulo para :

    a)os ouvidos b) os olhos c) o olfato. 4- Um aroma agradvel um estmulo para :

    a) o tato. b) os olhos c) o olfato. Gabarito:

    1- estmulo. 2- Sim. 3- Os olhos. 4- O tato.

    Voc gostou de realizar a tarefa ? Parabns

    Assinale a alternativa correta: 1- O mtodo de observao aprovada por John B. Watson:

    a) introspeco b) extrospeco c) nenhuma. 2- O termo behaviorismo quer dizer:

    a) comportamento b) personalidade c) estmulo. 3- Comportamento que todos os seres em estado normal apresentam : a)adquirido b) inato c) aprendido 4- Comportamento que tivemos de aprender: a) existencialismo b) adquirido c) inato. 5- Iniciador da Escola Behaviorista: a) John B. Watson. b) Ivan Pavlov c) Sigmund Freud 6- A Escola Behaviorista tambm conhecida como. a) Escola Reflexolgica. b) Escola Psicanaltica c) Escola Comportamentalista. 7- As nossas aes, palavras, gestos, expresses etc. constituem o que os psiclogos

    chamam de : a) comportamento b) personalidade c) reflexo. Para corrigir a tarefa que realizou consulte neste quadro a chave de resposta abaixo. Lembre-se tambm que precisa enviar as respostas desta atividade para o professor tutor avaliar o seu desempenho. Vamos l.

    1- extrospeco. 2- comportamento. 3- inato. 4- adquirido. 5- John B. Watson.

    6- Escola Comportamentalista. 7- comportamento.

    Caso voc ainda tenha alguma dvida, pode pedir ajuda ao seu professor tutor. Certo? Faa isso e boa sorte. Vamos avanar porque ainda temos muito que discutir, concorda?

  • UEPA Universidade do Estado do Par 30

    A Anlise Experimental do Comportamento Para saber mais sobre o behaviorismo precisamos conhecer um outro importante psiclogo desse vis terico. Skinner, era psiclogo norte-americano nascido em 1904 e que viveu at 1990. considerado o mais importante comportamentalista que sucedeu a Watson. Em 1932 ao relatar suas observaes sobre o comportamento de ratos brancos na sua tese de doutorado deu importantes contribuies para a Psicologia. Baseou-se em dois tipos de aprendizagens : por condionamento clssico e por condicionamento operante.

    Calma! Parece estranho, mas voc vai ver que bem simples saber, porque o

    condicionamento clssico tem muito a ver com as respostas inatas que j discutimos. E o condicionamento operante por sua vez tem relao com o conhecimento adquirido ou aprendido que j estudamos, voc se lembra? Est mais claro agora? Vamos discutir ainda mais sobre esse assunto aps sabermos quem foi Skinner? Calma! Parece estranho, mas voc vai ver que bem simples saber porque o condicionamento clssico tem muito a ver com as nossas respostas inatas que j discutimos, no mesmo? E o condicionamento operante por sua vez tem relao com o conhecimento adquirido ou aprendido que j estudamos, voc se lembra? Est mais claro agora? Vamos discutir ainda mais sobre esse assunto aps sabermos quem foi Skinner?

    Quem foi Skinner? O grande terico da Psicologia norte-americana Burrhus Frederic Skinner, nascido em 1904, foi o criador da abordagem por ele denominada anlise experimental do comportamento, mtodo que lhe permite prever e controlar cientificamente o comportamento. Doutorou-se em Harvard, em 1931, e em sua tese relatou suas observaes sobre o comportamento de ratos brancos. Aps seu doutoramento lecionou na Universidade de Minnesota e na Universidade de Indiana. Regressou a Harvard como professor e pesquisador. Interessou-se pela anlise da aprendizagem verbal, pelo adestramento, pela mquina de ensinar e pelo controle do comportamento mediante reforo positivo. Morreu em 1980. Desenvolveu trabalhos de aplicao tecnolgica dos princpios da anlise experimental do comportamento no campo do ensino e no trabalho psicoteraputico. Alm disso dedicou-se elaborao de uma filosofia, o Behaviorismo, que se vincula ao movimento de anlise do comportamento. A base da abordagem skinneriana o comportamento operante. Para chegar a esse conceito esse terico se baseou nas noes de comportamento clssico ou reflexo, ou pavloviano de Ivan Pavlov e na lei do efeito de Thorndike

    Condicionamento clssico ?? Condicionamento operante??

