diário do comércio 16/07/2014

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Página 4 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 1 6 4 São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2014 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.164 R$ 1,40 Índia na direção do Banco dos Brics O governo brasileiro perdeu. Após dura negociação, ficou acertado que um indiano presidirá o banco de desenvolvimento criado pelos cinco países. Pág. 11 Mikhail Klimenty/EFE O senhor Comerciante faz hoje 258 anos Visconde de Cayru se tornou o Patrono do Comércio por inspirar D. João VI a abrir os portos, em 1808, e por defender a economia de mercado já em 1801. O aniversário, hoje, tem a marca da Copa, que reduziu os negócios. Especial, nesta edição. Francal começa com o pé direito Fabricantes de calçados apostam em coleção de cores vibrantes e mostram como recuperar as vendas. Pág. 13 Paulo Pampolin/Hype "Klift, Kloft, Still, a porta se abriu." Sets do premiado programa que encanta gerações desde 1994 estão expostos no MIS. Pág.9 Rá-Tim- Bum: este castelo será seu. Fábio H. Mendes/Hype Hamas condena cessar-fogo ao fracasso e Israel reage Tensão volta a Gaza, com avanço do exército israelense (foto). Palestinos lançaram 76 foguetes e fizeram uma vítima civil. Pág.7 Nir Elias/Reuters Em sabatina na Folha, o candidato do PSB poupou Lula. Pág.5 Dilma entregará o país pior do que recebeu, diz Campos. Paulo Vitor/Estadão Conteúdo Carla Carniel/Estadão Conteúdo Sebastião Moreira/EFE FHC rebate ataque do sucessor, cita a falta de explicação para o Mensalão e propõe união contra "o que de malfeito há na vida política". Pág.5 'Para se defender, Lula ataca. Jamais se explica.' Página 15 Caos aéreo: empresas, Anac e Infraero culpadas.

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Ano 91 - Nº 24.164 - São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2014

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Page 1: Diário do Comércio 16/07/2014

Página 4

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24164

São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2014Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.164R$ 1,40

Índia nadireção do

Bancodos Brics

O governo brasileiro perdeu.Após dura negociação, ficou

acertado que um indianopresidirá o banco de

desenvolvimento criado peloscinco países. Pág. 11

Mikhail Klimenty/EFE

O senhorComerciante

faz hoje258 anos

Visconde de Cayru se tornou oPatrono do Comércio por

inspirar D. João VI a abrir osportos, em 1808, e por defendera economia de mercado já em

1801. O aniversário, hoje, tem amarca da Copa, que reduziu osnegócios. Especial, nesta edição.

Francal começa com o pé direitoFabricantes de calçados apostam em coleção de coresvibrantes e mostram como recuperar as vendas. P á g. 13

Paul

o Pa

mpo

lin/H

ype

"Klift, Kloft, Still, aporta se abriu." Sets do

premiado programaque encanta gerações

desde 1994 estãoexpostos no MIS. Pág. 9

Rá-Tim-Bum: este

casteloserá seu.

Fábio H. Mendes/Hype

Hamas condenacessar-fogo ao fracasso

e Israel reageTensão volta a Gaza, com avanço do exército

israelense (foto). Palestinos lançaram 76foguetes e fizeram uma vítima civil. Pág. 7

Nir Elias/Reuters

Em sabatina na Folha, o candidatodo PSB poupou Lula. Pág. 5

Dilma entregaráo país pior doque recebeu,diz Campos.

Paulo Vitor/Estadão Conteúdo Carla Carniel/Estadão ConteúdoSebastião Moreira/EFE

FHC rebate ataque do sucessor, citaa falta de explicação para o Mensalãoe propõe união contra "o que demalfeito há na vida política". Pág. 5

'Para se defender,Lula ataca.Jamais se explica.'

Página 15

Caos aéreo:empresas, Anac eInfraero culpadas.

Page 2: Diário do Comércio 16/07/2014

2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 16 de julho de 2014

PROTECIONISMODE S N E C E S S Á R I O

Há três fontes de onde emanam orientações: do Palácio do Planalto, do Instituto Lula e do comando da campanha.José Márcio Mendonça

OS TRÊSPARTIDOS

Papel de Lula no processoeleitoral será crucial, como eloentre as várias correntes

que disputam a hegemonia dacampanha. Lula é a única

unanimidade no governismo.

Já temos bons

vinhos, mas

caros, devido à

carga fiscal.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

Aconfusão causada

por um post publica-

do no s i t e "Muda

Mais", um dos que

sustentam a campanha da

presidente Dilma Rousseff na

internet, criticando a CBF e os

seus afins, expôs as divisões

internas que cercam a corrida

pela reeleição presidencial –e

tornam ainda mais crucial o

papel que o ex-presidente Lu-

la precisará ter em todo o pro-

cesso eleitoral.

E não será apenas como o

"maior eleitor do País" – ma s

também como o elo entre as

várias correntes que dispu-

tam a hegemonia da campa-

nha e, depois, uma maior in-

fluência no governo caso Dil-

ma venha a ser reeleita. Lula é

a única unanimidade no go-

vernismo. Nem Dilma é.

Sabe-se que existem, na

verdade, três partidos

no grupo governista:

(1) O Partido do Lula. Reúne,

além do PT em peso, os parti-

dos aliados e os grupos em-

presariais saudosos dos tem-

pos do ex-presidente e nada

felizes com as ações da presi-

dente Dilma Rousseff. De lon-

ge, é o mais numeroso, e o úni-

co que, de fato, tem condições

de assegurar a reeleição. O

grupo tem Dilma como candi-

data, mas seu sonho era ter

Lula nas urnas. Este partido é

chave também para 2018.

(2) O PT propriamente dito,

e que está dividido: uma parte

dele vai apoiar a a reeleição

porque precisa manter o po-

der, e não exatamente pela

candidatura Dilma; outra par-

te, porém, está convictamen-

te com a presidente. Não se

sabe exatamente o tamanho

das duas facções.

(3) O Partido de Dilma – é o

menos expressivo, somando

parte dos petistas, alguns alia-

dos esparsos de outros parti-

dos e os ministros e auxiliares

de escalão superior que ela es-

colheu e que mais prestigia.

Cada um tem uma linha e

um objetivo e o que os une é a

necessidade de manter

o comando do Palácio

do Planalto. O que os se-

para é o que ter e o que

fazer depois de 2015.

Mais o que ter, na verda-

de, do que o que fazer. E o

jogo interno é a ocupação

de espaços para assegurar

influências e benefícios futu-

ros – influência nas políticas do

futuro governo e benefícios

em cargos.

Ahistória do post contra a

CBF, não ainda total-

mente esclarecida, é

um lance nesse jogo. Depois

da publicação, auxiliares da

presidente, falando em nome

dela, pediram a retirada do

texto. Franklin Martins, o res-

ponsável pela comunicação

da campanha e pelo site, recu-

sou-se a fazê-lo. Uma versão

diz que ele e a presidente te-

riam conversado sobre o tema

– informação não confirmada.

Afirma-se mesmo que Fran-

klin Martins teria ameaçado

abandonar o posto, mas foi

convencido a ficar por Lula e

por Rui Falcão, o presidente do

PT. O partido desmente que te-

nha havido uma crise. A verda-

de, entretanto, é que o mal es-

tar é grande.

Martins foi ministro de

Lula, é muito próximo

do ex-presidente e

não teve espaço no governo

Dilma. Nem conseguiu que ela

encampasse o seu maior pro-

jeto, pelo qual trabalhou com

afinco no governo Lula: o con-

trole social da mídia. Por orien-

tação da presidente, o minis-

tro das Comunicações, Paulo

Bernardo, encampou a pro-

posta. Esta chegou até ser in-

cluída no esboço do programa

reeleitoral de Dilma, mas foi

retirada antes do registro ofi-

cial no TSE.

Oex-ministro foi para a

campanha na cota "lu-

lista". São conversas

corriqueiras em Brasília suas

divergências com o marque-

teiro da campanha, João San-

tana, que dá a palavra final so-

bre toda a estratégia de comu-

nicação e marketing da elei-

ção e tem até influência nas

políticas de governo.

Muitas decisões passam pe-

lo crivo de Santana, para sa-

ber qual o seu grau de impopu-

laridade. Sabe-se que ambos

divergem sobre o tom da ser

adotado: Martins é mais pelo

"bateu, levou", enquanto San-

tana adota mais o estilo "paz e

amor". Dilma, às vezes, bate,

mas normalmente segue mais

a linha do marqueteiro.

Essas divergências po-

dem se acentuar duran-

te a campanha, se Dil-

ma não começar a recuperar

sua popularidade e sinais de

risco começaram a aparecer.

Há três fontes de onde ema-

nam orientações: do Palácio

do Planalto, do Instituto Lula e

do comando da campanha.

Não há um fio condutor en-

tre os três. Foi talvez por esta

razão que a presidente che-

gou a sugerir a Lula que ele as-

sumisse o comando formal da

reeleição. Lula tem outros pla-

nos – e projetos futuros – e não

quis, porque pretende ficar

mais solto para montar o seu

próprio esquema.

Contudo, Lula vai ter de pe-

gar esta rédea, de fato, formal

ou informalmente, para botar

a casa em ordem. A desunião

pode comprometer o projeto

de agora e, mais ainda, o de

2018, no qual Lula está jogan-

do todas as suas fichas.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

É J O R N A L I S TA E

A N A L I S TA POLÍTICO

ARISTÓTELES

DRUMMOND

No mesmo

momento em

que as lideranças

empresariais se

empenham na defesa

de um melhor ambiente

de negócios no Brasil,

de incutir um pouco de

otimismo nos

empreendedores e

consumidores, de manter

a confiança numa

economia mais aberta,

com menos impostos e

maior base de

contribuintes, tem gente

que ainda defende

barreiras protecionistas.

Assim apequenam a

chance de um

empresariado moderno,

ágil, que vem

conquistando com

sacrifício prestígio e

qualidade ao que é

produzido no País.

O que o empreendedor

pede é bem pouco. Ele

quer apenas respeito aos

contratos, impostos

justos e cobrados de

todos, sem ilhas de

contemplados eventuais.

Quer ainda uma reforma

trabalhista que estimule

o emprego e favoreça as

relações de emprego,

dentro da tradição do

Brasil, de harmonia entre

capital e trabalho. Enfim,

segurança para investir e

para trabalhar.

Contudo, em pleno

século 21, ainda há

quem peça mais

proteção, que insiste em

estimular uma postura

policial – por exemplo, na

revista de bagagem do

brasileiro que viaja ao

exterior. Se o nosso

turista tem

viajado

cada vez

mais, é

devido aos

p re ç o s

abusivos

i n t e rn o s ,

tanto na

hotelaria

como

nos

re s t a u r a n t e s .

E se ele

está

comprando mais lá fora é

também pelos preços

aqui cobrados, como

demonstrou a temporada

de turistas que vieram

para cá na Copa do

M u n d o.

Mesmo com uma

moda de prestígio,

boa qualidade de

produtos, o comércio não

chegou a se beneficiar

com estes consumidores.

E mais: produtos

alimentícios de marcas

internacionais que estão

nas prateleiras de nossos

supermercados são

barrados pela

Agricultura, nos

aeroportos, por razões de

"natureza sanitária",

numa manifestação de

intolerância

subdesenvolvida.

A carga fiscal daqui

retira a competitividade

de nosso comércio e nem

se pensa na implantação

de um sistema

semelhante ao

consagrado na União

Europeia, de descontos

para turistas. Lá, o

desconto é em média de

15% e cada vez menos

b u ro c r a t i z a d o.

O mundo moderno é o

da competição, do

melhor preço, da

qualidade. País que não

se enquadrar na boa

gestão, seja financeira,

seja na engenharia de

produção ou de custos

financeiros e fiscais, terá

de se contentar com a

venda de produtos

primários, como vem

a c o n t e c e n d o.

Até o café expresso em

cápsulas, hoje com a

patente remida da

principal fornecedora de

máquinas, a Nestlé, vem

de fora. O nosso café

atravessa o Atlântico em

saca e volta em cápsula.

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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Fundado em 1º de julho de 1924

Todos sabem que já

temos vinho de alta

qualidade – só que a

preços abusivos, com

uma carga fiscal

i m p re s s i o n a n t e ,

dispensada aos produtos

provenientes do

Mercosul. Mas nada é

feito, para desespero de

produtores e de

parlamentares ligados ao

agronegócio, como os

gaúchos Afonso Hamm e

Luiz Carlos Henze, roucos

de tanto clamarem por

uma atenção à nossa

viticultura.

ARISTÓTELES DRU M M O N D É

J O R N A L I S TA E VICE-PRESIDENTE

DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL

DO RIO DE JA N E I RO

SXC

SXC

Page 3: Diário do Comércio 16/07/2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

Herdando dívidasNEM SEMPRE A HERANÇA É UMA SORTE : E LA PODE V IR ATRELADA A D ÍV IDAS .

Alguém tem de seresponsabilizar pela abertura

do inventário. E sãoos herdeiros necessários dofalecido que devem tomar asprimeiras providências.

IVONE ZEGER

Entre os desafios que a

vida impõe e do qual

ninguém escapa está

a morte de entes pró-

ximos. Na maioria das vezes,

as pessoas deixam bens ape-

nas afetivos – como fotos, li-

vros e discos – ou patrimônios

que podem resolver a vida fi-

nanceira da família por três

gerações. Em artigo recente,

abordamos aspectos das leis

de sucessão e herança quanto

às chances de alguém se tor-

nar herdeiro, apontando as

falsas expectativas.

Não estando na linha suces-

sória, tampouco citado em

testamento, ser herdeiro é im-

possível. Por outro lado, há si-

tuações nas quais é melhor se-

quer ter o nome mencionado.

Quando há patrimônio, não é

raro que os parentes tenham a

maior boa vontade em telefo-

nar, se colocar à disposição

para "ajudar com os papéis".

Mas se rumores na família dão

conta de que há dívidas, al-

guém aparece?

Alguém tem de se res-

ponsabilizar pela aber-

tura do inventário. E

são os herdeiros necessários

do falecido – filhos, netos ou

bisnetos ou ainda, na falta

destes, os pais, avós ou bisa-

vós; e o cônjuge – que devem

tomar as primeiras providên-

cias. É verdade: há quem mor-

ra e não tenha descendentes

nem ascendentes, tampouco

cônjuge ou companheiro. Daí,

realmente, são os demais pa-

rentes que devem dar conta

do recado.

Não é fácil encarar uma he-

rança que se configura em dí-

vidas, mas paciência e inte-

resse podem resolver. Veja-

mos um exemplo:

Quatro filhos, todos forma-

dos; cinco netos, um casa-

mento de 32 anos marcado

por uma parceria feliz. Aos 62

anos, Rogério era proprietário

de uma empresa de transpor-

tes de médio porte, consolida-

da no mercado. Ele assumiu o

empreendimento ainda rapaz

e com ele constituiu a base fi-

nanceira para o sustento da

família. Dois imóveis pagos,

um sua residência. O outro era

uma casa na praia. Tinha ain-

da recursos aplicados em pou-

pança e ações, entendendo

que, dessa forma, assegurava

sua velhice e a da esposa.

Tudo ia bem até sentir

uma dor no estômago

que o levou ao hospital.

Apesar dos esforços dos médi-

cos, Rogério faleceu.

Quinze dias após sua morte,

a família se reuniu para discu-

tir a situação da empresa e dos

imóveis e dar andamento às

questões legais. A princípio,

parecia não haver motivo para

preocupações. Nenhum dos

filhos, tampouco a esposa, ti-

nham funções na empresa,

que poderia ser vendida; já ha-

via até interessados.

Os filhos entendiam que a

venda asseguraria a tranquili-

dade de vida para a mãe e ain-

da poderiam obter uma quan-

tia razoável para capitalizar

seus próprios empreendimen-

tos: a compra de um aparta-

mento, um MBA nos EUA ou

aplicar a herança.

Para a reunião, foi chamado

o gerente da empresa, braço

direito de Rogério nos negó-

cios. Aí a surpresa: a empresa

estava apinhada de dívidas,

contraídas nos últimos anos,

para aumento da frota.

Os empréstimos não se-

riam problema se o cai-

xa da empresa os com-

portasse, mas Rogério faleceu

num momento delicado, em

que sua presença diante dos

gerentes de banco valia mais

do que a conta bancária da

e m p re s a .

Para além de bancos, havia

também credores entre os for-

necedores. O gerente trouxe

ainda o carnê de IPTU da casa

na praia. Com as dificuldades

financeiras, Rogério deixara

acumular diversas presta-

ções. E agora?

Alei entende que o faleci-

mento de uma pessoa

não infere na extinção

de suas dívidas, que passam,

então, a ser de responsabili-

dade dos herdeiros. Obvia-

mente, se é possível herdar

patrimônio e direitos, também

se herdam obrigações e dívi-

das. Um herdeiro não será res-

ponsável por uma dív ida

maior do que suas posses,

mas também não será benefi-

ciado com qualquer quinhão

antes de acertar a situação

EST Á NA HORA DE LIMPAR A SUJEIRA

O povo brasileiro

precisa mudar sua

mentalidade, o que só

virá pela educação.

E é justamente nesse

aspecto que estamos

séculos atrasados.

Precisamos começar a

limpar a nossa sujeira.

PAULO SAAB

com os credores.

No caso acima, nem tudo

estava perdido. Não só os bens

da empresa – p ri n c i p a l m e n t e

a frota de carros –, eram a sal-

vaguarda da situação. Com

décadas de atuação no mer-

cado, a existência de clientes

fiéis e a ética financeira de Ro-

gério foram igualmente im-

portantes nesse momento.

De imediato, o advogado

avisou: a casa já quitada onde

reside a esposa do falecido,

por ser o único imóvel com es-

sa finalidade, não poderia ser

utilizado para pagamento de

qualquer dívida. Ele estava se

referindo ao artigo 1º da lei nº

8.009/1990, que diz: "o imóvel

residencial próprio do casal ou

da entidade familiar é impe-

nhorável e não responderá

por qualquer tipo de dívida ci-

vil, comercial, fiscal, previ-

denciária ou de outra nature-

za, contraída pelos cônjuges

ou pelos pais ou filhos que se-

jam seus proprietários e nele

re s i d a m " .

Com a moradia da mãe as-

segurada, os filhos queriam

saldar todas as pendências e

iniciaram o processo de suces-

são com a abertura do inven-

tário. Eles mesmos informa-

ram aos credores a abertura

do inventário. Como dita a lei,

os credores habilitaram-se, ou

seja, foram incluídos no inven-

tário dos bens deixados pelo

falecido. Essa habilitação se

dá por meio de uma petição

apresentada ao juiz responsá-

vel, contendo a documenta-

ção que comprova a dívida.

Odinheiro aplicado em

poupança e ações, so-

mado à venda de parte

da frota de veículos foi sufi-

ciente para pagar as dívidas.

Como a empresa continuasse

em pé e com boas possibilida-

des de reerguer-se – o ponto

era bom, a marca idônea, a

clientela formada –, o gerente

resolveu continuar com o ne-

gócio. Para isso, deveria ob-

viamente comprar a empresa.

Ofereceu a quitação das pres-

tações do IPTU da casa da

praia, que estava prestes a ser

leiloada, e o pagamento de um

valor mensal, por cinco anos.

A família fechou negócio.

É certo que não sobrou di-

nheiro para facilitar a vida de

ninguém. Mas os filhos de Ro-

gério, todos encaminhados na

vida, já tinham aprendido com

o pai que o maior patrimônio

de uma pessoa é seu modo de

agir no mundo.

IVO N E ZEGER É A DVO G A DA

E S P E C I A L I S TA EM DI R E I TO

DE FAMÍLIA E SU C E S S Ã O, ME M B RO

EF E T I VO DA COMISSÃO DE DI R E I TO

DE FAMÍLIA DA OAB-SP, AU TO R A

DE “HERANÇA: PE R G U N TA S

E RE S P O S TA S ” E “FAMÍLIA:PE R G U N TA S E RE S P O S TA S ”W W W.I VO N E Z E G E R .COM.BR

Recebi pela internet

alguns comentários

que reproduzo por

entender serem oportunos

em relação aos brasileiros,

a nós mesmos, embora

obviamente nem como

como consolo sirvam

pelo fracasso brasileiro na

Copa do Mundo.

