diário do comércio - 07/08/2014

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Semeando em terras da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, os presidenciáveis receberam documento com reivindicações: é preciso ampliar o crédito e o seguro das lavouras. Dilma falou sobre os avanços do agronegócio no seu governo, enquanto Aécio prometeu a criação de um superministério da Agricultura. Campos teve de driblar as perguntas que colocavam as ideias da vice Marina em xeque. Pág. 5 São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 2014 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.180 R$ 1,40 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 1 8 0 Página 4 65 rios a seco em SP A capital vive sua maior crise no abastecimento de água (à esq., o sistema Cantareira) e o Interior, a pior seca em 70 anos. Sem chuva desde o final do ano passado, o Tietê baixou 8 m na região de Araçatuba, interrompendo há dois meses o tráfego de barcaças na Hidrovia Tietê/Paraná, prejudicando o escoamento de 6 milhões de toneladas de grãos e forçando a demissão de 3 mil trabalhadores. A disputa pela água é alarmante: 6 hidrelétricas precisam dela para evitar um apagão; a agricultura sofre e as usinas de açúcar e álcool já dispensaram mil trabalhadores. Pág.8 Luis Moura/Estadão Conteúdo Chico Siqueira/Estadão Conteúdo Candidatos plantam votos Ed Ferreira/Estadão Conteúdo Ueslei Marcelino/Reuters Ueslei Marcelino/Reuters Jim Hollander/Reuters Cessar-fogo expira amanhã. Netanyahu aceita estendê-lo. Hamas exige fim do bloqueio de Israel em Gaza. Pág.7 Israel: sim à paz. Hamas: isso só se... A água natural cai no gosto dos americanos e movimenta US$ 400 milhões ao ano.Pág.18 Sombra, água de coco. E dólares. Yellow Submarine emerge em Sampa, como mágica. Capitão Bob Balser nos recebe a bordo. Pág. 9. Embarcamos nele. Mais uma vez! QUEDA VELOZ PARA 2006 A indústria automobilística teve em julho seu pior resultado para o mês desde 2006, quando foram produzidos 202,9 mil carros. Agora, foram 252,6 mil, uma queda de 20,5% em relação ao mesmo período de 2013. No acumulado de janeiro a julho, a produção soma 1,82 milhão, 'ré' de 17,4% sobre um ano antes. Pág. 11

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Ano 91 - Nº 24.180 - São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 2014

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Page 1: Diário do Comércio - 07/08/2014

Semeando em terras da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil,os presidenciáveis receberam documento com reivindicações: é preciso

ampliar o crédito e o seguro das lavouras. Dilmafalou sobre os avanços do agronegócio no seugoverno, enquanto Aécio prometeu a criaçãode um superministério da Agricultura. Camposteve de driblar as perguntas que colocavam asideias da vice Marina em xeque. Pág. 5

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ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24180

Página 4

65 rios a seco em SPA capital vive sua maior crise noabastecimento de água (à esq., o sistemaCantareira) e o Interior, a pior seca em70 anos. Sem chuva desde o final do anopassado, o Tietê baixou 8 m na região deAraçatuba, interrompendo há dois

meses o tráfego debarcaças naHidroviaTietê/Paraná,prejudicando o

escoamento de 6 milhões de toneladasde grãos e forçando a demissão de 3 miltrabalhadores. A disputa pela água éalarmante: 6 hidrelétricas precisam delapara evitar um apagão; a agriculturasofre e as usinas de açúcar e álcool jádispensaram mil trabalhadores. Pág. 8

Luis Moura/Estadão Conteúdo

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Candidatos plantam votos

Ed Ferreira/Estadão Conteúdo Ueslei Marcelino/Reuters Ueslei Marcelino/Reuters Jim Hollander/Reuters

Cessar-fogo expiraamanhã. Netanyahu

aceita estendê-lo.Hamas exige fim dobloqueio de Israelem Gaza. Pág. 7

Israel: sim àpaz. Hamas:isso só se...

A água natural cai nogosto dos americanos e

movimenta US$ 400milhões ao ano.Pág.18

S o m b ra ,água de coco.

E dólares.

Yellow Submarineemerge em Sampa,

como mágica. CapitãoBob Balser nos recebe

a bordo. Pág. 9.

Embarcamosnele. Maisuma vez!

QUEDAVELOZ PARA

2006A indústria automobilística teve

em julho seu pior resultado para omês desde 2006, quando foram

produzidos 202,9 mil carros. Agora,foram 252,6 mil, uma queda de

20,5% em relação ao mesmoperíodo de 2013. No acumulado

de janeiro a julho, a produçãosoma 1,82 milhão, 'ré' de 17,4%

sobre um ano antes. Pág. 11

Page 2: Diário do Comércio - 07/08/2014

2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feita, 7 de agosto de 2014

FUTEBOL E I M P O ST OSXC

A dívida fiscal dos clubes de futebol, em condições normais, é impagável, na maioria dos casos.Everardo Maciel

OBrasil vem regis-

trando nos últimos

anos taxas muito

baixas de cresci-

mento. A elas se somam sérias

distorções que dificultam a re-

tomada de uma expansão

mais acelerada da economia,

como a inflação represada de

serviços públicos, o alto nível

da taxa de inflação, a valoriza-

ção do real, o desequilíbrio do

setor externo e a retração dos

investimentos. Em decorrên-

cia desses problemas, verifi-

ca-se significativa queda da

confiança dos empresários de

diversos segmentos e tam-

bém dos consumidores.

