hoje macau 21 mar 2013 #2816

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AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ QUINTA-FEIRA 21 DE MARÇO DE 2013 ANO XII Nº 2816 PUB PUB GOVERNO NO FAI CHI KEI Estrutura pública junto do terreno de Liu Chak Wan PÁGINA 3 TERRAS SEM CONCURSO Deputados torcem nariz aos timings do Governo PÁGINA 3 CASAMENTO GAY AL admitiu projecto de lei de Pereira Coutinho PÁGINA 2 PUB VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS) Ter para ler Macau terá, dentro de dois anos, a maior ETAR a tratar a água ao nível da reutilização com produção de energia. A garantia, “segura”, foi dada pelo presidente da CESL-Ásia. Após 25 anos de Macau, o único caminho a seguir é o de “renovar o que temos”, até porque no território a água é algo que não abunda. António Trindade não esquece que, no tempo de Ao Man Long, as coisas “eram absolutamente impensáveis” e lamenta que a RAEM tenha sido tão prejudicada naqueles tempos. “Os problemas do cheiro da ETAR e da central de incineração, estão aí.” CENTRAIS Novo projecto é “o maior e mais avançado da Ásia” MOP$10 AGUACEIROS OCASIONAIS MIN 20 MAX 24 HUM 75-95% EURO 10.1 BAHT 0.2 YUAN 1.2 APOIO JUDICIÁRIO ANDRÉ CHEONG ESCOLHIDO PARA PRESIDENTE DA COMISSÃO PÁGINA 2 CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDO ATRIBUIU 80 MILHÕES EM 2012 PÁGINA 5 ETAR única ENTREVISTA A ANTÓNIO TRINDADE

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Edição do jornal Hoje Macau N.º 2816 de 21 de Março de 2013

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Page 1: Hoje Macau 21 MAR 2013  #2816

AgênciA comerciAl Pico • 28721006 D irector carlos morais josé • quinta-feira 21 de março de 2013 • Ano Xii • nº 2816

pub pub

Governo no FAI CHI KeI

Estrutura pública junto do terrenode Liu Chak Wan

páGInA 3

terrAs sem ConCurso

Deputados torcem nariz aos timings do Governo

páGInA 3

CAsAmento GAy

AL admitiu projecto de lei de Pereira Coutinho

páGInA 2

pub

Venham mais cinco (séculos)

Ter para ler

Macau terá, dentro de dois anos, a maior ETAR a tratar a água ao nível da reutilização com produção de energia. A garantia, “segura”, foi dada pelo presidente da CESL-Ásia. Após 25

anos de Macau, o único caminho a seguir é o de “renovar o que temos”, até porque no território a água é algo que não abunda. António Trindade não esquece que, no tempo de Ao Man Long, as coisas “eram absolutamente impensáveis” e lamenta que a RAEM tenha sido tão prejudicada naqueles tempos. “Os problemas do cheiro da ETAR e da central de incineração, estão aí.” CentrAIs

novo projecto é “o maior e mais avançado da Ásia”

mop$10

AGuACeIros oCAsIonAIs mIn 20 mAx 24 Hum 75-95% • euro 10.1 bAHt 0.2 yuAn 1.2

ApoIo judICIárIo

André CHeonG esColHIdo pArA

presIdentedA ComIssão

páGInA 2

CIênCIA e teCnoloGIA

Fundo AtrIbuIu80 mIlHões em 2012

páGInA 5

eTaR únicaenTReVisTa a anTónio TRindade

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quinta-feira 21.3.2013política2 www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

Foram escolhidos os sete membros que compõem a Comissão de apoio Judiciário (CaJ), à qual

competirá avaliar os pedidos de candidatura de pessoas com com-provada insuficiência económica para requerer os serviços de um advogado. andré Cheong, director da Direcção dos Serviços para os assuntos de Justiça (DSaJ), foi ontem designado, por despacho do Chefe do Executivo, presidente da CAJ por um período de três anos, a partir de 1 de abril.

além do dirigente dos Serviços de Justiça, foi ainda nomeado Sam Chan Io, ex-deputado e académico da Universidade de macau (UmaC), como vice-presidente. além dos dois responsáveis, que por exigências legais devem ser licenciados em Direito, também por igual período de tempo estarão destacados outros cinco membros. Paulino Comandan-te, vice-presidente da associação dos advogados de macau (aam), Iong Kong Io, presidente do Instituto de acção Social (IaS), tendo como suplente o seu substituto legal, Sio Un Choi, ainda Lam Chi Long, chefe de departamento de Inspecção e Contencioso da DSaJ, que terá como substituto Ho Lai Fong, chefe do departamento de Produção Jurídica da DSaJ.

Joana [email protected]

É um “vazio legal” em vias de ser colmatado. a assembleia

Legislativa (aL) admitiu aquela que é a primeira proposta de lei que permite a união civil entre pessoas do mesmo sexo. o projecto – apre-sentado por José Pereira Coutinho ao hemiciclo – foi ontem admitido pelo presidente Lau Cheok Vá.

a proposta, disponível no site da aL, é simples, constan-do dela apenas 11 artigos. o projecto prevê igualdade no que diz respeito ao casamento civil entre pessoas de sexos diferen-tes, incluindo, por exemplo, o regime de bens, mas deixa de fora a possibilidade de adopção “em nenhuma das suas modali-dades”.

Pereira Coutinho evoca

Governo tratou de 350 casos de construções ilegais desde 2009O director do Departamento de Urbanização da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), Chan Weng Hei, afirmou ontem que o Governo já tratou 350 casos de construções ilegais desde 2009. Desde que as “Instruções para as Instalações de Segurança e Prevenção de Furtos nos Edifícios” entraram em vigor, têm vindo a ser menores os processos aceites pelo Ministério Público sobre construções clandestinas. Isto porque, acredita, a proporção de casos de demolição voluntária depois de feito um aviso pelos Serviços de Obras Públicas aumentou de 40% para 80%. O Governo não vai dar financiamento a demolições voluntárias de edificações ilegais construídas depois de lançado o novo plano financeiro, em vigor desde terça-feira. Até agora há apenas um caso de pedido entregue à DSSOPT. - C.L.

andré Cheong, director da DSaJ, será o presidente da Comissão de apoio Judiciário

Direito e Acção Social na composição

Lei para união entre pessoas do mesmo sexo admitida na AL

Primeiro passo com adopções de lado

No início da semana, ficou decidido através de regulamento administrativo o valor de 320 mil patacas como limite sobre os bens disponíveis para que os cidadãos possam obter apoio ju-diciário. Assim, prevê-se que haja

insuficiência económica quando o montante que soma os activos do requerente e dos membros do agre-gado familiar menos as despesas não excedam este limite. De acor-do com o regime Geral de apoio Judiciário, que entra em vigor a

1 de abril, não haverá excepções para presunção de insuficiência económica, que dava direito a apoio judiciário a pessoas que recebiam determinados apoios so-ciais ou estavam isentas de alguns impostos. Também os acidentados

o artigo da Lei Básica que defende a não discriminação para apresentar a proposta. o deputado assegura que este diploma “assume o seu carácter inovatório” e garante que a ideia surgiu depois de “muitos jovens da Universidade de macau e da

Universidade de Ciências e Tec-nologia” lhe terem pedido esta lei. “a sociedade civil de macau está madura, consciencializada e preparada para este passo”, ga-rante Pereira Coutinho na nota justificativa que acompanha o projecto.

A proposta prevê ainda que, pelo menos, um dos unidos tem de ter residência habitual em macau e salienta que os artigos se adaptam, além dos casamentos, também às uniões de facto entre pes-soas do mesmo sexo.

o projecto do diploma tem de passar agora pela aprovação do hemiciclo, mas ainda não tem qualquer data marcada para que seja analisado. Entretanto, ao jornal Ponto Final, alguns deputados já se mostraram duvidosos com a ideia de que pessoas do mesmo sexo se ca-sem pelo registo civil. É o caso de Paul Chan Wai Chi, que diz ser conservador devido à sua religião, e de Gabriel Tong, que admite ao jornal poder opor-se ao documento, caso a população não concorde.

em desastres de viação deixaram de ser apoiados.

Apoio DeviA SeR MAiS LAto, DizeM DeputADoSNg Kuok Cheong, foi um dos deputados a levantar-se contra a exclusão desta premissa quando a lei foi votada no ano passado, além de não achar científica a forma de cálculo para o montante para o limi-te de rendimentos - que ficou fora do diploma, relegado para regula-mento administrativo. “acho que não fez qualquer sentido nos dias que correm, havendo um desen-volvimento económico tão bom, o Governo ainda decidir estreitar os direitos dos residentes? Votei contra na assembleia Legislativa, agora é preciso ver que efeitos isto reproduz no futuro”, explicou o deputado pró-democrata ao Hoje macau.

Sobre os membros da CaJ, considera uma escolha “racional”. “Destes três sectores [justiça, advocacia e acção social] devia ter sido escolhido pelo menos um elemento. Julgo que foi uma nomeação racional e razoável.”

au Kam San avalia a lei como um “retrocesso”. “antes os resi-dentes que não pagavam o imposto profissional poderiam pedir o apoio jurídico, além das vítimas de aci-dente de viação. Não concordei na altura com a proposta de lei mas passou.” - *com Cecília Lin

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3políticaquinta-feira 21.3.2013 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

DeputaDos e Governo não estão de acordo face à altura em que devem ser fornecidas

as informações dos requerentes a quem foram adjudicadas terras sem concurso público. Kwan tsui Hang, presidente da 1.ª Comissão permanente da assembleia Le-gislativa (aL), referiu que alguns membros do hemiciclo estão pre-ocupados com o facto de o timing escolhido pelo Governo para fornecer essas informações seja tardio para travar uma eventual adjudicação.

os deputados reuniram ontem com o executivo, em mais um encontro que serviu para analisar na especialidade a Lei de terras. o novo diploma prevê que sejam dadas informações públicas que

Cecilia [email protected]

Joana [email protected]

a Direcção dos serviços de solos, obras públicas e trans-

portes (Dssopt) anunciou ontem que vai construir infra-estruturas públicas ao redor dos dois lotes de terreno pertencentes a Liu Chak Wan, o empresário de Macau que pertence ao Conselho executivo e é um dos responsáveis pela uni-versidade Ciência e tecnologia (Must) e pela empresa de auto-carros transmac.

Jaime Carion, director da Dssopt, nega que a decisão do executivo seja para ajudar o empresário a limpar os terre-nos. pelo contrário, o Governo assegura que “descobriu que aquele pedaço de terra pública foi ocupado ilegalmente com lixos e carros abandonados” e, “pensando no interesse público”, o Governo já tinha avisado no

O Governo pretende divulgar os dados sobre os terrenos adjudicados sem concurso público só a meio do processo de apreciação do pedido, entre a elaboração do despacho para a aprovação do projecto e o envio do contrato ao requerente. Uma fase considerada tardia pelos deputados, que preferem que as informações sejam fornecidas antes de feita a planta oficial

Lei de Terras Deputados não concordamcom altura escolhida pelo executivo para dar informações ao público

“Parece que já está tudo autorizado”

permitam à população julgar a decisão de atribuir um terreno sem concurso público, por forma a que seja permitida uma melhor fiscalização.

