hoje macau 28 mai 2014 #3098

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Atropelamentos levam deputadas a exigir mexidas na lei HOJE MACAU AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 QUARTA-FEIRA 28 DE MAIO DE 2014 ANO XIII Nº 3098 MANIFESTAÇÃO LEVA SETE MIL À AL hojemacau AS VOZES DA IRA Ma Man Kei 1919-2014 PUB POLÍTICA PÁGINA 6 ÓBITO PÁGINA 6 PÁGINA 5 REOLIAN Sai um “regime misto” SOCIEDADE PÁGINA 11

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Hoje Macau N.º3098 de 28 de Maio de 2014

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Page 1: Hoje Macau 28 MAI 2014 #3098

Atropelamentos levam deputadas a exigir mexidas na lei

HOJE

MAC

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AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 Q UA R TA - F E I R A 2 8 D E M A I O D E 2 0 1 4 • A N O X I I I • N º 3 0 9 8

MANIFESTAÇÃO LEVA SETE MIL À AL

hojemacauAS VOZES

DA IRA

Ma Man Kei1919-2014

PUB

POLÍTICA PÁGINA 6

ÓBITO PÁGINA 6

PÁGINA 5

REOLIANSai um“regimemisto”

SOCIEDADE PÁGINA 11

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2 hoje macau quarta-feira 28.5.2014ÓBITOMA MAN KEI FALECEU ESTA SEGUNDA-FEIRA AOS 95 ANOS

Um virar de página na história de MacauO rosto de uma das mais influentes famílias chinesas de Macau faleceu esta segunda-feira em Pequim, onde estava a receber tratamento por problemas de coração. Chui Sai On expressou condolências ao “proeminente líder chinês, político, empresário e filantropo”

ANDREIA SOFIA SILVA*[email protected]

O homem que ajudou a es-c rever uma página da his-

tória da transferência de soberania de Macau fale-ceu esta segunda-feira em Pequim, aos 95 anos, onde, desde 2002, estava a ser tratado devido a problemas de coração, no Hospital Geral do Exército Popular de Libertação.

O estado de saúde de Ma Man Kei há muito que inspirava cuidados, e a influência política e social que teve em vida ficou demonstrada nos anos que antecederam a sua morte. Em 2009, aquando da celebração dos dez anos de transferência de Macau para a China, Ma Man Kei foi visitado no hospital por Jia Qingling, à época presi-dente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC). Em Março de 2007, Hu Jintao, presidente da China, e Edmund Ho, então Chefe do Executivo, também lhe fizeram uma visita.

Ma Man Kei nasceu em 1919 em Nanhai, Guang-dong, e depois de abrir um primeiro negócio em Hong Kong em 1930, decidiu vir para Macau uma década depois. Começava então uma carreira política e social que deixou marcas.

O Chefe do Executivo, Chui Sai On, enviou ontem uma carta de “sentidas condolências” à família, referindo-se a Ma Man Kei como um “proeminen-te líder chinês, político, empresário e filantropo”, que “ficará para sempre na

memória da RAEM pelo tanto que deu a Macau”.

Miguel de Senna Fernan-des, presidente da Associa-ção dos Macaenses (ADM), refere-se à sua morte como “o virar de uma página da história de Macau”. Na opinião do também advo-gado, Ma Man Kei “fez parte de um capítulo muito importante da história de Macau, porque galvanizava pessoas da sua influência e isso ajudava, e muito, a Administração portuguesa”, conta ao HM.

“Ma Man Kei tinha o apoio incondicional do Go-verno Central numa altura em que a China ainda era fechada e precisava de deter-minadas pessoas influentes e da sua confiança em Macau. Todo esse poder nasce de uma conjuntura social e política muito especial de Macau”, referiu Miguel de Senna Fernandes.

MORTE QUE DEIXA “SAUDADE”Na carta de condolências enviada à família do fale-cido político e empresário, Chui Sai On lembrou que Ma Man Kei “testemunhou as vicissitudes históricas e as grandes mudanças de Macau”. “Em quase todos os momentos histó-ricos cruciais de Macau, Ma Man Kei assumiu a sua responsabilidade e

enfrentou com coragem e inteligência, conseguindo resolver diversas crises e conflitos, dando assim um grande contributo para o desenvolvimento e o pro-gresso social e o bem-estar da população”, disse ainda o Chefe do Executivo.

Para além disso, “Ma Man Kei participou com entusiasmo e dedicação em várias actividades sociais de Macau, nas áreas da indústria, comércio, edu-cação, desporto e caridade, o que lhe granjeou elevado prestígio”, pode ler-se na mesma carta.

Em termos de personali-dade, Ma Man Kei era “uma pessoa muito ligada a esta terra e à gente local, sendo uma figura conhecida pela sua bondade e lealdade”, descreve o Chefe do Exe-cutivo, que não esqueceu o contributo do empresário e político na criação da RAEM.

“Apesar da sua idade avançada, Ma Man Kei envidou todos os esforços para garantir que a transi-ção de Macau decorresse sem sobressaltos, dando um contributo histórico para estabelecer uma base sólida em prol da pros-peridade e estabilidade. O seu desaparecimento deixa-nos a todos muita saudade, sendo um exem-

“Hoje em dia as coisas modificaram--se, e não se sabe se neste mar de perfis o neto conseguirá ter o mesmo prestígio que o seu avô alcançou. Já deixou de existir esse perfil que existia no tempo de Ma Man Kei...”MIGUEL DE SENNA FERNANDES

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3 óbitohoje macau quarta-feira 28.5.2014

MA MAN KEI FALECEU ESTA SEGUNDA-FEIRA AOS 95 ANOS

Um virar de página na história de Macau

“Apesar da sua idade avançada, Ma Man Kei envidou todos os esforços para garantir que a transição de Macau decorresse sem sobressaltos, dando um contributo histórico para estabelecer uma base sólida em prol da prosperidade e estabilidade”CHUI SAI ON

O patriarca da família Ma

plo de referência”, disse ainda Chui Sai On.

UM HOMEM “DISCRETO”Miguel de Senna Fernandes fala de um “homem discre-to”, que pertencia a uma tri-logia de famílias importantes em Macau, onde se inclui a família de Edmund Ho.

“(Esses homens) desem-penhavam o papel de chegar à fala com os chineses (na ligação com a Administra-ção portuguesa) e isso era fundamental. (Ma Man Kei) fazia parte da velha guarda da sociedade chinesa, com poder económico e políti-co. As famílias tradicionais ainda têm um peso bastante grande em Macau”, disse o advogado ao HM.

Questionado sobre se o neto de Ma Man Kei, Ma Chi Seng, poderá seguir as pisadas do avô, uma vez que é deputado nomeado à As-sembleia Legislativa (AL), Miguel de Senna Fernandes lembrou que os tempos mu-daram, e que hoje o trabalho conta muito.

“Hoje em dia as coisas modificaram-se, e não se sabe se neste mar de perfis o neto conseguirá ter o mesmo pres-tígio que o seu avô alcançou. Já deixou de existir esse perfil que existia no tempo de Ma

Man Kei, que estava numa certa dimensão que muitos outros não podiam estar. Isto faz parte da concepção estra-tificada da sociedade chine-sa, era muito tradicional”, disse ainda o presidente da ADM. - *com Lusa

Ma Man Kei nasceu em Nanhai, província de Guangdong, em Outubro de 1919. Dá-se a curiosa conjugação de factos de a terra natal de Ma se situar no centro da região mais revolucionária da época e de a data do seu nascimento coincidir com o desenvolvimento dos factos históricos que levaram Sun Yat-sen à presidência do governo chinês em Cantão.Sun Yat-sen tinha estabelecido um governo militar em Cantão, a 31 de Agosto de 1917, descontente com o que se estava a passar em Pequim - onde o Presidente da República e ex-primeiro-ministro da última fase da dinastia Qing, Yuan Shikai, tinha decidido fundar uma nova dinastia, após declarar inválida a Constituição de 1912 e ter extinto a Assembleia Nacional em 1914.Manobras de vários líderes militares resultaram no enfraquecimento da posição de Sun Yat-sen. O fundador da República da China retirar-se-ia, assim, do governo militar de Cantão, mudando-se para Xangai. Em Abril de 1921 o sector revolucionário do parlamento, em Cantão, aboliu o governo militar e elegeu Sun o Presidente de um novo governo. Dois meses mais tarde, Sun anunciava uma expedição nordestina para reunificar a China pela força militar.Ma Man Kei nasceu neste ambiente de fervor revolucionário e patriótico. Nanhai, administrativamente ligada a Foshan, a meia centena de quilómetros de Cantão, era um local de conspirações contra os traidores da República.O pai de Ma Man Kei era um mercador, um dos muitos milhares de comerciantes de Guangdong que tinha estimulado Sun Yat-sen a rebelar-se contra o governo corrupto dos Qing. Em 1934, quando Ma tinha 15 anos, o seu pai faleceu, pelo que o jovem foi forçado a abandonar os estudos em Cantão. Com a idade de 17 anos herdou a empresa do pai

e continuou os negócios da família na capital da província de Guangdong.

FUGA PARA MACAUEm Agosto de 1938 as tropas japonesas tomaram Cantão. Ma refugiou-se em Hong Kong, e na colónia britânica deu continuidade aos seus negócios. Porém, apenas três anos passados, em Dezembro de 1941, os japoneses atacaram Pearl Harbour, comprometeram a orla do Pacífico na Guerra, e invadiram Hong Kong. Os negócios de Ma Man Kei sofreram novo revés. Ma decidiu, então, mudar-se para o local mais pacífico do Sul da China: Macau. A então colónia portuguesa tinha permanecido neutral na Segunda Guerra Mundial, graças à política habilidosa do Estado Novo.Estabelecido em Macau numa época de grandes restrições alimentares e de bens de consumo, Ma Man Kei conseguiu levar a bom porto as suas actividades comerciais e sociais. Em 1943 casou-se com Lo Pak Sam, que tinha seguido um caminho idêntico ao seu, e com quem comungava das mesmas ideias políticas revolucionárias. Desde então, Ma Man Kei não mais abandonou o território.Em mais de meio século de vida em Macau, Ma Man Kei impôs-se como um patriota, uma figura respeitável e com grande influência na sociedade local e na província de Guangdong. Após a morte de Ho Yin, a liderança da comunidade chinesa de Macau foi naturalmente transposta para Ma Man Kei, que ainda hoje a mantém.

CONSELHEIRO E POLÍTICOAté ao início do período de transição de Macau para a República Popular da China, Ma Man Kei era o representante de facto dos interesses da China no território. Todos os governadores portugueses se aconselhavam com ele em matérias mais sensíveis. Na sua poderosa Associação Comercial, da qual foi presidente, Ma estabeleceu uma base natural. Ali se

vendiam antes do 25 de Abril de 1974, sem restrições da PIDE, exemplares do livrinho vermelho de Mao Zedong.Após a Revolução portuguesa, Ma Man Kei participou activamente na política em Macau, tendo sido consecutivamente eleito deputado à Assembleia Legislativa, por sufrágio indirecto (interesses económicos). Ma só abandonou a AL na última legislatura. Fê-lo em consonância com idêntico movimento do Partido Comunista Chinês - de que era membro -, em reformar os líderes políticos com mais de 70 anos de idade. Manteve, porém, o cargo de vice-presidente da Conferência Política Consultiva do Povo Chinês, a segunda câmara do parlamento chinês - sem poderes de decisão, mas considerada o mais importante órgão de consulta do governo da RPC.Dado o seu cargo oficial na RPC, Ma Man Kei foi nomeado para o Presidium do Congresso do PCC. Ma foi, também, vice-presidente da Comissão de Redacção da Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau. Como empresário, foi presidente da administração da companhia comercial Tai Wah Hong, da empresa de investimentos e construção civil San Kin Wah, e da firma Chinese Product and Special Production. Esteve ainda ligado à Associação Comercial de Macau, tendo sido ainda presidente da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu. Apesar dos problemas de coração que o afectaram na velhice, Ma Man Kei manteve-se vigoroso e dinâmico até idade avançada. Com 70 anos, ainda praticava desporto diariamente, especialmente a marcha. Quando discursava, fazia-o com uma voz sonora. Ma Man Kei tinha sete filhos e duas filhas, todos casados e com prole. A família directa de Ma é composta por 40 membros. Ma pode ser, honrosamente, chamado de o patriarca. Sem ele, Macau teria sido diferente.

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DITOS

4 hoje macau quarta-feira 28.5.2014

JOANA [email protected]

F OI ontem cancelada pela Assembleia Legislativa (AL) a aprovação da proposta de lei do Regime de Garantias para

os Titulares dos Principais Cargos – caso estes cessem ou aguardem funções. Todos os deputados con-cordaram com um pedido feito pelo Chefe do Executivo em suspender a aprovação da lei na especialidade, ainda que uns apenas se tenham sentido obrigados a fazê-lo. É o caso de Pereira Coutinho, Leong Veng Chai, Ng Kuok Cheong e Au Kam San, que frisaram que, caso a proposta do Chefe do Executivo não fosse aceite, poderia ter lugar a discussão da proposta – o que para eles seria ainda pior.