Num horizonte de curto pra-

zo não se vislumbra qualquer

medida que, isoladamente,

permita a retomada mais forte

da economia. Mas parece cla-

ra a constatação de que é pre-

ciso, embora não suficiente,

restabelecer a confiança dos

agentes econômicos – e m p re -

sários, trabalhadores e consu-

midores – na capacidade do

futuro governo de equacionar

os problemas e adotar solu-

ções que, mesmo implemen-

tadas de forma gradativa,

economia, para permitir a re-

dução da carga tributária no

médio prazo.

Com isso, a política fiscal

seria compatível com a mo-

netária, impedindo que a cor-

reção dos preços administra-

dos e a taxa de câmbio cau-

sem alta significativa da in-

flação, reduzindo o custo e o

prazo do ajuste.

da burocracia é fundamental

agilizar a análise do impacto

ambiental dos projetos, esta-

belecendo prazos para os ór-

gãos públicos, para dar mais

segurança aos empresários e

acelerar o início das obras.

A retomada do crescimento

industrial é um grande desa-

fio, pois já se comprovou que

incentivos setoriais e tempo-

rários não têm conseguido im-

pedir a deterioração da produ-

ção e a retração dos investi-

mentos. É preferível uma polí-

tica de desoneração mais

geral e sem prazo definido,

que propicie redução de cus-

tos para o setor - o que, soma-

do à necessária desvaloriza-

ção do câmbio, aumente a ca-

pacidade de competição da in-

dústria nacional.

OBrasil precisa se inte-

grar ao sistema produ-

tivo mundial e aprovei-

tar melhor as parcerias com as

nações mais dinâmicas do co-

mércio internacional, o que

exige ampliar o foco da políti-

ca comercial, hoje extrema-

mente concentrado no Merco-

sul, ignorando os novos blocos

Para voltar a crescerNOSSA POSIÇÃO

EVERARDO MACIEL

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.

FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

possam corrigir as distorções

existentes e criar condições

para alavancar os investimen-

tos privados em infraestrutu-

ra e na produção.

Para tanto é necessário

um diagnóstico correto

das causas do baixo

crescimento. Algumas são

apenas conjunturais mas mui-

tas são estruturais. A partir

desse diagnóstico poderá ser

e laborado um programa

abrangente de medidas capa-

zes de promover a expansão

da economia em ritmo compa-

tível com as potencialidade e

possibilidades do País.

O restabelecimento da con-

fiança dos agentes econômi-

cos exige a apresentação de

um programa crível de auste-

ridade fiscal, com superávit

primário suficiente para cobrir

os juros da dívida interna, ba-

seado no corte de gastos de

custeio e preservando os re-

cursos para os investimentos

indispensáveis. Tal programa

deve prever, inclusive, uma

meta de redução gradativa

das despesas, de forma que

elas cresçam menos do que a

que se formam.

A modernização das rela-

ções de trabalho, ampliando o

espaço para a livre negocia-

ção, e a flexibilização das nor-

mas de contratação, como o

contrato temporário e a ter-

ceirização, têm de ser urgen-

temente discutidas, não para

tirar direitos dos trabalhado-

res, mas para assegurar-lhes o

mais fundamental dos direi-

tos: o do emprego, que vem

sendo ameaçado pela falta de

competitividade da produção

nacional.

Esses pontos represen-

tam uma pauta mínima

do que precisa ser feito a

curto prazo para o Brasil voltar

a crescer. A FACESP e a ACSP

vão entregar aos candidatos à

Presidência da República um

estudo sobre os principais pro-

blemas do País, com propos-

tas que incluem as questões

estruturais – como a reforma

política, o reequilíbrio das

competências federativas, a

modernização da educação –

e outros temas, com base em

trabalhos elaborados por es-

pecialistas de cada setor.

A FACESP e a ACSP vão

entregar aos candidatos

à Presidência da República

um estudo sobre os

principais problemas do

País, com propostas que

incluem as questões

estruturais e outros temas.

Ao mesmo tempo, é preciso

avançar no processo de simpli-

ficação da burocracia, reduzir

o intervencionismo nas ativi-

dades econômicas e racionali-

zar o sistema tributário com

medidas pontuais de curto pra-

zo, mas articuladas a um proje-

to de reforma ampla da tributa-

ção. No processo de redução

Agoleada que

o Brasil sofreu na

partida contra a

Alemanha evidenciou, de

forma inesquecivelmente

trágica, a decadência do

nosso futebol como

resultado de um processo

iniciado há muito tempo.

Não se trata apenas de

um revés esportivo. Essa

hecatombe também

repercute sobre o ânimo

da sociedade, considerada

a dimensão cultural do

futebol neste País.