No entanto, no mapa fornecido pelo Governo aos deputados, onde se podem ver as 34 etapas para a concessão de um terreno, o período para o lançamento das informações aparece num estado já avançado da decisão da administração, dizem os deputados. “O Governo facultou o mapa para sabermos o melhor período para divulgar a informação, mas escolheu fornecer esses dados entre a 17.ª e 21.ª fase [de apreciação do pedido]. alguns deputados não estão de acordo, porque dizem que, depois de tanto trabalhar, é que se vai revelar ao público as informações. Conside-ram que isso é um desperdício de recursos e tempo”, explicou Kwan tsui Hang.

a sugestão dos membros do hemiciclo é que os dados sobre o requerente do terreno, a justi-ficação da dispensa do concurso público e a área do terreno – as informações fornecidas pelo executivo – seja feita no início

do processo de apreciação. ou seja, antes da emissão da planta de alinhamento oficial e não depois de feito o cálculo do prémio, da elaboração do despacho para a aprovação do projecto e do envio da minuta do contrato ao reque-

rente. Kwan tsui Hang explica porquê: “alguns deputados con-cordam, mas outros propõem que a divulgação seja feita com mais antecedência, para que não haja desperdício de recursos. [Desta forma] parece que só interessam os procedimentos administrativos e que tudo está já autorizado. Pode dar essa imagem ao exterior. será que este tipo de procedimento é o ideal?”

a presidente da Comissão acredita que, da maneira sugerida pelo executivo, não se consegue responder à solicitação da popula-ção no que diz respeito à fiscali-zação dos trabalhos governativos. “Daí que, logo no início, deve-se [permitir] à população discutir se o empreendimento está de acordo com as razões da dispensa do concurso público. por exemplo, não precisamos de saber o nome da empresa que vai construir, mas podemos saber se é uma escola, que se adequa com as políticas do Governo.”

Fora da discussão entre exe-cutivo e deputados ficou uma anterior sugestão dada pelo de-mocrata Ng Kuok Cheong, de que os terrenos com dispensa de concurso público deviam passar pela aprovação da aL. para já, não há qualquer conclusão sobre as divergências entre deputados e administração.

Fai Chi Kei DSSOPT constrói infra-estruturas ao lado de terrenos de Liu Chak Wan

um pedacinho para ti, outro para nósfinal de Janeiro para que, quem tivesse a ocupar as terras, as despejar.

esta, que foi a primeira acção de reversão de terrenos do ano, teve ainda como intenção melho-rar a higiene da zona. “Devido à existência de uma grande quanti-dade de materiais de construção e caixas no local, havendo mesmo indício do local servir de depó-sito intermediário para depois transporte e entrega aos clientes, acrescido ainda pelo facto de se encontrar uma grande quantidade de veículos estacionados no local. a administração aplaude a deso-cupação por iniciativa própria por parte dos ocupantes”, salientam os responsáveis da Dssopt.

Dos 15 mil metros quadrados deste terreno no Fai Chi Kei, 4,671

metros quadrados são privados, terrenos pertencentes a Liu Chak Wan e que serão, posteriormente, entregues ao concessionário.

Na parte reservada ao Governo – a azul, na fotografia – vai surgir uma estrada pública e uma zona de lazer. Desde 2009, que o Governo

reverteu a seu favor 53 terrenos ocupados, num total de 220 mil metros quadrados.

a empresa de Liu Chak Wan venceu um concurso público para a aquisição de dois terrenos no Fai Chi Kei em 2008, mas até agora nada foi feito no local, precisamente porque este estaria ocupado com lixo e sucatas. Lau si Io, secretário para as obras públicas e transportes, tinha ga-rantido na assembleia Legislativa (aL) que era da responsabilidade de Liu Chak Wan limpar os dois terrenos que ainda detém na Bacia Norte do patane, mas Jaime Ca-rion, director da Dssopt, voltou a assumir que a responsabilidade cabia ao executivo. agora, parte dos terrenos voltam a pertencer ao Governo.

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quinta-feira 21.3.2013sociedade4 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

O Instituto de Promoção do Comércio e do In-vestimento de Macau (IPIM) atribuiu quase

dois milhões de patacas em apoios financeiros no 4.º trimestre de 2012. De Outubro a Dezembro, cerca de 140 empresas pediram ajuda ao instituto para financiar diversos projectos, grande parte dedicado a feiras de exposição.

A Associação Especializada em Pastelaria de Macau foi a organização mais beneficiada, tendo recebido um subsídio de 150 mil patacas para participar na 5.ª Feira de Viagens e Turismo Internacional, seguida da Socieda-de Industrial Nikka, que recebeu pouco mais de 30 mil patacas para representar Macau na 23.ª Feira de Artigos de Papelaria e Escritório, em Tóquio, no Japão, e mais cerca

Cecília [email protected]

O Director dos Serviços de Solos, Obras Públicas

e Transportes (DSSOPT), Jaime Carion, garantiu no-vamente que o prédio que vai nascer na Rua de Entre--Campos, em Coloane, vai respeitar o ambiente. Carion diz ser necessário encontrar um equilíbrio entre o respeito da lei e a protecção ambiental.

Ontem, Carion relem-brou que o projecto não foi regulado pelo regulamento que indica que “os terrenos

com mais de 80 metros acima do nível do mar são de área verde protegida, qualquer mudança obriga a consultar o Instituto Cultural (IC)”. O responsável explica que a Rua de Entre-Campos não tem esta altitude e que, por isso, esse regulamento não se aplica. Mesmo assim, a DS-SOPT já consultou o IC. O seu director, Guilherme Ung Vai Meng, referiu que “a ca-samata vale a pena proteger”, e, por isso, Carion explica que o Governo já consultou os vários departamentos, principalmente os que con-

sideram os requisitos dos ambientalistas para proteger a casamata e a montanha.

Além disso, Carion tam-bém disse que o projecto só pode ser construído até um máximo de 100 metros e negou a possibilidade da proposta do “ambientalista” Ho Wai Tim, que no dia an-terior propôs que o Governo permitisse ao empresário construir mais andares do prédio. “Se for necessário fazer modificação do plano, o Governo vai deixar o empre-sário fazer as modificações”, referiu Carion.

AFINAl, a doação de 135 milhões de dólares

da Wynn à Universidade de Macau pode ser ilegal. De acordo com a Bloomberg, as autoridades dos Estados Unidos decidiram que a doação “era imprópria e potencialmente ilegal”. A opinião surge depois de, em Fevereiro, o tribunal ter avançado considerar que Steve Wynn e os seus sócios não tinham tido qualquer comportamento inapropriado face à doação.

O magnata da Sands, Sheldon Adelson, ainda tentou evitar que o processo que lhe foi interposto por um empresário de Hong Kong não fosse admitido no tribunal, mas perdeu essa hipótese. Rob Bare, o juiz do Nevada encarregue do caso, não permitiu que a Las Vegas Sands conseguisse o que pretendia e vai mesmo obrigar Sheldon Adelson a ser chamado a testemunhar no próximo dia 4 de Abril. Richard Suen, o empresário de Hong Kong, alega que a

operadora do jogo lhe deve dinheiro porque terá quebrado o contrato de prestação de serviços feito com o homem, para que este ajudasse a Sands a obter a licença de jogo me Macau. Em 2008, um júri tinha dado razão a Suen, mas estipulou uma indemnização inferior aos 803 milhões de patacas exigidos pelo empresário. De acordo com a agência Reuters, a Sands nega qualquer ajuda de Suen em obter a licença do jogo que a operadora tem em Macau. – J.F.

LAURA MARIA JARDIM MARINHO BRAGAFalecimento

A família enlutada de LAurA MAriA JArdiM MArinho BrAgA, viúva de henrique Carlos Braga, cumpre o doloroso dever de informar aos famili-ares e amigos que este seu ente querido faleceu no dia 5 de Março corrente.

A família enlutada comunica que no dia 23 de Março corrente (Sábado) pelas 11,00 horas, realiza-se uma missa de Corpo Presente na Capela da Casa Mortuária diocesana na Avenida Lacerda, seguida da cremação.

A família enlutada manda rezar uma missa do 30º dia para a sua alma na Sé Catedral no dia 3 de Abril próximo, pelas 18,00 horas.

A todos quantos se queiram associar-se a estes piedosos actos a família enlutada agradece antecipadamente.

IPIM Empresas de Macau recebem cerca de dois milhões para feiras e exposições

Subsídios para negócios

Fundo Permanente para Concertação Social O Conselho Permanente de Concertação Social recebeu um fundo permanente de cerca de 123 mil patacas. Segundo um despacho publicado em Boletim Oficial (BO), o dinheiro será gerido por uma comissão administrativa. Os fundos permanentes servem para cobrir eventuais despesas urgentes dos departamentos do Governo.

Casamata de Coloane Equilíbrioentre respeito da lei e protecção ambiental

Negados mais andares no prédio

Estados Unidosrepensam doação da Wynn à UMAC

“Imprópriae potencialmente ilegal”

Sands vai mesmo a julgamento contra empresário de Hong Kong

de 16 mil patacas para uma outra exposição na China.

De um total de 1.874.962 patacas, cerca de 11 mil patacas foram atribuídas a restaurantes ou estabelecimentos semelhantes para participação em feiras. Da lista do IPIM consta, por exemplo, o café Ou Mun – que recebeu

cinco mil patacas – e a gelataria lemoncello, a quem foram atri-buídas quase 14 mil patacas. Os dados foram ontem publicados em Boletim Oficial (BO).

O IPIM é uma das instituições que apoia as empresas de Macau na realização de exposições como plataforma de negócios para a optimização de promoções através da exibição de produtos e con-tactos directos com os clientes. Os participantes em exposições locais e externas podem receber um subsídio de até 60% das des-pesas. Já no exterior, desde que em eventos sob organização do IPIM, os participantes podem receber um subsídio de 100% das despesas.

Não é alegado que os directores da Wynn Resorts tenha violado as leis anti-corrupção dos EUA, mas alegam que a operadora deveria saber se essa doação pode ou não ter esse poder. Além disso, tentam mostrar que os ac-cionistas da Wynn podem ter feito propositadamente a doação. “Eles podiam saber que, ao arranjarem este presente para a Fun-dação para o Desenvolvi-mento da Universidade de

Macau, os seus membros podiam ser influenciados a dar um empurrãozinho para que a aprovação da concessão do terreno para o casino da Sands fosse feita mais rapidamente”, pode ler-se na imprensa norte-americana.