No hemiciclo, contudo, a maioria não partilha da opinião das cerca de 20 mil pessoas que se manifestaram no domingo. Grande parte dos deputados não só defen-deram a existência deste Regime, como dizem que ele já vem tarde.

“Este diploma é necessário e deveria ter sido aprovado em 1999, por ventura, à meia-noite, aquando do estabelecimento da RAEM”, começou por dizer Leonel Alves.

O deputado afirmou concordar na íntegra com a proposta de cancela-mento da aprovação, salientado que este pedido do Chefe do Executivo só demonstra “um profundo significado político de que [Chui Sai On] ausculta as diversas opiniões da sociedade”. Leonel Alves, também membro do Conselho Executivo, considera o Regime “sensato e correcto”, até porque os altos cargos, diz, não con-seguem ser reinseridos no mercado de trabalho quando cessam funções.

GOVERNO REAGE A DECISÃO

“O próprio Chefe do Executivo admitiu que a proposta tem imperfeições, ou seja ouviu em parte as opiniões, mas, em vez de a retirar, apresenta-a, independentemente dessas imperfeições.”

AU KAM SAN

“O Chefe do Executivo, sabendo obviamente que diplomas desta natureza, envolvendo compensações financeiras e regalias, são sempre embaraçosos, sensíveis... foi um acto de coragem apresentar este Regime, para colmatar uma lacuna existente no sistema.”

LEONEL ALVES

“Os dirigentes são todos de Macau e vão continuar a viver cá quando cessarem funções. Há falta de garantias para eles.”

TSUI WAI KWAN

“Este era um Regime em falta, que já devia ter sido produzido após o retorno à pátria. É uma medida boa para atrair talentos e proporcionar a mobilidade ascendente.”

LAU VENG SENG

“Nem todas as vozes da sociedade estão contra, algumas estão a favor, como até se pode ver nos jornais de Hong Kong.”

SIO CHIO WAI

“Sem garantias, não há quem queira ser Chefe do Executivo, só os enganadores ou os malucos. Sem Regime de Garantias, ninguém tem uma vida condigna após a aposentação e, assim, ninguém quer ocupar os cargos.”

JOSÉ CHUI SAI PENG

“Em Hong Kong, por exemplo, nunca foi necessário um Regime destes, porque é que, em Macau, de repente se tornou necessário? E, se de facto o é, porque é que não se ouviu a opinião pública? Esta vergonha vai ficar na história.”

NG KUOK CHEONG

“Deveria ter sido logo criada, não agora que alguns Secretários vão deixar os cargos.”

MELINDA CHAN

“Quando sou eu a apresentar propostas, perguntam-me sempre pelos estudos científicos. Onde estão agora os estudos científicos para este Regime?”

PEREIRA COUTINHO

CE Imunidade provoca dúvidas, mas não a Leonel Alves

Enquanto alguns defendem que o Regime de Garantias deveria ser retiradodo hemiciclo, a maioria dos deputados assegura que este é um diploma que já vem tarde e que é necessário. Uma nova versão da lei deverá ser apresentada depoisdo hemiciclo ter cancelado a sua análise

REGIME DE GARANTIAS MAIORIA DIZ QUE É NECESSÁRIO. ANÁLISE DA PROPOSTA FOI CANCELADA

Suspensa e em suspense

“Os nossos governantes são re-lativamente jovens quando desem-penham estas funções, e terminam com 55, 56, 57 anos. (...) Pessoas que desempenharam estas funções em Macau, uma cidade tão peque-na, como é vão ser reinseridas no mercado de trabalho?”

Também Tsui Wai Kwan concor-da com o colega. O deputado afirma que este Regime vem “colmatar uma

lacuna no regime” e que deveria ter sido aprovado “já no primeiro man-dato” do líder do Governo.

Apesar de admitir que possam haver algumas imperfeições na proposta, Tsui Wai Kwan é apoiado por Sio Chio Wai, que indica que a necessidade deste Regime se pren-de com o facto de ter de haver “um regime perfeito de contratação de altos cargos, para manter talentos no Governo”.

RETIRADA E JÁAs mesmas justificações foram-se multiplicando, com os deputados a evocarem que só com este Regime é que é possível dar uma vida con-digna aos altos cargos. Ainda que muitos tenham admitido que é pre-ciso aperfeiçoar a lei, no hemiciclo ouviu-se muito que as pessoas se mostram contra a proposta porque não a entenderam.

“Desconhecem bem a lei, por isso é que se manifestam. Sem o Regime, quem quer ser Chefe do

A questão da imunidade do Chefe do Executivo face à justiça,

quando este esteja a exercer funções também gerou debate no hemiciclo. Ella Lei e Kwan Tsui Hang, por exemplo, deixaram o aviso de que, além de a compensação só dever ser 14% - e não 30% para os cargos do privado – a imunidade deve existir apenas em caso de existirem outros partidos políticos, que não acontece em Macau.

Também Mak Soi Kun disse não concordar com esta imunidade penal e, apesar de ter organizado uma manifestação a favor da pro-posta no domingo, garantiu querer esclarecimentos sobre isto e o facto de haver tratamento especial para quem vem do privado.

O mesmo dizem Ho Ion Sang e Wong Kit Cheng. Mas, Leonel Alves explica o que, na sua leitura, considera normal. “Confesso que

a norma não seja clara, merece retoques para melhor compreen-são. Mas o que se pretende é que não haja uma situação em que um Chefe do Executivo a exercer funções tenha simultaneamente o estatuto de arguido. É preciso respeitar a instituição do cargo, o que não quer dizer que não possa haver uma investigação”, começou por explicar. O deputado diz que, caso o CCAC ou o MP considere

necessário constituir o Chefe como arguido “deverá haver um diálogo com o Governo Central”. Isto não está especificamente previsto no Regime, mas Leonel Alves diz que é a leitura que deve ser feita, até porque o Governo Central “será sensível” a estes assuntos. Ainda assim, defende, “não é desejável, nem conveniente que o Chefe do Executivo seja arguido num pro-cesso”. - J.F.

Executivo? Só os ricos”, atirou Cheung Lap Kwan. Também o fac-to de a proposta ter sido votada na generalidade com apenas três votos contra – e de Leong Veng Chai, que agora está contra, ter votado a favor – foi dos outros motivos evocados pelos defensores.

Ainda assim, houve quem não se calasse contra a nova lei e pedisse que esta fosse definitivamente retirada.

“Este Regime não reúne condi-ções para ser discutido, quanto mais votado. Por isso é que vou concordar com o pedido”, começou por dizer Ng Kuok Cheong. “Será que temos dirigentes assim tão corruptos, será que o nosso cofre tem dinheiro a mais e podemos despendê-lo sem mais nem menos? Os dirigentes foram tão ambiciosos que acabaram por aumentar ainda mais, para 30% do total do vencimento [para quem vem do privado]?”, frisou o democrata, que acrescenta que parece que a lei foi criada de propósito antes das eleições.

Também Pereira Coutinho, que fez questão de apresentar todas as suas opiniões de pé, pediu que a lei fosse retirada, considerando uma vergonha a criação desta lei. Au Kam San juntou-se: “deveria ter sido cancelada , depois ser levada a auscultação pública e depois novamente à AL. Esta é a solução adequada e responsável.”

Os deputados relembram que, caso a proposta de lei seja nova-mente entregue a uma Comissão Permanente para ser analisada na especialidade, só o Governo é que pode alterar a lei. O Executivo disse que iria apresentar uma nova versão do diploma, mas ainda não há qualquer decisão final sobre o que vai acontecer.

Chui Sai On agradeceu ontem à AL o resultado da reunião plenária. O Chefe do Executivo assegura que o Governo vai continuar a auscultar as opiniões da sociedade e vai dar ordens à AL para melhorar o diploma. O líder do Governo afirma que já necessidade de “os cidadãos adquirirem mais conhecimentos sobre o diploma”, pelo que será reforçada a comunicação com a população. As manifestações, essas, Chui Sai On diz que mostram o amor a Macau, do qual, afirma, “também partilha”. Já do Gabinete de Florinda Chan, Secretária para a Administração e Justiça, chegou a certeza de que este é um regime necessário e adequado

“para o exercício das funções de Chefe do Executivo e dos titulares dos principais cargos de nomeação política”. Florinda Chan recorda que não há o princípio de duplo benefício - o período de tempo em que o tenha efectuado compensações para o regime de aposentação e sobrevivência ou contribuições para o Regime de Previdência dos Trabalhadores dos Serviços Públicos em benefício dos titulares dos principais cargos no exercício das suas funções não conta para o cálculo da compensação em virtude da cessação de funções –, mas afirma que a falta desta lei é uma lacuna no regime de Macau. Algo também defendido pelos deputados.

POLÍTICA

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FOTO

S HO

JE M

ACAU

hoje macau quarta-feira 28.5.2014 5 política

ANDREIA SOFIA SILVA [email protected]

JOANA [email protected]

O debate estava marcado para as 15 horas e os manifestantes não se atrasaram: o terreno

para mais um protesto contra o Re-gime de Garantias para os Titulares dos Principais Cargos começou a ser preparado meia hora antes. As vozes ouviram-se até depois das 20:00, hora em que cerca de sete mil pessoas deixaram o espaço junto à Assembleia Legislativa (AL).

Os números não são certos: há quem fale em sete mil, há quem fale em dez mil manifestantes. Mas, a verdade é que, ao longo do dia de ontem, cada vez mais pessoas fo-ram chegando e, no final, o número de manifestantes era visivelmente maior do que ao início da tarde. Conforme o HM presenciou, foram chegando autocarros com pessoas e, se o reforço policial começou também a ser maior – mais auto-carros e agentes da PSP se foram posicionando em redor da AL -, os interessados na manifestação não pararam de se juntar no relvado ao lado do hemiciclo.

“Esta gente não vai sair daqui e, agora, vão chegando mais, porque saem do trabalho”, frisou José Pereira Coutinho ao HM, no intervalo do plenário, por volta das 18 horas.

Coutinho, que discursou ao lado de Ng Kuok Cheong perante a multidão, confirmou ainda que no edifício da AL estavam “ele-mentos do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM”.

Vestidos de branco e com carta-zes contra Chui Sai On que diziam

“[Chui Sai On] fez esta lei para dar mais poder e dinheiro para si próprio. Isto é ridículo. Não quero que Macau produza uma elite.”JASON LEI Manifestante

MANIFESTAÇÃO SETE MIL EM FRENTE À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Eles não desistem

As ruas de Macau voltaram a testemunhar um protesto de grande dimensão contra o Regime de Garantias. As redes de telemóvel e de internet pararam de funcionar e ao cair da noite a multidão foi surpreendida com a presença de um drone

que a criação deste Regime “é uma vergonha”, os manifestantes chega-ram a atirar com garrafas de plástico contra a PSP e os carros que trans-

portavam Francis Tam, Secretário para a Economia e Finanças e a sua equipa – na AL para debater uma outra proposta de lei que ia estar em discussão. Também todos os carros que saíam do edifício da AL – a maioria com deputados - serviram de alvo para garrafas. Ao mesmo tempo, a multidão gritava em coro “Lap Sap” (lixo, em cantonês e ex-pressão parecida com “Assembleia Legislativa”).

VESTIDOS A RIGORAlguns tinham t-shirts com a fotografia de Pereira Coutinho e uma legenda a pedir que o Regime fosse retirado, outros faziam o mesmo pedido em autocolantes. Mas, a imaginação foi mais longe e muitos dos manifestantes vestiam camisolas alusivas ao “GodFather”

como forma de protesto contra o Chefe do Executivo.

No local, a manifestação era tão grande, que as redes de telemóvel e internet pararam de funcionar devido ao excesso de utilização. A CTM ainda instalou uma antena

gigante no espaço, mas nem isso conseguiu impedir que a rede estivesse em baixo. No céu, já à noite, um drone da PSP sobrevoou os manifestantes, que acenavam com luzes brancas.

André António foi um dos parti-cipantes na manifestação convoca-da pelo grupo Macau Consciência. “É uma pouca vergonha fazerem esta lei para proteger os Secretários e os dirigentes. Não imaginava que tantas pessoas viessem cá para fora para fazer esta manifestação. Isto vai continuar porque as pessoas já começam a saber que têm direito a manifestar-se”, disse ao HM.

André António não tem dúvidas de que “a partir de agora vai haver mais justiça”.

“A culpa é toda da AL, que não cumpriu a sua obrigação. Por isso é que deve ser alterada a composição dos deputados, se não Macau nunca vai mudar.”

Sentada a proteger-se do sol, ainda durante a tarde, Yu disse que estava a participar no protesto porque “em Macau temos de lutar pela justi-ça”. Jason Lei, de 24 anos, considera que “o Chefe do Executivo não olha para a vida das pessoas”. “[Chui Sai On] fez esta lei para dar mais poder e dinheiro para si próprio. Isto é ridí-culo. Não quero que Macau produza uma elite. Penso que o Governo quando vir esta reacção das pessoas vai recuar, porque as pessoas de Macau nunca se manifestaram desta forma. Penso que não vão atrever-se a aprovar esta lei.”