Sobre o tema muito

se escreveu. Para citar dois

intelectuais não envolvidos

diretamente com a

crônica esportiva, destaco

as análises do escritor

peruano Mário Vargas Llosa,

prêmio Nobel de literatura

("A Máscara do Gigante",

Estadão de 27/7) e do

poeta Affonso Romano de

Sant'Anna ("Futebol e

Cultura", FSP de 22/7) .

Seria proveitoso fazer

uma reflexão sobre os

problemas do futebol

brasileiro e, a partir daí,

encaminhar as soluções

adequadas, assim como fez

a Alemanha quando do seu

insucesso na Copa de 2006.

Qualquer que seja

o encaminhamento

dado, entendo que

são indispensáveis a

reestruturação das

agremiações esportivas

e o retorno dos torcedores

aos estádios. Não há bom

futebol sem clubes fortes

e sem torcida.

No Congresso Nacional,

está em discussão projeto

que promove mudanças

na legislação esportiva.

No cerne dos debates está

a enorme dívida fiscal dos

clubes, para qual se aventa

um longo parcelamento.

Parcelamento de

débitos é prática comum

às administrações fiscais

em todo mundo, como

de resto acontece com

dívidas bancárias,

comerciais e pessoais. No

Brasil, é previsto no

Código Tributário Nacional

(CTN). Usualmente,

trata-se de parcelamentos

de curto prazo.

Nos últimos anos,

com impressionante

frequência, foram

concedidos parcelamentos

de longo prazo, cujos

beneficiários reincidem

na inadimplência tão logo

alcançados os objetivos

colimados com a certidão

de débitos positiva

com efeitos negativos

(participação em licitações

públicas, contratação

com o setor público etc.).

Essa inadimplência pode

acontecer, inclusive,

quando o valor da

parcela é incompatível

com a capacidade de

pagamento do devedor.

Acombinação de

parcelamentos com

anistia e remissão é

procedimento deplorável

e desrespeitoso com

os contribuintes que

cumpriram regularmente

suas obrigações. Mesmo

previstos na legislação,

a anistia e a remissão só

devem ser admitidas

em situações excepcionais.

A dívida fiscal dos clubes

de futebol, em condições

normais, é impagável,

na maioria dos casos. Mas

parcelamento não é a

solução. Como assegurar,

qualquer que seja o prazo

do parcelamento, que o

valor da parcela é, ao longo

do tempo, compatível com a

capacidade de pagamento,

especialmente quando

se considera a desordem

financeira, administrativa e

fiscal dos clubes de futebol?

Opagamento só

será viável com a

completa reestruturação

das agremiações, o que

exige tempo. A solução

adequada, nesse caso, é

uma moratória por prazo

curto (dois ou três anos).

Esse instituto suspende, nos

termos dos arts. 151 e 152

do CTN, a exigibilidade

do crédito tributário,

podendo condicionar a

concessão à observância de

determinados requisitos. No

caso, o requisito essencial

seria o imediato ingresso

em um regime especial

administrativo e fiscal das

agremiações esportivas.

O núcleo do regime

seria a constituição de

sociedades empresariais,

cuja principal acionista

seria a atual agremiação

esportiva, que transferiria

para aquelas seus bens

e direitos, a título de

integralização de capital,

e seus débitos de qualquer

natureza. Além disso, as

sociedades empresariais

se obrigariam ao

pagamento regular dos

seus empregados, FGTS,

encargos trabalhistas e

previdenciários, observado

regime de isenção em

relação aos demais tributos

enquanto perdurar a

moratória. Essa exigência

ficaria sujeita a regras

claras de transparência

e a programas sistemáticos

de fiscalização pelos

órgãos especializados.

Os dirigentes teriam

re s p o n s a b i l i d a d e

solidária sobre infrações

e dívidas das sociedades

empresariais, em

conformidade com o que

hoje se aplica às empresas.

Em relação à dívida

fiscal, poderiam ser

deduzidos gastos com

formação dos atletas e

preparadores técnicos

(inclusive educação formal),

construção de centros

de treinamento, promoção

de esportes olímpicos e

futebol feminino, aquisição

de equipamentos

vinculados à fisioterapia

e medicina esportivas etc.

Seriam extintos os

direitos econômicos

sobre os atletas,

remanescendo os direitos

federativos que teriam

efeitos também

econômicos. Assim seria

eliminado o que hoje faz

a fortuna dos empresários

e investidores e a ruína

do futebol brasileiro.

Quanto ao retorno

das torcidas aos estádios,

a constituição de

agremiações sólidas e com

capacidade para constituir

boas equipes já seria em

si um grande estímulo;

porém é indispensável que

sejam interditadas as

chamadas torcidas

organizadas, qualificáveis

quase sempre como

associações criminosas.

EVERARDO MAC I E L É C O N S U LTO R

T R I BU T Á R I O, EX-SECRETÁRIO

DA RE C E I TA FEDERAL

Page 3: Diário do Comércio - 07/08/2014

quinta-feita, 7 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

Muda ageopolíticado petróleo

IPT, COMÉRCIO EXTERIORE C O M P E T I T I V I D A DE .

GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO ESTÁ MUDANDO , ASSIM COMO OUTROS ASPECTOS DA POLÍTICA MUNDIAL.

SAMIR KEEDI

ROBERTO FENDT

Dados divulgados

nessa semana dão

conta de que a pro-

dução total diária

de petróleo dos Estados Uni-

dos excedeu 11 milhões de

barris e tornou-se a maior den-

tre os países produtores de pe-

tróleo no primeiro trimestre

deste ano. No contexto dos

EUA, essa é a maior produção

diária nos últimos 24 anos

Não se trata, pelo visto, de

fenômeno passageiro. Espe-

ra-se que os Estados Unidos se

mantenham como maior pro-

dutor mundial no restante de

2014, já que a expectativa é

que a produção aumente tam-

bém no segundo semestre do

ano. Olhando para trás, os EUA

se tornaram de fato o maior

produtor de petróleo em 2010.

Como se sabe, esse cresci-

mento teve origem na extra-

ção de energéticos a partir de

rochas de xisto.

Não é possível exagerar

a importância dessa

descoberta. A existên-

cia dessa nova fonte de ener-

gia propicia aos EUA uma van-

tagem competitiva e estraté-

gica da maior importância. Pa-

ra f icar com apenas uma

faceta da questão, as incerte-

zas e a volatilidade política no

Oriente Médio teriam promo-

vido um grande aumento nos

preços do petróleo não fosse a

produção norte-americana a

partir do xisto.

As reservas de xisto explo-

rável – que se originam no sul

do Canadá –em solo america-

no vão em um contínuo desde

o estado de Dakota do Norte

até o Texas. A tecnologia de

extração, conhecida como

“fracking”, utiliza tecnolo-

gias avançadas de quebra hi-

dráulica de alta pressão das

rochas de xisto para a extra-

ção do petróleo.

Os efeitos desse aumen-

to da produção interna

nos EUA, juntamente

com a proibição de exporta-

ção do produto, vem se mos-

trando nos preços internos,

negociados com um desconto

de sete dólares por barril rela-

tivamente aos preços do pe-

tróleo Brent do Mar do Norte. É

fato que o Departamento do

Comércio decidiu liberar as

exportações de petróleo ultra-

leve, mas isso não está afetan-

do os preços, já que a produ-

ção fora dos EUA reduziu-se.

É dessa diferença de pre-

ços que está se beneficiando

a indústria americana. O pre-

ço do gás extraído do xisto

em 31 de julho último foi qua-

se 11% inferior ao observado

em julho do ano passado.

Com isso, indústrias que ha-

viam se tornando não compe-

titivas nos EUA e haviam mi-

grado para outros países em

busca de um menor custo da

energia, estão retornando ao

país de origem.

As consequências do

“f r a ck i n g ” de petróleo

e gás nos EUA e Canadá

não param por aí. É fato que, a

despeito de ser o maior produ-

tor de petróleo do mundo, os

Estados Unidos importaram

7,5 milhões de barris diários

em abril último.

No entanto, as estimativas

da Agência Internacional de

Energia dão conta de que a

produção americana de pe-

tróleo ultrapassará 13 mi-

lhões de barris em 2019, an-

tes de estabilizar-se em novo

patamar. A mesma Agência

estima que os EUA se mante-

nham como o maior produtor

até 2030, quando a redução

das reservas exploráveis tra-

rá de volta o Oriente Médio

como dominante na produ-

ção de petróleo.

Mas o importante é o que

poderá ocorrer de agora até

2030. Primeiro, a maior inde-

pendência energética dos

Estados Unidos terá efeitos

ainda maiores sobre sua pre-

sença no Oriente Médio. Is-

rael, por exemplo, precisará

chegar a novos termos com

seus vizinhos e depender

menos do interesse america-

no na região. Em paralelo, a

China deverá aumentar sua

presença nessa conturbada

região, tornando-se o princi-

pal destino das exportações

de petróleo do Oriente Mé-

dio. Esse fato terá profundas

implicações do ponto de vis-

ta geopolítico, já que ela terá

de garantir as rotas de supri-

mento marítimo para o es-

coamento do petróleo.

Países que hoje têm uma re-

tórica hostil aos EUA provavel-

mente também sofrerão com

a autonomia energética ame-

ricana. O caso mais flagrante é

o da Venezuela, cujo único

produto de exportação é o pe-

tróleo e cujas diatribes antia-

mericanas precisarão ser mo-

deradas. Poderá ainda haver

sobras para o Equador. Ango-

la, que nada tem de hostil aos

EUA, também poderá ser afe-

tada, já que o petróleo é o seu

maior produto de exportação

e o mercado americano é o seu

principal comprador.