“A Fundação da Uni-versidade de Macau tinha membros com ligações ao negócio do jogo em Macau pela sua posição no Go-verno de Macau e também com ligações à Wynn por causa de relações empre-sariais”, alega a acusação. “A doação à Universidade de Macau foi uma tentativa inapropriada do quadro administrativo [da Wynn] em influenciar a aquisição de uma licença de casino e constituiu uma violação flagrante e chocante dos seus deveres.” - J.F.

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quinta-feira 21.3.2013 5sociedadewww.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

O financiamento de pro-jectos tecnológicos e científicos tem vindo a aumentar em Macau.

O Fundo de Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT) avaliou no ano passado 110 pro-jectos (de entre 121 candidaturas submetidas), tendo sido aprovados 84 num valor total de 80,6 milhões de patacas, que totaliza também os financiamentos faseados para o Laboratório de Referência Na-cional de Circuitos Integrados de Grande Escala de Sinais Simula-dos e Misturados (da Universidade de Macau - UMAC) e para o La-boratório de Referência Nacional de Pesquisas de Qualidade da Medicina Chinesa (estabelecido pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau - MUST na sigla inglesa - e UMAC).

Os valores avançados ontem numa conferência de imprensa na sede do FDCT, dão conta de uma subida dos níveis de financiamen-to: mais 27 milhões atribuídos a mais 27 projectos face a 2011. E para o corrente ano há já previsões, explica Cheang Kun Wai, membro do conselho de administração do FDCT. “Em 2013, prevemos que

Cecília [email protected]

HONG Kong já tem o ser-viço de 4G há um ano,

o continente também vai ter o serviço neste ano. Porém, depois de três vezes adiada a mudança de 2G para 3G e vários incidentes de rede pelas duas empresas diferentes. Em declarações ao jornal Ou Mun, Ho Ion Sang apontou o dedo à Direcção dos Serviços de Re-gulação de Telecomunicações (DSRT) por não ter conseguido

Nova terra na Ilha Montanha à espera de novo compradorUm terreno de 32 mil metros quadrados na Ilha Montanha, com uma área de construção de 19 mil metros quadrados, está disponível em concurso publico com um preço inicial de 688 milhões yuans. Todas as empresas nacionais e estrangeiras podem participar mas o novo terreno estará apenas destinado a serviços financeiros e económicos, como indústria bancária. O licitante deverá ser parte integrante na lista das 500 maiores empresas mundiais de 2012. - C.L.

FDCT atribuiu mais de 80 milhões de patacas a 84 projectos em 2012

Mais projectos e financiamento este ano

Ho Ion Sang pede calendário de lançamento do plano 4G

Para quandouma nova geração de telemóveis?

Bolsas CientíficasPela primeira vez, o FDCT concedeu prémios para 17 projectos revertidos em bolsas científicas, num total de 9,9 milhões de patacas. Em 2012, o Prémio de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico para pós-graduados notabilizou 20 estudantes de doutoramento e 10 de mestrado. A cerimónia de concessão de prémios teve lugar em Outubro, no Centro Cultural de Macau.

O que é 4G?A rede da 4G tem até 100 Mbps de download e 50Mbps de upload, é dez vezes mais rápido do que a banda larga móvel. É como a banda larga de fibra óptica. Com o 4G, ferramentas como cinema móvel, videoconferência, telemedicina não serão uma “missão impossível “, em certa medida. Especialistas acreditam que o problema da “internet lenta” em Macau poderia ser resolvido. O iPhone 5 e iPad Mini ambos incluem esta função mas em Macau não é possível a usá-la.

O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia atribuiu mais de 80 milhões de patacas para 84 projectos, durante o ano passado. O montante de financiamento é superior em 27 milhões face a 2011 até porque o número de projectos subiu de 57 para 84 projectos aprovados. Para 2013, esperam-se candidaturas de pelo menos mais 140 projectos que deverão receber um financiamento mais avultado

haverá entre 140 a 150 projectos. O orçamento mantém-se nos 110 milhões para os novos projectos”, explica. “Como os projectos vão crescer talvez o financiamento

também venha a subir”, avança. Mas quais as razões para este crescendo nos pedidos de apoio financeiro? “O número de projec-tos têm sido maiores e os valores

de cada projecto também têm su-bido porque são necessários mais recursos humanos, além de que há custos acrescidos nos materiais.”

EntIdadES MaIS apoIadaSEm 2012, a MUST foi a entidade que obteve um maior apoio finan-ceiro, 31,9 milhões de patacas para 20 projectos (um aumento de cerca de 12 milhões compara-tivamente a 2011). Em segundo lugar, ficou a UMAC que obteve um financiamento de 28 milhões de patacas para 16 projectos, mais oito milhões face ao ano anterior. As duas entidades acabaram assim por trocar de posições na ranking das que mais receberam apoios da FDCT.

Na lista das entidades bene-ficiadas contabilizam-se ainda a Universidade de São José (4,9 milhões de patacas), o Instituto Politécnico de Macau (449,2 mil patacas) e a Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu (935 mil patacas), entre outras não especificadas.

Coordenados e divulgados pelo FDCT, os dois laboratórios de referência estabelecidos pela UMAC e MUST “já começa-ram a ser construídos de acordo com o plano”, explica Tong Chi Kin, presidente do FDCT. “E

realizaram-se pesquisas sob a orientação do Comité Académi-co. A escala de laboratório e os equipamentos foram significati-vamente melhorados, bem como os pesquisadores que são mais qualificados. O Fundo pretende, neste ano, organizar especialistas através do Ministério das Ciências e Tecnologia chinês para realizar avaliações aos dois laboratórios”, indica. Ainda assim, Cheang Kun Wai sugere que ainda haja falta de professores catedráticos, princi-palmente no laboratório de micro--electrónica, no entanto, observa, estão a ser estimulados para que possam, com os seus resultados, apoiar sectores industriais no seu desenvolvimento.

desempenhar o seu papel de re-gulador nem fazer a promoção do desenvolvimento da indús-tria de telecomunicações desde a sua criação em 2006. Além

das críticas, o deputado diz que é preciso saber quando será feito o licenciamento de 4G.

O director executivo do Centro da Política da Sabedoria

Colectiva, Loi Meng Keong, organização da qual faz parte também Ho Ion Sang, explicou ao mesmo jornal chinês que o Governo da RAEHK já emitiu a licença de 4G em 2009 embora a empresa responsável só tives-se conseguido avançar com o serviço no ano passado por falta de condições. Loi Meng Keong prevê que se o Governo da RAEM ainda não concluiu o desenvolvimento do novo plano 4G estará atrasado em pelo menos quatro anos face a outras cidades.

Apoios projectos escolaresEm 2012, o FDCT aprovou ainda um total de 159 projectos de popularização da ciência no valor de 14,1 milhões de patacas, que envolveram 6808 alunos de 21 escolas primárias e secundária, dois de ensino superior e cinco organizações. “Incrementámos os apoios financeiros para este ano para a popularização por isso achamos que este ano vamos contar com mais projectos para participar num concurso de maior envergadura internacional, além de visitas de estudos”, explicou Cheang Kun Wai. “No ano passado também reforçámos a cooperação com a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), principalmente para a formação dos professores”, esclarece.

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quinta-feira 21.3.2013www.hojemacau.com.monacional6

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AVISOCONCURSO PÚBLICO N.º 7/P/2013

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 1 de Março de 2013, se encontra aberto o Concurso Público para “Fornecimento e Instalação de Dois Sistemas de Radiografia Digital aos Serviços de Saúde”, cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 20 de Março de 2013, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.º andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de $39,00 (trinta e nove patacas), a título de custo das respectivas fotocópias ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo). Os concorrentes deverão comparecer na Cave 1 da Secção de Património situada no Centro Hospitalar Conde de São Januário no dia 25 de Março de 2013 às 15,00 horas para visita às instalações a remodelar a que se destina o objecto deste concurso.

As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 15 de Abril de 2013. O acto público deste concurso terá lugar no dia 16 de Abril de 2013, pelas 10,00 horas, na sala do “Museu” situada junto ao C.H.C.S.J. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de $240 000,00 (duzentas e quarenta mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.

Serviços de Saúde, aos 11 de Março de 2013.

O Director dos Serviços

Lei Chin Ion

Hong Kong figura no “topo” da lista de cida-des em todo o mundo com os níveis mais

graves de poluição luminosa, re-vela um estudo citado ontem pela imprensa local.

Cientistas da Universidade de Hong Kong indicam que, à noite nas zonas urbanas da antiga coló-nia britânica, o céu é entre cem e mais de mil vezes mais brilhante do que o padrão internacional de um céu nocturno.

Para o estudo, foram efectua-das mais de cinco milhões de me-dições nocturnas, desde Maio de 2010, uma análise que resultou na maior base de dados recolhidos até hoje para um projecto deste tipo.

O líder da pesquisa, o inves-tigador Jason Pun Chung-shing, do departamento de Física da Universidade de Hong Kong, que descreveu os resultados obtidos como “chocantes”, em declara-ções citadas na edição de ontem do South China Morning Post, assegurou não ter descoberto mais nenhum ponto da Terra tão gra-vemente afectado pelo problema como Hong Kong.

o novo embaixador por-tuguês em Pequim disse

esta terça-feira que é preciso “aproveitar o momento” do investimento chinês em Portugal, para reforçar as relações bilaterais, promover a diplomacia económica e atrair mais interesses.

Em declarações à agência Lusa, no final da audiência em comissão parlamentar, Jorge Torres Pereira - que assumirá o posto a 6 de Abril - reco-nheceu estar “entusiasmado”

por iniciar funções em “início de ciclo” político na China.

Indicado para líder pelo Partido Comunista Chinês em Novembro do ano passado, Xi Jinping foi confirmado como Presidente da China pela Assembleia Nacional Popular, na quinta-feira. “É sempre bom começar no iní-cio de uma nova liderança”, disse o embaixador portu-guês, estimando que será dos primeiros a apresentar credenciais diplomáticas ao

novo Presidente chinês. Sem querer fazer muitas consi-derações antes de assumir o cargo, o embaixador subli-nhou a importância de va-lorizar as relações bilaterais e de promover a diplomacia económica.

Ao mesmo tempo, é pre-ciso “atrair mais investimento da China em Portugal”, aproveitando “o momento” inaugurado com os “dois grandes investimentos” nas empresas EDP e REN.

Xi Jinping quer promover relações com a Coreia do SulO presidente chinês, Xi Jinping, destacou ontem que o reforço do entendimento, confiança e cooperação entre a China e a Coreia do Sul é muito significativo para a paz e o desenvolvimento dos dois países e da região. Em conversa telefónica com a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, Xi Jinping disse que os dois países compartilham muitos aspectos comuns no seu processo de desenvolvimento. Para o líder chinês, a promoção dos laços bilaterais trouxe benefícios essenciais aos povos dos dois lados. Durante a conversa, Xi Jinping apontou que a paz também e a estabilidade da Península Coreana estão ligadas aos interesses das duas Coreias, assim como aos interesses chineses. Segundo o presidente, a China trabalhará para a paz e a desnuclearização da Península Coreana e defende a resolução do problema através do diálogo.