Antes da retirada – ordeira e depois de ter sido recolhido todo o lixo – os manifestantes entoaram cânticos de uma banda de referência de Hong Kong – os Beyond – cuja letra frisava que a liberdade é tudo e que unidos somos mais fortes.

“É uma pouca vergonha fazerem esta lei para proteger os Secretários e os dirigentes. Não imaginava que tantas pessoas viessem cá para fora para fazer esta manifestação.”ANDRÉ ANTÓNIO Manifestante

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• 2011 – 14.102 acidentes, 400 feridos, 12 mortes

• 2012 – 14.688 acidentes, 428 feridos, 18 mortes

• 2013 – 15.077 acidentes, 444 feridos, 19 mortes

• 1º trimestre de 2014 – 3733 acidentes, 101 feridos, 5 mortes

ACIDENTES DE VIAÇÃO

6 política hoje macau quarta-feira 28.5.2014

Atravessar a rua em Macau é um risco cada vez maior. Os números não mentem e a sinistralidade em vez de diminuir, aumenta de ano para anoJOANA [email protected]

O S recentes atrope-lamentos nas ruas de Macau levaram ontem duas deputadas

fazer intervenções na Assembleia Legislativa (AL) para pedir ao Governo que melhore a segurança rodoviária e tenha mão mais pesada face a in-fracções, sugerindo mesmo a revisão da Lei de Trân-sito Rodoviário.

“Deve ser ponderada a revisão da lei, reforçando as penas para a con-dução [sob efe i to de

F OI ontem aprovada por unanimidade a Lei de Garantia de Créditos

Emergentes das Relações de Trabalho. Todos os 27 depu-tados aprovaram a nova lei na generalidade, ainda que tenham colocado algumas dúvidas.

A nova lei tem como ob-jectivo, diz o Executivo, pro-teger mais os trabalhadores, porque a actual forma como se processam os créditos laborais não está ajustada ao desenvolvimento de Macau.

De acordo com uma lei de 1993, os encargos com os pagamentos de créditos do trabalho – como salários em dívida, por exemplo – são suportados pelo Fundo de Se-gurança Social (FSS). Algo que, diz o Executivo, já não

TRÂNSITO RODOVIÁRIO DEPUTADAS PEDEM REFORÇO DA LEI

Perigo de morte

AL LEI DE GARANTIA DE CRÉDITOS EMERGENTES APROVADA

E o dinheiro, volta?funciona. “Essa regulamen-tação é demasiado sucinta e encontra-se desfasada das reformas entretanto operadas na legislação do trabalho.”

Com a nova lei nasce um fundo autónomo, cujo montante inicialmente injec-tado vai ser de 160 milhões de patacas. Perante Francis Tam, Secretário para a Economia e Finanças, os deputados questionaram, por exemplo, sobre a recupe-ração do montante pago aos trabalhadores, no caso de os patrões se escaparam a essa responsabilidade. “Sabemos

claramente que o Governo não vai conseguir reaver o dinheiro”, começou por apontar Ella Lei. “Porque é que não está consagrada na lei a responsabilidade do empregador?”

Para Lam Heong Sang, também, a nova lei vai ape-nas limitar-se a “distribuir dinheiro”, sem garantir que o Governo possa recuperar o que vai pagar.

Apesar de prever que, em caso de necessidade, o Governo pode recorrer a tribunais, o próprio Execu-tivo admitiu que já houve

casos em que os processos demoram muito e em que é complicado que haja uma decisão judicial, mas garante que isso vai ajudar quando houver necessidade de re-cuperar os valores de volta.

A nova lei – cujo fun-do, diz Francis Tam, é proveniente das receitas do turismo, por exemplo, - contempla também os tra-balhadores não-residentes (TNR). Algo com que os deputados não se mostra-ram contra, mas que levou Kwan Tsui Hang a alertar o Secretário. “Concordo que

a garantia seja estendida aos TNR, mas estabelecer uma empresa em Macau é muito fácil. E os empregadores não pagam os salários e fecham as portas assim que acabam as obras de construção”, exemplificou. Recorde-se que é comum em Macau as empresas de construção civil sub-contratarem outras e utilizarem TNR, não lhes pagando no final.

Uma maior discussão sobre a lei ficou agendada para a especialidade, em sede de Comissão. Francis Tam afirmou que o Governo ainda vai ponderar “se irá ser injectada outra verba em tempo oportuno”.

Os montantes máximos a que cada trabalhador tem direito vão ser fixados por

regulamento administrativo, sendo que os valores são devolvidos pelo trabalhador, assim que este receba de quem lhe deve.

O requerimento para que sejam pagos os créditos deve partir do trabalhador, que, independentemente de um eventual processo judicial, pode pedir ao novo fundo o adiantamento de uma quan-tia. A decisão do pagamento está nas mãos da Direcção dos Serviços para os As-suntos Laborais, que trata, actualmente, de conflitos entre patrões e empregados neste âmbito.

A proposta de lei chega, agora, à AL e terá de passar primeiro na generalidade e depois na especialidade, an-tes de entrar em vigor. - J.F.

álcool, droga e excesso de velo-cidade], no sentido de combater a condução perigosa”, começou por apontar Chan Hong.

A deputada considera que tem havido uma tendência para a condução nestes estados e critica a actual legislação vigente. “As penas em Macau são relativamente baixas e os efeitos dissuasores são fracos”, diz Chan Hong.

A deputada diz que é preciso melhorar as instalações de apoio ao trânsito, como as passadeiras que, muitas vezes, estão mal colocadas. “Junto às escolas não

há equipamentos que obriguem à redução de velocidade, nem sinais de advertência”, relembra Chan Hong.

Também Kwan Tsui Hang se juntou à colega, para dizer que há necessidade de se educar mais as pessoas.

“É lamentável que os acidentes, os feridos e os mortos não reduzam [de ano para ano] e, antes pelo con-trário, aumentem continuamente”, começou por apontar Kwan Tsui Hang. “Muitas vezes, só depois de se registarem acidentes graves é que o Governo reforça a aplicação

da lei, mas não consegue fazê-lo de forma contínua. Daí, ressurgem os maus hábitos de condução, como não dar prioridade aos peões nas zebras.”

Kwan Tsui Hang apresentou em plenário dados sobre os aci-dentes desde 2011 até ao primeiro trimestre deste ano. O aumento de acidentes é visível: há três anos, por exemplo, houve um total de 14.102 acidentes, que originaram 12 mortes. Só no primeiro trimestre deste ano, o número de acidentes vai em quase 4000 e houve já cinco pessoas que faleceram. (ver caixa)

“Os acidentes de viação, no-meadamente os mais graves, que resultam em feridos e mortos têm tendência para aumentar. Muitos dos acidentes registados nestes últimos anos dizem respeito a atropelamento de peões na pas-sadeira ou por desobediência às regras do trânsito”, frisa Kwan, para explicar que o Governo deve não só reforçar a consciência sobre a segurança rodoviária, como deve reforçar a lei.

Na interpelação antes da or-dem do dia, Chan Hong deixa a sugestão de que seja estudada a viabilidade de serem implemen-tados regimes de pontuação e de suspensão da carta de condução como forma de alerta para con-dutores. Já Kwan Tsui Hang re-lembra que há muito que é pedido mais cuidado com o problema do trânsito.

Recorde-se que, recentemente, foi atropelada mortalmente uma estudante na Rua da Ribeira do Patane, quando ia a passar na passadeira. O local tem sido polé-mico por ter falta de segurança e, apesar de o Governo ter prometido mais segurança para a zona, nunca fez nada.

“Já me pronuncio e apresento interpelações sobre a segurança rodoviária há muitos anos, na es-perança de conseguir despertar a atenção da sociedade e de alertar para a importância do assunto”, atira Kwan Tsui Hang.

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10 SOCIEDADE hoje macau quarta-feira 28.5.2014

LEONOR SÁ [email protected]

B REVEMENTE, o MGM Macau vai tornar-se no pri-meiro complexo

hoteleiro das duas regiões administrativas de Macau e Hong Kong a integrar um carro amigo do ambiente na sua frota automóvel. Além disso, o grupo também substituiu a sua colecção de shuttle buses com veículos mais ecológicos. “A promo-

AMBIENTE CASINOS DE MACAU CRIAM CAMPANHAS DE SUSTENTABILIDADE

Verde é a cor da moda

“Se Macau não investir nisso [preservação ambiental] agora, daqui a 10 ou 20 anos, a geração seguinte sofrerá bastante”DAVIS FONG Professor da Universidade de Macau

Os casinos de Macau parecem estar cada vez mais atentos ao meio ambiente de Macau. Prova disso são as medidas ‘verdes’ que os grupos Sands ou MGM têm levado a cabo há já alguns anos. A poupança de energia eléctrica e de água e a redução da emissão de CO2 está no topo da lista de iniciativas por parte de vários estabelecimentos hoteleiros em prol do ambiente da RAEM

ao Venetian a certificação por parte da maior empresa do mundo relacionada com certificações e padrões nacionais, a BSI Group. O estabelecimento de resort integrado foi premiado com o certificado de evento de gestão de sistema susten-tável, ISO 20121.

RECICLAGEM E OUTRAS MEDIDASEsta preocupação dos hotéis e casinos com a conservação ambiental tem vindo a ser demonstrada com outras iniciativas que incluem a reciclagem de sabão por parte do Sands Macau, ou a redução de água corrente nas torneiras em vários outros estabelecimentos. A juntar a estas campanhas de dimi-nuição do uso de recursos, é ainda de salientar que tem vindo a ser promovida, desde 2007, a entrega dos prémios Hotel Verde, destinado aos grupos hoteleiros da RAEM que demonstrem preocupa-ção com o meio ambiental, conservando energia eléc-trica e de água e reduzindo resíduos, por exemplo. Em Abril deste ano, foram 16 os hotéis galardoados, quatro deles na categoria de ouro e onde se incluem o Sheraton Macau, a pousada Mong-Há e o Conrad Macau.

Davis Fong, professor da Universidade de Macau especializado nos impactos sociais do jogo em Macau, disse ao HM que a crescente implementação de medidas pró-ambiente “é muito im-portante quando olhamos para a sustentabilidade de um destino turístico como Macau, mas não só”, adian-ta. “Recentemente, a grande maioria [dos destinos turísti-cos asiáticos] tem conduzido acções do género”, diz.

Acrescenta ainda que “Macau é um sitio muito pequeno”, característica que ajuda à implementação de determinadas iniciativas, algo que seria mais com-plexo de fazer noutras regi-ões de maior envergadura. Contudo, é à administração portuguesa que o académico dá o mérito pela criação, há já vários anos, de centrais de reciclagem de resíduos e de mecanismos de poupança de água, sendo que muitas con-tinuam operacionais ainda hoje. “É por isso que hoje em dia é possível aproveitar e usar essas infra-estruturas. Se Macau não investir nisso [preservação ambiental] agora, daqui a 10 ou 20 anos, a geração seguinte sofrerá bastante”.

ção de um meio ambiente sustentável está no centro daquilo que fazemos enquan-to organização que pretende ser ‘verde’ e ajudar a salvar o meio ambiente. Acreditamos que um negócio amigo do ambiente é um negócio me-lhor”, disse Grant R. Bowie, director executivo do grupo MGM China.

O novo Mercedes-Benz S400 Hybrid – o primeiro carro híbrido da marca – foi o escolhido para completar o grupo de limusinas do

MGM. Através do uso de baterias de lítio, tornam-se fáceis de carregar e des-carregar, resultando num menor número de emissões de dióxido de carbono (CO2) e combustível.

Na verdade, este não é o único casino do território a implementar medidas amigas do ambiente. Tam-bém o Venetian tem vindo a criar iniciativas verdes, como aconteceu na passada

segunda-feira, em que orga-nizou uma visita de estudo ao casino para mostrar a 65 alunos da International School of Macau (TIS) quais as principais actividades que têm sido levadas a cabo pelo complexo de resort integrado em prol do ambiente. Duran-te o evento, ficou a saber-se que, desde 2009, o Venetian tem feito a substituição su-cessiva de lâmpadas normais por luzes LED e reciclado mais de cinco toneladas de comida, consequentemente transformando-a em água biológica, por exemplo. A visita teve o objectivo de sensibilizar a camada mais jovem sobre a necessidade da preservação ambiental em Macau. Syed Mubarak é quem dirige o projecto “I will if you will”, incor-porado na estratégia Sands ECO360º e que promove a implementação de práticas de poupança energética. A campanha promove ainda a entreajuda dos funcionários do grupo hoteleiro na criação de actividades e ideias pró--ambiente.

A promoção deste gé-nero de actividades valeu

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11 sociedadehoje macau quarta-feira 28.5.2014

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EDITAL

Edital nº :6/E-BC/2014Processo nº :283/BC/2013/FAssunto :Início do procedimento de audiência pela infracção às respectivas disposições do Regulamento de Segurança Contra Incêndios (RSCI)Local :Pátio do Mungo n.º 36, Edf. Son Seng, fracção 2.º andar D, Macau.