    Condicionamento clssico ?? Condicionamento operante??

  • UEPA Universidade do Estado do Par 31

    Vamos recomear nosso estudo sobre os comportamentos clssico e operante? Para iniciarmos gostaramos que voc fizesse uma releitura aos exemplos abaixo acerca de comportamento clssico ou comportamento respondente, ou pavloviano.

    A contrao das pupilas quando uma luz forte incide sobre os olhos. A salivao quando uma gota de limo colocada em nossa lngua. Os arrepios da pele quando um ar frio nos atinge. O sumo da cebola quando a cortamos que provoca lgrimas. Quando ouvimos um barulho, instantaneamente, olhamos para o local que o

    produziu. Um sopro no olho provoca uma piscadela das plpebras. Comida na boca de um homem produzir um fluxo salivar.

    Essas reaes so imediatas e instantneas que o nosso organismo apresenta como respostas a certas excitaes, como voc pode observar nos exemplos acima. No mesmo?

    Mas, veja bem, o comportamento reflexo provocado por um estmulo especfico, ou seja, as reaes do organismo so resposta a estmulos especficos, por isso de diz, que so respostas eliciadas (que quer dizer provocadas/produzir s por esse estmulo especfico). Por exemplo, o sumo de cebola o estmulo especfico para eliciar (produzir) lgrimas. J o ar frio no produz lgrima. O ar frio o estimulo especfico para eliciar outra reao reflexa tambm especfica que o arrepio de pele Voc compreendeu ? Ento vamos l.

    Voc j estudou esse assunto quando falamos de comportamento inato e sinalizamos o comportamento aprendido. Sendo assim penso que agora j temos condies de avanar esse assunto. Voc concorda? Certamente voc j entendeu esse contedo, j tem uma opinio formada de que: o reflexo, que o nosso comportamento inato a mais simples forma de reao do nosso organismo humano. Ele produzido pelo nosso sistema nervoso.

    Entretanto, sistema nervoso no igual em todos os animais, voc compreende? E no igual em todos os animais pelo simples fato de que, medida que se sobe na escala biolgica, ele vai se tornando mais complicado, ou seja, mais complexo. Essa escala biolgica chamada filogentica.

    Filogentica uma escala biolgica dos animais, e nessa escala, ns seres humanos somos os animais mais evoludos. Sendo o homem o mais alto grau da escala biolgica, o seu sistema nervoso o mais complexo, conforme revela na sua capacidade criadora. Ento, o que filogentico prprio da espcie. Conseqentemente prprio da espcie humana o nosso

    Tudo bem, mas os

    outros animais tambm

    possuem sistema nervoso

  • UEPA Universidade do Estado do Par 32

    organismo reagir com lgrimas ao sofrer a excitao do sumo de cebola. Da mesma forma a reao de saliva ao colocarmos alimento na boca. Enfim os chamados reflexos simples, ou comportamento inato so aquelas reaes que apresentamos desde o nascimento e, portanto, considerado reflexo natural.

    Certamente voc j tem uma opinio sobre o que comportamento clssico, ou comportamento respondente, ou pavloviano, afinal acabou de estuda-lo mais uma vez, no mesmo? Ento pense e responda no espao abaixo o que um comportamento respondente? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Por certo voc concorda que o comportamento reflexo ou respondente o comportamento no voluntrio e inclu as respostas que so eliciadas (produzidas) por modificaes especiais de estmulos do ambiente (BOCK. FURTADO. TEIXEIRA, 1995, p. 42).

    Entretanto, nem todas as nossas reaes so naturais, isto , h reaes com as quais no nascemos. Estas, so reaes que foram aprendidas, tambm chamadas de reflexo condicionado.

    No processo de condicionamento um reflexo simples (um sopro em seu olho) associado com um outro estmulo que no tem nada a ver com essa reao inatas (um som) pode provocar uma piscadela. Vejamos, aps vrios empareamentos ou associaes entre o sopro nos olhos e um determinado som (uma msica), no mais preciso ocorrer o sopro, basta ouvir a msica e voc ir piscar. Houve ento um condicionamento, ou seja, se um estmulo neutro (aquele que originalmente nada tem a v com o comportamento) for pareado (associado) um certo nmero de vezes, a um estmulo eliciador (aquele que elicia o comportamento), o estimulo previamente neutro ir evocar a mesma espcie de resposta (Ibidem, 1995, p. 43).

