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Revista Meio Filtrante On-Line

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buscar em... Saiba mais sobre nossa revista especializada Escolha a edio Sexta-feira, 02 de Dezembro de 2011 Tera-feira, 29 de Novembro de 2011 Veja aqui nossa lista completa de parceiros!

Filtrao em linhas de pintura por eletrodeposio

Processo de pintura por eletrodeposio necessita de uma filtrao / ultrafiltrao de qualidade A pintura por eletrodeposio foi desenvolvida para garantir caractersticas anticorrosivas uma pea metlica e tem como principais usurios a indstria automobilstica, autopeas e mais recentemente algumas partes de eletrodomsticos. Este processo consiste em imergir o objeto a ser pintado num banho de tinta diluda em gua, onde se faz passar uma corrente eltrica contnua e atravs de uma diferena de potencial, deposita-se um revestimento orgnico, formando uma pelcula uniforme e coesa nesta superfcie que aps a cura estar pronta para uso ou, dependendo do produto, pronta para receber pintura de acabamento. Foi utilizado pela primeira vez, no incio dos anos 60 na Ford-USA, para pintar inicialmente rodas e em seguida carros, pelo processo Andico. No incio da dcada de 70 foi desenvolvido o processo Catdico, o qual domina o mercado de pintura por eletrodeposio nos dias de hoje. A pintura por eletrodeposio catdica, tem vrias denominaes, como: Pintura por Eletroforese; E-coat; Elpo; Electrocoating;

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ETL; Electropaint; etc. No Brasil mais popularmente conhecida por KTL, que tem como origem a terminologia alem Katho-dische Tauch Lackierung (Pintura Catdica por Imerso). Para garantir otimizao do processo, reduo de custo, respeito ao meio ambiente e melhoria na qualidade do produto pintado, alguns cuidados so essenciais durante o processo, dentre os quais a filtrao / ultrafiltrao indiscutivelmente um dos mais importantes. No passado as linhas de pintura possuam filtros apenas no tanque de tinta e mesmo assim o volume filtrado era extremamente baixo. Porm, a necessidade por melhoria contnua na qualidade do produto final tem obrigado as empresas a instalarem filtros em outras fases do processo. Para entender melhor porque alguns pontos de uma linha de pintura necessitam de filtros, preciso conhecer tambm as principais fases do processo que antecede a pintura, ou seja, conhecer o pr-tratamento e suas finalidades. Pr-tratamento de superfcies A exigncia bsica para que a pintura por eletrodeposio alcance sua mxima resistncia contra corroso, que o processo de pr-tratamento seja executado de maneira a obter uma superfcie da pea da melhor qualidade possvel. A utilizao de filtros em algumas fases contribui para isso, pois se a pintura aplicada sobre uma superfcie com contaminantes slidos ou leo, fatalmente haver rompimento da camada e a base do metal ser exposta, ocorrendo a corroso neste ponto. Pr-desengraxe / Desengraxe A funo do desengraxante remover todos conta-minantes, como leo/graxas e slidos, da superfcie da pea para garantir uma fosfatizao eficiente e boa aderncia da tinta. Nesta fase a pea lavada com uma soluo alcalina aquecida, visando a remoo de contaminantes que foram agregados pea durante seu processo de fabricao ou durante a laminao da chapa de ao ainda na usina siderrgica. Esta lavagem pode ser por imerso, por spray ou pelos dois mtodos, podendo ter mais de um estgio dependendo do tipo e/ou da complexidade da pea e ser lavada.

Por se tratar de um circuito fechado, os contaminantes removidos da pea so transferidos para o banho, obrigando sua renovao peridica. Utilizar sistemas de filtragem nesta fase extremamente importante, pois: Mantm o banho com baixos nveis de contaminao; Prolonga sua vida til; Melhora a qualidade da lavagem; Reduz custos de manuteno na limpeza do tanque e dos sprays; Contribui no aumento da produtividade. Existem diferentes tecnologias de filtragem e separao para os dois principais contaminantes (leo e slidos) existentes no banho.