Diz quem me enviou,

citando José Freire, que

o Japão perdeu um jogo

e empatou o outro dentro do

campo, mas nas

arquibancadas ganhou os

dois de 10 x 0. As imagens

reproduzidas nas redes

sociais não deixam dúvidas:

enquanto torcedores do

Brasil e de outros países se

retiravam dos estádios

deixando montanhas de

lixo, sem sequer olhar para

trás, os japoneses recolhiam

discretamente garrafas e

copos de plástico, papel,

bandejinhas de isopor,

latas de cervejas e de

refrigerantes, canudinhos,

restos de alimentos,

embalagens usadas, enfim

todo lixo produzido por eles.

Esse gesto civilizado foi

o legado mais eloquente

da Copa. Com o exemplo,

o japonês ensina ao mundo

como tratar com respeito

e civilidade o espaço

público, como se relacionar

com o meio ambiente e com

os outros habitantes do

planeta. A coleta do lixo,

feita em sacos com a

imagem impressa do sol

nascente, foi uma lição

de ética e de cidadania.

A corrente nipônica pra

frente nos deu uma lição,

que já rendeu os primeiros

frutos. Na FIFA Fun Fest, na

segunda-feira seguinte, em

Copacabana, no Rio, turistas

alemães, espelhados no

exemplo vindo do Oriente,

não apenas recolheram o

lixo da praia mas

incentivaram outros

frequentadores a ajudá-los.

Esse pequeno gesto

mostra que civilização

não é só abrir estradas,

construir usinas, erguer

pontes e viadutos, fabricar

aviões, automóveis e robôs,

clonar seres vivos. É saber

se relacionar com o outro:

gente, planta, animal,

meio ambiente.

Enquanto houver alguém

juntando o lixo e nos

deixando envergonhados

de nossa imundície, o

mundo não está totalmente

perdido. Uma florzinha

brota no esterco. Foi um ato

singelo, mas que renova

nossas esperanças na

espécie humana e no futuro

do planeta.

A mensagem lembra o

cineasta Akira Kurosawa,

que no filme Derzu Uzalamostra como se tece a

amizade de um capitão

russo com o caçador que lhe

serve de guia,seja pelas

montanhas da Mongólia ou

pelos sendeiros da vida.

Em uma tempestade de

neve, os dois se

refugiam numa cabana no

meio da floresta. No dia

seguinte, antes de partir,

Derzu, homem da floresta,

abastece o fogão com lenha,

separa um pouco de sal e

estoca alimentos na cabana.

Divide o pouco que tem,

para surpresa do capitão

russo, homem da cidade,

que lhe diz: "Isso é um

desperdício. É inútil deixar

mantimentos aqui, nós

nunca mais voltaremos

a esse lugar". O caçador,

então, explica que o arranjo

não foi feito para eles, mas

para um eventual viajante

que chegue ali cansado e

com frio, em busca de abrigo

e alimento. E compartilhar

o pão não necessariamente

para retribuir o que eles

tinham encontrado,

mas pelo prazer da partilha.

Extra-Copa, o povo

brasileiro precisa mudar

sua mentalidade, o que só

virá pela educação, pois é

justamente aí que estamos

séculos atrasados.

Meu medo é esse.

Não há a mínima prioridade

no governo Lulilma

para a educação. Ao

contrário, querem manter

eternamente os brasileiros

na ignorância intelectual,

educacional, e sustentar o

poder pela dependência

destes em relação ao

dinheiro público, que

o governo arranca de

quem pensa, trabalha,

produz. Até reunião

ministerial para se apropriar

indevidamente do

que deu certo por ação

da população, o governo

petista fez.

Por isso achei oportuno

reproduzir os conceitos

acima, de modo a chamar

a atenção para um lado

abandonado da vida pátria.

Civilidade. Educação.

Quando se xinga a

presidente, o que é

errado, concordo, se reflete

um padrão cultural

muito aquém do mínimo

necessário (embora

ela e muitos petistas façam

por merecer).

Quem vai começar a

limpar a própria sujeira?

Podemos começar, nas

urnas, limpando a sujeira

que assola o País...

PAU L O SAAB É J O R N A L I S TA ,PA L E S T R A N T E E E S C R I TO R

SXC

Page 4: Diário do Comércio 16/07/2014

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 16 de julho de 2014

Page 5: Diário do Comércio 16/07/2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

MINISTRO DO TCUA Câmara dos Deputados chancelou ontem a indicação do consultor doSenado Bruno Dantas para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU),na vaga deixada em abril pelo ministro Valmir Campelo. Em votação secreta,270 deputados apoiaram o nome de Dantas, que já tinha recebido o aval doSenado no final de abril. Sete se opuseram e houve três abstenções.

FHC reage contra Lula. E pede trégua.Dentro do antagonismo histórico entre PT e PSDB há a disputa pessoal e intransferível de Lula X FHC e de FHC X Lula. Tucano se diz cansado de pedradas.

Werther Santana/ EC

Campos: "Sou o único capaz de preservar conquistas do PSDB e PT".

Para se defender,Lula ataca. Jamaisse explica, sempreacusa. Acostumadoa atirar pedras, Lulaé incapaz daautocrítica.FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

A desgraça de quemnão gosta de políticaé que é governadopor quem gosta.Se não botar a cara,a política continuaa mesma.LUL A

Campos busca neutralidadeEduardo Campos tenta ser visto como a melhor opção entre PSDB e PT para assumir o comando do Brasil.

Oex-presidente Fer-

nando Henr ique

Cardoso rebateu

ontem seu suces-

sor, Luiz Inácio Lula da Silva

(PT), que, segundo o tucano,

tenta atingir sua "honra" com

acusações de que houve cor-

rupção "escondida" no gover-

no do PSDB. No texto, publica-

do no portal Observador Políti-

co, FHC explica detalhada-

m e n t e c a s o s c o m o o d a

emenda que aprovou a reelei-

ção e a criação do Sistema de

Vigilância da Amazônia (Si-

vam) antes de dirigir sua aten-

ção ao petista.

"Para se defender, Lula ata-

ca. Jamais se explica, sempre

acusa. Acostumado a atirar

pedras, Lula é incapaz da au-

tocrítica. Quando deveria, de

forma rigorosa, abominar a

prática da corrupção, ele ten-

ta distrair a opinião pública jo-

gando culpa nos outros", es-

creveu o tucano, que afirmou

ainda que Lula ainda não "ex-

plicou de forma detalhada os

acontecimentos que levaram

ao maior escândalo de corrup-

ção da história republicana",

em referência ao Mensalão.

No texto, FHC conta que

conversou com Lula sobre o

Mensalão durante viagem à

África do Sul, em dezembro de

2013, quando o tucano teria

proposto que se virasse a pá-

gina, uma vez que o caso já ha-

via sido julgado. Ele acusa Lula

de tentativa

de "c i lada"

a o " c o n t i-

nuar distor-

cendo fatos

p a r a d i z e r

que todos fi-

zeram algo

p a re c i d o " .

Em segui-

da, propõe ao

adversár io

u m a u n i ã o

contra "o que

de malfeito

há na vida política brasileira".

"Por que não nos juntamos pa-

ra corrigir o que de malfeito há

na vida política brasileira, em

vez de jogar pedras uns nos ou-

tros? O Brasil se cansou de ata-

ques infundados. O país perce-

be que seu futuro depende de

decisões honestas e corajosas,

entre as quais a de evitar que o

debate eleitoral se restrinja a

baixarias e falsas acusações".

MENSALÃO"Tem sido assim há anos,

desde quando estourou o es-

cândalo do Mensalão. Aliás,

em nenhum momento Lula ex-

plicou de for-

ma detalha-

da os aconte-

c i m e n t o s

que levaram

ao maior es-

cândalo de

corrupção da

histór ia re-

pu b l i can a ,

c a r a c t e r i-

zando-o, na

época, como

um simples

problema de

caixa 2, ocorrido às suas cos-

tas. Noutro dia, no exterior,

chegou até a dizer que os prin-

cipais envolvidos nem eram

pessoas de sua confiança.

P R OVO C A Ç Ã OCom as campanhas eleito-

rais a pleno vapor, o cenário

político em ebulição, com o

fim da Copa do Mundo e o de-

sastre brasileiro, surpreende

a discrição do ex-presidente

Lula, que há cerca de 15 dias

está fora do noticiário.

Di lma está prec isando

imensamente da força da pre-

sença do ex-presidente. Por is-

so , há uma

ex pe cta ti va

muito gran-

de em torno

d e s u a a u-

s ê n c i a e o

"d esa baf o"

de FHC seria

uma fo rma

de provocar o

ex -p re s id e n-

te a se mani-

f e s t a r.

A lém dis-

so, atritos in-

ternos vêm à tona, mostrando

uma falta de sintonia na equi-

pe de campanha da reeleição

de Dilma. Recentemente, a

publicação de um artigo no

"Muda Mais", site de apoio da

campanha, teria gerado de-

sentendimento entre a presi-

dente e o ex-ministro Franklin

Martins, responsável pela

campanha de Dilma na inter-

net. O texto, intitulado "Teixei-

ra, Marin, a CBF e a necessida-

de de modernizar nosso fute-

bol", fez críticas à CBF e a car-

to las . D i lma ter ia f icado

irritada, exigindo a retirada do

texto do ar, e Franklin Martins

teria resisti-

do, tornando

pesado o cli-

ma entre os

dois.

LU L AEm um ví-

deo publica-

do na inter-

net ontem, o

ex - p re s i d e n-

te Lula incen-

t i v a o s j o-

v e n s a i n-

gressarem na política e passa

a mensagem de que "se a gen-

te quiser mudar a política, só

tem um jeito: entrando nela".

O cacique petista admitiu que

ele próprio negava a política

partidária quando ingressou

no movimento sindicalista,

mas começou a se dar conta

de que "a negação da política"

não resolvia seu problema.

Quando foi pela primeira vez

ao Congresso Nacional, em

1978, para debater contra um

projeto de lei que proibia deter-

minadas categorias de fazerem

greve, foi que percebeu que

não havia parlamentares com-

prometidos com os trabalhado-

res. Para Lula, "a desgraça de

quem não gosta de política é

que é governado por quem gos-

ta" . "Se não botar a cara, a po-

lítica continua a mesma".

R I VA L I DA D EAo contrário do que aconte-

ce em outros países, onde ex-

presidentes retiram-se da ce-

na política ou aparecem com

discrição, no Brasil é o contrá-

rio. Dentro do antagonismo

histórico entre PT e PSDB há a

disputa pessoal e intransferí-

vel de Lula com FHC e de FHC

com Lula. Oriundos de classes

sociais diferentes, um ex-ope-

rário e o outro intelectual, os

ex-presidentes continuarão

sua rinha, cada vez mais afia-

dos, até que a eleição se deci-

da. (Agências)

Ocandidato do PSB à

Presidência da

República, Eduardo

Campos, firmou

ontem diversos

compromissos públicos:

passe livre para estudantes,

ensino público em período

integral e "não" à reeleição

para presidente.

O presidenciável disse que,

se reeleita, Dilma Rousseff

será a primeira presidente a

assumir um novo mandato

pior do que recebeu do

antecessor. E voltou a dizer

ser o único candidato capaz

de preservar as conquistas

dos governos de FHC e Lula:

"O Brasil não aguenta mais

essa disputa em que o PT diz

que o PSDB não fez nada pelo

Brasil, e isso não é verdade. E

o PSDB diz que o PT é um

partido cheio de corrupto que

não fez nada pelo Brasil, o

que é outra inverdade".

Campos participou ontem

de sabatina promovida pelo

jornal Folha de S. Paulo, pela

rádio Jovem Pan, pelo portal

UOL e pelo SBT, em São Paulo.

Questionado sobre a sua

estratégia de poupar de

ataques Lula, de quem foi

ministro, e centralizar as

críticas na gestão Dilma,

alegou que não pode debater

com quem não é candidato.

E foi cobrado a se

manifestar sobre o escândalo

do Mensalão. "É semelhante

ao que eu acho sobre o

escândalo da compra de

votos no Congresso da

reeleição do presidente

Fernando Henrique Cardoso.

Acho isso horror", resumiu.

Na avaliação dele, o

Mensalão é um assunto que

não permite mais discussão

porque já foi julgado pelo

Supremo Tribunal Federal

(STF). "Sempre defendi a

mais dura apuração desse

p ro c e s s o " .

Ainda durante a sabatina,

Campos falou sobre a sua

proposta de campanha de

implantar o passe livre no

sistema de transportes. "Tem

muito estudante pobre que

precisa ter passe livre. Aí a

gente tem que fazer

escolhas. Entre subsidiar os

juros para as grandes

empresas e arrumar a

passagem para o estudante

da periferia chegar à escola,

nós vamos optar pela

educação integral e pelo

passe livre", afirmou.

Ao ser questionado sobre

custos e detalhes do projeto,

disse que a proposta ainda

está sendo estudada, bem

como a ideia de promover

ensino público integral.

Indagado sobre se apoiava

a proposta de reforma politica

que sugere terminar com a

possibilidade de reeleição em

troca de apenas um mandato

de cinco anos, Campos disse

aos entrevistadores que não

tem "nenhum projeto de

reeleição" em 2018 caso seja

eleito. (Agências)

Page 6: Diário do Comércio 16/07/2014

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 16 de julho de 2014

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É inegável que o Senado lança mão de comissionados para quando há os concursadosAnselmo Henrique Lopes, procurador do DF.

A Justiça Federal decretounova prisão preventiva do

doleiro Alberto Youssef – a l voda Operação Lava Jato –, destavez por lavagem de R$ 1,16milhão do Mensalão. A decisãofoi tomada pelo juiz SérgioFernando Moro, da JustiçaFederal em Curitiba.

Youssef está sob custódiadesde março, quando a Justiçaexpediu uma primeira ordem deprisão contra ele.

Neste novo episódio, SérgioMoro também decretou a prisãodo doleiro Carlos Habib Chater,o "Zezé", e de mais doisenvolvidos na trama delavagem de dinheiro doMensalão – maior escândalo daera Lula –, Carlos Alberto Pereirada Costa, e Ediel Viana da Silva.

O juiz abriu nova ação penalcontra Youssef e seus pares porlavagem, formação de quadrilhae apropriação indébita.

Segundo denúncia doMinistério Público Federal

YOUSSEF E OMENSALÃO

OPERAÇÃO LAVA-JATO

.Ó..R B I TA

O pr imeiro-vice-presidentedo Senado, Jorge Viana (PT-

AC), leu ontem a carta na qual osenador Clésio Andrade (PMDB-MG) renunciou ao mandatoparlamentar. Segundo acomunicação, lida em plenáriopelo petista, Clésio deixou ocargo político para se dedicar acuidar da saúde e voltar a suasatividades profissionais. Desdeabril, ele está licenciado docomando da ConfederaçãoNacional dos Transportes (CNT).Clésio Andrade é réu noprocesso do Mensalão mineiro,ou Mensalão tucano.

Clésio Andrade era o primeirosuplente do senador EliseuResende (DEM-MG), que morreuem janeiro de 2011. Clésio, quenão conseguiu ter o apoio dopartido para concorrer aogoverno de Minas Gerais emoutubro, não iria disputar aseleições este ano. Com arenúncia do mandato, fica navaga Aureliano Chaves Filho.

A renúncia de Clésio causamudanças na tramitação do

SENADOR CLÉSIOANDRADE RENUNCIA

(MPF), os acusados teriamlavado "recursos criminosos" detitularidade do ex-deputadofederal José Janene, líder do PPna Câmara na época doMensalão. O dinheiro teria sidousado para investimentos emempreendimento industrial emLondrina (PR), constituindo aempresa Dunel Indústria.

A Procuradoria relata que oex-deputado recebeu cerca deR$ 4,1 milhões no Mensalão(Ação Penal 470 no SupremoTribunal Federal). Janeneescapou da condenação porquemorreu antes do julgamento.

único processo do Mensalãomineiro que ainda corre noSupremo Tribunal Federal (STF).A ação, a que Clésio respondepor peculato (desvio dedinheiro público) e lavagem dedinheiro), seguirá para aprimeira instância da JustiçaFederal. O Ministério Públicoacusa o agora ex-senador departicipação no desvio de R$ 3,5milhões de estatais mineiraspara a campanha à reeleição deEduardo Azeredo (PSDB-MG).Ele era candidato a vice nachapa de Azeredo. Opeemedebista também já foivice-governador no 1º mandatode Aécio Neves (PSDB).

Congresso entraem 'recesso branco'

Na prática, os parlamentares só teriam recesso depois de votarem a LDO. Renan manobra e os livra do ponto.

Para evitar maior des-

gaste na imagem do

Congresso Nacional,

com a realização de

sessões esvaziadas e sem vo-

tações, os líderes dos partidos

decidiram suspender sessões

plenárias entre os dias 18 e 31

julho, inclusive as de debate, o

que na prática "oficializa" o re-

cesso branco.

O presidente do Senado, Re-

nan Calheiros (PMDB-AL), evi-

tou dizer que a Casa fará "re-

cesso branco", mas admitiu

que, a partir da próxima sema-

na, não haverá votações no

plenário da Casa até o próximo

dia 4 de agosto.

O impasse em relação ao re-

cesso dos deputados e sena-

dores, previsto pela Constitui-

ção entre 18 e 31 de julho, foi

motivado pela não aprovação

da Lei de Diretrizes Orçamen-

tárias (LDO) de 2015, condi-

ção para o início das férias dos

parlamentares. Em razão do

impasse, a Câmara aprovou

recesso informal até o fim des-

te mês de julho.

Renan Calheiros disse que o

Senado manterá o funciona-

mento das comissões e as ses-

sões de discursos, mas não te-

rá ordem do dia (votações em

plenário). O mesmo ocorreu

durante a Copa do Mundo, en-

tre 12 de junho e 13 de julho.

Durante esse período, as co-

missões ficaram esvaziadas e

algumas sessões de debate

no plenário nem chegaram a

ser abertas devido à ausência

de quórum mínimo.

"Se não houver aprovação

[da LDO], o Congresso conti-

nuará funcionando, apesar de

não termos ordem do dia, de-

liberações", afirmou Renan

Calheiros. Segundo ele, o Con-

gresso não pode ser levado

"para a zona cinzenta da de-

magogia, de ter que votar uma

ou outra matéria para atender

a determinados segmentos

coorporativos".

Mais cedo, a Comissão Mis-

ta de Orçamento (CMO) deci-

diu adiar para a primeira se-

mana de agosto a votação do

relatório preliminar da lei que

define os parâmetros para a

elaboração do Orçamento. Na

Câmara, líderes partidários

acertaram fazer um recesso

informal, menor do que as fé-

rias oficiais dos deputados.

Renan Calheiros, porém,

disse que a suspensão das vo-

tações nas duas últimas se-

manas de julho tem o objetivo

de "compatibilizar o funciona-

mento do Senado com o calen-

dário das campanhas eleito-

rais". Para agosto, estão pro-

gramadas votações em plená-

rio dos dias 5 e 6. Deverá ainda

haver uma semana de delibe-

rações em setembro e uma em

outubro, em datas a serem de-

finidas. Hoje o Senado fará es-

forço concentrado para tentar

aprovar parte dos 23 itens que

se acumulam. (Agências)

Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Parlamentaresestão livres de

votações emplenário e de

registraro ponto

(presença). É ochamado

recessobranco.

Sérgio Lima/Folhapress

Marcello Casal Jr/ABr

Câmara acelera votação de decretoDeputados aprovam urgência para a votação de projeto que derruba o decreto sobre conselhos populares

Oplenário da Câmara

dos Deputadosa-

provou ontem à noi-

te o requerimento

de urgência constitucional pa-

ra o projeto de decreto legisla-

tivo que susta os conselhos

populares criados pela presi-

dente Dilma Rousseff. Foram

294 votos favoráveis, 54 con-

tra e três abstenções. Faltou

ainda votar o mérito da pro-

posta. Só PT, PCdoB e PSOL vo-

taram contra o decreto legis-

lativo do líder da bancada do

DEM, Mendonça Filho (PE). A

oposição e até mesmo parti-

dos aliados se mobilizaram

contra decreto presidencial

que orienta órgãos públicos a

adotar consultas populares

por meio de conselhos.