Chan Pou Ha, subdirectora da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), no uso das competências delegadas pela alínea 7) do no 1 do Despacho no 003/SOTDIR/2013, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 46, II Série, de 13 de Novembro de 2013, faz saber por este meio aos Sr. Wu Heng Lao, Sra. Liang Yanxia e Sr. Wu Ngai Keong, donos da obra ou aos seus mandatários, ao encarregado da obra, aos técnico responsável pela obra e executores da obra existente no local acima indicado, cujas identidades se desconhecem, o seguinte:

1. Em22/05/2013,oagentedefiscalizaçãodestaDSSOPTdeslocou-seaolocalacimaindicadoeverificouarealizaçãodeobrasemlicençacujadescrição e situação é a seguinte:

Obra Situação da obra Infracção ao RSCI e motivo da demolição

1.1 Instalação de gaiola metálica junto à varanda da fracção na parede exterior do edifício. Concluída Infracção ao no 12 do artigo 8o, obstrução do acesso aos pontos

de penetração no edifício.

1.2 Instalação de gaiola metálica junto à janela da fracção na parede exterior do edifício. Concluída Infracção ao no 12 do artigo 8o, obstrução do acesso aos pontos

de penetração no edifício.

1.3 Fechamento da varanda da fracção com paredes em alvenaria de tijolo. Em curso Infracção ao no 12 do artigo 8o, obstrução do acesso aos pontos

de pe etração no edifício.

1.4 Instalação de gaiola metálica junto à janela da fracção na parede exterior do pátio. Em curso Infracção ao no 12 do artigo 8o, obstrução do acesso aos pontos

de penetração no edifício.

2. Nestas circunstâncias e em cumprimento do disposto no nº 3 do artigo 88º do RSCI, aprovado pelo Decreto-Lei nº 24/95/M, de 9 de Junho, o agente de fiscalizaçãoordenouaimediatasuspensãodaexecuçãodaobra.3. Nos termos do nº 1 do artigo 88º do RSCI e no uso das competências delegadas pela alínea 7) do no 1 do Despacho no 003/SOTDIR/2013, publicado no

Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 46, II Série, de 13 de Novembro de 2013, por meu despacho de 03/06/2013, exarado sobre a informação nº 3462/DURDEP/2013 de 31/05/2013, determinei o embargo da obra.

4. Sendo as janela e varanda da fracção consideradas como ponto de penetração para realização de operações de salvamento de pessoas e de combate a incêndios,nãopodeserobstruídocomelementosfixos(gaiolas,gradeamentos,etc.),deacordocomodispostononº12doartigo8ºdoRSCI,aprovadopelo Decreto-Lei nº 24/95/M, de 9 de Junho. As alterações introduzidas pelo infractor nos referidos espaços, descritas no ponto 1 do presente edital, contrariam a função desses espaços enquanto ponto de penetração no edifício e comprometem a segurança de pessoas e bens em caso de incêndio. Assim,asobrasexecutadasnãosãosusceptíveisdelegalizaçãopeloqueteránecessariamentedeserdeterminadapelaDSSOPTasuademoliçãoafimde ser reintegrada a legalidade urbanística violada.

5. Nos termos do no 7 do artigo 87o do RSCI, a infracção ao disposto no no 12 do artigo 8o, é sancionável com multa de $2 000,00 a $20 000,00 patacas.6. Considerando a matéria referida nos pontos 4 e 5 do presente edital, podem os interessados, querendo, pronunciar-se por escrito sobre a mesma e

demais questões objecto do procedimento, no prazo de 5 (cinco) dias contados a partir da data de publicação do presente edital, podendo requerer diligências complementares e oferecer os respectivos meios de prova, em conformidade com o disposto no nº 1 do artigo 95º do RSCI.

7. O processo pode ser consultado durante as horas de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, no 33, 15º andar, Macau (telefones nos 85977154 e 85977227).

Aos 20 de Maio de 2014

Pelo Director dos ServiçosA Subdirectora

Enga Chan Pou Ha

AnúncioConcurso público para

«Empreitada de Reparação e Melhoriada Avenida MarginalFlor de Lótus, no Cotai»

1. Entidade que põe a obra a concurso: Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas.2. Modalidade de concurso: concurso público.3. Local de execução da obra: Avenida Marginal Flor de Lótus, no Cotai.4. Objecto da Empreitada: Reparação e melhoria dos arruamentos.5. Prazo máximo de execução: 60 (sessenta) dias.6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do acto público do

concurso, prorrogável, nos termos previstos no programa do concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por série de preços.8. Caução provisória: $ 100 000,00 (cem mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-

caução aprovados nos termos legais.9. Cauçãodefinitiva:5%dopreçototaldaadjudicação(dasimportânciasqueoempreiteirotiverareceberemcadaumdos

pagamentosparciaissãodeduzidos5%paragarantiadocontrato,parareforçodacauçãodefinitivaaprestar).10. Preço base: não há.11. Condições de admissão: serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras,

bem como as que à data do concurso tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar;Dia e hora limite: dia 25 de Junho de 2014 , quarta-feira, até às 17,00 horas.

13. Local, dia e hora do acto público:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, sala de reunião;Dia e hora: dia 26 de Junho de 2014, quinta-feira, pelas 9,30 horas.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar;Hora: horário de expediente;Preço: $ 1 000,00 (mil patacas).

15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:- Preçorazoável:60%;- Planodetrabalhos:10%;- Experiênciaequalidadeemobras:18%;- Integridadeehonestidade:12%;

16. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer na sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, a partir de 11 de Junho de 2014, inclusive, e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 22 de Maio de 2014.

O Coordenador do GabineteChan Hon Kit

ANDREIA SOFIA [email protected]

O S deputados da Co-missão de Acompa-nhamento para os Assuntos de Terras

e Concessões Públicas ficaram ontem a saber que o novo modelo de autocarros irá funcionar sob um “regime misto”, conforme explicou

A nova operadora estará sujeita ao Regime de Concessão Pública, que depois será estendido à TCM e Transmac. Na prática, Governo pode decidir itinerários e empresas responsabilizam-se pelos encargos. Mas os subsídios governamentais não vão acabar

REOLIAN GOVERNO NÃO ABRE O JOGO

Em “regime misto”Ho Ion Sang, deputado que preside à comissão. Todo o processo ficará concluído a 30 de Junho, data em que termina a “locação da massa falida da Reolian por parte do Governo”.

Na reunião com o Executivo, ficou confirmado que a empresa que irá substituir a Reolian ficará sujeita ao regime de concessão pública, que só mais tarde irá ser estendido à TCM e Transmac.

“Em 2008 as empresas supor-tavam os seus próprios encargos de exploração, e depois o Governo avançou com o novo modelo de aquisição de serviços, onde é con-tada a quilometragem e a distância percorrida. No novo contrato vai haver um regime misto. Por um lado, o Governo tem domínio sobre a abertura dos itinerários, e a empresa terá a responsabilidade de suportar os seus próprios encar-gos”, explicou Ho Ion Sang.

Contudo, as empresas vão continuar a receber subsídios go-vernamentais, para garantir que o serviço de autocarros se mantém, apesar de eventuais prejuízos.

“As tarifas são cobradas e exploradas pelas companhias. Os lucros daí resultantes revertem para a empresa transportadora. Pretende-se, desta forma, que, nas horas de ponta, haja um aumento da frequência das partidas, uma vez que os lucros dependem dos passa-geiros transportados e das tarifas cobradas”, disse ainda o deputado.

As novas regras pretendem “responder às recomendações do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) que, no passado recente, disse que há certas ilegalidades nos actuais contratos com as empresas transportadoras”, confirmou o deputado.

O objectivo é “assegurar uma

melhor utilização do erário públi-co” e acabar com os “autocarros fantasma”, denunciados no relatório do CCAC.

GOVERNO DE BOCA FECHADA À saída da reunião com os depu-tados, Lau Si Io não quis avançar com o nome da empresa que vai operar as carreiras da falida Reo-lian, que está há seis meses a ser gerida pelo Governo.

“Vamos o mais brevemente possível terminar as negociações e divulgar as informações ao público. Posso dizer que contactámos várias companhias e através de diferentes formas, e que escolhemos a melhor companhia para prestar o melhor

serviço”, garantiu o Secretário para as Obras Públicas e Transportes.

Ho Ion Sang, deputado que pre-side à comissão, confirmou que nada foi dito aos deputados. “Apesar de ser uma empresa nova, na composição dos seus sócios e de uma nova so-ciedade, o Governo garantiu-nos que vai ser uma empresa com capacidade técnica e profissional. Disse que não está em condições de revelar com quem está a negociar.”

Recorde-se que o HM já avançou que a Transmac mantém negociações com o Executivo, sendo que a TCM também estará envolvida nesse processo, segundo avançou o diário Business Daily.

Lau Si Io garantiu ainda que já foi contratada uma empresa de consultadoria para analisar quanto dinheiro já foi gasto na gestão governamental da Reolian.

“Temos como base os seis me-ses e pedimos a uma empresa de consultadoria para saber quais são as despesas durante esses meses. Esse será o número de despesas que a nova operadora não poderá ultrapassar”, confirmou Lau Si Io.

“Sobre a possibilidade da nova transportadora passar pelos mesmos problemas da Reolian, o Governo disse que está confiante e espera que a nova empresa venha a poder explorar o serviço de uma forma melhor”, confirmou Ho Ion Sang.

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12 publicidade hoje macau quarta-feira 28.5.2014

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOSPARA OS ASSUNTOS LABORAIS

AVISO

Faz-se público que, de harmonia com o despacho do Exmo. Senhor Secretário para a Economia e Finanças, de 28 de Fevereiro de 2014, se acha aberto o concurso comum, de ingresso externo, de prestação de provas, para o recrutamento de um lugar de técnico de 2ª classe, 1º escalão, da carreira de técnico, área de refrigeração, nos termos da Lei n.º 14/2009 <<Regime das carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos>> e do Regulamento Administrativo n.º 23/2011 <<Recrutamento, selecção e formação para efeitos de acesso dos trabalhadores dos serviços públicos>>.

O respectivo aviso de abertura de concurso encontra-se publicado no “Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau”, nº 22, II Série, de 28 de Maio de 2014. As condições de candidatura e as demais informações encontram-se no aviso acima referido e disponibilizadas nas páginas electrónicas da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (http://www.dsal.gov.mo) e da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (http://www.safp.gov.mo).

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, aos 23 de Maio de 2014.

O Director,Wong Chi Hong

ANÚNCIO

A Região Administrativa Especial de Macau faz público que, de acordo com o Despacho de 16 de Maio de 2014, do Exmo. Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, foi autorizado o procedimento administrativo para adjudicação da empreitada “Obra Nº 5 – Instalação de Bancadas e Coberturas junto ao reservatório para o 61º Grande Prémio de Macau”.1. Entidade que põe a obra a concurso: Comissão do Grande Prémio de Macau2. Modalidade do procedimento: Concurso público.3. Local de execução da obra: Zona do passeio pedonal do reservatório. 4. Objecto da empreitada: Planeamento, montagem e desmontagem das bancadas

provisórias para espectadores localizadas no passeio pedonal do reservatório, denominadas por “Reservoir Stand” e “Grandstand”, incluindo a construção das fundações e estrutura de suporte da cobertura, o nivelamento do terreno da obra e a construção de acessos, passagens e todos os trabalhos preparatórios.

5. Prazo máximo de execução: datas limite constantes no Caderno de Encargos.6. Prazo de validade das propostas: 90 dias, a contar do acto público do concurso.7. Tipo de empreitada: Por Preço Global.8. Caução provisória: MOP300.000,00 (trezentas mil patacas), prestada, em

numerário ou mediante cheque visado, a entregar na Divisão Financeira da Direcção dos Serviços de Turismo, por depósito bancário ou garantia bancária aprovada nos termos legais à ordem da Comissão do Grande Prémio de Macau, devendo ser especificado o fim a que se destina.

9. Cauçãodefinitiva: 5% do preço total de adjudicação.10. Valor da Obra: Sem preço base.11. Condições de admissão: Entidades inscritas na Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes na modalidade de execução de obras.12. Adiamento: Em caso de encerramento dos serviços públicos por motivo de força

maior, a sessão de esclarecimento, o termo de entrega das propostas e a abertura das propostas será adiado para o primeiro dia útil imediatamente seguinte, à mesma hora.

13. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: Comissão do Grande Prémio de Macau, sita em Macau, na Avenida da Amizade n.º 207, Edifício do Grande Prémio, até às 17.45 horas do dia 19 de Junho de 2014.

14. Sessão de esclarecimento: Os interessados podem assistir à sessão de esclarecimento deste concurso público que terá lugar às 10.00 horas, do dia 4 de Junho de 2014, na sede da Comissão do Grande Prémio de Macau.

15. Local, dia e hora do acto público do concurso: Local: Comissão do Grande Prémio de Macau;Dia e hora: 20 de Junho de 2014, pelas 10.00 horas.Os concorrentes deverão fazer-se representar no acto público de abertura das propostas para apresentação de eventuais reclamações e/ou esclarecimento de dúvidas acerca da documentação integrante da proposta.