Por fim, haverá também

consequências para o

nosso pré-sal. O efeito

principal provavelmente se

dará pela menor atratividade

ao investimento estrangeiro

em um mundo no qual a oferta

de petróleo se tornará menos

escasso. Isso não impedirá a

exploração de reservas de

pré-sal aqui, no oeste da África

e em outras. Apenas reduz o

impacto positivo que elas tive-

ram antes que entrasse em

produção o petróleo do xisto

a m e r i c a n o.

A geopolítica do petróleo

está mudando tão rapidamen-

te quanto outros aspectos da

política mundial. Acompanhá-

los é essencial para entender

seus efeitos sobre um Brasil

cada vez mais globalizado, pa-

ra o bem e para o mal.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

Há pouco tempo

escrevemos aqui o

artigo "Comércio

exterior brasileiro: quando

começa?", muito bem

aceito por muitos que

militam nessa maravilhosa

área. Nesse artigo

perguntávamos quando é

que a atividade já teve

alguma importância

no País. E nós mesmos

respondemos: nunca.

Nosso comércio exterior

é muito amador em

certas circunstâncias.

E agora, há poucos

dias, participamos de

um excelente evento do

Ceciex, entidade que

congrega as empresas

comerciais exportadoras,

em conjunto com a área

de comércio exterior da

ACSP – Associação

Comercial de São Paulo e

com o IPT – Instituto de

Pesquisas Tecnológicas,

localizado na Cidade

Universitária, órgão

da Secretaria de

Desenvolvimento

Econômico, Ciência,

Tecnologia e Inovação do

Estado de São Paulo,

nas dependências do IPT.

O evento poderia

ter sido realizado na ACSP,

como muitos que lá se

realizam e dos quais

participamos. Mas a idéia

desse encontro era ser

muito mais prático do que

teórico, mostrando aos

produtores e exportadores

as imensas possibilidades

de profissionalização da sua

produção e venda ao

ex t e r i o r.

Oevento nos deixou

muito impressionados,

de tal forma que, fugindo

um pouco ao nosso estilo

de escrever sobre o geral,

resolvemos escrever sobre o

particular. Embora façamos

isso poucas vezes, não é a

primeira vez que ocorre.

Já o fizemos em outras

oportunidades – a última

delas para exaltar,

coincidentemente, também

a ACSP, em seu evento sobre

as Empresas Comerciais

Exportadores em 2013.

Um evento

excelente, em

que ficou

evidenciada a

incapacidade

dos profissionais

do governo em

ajudar, e sua

grande capacidade

de atrapalhar.

Sem falar no

desconhecimento de

parte deles sobre o setor.

Desta feita, queremos

exaltar o IPT e demonstrar a

sua capacidade de ajudar o

comércio exterior brasileiro.

Ficamos mais que satisfeitos

com o que vimos e ouvimos.

Além disso, havia uma

boa plateia, bastante

especializada, que estava

ali sabendo porque

deveria estar.

Tivemos três excelentes

palestras retratando o

comércio exterior brasileiro

e sua importância no mundo

– que é quase nula – além

de sua representatividade

para o próprio PIB(Produto

Interno Bruto) do País.

Que está muito aquém da

importância possível e

cuja média mundial é de

cerca de 50%, nas duas vias,

exportação e importação,

o que representa 2,5 vezes

a brasileira.

Sem contar que há

países que têm muito mais

significância, como por

exemplo as Netherlands

(os Países Baixos), que

fazem 150% do seu PIB em

comércio exterior. O PIB

deles é de 722 bilhões

de dólares, exportam

576 bilhões e importam

511 bilhões.

Isso é exemplo

de economia saudável.

E tudo com uma população

de apenas 17 milhões

de almas, sendo que

a força de trabalho é de oito

milhões de pessoas.

Muitas das

m e rc a d o r i a s

brasileiras de exportação

não têm como competir

i n t e rn a c i o n a l m e n t e .

Em especial nossos

industrializados, que só

podem ser vendidos a uns

poucos países. Temos

contra nós

muitas variáveis,

principalmente nossa

matriz de transporte,

que torna nosso

sistema logístico um

dos piores do planeta,

quiçá da Via Láctea...

Também temos a

questão da mão de obra

na área, que é muito ruim.

Como costumamos dizer e

escrever, temos aqui uma

lojinha de "1 e 99", isto é,

em que 1% dos profissionais

sabe o que faz, enquanto

99% apenas fazem. E vão

em frente até o primeiro

problema acontecer – e

aí a coisa pára. Quando não,

vai-se em frente causando

prejuízos e problemas

muitas vezes insolúveis.

Temos também, como

dito, o próprio produto,

que nem sempre cumpre

as especificações

adequadas, ou mínimas

para sua exportação.

Nessa excelente

palestra do IPT-ACSP,

conhecemos a competência

dessa instituição e o

que podem fazer pelos

produtos produzidos em

nosso território. Tanto

para o mercado interno,

quanto para o externo, mas

que não são usados, a

não ser por poucos.

Talvez o problema seja o

desconhecimento do que o

IPT pode fazer. Talvez até

um problema de divulgação.

Após as palestras,

obviamente teóricas,

tivemos algumas visitas a

alguns de seus laboratórios.