Editado no final de maio, o

decreto nº 8.243 de 2014 ins-

titui a Política Nacional de Par-

ticipação Social (PNPS) e o Sis-

tema Nacional de Participação

Social (SNPS). O texto, apesar

de não criar novos conselhos

de consulta popular, estabele-

ce que órgãos e entidades da

administração pública federal

direta e indireta deverão ouvir

instâncias de participação so-

cial para a formulação de polí-

ticas públicas. O mesmo vale

para agências reguladoras.

Criados para auxiliar o gover-

no no acompanhamento de

políticas públicas, os conse-

lhos têm na maioria dos casos

função consultiva.

Desde que foi publicado em

maio, o decreto de Dilma tem

sido bombardeado pela oposi-

ção, que acusou o Palácio do

Planalto de ferir prerrogativas

do Legislativo. O presidente

da Câmara, deputado Henri-

que Eduardo Alves (PMDB-

RN), pediu ao governo que o

decreto fosse revogado e que

o tema fosse enviado ao Con-

gresso via um projeto de lei,

mas não houve acordo.

O próprio Alves foi um dos

mais empenhados a garantir a

derrubada do decreto. No iní-

cio de julho, ele leu um pronun-

ciamento em Plenário no qual

disse que o texto, "inconstitu-

cional", está "em desarmonia

com o princípio da separação

de poderes".

"É uma invasão à nossa área

de responsabilidade", decla-

rou o líder do DEM, deputado

Mendonça Filho (PE).(EC)

Padilha propõe Poupatempo empresarialEm reunião com empresários, petista falou que aumentará diálogo com o setor; 'PT não é o dono da verdade'.

Ocandidato do PT ao

g o v e rn o d e S ã o

Paulo, Alexandre

Padilha, apresen-

tou na manhã de ontem pro-

postas de governo para uma

plateia de empresários em um

hotel da Zona Sul da capital

paulista. O ex-ministro da Saú-

de defendeu a criação de um

Poupatempo empresarial e

uma maior integração entre

as polícias para combater o

crime organizado.

Entre as propostas direcio-

nadas aos empresários, Padi-

lha afirmou que o Poupatempo

Empresarial tornaria mais ágil

a criação de empresas e aju-

daria na participação delas

em "compras governamen-

tais". O candidato também de-

fendeu uma simplificação do

processo para recuperar cré-

ditos do ICMS aos quais os em-

presários têm direito.

SEGURANÇACom relação à segurança, o

candidato defendeu uma

maior integração das polícias

militar e civil e das guardas ci-

vis municipais para combater

o crime organizado.

O candidato também quer

aproveitar a estrutura de se-

gurança instalada dos estabe-

lecimentos comerciais, como

as câmeras de segurança para

ajudar nas investigações e na

atuação da polícia do estado.

Ele afirmou que atualmente o

setor privado conta com 1 mi-

lhão de câmeras de seguran-

ça, sendo 40 mil câmeras em

agências bancárias, 15 mil em

shoppings.

BILHETE ÚNICOPadilha ainda defendeu a

criação de um bilhete único in-

tegrado para passageiros da

região metropolitana, a exem-

plo da iniciativa implantada

pela gestão de Marta Suplicy e

ampliada pelo prefeito Fer-

nando Haddad.

O candidato destacou, dian-

te de uma plateia formada por

integrantes do grupo de líde-

res empresariais (Lide), o que

chamou de capacidade do

Partido dos Trabalhadores de

fazer uma administração ba-

seada na sensibilidade social

com parceria da iniciativa pri-

vada. Padilha defendeu um

estreito diálogo com os em-

presários e disse: "O PT não é o

dono da verdade".

INFLUÊNCIA HADDADPara o candidato, a baixa

aprovação (17%) do prefeito

Fernando Haddad (PT) não

atrapalhará sua campanha.

"Eu diria que não tem ne-

nhum tipo de relação. O que eu

como paulistano mais espero

do prefeito Haddad é que ele

faça o que tem que ser feito na

cidade de São Paulo, enfrente

os desafios que São Paulo

tem", declarou. (Agências)

Renato S. Cerqueira/Futura Press

Candidato tentou se aproximar do setor que é mais hostil, em SP, ao PT.

Além do decreto de prisãopreventiva de Youssef pela

Justiça, novos fatos envolvendoa Operação Lava-Jatosurgiram ontem.

Em depoimento no Conselhode Ética da Câmara dosDeputados, o prefeito deApucarana (PR), Carlos AlbertoGebrim Preto (PT), disse aosparlamentares que o deputadoAndré Vargas (sem partido-PR)aceitou o empréstimo de umaaeronave do doleiro AlbertoYoussef porque pretendia viajarcom a família no fim do anopassado e tinha dificuldades emencontrar passagens para 10pessoas. O prefeito petistadepôs como testemunha dedefesa no processo por quebrade decoro parlamentar contraVargas. O depoimento dodeputado está marcado para odia 29 deste mês.

Outro investigado pela LavaJato teve seu nome citado,novamente, à Justiça. O

empresário Caio Gorentzvaigdeclarou ao Ministério PúblicoFederal que foi ameaçado peloex-diretor de Abastecimento daPetrobras Paulo Roberto Costa,alvo de operação da PF. Filho dopioneiro do setor petroquímicono País, Boris Gorentzvaig -fundador da PetroquímicaTriunfo -, o empresário afirmaque a ameaça ocorreu em 2008em meio a uma disputa com aPetrobras e a Braskem, doGrupo Odebrecht, pelo controleda Triunfo. "Se vocês nãovenderem a PetroquímicaTriunfo da maneira como nósqueremos vamos colocar vocêsdebaixo da ponte", teria ditoCosta. Gorentzvaig afirma que oex-diretor da Petrobras fez aameaça durante reunião nasede e apenas as empresas 'jámarcadas' (duas) foramescolhidas. O empresário entãoquestionou a decisão , que,segundo ele, foi ameaçado peloex-diretor da estatal.

Page 7: Diário do Comércio 16/07/2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

ESTADOS UNIDOS

Cessar-fogonão vinga.E Gaza searma de novo.A proposta de trégua do Egito não agradou aoHamas, que fez exigências e continuou atacando.Sob aplausos do seu governo, Netanyahu revidou.

Atensão voltou a im-

perar na Faixa de Ga-

za ontem, com novos

ataques aéreos e o

saldo de um israelense morto,

depois que a proposta de ces-

sar-fogo apresentada pelo

Egito foi rejeitada pelo braço

armado do Hamas, as Briga-

das Al-Qassam.

Militantes palestinos lança-

ram 125 foguetes contra Is-

rael desde o horário em que o

acordo deveria ter começado

a vigorar, e as forças israelen-

ses revidaram com violência,

acatando as ordens do primei-

ro-ministro Benjamin Neta-

nyahu, para quem "com os ter-

roristas do Hamas só pode-

mos falar com todo o peso da

força do nosso exército".

"Estávamos preparados pa-

ra resolver isto pela via diplo-

mática, mas o Hamas não nos

deixou opção. Quem causa

danos em Israel também re-

sulta ferido", afirmou Neta-

nyahu, instruindo suas forças

armadas a intensificar a ofen-

siva, sem excluir a possibilida-

de de uma invasão por terra

dessa região densamente po-

voada com cerca de 1,8 mi-

lhão de habitantes. Para tanto,

foram mobilizadas dezenas

de milhares de soldados, caso

os militantes do Hamas conti-

nuem atacando.

Algumas vozes do governo

de Netanyahu aplaudiram o

fracasso da proposta de ces-

sar-fogo e instaram o Executi-

vo a continuar com a ofensiva

militar até que o exército "to-

me o controle de toda a Faixa

de Gaza", como sugeriu o che-

fe da diplomacia israelense,

Avigdor Lieberman.

Em Viena, o secretário de

Estado dos EUA, John Kerry,

também deu apoio a Israel:

"Não posso condenar o sufi-

ciente as ações do Hamas em

lançar foguetes de maneira

tão descarada, em grande nú-

mero, em face de um esforço

de boa-vontade por um ces-

sar-fogo", afirmou.

Em consequência da inten-

sa troca de projéteis, um civil

israelense morreu na passa-

gem de Erez, localizada entre

Israel e a Faixa de Gaza.

Israel também sofreu danos

materiais no porto de Ashdod,

bombardeado, onde uma fá-

brica foi atingida, sem que nin-

guém ficasse ferido.

Esta é a primeira baixa de Is-

rael desde o início da ofensiva,

na terça-feira da semana pas-

sada, que já deixou 190 mor-

tos do lado palestino, a maio-

ria civis, e 1.400 feridos.

Críticas --Além do conflito

com os palestinos, Israel tam-

bém vem amargando rusgas

com a Turquia.

O primeiro-ministro Tayyip

Erdogan acusou Tel-viv de

"aterrorizar a região" com o

bombardeio de Gaza e compa-

rou uma parlamentar israe-

lense pertencente ao partido

ultranacionalista Yisrael Bei-

teinu a Hitler, azedando ainda

mais as frágeis relações entre

os dois países.

"Com desprezo pelas leis in-

ternacionais, Israel continua

aterrorizando a região e ne-

nhum país além de nós pede

para que eles parem", decla-

rou Erdogan em discurso no

Parlamento. "Nenhuma tira-

nia é eterna, mais cedo ou

mais tarde, todos os tiranos

têm de pagar o preço. Essa ti-

rania vai ter consequências",

acrescentou, despertando

gritos de “a Turquia se orgulha

de você” por parte de seus

partidários.

A Turquia já foi a aliada es-

tratégica mais próxima de Is-

rael na região, mas Erdogan

tem sido cada vez mais con-

tundente em suas críticas ao

tratamento dado pelos israe-

lenses aos palestinos, nos últi-

mos anos.

A retórica agrada sua base

eleitoral muçulmana sunita,

em grande parte conservado-

ra, particularmente no mo-

mento em que ele faz campa-

nha para se tornar o primeiro

presidente eleito diretamente

da Turquia, em 10 de agosto.

Com relação à parlamentar

Yisrael Beiteinu, aparente-

mente Ayelet Shaked, Erdo-

gan disse: "Uma mulher israe-

lense declarou que as mães

palestinas deveriam ser mor-

tas também. E ela é membro

do parlamento israelense.

Qual é a diferença entre esta

mentalidade e a de Adolph Hi-

tler?" (Agências)

Amir Cohen/Reuters

Rente ao chão, israelense procura se proteger de projétil lançado pelo Hamas em região ao Norte de Gaza.

Alerta paraataque aéreo.Pelo celular.

Para escapar do perigo

de um bombardeio

aéreo inesperado a partir

da Faixa de Gaza, a

população israelense está

aderindo em massa à

tecnologia de ponta: um

aplicativo de telefone

celular chamado Red Alert.

Quando as sirenes

alertam os moradores

sobre os ataques -- que, na

semana passada,

somaram mil disparos do

Hamas contra cidades

israelenses --, eles têm

entre 15 e 90 segundos

para encontrar abrigos em

casa ou nas imediações.

Para ajudá-los na tarefa,

muitos baixaram no seu

celular o Red Alert, que

também dá o alerta para o

lançamento de foguetes.

Carro-bomba mata 89 no AfeganistãoAtaque ocorre quando o país reconta os votos da tumultuada eleição presidencial

Um veículo carregado de

explosivos foi detona-

do ontem, quando pas-

sava por um mercado apinha-

do de gente na província de

Paktika, no leste do Afeganis-

tão, matando pelo menos 89

pessoas, informou um porta-

voz do ministério da Defesa.

"O número de feridos vai au-

mentar para mais de 100 e o

número de mutilados também

vai subir", disse o governador

distrital, Mohammad Kharoti.

O local do ataque fica próxi-

mo à pouco vigiada fronteira

com a região paquistanesa do

Waziristão do Norte, onde os

militares têm avançado, nas

últimas semanas, na direção

dos esconderijos dos militan-

tes do Taliban paquistanês, o

que os levou a recuarem para

o Afeganistão.

O vice-diretor da polícia lo-

cal , Nissar Ahmad Abdul-

rahimzai, declarou que a polí-

cia havia sido informada sobre

o carro e estava a sua procura

quando ele explodiu.

"A explosão foi tão grande

que destruiu muitas lojas. De-

zenas de pessoas ficaram pre-

sas sob os telhados", acres-

centou Mohammad Kharoti.

O Taliban não assumiu a au-

toria do atentado, que o secre-

tário-geral da ONU, Ban Ki-

moon, qualificou de “ato cri-

minoso desprezível”.

Segundo o porta-voz do Tali-

ban, Zabihullah Mujahid, "os

mujahedeen (combatentes)

do Emirado Islâmico do Afega-

nistão não fazem ataques co-

mo esse, pois eles não lhes tra-

zem benefício algum".

Em outro incidente em Ca-

bul, uma bomba acionada por

controle remoto explodiu à

beira de uma estrada, matan-

do dois funcionários do presi-

dente Hamid Karzai e ferindo

outras duas pessoas. Desta

vez, o Taliban assumiu a res-

ponsabilidade.

Os ataques ocorrem no mo-

mento em que as tropas estran-

geiras estão se retirando do

Afeganistão e que o país recon-

ta os votos da disputada eleição

presidencial, que o Taliban ju-

rou interromper.(Reuters)

Reuters

População local se concentra em torno de um carro-bomba que explodiui em Urgon, distrito de Paktika.

Reuters

Socorristas trabalham no resgate de vítimas de acidente de metrô.

Pelo menos seis soldadosucranianos foram mortos em

novos ataques contra postos ebases militares do governo porseparatistas pró-Rússia, perto dafronteira com a Rússia, informaramforças da Ucrânia ontem.

Há também relatos de um ataqueaéreo que matou quatro civis nacidade de Snizhne, episódio sobre oqual Kiev negou terresponsabilidade e pareceu apontaro dedo para a Rússia, dois diasdepois que Moscou ameaçou fazerretaliações por conta da morte deum homem quando um foguetecaiu do lado russo da fronteira.

Os combates ocorridos nosúltimos quatro meses entre forçaspró-Ocidente do governo de Kiev eseparatistas que querem a uniãocom Moscou se intensificaram nosúltimos dias, sendo que a Ucrânia ea Rússia culpam uma a outra porataques além de suas fronteiras, oque reduz sensivelmente aschances de um cessar-fogo.

Vladyslav Seleznyov, porta-vozda “operação antiterrorista”no lestedo país -- como a define o governoucraniano --, disse que oscombatentes rebeldes atacaram

KIEV PERDE MAIS 6

Pelo menos 20 pessoasmorreram e mais de 120

ficaram feridas na manhã deontem, quando uma composiçãodo metrô de Moscou descarrilouentre duas estações na hora dorush, a uma velocidade de 70 kmpor hora. Esse é um dos pioresacidentes no sistema de trenssubterrâneos dos últimos anos.

Uma elevação repentina datensão elétrica pode ter provocadoa parada do trem, que fez com quetrês vagões saíssem dos trilhos.Não há suspeita de atentado. (AE)

ACIDENTE EM MOSCOU

.Ó..R B I TA

O Parlamento iraquiano elegeuSalim al-Jabouri, sunita

islamita moderado, novopresidente da casa -- o primeiropasso para a formação de umgoverno com poder suficiente pararestabelecer a segurança no país.

O Parlamento também elegeuHaider Abadi, integrante do Dawa,partido do primeiro-ministro Nourial-Maliki, como um dos dois vice-presidentes do Legislativo.

Al-Maliki quer permanecer nopoder, apesar das pressões paraque deixe o cargo, e tem lutadopara recuperar grandes partes doterritório tomadas pelo gruposunita Estado Islâmico do Iraque edo Levante (ISIL). (AE)

IRAQUE ELEGE SUNITA

postos militares em diferentesáreas durante a noite.

“Como resultado de um ataquecom míssil Grad durante a noite,dois soldados ucranianos sofreramferimentos fatais”, informou o canalde televisão Fifth Channel.

O Conselho de Defesa Nacionale Segurança da Ucrânia informouque seis soldados ucranianosmorreram no último dia e outros 13ficaram feridos. ( Re u te r s )

"A ideia inicial era ajudar

as pessoas que viviam na

região sul do país. Nós não

pensamos que o

dispositivo também seria

necessário para quem

mora na região de

Jerusalém ou Tel Aviv",

explicou Ari Sprung, um

dos criadores do aplicativo.

O App foi baixado por

cerca de 500 mil

israelenses e tem outros

50mil usuários da versão

em inglês nos Estados

Unidos, até o momento.

Agora, quando um

foguete é lançado, o

Exército de Israel dispara

sirenes e também notifica

os servidores do Red Alert.

No início, quando os

projéteis tinham como

destino Jerusalém e Tel

Aviv, os servidores do

software não aguentaram

o fluxo de dados, mas eles

logo foram substituídos

por outros com maior

capacidade. (Reuters)

Henry Kissinger, de 91 anos, foi operadoontem para substituir a válvula aórtica.

Segundo o Hospital Presbiteriano deNova York, o ex-secretário de Estado

americano está se recuperando bem.

Kissinger já foi acusado de crimes deguerra e também recebeu o PrêmioNobel da Paz em 1973 pela mediação doconflito árabe-israelense que deu origemaos primeiros tratados de paz.

Umit Bektas/Reuters

Erdogan: críticas a xiita israelense

Page 8: Diário do Comércio 16/07/2014

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 16 de julho de 2014

Alemanha recebe os seus heróisOs campeões desembarcaram em Berlim com a taça nas mãos e festejaram com uma multidão de torcedores a vitória na Copa do Mundo do Brasil, sobre a Argentina.

Quase um milhão de

alemães em êxtase

recepcionaram on-

tem a triunfante se-

leção do país em Berlim, agi-

tando bandeiras e segurando

faixas que diziam "somos to-

dos campeões mundiais!" ao

comemorarem a conquista do

quarto título na Copa do Mun-

do. Centenas de milhares de

torcedores lotaram os arredo-

res do Portão de Brandeburgo

para participar de uma imen-

sa festa. Outros milhares se

alinharam nas ruas do centro

da cidade para ver a passa-

gem do time.

Os jogadores dançaram,

cantaram e lançaram bolas

para o público ao subir no pal-

co montado em frente ao por-

tão de Brandeburgo, todos

vestidos com camisetas es-

tampadas com o número 1.

"Sem vocês não poderíamos

estar aqui. Somos todos cam-

peões mundiais", disse o dis-

creto técnico Joachim Loew,

carinhosamente apelidado Jo-

gi, aos torcedores, muitos se-

gurando pôsteres com as pa-

lavras "Obrigado, Rapazes".

Torcedores jovens e velhos

saíram às ruas com camisas

da seleção da Alemanha, mui-

tos com os rostos pintados em

preto, vermelho e amarelo, e

alguns com perucas e banda-

nas nas cores nacionais. "Essa

é uma experiência de uma vi-

da, é algo para se lembrar",

disse Sabine Kopf, de 42 anos,

que viajou de trem desde Co-

lônia com o marido e o filho.

A vitória por 1 a 0 sobre a Ar-

gentina no Maracanã no do-

mingo marcou a primeira vez

em que a Alemanha unificada

se tornou campeã do mundo,

já que os troféus anteriores, de

1954, 1974 e 1990, foram con-

quistados pela seleção da an-

tiga Alemanha Ocidental.

Orgulho – A trajetória de su-

cesso da seleção desde 2006,

quando a Alemanha sediou o

Mundial, é amplamente consi-

derada como um grande in-

centivo à expressão do orgu-

lho nacional entre os alemães,

sentimento que antes eles se

sentiam desconfortáveis de

demonstrar por causa da his-

tória recente do país.