16. Critérios de apreciação das propostas e respectivos factores de ponderação:a) Preço: 70%; b) Prazo de execução: 10%;c) Plano de trabalhos: 10% i. Nível de detalhe, descrição, encadeamento e caminho crítico das tarefas: 3%; ii. Adequabilidade à mão-de-obra e meios propostos: 7%.d) Experiência em obras semelhantes: 10% i. Obras executadas deste tipo, de valor e dimensão igual ou superior, com comprovativos de recepção e de qualidade pelos Donos de Obras Públicas: 5%; ii. Currículo de obras públicas e privadas desta natureza: 5%.O cálculo está descrito no artigo 11.° do Programa de Concurso.

17. Local, data, horário para exame do processo e preço para a obtenção de cópia: Local: Comissão do Grande Prémio de MacauData e horário: Dias úteis, a contar da data da publicação do anúncio até ao dia e hora do Acto Público do Concurso;Preço: MOP$500,00 (quinhentas patacas).

A Comissão do Grande Prémio de Macau, aos 22 de Maio de 2014.

O Coordenador,

João Manuel Costa Antunes

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13CHINAhoje macau quarta-feira 28.5.2014

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Ex-

terno de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, lançou ontem um repto às cerca de 1.000 empresas portuguesas exportadoras para a China para que reforcem a sua presença naquele mercado.

Miguel Frasquilho fala-va no início do almoço-con-ferência ‘A China na rota das exportações portuguesas’, uma iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria Luso--Chinesa (CCILC).

“Às cerca de 1.000 em-presas exportadoras para a China lanço o repto de conseguirem reforçar a sua presença num mercado com enorme potencial”, disse o presidente da entidade

A imprensa da China rebateu as acusações do Vietname que disse que uma embarcação do

país avançou contra um de seus barcos no Mar do Sul da China tendo depois naufragado.

O incidente ocorreu a 30 quilóme-tros de distância de uma grande sonda de perfuração de petróleo que a China enviou em primeiro de Maio a uma área reclamada por ambos os países. Desde o início do mês que o Vietname tem enviado barcos de patrulha para confrontar a sonda, enquanto a China manda dezenas de embarcações para

a proteger. A decisão de Pequim enfu-receu Hanói e deu inicio a uma série de violentos protestos contra a China.

Anteriormente, o jornal Tuoi Tre e outros meios de comunicação do Vietname acusaram os chineses de atacarem um navio de pesca vietnamita. Embora os incidentes entre os dois pa-íses envolvendo navios de pesca sejam comuns na região, esta é a primeira vez que uma embarcação vietnamita é afundada, disse Tran Van Linh, presi-dente da Associação de Pesca na cidade de Danang. “Eu digo que este acto é uma tentativa de assassinato, porque

os chineses afundaram um navio de pesca vietnamita e depois fugiram. Nós protestamos veementemente contra esta perversa, brutal e inumana acção pelo lado chinês.”

Lihn disse que cerca de 40 navios da China cercaram um grupo de navios de pesca do Vietname na tarde de ontem. Uma das embarcações avançou contra o barco vietnamita, deitando 10 homens ao mar, afirmou. Não houve feridos. O presidente da Associação de Pesca disse que o navio valia cerca de três milhões de patacas e que irá pedir uma compensação.

A ex-primeira-minis-tra tailandesa Yin-gluck Shinawatra,

detida pelo exército desde sexta-feira passada em local secreto, foi libertada e autorizada a regressar a casa, anunciou ontema junta militar no poder.

Yingluck, que dirigia o governo até ser destituída pelo Tribunal Constitu-cional no início de Maio, foi detida na sexta-feira depois de ter respondido à convocação da junta militar, no poder desde quinta-feira passada.

Além da antiga chefe do governo, a junta convo-cou na sexta-feira cerca de 200 personalidades.

“Ela regressou a casa” e está bem, declarou o porta-voz da junta, coronel Winthai Suvaree.

“Todos aqueles que foram libertados têm que assinar um acordo em que concordam informar o Conselho da Paz e da

Ordem sobre o seu pa-radeiro”, acrescentou. O coronel não confirmou se a casa de Yingluck estava sob vigilância militar.

Yingluck é a irmã mais nova do milionário e antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que se exilou para evitar ser julgado por corrupção, mas que continua a ser um factor de divisão do país.

Entretanto, um mi-nistro do governo civil, destituído na sequência do golpe de Estado, foi detido pelos militares, durante um encontro com a imprensa, em Banguecoque, noticiou a agência francesa AFP.

Chaturon Chaisong acabava de anunciar no clube da imprensa estran-geira que “tinha decidido não se apresentar” à con-vocação da junta, quando vários soldados entraram no local e o levaram pe-rante dezenas de câmaras e máquinas fotográficas.

AICEP QUER MAIS EMPRESAS NA CHINA

Sem tempo a perder

MAR DO SUL PEQUIM REBATE ACUSAÇÃO DO VIETNAME

Águas continuam agitadas

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TAILÂNDIA JUNTA MILITAR LIBERTA EX-PRIMEIRA-MINISTRA

Regresso a casa

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO N.o 13/P/14

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 9 de Maio de 2014, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento de Material de Consumo Clínico para a Unidade de Cuidados Intensivos dos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 28 de Maio de 2014, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de $ 50,00 (cinquenta patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria destes Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo). As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 23 de Junho de 2014. O acto público deste concurso terá lugar no dia 24 de Junho de 2014, pelas 10,00 horas, na sala do «Museu» situada junto ao C.H.C.S.J. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de $ 80.400,00 (oitenta mil e quatrocentas patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 21 de Maio de 2014

O Director dos Serviços, Substituto Chan Wai Sin

ANÚNCIO

Faz-se saber que em relação ao concurso público n.o 5/P/14 para «Fornecimento de Equipamentos Laboratoriais Cedidos Como Contrapartida do Fornecimento de Reagentes ao Centro de Transfusões de Sangue dos Serviços de Saúde», publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 19, II Série, de 7 de Maio de 2014, foram prestados esclarecimentos, nos termos do ponto 4.º do programa do concurso, pela entidade que realiza o concurso e juntos ao processo do concurso.

Os referidos esclarecimentos encontram-se disponíveis para consulta durante o horário de expediente na Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar, e também estão disponíveis no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo).

Serviços de Saúde, aos 21 de Maio de 2014.

O Director dos ServiçosLei Chin Ion

REGIÃO

responsável por promover as exportações e a captação de investimento. Em relação às empresas que ainda não exportam para o mercado chinês, Frasquilho disse: “Não deixem passar o tempo sem o fazer”.

Miguel Frasquilho, que integrou a recente visita oficial do Presidente da Re-pública à China, sublinhou que “há ainda uma enorme

margem de progressão entre os dois países e empresas”.

O presidente da AICEP destacou as vantagens de se investir em Portugal, nome-adamente a sua ligação aos países de língua oficial por-tuguesa em África ou a mer-cados latino-americanos, além das infra-estruturas em telecomunicações, logística, entre outros.

“Este é o momento certo para investir em Portugal porque, como é sabido, Por-tugal concluiu o programa de assistência económica e fi-nanceira”, disse, salientando que “foi vencida uma etapa muito dura e exigente”.

Lembrou que “desde 2011 foram implementadas quase 500 medidas e refor-mas” em Portugal.

Frasquilho destacou

ainda o papel da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, “que tanto tem feito para promover a internacionalização das empresas portuguesas e a captação de investimento”.

O presidente da AICEP destacou a presença de em-presas chinesas em Portugal como a China Three Gorges, State Grid, Fosun ou Huwaei. Sobre esta última, disse que a tecnológica “continua a recrutar em Portugal”. Apon-tou ainda a parceria assinada recentemente entre a Sonae Sierra e a CITIC Capital.

A China representa 1,7% do total das exportações portuguesas. Em conjunto, o comércio dos dois países ascendeu a cerca de 20.000 milhões de patacas no ano passado.

“Portugal e China estão muito comprometidos com a promoção das relações bilaterais económicas (...), existe confiança mútua, jun-tos certamente conseguire-mos mais do que sozinhos”, concluiu.

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14 hoje macau quarta-feira 28.5.2014EVENTOS

O músico português João Pedro Pais actua em Macau, a 13 de Junho, num espectáculo inte-

grado nas comemorações do Dia de Portugal, confirmou ontem à agência Lusa o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Vítor Sereno.

O espectáculo de João Pedro Pais vai decorrer no Grande Audi-tório do Centro Cultural de Macau

LEONOR SÁ [email protected]

O festival “Made in Italy: quality and lifestyle” vai continuar a acontecer em

diversos locais de Hong Kong até dia 18 de Julho e é organizado pela Câmara de Comércio de Itália em Hong Kong e Macau. O evento, que começou dia 15 de Maio, pre-tende dar a conhecer mais da cultura italiana, seja ao nível das artes, da gastronomia ou do entretenimento.

Nos próximos dias 6 e 7 de Junho, o restaurante Tosca, situado no hotel Ritz Carlton da ex-colónia britânica, vai contar com a presença da artista Elisabetta Rogai, conhe-cida por pintar telas com vinho, ao invés de recorrer a tintas normais. “Wine on Canvas” terá três sessões. Uma primeira no final da tarde de sexta-feira e as duas seguintes no sábado à hora do almoço e jantar, das 12.30 às 14.30 horas e das 18 às 22 horas, respectivamente. Os bilhetes para o evento incluem refeição e custam entre 758 e 2180 dólares de Hong Kong. A partici-pação de Rogai é apenas uma das quatro incorporadas na actividade “Ospitalità Italiana x art”, que junta gastronomia e arte. A pedido da entidade organizadora de “Made in Italy”, Francesco Lietti, Nerone e Silvia Viganò vão estar igualmente presentes em outros restaurantes de comida italiana em Hong Kong.

HONG KONG FESTIVAL HOMENAGEIA ITÁLIA

Vinho e artede mãos dadas

O fim de semana dos dias 7 e 8 de Junho conta ainda com a inauguração do Mercado Italiano 2014, a ter lugar no Cyberport, na ilha de Hong Kong. O evento vai compreender a actuação dos músi-cos Francesco Teopini, Jeffrey So e Oliver Molina e a presença de uma praça de restauração onde será possível provar vinhos e outros iguarias de Itália, aproveitando um espaço interior e exterior, nos quais serão colocadas bancas e tendas de venda de produtos típicos do país europeu.

Uma semana depois, no dia 13, os responsáveis pelo festival vão organizar uma prova de vinhos dentro de um ‘tram’ tradicional de Hong Kong, das 19 às 21 horas, permitindo que os visitantes possam degustar vários vinhos de diferentes zonas de Itália enquanto passam por locais emblemáticos da cidade, incluindo Whitty Street, Happy Valley e Causeway Bay. O evento é patrocinado por duas empresas especializadas na comercialização de produtos italianos, a Lorence and Company e a Top Spin.

O festival, que pretende home-nagear o país em forma de bota, vai continuar até dia 8 de Julho com eventos de diferente natureza e que englobam espectáculos e exposições de arte, workshops e outras actividades relacionadas com a gastronomia e vinho típicos desta região.

As comemorações, a terem lugar entre 30 de Maio e 26 de Junho, juntam artistas das mais diversas áreas. E como estamos em ano de Mundial de futebol, o IPOR abre portas para visionar os jogos da selecção

10 DE JUNHO PROGRAMA DECIDIDO. JOÃO PEDRO PAIS EM MACAU NO DIA 13

Um mundo portuguêse o músico estará acompanhado pela sua banda numa organização do consulado, da Casa de Portugal e do Instituto Português do Oriente (IPOR).

Com um programa que decorre entre 30 de Maio e 26 de Junho, as comemorações deste ano do Dia de Portugal, de Camões e das Comu-nidades Portuguesas integram ainda organizações da Fundação Oriente que, a 8 de Junho, leva ao Teatro D. Pedro V, monumento do conjunto do Património Mundial da Unesco, a música erudita com um trio que junta no palco os portugueses Jorge Correia e Paulo Carvalho e o chinês Shao Xiao Ling.

No campo das artes, as histórias--concerto com o músico Sérgio Pelágio e a actriz Isabel Gaivão

abrem as comemorações a 30 de Maio com “Histórias Magnéticas”, uma proposta do IPOR que os leva a Escolas Luso-Chinesas, Escola Portuguesa e Casa Garden.

Já na galeria da Residência de Portugal, no edifício Bela Vista, a pintura terá lugar de destaque, com o arquitecto de Macau Carlos Marreiros a expor, a partir de 10 de Junho, duas dezenas de obras reunidas na colecção “Letras” e a artista Sofia Arez a apresentar a colecção “Abandono” na Casa Garden, entre 19 de Junho e 31 de Julho.

Com um leque variado de acções que passam pela música, artes plásticas, artes performativas e conferências, o programa do 10 de Junho em Macau visa “estreitar

João Pedro Pais

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hoje macau quarta-feira 28.5.2014

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

JORGE COELHO, O TODO PODEROSO • Fernando Esteves«Jorge, ou é internado ou morre.» O aviso chegou através de um fax manuscrito. Era a der-radeira tentativa de Helena Boquinhas, médica de Jorge Coelho, para o resgatar da escuridão do quarto de sua casa, o seu refúgio enquanto tratava um cancro que o devastou física e psicologicamente. Estava com uma depressão profunda. A violência das sessões de quimio-terapia e radioterapia a que se submetia era avassaladora. E só com a ajuda da sua mulher Cecília e da filha Maria João conseguiu atravessar o calvário do cancro. Quando soube que estava curado, chorou. Mas até hoje permanece em alerta. A luta do ex-dirigente socialista contra a doença súbita que quase o matou é um dos capítulos mais surpreendentes desta biografia, que resulta de cinco anos de investigação, durante os quais o jornalista Fernando Esteves entrevistou mais de 70 pessoas que contaram episódios que nunca antes partilharam publicamente. Jorge Coelho, O Todo-Poderoso é um livro imprescindível para conhecer por dentro os últimos 20 anos da política nacional.