Clique na imagem para ampliar Remoo de leo a)Centrfuga Mecnica Separao lquido / lquido. A diferena de densidade entre a soluo desengraxante e leo, permite a separao dos dois meios devido ao centrfuga que um motor aplica sob um recipiente circular. As centrfugas mais modernas so totalmente automticas e no necessitam de interveno durante a operao, pois descartam o leo separado automaticamente em um tambor ou outro recipiente adequado. indicada a utilizao de um filtro de barreira mecnica, antes da centrfuga, para remover slidos, pois a mesma tem a funo de remover leo, e altas concentraes de slidos podem prejudicar seu desempenho. O filtro mais indicado para esta aplicao o filtro tipo bolsa (bag). b) Separador gua/leo Consiste numa caixa retangular contendo internamente defletores ou lamelas que reduzem a velocidade do fluido, forando a flotao do leo que tem menor densidade (mais leve). O leo separado captado por um coletor existente na parte superior do separador e por transbordo (gravidade) pode ser direcionado para um tambor ou outro recipiente adequado. A soluo desengraxante retorna para o tanque por bombeamento. No uma soluo totalmente eficiente, pois com a soluo aque-cida, parte do leo po-de estar solvel impedindo sua separao. c)Membrana Cermica Separa o leo pelo processo tangencial, o mesmo utilizado em ultrafiltrao, porm com membranas especficas. As membranas recebem o fluido pressurizado e por diferena de tamanho das molculas ocorre a separao. Periodicamente necessria uma limpeza qumica para regenerar as membranas, as quais devem ser

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substitudas quando a limpeza qumica deixa de ser eficiente na recuperao da vazo. Algumas tentativas de utilizar, no desengraxe, as membranas de ultrafiltrao desenvolvidas para tinta, no obtiveram muito sucesso. Provavelmente porque alguns tipos de desengraxante contm slica produto extremamente prejudicial para esse tipo de membrana (PVDF), alm do leo livre existente no banho (no solvel) que tambm prejudicial ao desempenho destas. Remoo de slidos a) Filtro Separador Centrfugo Separao slido / lquido. Remove os slidos por meio da ao centrfuga gerada pela velocidade com que o fluido bombeado para dentro do separador. Por no utilizar nenhum tipo de elemento fil-trante, o diferencial de presso (P) gerado pelo sepa-rador constante (estvel) variando somente em funo da vazo. Os slidos separados so descartados automaticamente e podem ser direcionados para um tambor ou outro recipiente adequado. b) Filtro tipo bolsa (bag) Consiste em um vaso de presso, contendo internamente um cesto suporte para acomodao do elemento filtrante sinttico (bolsa / bag). O bag pode ser confeccionado em feltro (meio filtrante de profundidade) ou em tela de nylon (meio filtrante de superfcie). Se por um lado o bag de feltro apresenta maior eficincia de remoo e maior capacidade de acmulo de slidos, por outro o nylon tem a vantagem de ser reutilizvel (lavvel). Em aplicaes onde h grande concentrao de slidos, necessrio aumentar a rea filtrante ou ento utilizar filtros de abertura maior (malha mais aberta) para evitar o entupimento constante dos elementos. Algumas empresas utilizam barras magnticas imersas no banho desengraxante com a finalidade de remover partculas metlicas. Essa prtica pode ser perigosa medida que algumas partculas podem se desprender da barra magntica e em seguida fixar-se sobre a superfcie da pea a ser pintada. Uma vez que estas partculas foram magnetizadas, a remoo se torna mais difcil, podendo ocasionar re-trabalho aps a pintura.