"É esse o sentimento!", des-

tacou o jornal Bild em sua

manchete, com foto do time

com as mãos erguidas. Sob a

imagem, o jornal descreveu o

que considerou ser as virtudes

da equipe: autoconfiança,

união, garra e modernidade.

"Bem-vindos, Campeões do

Mundo!", publicou o Berliner

Zeitung na capa.

A vi ão – Um brado emanou

da multidão quando o avião da

seleção sobrevoou o local, e os

torcedores fizeram uma con-

tagem regressiva de 10 a zero

até a aeronave tocar o solo. "O

futebol está voltando para ca-

sa!", gritavam. Ao pousar no

aeroporto de Tegel, na capital,

o capitão Phillip Lahm saiu do

avião à frente da equipe er-

guendo sobre a cabeça a taça

de campeão conquistada no

Brasil. Um ônibus com o topo

aberto transportou os jogado-

res pelas ruas de Berlim por

cerca de duas horas. (Reuters)

Fotos de Alex Grimm/Reuters

Nos arredores do Portão de Brandeburgo: ojogador Bastian Schweinsteiger exibe a taça doMundial (no alto) e parte do time comemora nopalco. Acima, torcedora acena para os campeões.

LINHA BOTA-FOGO

SP: 94 ônibus queimados este ano.Casos mais recentes ocorreram na zona leste e em São Bernardo do Campo

Michele Sprea/Estadão Conteúdo

Ônibus incendiado na zona leste da Capital, na segunda-feira: quase cem veículos já foram destruídos.

Os vândalos continuam a

destruir ônibus. Dois

ônibus foram incendia-

dos na noite de segunda-feira

na região metropolitana. A pri-

meira ocorrência foi na zona

leste da Capital. Ninguém foi

preso. O outro caso foi em São

Bernardo do Campo.

Com estes novos casos, já

são 94 os ônibus queimados

neste ano, até agora, apenas

na cidade de São Paulo.

Metrô – Ontem, a Justiça re-

jeitou o pedido de multa de R$

354,4 milhões feito pelo Minis-

tério Público Estadual (MPE)

endereçado ao Sindicato dos

Metroviários de São Paulo na

semana passada, em decor-

rência da greve da categoria

em junho. A ação da Promoto-

ria já havia sido criticada pela

entidade e por especialista em

Direito Administrativo.

No entendimento do juiz

Carlos Aleksander Romano

Batistic Goldman, da 12ª Vara

Cível do Fórum Central, a Justi-

ça comum não tem competên-

cia para julgar o caso, que en-

volve o direito de greve. "Ocu-

pando-se a demanda de pre-

tensos agravos colet ivos

derivados diretamente do dito

desrespeito aos limites do di-

reito de greve", escreve o ma-

gistrado em sua decisão, "re-

conheço a incompetência ab-

soluta deste Juízo e da Justiça

Estadual Comum para presidir

o feito e comando sua urgente

remessa a uma das Varas da

Justiça do Trabalho de São Pau-

lo". O caso já vinha sendo ana-

lisado na Justiça do Trabalho

desde a deflagração da greve,

em 5 de junho. (Agências)

Polêmica na comemoração

POSSO SENTAR? – Para dar conforto às pessoas que circulam em frente ao seu escritório, na avenidaCásper Libero, o arquiteto Pierre Mermelstein usou sobras de madeira de demolição e construiu um banco demadeira. "Tem muita gente elogiando. O banco só sai se for roubado ou se a Prefeitura tirar", disse Pierre.

Divulgação

Em meio à bonita festa

da recepção dos

campeões em Berlim,

uma cena despertou

polêmica e recebeu de

argentinos, nas redes

sociais, acusações de

racismo. Seis jogadores da

seleção da Alemanha

resolveram entrar no palco,

no local das comemorações

da vitória, ironizando os

argentinos, a quem eles

chamaram de "gaúchos".

Agachados, e desta forma

curvados para a frente, eles

aparecem em um vídeo da

festa gritando nos

microfones "somos gaúchos

e gaúchos andam assim".

Os seis dão alguns passos

agachados. Mas, em

seguida, os jogadores

estendem os corpos, e

olhando o público de frente,

gritam: "somos alemães, e

alemães andam assim." E

andam eretos e saltam. No

grupo, estava Andre

Schuerrle, atacante que fez

gol contra o Brasil na

semifinal no Mineirão, em

Belo Horizonte.

Há quem não veja nada

demais nesta

comemoração gravada em

vídeo e exibida nas redes

sociais – apenas uma

brincadeira, que mostraria

perdedores andando por

baixo, agachados, e

vencedores ao contrário

saltitantes. Mas há quem

achou a primeira parte da

dança semelhante ao andar

de macacos, e acusou os

jogadores alemães de

racismo. (Agências)

Mor

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n/Re

uter

s

Page 9: Diário do Comércio 16/07/2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

Bem-vindo ao Castelo Rá-Tim-Bumcredito

Ana Barella

A TV Cultura prepara o público para a exposição do MIS que abre hoje.Castelo Rá-Tim-Bum vai ao ar nos seguintes horários: no período da manhã, de segunda a sexta,

às 11h30; à noite, às segundas, quartas e sextas, às 19h; e às terças e quintas, às 19h30.

ais de três ge-

rações já podem riscar da lista de

desejos um provável sonho de in-

fância: encarar a imponente porta

de madeira do castelo e escutar as

seguintes palavras da boca do

Porteiro de lata "Klift, Kloft, Still, a

porta se abriu". E é com a bênção

do simpático boneco que o tour

pelo Castelo Rá-Tim-Bum, propor-

cionado pelo MIS, começa.

Quem for conferir a exposição,

que abre hoje e fica em cartaz até

12 de outubro, será literalmente

transportado para os sets de fil-

magem do premiado programa

Castelo Rá-Tim-Bum, produzido pe-

la TV Cultura de 1994 até 1997 – e

que neste ano comemora aniver-

sário de 20 anos.

Aliás, é possível duvidar se toda

a bruxaria de Morgana não funcio-

nou, e o Castelo foi parar no meio

do MIS. Desta vez, porém, foi a ce-

nografia do que realizou sua dose

de magia, e impressiona com ta-

manha veracidade aos sets do

Castelo da TV .

Os figurinos

originais usados

por Nino, Pedro,

Biba, Zequi nha,

Dr. Victor , Tia

Morgana, entre

muitos outros –

são 19 ao todo –

também estão

lá. Os bonecos,

em grande maioria originais e res-

taurados por seus criadores, são

apresentados em seus habitats

naturais: Godofredo e Mau direta-

mente do esgoto, o Gato Pintado

na biblioteca, e "Celeeeeeeste", a

cobra, em sua toca, na famosa ár-

vore do hall de entrada.

Além disso, 200 fotografias iné-

ditas, todo o making off da produ-

ção, testes de elenco, estudos de

figurino e cenografia, e roteiros

originais. Tudo proveniente do

Centro de Memória da TV Cultura e

do acervo pessoal do elenco e da

equipe de produção.

As músicas marcantes dão o

clima aos ambientes, além de áu-

dios do programa. Ao entrar na

casinha de barro dos passari-

nhos, por exemplo, os versos

"Passarinho, que som é esse?",

ecoam. No quarto da bruxa mor-

gana, a atriz Rosi Campos con-

versa com Adelaide sobre as arti-

manhas de seu sobrinho Nino, o

menino de 300 anos.

Para Luciano Amaral, que inter-

pretava Pedro, um dos amigos de

Nino na trama, essa é a a única ex-

posição que chegou ao nível do

programa de TV, e conseguiu rea-

lizar uma verdadeira homena-

gem: "O MIS teve um cuidado

imenso. Reuniram parte do acer-

vo que ainda existia, depois de 20

anos, e reconstruiram objetos que

não existem mais. Esta agradan-

do muita gente que fez parte do

programa e quem assistia ao Cas-

telo, claro", explica Amaral.

Ele também conta um pouco

como o Castelo Rá-Tim-Bum mar-

cou sua vida: "Eu não estou relem-

brando. Durante todos os anos

que se passaram desde o final das

gravaçãoes, eu vivi o 'Castelo' to-

dos os dias, seja fazendo uma pe-

ça, ou conver-

sando com os fãs

na rua, que sem-

pre me abordam

com muito cari-

nho. E eu tenho

certeza que to-

dos os envolvi-

dos vivem isso

também".

Bum bum bum- De acordo com André Sturm, di-

retor executivo e curador geral

do MIS, o objetivo da exposição é

realizar a fantasia dos fãs de en-

trar no castelo. "Tentamos ser o

mais fiel possível ao programa.

Queríamos fazer uma exposição

com muita vida, magia, e não al-

go frio", explica.

E parece que conseguiram.

Castelo Rá-Tim-Bum – A Exposi-ção. MIS. Avenida Europa, 158. De

hoje à 12 de outubro. Terça à sex-

ta: 12hàs 21h. Sábado: 10h às

22h. Domingos e feriados: 10h às

20h. Te.: 2117-4777. R$ 10 (inte-

ria) e R$ 5 (meia).

Acima, holograma dopersonagem Nino,interpretado por

Cássio Scapin, que dáboas-vindas ao

público. À direita,figurino da bruxa

Morgana, vivida pelaatriz Rosi Campos nateli nha. À esquerda,

piano da sala dalareira, peça

interativa. Abaixo, afamosa biblioteca docastelo. A cadeira é

original, e o ambiente,idêntico ao do

programa de TV.

Acima, boneco original do persogem Mau.Abaixo e à esquerda, reconstituição da casa

dos passarinhos músicos do quadro "Que somé esse?". Abaixo, dedo indicador dos dedinhos

roqueiros do quadro "somar é legal".

Acima o Porteiro doCastelo. À esquerda, ohall. Abaixo, croqui dopersonagem vivido por

Sérgio Mamberti.

M

Page 10: Diário do Comércio 16/07/2014

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 16 de julho de 2014

.T..ECNOLOGIA

Google forma'seleção' de hackers

O Google divulgou

ontem, em comunicado

oficial, que montou

uma equipe de hackers

para ampliar a

segurança na internet.

Essa "seleção" de

especialistas em falhas

e vulnerabilidades foi

chamada "Projeto Zero"

e pretende garantir

que menos internautas

fiquem expostos a

malwares e bugs.

A equipe vai buscar as

possíveis brechas para

ataques e pesquisar

soluções para elas,

minimizando seus

danos.

.C..LIMA

Em alertaCéu de NovaYork visto de

Nova Jersey, nosEUA, ontem

indicava risco detempestades e

i n u n d a ç õ e s.

.F..RANÇA

Boa gastronomiapor decreto

Um decreto do governo

francês emitido ontem

determina que os

restaurantes do país

identifiquem os pratos

servidos como "caseiros"

para deixar claro que não

são apenas refeições

aquecidas, mas sim

preparadas no local. Quem

desrespeitar a regra será

multado a partir do

próximo ano. A intenção do

governo é manter os

padrões de qualidade da

gastronomia francesa.

.Q..UADRINHOS

Super-herói Thorvira mulher

O super-herói dos

quadrinhos Thor, criado

em 1962 e baseado em um

deus nórdico que usa um

martelo, vai passar a ser

uma mulher, anunciou

ontem a Marvel Comics. A

editora disse que a

transformação de Thor em

mulher é um esforço para

atrair novos leitores, em

especial mulheres e

meninas que, segundo a

Marvel, têm sido ignoradas

nos quadrinhos há

bastante tempo.

.L..OTERIAS

Concurso 1298 da DUPLA-SENA Segundo sorteio

10 16 20 23 32 48

Concurso 3535 da QUINA

05 13 49 58 75

.P..OPULAÇÃO

O homem mais velho do mundo?U

m brasileiro nascido

em um quilombo pode

ser a pessoa mais ve-

lha do mundo, com 126 anos,

de acordo com o asilo onde vi-

ve, em Bauru, no interior de

São Paulo.

Uma certidão de nascimen-

to emitida por um juiz em 2001

afirma que José Aguinelo dos

Santos, morador do abrigo Vi-

la Vicentina, nasceu em 7 de

julho de 1888, menos de dois

meses após o fim da escravi-

dão, disse Cesar Siqueira, vi-

ce-presidente do abrigo. San-

tos, no entanto, não tem mais

nenhum documento original

comprovando sua idade.

O interesse sobre o brasilei-

ro aumentou após a morte em

8 de junho, em Nova York, de

Alexander Imich, que viveu

até os 111 anos e foi conside-

rado em abril o homem mais

velho do mundo.

Stev

e M

arcu

s/Re

uter

s

SEM BLEFE - O brasileiro Bruno Politano comemorou ontem com seus fãs depois de conquistar

uma das nove vagas na final da competição World Series of Poker no Rio Hotel and Casino em Las

Vegas. A final acontecerá em novembro e o vencedor levará US$ 10 milhões para casa.

s

.C..OPA 2014

Arte tetracampeãEmpolgado com a vitória

da Alemanha na Copa do

Mundo do Brasil, Kim

Christensen criou retratos

reveladores de toda a

garra e da força mostrada

pelos jogadores da seleção

tetracampeã em campo.

Nos retratos, aparecem o

grande herói da final do

Mundial, Götze, além de

Hummels, Schweinsteiger,

Kroos e toda a equipe. Veja

mais no link.

http://goo.gl/ljFaMt

Folga para o terrenoMistura de barraca e casa naárvore, a Tentsile é um jeito novode acampar. E a cada tendavendida, o fabricante planta trêsnovas árvores pelo mundo.

w w w. t e n t s i l e . c o m

Füüt é uma rede

para os pés, com

duas alturas: a

inferior, para

trabalhar; a mais

alta, para relaxar.

h t t p : / / g o o . g l / 0 q Y Vy 6

Primeiro sorteio

08 11 20 26 27 44

Os documentos de Santos

foram concedidos por um juiz

com base em entrevistas rea-

lizados com o senhor suposta-

mente centenário.

"Estamos dizendo apenas

que essa é a idade presumi-

da", disse Siqueira. "Ele é lúci-

do, pode falar bem e faz prati-

camente tudo sozinho todos

os dias, menos tomar banho."

Santos mora no abrigo Vila

Vicentina, que serve de mora-

dia para pobres e indigentes,

desde 1973. Ele nasceu em

um quilombo e depois mudou-

se para o Estado de São Paulo,

onde trabalhou em fazendas

de café, segundo Siqueira.

O último levantamento, de

25 de junho, mostra que o ho-

mem mais velho do mundo e

Sakari Momoi, do Japão, com

111 anos e a mulher mais ve-

lha era Misao Okawa, também

do Japão, com 116 anos.

Folga para os pésM

ike

Sega

r/Re

uter

s

Page 11: Diário do Comércio 16/07/2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

QUÍMICOS NO VERMELHOO déficit acumulado da balança comercial de

produtos químicos atingiu US$ 14,3 bilhões noprimeiro semestre deste ano, 4,6% abaixo do mesmo

período do ano passado, informou a AssociaçãoBrasileira da Indústria Química (Abiquim).

Petróleo pode salvar balançaExportações de óleo (e também de carne bovina e café) devem garantir pequeno saldo no comércio exterior: só US$ 600 milhões, na nova projeção da AEB.

Serg

io N

eves

/Esta

dão

Con

teúd

o

Castro, da AEB:"Fator

Ar gentinadeve causar

uma queda deUS$ 3 bilhõesem relação ao

previsto nofinal de 2013".

BNDES diz ocuparespaço que área

privada não assumiu

Presidência do banco do Brics fica com a ÍndiaA

pós uma dura

negociação entre os

cinco países do

Brics (Brasil,

Rússia, Índia, China e África

do Sul), os líderes do bloco

decidiram, ontem, que o

banco de desenvolvimento

que criaram será presidido

por um representante da

Índia. A capital econômica

chinesa, Xangai, foi

confirmada como sede.

Foi uma derrota sofrida pelo

governo brasileiro, que lutou

para ficar com a presidência.

Segundo informação do

Ministério da Fazenda, ficou

acertado que o País terá a

segunda presidência – isto é,

daqui a cinco anos, que é o

tempo de duração de cada

mandato. Por enquanto, o País

ficará com a presidência do

conselho de administração e a

Rússia presidirá o conselho de

g o v e rn a d o re s .

Durante a VI Cúpula do

Brics, realizada em Fortaleza,

foi criado também o Arranjo

Contingente de Reservas

(ACR) do bloco, fundo de US$

100 bilhões para apoiar os

membros que estiverem com

problemas de balanço de

pagamentos.

A criação do banco e do ACR,

“importantes passos na

arquitetura global”c o n f i rm a m

a “dimensão histórica”da

cúpula, disse a presidente

Dilma Rousseff, no discurso de

encerramento da reunião.

“Essas iniciativas mostram

que nossos países, apesar das

diversidades, estão dispostos

a construir uma parceria

sólida”, afirmou.

O presidente da China, Xi

Jinping, também destacou os

avanços na cooperação entre

os cinco países nos últimos

cinco anos e defendeu uma

parceria ainda mais sólida.

Ele também ressaltou a

importância da abertura

comercial e defendeu o

aumento da

“representatividade e a voz

dos países em

desenvolvimento"nas

instituições internacionais.

Embalado pelo sucesso da

reunião de cúpula, o

presidente russo, Vladimir

Putin, propôs nesta terça-

feira que os Brics se associem

também em outro setor

estratégico – o de energia.

“Sob este teto, poderiam ser

Nacho Doce/Reuters

Encontro dos líderes com Dilma:Vladimir Putin (Rússia), NarendraModi (Índia), Xi Jinping (China) eJacob Zuma (África do Sul).

Confiança do governo nareforma do comércio

Oministro do Desenvol-

vimento, Indústria e

Comércio Exterior do

Brasil, Mauro Borges, afirmou

ontem confiar em que os paí-

ses do Brics apoiarão o pacto

de reforma do comércio mun-

dial, apesar das preocupações

da Índia sobre sua segurança

a l i m e n t a r.

Esse pacto, chamado de

Acordo de Bali, foi firmado em

dezembro do ano passado no

âmbito da Organização Mun-

dial do Comércio com o objeti-

vo de destravar as barreiras

comerciais. Mas a Índia criti-

cou-o por colocar a ajuda ao

comércio antes de um com-

promisso sobre subsídios agrí-

colas, questão crucial para o

país, que precisa estocar ali-

mentos para seus pobres.

Essa discordância levantou

temores de que os indianos

não ratificariam o pacto. Se-

gundo Borges, a preocupação

da Índia sobre a sobrevivência

de sua agricultura familiar, da

qual dependem milhões, é

muito compreensível, mas ele

disse que não seria um "ulti-

mato" contra a implementa-

ção do acordo de Bali até a da-

ta limite de 31 de julho.

O ministro do Comércio da

África do Sul, Rob Davies, dis-

se que seu país não teve difi-

culdade em implementar as

medidas de facilitação do co-

mércio, mas ressaltou que

elas devem ser equilibradas

por ações complementares

para ajudar a agricultura em

países em desenvolvimento

mais pobres. (Reuters)

Jarb

as O

livei

ra/E

FE

Para MauroBorges, a

preocupaçãoda Índia com a

agriculturafamiliar não

seria um"ultimato"

contra oacordo de Bali.

criados um banco de reserva

de combustíveis e um

instituto para segurança

energética. Esses passos

ajudariam a reforçar a

segurança energética das

nossas nações", disse.

(Agências)

Aescassez de crédito

para companhias bra-

sileiras, devido à ex-

cessiva cautela dos bancos

comerciais, está impedindo

que o Banco Nacional de De-

senvolvimento Econômico e

Social (BNDES) modere seus

desembolsos, disse ontem o

presidente do banco, Luciano

Coutinho. Ele afirma, contu-

do, estar confiante em que o

banco ainda conseguirá se-

gurar um pouco aqueles de-

sembolsos neste ano.

O BNDES prometeu reduzir

o montante de empréstimos

subsidiados, em uma tentati-

va de conter a dívida pública e

abrir mais espaço para os

bancos comerciais, sobretu-

do os privados, no mercado

de crédito corporativo. No en-

tanto, as empresas estão en-

contrando dificuldade até pa-

ra obter capital de giro.