Volkswagen chama à inspecção 385 mil veículosO fabricante de automóveis alemão Volkswagen informou ontem que vai chamar à inspecção 384.181 veículos na China devido a problemas detectados na caixa de velocidades. Os veículos afectados incluem modelos importados como o Audi A3 e outros fabricados na China como o Magotan e Passat, que saíram para o mercado entre Dezembro de 2008 e este mês. A Volkswagen substituirá os componentes gratuitamente.

Poluição luminosa em Hong Kong é a “pior do planeta”

Brilho danoso

É preciso “aproveitar o momento”para reforçar investimento chinês em Portugal

Novo ciclo

Ao contrário de outras gran-des cidades - como Londres, Frankfurt, Sydney e Xangai -, Hong Kong não dispõe de le-gislação que permita controlar a luminosidade externa, de acordo com o mesmo jornal.

O secretário para o Ambiente,

Wong Kam-sing, afirmou esperar que uma ‘task force’ do Governo possa apresentar, em meados deste ano para discussão pública, propostas para que haja mais “elementos reguladores” no que concerne à poluição luminosa na cidade. Contudo, não especificou

se estava a referir-se em concreto a legislação a este nível.

Especialistas indicam que a poluição luminosa é passível de causar vários danos à saúde afec-tando, por exemplo, o cérebro e a função hormonal. A poluição luminosa resulta, regra geral, da má utilização dos sistemas de ilumina-ção, produzida designadamente por candeeiros, holofotes e projectores, os quais emitem luz muito para além do pretendido ou necessário.

Em 2011, as autoridades de Hong Kong receberam 361 quei-xas relacionadas com a poluição luminosa, contra nove registadas em 2003.

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7quinta-feira 21.3.2013 www.hojemacau.com.mo publicidade

ASSOCIAÇÃO GERAL DE AUTOMÓVEL DE MACAU-CHINA

Inscrição

Curso de Formação para os Comissários Desportivos do

60º. Grande Prémio de Macau

A Comissão do Grande Prémio de Macau com o intuito fomentar o desenvolvimento do desporto automobilismo, comunica-se a todos os interessados que as inscrições do curso de formação para os comissários desportivos do 60º. Grande Prémio de Macau para o ano 2013 estão abertas a partir do dia 25 de Fevereiro do corrente ano.

Todos os interessados devem preencher uma ficha de inscrição fornecida pelo AAMC, juntando 1 fotocópia do Bilhete de Identidade de Residente Macau, incluindo 2 fotografias a cores e 1 atestado médico (registado na RAEM) apto para prestar o cargo acima referido e entregá-la até ao dia 12 de Abril de 2013 na sede do Associação Geral de Automóvel de Macau - China (AAMC), sita na Avenida Amizade, Ed.do Grande Prémio, Torre Controle, 1º. Andar, Sala 121 – Macau. (virada ao Cais do Porto Exterior de Macau)

Horário- De 2ª. Feira a 6ª. Feira: das 09H30 às 13H00 e das 14H30 às 18H30 (excepto feriados oficiais e tolerância de ponto aprovado pelo Chefe Executivo)

Informação- Telefone: (853) 2872 6578

PROPINA PARA INSCRIÇÃO: Mop$100.00 por inscrição. (o montante será reembolsado após da frequência de todas as aulas do referido curso)

Nota: Relativamente ao horário do curso de formação para os comissários desportivos, está afixado no placar e na página electrónica da Associação Geral de Automóvel de Macau – China, www.aamcauto.org.mo

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hoje

mac

au

quinta-feira 21.3.2013www.hojemacau.com.mo8 entrevista

Andreia Sofia [email protected]

António trindade quer pôr a Estação de tra-tamento de Águas de Macau a produzir energia

eléctrica a partir do tratamento de águas, “nos próximos meses ou no próximo ano”. A recente assinatura do contrato veio “acelerar” um pro-cesso que fará da EtAR “a maior e mais avançada da Ásia”, garante. o Hoje Macau conversou com o presidente da CESL-ÁSiA.

Comecemos pelos projectos que a CESL-ÁSIA vem apresentar no Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF), baseados numa “nova energia e nova água”. A razão fundamental da nossa participação é mostrar que a nossa empresa é de Macau e conotada com o ambiente. Este ano fazemos 25 anos e acho que o passado, presente e futuro da empresa estão ligados ao ambiente e a Macau. Essa é a essência da nossa parti-cipação. o que estamos a mostrar são quatro projectos na área da arquitectura e engenharia, e que são as intervenções nos edifícios de maior eficiência energética. A nível privado, anunciámos em Dezembro a associação que fizemos com uma empresa portuguesa, a Magpower, para desenvolver a energia solar com uma tecnologia de terceira geração e da transferência dessa tecnologia para Macau, para a apli-cação nos mercados asiáticos, bem como o investimento que fizemos em Portugal. Cerca de 200 milhões de patacas para estabelecer centrais solares no sul do país.

E sobre a “nova água”?Essa outra nova energia surgiu enquanto andávamos à procura da solução para os problemas na EtAR de Macau, por causa dos cheiros e das lamas que resultam do trata-mento. Com as pesquisas do último ano e meio, chegámos à conclusão que a melhor maneira é produzir electricidade na EtAR de Macau. Propusemos ao Governo, nosso cliente, um projecto para podermos criar produção energética na EtAR.

Isso vai ser possível num futuro próximo?Espero fazer isso nos próximos meses, ou no próximo ano. Estamos convencidos que é a melhor solução porque resolve o problema dos cheiros, e no tratamento das lamas promove uma redução do volume em 60%. os processos já são conheci-dos há muito tempo, a aplicação da tecnologia em coisas semelhantes é corrente e já existe na Alemanha e países do norte da Europa. Dentro de dois anos a EtAR de Macau vai ser, seguramente, a maior e a mais avançada da Ásia. Será de certeza a maior para tratar a água ao nível da reutilização, e se no mundo houver

novo projecto da EtAR de Macau já foi apresentado ao Governo

“Alguém se lembraria que se produz electricidade quando se faz o tratamento de esgotos? É notável”

cinco comparáveis, será muito. Estes processos (de tratamento de águas) são altos consumidores de energia e produtores de lama, um problema grave, biológico e com um impacto ambiental severo. tenho a certeza que o vamos fazer, não só na pers-pectiva da reutilização da água, mas também para resolver o problema dos cheiros, da má vizinhança.

Vai ser uma boa notícia para os cidadãos.

Como é que possível dez anos de pessoas a protestarem com os maus cheiros? Dez anos a protestar porque a EtAR não funciona? E o Governo a pagar. Acredito que vamos con-cretizar, e não apenas nós empresa, mas também membros do Governo e colaboradores, porque a CESL-Ásia não trabalha sozinha. Falamos de responsabilidade social, de serviço público, e damos uma perspectiva real, e não apenas no discurso. o sentido deste projecto é isto: uma

empresa local, com funcionários locais. Melhores empregos aparece-ram, mas a nossa empresa continua a ter os melhores empregos de Macau, concorremos em condições com os outros empregadores. E fazemo-lo hoje como fazíamos há 25 anos antes de haver casinos. tudo isto é aquilo que pretendemos, e que eu acho que é a razão do sucesso da CESL-ÁSiA. nós temos um programa de investimento social há 13 anos, e proporcionalmente uma parte das nossas receitas vai para esse programa. E isso faz parte da razão de ser da empresa.

Uma parte das receitas vai para esse programa. Qual é a percen-tagem?As pessoas que gerem este programa pedem-me que não diga, mas eu digo-lhe: é mais do que está instituí-do, por exemplo, para as empresas de jogo na contribuição para programas de investimento público. no caso deles não chega a 2%. A nossa é bastante mais do que isso. Este é um programa que faz com que a dimensão do sucesso seja superior à dimensão dos lucros, e veja-se que os lucros não são pouca coisa, porque a nossa empresa, desde que nasceu, nunca deu prejuízo.

Como foi manter isso ao longo dos anos?É ter responsabilidade social, desen-volver pessoas, manter relevância social. É o tal investimento.

Voltando ao projecto de produção de energia. Já existe um orçamento inicial?não. Só faz sentido se aquilo que hoje é feito não for melhor e mais barato. A cultura da empresa é ter a certeza do melhor e mais barato. Alguém se lembraria que se produz electricidade quando se faz o trata-mento de esgotos? isto é notável. o valor disto é incalculável, em termos de toneladas de emissão de gases, de poluentes, de conforto. Já viu as pessoas que moram ali ao lado o que vão deixar de cheirar? E se acrescentar a isto a economia de processos, não vejo nada mais simples. É um avanço significativo em tudo o que eu conhecia.

É um avanço grande para Macau. A parte que Macau tem neste processo é única. Aquela EtAR vai ser, no mundo, das mais desenvolvidas. E não é porque Macau esteja a gastar mais dinheiro: está a gastar muito

menos. o valor local que se acrescenta aqui, a parte importante do conheci-mento é local, não é importado.

AS relAçõeS “excelenteS” com o executivo

Voltando à ETAR. Quando é que o projecto foi formalmente apre-sentado ao Governo? Há uma semana, estamos na fase técnica. tivemos a capacidade de identificar (a tecnologia) e temos a capacidade de a operar, mantendo-a. Está na história da empresa que o temos feito: fizemos a central de in-cineração, idealizamo-la e operámo--la. A nossa empresa nunca cresceu tanto como nesta altura. tivemos uma quota parte de contribuição para que o Venetian abrisse portas para licenciar e ter aprovadas todas as infra-estruturas. Ajudámos o City of Dreams a operar a central de energia do casino. Desde o dia da abertura do aeroporto que temos ajudado a CAM e a ADA a ter tudo em funcionamento sem nunca ter parado, sem haver uma falha ou desvio. isto é tudo feito em Macau por gente de Macau. A nossa empresa emprega 80% das pessoas de Macau. Esta feira tem muito a ver com a CESL-ÁSiA e as pessoas sabem disso. Quando apresentamos os projectos da nova energia e da nova água é exactamente para dizer que podemos fazer isto, e fazemos.

A assinatura do contrato com a ETAR acelerou o projecto?não estivemos parados. A assinatura do contrato acelera claramente a so-lução de muitos problemas, porque permite o investimento e faz uma diferença enorme.

Como têm sido a relações com o Governo ao longo destes anos?Excelentes.