Refinador O refinador ativa a superfcie do metal preparando a pea para a fase seguinte, a fosfatizao, visando garantir uniformidade na camada de fosfato. Fosfatizao Banho composto basicamente de fosfatos metlicos, que ao serem depositados formam uma camada consistente sobre a superfcie da pea, melhorando a adeso e a resistncia corroso dos filmes de tinta sobre a superfcie metlica. Em todo o processo, esta fase com certeza a que gera maior volume de resduos. Durante o processo de fosfatizao ocorrem reaes qumicas, s quais geram como subproduto um particulado extremamente fino que em alta concentrao forma a borra de fosfato. Vrias tecnologias so utilizadas para remover esta borra do tanque de fosfato. Os filtros encontrados nesta aplicao so: o filtro bag (instalaes pequeno porte), o decantador, o filtro a vcuo, o filtro prensa e o filtro separador centrfugo. A utilizao de filtro nesta fase garante: - Baixa concentrao de slidos suspensos, reduzindo a necessidade de renovao do banho; - Reduo drstica do volume da borra a ser descartada, uma vez que a parte lquida retorna para o tanque. As melhorias citadas acima garantem reduo de custo atravs da economia de gua e reduo no gasto com destinao do resduo, alm de contribuir para a preservao do meio ambiente. Passivador Por ser formada por cristais, a camada de fosfato apresenta um certo grau de porosidade. O passivador tem como finalidade selar esta porosidade atravs do preenchimento destes vales, o que impede a formao de corroso, porque todo metal que estaria desprotegido entre um cristal de fosfato e outro, passa a estar coberto.

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Enxge Entre algumas fases do processo do pr-tratamento necessrio o enxge da superfcie para garantir a remoo dos resduos gerados na etapa anterior, evitando que estes contaminem a etapa seguinte. O arraste de resduos de uma etapa para outra, pode prejudicar a eficincia do processo e conse-quentemente a qualidade final do produto. Alguns destes enxges devem ser realizados com gua de baixa condutividade (* gua DI), podendo ser atravs de imerso ou por spray, ou ainda, uma combinao destes dois tipos para garantir maior eficincia de limpeza. Alguns destes enxges operam em regime fechado, ou seja, no h renovao do fluido. Por isso ocorre acmulo de resduos dentro do tanque, prejudicando a eficincia da operao e afetando a qualidade da pintura. A qualidade da limpeza pode ser garantida com a utilizao de filtro bag nos enxges. * gua desmineralizada (gua DI) gerada por um sistema desmineralizador, o qual remove os sais da gua. Este equipamento normalmente consiste em colunas contendo internamente resinas, sendo uma delas a catinica e a outra aninica. Existe tambm o desmineralizador de leito misto, onde uma nica coluna contm resina catinica e aninica, o que permite reduzir o custo da instalao. Dependendo da qualidade da gua a ser desmineralizada, indicada a utilizao de filtros, antes do desmineralizador, para remover contaminantes que possam afetar a eficincia das resinas. Estes contaminantes podem ser slidos ou cloro, mais comum quando a gua fornecida pela rede pblica. Para remoo de contaminantes slidos pode-se utilizar filtro de areia, filtro bag ou filtro cartucho. J o filtro de leito de carvo o mais indicado na remoo de cloro, uma vez que o carvo tem grande capacidade para remover este elemento da gua.