"O que é frustrante é que

esperávamos poder moderar

mais intensamente (os de-

sembolsos de crédito), espe-

rando uma entrada mais fir-

me do setor privado. E isso

não está acontecendo", disse

Coutinho. "Esse é um proble-

ma. O crédito ao setor priva-

do tem sido mais cauteloso

do que nós esperávamos".

Para Coutinho, a elevação

da taxa básica de juro Selic,

que saiu da mínima histórica

de 7,25% em abril do ano pas-

sado para 11% atualmente,

para controle da inflação e

um setor financeiro mais cau-

teloso aumentaram os pro-

blemas de financiamento.

O sistema financeiro na-

cional expandiu o crédito em

maio na menor taxa anual

em sete anos. Economia em

desaceleração, níveis recor-

des de endividamento de

consumidores e a inflação

em alta naturalmente têm

contribuído fortemente pa-

ra que os brasileiros se man-

tenham em posição muito

cautelosa.

Ritmo agressivoA atuação do BNDES au-

mentou expressivamente

durante a última crise finan-

ceira global, quando o gover-

no brasileiro fez os bancos

públicos a oferecer crédito às

companhias. O BNDES é a

maior fonte de empréstimos

de longo prazo para empre-

sas e projetos de infraestru-

tura no Brasil.

O ritmo agressivo de de-

sembolsos continuou mes-

mo depois do pior da crise

ter passado, com o governo

emit indo dezenas de bi-

lhões de reais em títulos pú-

blicos para capitalizar o BN-

DES, que é um dos maiores

bancos de desenvolvimento

do mundo.

Ainda assim, o fluxo de em-

préstimos mais baratos não

foi capaz de alavancar a eco-

nomia doméstica, que terá

baixo crescimento em 2014

pelo quarto ano consecutivo.

As pesadas capital iza-

ções do BNDES têm contri-

buído para elevar a dívida

bruta do País ao longo dos úl-

timos anos e dispararam o

alarme entre as agências de

classificação de risco, que

alertaram que essas opera-

ções poderiam afetar a nota

de crédito do País.

O governo já começou a re-

duzir as transferências para o

BNDES, com uma capitaliza-

ção de R$ 30 bilhões, abaixo

dos R$ 39 bilhões do ano pas-

sado. Nos primeiros quatro

meses deste ano, os desem-

bolsos do BNDES subiram 8%

ante igual período de 2013,

para R$ 58,8 bilhões.

"Nosso objetivo é de man-

ter uma moderação (nos de-

sembolsos), mas a pressão

que passamos em um mo-

mento de maior retração do

crédito privado volta a agir",

disse Coutinho. (Reuters)

Um salto esperado

de quase 40% nos

embarques de pe-

tróleo do Brasil em

2014, na comparação com o

ano passado deverá garan-

tir um pequeno superávit na

balança comercial do País

neste ano, prevê a Associa-

ção de Comércio Exterior do

Brasil (AEB). O saldo previs-

to é de US$ 635 milhões, an-

te projeção de um superávit

de US$ 7,22 bilhões anun-

ciado pela AEB em dezem-

bro do ano passado e 75,2%

menor que o saldo comer-

cial de 2013.

As exportações totais do

Brasil em 2014 foram esti-

madas em US$ 228,2 bi-

lhões, 5,8% abaixo de 2013,

contra expectativa de ex-

portação de US$ 239 bi-

lhões. A expectativa das im-

portações é de US$ 227,6

bilhões, queda de 5% ante

o ano passado, e também

a b a i xo d a p ro j e ç ã o d a

AEB feita em dezembro,

de US$ 231,8 bilhões.

"É um superávit 'negati-

vo', obtido por quedas nas

exportações e importações.

Este ano temos uma queda

nas exportações maior do

que (a queda) projetada nas

importações", explica o pre-

sidente da AEB, José Augus-

to de Castro.

O superávit previsto pela

AEB fia-se na expectativa de

um aumento da produção da

Petrobras no segundo se-

mestre – conforme promes-

sa da empresa – e de outras

petroleiras que atuam no

País, disse Castro.

Os embarques de petróleo

deverão somar US$ 18,1 bi-

lhões, alta de 39,9% ante

2013. Ainda na área dos pro-

dutos básicos, que respon-

dem por cerca de metade das

exportações do Brasil, as

vendas de carne bovina, de

estimados US$ 6 bilhões

também devem ser recordis-

tas. Já as exportações de café

devem aumentar 23,5%, pa-

ra US$ 5,7 bilhões.

O crescimento nas expor-

tações desses produtos aju-

dará a compensar a queda

nos embarques de minério de

ferro (o principal da pauta de

exportação), que deverá re-

cuar 7,5% este ano, segundo

a AEB, para cerca de US$ 30

bilhões. Castro observa tam-

bém que as importações de

petróleo do país deverão cair

ante 2013, em meio ao cresci-

mento da produção, mas as

compras externas de deriva-

dos ainda deverão subir ante

o ano passado.

A queda na exportação to-

tal do país deste ano ante

2013 ocorrerá especialmen-

te por uma redução nas ven-

das de plataformas da Petro-

bras. "Quem exporta é um

estaleiro para a Petrobras no

exterior: depois, essa subsi-

diária aluga a plataforma pa-

ra a Petrobras no Brasil.

Quando sai é uma exporta-

ção, quando volta é contra-

tação de um serviço", expli-

cou o presidente da AEB. Se-

gundo ele, essa operação re-

sultou em vendas externas

de US$ 7,7 bilhões e este

ano, devem somar US$ 2,5

bilhões, ante expectativa

inicial de US$ 5 bilhões.

"O segundo fator é a Ar-

gentina, fator que não esta-

va previsto em dezembro

de 2013, e agora deve cau-

sar uma queda de US$ 3 bi-

lhões em relação ao previs-

to no final do ano passado,

por causa da crise", afir-

mou. O país vizinho enfren-

ta uma crise de dívida após

ter sido condenado pela

Justiça dos Estados Unidos

a pagar antigos credores

que não renegoc ia ram

seus títulos. (Reuters)

Page 12: Diário do Comércio 16/07/2014

12 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 16 de julho de 2014

Page 13: Diário do Comércio 16/07/2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

Ofereceremos produtos a preços mais competitivos até o limite de nossas forçasAntoniel Ordelo, presidente da Ablac

Competitividade é a palavraN

a abertura oficial da

Fr a n c a l ,

representantes dos

governos municipal e

estadual chamaram o

segmento a investir na

produção e na inovação para

superar as dificuldades que

todo o País enfrenta

atualmente. Abdala Jamil

Abdala, presidente da

Francal, ressaltou a

responsabilidade transferida

ao evento de alcançar

resultados significativos

para reverter este quadro

n e g a t i v o.

O mesmo disse Antoniel

Ordelo, presidente da

Associação de Lojistas de

Artefatos e Calçados (Ablac),

pois o atual cenário é de

cautela em razão dos juros e

da inflação elevados. Além

disso, ele ressaltou que "a

falta de mão de obra afeta a

produção do País,

apesar do uso intensivo de

tecnologia". Por isso,

segundo Ordelo, é preciso

buscar produtividade

sistêmica e, para enfrentar

as dificuldades o varejo não

pode medir esforços para

alterar o atual quadro da

economia. "Ofereceremos

produtos a preços mais

competitivos até o limite de

nossas forças", disse.

Alencar Burti, presidente

do Conselho Deliberativo do

Serviço Brasileiro de Apoio

às Micro e Pequenas

Empresas (Sebrae) de São

Paulo, ressaltou que a

situação do segmento

calçadista é chocante e

exige uma reação criativa e

competente para reverter

este quadro. Para ele, a união

de fabricantes e varejistas

com todo o segmento

produtivo deve buscar

soluções e exigir medidas

concretas dos governos

federal e estadual. "Através

da crise é que aprendemos a

ser competitivos e a buscar

soluções porque o Brasil

merece", disse. (PC)

Calçadistas dão o tom do verãoA indústria apostou nas cores vibrantes para esta edição da Francal. Espera, com isso, que as vendas da nova coleção revertam o fraco resultado, até agora, do ano.

Paula Cunha

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Cores fortes estarão nos pés dos brasi-

leiros neste verão, como apontam os

fabricantes de calçados que começa-

ram a mostrar as tendências do setor

no primeiro dia da Francal, a principal feira cal-

çadista do País, que está em sua 46ª edição.

Tanto fabricantes quanto varejistas esperam

que o evento alavanque as vendas depois de

um primeiro semestre fraco em razão da Copa

do Mundo e do baixo desempenho da economia

brasileira. O evento acontece no Pavilhão do

Anhembi, na capital paulista, até sexta-feira.

Os organizadores não divulgaram expectati-

va de comercialização durante o evento, mas

estão otimistas quanto ao seu potencial para

reaquecer as atividades nos próximos meses

com encomendas visando o Natal, época em

que o poder de compra da população aumenta

com o pagamento do décimo terceiro salário.

Customizável–Há 48 anos no mercado infan-

til, a Ortopé espera registrar crescimento em

volume de 20% nas vendas da coleção verão,

apesar da interrupção nos negócios em razão

do Carnaval tardio e da Copa do Mundo. Sem di-

vulgar cifras, o gerente de comunicação Fábio

Schmitz ressaltou que a empresa está apre-

sentando 130 novos modelos na Francal, even-

to que representa até 30% dos negócios da em-

presa. Para atrair os pequenos consumidores,

a Ortopé está lançando uma coleção de tênis

para meninos e meninas que podem ser enfei-

tados com figurinhas plásticas removíveis.

Atualmente, o público alvo da empresa são os

consumidores das classes A e B e uma parte da C

que começa a consumir a marca em busca de

produtos de maior qualidade. Segundo Schmitz,

a marca possui três mil pontos de venda no País,

mas tem uma grande força na região Sul. Para

ele, a feira também é positiva para as exporta-

ções, que representam 10% do total de suas

vendas. Atualmente, a produção é vendida para

Bolívia, Peru, Paraguai e Arábia Saudita. Algu-

mas encomendas pontuais também são envia-

das para o Kuwait, Líbano, Síria e Singapura.

O pólo produtor de Birigui, importante região

fabricante de calçados infantis, compareceu à

feira e ocupou um amplo espaço com suas mar-

cas. Com o auxílio do Sebrae, as 14 indústrias

que participam do grupo comercializarão seus

novos modelos neste evento. O prefeito de Bi-

rigui, Pedro Barnabé, lembrou que a exposição

recebe amostras da produção da região paulis-

ta que soma anualmente 60 milhões de pares.

Na sua opinião, a parceria com o Sebrae foi fun-

damental para auxiliar o segmento a encontrar

um nicho importante do mercado infantil.

Dentro desse grupo, o industrial Elem Mar-

tins, proprietário da Ligle Baby, participa da

Francal pela primeira vez e pretende vender de

5 mil a seis mil pares até o último dia do evento.

Ele apresenta uma linha para bebês e crianças

de até cinco anos e pretende conquistar novos

clientes da região Sudeste. Hoje, 80% de sua

produção é vendida para o Norte e o Nordeste.

Colorido – Já a Sapatoterapia, com sede em

Franca, apresentou sua coleção de sapatos

masculinos para a próxima estação que tem

ênfase no design sofisticado, sem deixar de la-

do o conforto. Para o gerente de desenvolvi-

mento, Paulo Sérgio Ferreira Júnior, a estraté-

gia é oferecer produtos com bom visual para

conquistar varejistas estrangeiros. A empresa

participa, anualmente, de feiras em Las Vegas,

Rússia, China, Itália e Alemanha. Nesta edição

da Francal, a novidade é uma linha de calçados

leves de verão batizada Oceanic, apresentada

em diversas cores que está sendo apresentada

ao lado das coleções de botas e sapatos sociais

com cores mais sóbrias.

No caso da Xeryu's, especializada em mochi-

las para crianças e adolescentes, a aposta foi nas

coleções com personagens de séries e desenhos

animados para conquistar os lojistas de todo o

Brasil para recuperar a queda nas vendas ocor-

rida no primeiro semestre do ano. Estes itens, na

avaliação de Taís Yoshimura, gerente de produ-

tos, são o carro-chefe da empresa neste ano e a

expectativa é de aumento nas vendas na volta

das férias escolares. Além disso, o grupo conta

com outra marca, a Isabella Piu, que oferece bol-

sas de diversos modelos para o público feminino.

Neste ano, os destaques são as bolsas com pa-

lha, cobre, tecido xadrez e cores fortes.

A tradicional Arezzo, famosa pelas bolsas e

calçados femininos, apresentou uma coleção

denominada étnica com texturas diferencia-

das e acessórios de cobre. Neste ano, as bolsas

com franjas e aplicações de palha e bordado

devem ser as mais procuradas pelas consumi-

doras no verão, de acordo com a expectativa

da empresa, que oferecerá também os mode-

los mais clássicos de apenas uma cor.

No caso dos calçados, tênis e sandálias, as co-

res fortes e aplicações de pedras coloridas são

destaques. Outro grupo de produtos é compos-

to de sapatos e bolsas revestidas com jeans.

Entre os fabricantes de acessórios, a Cintos

América também espera um segundo semes-

tre melhor neste ano com uma coleção pró-

pria de cintos e uma linha licenciada de bol-

sas da Vogue e da Pierre Cardin. Seus clientes

são as lojas de calçados, confecções e as bu-

tiques especializadas nestes itens. A meta é

igualar as vendas realizadas na primeira edi-

ção da feira que ocorreu em janeiro. A gerente

de vendas, Adriana Siqueira, opina que a fei-

ra é um bom instrumento para prospectar no-

vos clientes e para estreitar laços com os

compradores estrangeiros. Entre os seus

clientes externos estão os do Paraguai, Uru-

guai, Chile e Panamá.

Os fabricantesmostraram modelos

arrojados nesta ediçãoda feira, mas a

preocupação com oconforto não foi

esquecida. Abaixo, àesquerda, Schmitz, daOrtopé, apresenta seus

sapatos infantiscustomizáveis:

adesivos podem sercolados e removidos. À

direita, Adriana, daCintos América, esperaque a Francal aqueçasuas vendas para o

e x t e r i o r.

Page 14: Diário do Comércio 16/07/2014

14 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 16 de julho de 2014

Passageiro Vip

Contatos com oautor pelo e-mail: [email protected]

Colômbia, o paísque se reinventou

Nos anos 1980, Colôm-

bia era praticamente

sinônimo de país peri-

goso. Apesar da beleza natu-

ral diversificada, povo gentil,

e cultura fascinante, terra do

Prêmio Nobel Gabriel Garcia

Marques, viajar para aquele

país caribenho era decisão

de alto risco. Isto mudou.

Com determinação, a Colôm-

bia está deixando para trás a

sua imagem associada à vio-

lência. Não que ela tenha de-

saparecido de vez, já que al-

guns bolsões ainda perdu-

ram, como é o caso da cidade

de Cali, citada recentemente

pelo site Amerikanki.com um

dos dez lugares mais perigo-

sos do mundo. Mas antes que

alguém faça algum julga-

mento precipitado, é bom di-

zer que nesta mesma lista de

cidades arriscados, até à

frente de Cali estão a brasilei-

ra de Maceió e a mexicana

Ac a p u l c o.

Exceções à parte, há duas

décadas a Colômbia passa

por profunda transforma-

ção que se reflete em bons

indicadores sociais e econô-

micos. Com um invejável ín-

dice de 93% de cidadãos

que completaram o ensino

secundário e um sistema de

prev idênc ia soc ia l que

atende a maioria da popula-

ção, o país tem crescido a ta-

xas de 4% nos últimos cinco

anos. Por tudo isso, o país

está se tornando um dos

mais atraentes para investi-

dores internacionais. Em

2013,, registrou a entrada

de US$ 15,8 bilhões, quase

o dobro do ano anterior.

Considerada pelo Banco

Mundial como o terceiro

país "mais amigável para

fazer negócios" e pelo BID

como o quinto em proteção

ao capital estrangeiro, a Co-

lômbia deve se tornar a 30ª

e c o n o m i a m u n d i a l e m

2025.

Agora uma iniciativa cha-

mada "Lo Bueno de Colom-

bia" quer mostrar como o

país evoluiu nos últimos tem-

pos e assim promover o turis-

mo e oportunidades de in-

vestimento. Em 2013, a Co-

lômbia recebeu 2,6 milhões

de visitantes, e a meta para

2014 é 4 milhões –quatro ve-

zes mais do que a Copa do

Mundo trouxe ao Brasil.

As viagens de negócios

também prosperam. A capi-

tal Bogotá, com bons hotéis e

infraestrutura, é um dos 50

melhores destinos no ran-

king do ICCA (International

Congress and Convention

Association).

O maior símbolo da mu-

dança radical que tirou o

país do noticiário policial e o

levou para o turismo é a ci-

dade de Medellin. Reconhe-

cida como a mais inovadora

do mundo pelo Urban Land

Institute, foi escolhida para

ser a sede do Forum Urbain

Mondial, o maior do mundo

em urbanismo,

com a presença

de ma is de 10

mil visitantes de

130 países. Nos

espo r tes , Me-

dellin já hospe-

dou eventos co-

mo os Jogos Sul-

Americanos de

2010 . Com 22

museus , ma is

de 25 cen t ros

comerciais, seis

zonas gastronô-

micas e instala-

ções médicas de

peso, ela se tor-

nou também um

polo de turismo

de saúde. É lá que está tam-

bém o maior centro interna-

cional da América Latina pa-

ra convenções, com 12 mil

metros quadrados de área

coberta e que pode receber

até 8 mil pessoas.

Mas esta reviravolta só foi

possível porque se formou

um ciclo virtuoso onde go-

verno e setor privado co-

lombiano se deram as mãos

para mostrar ao mundo – e

principalmente a eles pró-

prios – que vontade, traba-

lho e paixão juntos são ca-

pazes de transformar um

país e fazer dele o melhor lu-

gar para se viver.

Como que selecionado

de uma ótima safra de

vinhos, Jacques Métadier

faz parte de um time

especial de franceses que

escolheram o Brasil para

viver. Nascido em Paris, fez

mestrado em Literatura,

com graduação em

Teologia e pós graduação

em Gestão Estratégica de

RH. Com estes predicados,

não é à toa que a Accor do

Brasil o tenha escolhido

para exercer várias

funções em gestão de

pessoas, e tempos depois

torná-lo diretor de sua

Universidade Corporativa.

Casado com a jornalista

Tânia Magalhães com quem

tem Max e Marie, Métadier

poderia ter se acomodado

na posição confortável onde

trabalhou por 12 anos. Mas

a vocação para o

voluntariado falou mais

alto. Pesou aí a farta

experiência em ONGs na

França, quando cuidou do

envio de voluntários para 60

países, inclusive o Brasil. Ele

próprio acabou morando em

Guajará-Mirim, em Roraima,

por dois anos.

Métadier acaba de

assumir a ONG Espro, com a

missão de integrar jovens

aprendizes no mercado de

trabalho, hoje 9 mil em

quase mil municípios

brasileiros. Com seis filiais,

ele vai comandar mais de

500 colaboradores.

Div

ulga

ção

JacquesMétadier

Azul encomenda à Embraer30 aviões do novo modelo

A primeira entrega está prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2018; mais 20 jatos podem estar a caminho.

Afabricante de aviões

Embraer anunciou

ontem que recebeu

novos pedidos por ja-

tos de três companhias aé-

reas, com destaque para a

brasileira Azul, que assinou

uma carta de intenções para

encomendas que podem tota-

lizar US$ 3,1 bilhões.

A fabricante também anun-

ciou contratos com a japonesa

Fuji Dream Airlines (FDA) e

com a Azerbaijan Airl ines

(Azal), do Azerbaijão.

Enquanto o acordo com a

FDA envolve o pedido firme de

três jatos E175 com opções

para outras três aeronaves do

mesmo modelo, em enco-

menda que pode chegar a US$

258,6 milhões a valor de lista,

o contrato com a Azal conta

com pedido firme por dois ja-

tos E190, com valor estimado

em US$ 95,4 milhões.

No caso da FDA e da Azer-

baijan Airlines, os pedidos já

estavam incluídos na carteira

de pedidos do segundo tri-

mestre, de US$ 18,1 bilhões,

conforme divulgado na véspe-

ra.