O ÚLTIMO COMBOIO PARA A ZONA VERDE • Paul TherouxUma viagem que se inicia na Cidade do Cabo e que Theroux, passando por Angola, queria que acabasse no Norte de Áfri-ca. Porém, após visitar Angola, o incansável viajante decide interromper o seu caminho ascendente. As experiências-limite por que passou, a deceção com a decadência, a colonização pelo materialismo ocidental, a omnipresença da corrupção e a perda da comunhão dos povos com a natureza terão feito desta a última viagem de Theroux ao Continente Negro. Angola sai maltratada deste livro, assim como muitas figuras de proa de organizações humanitárias que operam em África. «Um livro inquietante que recusa qualquer tipo de compromisso», segundo o The Guardian.

15 eventos

Clube Militar acolhe concertos de câmaraÉ já na próxima sexta-feira, às 19 horas, que vários artistas locais, incluindo Anissa Lam e An Yu Cheung, vão actuar no salão Stanley Ho do Clube Militar de Macau. O concerto, custa 50 patacas, preço que aumenta se for com jantar incluindo, somando 250 patacas. O evento faz parte de uma série de concertos integrados no programa “Jornadas musicais no Clube Militar”, que tem vindo a acontecer desde 2010. No projecto está ainda incluída a participação dos músicos Reynaldo Hahn, Claude Debussy, Cécile Chaminade e Gabriel Fauré. A série de concertos organizada pelo Clube Militar, conta com o apoio da Sociedade de Jogos de Macau.

Design Universidade de São José mostra trabalhosÉ já na próxima sexta-feira que estreia “Reboot”, às 18.30 horas na Ponte 9, uma exposição que conta com trabalhos de design dos alunos da Faculdade de Indústrias Criativas da Universidade de São José (USJ) e é organizada pela própria entidade e apoiada pela Fundação Macau. Em “Reboot”, o público vai poder ver vários trabalhos produzidos pelos alunos do curso de Design da faculdade e, de acordo com uma nota de imprensa, pretende ser uma “tentativa de ajudar a repensar aspectos do ambiente quotidiano desde os seus inícios, assim demonstrando uma subtil e consequente revolução da qualidade de vida dos cidadãos de Macau”. A exposição estará aberta ao público até dia 14 de Junho, das 14 às 19 horas diariamente. A USJ vai ainda disponibilizar um catálogo impresso com os trabalhos presentes em “Reboot”.

10 DE JUNHO PROGRAMA DECIDIDO. JOÃO PEDRO PAIS EM MACAU NO DIA 13

Um mundo portuguêsa cooperação com as associações de matriz portuguesa e destas entre si, oferecendo, em simultâneo, uma imagem moderna e dinâmi-ca de [Portugal]”, explicou Vítor Sereno.

A Macau deslocar-se-á também o psiquiatra português José Gameiro para uma conversa, marcada para 5 de Junho, no IPOR sobre as novas sociabilidades na família, uma pro-posta a propósito do seu livro “Até que o amor nos separe”.

A parte institucional é cumprida a 10 de Junho com as cerimónias a terem início logo pela manhã com o hastear da bandeira portu-guesa no consulado, seguindo-se a romagem à gruta de Camões, no jardim com o mesmo nome, e uma missa, num programa que encerra

com a recepção à comunidade e autoridades locais na Residência de Portugal.

Com o Mundial do Brasil à por-ta e alguns jogos pela madrugada adentro, o apoio à selecção não foi esquecido e as ‘bancadas’ para rece-ber os apoiantes da equipa nacional vão ser montadas no Café Oriente, do Instituto Português do Oriente, uma acção que se quer em festa e pretende juntar o maior número de apoiantes possíveis.

Com vários petiscos em prepa-ração, o IPOR abre portas ao início da madrugada de 17 de Junho para o Portugal/Alemanha, seguindo-se no início de manhã, às 07:00 de 24 de Junho, o Estados Unidos/Portugal, terminando a primeira fase de grupos a 27 de Junho com o Portugal/Gana e portas abertas à 01:00.

Vítor Sereno acrescentou tam-bém que as comemorações do Dia de Portugal em Macau não visam apenas a comunidade portuguesa, mas também “destacar e reforçar o espírito de grande amizade e de cooperação que pautam as relações actuais entre Portugal, a China e a Região Administrativa Especial de Macau”. – Lusa José Gameiro

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20 hoje macau quarta-feira 28.5.2014

Manuel SérgiohARTE

S, L

ETRA

S E

IDEI

AS

SE bem me lembro, sou espec-tador assíduo do futebol portu-guês, desde 1939 até hoje. As mãos de meu pai guiaram-me

até ao Estádio das Salésias e, ao seu lado, assisti à vitória da Académica, so-bre o Benfica, no jogo final da primeira Taça de Portugal. Meu pai nunca me deixou dúvidas, a este respeito: “Foi a primeira vez que te levei ao futebol”. 

Com os meus 81 anos de idade, por entre o vocabulário desbragado da multidão que me rodeava, vi jogar os “cinco violinos” e a equipa do Eusébio e do Coluna e o F.C.Porto de Pedro-to, de Pinto da Costa, de Artur Jorge e de José Mourinho e de André Villas--Boas. Por outro lado, a partir de 1968, fui técnico superior da Direção-Geral da Educação Física e Desportos, do Centro de Medicina Desportiva de Lis-boa e professor do INEF, do ISEF e da FMH. Para além do mais, aprendi mui-to com treinadores de futebol, como José Maria Pedroto, José Mourinho e Jorge Jesus. Hoje, posso acrescentar, sem qualquer receio, que faço com o Jorge Jesus um trabalho interdiscipli-nar. Quero eu dizer: procuro aprender filosofia, com ele, sem ele ensinar-me filosofia e eu ensinar-lhe futebol, sem tocar, ao de leve que seja, na técnica e na tática, específicas do futebol. São, portanto, 46 anos os que levo de estu-do do Desporto em geral e do Futebol em particular. E de aprendizagem con-tínua com “agentes do futebol” de in-contestados méritos.

O JL (Jornal de Letras, Artes e Ideias), de 16 a 29 de Abril de 2014, foi integralmente dedicado aos 40 anos da Revolução dos Cravos. Nesta edição colaboraram alguns dos vultos maiores da nossa cultura. Distingo, entre todos, o Eduardo Lourenço que retoma um tema que bem conhece: “Com o 25 de Abril, Portugal mudou de rosto. Ou antes, conheceu tais mu-danças de ordem estrutural e material, que já não somos o que éramos, há 40 anos”. Manuel Alegre, desportista, poeta, escritor e político, não hesita ao escrever: “Comemorar Abril agora tem que ser um novo ato de libertação cultural e política”. Lídia Jorge (au-

O 25 DE ABRIL E O FUTEBOL PORTUGUÊS

O FUTEBOL PORTUGUÊS BENEFICIOU, COM O 25

DE ABRIL, DE UM MAIOR CUIDADO NA FORMAÇÃO

DE JOGADORES, DO PROFISSIONALISMO E DA VIDA

SINDICAL, DA INDUSTRIALIZAÇÃO DO FUTEBOL E

DOS NOVOS LICENCIADOS EM DESPORTO, PELAS

UNIVERSIDADES DE LISBOA E DO PORTO

dade de Letras de Lisboa e um cora-joso antifascista, refere com amargura: “Sobravam os analfabetos. No ensino primário, a régua e a cana-da-Índia eram instrumentos de trabalho, como o quadro, a ardósia, ou a pena de pen-durar na orelha e molhar no tinteiro. Nas aldeias e vilas, para obter o ensino médio, recorria-se ao estreito corredor do seminário. E o Ensino Superior era para os ricos”.

Reconstituo o que Miguel Real, filósofo e escritor, de uma espantosa erudição, sublinhou acerca da Revo-lução dos Cravos, com este pequeno texto: “É impossível pensar, no dia 25 de Abril de 1974, sem ser possuído por um duplo sentimento: por um lado, o de júbilo, pelas realizações alcança-das, no campo social, no campo urba-

tora de um livro que não se esquece, Os Memoráveis) resume deste modo o que escreveu, neste seu magnífico depoimento: “O 25 de Abril, assim mesmo grafado, como se fosse uma simples data que se apõe a uma assina-tura, mantém na sua sinalética primá-

ria o conceito de uma Revolução que desembocou numa Democracia e só por isso se trata do nosso marco histó-rico mais assinalável, pois que nos deu a Liberdade”. 

O historiador António Borges Co-elho, meu contemporâneo na Facul-

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21 artes, letras e ideiashoje macau quarta-feira 28.5.2014

nístico, no campo da ciência, enfim, em todos os campos que perfazem a totalidade da sociedade portuguesa, que sofreu um dos maiores impulsos de progresso de toda a sua história; por outro e simultaneamente, ser to-talmente inundado por um sentimento de pesar, pelo que se poderia ter ainda realizado, no sentido de uma ética co-munitária e não ser forçado a viver um autêntico regresso civilizacional nos costumes e na organização do Estado a que se assiste actualmente”. Fecho o JL e, sem a pretensão de dogmatizar a minha opinião, junto-me aos que ce-lebram e aplaudem a Revolução anun-ciada pelo Medeiros Ferreira com os três DDD (Descolonizar, Democra-tizar, Desenvolver) – Revolução que deu um rosto novo a Portugal, pela honestidade sem limites dos militares de Abril e pela vontade do povo por-tuguês, saturado do fascismo salaza-rista e caetanista. O futebol português beneficiou, com o 25 de Abril, de um maior cuidado na formação de joga-dores, do profissionalismo e da vida sindical, da industrialização do fute-bol e dos novos licenciados em Des-porto, pelas Universidades de Lisboa e do Porto. 

O espaço de um pequeno artigo não me permite aprofundar o que ao futebol português trouxe a formação dos jovens, lavada a cabo, na Federa-ção Portuguesa de Futebol, por Carlos Queiroz e Nelo Vingada. Mas todos nos lembramos das vitórias nos Mun-diais de Sub-19, em 1989, na Ará-bia Saudita, e de Sub-20, em 1991, em Portugal. Destas seleções, que o Queiroz e o Vingada serviram, defen-deram, dignificaram - saíram, para o futebol senior, jogadores de talento, como o Vítor Baía, Paulo Sousa, João Vieira Pinto, Fernando Couto, Hélio, Paulo Madeira, Figo, Peixe, Abel Xa-vier, Paulo Torres, Jorge Costa, Rui Bento e mais alguns. Entretanto, será de referir que o Carlos Queiroz e o Nelo Vingada são licenciados pelo Instituto Superior de Educação Física da Universidade Técnica de Lisboa (ISEF/UTL) e portanto tendo bene-ficiado do ensino universitário e d o convívio com Manuel Jesualdo Fer-reira e David Monge da Silva (este, na década de 70 do século passado, o único especialista, em Portugal, em treino desportivo). 

Como estou convicto que José Maria Pedroto foi dos primeiros trei-nadores a repensar o futebol, após o 25 de Abril, aqui deixo à sua memória

uma palavra de saudade. Ele condu-ziu-me a questões que, hoje, muitos dos treinadores mais conhecidos não parecem capazes de levantar. “O que lhe parece errado, no treino despor-tivo?”. “Por que diz que não existe Educação Física?”. “Quem foi esse tal Descartes de que tanto fala? Eu ouvi falar dele, no liceu, mas hoje já nem sei quem ele é”. Em Lisboa, no ISEF, e no cérebro de José Maria Pedroto nasceu um treino desportivo novo, em Portugal.

“Hoje, o futebol português, não só a nível de clubes como da equipa nacional, é extremamente respeitado, em todo o mundo. O campeonato português é dos 7 mais competiti-vos da Europa (…) e um dos 10 mais competitivos do mundo. A selecção nacional, por sua vez, é uma das equi-pas mais temidas do globo” (Ricardo Serrado, História do Futebol Portu-guês – do 25 de Abril à actualidade, Prime Books, Lisboa, 2010, p. 403). É português o melhor árbitro do mundo, Pedro Proença. São portugueses Luís Figo e Cristiano Ronaldo, dois dos melhores jogadores da História do Futebol. É português o melhor treina-dor do mundo, o José Mourinho, atual treinador do Chelsea.