Aprendemos bastante e

ficamos impressionados

com eles, sua tecnologia,

seus técnicos e sua

competência. E o quanto

podem ajudar a melhorar

nossos produtos. E, em

especial, competir

no comércio exterior com

melhores condições.

Sem nenhum interesse,

mas como profissional de

comércio exterior querendo

melhorá-lo a cada dia,

a cada artigo, a cada aula, a

cada palestra, gostaríamos

de sugerir um contato com

o IPT. Ele pode fazer muito

pelo País e pelas nossas

vendas internacionais. E,

também pelos produtos que

consumimos internamente.

Para aqueles que

acham que isso não é para

seu produto, talvez simples,

não é verdade. Eles estão

aí há mais de um século,

ajudando a quem desejar.

Quanto ao preço, também

verificamos que não é

nada do outro mundo. Pelo

contrário, são preços

bem acessáveis. Inclusive

com linha de financiamento

aos interessados.

Assim como o IPT,

deve haver muitas

outras instâncias no País

que podem melhorar nossos

produtos e nosso comércio

exterior, e que permanecem

de desconhecimento

geral, por alguma razão.

O que sugerimos a todos

eles é aparecerem, se

mostrarem, divulgarem o

que têm e podem fazer.

Talvez estejamos

atrasados em relação

a muitos países mais por

culpa de cada um de nós

mesmos do que por aquilo

que está disponível,

porém desconhecido.

SAMIR KEEDI É P RO F E S S O R DA

AD UA N E I R A S E DE PÓS-G R A D UA Ç Ã O, E C O N O M I S TA E AU TO R

DE VÁRIOS L I V RO S EM COMÉRCIO

EXTERIOR, ENTRE OS QUA I S "ABCDO COMÉRCIO EXTERIOR".

SAMIR@M U LT I E D I TO R A S .COM.BRSXC

Page 4: Diário do Comércio - 07/08/2014

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feita, 7 de agosto de 2014

[email protected]

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Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

MAIS: a emissora briga paraevitar que seu conteúdo semultiplique de graça. E nocomeço, apenas chamadasde programação.

MISTURA FINA

Fotos: Paula Lima

Quebrade decoro

Umdia deMarilyn

��� Durante muito tempo, elaera apenas a mulher de CarlosAlberto de Nóbrega, de quemse separou: depois, Andréade Nóbrega ficou conhecida

por sua participação em Mulheres Ricas e Aprendiz Celebri-dades. Aos 45 anos de idade, sonhando em ter um progra-ma só seu na televisão, ela acaba de se transformar emMarilyn Monroe e ser clicada para o site Garota Pin-Up,com clima da época, com direito a Lambretta e jukebox.

Religiosa,nemtanto��� O Pastor Everaldo (PSC) tem sidoquestionado se teme ver sua candidaturarotulada de religiosa. Sobre temas quedespertam a intolerância dos evangélicos, nãodeixa por menos: “Aborto é assunto biológico.A vida começa na concepção”. Depois,casamento homossexual: “Casamento tem

que ser macho e fêmea, isso também é biológico”. E união civil:“A Constituição brasileira diz que casamento é homem e mulher eisso não é assunto religioso”. Aí, emenda: “Não matarás é assuntoreligioso. Por isso, vou criar o Ministério da Segurança Pública”.

Risadas à220volts

Inimiga do YouTube, aGlobo resolveu se render:vai ter um canal oficialno portal contra o qualguerreia todos os dias.

��� Renan Calheiros (PMDB-AL) determinou abertura desindicância no episódio datropa de assalto que atuou naCPI da Petrobras para proteger

investigados, porque é sua obrigação como presidente do Senado.Vital do Rego (PMDB-PB), presidente da Comissão, pediu que aPolícia Federal investigasse as denúncias: quer ficar a distancia. Epode sobrar para os senadores José Pimentel (PT-CE), relator daCPI da estatal e Delcídio Amaral (PT-MT) por quebra de decoroparlamentar, provando-se que os dois teriam faltado com a ética aoajudar os depoentes. A quebra de decoro é o primeiro passopara a cassação. Já fez muitas vitimas no Congresso, incluin-do o próprio Renan. Além dele, os senadores Antonio CarlosMagalhães, José Roberto Arruda e Jader Barbalho.

Caminhos da fé��������������� A região onde foi erguido o Templo de Salomão, da IgrejaUniversal do Reino de Deus, fica no bairro do Brás, em São Paulo,antigo reduto de italianos e hoje, totalmente descaracterizado.Por isso, a Universal está comprando casas e terrenos dasadjacências (quando não consegue comprar, reforma a fachada)e pretende construir até mesmo hotéis para receber visitantes deoutras cidades e de bairros de São Paulo onde existem outrostemplos. Nesses, organiza-se caravanas de ônibus para levarfiéis ao templo por R$ 45. Também já está funcionando a lojinhade souvenirs da fé (no interior do templo, é proibido tirar fotos).

“Se você não colocar as mãos para trás, abaixar a cabeça e falar“sim, senhor”, vai levar tapa, vai para o frio, vai sofrer e não vaipoder reclamar.”