A encomenda da Azul, po-

rém, deverá ser incluída na

carteira de pedidos no quarto

trimestre deste ano, segundo

a Embraer, quando está pre-

vista a conclusão do contrato.

A empresa aérea, que já tem

aviões da Embraer na sua fro-

ta juntamente com turboéli-

ces ATRs e que recentemente

anunciou a adição de jatos da

Airbus para fazer voos inter-

nacionais, fez um pedido firme

por 30 aviões do modelo 195

da segunda geração, que está

sendo desenvolvida pela fa-

bricante brasileira.

A carta de intenções tam-

bém considera opções por ou-

tros 20 jatos do mesmo mode-

lo, com um valor estimado de

US$ 3,1 bilhões a preços de lis-

ta se todas as encomendas fo-

rem convertidas em pedidos

f i rm e s .

Com essa encomenda, a

Azul passa a ser o operador-

lançador do jato, informou a

Embraer, acrescentando que

a primeira entrega de um

avião da segunda geração es-

tá prevista para ocorrer no pri-

meiro semestre de 2018.

A Embraer também infor-

mou que a Royal Air Maroc, aé-

rea do Marrocos, decidiu intro-

duzir o E190 como parte da es-

tratégia de atualização de sua

frota, assinando um contrato

de arrendamento de quatro ja-

tos com a Aldus Aviation, em-

presa irlandesa especializada

na locação de aviões da fabri-

cante. (Reuters)

Divulgação

A companhiaaéreabrasileira fezum pedidofirme por 30aviões domodelo 195 dasegundageração

Airbus começabem com oA330neo

Opresidente-executivo da

Airbus, Tom Enders, disse

que as vendas de seu mais no-

vo jato nos dois primeiros dias

de feira do setor que acontece

na Inglaterra apoiam a deci-

são do grupo de investir no

modelo. "Mais de 100 (aviões)

A330neo já no segundo dia é

um bom começo para este no-

vo membro da família", disse

ele em Farnborough.

A Airbus apresentou o novo

avião na segunda-feira e já as-

sinou três contratos com em-

presas de leasing de aerona-

ves e acertou outro com a aé-

rea AirAsia. Enders disse que

esse era um bom negócio para

os acionistas, embora a Airbus

tenha que lidar com custos de

desenvo lv imento para o

A330neo entre 2015 e 2017,

com um impacto de 70 pontos

base na meta de retorno de

vendas do grupo para 2015.

"Estávamos convencidos

de que fizemos isso a um preço

aceitável e recebendo um

bom valor para os nossos acio-

nistas", afirmou.

Respondendo críticas da

Boeing sobre o jato novo, ele

disse que a Boeing tinha pre-

visto que a versão nova do

A320 não iria emplacar. "A rea-

ção do nosso concorrente ao

A320 era de que se tratava de

fogo de palha, mas hoje nós já

vendemos mais de 3 mil dos

A320neo até agora", disse ele.

(Reuters)

Leonardo Munoz/Efe

Page 15: Diário do Comércio 16/07/2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 15

Anac, Infraero e aéreascondenadas por caos.

Justiça determinou o pagamento de R$ 10 milhões por transtornos de 2006.

AJustiça Federal con-

d e n o u a U n i ã o ,

Agência Nacional da

Aviação Civil (Anac),

a Empresa Brasileira de In-

fraestrutura Aeroportuária

(Infraero) e outras seis empre-

sas de transporte aéreo a pa-

gar uma indenização de R$ 10

milhões por danos e transtor-

nos devido a vários cancela-

mentos e atrasos de voos

ocorridos em 2006, o chama-

do caos aéreo. O valor será

destinado a um fundo de repa-

ração dos danos causados à

sociedade. cabe recurso.

As empresas condenadas

foram BRA, Ocean Air (atual

Avianca), Pantanal, TAM, Total

e VRG (dona da Gol).

A ação civil coletiva foi pro-

posta pelo Procon, entre ou-

tros órgãos, alegando desres-

peito ao Código de Defesa do

Consumidor (CDC). Para o juiz

da 6ª Vara Federal Cível de São

Paulo, João Batista Gonçalves,

que julgou o caso, foi provada

a má organização, adminis-

tração, gerenciamento, fisca-

lização e prestação de serviço

de transporte aéreo.

A crise nos aeroportos co-

meçou semanas após o aci-

dente envolvendo o avião da

Gol e o jato executivo Legacy,

ocorrido em 29 de setembro

de 2006. Em 27 de outubro da-

quele ano, controladores de

voo fizeram uma operação-

padrão em protesto contra as

condições de trabalho. Poste-

riormente, outros fatores co-

mo pane no sistema de contro-

le, retirada de aeronaves para

manutenção, nevoeiros ,

obras em aeroportos provoca-

ram caos nos aeroportos das

principais capitais.

A sentença cita que, em 2 de

novembro de 2006, o tempo

de espera para embarque

chegou a mais de 15 horas.

"Sem informação ou auxílio

razoáveis, houve, inclusive,

casos em que os passageiros

tiveram que sentar e dormir

no chão e em cadeiras, sem

alimentação e água, aguar-

dando embarques atrasa-

dos", diz o texto.

O juiz determinou ainda que

toda a fiscalização, cartilha,

norma ou ato emitido e prati-

cado por qualquer um dos réus

deve atender prevalentemen-

te ao Código, no que se revelar

mais favorável aos usuários.

A assessoria da Infraero diz

que tomou conhecimento da

publicação da condenação e

que vai apresentar recurso no

prazo necessário. A Anac in-

formou que não conseguiu

contato com a área jurídica

Beto Barata/EC

ontem e que deverá se mani-

festar sobre a decisão hoje.

Gol e TAM, que também é do-

na da Pantanal, dizem que

irão se manifestar nos autos

do processo. A Advocacia Ge-

ral da União (AGU) assim co-

mo as demais companhias

aéreas foram procuradas,

mas não responderam.

(Agências)

Em novembrode 2006, otempo deespera paraembarque nosaeropor toschegoua mais de15 horas.

Nos EUA, mais lenhana fogueira.

Arecuperação econô-

mica dos Estados

Unidos continua in-

completa, com o mercado

de trabalho ainda abalado

e salários estagnados jus-

tificando a política mone-

tária frouxa no horizonte

relevante, afirmou ontem

a chair do Federal Reserve,

banco central norte-ame-

ricano, Janet Yellen (fotoacima). Em forte defesa da

atual postura do banco

central, Yellen afirmou que

sinais iniciais de acelera-

ção da inflação não são su-

ficientes para o Fed anteci-

para seus planos de elevar

a taxa de juros, medida

atualmente esperada para

meados do próximo ano.

Isso poderia mudar, com

a taxa de juros subindo

mais cedo e mais rápido,

se dados mostrarem o

mercado de trabalho me-

lhorando com mais veloci-

dade do que o esperado,

disse ela. Mas como está,

"embora a economia con-

tinue melhorando, a recu-

peração ainda não está

completa", disse Yellen em

depoimento semestral

diante do Comitê Bancário

do Senado. "Muitos norte-

americanos continuam

desempregados", disse.

Relativamente otimis-

tas, Yellen apresentou am-

pla visão sobre uma eco-

nomia ainda em transição

após a crise econômica de

2007/2009. Em relatório

acompanhando suas de-

clarações, o Fed informou

que seu balanço patrimo-

nial vai atingir o máximo

de US$ 4,5 trilhões quando

seu programa de compra

de títulos acabar em outu-

bro, sinal de quanto estí-

mulo o banco central tem

tido que liberar para sus-

tentar a economia.

Yellen afirmou ainda que

a economia continua mo-

deradamente gerando

empregos e crescimento

estável. Mas acrescentou

que o Fed espera que sua

medida preferida de infla-

ção fique entre 1,5% e

1,75% para 2014, abaixo

da meta de 2%. O mercado

imobiliário continua fraco,

disse Yellen, (Reuters)

Kevin Lamarque/Reuters

Luxemburgo naComissão Europeia

Oex-primeiro-ministro de

Luxemburgo, Jean-Claude

Juncker, foi eleito ontem presi-

dente da Comissão Europeia

pelos próximos 5 anos depois

de fazer promessas como o

congelamento da expansão do

bloco e "renda mínima garanti-

da" nos países da UE. Juncker,

de centro-direita, que assumirá

em 1º de novembro, foi o 1º a fa-

zer campanha pelo cargo no

Parlamento Europeu. Sofreu

oposição dos primeiros-minis-

tros do Reino Unido, David Ca-

meron, e da Hungria, Viktor Or-

ban. Juncker teve 422 votos a

favor e 250 contra (57 foram

brancos ou nulos e 22 legislado-

res não votaram).

Ele se comprometeu a dar

mais flexibilidade na diminui-

ção de déficits orçamentários

em momentos de turbulência

econômica. Disse que buscará

criar uma "capacidade fiscal"

para a zona do euro, prometeu

tornar públicos documentos li-

gados à negociação do acordo

com os EUA e garantir que os

padrões de saúde, sociais e de

privacidade não serão diluídos.

(Estadão Conteúdo)

Page 16: Diário do Comércio 16/07/2014

16 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 16 de julho de 2014

Page 17: Diário do Comércio 16/07/2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17

Terceira Estrela Investimentos S.A.CNPJ/MF: 12.039.511/0001-04

Demonstrações contábeis correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013Balanço Patrimonial Levantado em 31 de Dezembro - Em reais

Aos Administradores e Acionistas Terceira Estrela Investimentos S.A. -Examinamos as demonstrações contábeis da Terceira Estrela InvestimentosS.A., que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimôniolíquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data assimcomo o resumo das principais práticas contábeis e demais notasexplicativas. Responsabilidade da administração sobre asdemonstrações contábeis: A Administração da Sociedade é responsávelpela elaboração e adequada apresentação dessas demonstraçõescontábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e peloscontroles internos que ela determinou como necessários para permitir aelaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante,independentemente se causada por fraude ou erro.Responsabilidade dosauditores independentes: Nossa responsabilidade é a de expressar umaopinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa

auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionaisde auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticaspelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo deobter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livresde distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentosselecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores edivulgações apresentados nas demonstrações contábeis.Os procedimentosselecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliaçãodos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis,independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação deriscos, o auditor considera os controles internos relevantes para aelaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis daSociedade para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriadosnas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficáciadesses controles internos da Sociedade. Uma auditoria inclui, também, a

avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidadedas estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliaçãoda apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriadapara fundamentar nossa opinião. Opinião: Em nossa opinião, asdemonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, emtodos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da TerceiraEstrela Investimentos S/A. em 31 de dezembro de 2013, o desempenho desuas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data,de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

São Paulo, 11 de junho de 2014Cokinos & Associados José Luiz FariaAuditores Independentes S/S ContadorCRC-2SP 15.753/O-0 CRC-1SP116. 868/O-8

Registro CVM nº 7.739

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - Em reais

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido - Em reais

Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Contábeis

Ativo N.E. 2013 2012Circulante 979.502 1.268.597Caixa e equivalentes de caixa 4 727.897 6.812Aplicações financeiras – 727.685Adiantamento a fornecedores 705 –Impostos a recuperar 6 250.900 116.468Contas a receber – 417.632Não circulante 14.888.082 16.083.939Empréstimos - Teisa Futebol S/A 361.253 –Investimentos 5 14.526.829 –Direitos econômicos de atletas – 10.390.552Aplicações financeiras – 5.693.387Total do ativo 15.867.584 17.352.536

Passivo N.E. 2013 2012Circulante 23.040 111.320Fornecedores 12.802 –Obrigações fiscais 10.238 91.336Contas a pagar – 19.984Patrimônio líquido 7 15.844.544 17.241.216Capital 17.157.600 15.794.556Reserva de legal 83.616 83.616Reserva de dividendos – 338.138Prejuízo (lucro) acumulado (1.396.672) 1.024.906

Total do Passivo 15.867.584 17.352.536As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações contábeis

Demonstr. do Resultado do Exercício em 31 de Dezembro - Em reaisNE 2013 2012

Receita s/direito confederativo atleta – 487.060Lucro bruto – 487.060Despesas operacionaisGerais e administrativas (424.132) (163.141)Resultado de equivalência patrimonial (342.175) –Perda venda direitos confederativos (1.183.602) –Lucro operacional antes do resultadofinanceiro (1.949.909) 323.919

Receita financeira 608.821 –Despesa financeira (33.674) –Resultado financeiro 8 575.147 539.395Lucro antes do IR e da contribuição social (1.374.762) 863.314Contribuição social (8.216) (77.391)Lucro antes do imposto de renda (1.382.978) 785.923Imposto de renda (13.694) (193.434)(Prejuízo) Lucro do exercício (1.396.672 592.489(Prejuízo) Lucro por ação (R$ 0,0736) R$ 0,0481As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações contábeis

Capital Social Reserva Legal Reserva de Dividendos Lucro (Prejuízos) Acumulados TotalSaldos em 31 de dezembro de 2011 15.794.556 15.988 82.801 760.064 16.653.409Constituição de reserva legal – 67.628 – (67.628) –Ajuste de exercício anterior – – – (4.682) (4.682)Transferência para reserva de dividendos – – 338.138 (338.138) –Lucro do exercício – – – 592.489 592.489Saldos em 31 de dezembro de 2012 15.794.556 83.616 420.939 942.105 17.241.216Aumento de capital 1.363.044 – (420.939) (942.105) –Prejuízo do exercício – – – (1.396.672) (1.396.672)Saldos em 31 de dezembro de 2013 17.157.600 83.616 – (1.396.672) 15.855.544

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

Demonstrações dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro - Em reais2013 2012

(Prejuízo) Lucro do exercício (1.396.672) 592.489Ajustes para reconciliar o lucro líquido comrecursos provenientes das atividadesoperacionais

Ajuste de exercício anterior – (4.682)(1.396.672) 587.807

Variações nos ativos e passivos operacionaisAplicações financeiras 6.421.072 (593.495)Adiantamento a fornecedores (705)Impostos a recuperar (134.432) (103.829)Contas a receber 417.632 37.968Fornecedores 12.802Obrigações fiscais (81.098) 57.338Contas a pagar (19.984) 19.984Caixa líquido utilizado nas atividadesoperacionais 5.218.615 5.773Fluxo de caixa das atividades de investimentoAquisição de Investimentos (14.526.829) –Baixa de direitos econômicos de atletas 10.390.552 –Caixa líquido utilizado nas atividadesde investimento (4.136.277) –

Fluxo de caixa das atividadesde financiamentoEmpréstimos (361.253) –Caixa líquido proveniente nas atividadesde financiamento (361.253) –

Aumento líquido no caixa e equivalentesde caixa 721.085 5.773Caixa e equivalentes de caixa no início doexercício 6.812 1.039Caixa e equivalentes de caixa no final doexercício 727.897 6.812

721.085 5.773As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações contábeis

1. Contexto Operacional: A Terceira Estrela Investimentos S.A. com sedena Rua da Consolação, nº 247, 3º andar, Sala1B - São Paulo - SP, iniciousuas atividades em 19 de abril de 2010, como uma sociedade por ações decapital fechado. Em Assembleia Geral Extraordinária - “AGE” realizada em04 de junho de 2013, arquivada na Junta Comercial do Estado de São Pauloem 12 de julho de 2013, foi decido entre outros, a alteração do prazo deduração da Sociedade, a constituição de uma nova empresa onde aSociedade será majoritária, e a alteração do objeto social. Em função destaAGE, a Sociedade teve o prazo de duração prorrogado até a data de 31 dedezembro de 2017. Caso a Sociedade ainda seja titular de direitoseconômicos derivados da cessão de direitos federativos de jogadoresprofissionais de futebol em 31 de dezembro de 2017, seu prazo de duraçãoficará automaticamente prorrogado por novos períodos de 01(um) ano, atéque a Sociedade se desfaça integralmente de todos os direitos econômicospor ela titularizados. O objeto social é a participação em outras sociedadesou fundos de investimentos, nacionais ou estrangeiros, na qualidade desócia, acionista ou quotista. Foi constituída em 08 de julho de 2013 aSociedade Teisa Futebol S/A, com participação majoritária da TerceiraEstrela Investimentos S/A. 2. Resumo das Principais PráticasContábeis: As principais práticas contábeis aplicadas na preparaçãodestas demonstrações contábeis estão definidas a seguir. 2.1) Base depreparação e apresentação das demonstrações contábeis: Asdemonstrações contábeis da Sociedade para o período findo em 31 dedezembro de 2013 foram elaboradas de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil, aplicáveis a pequenas e médias Empresas (NBC TG1000) e normas aplicáveis a entidades sem fins lucrativos (ITG 2002).2.2) Moeda funcional e moeda de apresentação: Os itens incluídos nasdemonstrações contábeis são mensurados utilizando-se a moeda doprincipal ambiente econômico no qual a Sociedade atua (“moeda funcional”).As demonstrações contábeis estão apresentadas em reais (R$), que é amoeda funcional da Sociedade e, também, a sua moeda de apresentação.2.3) Caixa e equivalentes de caixa: Compreendem os saldos de caixa,depósitos bancários à vista e aplicações financeiras. As aplicaçõesfinanceiras constituem-se principalmente em investimentos temporárioscom vencimento em até 90 dias da data da aplicação ou considerados deliquidez imediata, bem como conversíveis em um montante conhecido decaixa.Tais investimentos estão sujeitos a um insignificante risco de mudançade valor, os quais são registrados pelos valores de custo acrescidos dosrendimentos auferidos até as datas dos balanços, não excedendo o seuvalor de mercado ou de realização. 2.4) Direitos econômicos de atletas:Conforme mencionado na nota explicativa nº 1 a Sociedade constituiu aTeisa Futebol S.A., e integralizou o capital na Sociedade com a conferênciados Ativos que incluía os Direitos econômicos de atletas e parte comnumerário; 2.5) Investimentos: Os investimentos em controladas sãoavaliados pelo método de equivalência patrimonial, com base no balançopatrimonial levantado pelas respectivas investidas na mesma data-base dobalanço da controladora. 2.6) Imposto de Renda e Contribuição Social:Calculados com base no resultado contábil trimestral, ajustado por itensnão tributáveis e/ou não dedutíveis. 2.7) Patrimônio Líquido: a) Lucro poração: Calculado com base no número de ações em circulação nas datasdos balanços, que compreende o número de ações do capital socialintegralizado. b) Dividendos a pagar: A distribuição de dividendos para osacionistas da Sociedade é reconhecida como passivo nas demonstraçõescontábeis, no período em que a distribuição é aprovada por eles.2.8) Reconhecimento da Receita:A receita é reconhecida na extensão emque for provável que benefícios econômicos serão gerados para aSociedade e quando possa ser mensurada de forma confiável. A receita é

mensurada com base no valor justo da contraprestação recebida, excluindodescontos, abatimentos e impostos ou encargos sobre a referida receita.3) Uso de Estimativas e Julgamentos:Na elaboração das demonstraçõescontábeis é necessário que a Administração faça uso de estimativas eadote premissas para a contabilização de certos ativos, passivos e outrastransações as quais, apesar de refletirem o julgamento da melhor estimativapossível por parte da Administração da Sociedade, relacionadas àprobabilidade de eventos futuros, podem eventualmente apresentarvariações em relação aos dados e valores reais.4. Caixa e Equivalentes de CaixaContas 2013 2012Caixa 1.030 1.030Bancos conta movimento 1.157 5.782Aplicações financeiras 725.710 –Total 727.897 6.812As aplicações financeiras no Banco Santander referem-se a Certificado deDepósito Bancário, remunerada a taxa de 100,00% do Certificado deDepósito Interbancário (CDI).5. Investimentos:a) Composição dos saldos 31/12/2013Participação em empresas controladas 14.526,829Total dos investimentos 14.526,829b) Movimentação dos investimentos em empresa controlada:Saldo em 31 de dezembro de 2012 Teisa Futebol S.A.Aquisição de participação 14.869.004Equivalência Patrimonial (342.175)Saldo em 31 de dezembro de 2013 14.526.829c) Movimentação dos saldos das controladas:Saldos em 31 de dezembro de 2013 Teisa Futebol S.A.Ativo total 15.888.303Passivo total 1.361.473Prejuízo do período (342.175)Capital social 14.869.005Patrimônio líquido 14.526.830Quantidade de ações possuídas 14.869.004Participação no capital social e no patrimôniolíquido no final do exercício - % 99,9999%