Não quer falar dos momentos negativos?A razão de ser da nossa empresa é Macau. Somos uma empresa e o Governo é o Governo, não quer dizer que estejamos sempre de acordo, mas é uma questão vasta. Em 1999, 60% da actividade da CESL-ÁSiA era re-lacionada com o Governo, era o maior cliente. Entre 2009 e 2010, o Governo era 20%. Hoje é 30 ou 40% da nossa actividade, sendo que a CESL-ÁSiA não aumentou, entre o ano passado e este ano, muito a sua facturação.

Porquê?não acrescentámos muitas pessoas,

o limite é aquilo que nós temos. e a emergência é isto, fazer como a eTaR de macau. há falta de água em macau, temos de renovar a que temos. Temos limites de estradas, não podemos ter muitos autocarros, temos que dar os lugares que existem de uma melhor maneira

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9quinta-feira 21.3.2013 www.hojemacau.com.mo entrevista

No tempo de Ao Man Long] eram coisas absolutamente impensáveis. Não consigo perceber os danos que se causaram a Macau nesse processo. Os engarrafamentos existem, por causa das decisões ou da falta delas, e das opções tomadas nesse tempo. Os problemas do cheiro da ETAR de Macau, e da central de incineração, estão aí

Novo projecto da ETAR de Macau já foi apresentado ao Governo

“Alguém se lembraria que se produz electricidade quando se faz o tratamento de esgotos? É notável”

mas crescemos conforme as nossas pessoas vão crescendo e conforme as vamos treinando. Por solicitação do Governo, como cliente, dedicamos hoje mais atenção ao Executivo do que dedicávamos há três anos. Mas a nossa mais valia pode ser aplicada de muitas maneiras. Nós não somos oposição, temos os nossos próprios interesses e nem abdicamos deles. Achamos que produzimos valor de interesse público, e está demonstrado.

Uma das grandes bandeiras do Executivo tem sido a protecção am-biental. Estamos no bom caminho?Estamos a entrar no bom caminho. Es-tivemos fora durante alguns tempos. Macau tinha relevância nas questões ambientais, e a prova é a existência deste fórum, mas perdeu muito nos últimos quatro ou cinco anos. Às ve-zes oiço as pessoas comentar que “no tempo do engenheiro Ao Man Long

faziam-se muitas coisas”. Mas eram coisas absolutamente impensáveis. Não consigo perceber os danos que se causaram a Macau nesse processo. Os engarrafamentos existem, por

causa das decisões ou da falta delas, e das opções tomadas nesse tempo. Os problemas do cheiro da ETAR de Macau, e da central de incineração, estão aí. Depois há a outra possibi-lidade que é o que está a acontecer agora, a mudança e o renascer.

Era difícil o diálogo no tempo do secretário Ao Man Long?Não vou dar novidade nenhuma e por alguma razão nós saímos. Pode-se dizer que o engenheiro Ao Man Long não nos quis lá, mas posso dizer que nós também não queríamos estar lá. Contudo, cumprimos sempre com as nossas obrigações, tanto contratuais como sociais. E nenhum dos nossos funcionários perdeu o emprego e dei-xou de ser o mais bem pago funcionário de Macau, ou com melhor carreira.

Os desAfiOsdO MieCf e de MACAu

Voltando ao MIECF. Acredita que está no caminho certo?Está sempre, o desafio é sempre este e o ano que vem. Tudo muda, o mercado, a China, Macau. Isto é um fórum, uma plataforma, com desafios.

Quais são?É mantermo-nos actualizados com o desenvolvimento económico e político, e com as necessidades. O desafio é assegurar que esta feira

continua a desenvolver-se para as empresas de Macau, sobre a questão económica e da plataforma, e provi-denciar um serviço para a região. E trazer ainda uma coisa que eu acho que faz falta, que é o “know-how”. Nesta área especificamente. É uma área vastíssima. E Macau tem esse desígnio da lusofonia e da plataforma. Não só acho bem como é desígnio político e social, assumido por todos. E este fórum tem de ser isso. Mas não é só a parte económica, é a do conhecimento e da regulação das novas leis, para o desenvolvimento das aplicações. Tudo isso se passa na feira. Sabe quais são dos maiores limitadores ao crescimento da China?

Quais?A energia e a água. O Governo Central diz que a China consome onze vezes mais energia do que aquilo que pre-cisa e da sua capacidade, para o seu desenvolvimento. Tem que ter maior eficiência. Neste momento o consumo energético é um travão ao progresso. Não é uma questão de utopia, mas de custos e de fazer limitações. Não é infinito o número de autocarros que se podem pôr nas ruas. Podemos au-mentar a capacidade, mas há limites.

Já se atingiu o limite?O limite é aquilo que nós temos. E

a emergência é isto, fazer como a ETAR de Macau. Há falta de água em Macau, temos de renovar a que temos. Temos limites de estradas, não podemos ter muitos autocarros, temos que dar os lugares que existem de uma melhor maneira. As pessoas não podem ir todas para o Leal Senado ao mesmo tempo. Podem ir por rotas diferentes. Não é só a tecnologia, é o serviço, o “know-how”, o empenho, a iniciativa privada, pública e colectiva. Macau tem muitos sítios onde está este conflito: “Fazemos mais casas em Coloane, ou noutros sítios”?

Houve melhorias ambientais?Há 25 anos Macau tinha um proble-ma tremendo com os resíduos sólidos e com o tratamento da água potável, com os telefones... E a CESL-ÁSIA veio. Fizemos uma desratização de Macau por causa do lixo, e a região tornou-se um exemplo em poucos anos. Macau está num momento em que produz riqueza, e as pessoas vêm cá: 30 milhões todos os anos. Isto não acontece em nenhuma outra parte do mundo! E isto também cria riqueza para nós, mas Macau pode fazer mais para receber melhor e até para que estejam cá mais tempo. Alguém pensava, há 10 anos, que os autocarros iriam ser um problema ambiental? Mas está na cara que é. Tem de se começar a pensar no problema. E há soluções alternativas.

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quinta-feira 21.3.2013vida10 www.hojemacau.com.mo

As autoridades de saúde de Macau estão atentas ao novo coronavírus que já provocou a morte

a nove pessoas, mas garantem que a região está, por agora, sem qual-quer registo da doença, afirmou ontem fonte dos serviços de saúde.

A fonte disse à agência Lusa que o “mais importante neste momento é a prevenção” e o “estado de alerta de toda a população para reportar às autoridades de saúde qualquer dúvida que possa existir”. “Mesmo em Hong Kong, todos os casos suspeitos foram negativos, mas temos de estar preparados para qualquer eventualidade e, por isso, o melhor é a prevenção”, disse a fonte médica contactada pela Lusa.

Por outro lado, lembrou, Macau está em contacto com a Organi-zação Mundial de saúde, que re-centemente alertou para mais uma morte, também na Arábia saudita.

O novo vírus afectou já 15 pes-

A versão final e completa do genoma dos Nean-

dertais foi finalmente obtida, mais de 150 anos depois da descoberta destes humanos no vale de Neander, na Ale-manha. Toda a informação da descodificação do geno-ma encontra-se acessível à comunidade científica desde esta terça-feira.

Comparação dos genomas de Neandertais, sapiens sapiens e Denisovanos

Novidades para breve sobre pontos em comum

serviços de saúde atentos a novo coronavírus

Sem registo de doençasoas, nove das quais morreram em registos apurados na Jordânia, na Arábia saudita e no Reino Unido.

O estado de alerta dos serviços de saúde de Macau levou a uma nota publicada na página oficial da instituição aconselhando a po-pulação de Macau que viaja para o exterior a evitar contacto com animais selvagens. “Esta adver-tência é justificada com o facto de, por vezes, estes novos vírus terem origem animal e poderem transmitir-se aos seres humanos. Na dúvida é melhor prevenir”, disse.

Apesar de não existir um peri-go imediato para a população de

Macau, há que manter atenção, porque a cidade, sendo interna-cional e recebendo milhares de visitantes de todo o mundo, tem de se manter atenta a qualquer problema em qualquer ponto do globo. “É apenas um estado de prevenção que implica atenção e cuidados redobrados de higiene e algumas medidas preventivas como em qualquer outra doença”, salientou.

O novo vírus, de origem ainda desconhecida, está a preocupar as autoridades de saúde a nível mundial quando passam 10 anos do síndrome Respiratório Agudo severo, conhecido por sRAs, que infectou 8.000 pessoas, 800 das quais viriam a morrer e, destas, 299 em Hong Kong.

Os sintomas do novo tipo de coronavírus incluem febre, tosse, falta de ar, dificuldade de respirar e outros sintomas similares à in-fecção respiratória. - Lusa

A equipa de svante Pää-bo, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva de Leipzig, Alemanha, já tinha apresentado em 2010 uma primeira versão da lei-tura das letras que compõem o genoma dos Neandertais. Essa leitura baseou-se em ADN de três pedaços de osso de três mulheres Ne-

andertais, que tinham sido encontrados numa gruta na Croácia entre o fim dos anos de 1970 e início de 1980. Com esse ADN, a equipa reconstituiu cerca de 60% dos três mil milhões de pares de bases (ou “letras”) do genoma dos Neandertais.

Agora, a equipa de Pääbo apresentou uma versão de

alta qualidade do genoma dos Neandertais através de ADN extraído de 0,038 gra-mas retirados de um osso do pé, descoberto em 2010 na gruta Denisova, na sibéria. Na versão de 2010, a posição de cada uma das quatro “le-tras” (pequenas moléculas) com que se escreve o geno-ma foi determinada uma vez,

em média. Na última versão – em http://www.eva.mpg.de/neandertal/index.html e que terá uma análise publi-cada no final do ano numa revista científica –, cada letra foi determinada mais de 50 vezes, o que permite que mesmo pequenas diferenças entre as cópias de genes que este Neandertal herdou da

mãe e do pai possam ser distinguidas, explica um comunicado do Instituto Max Planck.

Além de compararem o genoma deste Neandertal com os dos outros, os cientis-tas estão a fazer comparações com o genoma dos Deniso-vanos, um grupo de humanos revelado em Dezembro de 2010 e que viveu entre há 30 mil a 50 mil anos na sibéria e sudeste asiático. Tanto os Neandertais como os Deni-sovanos já não existem, mas ambos se reproduziram com a nossa espécie, os humanos modernos. Os Neandertais terão deixado um contributo de até 4% no nosso genoma e os Denisovanos até 6% nalgumas populações actu-ais. “Teremos assim mais pistas de muitos aspectos da história dos Neandertais e Denisovanos e aperfei-çoaremos o conhecimento sobre as mudanças genéticas ocorridas no genoma dos humanos modernos desde que se separaram dos ante-passados dos Neandertais e Denisovanos”, diz svante Pääbo.

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quinta-feira 21.3.2013 11www.hojemacau.com.mo cultura

A distinção será entregue pela associação cultural espa-

nhola Cosi di Amilcare a pro-pósito do concerto do músico no Teatro Juventut, esta sexta-feira.