    Agora que j estudamos um pouco sobre o condicionamento, talvez voc fosse capaz de exemplificar com um fato que tenha acontecido uma situao envolvendo condicionamento. Certo? Veja, pode no ter acontecido com voc, mas de alguma forma voc ficou sabendo. Tudo bem? Vamos l? _____________________________________________________________________________

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    Voc entendeu? Para deixar mais claro, vamos a um outro exemplo:

    Digamos que algum d um sopro em seus olhos. Voc automaticamente ir piscar. Piscar uma reao, uma resposta a um estmulo. No se pode dizer que tenha sido uma resposta aprendida. No entanto, se toda vez que algum sopra em seus olhos soar uma campainha, pode chegar um momento em que voc piscar ao ouvir tal campainha, mesmo na ausncia do sopro. Dizemos, ento que voc aprendeu a piscar quando ouve determinado som. (FONTANA, E CRUZ, 1997, p. 26).

  • UEPA Universidade do Estado do Par 33

    Parece que est na hora de fazer uma reviso, voc gostaria. Ento para comear nos quadros abaixo, d um exemplo de reflexo simples e um de reflexo condicionado:

    Comportamento inato:

    ................................................................................................................................

    .................................................................................................................................

    ..................................................................................................................................

    ..................................................................................................................................

    Comportamento Condicionado:

    ..................................................................................................................................

    ..................................................................................................................................

    ..................................................................................................................................

    ....................................................................................................................................

    RECAPITULANDO: Comportamento inato, ou respondente, ou ainda reflexo simples so ...................... involuntrias que o nosso organismo .............................. a certos .................................... especficos. Reflexo condicionado aquele que precisa ser ............................... ou adquirido. Na escala filogentica o .......................... considerado o animal superior, com o sistema................... mais complexo, conforme revela sua capacidade criadora. O .............................. reflexo provocado por um ......................... especfico. Eliciar quer dizer.................................. Comida na boca elicia um fluxo de........................, pois toda vez que uma substncia cai nas papilas lnguas, existe uma reao instantnea das glndulas salivares que a ................ Se o homem, durante vrios dias, antes de alimentar o co, tocar sempre uma mesma msica, bastar o .............. ouvir ................... a ................. sem vir acompanhada da alimentao que ir salivar. No natural salivar para a msica. Essa resposta ................... ............................................ Ao colocar comida na boca de um co faminto, automaticamente, ele apresentar um reflexo simples, ou seja, sua boca produzir um fluxo de .................................. Na escala filogentica o homem considerado o .............................. superior. Filogentico quer dizer da mesma ...........................

  • UEPA Universidade do Estado do Par 34

    Para voc saber mais sobre o assunto acesse o site abaixo e consulte aos assuntos ligados a condicionamento, a reflexo, enfim a tudo que possa ampliar os seus conhecimentos sobre o contedo estudado. www.psiquiatria geral.Com. br.

    Leia tambm o texto complementar abaixo. Ele vai dar a voc a oportunidade de saber quem Ivan Pavlov. Este terico, em 1903, fez importantes descobertas sobre o reflexo condicionado. Vamos leitura!

    Leitura Complementar UM EXPERIMENTO DE IVAN PAVLOV. Ivan Pavlov, russo, nasceu em Riazan, em 1849, e faleceu em Moscou, em 1936. Aps doutorar-se, orientou seus trabalhos para a circulao sangunea e a digesto, os quais lhe valeram, em 1904, o prmio Nobel de Filosofia e Medicina. Suas pesquisas sobre secrees gstricas levaram-na a descobrir o reflexo condicionado e sua importncia no psiquismo animal e humano. Por meio de uma interveno cirrgica relativamente indolor, Pavlov conseguiu desviar o canal salivar para o exterior do organismo, atravs de uma abertura no beio do co, e coletar os pingos de saliva num tubo de ensaio. A quantidade de saliva segregada uma medida objetiva e conveniente do poder de reao glndula. Pavlov apresentava um som (uma campainha ou uma buzina) ao mesmo tempo em que dava comida ao co. Por meio de arreios especiais o co era mantido firme, embora um tanto livre, sobre a mesa do laboratrio e em frente ao estmulo que era apresentado automaticamente. Aps 20 a 40 apresentaes do alimento e da campainha. O que acontece nesse interessante experimento a substituio do som da campainha pelo efeito original eficaz do estmulo (comida), de forma que a campainha capaz de produzir a secreo da saliva por si s, na ausncia da comida. (GARRET, 1970, pgs 140/141). Agora que voc conhece um pouco mais sobre comportamento inato e comportamento aprendido, deve provavelmente estar se perguntando: afinal, o que tudo isso tem a ver com o behaviorismo de Skinner?