Em 08 de julho de 2013 a Sociedade constituiu a controlada Teisa FutebolS.A. subscrevendo seu capital por meio de conferência dos seus Ativos. Ovalor foi baseado em Laudo de Avaliação na data base de 30 de abril de2013 emitido por empresa contratada especificamente para essa finalidade.6. Imposto de Renda e Contribuição Social: Durante 2012 e 2013 aentidade protocolou declaração de compensação junto a Delegacia daReceita Federal relativo a IRPJ e CSLL sobre recolhimentos efetuados amaior. Apesar da Secretaria da Receita Federal até o momento não terhomologado os referidos créditos, a Administração da entidade, compensouesses recolhimentos com tributos devidos por entender serem remotas aspossibilidades de glosa dos mesmos. 7. Patrimônio Líquido: 7.1. CapitalSocial: Em 31 de dezembro de 2013, o capital social subscrito era deR$ 17.157.600 integralmente realizados e divididos em 15.794.556 (quinzemilhões, setecentas e noventa e quatro mil, quinhentas e cinquenta e seis)ações ordinárias nominativas sem valor nominal. 7.2. Política deDistribuição de Lucros:O lucro líquido apurado no período terá a seguintedestinação: i) A parcela de 5% será deduzida para a constituição de reservalegal, que não excederá 20% do capital social, em conformidade com a Leidas Sociedades por Ações. ii) Os acionistas terão direito a um dividendoanual de, no mínimo, 25% do lucro líquido, nos termos do artigo 202 da Lei

das Sociedades por Ações, conforme alterada pela Lei nº 10.303/01.iii) O saldo remanescente, depois de atendidas as disposições contidasnos itens anteriores, terá a destinação determinada pela Assembleia Geralde Acionistas, com base na proposta da Diretoria contida nasdemonstrações contábeis, sendo estas conforme o disposto no artigo 176,parágrafos 3 e 132, inciso II, da Lei das Sociedades por Ações, eobservadas as disposições contidas no artigo 34 da referida Lei, conformealterada pela Lei nº 10.303/01. Caso o saldo das reservas de lucrosultrapasse o capital social, a Assembleia Geral de Acionistas deliberarásobre a aplicação do excesso na distribuição de dividendos adicionais aosacionistas. Considerando que a Sociedade apresenta prejuízo acumuladonão há reserva legal constituída. Considerando que a Sociedade apresentaprejuízos acumulados não há proposta de pagamento de dividendos.8. Resultado Financeiro: 2013 2012Receitas financeiras:Rendimento de aplicações financeiras 411.153 510.225Variação cambial 179.293 71.574Atualização SELIC 18.375 6.869Total das receitas financeiras 608.821 588.668Variação cambial 5.682 33.832Despesas financeiras 457 492IOF 5.621 7.534Juros passivos 4.102 2.410Multas de mora 17.812 5.005Total das despesas financeiras 33.674 49.273Resultado financeiro, líquido 575.147 539.3959. Contingências: A Sociedade não está envolvida em processosadministrativos ou judiciais, que possam afetar significativamente o resulta-do de suas operações. 10. Instrumentos Financeiros: A empresa nãopossuía operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos em31 de dezembro de 2013.

Diretoria: Piero Paolo Picchioni Minardi André Luiz Helmeister Ricardo Mahlmann de Almeida Marcos R. M. Romeiro - Contador - CRC 1SP117.172/O-7

EDITALO Secretário do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo, Presidente do ConselhoMunicipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - CADES convida para a AudiênciaPública, com o objetivo de discutir questões relacionadas ao Prolongamento da Avenida CarlosCaldeira Filho com implantação do corredor de ônibus e canalização do Córrego Água dos Brancos.Alargamento e melhorias viárias com implantação de corredor de ônibus da Estrada do M’BoiMirim. Alargamento e melhoramentos viários da Estrada da Cachoeirinha, bem como obter novossubsídios para a análise do EIA/RIMA, oportunidade em que ele será apresentado e debatido, e queserão prestados esclarecimentos e colhidas sugestões.Data: 07 de agosto de 2014Horário: 18 horasLocal: Auditório CEU Capão Redondo.Endereço: Daniel Gran, s/n, Capão Redondo, São Paulo, SPO Relatório de Impacto Ambiental está disponível para consulta, no horário das 10:00 às 16:00horas, nos dias úteis, no CADES, à Rua do Paraíso, 387, 1º andar, telefones 3266-7141.

Wanderley Meira do NascimentoSecretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente

Presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

VERDE E MEIO AMBIENTE

PREFEITURA DE

Antonio Pais Marques, torna público que requereu da CETESB a Licença Prévia e deInstalação, para Comércio Varejista de Combustíveis e lubrificantes para veículos, sito á RuaCordão de São Francisco, 491 - Vila Aimoré - São Paulo-SP

Auto Posto Ferry Boat Ltda, torna público que requereu da CETESB a Renovação Licença deOperação, para Comércio Varejista de Combustíveis e lubrificantes para veículos, sito áAvenida Adhemar de Barros 1500 - Jardim Santa Maria - Guaruja-SP

OAS Soluções Ambientais S.A.Subsidiária Integral de Capital Autorizado - CNPJ/MF nº 11.867.422/0001-85 – NIRE 35.3.0044582-1

ç

Ata de RCA Realizada em 30 de Maio de 2014Data,horário e local:Em30/05/2014, às 10hs, na sede daOASSoluções Ambientais S.A., localizada naAv.Angélica, nº 2.220,4º andar, Sala 41, Consolação, SP/SP (“Cia.”).Convocação e presença: Convocação dispensada na forma do art. 16, §2º, doEstatuto Social da Cia., em virtude da presença da totalidade dos membros do Conselho de Administração.Mesa: Presidente:Mateus Coutinho de Sá Oliveira; Secretário: Louzival Luiz Lago Mascarenhas Junior.Ordem do dia e deliberação: Discutidaa ordem do dia, foram aprovadas, por unanimidade e sem quaisquer ressalvas, as seguintes matérias: (i) aumento do capitalsocial da Cia., nos termos do art. 4º, §§ 1º e 4º, e do art. 17, alínea “c”, do Estatuto Social da Cia., dentro do limite do capitalautorizado, no montante de R$ 40.000.000,00, mediante a emissão de 40.000.000 ações, sendo 20.000.000 ações ordináriase 20.000.000 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 1,00 cada uma, nostermos do artigo 170, §1º, inciso I, da Lei 6.404/76. Dessa forma, o capital social da Cia., que era de R$ 24.313.074,00 passapara R$ 64.313.074,00, dividido em 32.156.537 ações ordinárias e 32.156.537 ações preferenciais, todas nominativas e semvalor nominal. As ações ordinárias e preferenciais ora emitidas terão os mesmos direitos e prerrogativas das demais açõesordinárias e preferenciais de emissão daCia., conforme disposto emseuEstatuto Social e na legislação aplicável.Todas as açõesora emitidas serão totalmente subscritas pela OAS Investimentos S.A., única acionista da Cia., e parcialmente integralizadasna presente data, em dinheiro, mediante capitalização dos créditos detidos por referida acionista contra a Cia., no valor de R$17.399.001,43, registrados na conta de passivo denominada Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (“AFAC”), sendoque o saldo remanescente deverá ser integralizado em dinheiro pelo acionista subscritor, mediante chamadas de capital pelaDiretoria da Cia.. (ii) Foi aprovada a adesão da Cia. ao Programa de Compliance do Grupo OAS, assim como a orientação devoto da Cia. no sentido de formalizar a adesão de suas sociedades controladas ao referido Programa de Compliance. Dessaforma, a Cia. e suas sociedades controladas que formalizarem a sua adesão ao Programa de Compliance do Grupo OASestarão obrigadas a observá-lo, cumprindo e fazendo cumprir as suas normas, conforme alteradas de tempos em tempos.Encerramento: Após lavrada, lida e aprovada esta ata, que vai assinada pelos presentes. Assinaturas: Mateus Coutinhode Sá Oliveira (Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Mesa), Joilson Santos Góes (Vice-Presidente doConselho de Administração), Josedir Barreto dos Santos (Conselheiro Efetivo), Renato FermianoTavares (Conselheiro Efetivo)e Louzival Luiz Lago Mascarenhas Junior (Secretário da Mesa). SP, 30/05/2014. Mesa: Louzival Luiz Lago MascarenhasJunior - Secretário. Jucesp nº 246.157/14-8 em 25/06/2014. Flávia Regina Britto-Secretária Geral.

Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras condensadas da Sociedade, referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013. A Diretoria

2.0 Hotéis S.A.CNPJ 17.261.628/0001-43

Relatório da Diretoria

Balanço Patrimonial Findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 - (Em reais)

As Demonstrações Financeiras completas, acompanhadas das NotasExplicativas e do Relatório dos Auditores Independentes estão à disposi-ção dos Acionistas na sede da Companhia.

Ativo 31/12/2013 31/12/2012Circulante 3.243.749,59 1.000,00Caixa e equivalentes de caixa 1.163.054,88 1.000,00Contas a receber 2.044.203,92 -Adiantamento a fornecedores 8.580,80 -Impostos a recuperar 27.571,11 -Despesas antecipadas 338,88 -

Não Circulante 221.971,78 -Investimentos (35.953,22) -Imobilizado 257.925,00 -

Total do ativo 3.465.721,37 1.000,00

Passivo e patrimônio líquido 31/12/2013 31/12/2012Circulante 1.043.061,41 -Fornecedores 165.109,16 -Impostos e contribuições 245.750,20 -Outras obrigações a pagar 632.202,05 -

Patrimônio líquido (1.446.272,83) 1.000,00Capital social 685.345,78 1.000,00Prejuizo acumulado (2.131.618,61) -Adiant. p/futuro aumento de capital 3.868.932,79 -

Patrimonio líquido 2.422.659,96 1.000,00Total do Passivo 3.465.721,37 1.000,00

Demonstração do Resultado Exercícios Findosem 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 - (Em reais)

Despesas operacionais 31/12/2013 31/12/2012Despesas gerais e administrativas (1.861.217,97) -Despesas tributárias (25.815,84) -Ouras despesas/despesas operacionais (234.373,56) -

Prejuízo operacional antesdo resultado financeiro (2.121.407,37) -

Resultado financeiroDespesas financeiras (9.921,03) -

Prejuízo antes do imposto de rendae da contribuição social (2.131.328,40)Imposto de renda e contribuição social (290,21) -

Prejuízo líquido do período (2.131.618,61) -Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 - (Em reais)Adiantamento futuro para Lucros (prejuízos)

Capital social aumento de capital acumulado TotalSaldo em 31 de Dezembro de 2012 1.000,00 - - 685.345,78Adiantamento para futuro aumento de capital - 3.868.932,79 - 3.868.932,79Prejuízo do exercício - - (2.131.618,61) (2.131.618,61)Saldo em 31 de Dezembro de 2013 1.000,00 3.868.932,79 (2.131.618,61) 2.422.659,96

Angel David Ariaz - CPF: 228.295.328-21Bianca Carnicer Micheloni - Contadora - CRC: 1SP 253163 / O-7

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEdital nº 39/2.014–ConcorrênciaPúblicanº 03/2.014

Objeto:- Execução da obra de conclusão do Pronto-socorro, com fornecimento de mão de obra, materiaise equipamentos, conforme memorial descritivo,planilha orçamentária, cronograma físico-financeiroe projetos fornecidos pela Secretaria de Obras.Critério de Julgamento:- menor preço global.ENCERRAMENTO E ABERTURA:- 21/08/2.014, às

g p ç g

08h30min. O Edital e seus Anexos na íntegra poderáser retirado gratuitamente através do site www.birigui.sp.gov.br., ou na Seção de Licitações no valor de R$30,00 (trinta reais). ENCERRAMENTO DA VENDA:p g , ç ç

18/08/2.014. INFORMAÇÕES:- Seção de Licitações30,00 (trinta reais). ENCERRAMENTO DA VENDA:

na Rua Santos Dumont nº 28 ou pelos telefones(018) 3643.6125 - 3643 6126, Birigui, 15/07/2.014,Pedro Felício Estrada Bernabé, Prefeito Municipal.( ) , g , ,

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 110/2.014 – PREGÃOPRESENCIALNº 085/2.014OBJETO:- Registro de preços para aquisição decombustível (óleo diesel s10 e arla 32) para os veículose máquinas que compõem a frota desta prefeitura peloperíodo de 12 meses data da abertura - 30/07/2.014, às14:00 horas. Melhores informações poderão ser obtidasjunto a Seção de Licitações na Rua Santos Dumont nº28, Centro, ou pelos telefones (018) 3643.6126. O Editalpoderá ser lido naquela seção e retirado gratuitamenteno site www.birigui.sp.gov.br, Pedro Felício EstradaBernabé, Prefeito Municipal, Birigui, 15/07/2014.

Pregão Eletrônico nº 784/2014 – São PauloPROCESSO Nº 784/2014. OBJETO: Subscrição de software REDHAT. DATA DEABERTURA: 29/07/2014, às 10h00. LOCAL: www.comprasnet.gov.br. O Editalpoderá ser obtido nos sítios www.serpro.gov.br e www.comprasnet.gov.br.

AVISO DE LICITAÇÃO

Ministério daFazenda

SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO)REGIONAL SÃO PAULO

SEICHO-NO-IE do BrasilCNPJ/MF 61.278.388/0001-81

Ativo 2013 2012Circulante 43.716 35.982Caixa e equivalente de caixa 32.593 26.510Contas a Receber 4.585 4.008Estoques 6.538 5.464Ativo Não CirculanteOutros Créditos 35 3.270Investimentos 92 89Imobilizado 120.673 120.040Intangivel 925 865Tot.Ativo Não Circulante 121.725 124.264Total do Ativo 165.441 160.246

Passivo 2013 2012Circulante 4.660 4.517Fornecedores 988 850Contas a Pagar 1.440 1.672Férias a Pagar 1.293 1.164Impostos e Contribuições a recolher 939 831Exigivel a Longo Prazo 150 150Prov. p/Contingencias 150 150Patrimonio Liquido 160.631 155.579Patrimonio Inicio 84.397 80.622Fundos Vinculados 971 1.160Ajuste de Avaliação Patrimonial 69.517 70.204Superavit do Exercicio 5.746 3.593Total do Passivo 165.441 160.246

2013 2012Receita de Vendas 17.084 27.285Receita de Atividades Sociais 65.094 81.156Total de Receitas 82.178 108.441Despesas s/Ativ.Sociais -66.037 -76.296Custo dos Produtos Vendidos -6.928 -18.023Despesas Administrativas -10.371 -14.034Outras Receitas Operacionais 6.904 3.505Superavit do Exercicio 5.746 3.593

Marie Murakami - Diretora PresidenteTuguio Teramae - Diretor Vice - PresidenteNoriyo Enomura - Diretor Vice - Presidente

Antonio S. I. Oshima - Sup. FinançasSergio Massatoshi Miyazaki - ContadorDr. Jair Muniz Arruda - Conselho FiscalCarlos Koji Takahashi - Conselho FiscalAntonio Jose Barbosa - Conselho Fiscal

RB Capital Holding S.A. - CNPJ/MF nº 10.140.272/0001-40 - NIRE 35.300.360.346Extrato da Ata da Assembleia Geral Ordinária de 30/04/2014

Data, Hora e Local: 30/04/2014, às 08hs, na sede, R. Amauri, 255, 5º andar, parte, SP/SP. Convocação:Dispensada. Presença: Totalidade do capital social. Mesa: Luis Cláudio Garcia de Souza - Presidente; e MarceloPinto Duarte Barbará - Secretário. Deliberações Aprovadas por Unanimidade: (i) As DemonstraçõesFinanceiras,do exercício social findo em 31/12/2013, publicados em 15/04/2014, no DOESP e no Diário do Comércio;(ii) A destinação do lucro apurado no exercício, no valor de R$ 80.484.470,45: (ii.1) R$ 4.024.223,52 alocado àconta de reserva legal; e (ii.2) R$ 76.460.246,93 alocado à conta de reserva de lucros, com expressa renúncia dosacionistas à distribuição de dividendos mínimo obrigatório; (iii) Ratificar a distribuição de dividendos intermediários,declarados à conta da reserva de lucros do exercício findo em 31/12/2012, no valor de R$ 65.000.000,00, conformeAssembleias Gerais Extraordinária, realizada em 28/02/2013, às 10h e às 11h; e (iv) Eleição do Conselho deAdministração: Luis Cláudio Garcia de Souza, brasileiro, viúvo, engenheiro civil, RG nº 17.470.433 (SSP/SP), CPF/MF nº 316.230.187-49, como Presidente; Marcelo Pereira Lopes de Medeiros, brasileiro, casado, engenheiro,RG nº 5.347.941 (SSP/SP), CPF/MF nº 022.725.508-94, como Vice-Presidente; José Pio Borges, brasileiro, casado,engenheiro, RG nº 2.065.238 (IFP/RJ), CPF/MF nº 203.879.387-53, residente no Rio de Janeiro/RJ; eMarcelo LamyRego, brasileiro, casado, advogado, identidade profissional nº 90.509, emitida pela OAB/RJ, CPF/MF nº 024.758.407-06, todos residentes em SP/SP, exceto quando indicado, com mandato até a AGO que aprovar as contas do exercíciode 2014, e poderão fazer jus a uma remuneração anual, caso seja aprovado pela Assembleia Geral de Acionistas.Encerramento: Nada mais, lavrou-se a ata. SP, 30/04/2014. Marcelo Pinto Duarte Barbará - Secretário daMesa. JUCESP nº 250.347/14-3 em 03.07.2014. Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.

ISAPA PARTICIPAÇÕES S.A.(Em Constituição)

Extrato da Ata de AssembleiaGeral de Constituição de 14.01.2011

Data, Hora, Local: 14.01.2011, às 09hs, sedesocial, R. Bahia, nº 527, apto. 111, Consolação,SP/SP. Deliberações: Aprovado o EstatutoSocial e a Constituição da Cia. Isaac Hamoui- Presidente, Jaky Diwan - Secretário. JUCESPNIRE 35300390971 em 09.02.2011. KátiaRegina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

RB Capital Portfolio Empreendimentos Imobiliários S.A.CNPJ/MF: 12.557.861/0001-54 - NIRE: 35.300.392.329

Extrato da Ata da Assembleia Geral Extraordinária de 10/07/2014Data, hora e local: 10/07/2014, às 10hs, na sede social, R. Amauri, nº 255, 5º andar, parte, SP/SP. Convocação:Dispensada. Presença: Totalidade do capital social.Mesa: Régis Dall’Agnese - Presidente, e André Masetti - Secretá-rio. Deliberações Aprovadas por Unanimidade: Redução do capital social, atualmente em R$ 49.860.329,75,por considerá-lo excessivo em relação as suas atividades, para R$ 24.860.329,75, uma redução, de R$ 25.000.000,00.Não haverá o cancelamento de ações, sendo certo que os valores devidos aos acionistas deverão ser pagos em moedacorrente nacional ou mediante a conferência de bens, créditos ou ativos. Alterar o caput do Art. 5º do Estatuto Social:“Art. 5º: O capital social, inteiramente subscrito e integralizado, é de R$ 24.860.329,75, representado por 67.000.011ações, sendo todas ordinárias, nominativas, sem valor nominal”. Encerramento: Nada mais, lavrou-se a ata. SãoPaulo, 10 de julho de 2014. Mesa: Régis Dall’Agnese - Presidente, André Masetti - Secretário.