Sérgio Godinho actua na sexta-feira no Festival Barna-santys, em Barcelona, no qual terá “uma colaboração inédita” com a cantora e compositora Marina Rossell e receberá o Prémio Rambaldi, anunciou esta terça-feira a produtora do músico português.

Sérgio Godinho, que em 2011 lançou o álbum Mútuo Consentimento, actua no Teatro Juventut, em Barcelona, no âm-bito do 18.º Barnasants.

Segundo o mesmo comuni-

cado, Sérgio Godinho e Marina Rossell “partilharão alguns dos seus temas mais emblemáticos”.

Neste concerto, a associação cultural Cosi di Amilcare entre-ga a Sérgio Godinho o Prémio Rambaldi, que “premeia a vasta e rica carreira” do músico, ini-ciada em 1971, com o álbum Os Sobreviventes, depois de ter integrado o elenco de Hair, em Paris, e a companhia The Living Thatre.

Sérgio Godinho, 67 anos, começou nas lides dos palcos aos 18, mas não gosta de falar de carreira, porque nunca gostou de pensar nas coisas a longo prazo, como explicou numa entrevista à agência Lusa.

Português Vhils inaugura primeira exposição na Austrália

Paredes escavacadas

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Aviso

Devido à execução de obras de reordenamento no Jardim pequenito do Almirante Lacerda (Mercado Vermelho), uma parte das bancas terão de suspender temporariamente a sua actividade, de acordo com o seguinte plano:

Data Tipo de venda Andar No da banca

8 de Abril de 2013(Segunda-feira) ~

21 de Junho de 2013(Sexta-feira)

Hortaliças Jardim pequenito No.16~No.19.No.21; No.33~No.38.

Aves Jardim pequenito No.25~No.30.Mercearia Jardim pequenito No.23.

Mercearia e Peixe Salgado Jardim pequenito No.22. Pelo incómodo causado, pedimos as mais sinceras desculpas.

Aos 14 de Março de 2013. O Vice-Presidente do Conselho de Administração Lei Wai Nong

www. iacm.gov.mo

Sérgio Godinhorecebe distinção em Barcelona

Carreira Premiada

O artista português Alexandre Farto, que assina como Vhils, inaugu-

ra esta quinta-feira a sua primeira exposição a solo na Austrália, conquistando assim mais um continente com o seu trabalho a escavar paredes.

De acordo com a página na Internet da galeria Skalit-zers, “Dissolve”, “a primeira exposição a solo na Aus-trália do artista português Alexandre Farto, também conhecido como Vhils”, estará patente em Sydney a partir desta quinta-feira.

A Skalitzers, detida por dois australianos, tem uma galeria permanente em Ber-lim, na Alemanha, e inicia com a exposição de Vhils a sua presença em Sydney.

A exposição “Dissolve” estará patente até 6 de Abril.

O artista português é co-nhecido pelos seus retratos escavados em vários tipos de materiais, de paredes exteriores a portas de ma-deira, poliestireno, metal ou estuque.

Alexandre Farto tem 25 anos, aos dez despertou

Filme sobre Elton John já tem realizadorO estreante Michael Gracey foi o escolhido para realizar o ‘biopic’ sobre o cantor britânico, que terá como título ‘Rocket Man’. O percurso de Michael Garcey tem passado essencialmente pela realização de anúncios publicitários mas, segundo o Guardian, foi este o realizador escolhido para dirigir a longa-metragem sobre Elton John. Rocket Man será o nome do biopic que será produzido pela Rocket Pictures, produtora do próprio Elton John. David Furnish e Steve Hamilton Shaw são outros dois produtores que estão envolvidos no projecto, segundo avança o jornal britânico. Já o argumento será da autoria Lee Hall, que no passado escreveu o argumento do filme Billy Elliot. Elton John descreveu este filme sobre a sua vida como “algo do estilo do Moulin Rouge”. Já o produtor Steve Hamilton Shaw defendeu a escolha do realizador Michael Garcey defendendo que o realizador “é inovador, imaginativo e tem uma visão convincente para o filme”.

Europa, América do Norte e América do Sul e Ásia.

No final do ano pas-sado, em declarações à Lusa, o director da galeria londrina Lazarides, Ralph Taylor, disse que as obras do artista português podem conviver com as de Fran-cis Bacon, numa colecção privada. “Nós trabalhamos com compradores de todos os espectros, e é possível ver uma peça de Vhils exibida junto de uma tela de Francis Bacon ou de uma obra de Banksy”, afirmou Taylor.

Foi a diferença do tipo de trabalho em relação a outros artistas de arte de rua que levou a galeria londrina a apostar no português, que considera ser “o artista mais trabalhador” que conheceu, por ter alcançado mais do que outros numa só década.

Lisboa, Porto e Aveiro são cidades portuguesas cujas ruas acolhem trabalhos seus, à semelhança de Medelim e Cali, na Colômbia, Nova Iorque e Los Angeles, nos Es-tados Unidos, Grottaglie, no sul da Itália, Xangai, na China e capitais como Moscovo ou Bogotá, entre outras.

para o graffiti, mas três anos depois é que começou a “pintar a sério”. No entanto, foi a escavacar paredes que captou a atenção do mundo.

Hoje em dia, Vhils vive das peças que cria, expõe

e são comercializadas atra-vés das galerias com que trabalha.

Até isso ser possível, fez ilustração, design gráfico, publicidade e voluntariado em projectos de intervenção

social (como a Associação Khapaz do “rapper” Chulla-ge, na Arrentela, e projectos do Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas - ACIME).

Em 2007, Alexandre

Farto trocou Lisboa por Lon-dres, para onde foi estudar.

Os últimos anos têm sido “uma roda-viva de viagens constantes” com participações em festivais, exposições e trabalhos pela

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quinta-feira 21.3.2013desporto12 www.hojemacau.com.mo

Sérgio [email protected]

O Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turis-mo (WTCC) arranca este fim-de-semana no

Autódromo Nacional de Monza para uma volta ao Mundo com fim de festa marcado para Macau, em Novembro.

Em fase de transição regula-mentar, o FIA WTCC sofreu um sério revés quando no final do ano a filial europeia da Chevrolet deci-diu cortar a verba que sustentava a equipa de fábrica, deixando a competição mundial à beira de um abismo. Felizmente a retirada dos campeões das últimas temporadas abriu a porta à entrada de vários concorrentes privados.

A própria RML, a estrutura britânica que dava assistência aos “Chevy” oficiais, conseguiu reunir verbas para colocar dois Cruze a correr em 2013, mantendo Yvan Muller na equipa e dando guarita ao abonado inglês Tom Chilton. Sem lugar na equipa ficaram Alain Menu e o campeão de 2012, Rob Huff.

Se Menu deixará o mundial de turismos este ano, para rumar a outras paragens, Huff teve mais sorte e arranjou refúgio na Mun-nich Motorsport. A equipa alemã,

Mundial de Turismos arranca em Monza para terminar em Macau

WTCC arranca de razoável saúde

que depois de vencer o mundial FIA GT1 comprou três SEAT Léon 1.6 T, contratou os serviços da SEAT Sport para a apoiar., mantendo Huff no leque dos favoritos.

Com a saída da Chevrolet, a Honda ganhará um maior protago-nismo, sendo a única equipa oficial de um grande construtor automóvel presente no campeonato. Esse facto

só por si faz com que o português Tiago Monteiro, que levou o novo Honda Civic WTCC ao pódio na última edição da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau, e Ga-briele Tarquini carreguem consigo o pesado fardo do favoritismos teóricos para a primeira jornada dupla da temporada.

De regresso ao WTCC também

está a LADA, cujo tamanho dos seus objectivos se equiparam à sua própria pequena dimensão. O construtor automóvel russo teve um ano a desenvolver o Granta com a ajuda da Oreca e conta com os serviços do experiente James Thompson e de Alexey Dudukalo que com ele trouxe o precioso apoio monetário da petrolífera Lukoil.

A BMW será no entanto a marca com mais carros em pista, um total de nove, todos eles en-tregues a equipas privadas e com pilotos bem conhecidos como Tom Coronel, Stefano D’Aste ou Darryl O’Young. Contudo, fruto do recente desinteresse da BMW no WTCC, marca da Baviera não lançou nenhuma evolução para o 320TC.

Taça aSiáTiCaApesar da competição ter três jornadas duplas na Ásia – Japão, China e RAEM – apenas O’Young e Charles Ng, ambos de Hong Kong, estão inscritos na temporada completa. Para cativar os concor-rentes asiáticos, o campeonato organizado pela Eurosport Eventos irá promover uma mini-competi-ção apenas para os concorrentes asiáticos que competirem nestas três provas. Tal como o ano pas-sado, é esperada a presença de um contingente de pilotos de Macau, tanto na sua prova caseira, como na corrida de Xangai.

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13quinta-feira 21.3.2013 www.hojemacau.com.mo futilidades

Sudoku [ ] Cruzadas

[ ] Cinema Cineteatro | PUB

SoluçõeS do problema

HORIZONTAIS:1-UNIAM. CERNE. 2-F. PROTEGE. C. 3-ALEA. R. UNTO. 4-NA. MOEDA. AA. 5-ABA. UME. RIR. 6-IDAS. LIAM. 7-CAI. OCA. SAI. 8-ID. LUISA. DD. 9-NOTE. A. PROA. 10-T. REFREIO. D. 11-ACIMA. COLHE.VERTICAIS:1-UFANA. CINTA. 2-N. LABIADO. C. 3-IPE. ADI. TRI. 4-ARAM. A. LEEM. 5-MO. OUSOU. FA. 6-TREM. CIAR. 7-CE. DELAS. EC. 8-EGUA. I APIO. 9-REN. RAS. ROL. 10-N. TAIMADO. H. 11-ECOAR. IDADE.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUçãO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

Aqui há gato

HORIZONTAIS: 1-Aproximavam. A parte interior e mais dura do tronco das árvores. 2-Preserva. 3-Alameda. Banha de porco, por derreter. 4-Sólido (s.q.). Númerário, dinheiro. Autores (abrev.). 5-Parte acessória da coisa a que está aderente. Pedra-ume Manifestar o riso. 6-Viagens. Faziam a leitura. 7-Desaba. Que não tem miolo. Retira-se. 8-Idem (abrev.). Nome de mulher. Consoante repetida. 9-Observe, anote. Parte anterior do navio. 10-Aquilo com que se refreia. 11-Em grau ou categoria superior. Separa da planta (flores, folhas ou frutos).VERTICIAIS: 1-Muito alegre, satisfeita. O que rodeia alguma coisa. 2-Que apresenta a forma de dois lábios. 3-Peúva. Juntei. O m. q. tris (Pref.). 4-Cultivam. Estudem. 5-Montão. Atreveu-se. Nota musical. 6-Carruagem, comboio. Remar para trás. 7-Nome de letra. Daquelas. Era Cirstã (abrev.). 8-Fêmea do cavalo. Planta faseolácea. 9-Pessoa, coisa (Arc.). Chefe etíope. Lista. 10-Manhoso, velhaco. 11-Repercutir. Número de anos.