Pintura por eletrodeposio catdica (KTL) Um banho de tinta KTL constitudo basicamente por gua desmineralizada (DI), pigmento, resina e um pequeno percentual de solventes coalescentes que garante uma boa disperso dos componentes do banho. Como vimos no incio desta matria, a pintura KTL um processo por imerso, onde a pea a ser pintada imersa em um tanque contento a tinta. Aplica-se a corrente eltrica durante um perodo que pode variar de 1 a 3 minutos, depositando uma pelcula insolvel de tinta sobre a superfcie metlica. Dependendo da geometria da pea a ser pintada, este tempo pode ser maior para garantir a espessura desejada. Ao sair do banho de tinta, a pea segue para os estgios de enxaguamento, para eliminar as espumas e principalmente recuperar a tinta aderida superficialmente camada eletrodepositada. Os enxges operam em forma de cascata reversa, ou seja, o segundo tanque transborda para o primeiro e este transborda para o tanque de tinta. Este sistema garante o retorno do excesso de tinta (pigmento/resina) que no aderiu a superfcie, mas que foi carregada pela pea durante o processo pintura. Isso permite recuperao de quase 100% da tinta, sendo este um dos principais atrativos financeiros da pintura KTL. ELETROFORESE: denominao do fenmeno em que uma disperso coloidal submetida a ao de um campo eltrico, fazendo com que as partculas dispersas se dirijam para um dos plos. Alguns contaminantes que foram carregados pela pea, desprendidos das paredes do tanque / tubulao, provenientes do prprio ambiente ou resultantes das reaes qumicas gerados pelo processo, so agregados ao banho de tinta durante a pintura. Para que a pintura KTL apresente o desempenho desejado, seja em termos de qualidade, operacionalidade ou economia, um bom sistema de filtragem indispensvel para remover estes contaminantes. A seguir, vamos descrever os tipos de filtros e pontos de aplicao na pintura. 1) FILTRO Tipo Y / Cesto Este tipo de filtro tem a funo de reter contaminantes grosseiros como parafusos, porcas, fitas plsticas e outros que possam prejudicar ou provocar o entupimento do rotor de bombas, por isso so instalados na suco destas. Como alternativa, existem as telas planas, com aberturas em torno de 3,17mm (1/8), as quais so instaladas dentro do tanque, no ponto de captao da bomba. A desvantagem das telas que durante sua remoo para limpeza pode ocorrer a queda de algum contaminante que estava retido em sua superfcie, retornando a sujeira para dentro do banho. J o filtro Y ou o filtro cesto permitem sua limpeza sem este risco e com a pintura em operao, uma vez que so instalados na tubulao fora do tanque de tinta. Independente do tipo de filtro escolhido, o importante que o mesmo seja construdo em ao inox.

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2) FILTRO TIPO BOLSA (BAG) Principais pontos de aplicao a) Agitao A tinta KTL necessita estar em constante movimentao para evitar que ocorra a decantao dos slidos (resinas e pigmento). A agitao da tinta efetuada atravs de uma bomba centrfuga que capta a tinta do tanque e a retorna para o prprio tanque atravs de bicos edutores. O filtro deve ser instalado entre a bomba e os edutores, tendo como funo remover contami-nantes que foram carregados pela pea para dentro da tinta e os grumos de tinta mantendo um certo grau de limpeza do banho. O elemento filtrante pode ser de 25 ou 50 micra. b) Trocador de Calor Devido corrente eltrica aplicada durante o processo de pintura e o atrito gerado pelas bombas do circuito, a tinta sofre aquecimento e necessita ser resfriada para evitar sua degradao. Para manter a tinta dentro de uma faixa de temperatura estipulada pelo fabricante, utilizado um trocador de calor + chiller. O filtro instalado entre a bomba e o trocador, tendo como principal funo evitar que contaminantes da tinta provoquem entupimento dos canais de resfriamento do trocador de calor, o que provocaria a perda da eficincia de troca trmica do mesmo. O elemento filtrante pode ser de 25 ou 50 micra. c) Ultrafiltrao As membranas mais modernas, do tipo espiral, necessitam ter um pr-filtro para evitar que determinados contaminantes cheguem at elas e afetem sua eficincia e/ou provoquem um entupimento precoce. imperativo que haja alm do filtro principal, um filtro em stand-by, que entrar em operao quando o filtro principal for fechado para substituio do elemento filtrante. Isso garante que a ultrafiltrao receba tinta pr-filtrada constantemente. O elemento filtrante pode ser de 10 ou 25 micra. Sobre as membranas de ultrafiltrao, as quais tambm fazem parte do sistema de filtragem do KTL, falaremos mais adiante. d) Enxges A camada de tinta eletrodepositada tem espessura mdia de 20 micra, assim, se existirem contaminantes slidos e no forem removidos durante o processo de enxge, eles podero provocar uma ruptura da camada quando a pea for levada para a estufa onde ocorrer a cura da tinta. Tanto nos tanques de enxge com ultrafiltrado (UF) quanto com gua DI, os filtros bag tm a finalidade de reter estes contaminantes slidos para garantir que a pea esteja sendo enxaguada por um fluido limpo. O elemento filtrante pode ser de 25 ou 50 micra. Caractersticas Construtivas DO FILTRO BAG Carcaa (corpo do filtro) a)Carcaa Side Line Por questo de custo, muitas empresas optam por utilizar este modelo, o qual mais barato que o Top Line, mas preciso ateno durante a colocao da bolsa e de seus dispositivos de fixao para garantir total assentamento dentro da carcaa e evitar que ocorra a passagem do fluido sem filtrar.

b)Carcaa Top Line o modelo mais comum dentre os filtros (carcaa) que utilizam apenas um elemento filtrante. Garante 100% de vedao no elemento filtrante, evitando a passagem do fluido sem filtrar, uma vez que a vedao do elemento ocorre no momento em que os parafusos da tampa so apertados dispensando o uso de acessrios de fixao.