��� Na porta do teatro Oi CasaGrande, no Rio, num grande cartaz,o humorista aparece de maiô,pernas de fora e peruca loura(primeira foto à esquerda com

Thalita Rebouças): é um dos seis personagens de seu espetáculo220 volts, produção de R$ 3 milhões, que acaba de estrear,prometendo grande temporada. Na noite de largada, a platéiaestava repleta de gente famosa: da segunda foto à esquerda paraa direita, Marília Pêra, Tatá Werneck e Ingrid Guimarães e Anitta.

IN OUT�

Clutch colorida. Clutch clássica.

Barrado no baile��� Só agora se sabe que Lula,há dias, convocou secretáriosdo prefeito Fernando Haddadpara uma reunião – e nãochamou o alcaide, alegandoque “era uma pessoa muitoocupada e não queria tirá-lo deseus afazeres”. Queria mesmoque os secretários falassemlivremente e até reclamassemdo prefeito. Só que Haddadestrilou e também foi à reunião.Aí, Lula aos secretários: “Podemfalar à vontade. Faz de contaque o prefeito não está ai”. Nasequencia, o prefeito dedicouduas de suas manhãs a visitasa regiões da periferia.

RICA��������������� Candidata à reeleição noSenado, Kátia Abreu (PMDB-TO), ex-presidente da Confede-ração Nacional da Agricultura,não está dando a mínimaimportância a denúncias sobresuas 12 viagens por novepaíses, ao lado do namoradoMoisés Pinto, que teriam sidopagas pela entidade. Ele eraassessor no gabinete de Kátiae também ocupou a presi-dência do Instituto CNA, depesquisas e estudos sobreagronegócios. Kátia paraquem não sabe, é viúva,fazendeira – e rica. E deverávoltar à presidência da CNA.

Oceano lá em cima��� Se o problema da falta deágua preocupa várias regiões,o Brasil está sobre umaverdadeira mina de ouro:pesquisas feitas pela UFPA,do Pará e da UFC, do Ceará,estimam que a Amazôniatenha uma reserva de águasubterrânea com mais de 160trilhões de metros cúbicos. Ovolume é 3,5 vezes maior doque o do Aquífero Guarani, quese estende pelos territórios doUruguai, Argentina, Paraguaie Brasil com 1,2 milhão demetros quadrados de exten-são. A reserva representa 80%do total da água da Amazônia,enquanto os rios respondempor apenas 8%.

TRÊS EM UM��������������� A maior estatal brasilei-ra tem sido palco de umasérie de escândalos: agora,no esquema de proteção ainvestigados na CPI daPetrobras, evidencia-se quetrês presidentes da empresada era petista estariam, dealguma forma, envolvidos.José Eduardo Dutra, hojediretor de Comunicaçãoblindava Sergio Gabrielli eGraça Foster, que forambeneficiados por informações.A Petrobras soltou uma notaalegando que sempre prepa-rou executivos e ex-executi-vos para responderemperguntas em qualquer CPI,ensaiando antes.

Virou febre��������������� Programas de culinária – dacaseira até a alta gastronomia –transformaram-se, nos últimostempos, numa verdadeira febrenas emissoras de televisão.Agora, a Band prepara olançamento do MasterChef,em setembro, com Ana PaulaPadrão, ex-ancora da Globo,Record e SBT, funcionando comoapresentadora. Detalhe: elajá avisou que não faz açõesde merchandising. Mais: naTV por assinatura entre nós,existem mais de 20 progra-mas de cozinha.

NOVO CORO��������������� Dilma Rousseff foi aMontes Claros, interior deMinas Gerais, fazer campa-nha, com Lula junto e nema segurança presidencialconseguiu segurar os univer-sitários da cidade no protestocontra a presidente. O que seouviu na frente do hotel, ondeestava hospedada a caravanapresidencial, foram gritos deFora, Dilma e um coro adapta-do lembrando o Itaquerão: “Ei,Dilma, vai tomar no SUS”. Elae Lula saíram pelos fundos,rumo ao aeroporto.

ELISA SANZI // a Sininho, sobre seus dias na prisão.

��� DUROU pouco a relaçãocordial entre os ministros AloizioMercadante, da Casa Civil eRicardo Berzoini, das RelaçõesInstitucionais. Berzoini reclamaque Mercadante vem seintrometendo no trabalho dele eimpedindo suas relações comoutros partidos da base aliada.

��� TODAS as vezes queMarina Silva encontra ouconversa por telefone comGuilherme Leal, seu antigocompanheiro de chapa naseleições de 2010, ouve amesma recomendação: “Caifora, Marina! Pula fora! Antesque seja tarde”.

��� O STAFF da campanha deDilma está levantando posi-ções (e outras informações) doex-presidente do BC, ArminioFraga, nos últimos anos. Eleé um dos responsáveis peloprograma de governo de AécioNeves e a intenção do PT éusar Arminio para assustareleitores mais pobres.