OLyMPUS HAS FALLEN

Sala 1mama [c]Um filme de: Andy MuschiettiCom: Jessica Chastain, Nikolaj Coster-Waldau14.30, 16.30, 19.30, 21.30

[Tele]visão

Pu Yi

NA CASAmATA,TodoS rAlhAme Só um Tem rAzãoeste ano comemoram-se os 500 anos da chegada dos portugueses à China, mas parece que só em pleno século XXI, no ano de 2013, o Governo da rAem se está a lembrar do património aqui deixado pelos portugueses, que é seu e uma herança única. e não digo isto por estar num jornal escrito com a língua de Camões. Como é que é possível que em pleno ‘boom’ económico, e depois de tanto desenvolvimento urbanístico, ainda existam espaços históricos por classificar, que quase foram deixados ao abandono? Poderia aqui citar muitos casos, mas vou falar apenas da histórica casamata de Coloane. durante anos ali esteve esquecida, desprotegida, com pouca análise da sua história e importância. depois, o terreno onde ela está situada acabou por ser adquirido por um dono privado, que agora quer construir um edifício alto com apartamentos com uma vista fantástica sobre os últimos restos de natureza que restam em macau. A polémica está instalada, mas pensemos bem: quem tem menos culpa em todo este processo é o próprio proprietário. Foi o Governo que autorizou a que aquela terra fosse adquirida sem ter dado atenção à casamata. Agora as obras Públicas estão a analisar o projecto já entregue, e pediram opiniões, até ao Instituto Cultural (IC). Aguardaremos pelo desfecho deste processo, mas corremos o risco de chegar tarde de mais. o próprio director das obras Públicas, Jaime Carion, teve a ousadia de admitir que ainda não tinha olhado para o projecto com olhos de ver, e que não sabia qual a altura máxima permitida para um edifício naquela zona. Apesar considerar Coloane “um dos últimos pulmões da cidade”, diz que os direitos das pessoas têm de ser tidos em conta. lugares como a casamata já deveriam estar protegidos e classificados há muito tempo. ou aquele convento perdido na Ilha Verde, que também está nas mãos de privados e que até servia de casa a trabalhadores das obras de Seac Pai Van. e tantos outros que não sabemos. este trabalho deveria ter sido feito de forma exaustiva há muitos anos, para agora, com o imobiliário a viver o seu boom, não se correrem riscos desnecessários. Portanto, na casamata todos ralham e só o dono do terreno tem razão. Para cúmulo, ho Wai Tim, aquele senhor com uma estranha ligação com a Associação de Ciência Politica e direito de macau (autora do anuncio anti-colonialista do jornal ou mun), defendeu ontem que o dono da terra até podia ganhar mais andares para o seu prédio, para não danificar o ambiente do local. Mas optou por ignorar a existência da casamata. estranho era se o tivesse feito, e se a tivesse defendido.

TDM13:00 TDM News - Repetição13:30 Telejornal + 360º (Diferido)14:45 RTPi DIRECTO19:00 Montra do Lilau (Repetição)19:30 Vingança20:30 Telejornal21:00 TDM Talk Show21:30 Perdidos Sr.622:10 Escrito nas Estrelas23:00 TDM News23:30 Herman 201300:30 Telejornal (Repetição)01:00 RTPi Directo

INFORMAçãO TDM

RTPi 8215:00 Telejornal Madeira15:35 Ler +, Ler Melhor15:40 Poplusa16:35 AntiCrise17:00 Bom Dia Portugal18:00 Portugal Aqui Tão Perto19:00 Vingança19:50 Grandes Quadros Portugueses20:15 Maternidade21:00 Jornal da Tarde22:15 O Preço Certo22:55 Surf Total23:15 Portugal no Coração

30 - FOX Sports13:00 Chang World of Football 2012/1313:30 HSBC Sevens World Series 2012/1314:00 Premier League Darts 201315:30 FINA Aquatics World 201316:00 US Open 9-Ball C’ship 201217:30 Outlaw Triathlon 201218:30 Chang World of Football 2012/1319:00 FINA Aquatics World 201319:30 (LIVE) FOX SPORTS Central20:00 ABL Crossover 201320:30 Total Rugby21:00 The Football Review 2012-201321:30 Global Football 2012/1322:00 FOX SPORTS Central22:30 Thursday Fight Night With UFC

31 - STAR Sports13:00 Mobil 1 The Grid 201313:30 Smash 201314:00 Max Power 201315:00 Tiger Street Football 201317:00 Nz PGA Championship Pro AM - Highlights18:00 Sports Max 2012/1319:00 Smash 201319:30 FIA F1 World Championship 2013 - Highlights Australian Grand Prix21:00 2 Wheels21:30 (LIVE) Score Tonight 201322:00 Inside Grand Prix 201322:30 2 Wheels23:00 AFC Champions League 2013 Beijing Guoan vs. Sanfrecce Hiroshima

40 - FOX Movies12:00 Paul Blart: Mall Cop13:35 Barney’S Version15:50 The Son Of No One17:25 In Time19:15 Confessions Of A Shopaholic21:00 John Carter23:15 Transporter: The Series00:05 The Sixth Sense

41 - HBO12:10 Jack And Jill13:45 Frequently Asked Questions About Time Travel15:05 The Powerpuff Girls Movie16:20 My Best Friend’S Wedding18:10 Waiting For “Superman”20:00 Safe House22:00 Hellboy00:00 Bunraku

42 - Cinemax12:15 Killer Elite14:15 The Freshman16:00 Assignment K 17:35 Green Lantern19:00 Nowhere To Run20:30 Evil Never Dies22:00 Meeting Evil23:30 Piranha Ii

Rua de S. domingoS 16-18 • Tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • [email protected]

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Sala 2parker [c]Um filme de: Taylor HackfordCom: Jason Statham, Jennifer Lopez14.30, 16.45, 21.30

oZ: the great and powerful [3d] [b]Um filme de: Sam RaimiCom: James Franco, Rachel Weisz, Michelle Williams, Mila Kunis19.15

Sala 3olympuS haS fallen [c]Um filme de: Antoine FuquaCom: Gerard Butler, Morgan Freeman, Aaron Eckhart14.30, 16.30, 19.30, 21.30

Yes is More • Vários Autores“Yes is more” é um manifesto radical de fácil acesso da filosofia de arquitectura de Jack Bjarke Ingeles Group, mais conhecido por BIG, sediado em Copenhaga. Ao contrário das tradicionais monografias de arquitectura, esta obra utiliza o formato dos livros “comics” para expressar a sua agenda radical para a arquitectura contemporânea. É, simultaneamente, uma primeira expressão documental das práticas do BIG´S, comtemplando métodos, processos, ferramentas e instrumentos, e onde os conceitos são constantemente postos em causa e redefinidos. os projectos BIG´s ganharam prémios da academia real das artes, o premio especial do júri na bienal da arquitectura de Veneza, bem como muitos outros prémios Internacionais.

REVISTA DE VINHOS - PARA APRECIADORES EXIGENTESA revista de Vinhos é a publicação de referência no segmento de vinhos e gastronomia. Com provas de vinhos, visitas a produtores e regiões vínicas em Portugal e no estrangeiro, entrevistas com personalidades desta área, colunas de opinião sobre temas vínicos e gastronómicos, bem como avaliações de harmonização vinho-gastronomia. A gastronomia, os produtos gourmet e o turismo eno-gastronómico são também temas fortes da revista de Vinhos: crítica e avaliação de restaurantes, informação sobre produtos gastronómicos, sugestões de viagens e locais a visitar. disponibilidade garantida com assinatura anual.

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quinta-feira 21.3.2013opinião14 www.hojemacau.com.mo

ara que Portugal consiga diminuir a dívida para limites europeus, o ajustamento terá de continuar durante décadas. Corrigir níveis excessivos de dívida exigirá o es-forço de uma geração”, afirmou o

ministro das Finanças, Vítor Gaspar. Inacreditável e chocante. Este é o governante que não acertou ainda uma previsão orçamental. Que é contestado nos mais diversos quadrantes políticos, inclusivamente entre as hostes do CDS e do PSD. Que nos veio dizer que o desemprego este ano pode atingir mais de um milhão de pessoas – o que significará números reais na casa dos 24%. Que o PIB vai continuar a encolher, e a outrora reforma do Estado vai passar a despedimentos na função pública e continuação do empobrecimento. E o pior é que todos aqueles que acreditarem nos números do ministro serão considerados optimistas. Um empobrecimento que não será invertido nem a curto nem a médio prazo. ao sermos confrontados com as medidas anunciadas para o futuro veremos que as soluções são velhas e rotineiras: emigração, baixa salarial e do consumo interno, diminuição das funções sociais do Estado e mais depressão social.

Em 2012, as medidas previstas no programa de ajustamento desenhado pelas Finanças e a troika apontavam para 4,8 mil milhões de euros em auste-ridade. O Governo acabou por aplicar uma solução de 9,6 mil milhões de euros. É o dobro. Em 2013, a estimativa é semelhante: o programa previa 2,8 mil milhões, mas as Finanças consideram que vai ser necessário impor 5,8 mil milhões em sacrifícios. Com falhanços a sucederem-se nos resultados líqui-dos, com fracassos continuados nas previsões, com a credibilidade hipotecada junto dos portugueses, Vítor Gaspar pode ser considerado o arauto da tra-gédia nacional. a mentira generalizada recorda-nos os tempos em que nos anunciaram que 2013 seria o ano da viragem e da recuperação. Uma viragem apenas direccionada para uma recessão ainda mais violenta. Possivelmente será o ano em que depois do equilíbrio na corda bamba teremos de anunciar ao mundo que Portugal caiu na bancarrota. A austeri-dade e os sacrifícios exigidos aos portugueses estão a atingir os limites do tolerável e o Governo nem sequer se convence que a renovação é imperiosa. Uma renovação abrangente que constituísse um novo executivo incluindo o Partido Socialista. Caso contrário, o abismo já era. A estratégia do ministro Gaspar falhou em toda a linha e as suas políticas financeiras quase destruíram o tecido económico nacional ao ponto de todas as semanas assistirmos a uma manifestação exigindo a sua demissão e a do Governo. a política fulminante de Gaspar para conquistar os mercados deixou o país de rastos, sem esperança e com receio do dia de amanhã. Depois de em apenas dois anos assistir-se a um corte de 15 mil milhões na despesa pública, do estonteante esforço fiscal generalizado, dos direitos ameaçados e das pensões e reformas confiscadas, o Governo simplesmente não apresenta soluções.