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Elemento Filtrante (bolsa / bag) a)Bolsa Costurada Este foi o primeiro tipo de bolsa a ser fabricado. Seu fechamento realizado atravs de mquina de costura, o que aumenta a possibilidade de ocorrerem fugas de contaminantes, atravs dos furos ocasionados pela agulha durante a sua confeco. Outro risco a contaminao por silicones que so utilizados na lubrificao de alguns tipos de linha de costura. Por isso importante o controle do fabricante de filtros, no utilizando linhas ou feltros que utilizem lubrificantes em sua composio. b) Bolsa Termosoldada Visando melhorar a confiabilidade e a eficincia das bolsas, foi desenvolvida a bolsa termosoldada. Seu fechamento atravs de solda por ultra-som, eliminando a possibilidade de fuga (by-pass) e o risco de contaminao por silicone, uma vez que deixou de existir o processo de costura. Independente do tipo de bolsa utilizada, importante que a mesma seja substituda quando o diferencial de presso (P) entre a entrada e a sada do filtro, atingir no mximo 14psi (1bar / 1kgf/cm2), ou a cada 15 dias - o que ocorrer primeiro. Para que seja possvel a leitura do diferencial de presso imprescindvel um manmetro na entrada do filtro e um na sada.

Algumas empresas optam por lavar as bolsas filtrantes buscando reduzir custos. importante lembrar que as bolsas filtrante construdas em feltro no so concebidas para serem lavadas, pois o atrito gerado pela limpeza danifica o meio filtrante diminuindo sua eficincia, alm de criar a possibilidade de um rompimento da bolsa. Existe ainda a possibilidade de contaminao microbiolgica da tinta durante a lavagem da bolsa. Se somarmos aos riscos acima, os gastos com produtos (gua DI e solventes) e mo-de-obra utilizados nesta operao, podemos considerar que lavar uma bolsa uma falsa economia. Alguns fabricantes de equipamentos que no possuem Know-how na fabricao de filtros bag e que vem o filtro como um simples vaso de presso, acabam cometendo erros grosseiros de projeto que comprometem seu desempenho. As dicas ao lado podem auxiliar o usurio na hora de comprar um filtro bag ou apenas o elemento de reposio, para evitar surpresas desagradveis durante a instalao ou operao. 3)ULTRAFILTRAO O sistema de ultrafiltrao utilizado para gerar o permeado (ultrafiltrado) que serve para enxaguar a pea aps a pintura. O enxge das peas, com o permeado, permite a recuperao da tinta que no aderiu pea, mas que foi arrastada mecanicamente pela mesma. Atravs do descarte do permeado, permitindo adio de gua DI no banho, possvel tambm controlar a condutividade da tinta e eliminar contaminantes. Vamos conhecer como a UF funciona e qual a diferena entre este processo e a filtrao convencional. Como escolher um filtro bolsa adequado Pesquisar o nvel de conhecimento do proponente, com relao aplicao em KTL; Solicitar referncias de aplicaes em KTL; Visitar instalaes de KTL que utilizem o filtro ofertado; Visitar a fbrica e a linha de produo do proponente; Verificar o nvel de controle / rastreabilidade Filtrao Convencional - um processo sem sada no qual todo o material a ser filtrado flui perpendicularmente em direo a um meio filtrante. Os slidos suspensos so capturados no meio filtrante, podendo criar uma camada que diminui a vazo. Isso requer que o processo seja interrompido para que o filtro seja substitudo ou lavado se o tipo permitir. Ex. Pr-filtro tipo bag, filtro cesto, filtro Y, tela filtrante. Neste processo temos o fluido sujo na entrada do filtro e o fluido limpo na sada.