Indiscutivelmente, o 25 de Abril foi benéfico ao nosso “desporto-rei”. Há cenários de crise, na vida social e política portuguesa? Os factores de desmoralização encarniçaram-se sobretudo entre a juventude, força-da a emigrar, para não descambar no desemprego? Aos treinadores e aos jogadores portugueses não lhes falta colocação, nos clubes estrangeiros. Contemplei deliciado o futebol do José Travassos, do Rogério (o “Pipi”), do Matateu, do Hernâni (F.C.Porto), do Coluna, do Eusébio, etc., etc. Eram elegantes no estilo e fulgurantes na vivência da cultura táctica das suas equipas. Todos eles escreviam belos trechos de prosa e poesia futebolísti-cas, atendendo à sua linguagem cor-poral de extraordinários jogadores. Mas não tiveram o apoio do que o 25 de Abril trouxe: o progresso técnico e tecnológico, que chegou ao próprio treino desportivo. E, sobre o mais, a organização dos clubes, onde traba-lham especialistas de várias áreas do conhecimento. O 25 de Abril chegou também ao futebol português. Che-gou, ou seja, ainda tem muito que fazer (não sei se digo isto com um ligeiro véu de melancolia a embaciar--me o olhar).

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22 hoje macau quarta-feira 28.5.2014h

HUAI NAN ZI 淮南子 O LIVRO DOS MESTRES DE HUAINAN

Da Paz – 91

Quando a mente não se lamenta nem se delícia, nisso reside a suprema realização da virtude. Ser bem sucedido sem mudar é a suprema realização da calma. Ser livre do peso dos desejos habituais é a suprema realização do vazio. Ser livre de gostos e desgostos é a suprema realização da equanimidade. Não se misturar com as coisas é a suprema realização da pureza.Aqueles que são capazes de atingir estas cinco coisas atingem a iluminação espiritual. Aqueles que atingem a iluminação espiritual, são os que atingem o interior.Assim, quando dominas o exterior através do interior tudo em que te envolves permanece intocado.Se atingires isto interiormente, poderás desenvolvê-lo exteriormente.Quando o atinges interiormente, os teus órgãos internos estão em paz e os teus pensamentos estão calmos; os teus músculo são fortes, os teus olhos e ouvidos estão alerta e são claros. Tens, desse modo, percepções e entendimento nítidos; és firme e forte sem nunca quebrar.Num domínio pequeno não te sentes apertado; num domínio vasto, não és descuidado. A tua alma não se excita; o teu espírito não se perturba. Sereno e altivo, és o mais duro mundo. Sensível e reactivo, quando é necessário te moves, infinitamente calmo e inescrutável.

Da Paz – 92

Percepciona de modo calmo e responde; regressa com firmeza à raiz e te afundarás no Informe.O Informe significa o Uno. O Uno é aquilo que não tem comparação em todo o mundo.Está só, solidamente se mantendo na solidão. Por cima, penetra os mais altos céus; por baixo, penetra as profundezas da terra.É redondo sem ser desenhado por um compasso, é quadrado sem ter saído de uma régua.O grande se funde no uno; o trivial se acumula sem raiz. A porta do Tao engloba o céu e a terra.

* * *

A pura virtude existe só, distribuída sem se exaurir, usada sem ser abusada.Assim, quando a olhas não vês a sua forma; quando a procuras escutar não ouves o seu som; quando a segues, não encontras o seu corpo. É informe, mas nela nascem formas; não tem som, mas todos os sons são feitos nela; não tem sabor, mas nela se formam todos os sabores; é incolor, mas todas as cores são produzidas nela. Por isso, o ser nasce do não-ser; o preenchimento emerge do vazio.

Tradução de Rui Cascais | Ilustração de Rui Rasquinho

Huai Nan Zi (淮南子), O Livro dos Mestres de Huainan foi composto por um conjunto de sábios taoistas na corte de Huainan (actual Província de Anhui), no século II a.C., no decorrer da Dinastia Han do Oeste (206 a.C. a 9 d.C.). Conhecidos como “Os Oito Imortais”, estes sábios destilaram e refinaram o corpo de ensinamentos taoistas já existente (ou seja, o Tao Te Qing e o Chuang Tzu) num só volume, sob o patrocínio e coordenação do lendário Príncipe Liu An de Huainan. A versão portuguesa que aqui se apresenta segue uma selecção de extractos fundamentais, efectuada a partir do texto canónico completo pelo Professor Thomas Cleary e por si traduzida em Taoist Classics, Volume I, Shambhala: Boston, 2003. Estes extractos encontram-se organizados em quatro grupos: “Da Sociedade e do Estado”; “Da Guerra”; “Da Paz” e “Da Sabedoria”. O texto original chinês pode ser consultado na íntegra em www.ctext.org, na secção intitulada “Miscellaneous Schools”.

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23 artes, letras e ideiashoje macau quarta-feira 28.5.2014

A tua alma não se excita; o teu espírito não se perturba.

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25DESPORTOhoje macau quarta-feira 28.5.2014

MARCO [email protected]

V ENCEU com classe a edição de 2013 do Open de Golfe de Macau e já tem o regresso ao terri-

tório acertado. O australiano Scott Hend vai defender em Outubro o título alcançado em 2013 no green do Macau Golf and Country Club. Natural da cidade de Townsville, o atleta de 41 anos alcançou na última temporada, em Coloane, o seu quinto título no âmbito do Circuito Asiático, encerrando uma temporada em grande. Antes de ter triunfado na mais cotada competição de golfe do território, Hend já tinha levado de vencida o Masters de Taiwan e o Chiangmai Golf Classic. Impulsionado pelo sucesso obtido no último Outono em Macau, o golfista prepara-se para regressar ao relvado de Co-loane e diz-se confiante de que a revalidação do título está ao seu alcance: “O ano passado foi um ano absolutamente galáctico para mim, com três triunfos ao longo da temporada. O Open de Macau foi muito provavelmente o momento alto da época, dado que consegui gerir a vantagem que tinha sobre o Ernie Els e vencer por três panca-das. Comecei muito mal, com 74 pancadas, muito abaixo do par mas as três últimas rondas correram-me muito bem e acabei por triunfar”, recorda Scott Hend. “Estou muito entusiasmado por poder defender o título que conquistei em Outubro último. O Open de Macau é um torneio muito atractivo, numa cida-de encantadora e quem lá compete adora. É uma competição em que os principais nomes do Circuito Asiático fazem questão de estar presentes, o que quer dizer que quem compete no Macau Golf and Country Club tem que estar preparado para uma boa luta num relvado exigente”, sustenta o atleta australiano.

Com o triunfo no green de Coloane, Scott Hend encerrou com

Valência quer levar Enzo PérezEnzo Pérez está na mira do Valência para a próxima temporada. A garantia é dada pelo jornal desportivo valenciano “Super Deporte”, que deu esta terça-feira destaque de primeira página ao médio do Benfica. O jogador de 28 anos é uma das prioridades do Valência, que conta para a próxima época com dinheiro fresco do milionário Peter Lim, empresário cujo fundo de investimento é ainda detentor dos direitos económicos de Rodrigo e André Gomes. O “Super Deportes” explica que apesar de o jogador se ter revelado fundamental para o Benfica nos últimos anos, a história recente mostra que nos encarnados não há jogadores intransferíveis, como provam as vendas Witsel, Javi Garcia ou Matic. Enzo Pérez chegou ao Benfica em 2011 mas foi nos últimos dois anos que se assumiu como titular indiscutível dos encarnados. Ao todo, o jogador natural de Mendoza soma 98 jogos e 9 golos marcados de águia ao peito.

OPEN DE GOLFE DE MACAU DISTRIBUI 900 MIL DÓLARES EM PRÉMIOS

Hend regressa para defender o título

A 16ª edição do mais importante certame de golfe a ter o território como palco disputa-se entre 23 e 26 de Outubro no relvado do Macau Golf and Country Club, tido unanimemente como um dos mais exigentes do Circuito Asiático da modalidade

chave de ouro uma época a todos os níveis inesquecível. Para além de alcançar três triunfos ao longo da pretérita temporada, o australiano encerrou o ano de 2013 na segunda posição da Ordem de Mérito do Circuito Asiático e vai regressar à RAEM no Outono como um dos principais candidatos à vitória na prova do território.

Patrocinado pelo terceiro ano consecutivo pela Sands China e pelo Venetian Resort, o Open de Golfe de Macau vai distribuir este ano 900 mil dólares norte-america-nos em prémios. O montante, que equivale a mais de sete milhões de

Yao Ming admite comprar Los Angeles ClippersO antigo basquetebolista chinês dos Houston Rockets Yao Ming, dono dos Shanghai Sharks, admitiu ontem a possibilidade de adquirir a equipa da NBA Los Angeles Clippers, que procuram novo proprietário face à possível expulsão de Donald Sterling. “Hoje em dia os desportos estão globalizados, pelo que tudo é possível, mas de momento não há nada confirmado”, destacou Yao Ming, de 33 anos, em declarações ao diário chinês “China Daily”. O canal desportivo norte-americano ESPN noticiou que várias empresas chinesas lideradas por Yao Ming, que abandonou os pavilhões para encetar uma carreira como empresário, poderiam estar interessadas em comprar a equipa da Califórnia. A NBA está a tentar forçar a saída de Donald Sterling dos Clippers, na sequência da polémica em torno de declarações racistas noticiadas pela imprensa norte-americana. Yao retirou-se do basquetebol em 2011, após oito temporadas nos Houston Rockets.

patacas, é 12,5 % superior à quantia distribuída em Outubro último.

A 16ª edição do mais importante certame de golfe a ter o território como palco disputa-se entre 23 e 26 de Outubro no relvado do Ma-

cau Golf and Country Club, tido unanimemente como um dos mais exigentes do Circuito Asiático da modalidade. Para José Tavares, presidente do Instituto do Desporto, o torneio tem cada vez maior visibi-

lidade fora de portas e o aumento dos prémios distribuídos ajuda a tornar a prova ainda mais apetecida: “Todas as entidades envolvidas estão na organização da prova estão muito sa-tisfeitas com o crescimento do Open de Golfe de Macau. O certame está cada vez mais forte e mais apetecido e estou certo que o reforço do montante dos prémios distribuídos vai atrair mais atletas e tornar o torneio mais competitivo.”

Patrocinado pelo Venitian Ma-cau, o Open de Golfe do território é co-organizado pelo Instituto do Desporto e pela Associação de Golfe de Macau.

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26 hoje macau quarta-feira 28.5.2014(F)UTILIDADES

Pu Yi

LÍNGUADE gATO

João Corvofonte da inveja

TEMPO AGUACEIROS OCASIONAIS MIN 27 MAX 32 HUM 70-95% • EURO 10.8 BAHT 0.2 YUAN 1.2

ACONTECEU HOJE 28 DE MAIO

Golpe de estado abre caminho à implantação do Estado Novo• Corria o ano de 1926 quando, a 28 de Maio, um golpe de estado leva à queda da I República Portuguesa e abre caminho à implantação do Estado Novo. Também neste dia, em 1588, dá-se a derrota da... Armada Invencível. Hoje é dia de recordar um facto incontornável da História de Portugal: a Revolução de 28 de Maio de 1926, que marca o início da implantação do Estado Novo.Esta Revolução Nacional, de cariz nacionalista e anti--parlamentar, provocou a queda da I República Portuguesa, que fora implantada a 5 de Outubro de 1910 e que deu sempre sinais de instabilidade e progressiva degradação das instituições.O golpe de Estado de 28 de Maio abre caminho à im-plantação da Ditadura Militar (mais tarde denominada ‘Ditadura Nacional’) e ao Estado Novo, após a aprovação da Constituição de 1933. Este regime manteve-se no poder em Portugal até ao 25 de Abril de 1974.A Ditadura Militar surge após um cenário de crise da República, com um aumento do sentimento de inseguran-ça, instabilidade política, com atentados bombistas em catadupa, manifestações violência, confrontos e revolta de correntes anarco-sindicalistas.Neste 28 de Maio, assinala-se a data tradicional do eclipse previsto por Tales de Mileto, considerado por muitos a data de fundação da Filosofia ocidental, em 585 antes de Cristo.Também neste dia, recorda-se a derrota da... Armada Invencível – composta por 130 navios e 30 mil homens – que em 1588 partiu de Lisboa rumo ao Canal da Mancha, por ordem do rei de Espanha, com o objectivo de invadir Inglaterra.Filipe II pretendia acabar com o domínio inglês na Holanda e queria também reafirmar a hegemonia na guerra nos mares. No entanto, os ingleses travaram os intentos do monarca e obrigaram a Armada a regressar.E nessa viagem de regresso, cerca de metade dos barcos perderam-se nos maré, no que representou a mais humi-lhante derrota da Coroa espanhola e, em contraponto, um reforço do domínio britânico.

Estamos mortos a maior parte do tempo que vivemos.

M-a-r-a-v-i-l-h-o-s-oFinalmente. Finalmente Macau abriu os olhos, a população saiu à rua e fez ouvir a sua voz. Finalmente, a força da população fez alguma coisa mudar, ainda que apenas um bocadinho. Como gato que sou, estou contente pelos humanos que saíram à rua contra o Regime de Garantias. A manifestação de ontem foi algo que me encheu de coração. Fez história e infelizmente descrevê-la não é suficiente. Felizmente, os média não dormem e a população também não. Mesmo depois de ver deputados votados pela população fazer o contrário do prometido depois de conseguirem o que queriam – rabinho sentado na AL -, foi maravilhoso ver a forma como as pessoas se juntaram contra algo que acreditam que não é justo, nem imparcial. Mais disto é preciso. Mais união, mais força, para derrubar o que não está bem e provar que Macau também caminha para o merecimento de se ver um sufrágio universal – pelo menos um bocadinho. É que os de ontem não se manifestaram por causa de uma tigela de arroz. Não, eles foram lá por acreditarem no que defendiam e quando lhes questionavam o que estavam lá a fazer, sabiam responder. Ao contrário dos conterrâneos de Mak Soi Kun, que marcharam a favor nem sabem de quê e em que, afinal, não acreditavam. Precisamos mais disto, tiro-vos o chapéu e obrigado por me terem posto com o pêlo eriçado. Agora, Governo, está nas vossas mãos.