SPE Brasil Incorporação 29 Ltda.CNPJ 11.316.926/0001-07 - NIRE 35.223.814.961

Extrato da Ata de Reunião de Sócios no dia 29.05.2014Data, hora e local. 29.05.2014, às 10hs, na sede social, R. Teodoro Sampaio 1.020, cj. 1.304 (parte), SP/SP.Convocação. Dispensada. Presença. Totalidade do capital social. Mesa: Presidente: Rafael Novellino, Secretário:Bento Odilon Moreira Filho. Deliberações Aprovadas. 1. Redução do capital social em R$ 1.000.000,00,considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento de 1.000.000 de quotas, com valor nominal deR$1,00 cada uma, sendo 500.000 de quotas de propriedade da sócia Cyrela Brazil Realty S/A Empreendimentose Participações, e 500.000 de quotas de propriedade da sócia EBMDesenvolvimento Urbano e IncorporaçõesS/A., as quais receberão, na proporção das respectivas participações, o valor da redução em moeda corrente do país,a título de restituição do valor das quotas canceladas. Passando o capital social de R$ 1.023.000,00 para R$23.000,00. 2.Autorizar os administradores a assinar os documentos necessários para a restituição dos valores devidosem razão da redução de capital, após o quê, os sócios deverão arquivar a alteração do contrato social consignando onovo valor do capital social. Encerramento. Nada mais, lavrou-se a ata. São Paulo, 29.05.2014. Cyrela BrazilRealty S.A. Empreendimentos e Participações p.p. Rafael Novellino,George Zausner, Claudio Carvalhode Lima. EBM Desenvolvimento Urbano e Incorporações S/A - Bento Odilon Moreira Filho.

CORREA GALVANOPLASTIA LTDA – EPP torna público que recebeu da CETESB a renovação da Licença de Operação nº 29006626 para a prestação de serviços em Galvanoplastia, sita à Rua Desembargador Galvão, 68, Jardim Cabuçu, São Paulo, SP.

PREFEITURA MUNICIPAL DEPEREIRA BARRETO/SP

EXTRATO DE CONTRATOTERMO DE RESCISÃO UNILATERAL AO CONTRATO Nº 4895/2012. CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 001/2012. PROCESSO Nº 020/2012. Contratante: PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE PEREIRA BARRETO. Contratada: LANDA ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA. Objeto: Contratação de empresa especializada para execução de obras e serviços de engenharia para a execução de infraestrutura completa para 361 lotes e construção de 150 unidades habitacionais, na tipologia CDHU TI-33 B - 01 – 02 dormitórios, com fornecimento de mão de obra e material, no município de Pereira Barreto – São Paulo – no empreendimento deno-minado “conjunto habitacional Pereira Barreto G”, nos termos do convênio nº 9.00.00.00/3.00.00.00/51/2012.

Pereira Barreto, 24 de junho de 2014.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito Municipal

FEDERAÇÃO DAS ENTIDADES CULTURAIS ÍTALO BRASILEIRAS DO ESTADO DE SÃO PAULOCNPJ nº 00.899.586/0001-78 - Edital de Convocação Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária

De acordo com o estatuto social em vigor fi cam convocados os senhores associados da FECIBESP para se reunirem em assembleia geral ordinária e extraordinária (“Assembleia Geral”) a se realizar no dia 30 de agosto de 2014, no Circolo Italiano de São Paulo (Av. Ipiranga, 344, 1º andar). A instalação da Assembleia Geral será às 9:30 horas, em primeira con-vocação, com a maioria absoluta das associações afi liadas com direito a voto, e às 10:00 horas, em segunda convocação, com qualquer número de representantes das associações com direito a voto. para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (A) Em Assembleia Geral Ordinária: 1) Apresentação do relatório da Diretoria Executiva das atividades desenvolvidas pela FECIBESP em 2013; 2) Análise e votação das contas da Diretoria Executiva relativas ao exercício de 2013; 3) Apresentação da previsão de atividades e orçamentária para o ano de 2015; 4)eleger e empossar os administradores para o mandato de 2014-2017; 5) Ratifi car todos os atos realizados no período entre 02.07.2014 e a data desta assembleia ora convocada; 6) Concessão de título honorário de “Presidente de Honra” ao Sr. Riccardo Artioli e ao Sr. Claudio João Pieroni. (B) Em Assem-bleia Geral Extraordinária: 15 minutos após o término da Assembleia Geral Ordinária: 1) Alteração dos artigos 1º (endere-ço), do Estatuto Social da FECIBESP; 2) Adequação dos artigos 1º do Regimento Interno às alterações do Estatuto conforme item 1 desta convocação. São Paulo, 14 de julho de 2014._________________________________________________

PREFEITURA MUNICIPAL DEPEREIRA BARRETO/SP

EXTRATO DE CONTRATOTERMO DE RESCISÃO UNILATERAL AO CONTRATO Nº 5274/2013. CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 003/2012. PROCESSO Nº 39.760/2012 Contratante: PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE PEREIRA BARRETO. Contratada: LANDA ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA. Objeto: Contratação de empresa especializada para execução de obras e serviços de engenharia para a execução de construção de 236 (duzentos e trinta e seis) unidades habitacionais, – 02 dormitórios, com fornecimento de mão de obra e material, no município de Pereira Barreto – São Paulo, nos termos do convênio nº 585/2012.

Pereira Barreto, 24 de junho de 2014.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito Municipal

PREFEITURA MUNICIPAL DETAUBATÉ/SP

PREGÃO Nº 249/14A Prefeitura Municipal de Taubaté informa que se acha aberto pregão presencial 249/14, Registro de Preços para eventual Contratação de empresa especializada na prestação de serviço de sinalização viária horizontal com fornecimento de material, com encerramento dia 29.07.14 às 08h30, junto ao respectivo Departamento de Compras. Maiores informações pelo telefone (0xx12) 3621.6023, ou à Praça Felix Guisard, 11 – 1º andar – centro, mesma localidade, das 08hs às 12 hs e das 14hs às 17 hs, sendo R$ 26,50 (Vinte e Seis Reais e Cinquenta Centavos) o custo do edital, para retirada na Prefeitura. O edital também estará disponível pelo site www.taubate.sp.gov.br.

Taubaté/SP, 15 de julho de 2014.José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior - Prefeito Municipal

PREFEITURADO MUNICÍPIO DEANGATUBAEDITAL DEABERTURADE LEILÃO Nº 001/2014 - Processo nº 077/2014

OBJETO: LEILÃO para a alienação de veículos pertencentes a Prefeitura do Município de Angatuba.Encerramento:04deagostode2014,às10:00Horas.LOCAL:saladeReuniõesdoSetordeLicitaçõesdaPrefeituraMunicipal deAngatuba – térreo, Rua João Lopes Filho, nº 120.Maiores informações através do telefone: (15)3255-9500–Ramal 503e514.OEdital completo está disponível no site:www.angatuba.sp.gov.br.Angatuba,15 de julho de 2014 CARLOS AUGUSTO RODRIGUES DE MORAIS TURELLI. PREFEITO MUNICIPAL.

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 105/2014–PREGÃOPRESENCIALNº 61/2014

OBJETO:- Registro de preços para aquisição de kitsde meia escolar destinados aos alunos das unidadesescolares da rede municipal de educação – Secretariade Educação, pelo período de 12 (doze) meses. Datada Abertura - 29/07/2014, às 13:30 horas. Melhoresinformações poderão ser obtidos junto a Seção deLicitações na Rua Santos Dumont nº 28, Centro, oupelos telefones (018) 3643.6126. O Edital poderáser lido naquela Seção e retirado gratuitamente nosite www.birigui.sp.gov.br., Pedro Felício EstradaBernabé, Prefeito Municipal. Birigui, 15/07/2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 115/2014–PREGÃOPRESENCIAL Nº 99/2014

OBJETO:- Contratação de Instituição Financeira paraprestação de serviços bancários, com exclusividadede gerenciamento de pagamento da Folha dosservidores ativos da Prefeitura Municipal de Birigui,pelo período de 60 ( sessenta) meses. Data daRealização- 31/07/2014 às 08h30min. Melhoresinformações poderão ser obtidos junto aSala de Licitaçõesda Secretaria de Saúde, Praça Gumercindo de CastroPaiva s/nº – Centro – Birigui/SP, pelo telefone (018)3643. 6234, ou pelo e-mail [email protected]. O Edital poderá ser lido naquela Sala e retiradogratuitamente no site www.birigui.sp.gov.br., Pedro FelícioEstrada Bernabé, Prefeito Municipal, Birigui, 15/07/2014.

NOS TERMOS PROVIMENTO CSM CXC/84,INFORMAMOS QUE HOJE (15/07/2014)

NÃO HOUVE PEDIDO DE FALÊNCIA NA COMARCA DA CAPITAL

PREFEITURA MUNICIPAL DEPEREIRA BARRETO/SP

EXTRATO DE CONTRATOTERMO DE ADITAMENTO Nº 5753/2014. CONTRATO Nº 5573/2014. TO-MADA DE PREÇOS Nº 012/2013. PROCESSO Nº 4380/2013. Contratante: PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE PEREIRA BARRETO. Con-tratada: CBR – CONSTRUTORA BRASILEIRA LTDA. Objeto: Contratação de empresa qualifi cada, para execução de serviços técnicos de engenharia para a execução de obra de revitalização da Praia Municipal Pôr-do-Sol consistente em pavimentação asfáltica e Instalações elétricas e de Ilumi-nação, tendo em vista o convênio 047/2013, fi rmado entre o município de Pereira Barreto e a Secretaria Estadual do Turismo através do DADE – De-partamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias.

Pereira Barreto, 21 de fevereiro de 2014.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito Municipal

Page 18: Diário do Comércio 16/07/2014

18 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 16 de julho de 2014

A Apple noestilo de

Tim CookHabilidoso na área operacional, o líder da companhia

de tecnologia vai conquistando o espaço (ou partedele) que o reverenciado Steve Jobs deixou.

Matt Richtel e Brian X. ChenThe New York Times

Minh Uong/The New York Times

Jim Wilson/The New York Times

Técnicos, como Federighi, esperam adequação à cultura da empresa.

Tim Cook, o executivo-chefe da Apple, era adolescente

em uma cidadezinha do Alabama no início dos anos

1970, quando viu algo de que jamais se esqueceria. Vol-

tando para casa em sua nova bicicleta de dez marchas,

ele passou por uma grande cruz em chamas em frente a uma ca-

sa – uma casa que ele sabia pertencer a uma família negra. Em

torno da cruz havia homens da Klu Klux Klan, vestidos com man-

tos e capuzes brancos, entoando ofensas raciais. Cook ouviu o

barulho de vidro quebrando, talvez alguém tivesse jogado uma

pedra. Ele gritou: "Parem!"

Um dos homens levantou o capuz em forma de cone e Cook

reconhece o diácono de uma igreja local (não a que ele frequen-

tava). De queixo caído, ele fugiu de bicicleta. "Essa imagem fi-

cou gravada para sempre no meu cérebro e ela mudaria com-

pletamente os rumos da minha vida", afirmou Cook a respeito

da cruz em chamas, durante um discurso realizado em dezem-

bro do ano passado.

No discurso, ele afirmou que a nova consciência o havia feito

perceber que não importa o que façamos na vida, os direitos hu-

manos e a dignidade são valores que precisam ser preservados.

E então veio a transição: sua empresa, a Apple, acredita profun-

damente no "avanço da humanidade".

Cook,que tem53anos,assumiu a liderançadaApple háquase

três anos, após a morte de Steve Jobs, o reverenciado fundador da

empresa. Assim como Walt Disney e Henry Ford, Jobs era parte fun-

damental da empresa. Jobs era a Apple e a Apple era Jobs.

Naquele momento, Cook era visto como um cara do operacio-

nal que trabalhava nos bastidores, mas era relativamente des-

conhecido fora da empresa. Ele pode ser extremamente discre-

to; por exemplo, detalhes como o episódio da queima da cruz,

como sua reação e o aparecimento do diácono foram compar-

tilhados com amigos, não publicamente. Mas até mesmo contar

essa história em público já é um dos indicativos de que ele esteja

lentamente revelando sua personalidade e seu estilo, ajudando

a definir a liderança da Apple.

Isso acontece agora que Cook se encontra não apenas sob a

luz dos holofotes, mas também sob um exame constante. Nos

últimos tempos, a empresa chegou a um ponto que demorou

anos para alcançar: suas vendas são tão grandes que muitos in-

vestidores temem que ela não seja capaz de manter o mesmo

ritmo de crescimento que a fez saltar dos US$ 65 bilhões em

vendas no ano fiscal de 2010, para US$ 171 bilhões em 2013. No

ano fiscal de 2013, as vendas cresceram meros 9%, muito me-

nos que a média de quase 40% ao ano que persistiu de 2004 a

2013. A lucratividade também diminuiu. E o preço das ações

caiu para quase a metade desde o auge em 2012, até meados de

2013, apresentando um desempenho baixíssimo no mercado.

MagiaOs investidores esperavam pela magia da Apple –pelo aguar-

dado iWatch, ou talvez pela iTV. Para esses críticos, Cook não é

inspirador, seus pontos de vista sociais parecem puro enfeite,

quando o que eles realmente querem é um pouco de mágica.

"Onde está o design de ponta?", perguntou Laurence I. Balter,

estrategista-chefe de mercado da Oracle Investment Research.

Balter afirma que Cook é muito habilidoso nas operações e na ges-

tão da cadeia de fornecimento, que garante que as matérias-pri-

mas e os maquinários estejam no lugar certo para a fabricação dos

produtos –, mas acredita que ele não tem a visão necessária para

criá-los. "Todo o que ouvimos de Cook", afirmou Balter, "é que al-

guns produtos incríveis vão entrar na linha de produção".

Para reanimar a fé dos investidores, Cook dividiu as ações, au-

mentou os dividendos e realizou uma recompra de US$ 90 bi-

lhões – passos que ajudaram

as ações a voltarem quase to-

talmente ao topo. Além disso,

ele adotou outras medidas pa-

ra fortalecer a empresa, como

a venda de produtos da Apple

na China, um mercado poten-

cialmente gigantesco, a aqui-

sição de novos talentos, e o

gasto recente de mais de US$

3 bilhões na compra da Beats,

uma empresa que traz à Apple

dois grandes negociantes e

inovadores da indústria musi-

cal, Dr. Dre e Jimmy Iovine.

Em consonância com suas

crenças pessoais, Cook tam-

bém aumentou a presença da

marca Apple, indo ao Twitter e

a outros fóruns públicos para

expressar apoio a causas co-

mo o ambientalismo e os direi-

tos dos homossexuais (e ao ti-

me de futebol americano da

Universidade de Auburn); no

início de seu mandato, ele

criou um programa de carida-

de que faz doações iguais às

dos funcionários da empresa,

e deu ênfase ao uso de produ-

tos sustentáveis. E elevou as

doações da própria empresa.

Jonathan Ive, diretor de de-

sign da Apple e um nome quase

tão adorado por seus seguido-

res quanto o de Steve Jobs, afir-

ma que Cook não se esqueceu

da missão central da empresa:

a inovação. "Honestamente,

não acho que nada tenha mu-

dado", afirmou. E isso inclui o

pedido constante por novida-

des. "As pessoas faziam exata-

mente a mesma coisa quando

estávamos trabalhando no

iPhone", acrescentou Ive.

"É muito difícil ser pacien-

te", afirmou Ive. "Era difícil pa-

ra Steve. É difícil para o Tim".

O espírito dos hardwares dopassado

Se Jobs era maníaco pelo de-

sign, Cook projeta uma "consi-

deração silenciosa", comentou

Ive. Cook digere as coisas com

cuidado, leva tempo para fazer

as coisas, o que, de acordo com

Ive, "comprova o fato de que ele

sabe que isso é importante".

Os funcionários de níveis

mais baixos elogiam a abertu-

ra e o intelecto de Cook. Mas

alguns dizem que ele se envol-

ve menos no desenvolvimen-

to dos produtos que seu antecessor. Eles indicam o desenvolvi-

mento do iWatch – o "relógio inteligente" que os observadores

da Apple aguardam ansiosamente para se tornar o próximo

gadget a tomar conta do planeta. Cook está menos envolvido

nas minúcias na engenharia de produto do relógio e delegou es-

sa função a membros de seu gabinete executivo, incluindo Ive,

de acordo com pessoas envolvidas no projeto, que falaram sob

condição de anonimato, já que não são autorizados à falar com

a imprensa. A Apple se negou a comentar.

Michael A. Cusumano, professor da Escola de Gestão Sloan do

MIT, afirmou acreditar que a Apple não tinha mais o necessário

para criar o campeão de vendas de que tanto precisa. Cusuma-

no, que está trabalhando em um livro sobre a inovação, visitou a

sede da Apple em Cupertino, na Califórnia, no ano passado, e

conversou com meia dúzia de ex-funcionários a respeito da cul-

tura da empresa. Ele concluiu que a Apple sem Jobs não possui a

força de um visionário para sintetizar as ideias em um produto

mágico. "Será muito difícil criarem a próxima grande novida-

de", afirmou. "Eles perderam sua alma".

Se Jobs era a alma da empresa, Cook parece estar tentando se

tornar um líder diferente. Seu feed no Twitter é um misto da como-

ção típica da Apple, com a promoção animada dos direitos huma-

nos e do ambientalismo. Ele escreveu um artigo de opinião para o

The Wall Street Journal em apoio a uma proposta federal para pro-

teger trabalhadores homossexuais e transgêneros.

Ryan Scott, executivo-chefe da Causecast, uma organização

sem fins lucrativos que ajuda empresas a criarem programas de

voluntariado e doações, afirmou que as iniciativas de caridade de

Cook são "um ótimo começo". Porém, Scott acrescentou que os

programas "não são tão significativos quanto os feitos por outras

empresas". As ambições da Apple "poderiam ser muito maiores",

afirmou, tendo em vista seu faturamento e seus talentos.

Todavia, a ênfase pública de Cook nas questões sociais o co-

loca "na crista da onda de uma nova mentalidade da liderança

corporativa a respeito de valores e da criação de valor", afir-

mou James E. Austin, professor emérito da Escola de Negó-

cios de Harvard.

Em uma reunião com acionistas no campus da Apple em fe-

vereiro, um acionista –que se descreveu como uma pessoa que

acredita no livre mercado –perguntou a Cook se a Apple deveria

evitar a adoção das causas ambientais que não tivessem um

motivo claramente lucrativo.

Cook não respondeu dizendo, como muitos executivos fa-

riam, que o ambientalismo é pragmático e bom para os objeti-

vos finais. Seus argumentos foram de ordem moral.

"Fazemos as coisas porque elas são justas e corretas", afir-

mou.

Lennon x RingoRecentemente, Cook subiu no palco da conferência anual

dos desenvolvedores da empresa, em São Francisco, em fren-

te a 5 mil desenvolvedores de software. São eles que fazem os

aplicativos para iPhone e outros gadgets, e Cook prometeu al-

go que chamou de "a maior novidade desde o lançamento da

App Store".

Para contar isso aos desenvolvedores, de acordo com Cook,

"eu gostaria de chamar meu amigo, Super-Homen, de volta ao

palco".

Naturalmente, durante anos o único super-herói da Apple era

Jobs. À medida que Cook caminhava em direção à escuridão, do

lado esquerdo do palco, houve um momento de mistério. Então

surgiu Craig Federighi, diretor de engenharia de software da Ap-

ple. Ele passou por Cook e foi em direção aos holofotes para des-

crever a novidade. Não se tratava de um novo produto para os

consumidores, mas um conjunto de ferramentas de software

conhecido como kit de desenvolvedor, que ajuda os profissio-

nais a criar aplicativos melhores. Muito embora o resto do mun-

do pudesse bocejar, os desenvolvedores pulavam de alegria.

Depois disso, fãs como Jordan Brown, de 25 anos, e três de

seus colegas, caminhavam pelo centro de convenções. Brown

afirmou que via Cook "como alguém que garante que tudo está

funcionando direitinho, mas que não é inspirador". Federighi,

por outro lado, "lembra Steve", acrescentou.

O colega de Brown, Chad Zeluff, de 27 anos, que viu Jobs fa-

lando em 2007, descreve as coisas da seguinte maneira: "Jobs

está para Lennon, como Cook está para Ringo".