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do proponente sobre as matrias primas utilizadas; No comprar o filtro simplesmente por catlogo; Verificar se o proponente tem condies de fabricar o filtro conforme exigncia do cdigo ASME e da NR13. importante lembrar que alm de garantir bom desempenho, o filtro deve garantir a segurana dos operadores e da instalao, pois um vaso que contm presso interna e pode causar danos em caso de falha. importante lembrar que todos componentes Filtrao Tangencial - um processo de separao onde o fluido utilizados em um sistema de pintura KTL devem ser isentos de leos/graxas, portanto, percorre paralelo ou tangencialmente superfcie do meio filtrante (membrana). A alta velocidade do fluido garante constante remoo dos alm dos cuidados citados acima, slidos que foram retidos na superfcie da membrana, mantendo-a limpa. necessrio conhecer qual o nvel de controle Diferente da filtrao convencional, aqui temos dois produtos na sada: o que o fabricante tem sob a produo concentrado (concentrate) e o permeado/ultrafiltrado (permeate). dos filtros e elementos filtrantes. Como escolher um filtro bolsa adequado

Se lembramos que um banho de tinta KTL constitudo basicamente por gua desmineralizada (DI), pigmento, resina e um pequeno percentual de solventes coalescentes, torna-se fcil identificar o concentrado (concentrate) e o permeado (permeate) gerados neste processo. O permeado (ultrafiltrado) constitudo basicamente de gua DI, solvente e molculas menores que os poros da membrana. Uma vez que parte destes componentes no passam pelos poros da membrana, no lado concentrado alm da tinta (resina e pigmento), temos tambm uma poro de gua DI e solventes. Para uma membrana de ultrafiltrao gerar a vazo de permeado para qual foi projetada, necessrio que a tinta seja bombeada para o mdulo respeitando a vazo e a presso especificada para cada modelo.

Como resultado da constante evoluo do processo de manufatura das membranas, surgiram as membranas do tipo espiral (spiral). Essas membranas possuem rea filtrante, por unidade, muito superior aos demais modelos como a tubular, fibra oca ou de placas. Como a vazo de permeado est ligada rea filtrante da membrana, possvel obter-se grandes vazes de permeado utilizando poucos elementos de membrana, o que reflete em menor espao fsico ocupado e tambm menor custo de instalao.

A carcaa (housing) pode ser construda em PVC ou Ao Inox e est disponvel em vrios modelos para acomodar as membranas com dimetros de 2, 4, 6 e 8. Nestes tamanhos possvel obter vazes de 25 a 600L/H de permeado (ultrafiltrado) de acordo com o modelo.

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A montagem de um mdulo de ultrafiltrao, com duas ou mais membranas operando em paralelo, permite ter grandes vazes de permeado. Toda instalao com membrana de ultrafiltrao deve conter alguns perifricos que garantam o perfeito funcionamento da mesma, assim como alguns dispositivos de controle. Os principais perifricos so: Bomba de alimentao de tinta; Pr-filtro bag; Sistema de limpeza qumica com resfriamento e aquecimento; Dentre os dispositivos mais importantes, citamos: Manmetro; Pressostato; Medidor de vazo da tinta; Termmetro e o rotmetro.