    Posso dizer a voc que muita coisa. Para voc ter idia, esse terico se baseou nos experimentos de Pavlov e na lei do efeito de Thorndike para formular sua teoria sobre o comportamento operante, reforo positivo e anlise do comportamento.

    Vamos estudar um pouco as contribuies das teorias de Thorndike e de Pavlov que foram utilizadas por Skinner em sua teoria? Certamente voc j tem algumas idias sobre condicionamento e sobre a lei do efeito, certo? Elas so provavelmente suficientes para avanarmos na discusso e chegarmos ao comportamento operante proposto por Skinner, Ento,vamos l?

  • UEPA Universidade do Estado do Par 35

    Skinner, como voc j sabe, trabalhou com ratos brancos. Voc lembra disso? J estudamos a esse respeito quando apresentamos Skinner na pgina 9, lembrou agora? Tudo bem, vamos ento voltar ao assunto? Skinner, em seu experimento observou que os ratos brancos aprendiam em sua busca de alimento, um ato que no tinha relao alguma com a alimentao (pressionar a barra de um equipamento experimental, a caixa de Skinner). Esse autor tambm tentou condicionar o comportamento do rato em termos do condicionamento de Pavlov e no conseguiu. Com base nisso props dois tipos de condicionamento : o tipo S (condicionamento clssico, apresentado por Pavlov, que o chamado respondente) , e o tipo R (condicionamento apresentado por Skinner e chamado operante ou instrumental) Voc deve estar lembrando que o condicionamento S (de Pavlov) consiste na produo da salivao por um estmulo (som de uma campainha) que associado com a comida. associado comida porque comida na boca um estmulo que provoca salivao, isso inato no homem. Ento, comida, um estmulo especfico, ou seja, o nosso organismo reage naturalmente comida na boca com um fluxo de saliva. At aqui, tudo certo? Vamos adiante. No condicionamento do tipo R, no h um estimulo especfico. A resposta de presso a barra vai ser emitida sem qualquer relao com o estmulo especfico. Vimos que a resposta no evocada, eliciada, mas emitida. Emitir, quer dizer que vamos trabalhar no meio para conseguir o que precisamos ou desejamos. No caso do rato ele estava faminto e precisava conseguir um jeito para se alimentar, ento vai a busca disso, at conseguir. Na gaiola experimental, que falamos antes, na caixa de Skinner, melhor dizendo, h uma barra. Ento, aps vrias respostas sem sucesso, ele bate na barra e junto com um barulhinho aparece uma pelota de alimento. Est resolvida a sua busca de alimento? O rato passa a pressionar a barra e vai se alimentando. Certo? Pois bem, temos a o condicionamento operante. Mas como isso voc deve estar pensando? Vamos ver se conseguimos esclarecer isso. A reao de presso a barra foi repetida por ter sido seguida de um efeito agradvel, o aparecimento da pelota de alimento. Concorda? Esta a Lei do Efeito proposta por Edward Lee Thornike, lembra agora? Segundo a Lei do Efeito, o organismo repete as situaes agradveis, e tende a abandonar as aes seguidas por um efeito desagradvel. em essncia um ato pode ser alterado na sua fora pelas conseqncias (KELLER, 1973, p.30). Para Skinner, esse efeito agradvel, positivo, que faz com que o sujeito volte a pressionar a barra, no caso do rato, na linguagem comportamentalista o reforo.

    REVISO DO ASSUNTO ESTUDADO

    Situao 1

    Observe a situao seguinte: um rato privado de gua por 24 horas, certamente apresentar uma predisposio para beber gua na primeira oportunidade que encontrar. Provavelmente esse animal no seu habitar natural vai a busca desse lquido quando quer beber gua. Emite vrios comportamentos para conseguir tomar gua, e sempre voltar ao local que conseguir satisfazer sua sede. Esse comportamento um operante e reforado pela situao agradvel de matar a sede. Com base na situao responda: 1- No operante as reaes do organismo so: ( ) emitidas. ( ) provocadas 2- Emitir vrios comportamentos at conseguir