C I N E M ACineteatro

SALA 1X-MEN: DAYSOF FUTURE PAST [B]Um filme de: Bryan SingerCom: Patrick Stewart, Ian McKellen, Hugh Jackman, James McAvoy14.30, 16.45, 21.30

X-MEN: DAYSOF FUTURE PAST [3D] [B]Um filme de: Bryan SingerCom: Patrick Stewart, Ian McKellen, Hugh Jackman, James McAvoy19.15

SALA 2 GODZILLA [B]Um filme de: Gareth EdwardsCom: Aaron Taylor-Johnson, Ken Watanabe, Elizabeth Olsen14.30, 16.45, 21.30

GODZILLA [3D] [B]Um filme de: Gareth EdwardsCom: Aaron Taylor-Johnson, Ken Watanabe, Elizabeth Olsen19.15

SALA 3THE AMAZINGSPIDER-MAN 2 [B]Um filme de: Marc WebbCom: A. Garfield, E. Stone, J. Foxx, D. DeHaan14.15, 19.15

THE ETERNAL ZERO [C](FALADO EM JAPONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS)Um filme de: Takashi YamazakiCom: Junichi Okada, Haruma Miura, Mao Inoue16.45, 21.45

X-MEN: DAYS OF FUTURE PAST

Juntar Scarlett Johansson, Javier Bardem e Penélope Cruz na mesma película só podia dar em duas coisas: momentos loucos e cheios de sensualidade. ‘Vicky Cristina Barcelona’ é um filme leve, ao estilo das comédias românticas, com uma mistura de um pouquinho de drama. Duas amigas - Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) – viajam juntas para Barcelona e rendem-se aos encantos da Europa e dos homens europeus. Apesar de viverem a vida de forma bem diferente, apaixonam-se as duas pelo mesmo homem, Juan Antonio (Javier Bardem). Mas, a aventura de uma delas com o sensual latino, vem acompanhada de muitas chatices. Maria Elena (Penélope Cruz) é ex-mulher de Juan, doida, apaixonada e muito, muito intensa. Um fim-de-semana em Oviedo muda o rumo destas vidas, com muitas surpesas à mistura. ‘Vicky Cristina Barcelona’ é um filme muito bem feito e apresenta Penélope Cruz num dos seus melhores papéis. - Joana Freitas

H O J E H Á F I L M EVICKY CRISTINA BARCELONA

(WOODY ALLEN, 2008)

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hoje macau quarta-feira 28.5.2014

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Redacção Joana Freitas (Coordenadora); Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; José C. Mendes; Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Agnes Lam; Arnaldo Gonçalves; Correia Marques; David Chan; Fernando Eloy ; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau Pineda; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

27OPINIÃO

Quem prende a água que correÉ por si próprio enganado:O ribeirinho não morre, Vai correr por outro lado.

António Aleixo, poeta popular português (1899-1949)

A SSIM mesmo, o Mundo é feito de eternas mudanças. E elas (as mudanças) estão aí, lá fora e aqui. Ainda que muitas vezes sejam pouco perceptíveis ou teimemos em não as querer ver. E, o pior cego, é aquele que não quer ver, por ganância ou por soberba.

Muitas vezes, o germe da mudança das estruturas mentais que conduzem à acção está latente, adormecido, bastando uma pe-quena faísca para que o fogo social e político ganhe proporções dificilmente controláveis.

Atente-se no caso do Brasil, país que até atravessa uma fase de desenvolvimento económico e de melhorias sociais, com a saída de dezenas de milhões de pessoas da pobreza extrema, mas que, face a avulta-das despesas do Estado relacionadas com a realização próxima do Campeonato do Mundo de Futebol, comparadas com as enormes carências da população em termos de habitação, de transportes públicos, de saúde e de educação, activaram o rastilho da contestação e da violência de rua protestando contra o malbaratamento de dinheiros públi-cos em obras sumptuosas, em detrimento do investimento na satisfação das necessidades básicas das gentes desfavorecidas.

A ganância e a soberbaa pal içadaCORREIA MARQUES

Pare-se para pensar nos resultados das eleições europeias e na penalização dos par-tidos de governo responsáveis pelas políticas de austeridade que endeusam os negócios e os mercados financeiros e olvidam as pessoas e o seu bem-estar social, com o consequente e perigoso nível de abstenção que ronda os 60% no global da União Europeia, sendo nalguns casos superior, como em Portugal, com mais de 66%. E no incremento dos ex-tremismos políticos de má memória, sejam eles de direita ou de esquerda.

E tudo isto acontece porque a ganância sem limites leva a uma cada vez maior concentração da riqueza nas mãos de uns poucos e ao aumento do fosso entre ricos e pobres, e a soberba, ou seja, a altivez, a arrogância, a vaidade, o orgulho, e os

interesses de alguns políticos os levam a viver em redomas de vidro, sem qualquer ligação ao povo. Só que ninguém é capaz de enganar toda a gente durante todo o tempo do mundo, pelo que, mais cedo ou

mais tarde, as consciências despertam e, chegados aí, ou os políticos conseguem conter (através do diálogo e de políticas sociais justas e solidárias, e não da repressão ou do embuste) o descontentamento, ou os regimes desmoronam-se, de forma mais ou menos violenta.

Posto isto, e porque sou cidadão pleno de Macau, não podia deixar de reflectir sobre a manifestação do passado domingo, sem dúvida a maior depois da passagem de Macau a Região Administrativa Espe-cial de Macau da República Popular da China. E, na minha modesta opinião, a discussão de determinada lei foi apenas o rastilho, o pretexto que faltava, para que o descontentamento tenha descido à rua. Descontentamento esse vindo, em grande parte, dos jovens, o que é caso para nos preocuparmos, porque o futuro é deles, inexoravelmente. E pensarmos se é ou não verdade que, apesar do crescimento do PIB, algumas pessoas da classe média vivem pior do que antigamente; se aumentou ou não a injustiça social; se a política baseada nas associações tradicionais continua a ser geradora de harmonia social e se os jovens se revêem nelas; se não será preciso mudar algumas das políticas sociais, sobretudo no que respeita ao magno problema da habi-tação e da saúde e ao controlo da inflação?

Isto porque Macau não é feita apenas de casinos e de turistas. Em Macau vivem pessoas que aqui nasceram, ou que para cá vieram em busca de melhor vida, e que daqui não querem ser obrigadas a sair!

Este artigo é escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

“E, na minha modesta opinião, a discussão de determinada lei foi apenas o rastilho, o pretexto que faltava, para que o descontentamento tenha descido à rua”

HOJE

MAC

AU

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO N.o 7/P/14

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 9 de Maio de 2014, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento de Vacina Contra a Gripe Sazonal aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 28 de Maio de 2014, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de $ 68,00 (sessenta e oito patacas), a títu-ítu-tu-lo de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria destes Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo). As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 16 de Junho de 2014. O acto público deste concurso terá lugar no dia 17 de Junho de 2014, pelas 10,00 horas, na sala do «Museu» situada junto ao C.H.C.S.J. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de $ 15,800.00 (quinze mil e oitocentas patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Servi-ção de Tesouraria destes Servi- Tesouraria destes Servi-ços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 21 de Maio de 2014

O Director dos Serviços, SubstitutoChan Wai Sin

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hoje macau quarta-feira 28.5.2014

Mundial Japão vence Chipre por 1-0 em particularO Japão venceu ontem o Chipre por 1-0, em jogo particular de preparação dos nipónicos para o Mundial2014 de futebol, que começa a 12 de Junho, no Brasil. O único golo do encontro, disputado no Saitama Stadium, foi marcado por Atsuto Uchida, a dois minutos do intervalo. O Japão integra o Grupo C da primeira fase do Mundial2014, juntamente com Grécia, treinada por Fernando Santos, Colômbia e Costa do Marfim. A estreia do Japão na prova está marcada para 14 de Junho, com a Costa do Marfim, na Arena Pernambuco, no Recife.

Droga Aumentam emergências médicas pelo consumo cannabisA cannabis vendida nas ruas é cada vez mais potente devido às inovações introduzidas na produção desta planta e as emergências médicas relacionadas com o seu consumo estão a aumentar, revela o relatório europeu sobre drogas, ontem divulgado. As novidades observadas no mercado de cannabis na Europa são uma das principais preocupações apontadas este ano pela agência europeia de monitorização do fenómeno da droga (EMCDDA). Especialistas alertam que as drogas actualmente consumidas na Europa são «mais prejudiciais para a saúde» do que eram no passado e que há indícios de que a potência da cannabis vendida nas ruas esteja a aumentar, devido a alterações introduzidas na sua produção.

EUA Casa Branca revela identidade de espião por engano O principal espião dos EUA foi desmascarado pela própria Casa Branca num e-mail enviado a cerca de 6 mil jornalistas. O nome do agente da CIA em Cabul foi enviado numa lista de oficiais que iriam encontrar-se com o Presidente norte-americano durante a sua visita surpresa ao Afeganistão, no fim-de-semana. O nome foi detectado pelo The Washington Post, que alertou a Casa Branca. Esta, por sua vez, apressou-se a retirar o nome da lista e a redistribuir a nova versão pela imprensa. O agente em questão é o principal operacional dos serviços secretos norte-americanos no Afeganistão, responsável pela recolha de informação e pelo programa de drones.

PS António Costa disponível para a liderança O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, anunciou ontem que está disponível para avançar para a liderança do PS e disse que esta quarta-feira se reunirá com o secretário-geral do partido, António José Seguro. “Estou disponível para tudo e falarei amanhã [quarta-feira] com o secretário-geral. Estou disponível, não quero que haja qualquer tabu, qualquer equívoco, eu estou disponível para assumir as minhas responsabilidades”, disse António Costa. Em declarações aos jornalistas no final de uma cerimónia na Ribeira das Naus, em Lisboa, o actual presidente da câmara lisboeta defendeu que “Portugal precisa de uma solução de governo forte que garanta a mudança”.

Nasa Concurso para escolher melhor foto da LuaEm comemoração dos cinco anos de actividade da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), a Nasa está a promover uma campanha pela Internet para escolher a foto que será a capa de um álbum em homenagem à Lua. Pela Internet, a agência espacial pede que o público vote numa de cinco fotos que foram tiradas pela LRO, que desde 2009 regista imagens do satélite natural da Terra. A votação vai até sexta-feira, 6 de Junho, e a imagem vencedora será anunciada no dia 18, quando se completam os cinco anos desde que a LRO está no espaço. O seu lançamento, na verdade, ocorreu a 18 de Junho de 2009, mas ela está em funcionamento desde 23 de Junho daquele ano. Depois será lançado um álbum intitulado «The Moon as Art», com 24 fotos.

cartoonpor Stephff

O novo primeiro--ministro indiano, Narendra Modi, pediu ontem ao seu

homólogo do Paquistão, Nawaz Sharif, que impeça os “ataques terroristas” contra a Índia orga-nizados em solo paquistanês, anunciou o ministério do Negó-cios Estrangeiros indiano.

Modi pediu ao seu homólogo para “respeitar o seu compro-misso de impedir que o seu território seja utilizado para organizar ataques terroristas contra a Índia”, informou o se-cretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Sujatha Singh.

As duas autoridades encon-traram-se ontem durante 50 mi-nutos em Nova Deli, para tentar reanimar o diálogo entre os dois países, que esteve paralisado des-de os atentados em Bombaim em 2008, atribuídos pela Índia a is-lâmicos paquistaneses armados.

Narendra Modi tomou a ini-ciativa de convidar Sharif para a sua posse na segunda-feira à noite, na capital indiana.

“Queremos relações pací-ficas e amigáveis com o Pa-quistão, mas para atingir tais relações, é importante colocar fim à violência e ao terror”, acrescentou o secretário de Estado indiano.

“Discutimos sobre as trocas comerciais e constatámos que

estamos prontos para norma-lizar as relações económicas e comerciais”, disse o mesmo responsável, acrescentando que os dois dirigentes referiram que isso deve ser feito “o mais rápido possível”.

A Índia e o Paquistão – ex--território colonial britânico - já travaram três guerras desde a independência e a sua divisão em 1947. A desconfiança permanece entre os dois países, apesar da ligeira melhoria nas relações desde o fim do mandato do an-terior primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh.

Os dois governantes reuniram-sedurante cerca de 50 minutos numa tentativa de reanimar as conversações paralisadas desde 2008

ÍNDIA PM PEDE A HOMÓLOGO PAQUISTANÊS QUE IMPEÇA ATAQUES

Regresso ao diálogo

A EXTREMA DIREITA GANHA NA EUROPA