4)CLULAS DE DILISE / SISTEMA ANOLTICO DILISE: do grego dialyen = dissolver, separar. Mtodo criado por Graham (1861), para separar substncias verdadeiramente dissolvidas de outras, que se acham em soluo coloidal. Baseia-se na difuso dos cristalides atravs de uma membrana animal (bexiga de porco), vegetal (pergaminho) ou artificial celofane, que separa a soluo do dissolvente puro. Clulas de Dilise Se a pea a ser pintada constitui o ctodo de um circuito de corrente contnua e nela ligado o plo negativo do retificador, o plo positivo (nodo) uma chapa ou tubo em ao inox 316L que alojado dentro da clula de dilise. As clulas de dilise so utilizadas para remover o cido que continuamente liberado durante o processo de pintura. Controlando e mantendo o nvel de cido do banho de tinta, a clula garante pH e condutividade constantes. Dotadas de uma membrana seletiva que permite a passagem do cido da tinta para o anolito, as clulas podem ser consideradas os rins do sistema de pintura KTL. Existem trs tipos de clulas de dilise: a)Plana / Caixa caixa construda em material plstico, tendo no frontal a membrana seletiva (tecido) protegida com grade e contendo internamente chapa construda em ao inox 316L (anodo / eletrodo). No h necessidade de manter uma distncia mnima entre as clulas. A vantagem desta clula, principalmente em instalaes de mdio e pequeno porte a possibilidade de manuteno atravs da substituio da membrana (tecido) que pode ser adquirido por metro. A clula plana pode ser aberta ou fechada. -Fechada Modelo mais antigo que pode operar totalmente imersa no banho. A clula deve ser desmontada em caso de inspeo / remoo do eletrodo. A sada de anolito atravs apenas do dimetro do tubo, normalmente ou , fazendo com que a clula opere sempre com presso interna (pressurizada). Vazo x presso de anolito em excesso, ou entupimento do tubo de sada, podem causar inchao e at rompimento da clula.

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- Aberta Opera com uma parte acima do nvel da tinta para permitir a sada do anolito por transbordo (gravidade), assim nunca opera sob presso. Tem o topo aberto permitindo a inspeo nas partes internas e tambm a remoo do eletrodo sem a necessidade de desmont-la. No existe a possibilidade de rompimento por excesso de vazo x presso. b)Semicircular / Meia Cana Tipo menos popular tem o corpo cons-trudo em fibra de vidro, material com menor resistncia mecnica. Assim como a plana, tem no frontal a membrana seletiva, grade de proteo e internamente o eletrodo. Necessita manter uma distncia mnima entre si ou de partes metlicas no isoladas. c)Tubular / Cilndricas O tipo mais comum utilizado em instalaes mais modernas. Consiste em uma estrutura tubular revestida com a membrana seletiva e tela externa de proteo contendo na parte interna o eletrodo, que neste caso um tubo de ao inox ao invs de chapa.

necessrio manter uma distncia mnima entre as clulas, e em instalaes onde exista mais de uma voltagem num mesmo banho, deve ser observada uma distncia entre os grupos de clulas. Assim como na clula tipo caixa, tambm pode ser construda no formato fechada (close top) ou aberta (open top). As clulas do tipo close top podem ser instaladas na posio horizontal no fundo do tanque, auxiliando no processo de deposio na parte inferior da pea (Ex. fundo da carroaria) que est distante das clulas laterais. Apesar do investimento inicial, considerado alto para instalaes de pequeno e mdio porte, este tipo de clula traz diversas vantagens sobre as demais, as quais podemos conferir no quadro da pgina ao lado. A clula de dilise tubular deve ser construda de modo a permitir circulao de anolito uniforme, o que garante maior vida til ao anodo.

Sistema de Anolito Alm das clulas de dilise, um sistema de anolito completo constitudo de:

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a) Reservatrio garante um volume mnimo de anolito que circula pelas clulas de dilise; b) Bomba centrfuga garante a circulao do anolito pelas clulas; c) Manmetro indica a presso de operao da bomba; d) Condutivmetro controla a condutividade, indicando a necessidade de renovao de anolito; e) Solenide garante abastecimento automtico de gua DI, para renovar anolito; f) Rotmetros indica a vazo de anolito em cada clula;

O sistema de anolito pode ainda, ser dotado de painel para monitoramento de corrente que permite saber os ampres consumidos por cada clula. Este painel pode incorporar uma porta que permite conectar um computador com software apropriado ou cabo de rede para baixar dados armazenados de produo e gerar grficos de performance das clulas. O anolito um meio cido suscetvel proliferao de bactrias. Por isso indicado o uso de lmpada UV no reservatrio para garantir desinfeco permanente do mesmo. Valdir Montagnoli DBD Filtros e Servios Ltda www.dbdfiltros.com.br Tel.: (11) 4475-5505

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