O povo não merecia isto ao fim de décadas de democracia. O povo está atónito, em estado de choque e a prever o pior para um futuro muito ne-gro. Gaspar não acerta nunca uma previsão e nem as enfrenta com o rigor credível que se impõe em

O povo não merecia isto ao fim de décadas de democracia. O povo está atónito, em estado de choque e a prever o pior para um futuro muito negro. Gaspar não acerta nunca uma previsão e nem as enfrenta com o rigor credível que se impõe em qualquer cenário da economia. Há que exigir uma mudança de orientação que evite a já badalada falência do Estado. Há que mudar de rumo para vectores que obriguem à consideração pelos problemas que os portugueses estão a sentir. Se não enveredarmos por uma mudança governativa, é quase certo que Portugal está tramado

da estre laCarlos M. Cordeiro

Portugal está tramadolámanépor antónio conceição júnior

qualquer cenário da economia. Há que exigir uma mudança de orientação que evite a já badalada falên-cia do Estado. Há que mudar de rumo para vectores que obriguem à consideração pelos problemas que os portugueses estão a sentir. Se não enveredarmos por uma mudança governativa, é quase certo que Portugal está tramado.

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15opiniãoquinta-feira 21.3.2013 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

cartoon obama em israelpor Steff

m casal de vizinhos meus tem uma filha, uma jovem que prati-camente vi crescer, e que depois de terminar o ensino secundário em macau foi prosseguir os estudos em Taiwan. Quatro anos

depois e com um curso em Saúde Alimentar e Nutrição regressou à origem com a mala cheia de sonhos, mas o que encontrou no início foram contas por pagar. Como não conseguiu emprego na área da sua formação, trabalhou por algum tempo num casino, e poucos meses depois encontrou uma posição de secretariado numa instituição de ensino, que mesmo não sendo aquilo em que investiu como carreira, sempre lhe garantia um horá-rio fixo, e uma saudável distância do frenesim casineiro. Uma história banal, como tantas outras, sem contornos de tragédia ou sequer um final feliz. É assim com muitos jovens de Macau que entram no mercado de trabalho.

O território é visto como um caso de sucesso; o desemprego é residual, e com alguma vontade atingiríamos o pleno da empregabilidade. O drama é que as opções passam quase inevitavelmente pela área do jogo, directa ou indirectamente, e mesmo as restantes dependem das suas receitas para sobreviver. Há quem se adapte com facilida-de a esta realidade, e há até quem considere a tal diversificação da economia de que tanto se fala mera “demagogia”. Enquanto a economia cresce acima dos dois dígitos e as receitas do jogo vão enchendo os cofres do erário público a um ritmo alucinante, vamos todos cantando e rindo. Encontrámos a receita do sucesso, a panaceia anti-crise, e não é à toa que outros países e territórios nos queiram imitar. Somos deliciosamente invejados por todos, e até Las Vegas pre-cisa de olhar para cima para nos ver, qual dragão indomável em direcção ao infinito. Mas e se este “limão” do jogo que vamos espremendo e cujo sumo vai servindo jarro atrás de jarro de limonada secar um dia? E se o infinito que o dragão agora calcorreia tem na verdade um fim?

Se os antigos gauleses apenas temiam que o céu lhes caísse em cima de cabeça, as nossas preocupações são bem mais válidas. Não há reservas acumuladas ao longo des-tes anos de lucros quase pornográficos que nos deixem dormir descansados perante as ameaças que pairam constantemente sobre o nosso ganha-pão. Trememos cada vez que se fala da possibilidade de um novo destino de jogo nos arredores, especialmente se for na China, engolimos em seco quando as receitas diminuem dois meses seguidos, e “corremos igreja” à boa maneira macaense, rezando a todos os santinhos que o Gover-

Os bairros degradados, o trânsito caótico, a especulação imobiliária, o desordenamento urbanístico, o desrespeito pelo ambiente e tudo mais são problemas comuns a muitas cidades sem a mesma sorte de Macau. Temos dinheiro de sobra para tapar todos esses buracos e mais alguns, e se não existe vontade é porque talvez há quem entenda que somos um território a prazo, sem futuro, e a ordem é sacar o mais possível, antes que seja tarde demais

E se acaba o sumo?bairro do or ienteLeocardo

no Central não nos abandone e mantenha a política de vistos individuais. Quantos mais melhor, mesmo que em prejuízo para a qualidade de vida dos residentes. Afinal, do mais ou menos. No dia em que a última gota de sumo pingar do limão, os nossos amigos americanos viram-nos as costas, e arriscamo-nos a ter uma versão moderna das Ruínas de S. Paulo, mas com muito mais que uma simples fachada: as Ruínas do Cotai. Duvido é que tenha o mesmo valor histórico ou apelo turístico.

Fico apreensivo quando escuto a po-pulação comentar sobre o facto de muitos

empresários e mesmo alguns dirigentes da RAEM terem adquirido propriedade no estrangeiro, e na maioria dos casos têm um “segundo” passaporte. mandam os filhos estudar lá fora, às vezes só com bilhete de ida, e os que regressam têm garantida uma carreira de sucesso. Assim se vão renovando os monopólios das “famílias tradicionais”. É triste entender isto como um “plano de emergência”, caso “qualquer coisa falhe”. Mas o que poderá falhar, se apesar de tudo “ eles sabem o que estão a fazer”? E para onde “fugimos” nós? Qual é o nosso bote salva-vidas, e caberemos

lá todos? Se quem manda na tropa anda desconfiado, o que dizer de nós, o pobre povo rico?

Os bairros degradados, o trânsito caótico, a especulação imobiliária, o de-sordenamento urbanístico, o desrespeito pelo ambiente e tudo mais são problemas comuns a muitas cidades sem a mesma sorte de macau. Temos dinheiro de sobra para tapar todos esses buracos e mais alguns, e se não existe vontade é porque talvez há quem entenda que somos um território a prazo, sem futuro, e a ordem é sacar o mais possível, antes que seja tarde demais. Qualquer dia chegam os pais a casa e o filho adolescente é obrigado a acabar com a festa e mandar embora os amigos – e ainda leva umas palmadas por cima. Pode ser que eu esteja enganado, e que um dia tenhamos uma cidade onde dê gosto viver, onde se respire confiança, e podemos finalmente dormir descansados. Só que enquanto isso ainda não acontece, o melhor mesmo é ir estudar Bacará em vez de Saúde Alimentar e Nutrição.

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quinta-feira 21.3.2013www.hojemacau.com.mo

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OperadOres contactados pela agência Lusa indicam que os ca-

sinos de Macau deverão registar em Março um novo recorde de receitas, entre 31.000 milhões de patacas e os 32.000 milhões de patacas.

Os operadores dizem que, nos primeiros 19 dias do mês, os casinos arrecadaram cerca de 19.100 mi-lhões de patacas de receitas brutas nas mesas, mantendo a média da receita diária em cerca de mil mi-lhões de patacas. “está a ser um mês muito forte com uma média diária acima daquilo que se tem registado e com receitas muito equilibradas ao longo de todo o mês”, adiantou à agência Lusa uma fonte da sands China, que em Macau explora os dois maiores casinos do mundo - o Venetian e o sands.

Como projecção, a mesma fonte prefere um cenário conservador, ainda que, mesmo assim, preveja um novo recorde de receitas. “O mês deve fechar com receitas de 31.000 milhões de patacas, o que marca, pela primeira vez, uma receita acima dos 30.000 milhões de patacas”, disse.

por outro lado, acrescentou

ainda a fonte contactada pela Lusa na sands China, a receita de Março será superior ao que foi apurado em todo o ano de 2003 - 27.610 milhões de patacas - o último ano completo em que os casinos de stanley Ho operaram sozinhos no mercado.

a mesma expectativa sobre o mês de Março tem uma fonte da Galaxy resorts contactada pela Lusa, que sustenta que este mês “vai marcar um novo patamar no sector do jogo no território”. “esta-mos a assistir um nível de receitas sem precedentes e seria necessário acontecer agora algo de muito es-tranho para que este mês acabasse sem ser com um recorde”, afirmou.

a fonte da Galaxy é, contudo, mais optimista e acredita num recorde acima dos 32.000 milhões de patacas. “se se mantiver a actual média diária de quase mil milhões de patacas então as receitas dos casinos, incluindo as máquinas, vão superar os 32.000 milhões de patacas e penso que será assim porque a média está muito forte”, disse ao recordar que o mês acaba num fim de semana, período tradicionalmente muito forte para os casinos.

A confirmar-se um novo re-corde de receitas, este traduziria um crescimento, face ao mesmo mês de 2012, entre 25% e 28%, elevando a receita acumulada numa percentagem entre 14% e 17% e para quase 86.000 milhões de patacas.

Trata-se de um valor que os casinos locais, em termos anuais e depois da entrada de novos ope-radores em 2004, só ultrapassaram em 2008 quando fecharam o ano com receitas brutas de 105.640 milhões de patacas.

Macau tem seis operadores - os três concessionários sociedade de Jogos de Macau, fundada pelo magnata stanley Ho, a Galaxy resorts, de interesses de Hong Kong e liderada por Lui Che Woo e a Wynn resorts, do empresário norte-americano steve Wynn.

a sands China, do norte--americano sheldon adelson, a Melco Crown, que tem Lawrence Ho, filho de Stanley Ho como um dos líderes, e a MGM Macau, que tem como principal administradora Pansy Ho, também filha de Stanley Ho, são os subconcessionários.

Operadores esperam mais receitas nos casinos de Macau

expectativa em mais recordes

Joana [email protected]

NuMa altura em que as empre-sas de jogo norte-americanas

estão a apostar nas Filipinas, a MGM prefere manter-se fiel ao território. Grant Bowie, director--executivo da operadora em Macau, assegurou ontem que transferir o mercado da raeM para qualquer outro lugar não é viável por agora. “a MGM China concentra as suas energias em Macau. Nós somos uma empresa de Macau, com interesses construídos em Macau e queremos focar-nos em Macau. Nós não vamos para as Filipinas, para já”, garantiu Bowie.

À margem de um jantar para os média, ontem, o director da MGM foi questionado sobre a possibilidade de transferir algum do mercado do território para as Filipinas, à semelhança, por exemplo, da Melco Crown. Grant Bowie assegura que a raeM

está a ser favorável à MGM, apesar de não descartar qualquer oportunidade. “ estamos confor-táveis em Macau e eu gostava de dizer que não devemos ir para lá [Filipinas], mas nunca podemos dizer nunca. as oportunidades de negócio surgem.”

a MGM explica também que não tem medo de perder a corrida com as outras operadoras noutro local, até porque tem algo em que se concentrar. “em Macau vemos muitas oportunidades ainda. agora começamos o nosso desenvolvimento do projecto no Cotai, que vai tirar-nos toda a nossa energia não queremos des-viar a nossa atenção daquilo que dissemos que iria ser construído, muito menos se for uma grande propriedade.”

Bowie acredita que Macau vai continuar a ser a força da industria do jogo na Ásia e que continua em vantagem significativa em termos de competição.

MGM aposta no Cotai

“Não vamos para as Filipinas, para já”