��� NO COMEÇO de julho,pesquisas previam que o e-commerce no Brasil deveriasuperar a marca dos R$ 100bilhões até 2017, mas éprovável que esse recordepossa ser atingido antes. Noprimeiro semestre deste ano,o faturamento total ficou emcerca de R$ 36 bilhões,sendo que, em 2013, asvendas do ano inteiro tinhamsomado R$ 51 bilhões.

��� O MUSICAL Cinderella, emcartaz na Broadway, chegaao Brasil no ano que vem. Oespetáculo teve sua estreiana TV americana em 1957 efoi remontado em Nova Yorkhá pouco tempo. O desenhoanimado Cinderella, de WaldDisney, chegou aos cinemasamericanos em 1950.

��� A NOVA mania entreempresários e executivos doprimeiro time é tomar aulas decanto, pelos menos uma vez porsemana. Os especialistas daárea defendem a tese de queo exercício reforça a confiançae liberta de qualquer inibiçãopara falar em público.

HOJE NA CAPITAL

SUDOKU

11o | 27oCDia de sol com névoa fraca ao amanhecer.

Sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de céu nublado. Noite nublada

com possibilidade de garoa.

Nublado pela manhã, com possibilidade de garoa. Tarde

de sol com diminuição de nuvens. Noite com muita

nebulosidade.

Sol com algumas nuvens.Não chove.

AMANHÃ, 08/AGO

SAB, 09/AGO

DOM, 10/AGO

Mín. Máx.

13o | 22o CMáx.

Máx.

Máx.

Mín.

Mín.

Mín.

14o | 22o C

13o | 25o C

A ÁFRICAÉ ATINGIDA POR

DOENÇAS MORTAIS:

ISLÂMICO...

Page 5: Diário do Comércio - 07/08/2014

quinta-feita, 7 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

CPI DO METRO: INSTALADA E ADIADADisputa entre o PT e o PMDB pelo controle da CPIdo Metrô de São Paulo levou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) aencerrar a sessão de instalação da comissão, ontem, e adiar para2 de setembro a escolha do presidente e do relator das futuras investigações.

CNA questiona presidenciáveisAntes de começarem a serem sabatinados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os três principais candidatos àPresidência – Dilma Rousseff, o tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos – receberam uma carta com as principais demandasdo setor. No documento, agricultores reclamam que é preciso ampliar o crédito e o seguro das lavouras, mecanismo que cobre apenas

8,7% da área plantada no Brasil, levando os produtores a arcarem sozinhos com os riscos inerentes à atividade.

Campos quer voltado diálogo na área

Campos: comida boa e barata.

Dilma tenta mostraro que fez pela pasta

Uéslei Marcelino/Reuters

Dilma: potência agropecuária.

Disposto a dissuadir o

mal -estar in ic ia l

provocado pelo veto

de Marina Silva a lideranças

ligadas ao agronegócio na

chapa, o candidato do PSB,

Eduardo Campos, chegou à

Confederação da Agricultu-

ra e Pecuária do Brasil (CNA)

para sabatina acompanha-

do da candidata a vice. Ape-

sar do ambiente hostil, re-

presentantes do agronegó-

cio disseram ser uma boa

oportunidade para Marina

ouvir o que pensa o setor.

Campos afirmou que o

governo Dilma paralisou a

reforma agrária, as unida-

des de conservação e as de-

marcações de terras indí-

genas. Segundo ele, as pa-

ralisações reascenderam

conflitos no campo, que po-

deriam ser solucionados

com diálogo e mediação pe-

la União. Ele afirmou que os

ministérios responsáveis

pelo assunto foram "apare-

lhados politicamente", dei-

xando de priorizar estes te-

mas. Ele não quis se com-

prometer com metas, di-

zendo que dependerá de

zoneamento territorial e

novos estudos antropológi-

cos, no caso das terras indí-

genas. Ele garantiu que

avançará nesta pauta.

"O número de unidades

de conservação e as demar-

cações não chegam a 2% do

conjunto do que foi feito e

essa é uma pauta finita por-

que a Constituição Federal

imaginou que em cinco

anos seria possível fazer to-

da a demarcação. Não foi

possível, mas também não

pode passar 50 anos. Fiz

uma crítica objetiva, que é

preciso retomar o diálogo e

a pauta com o mundo real

b r a s i l e i ro. "

Campos disse que fará a

mediação entre a agricultu-

ra familiar, o agronegócio e

os povos da floresta, que

sua vice é afeita ao diálogo

e que não se ofende com o

contraditório. Se eleito, diz

que levará comida "boa e

barata" à mesa dos brasilei-

ros. Mas, para isso, "é preci-

so melhorar a infraestrutu-

ra logística, investir na pro-

dutividade e colocar o câm-

bio no lugar certo".

Ele voltou a criticar Dilma

por não dialogar com a so-

ciedade, citando que os go-

vernos José Sarney (PMDB),

Fernando Henrique Cardo-

so (PSDB) e Lula (PT) entre-

garam ao sucessor um País

melhor, o que não ocorrerá

desta vez. ( AG )

Uéslei Marcelino/Reuters

Aécio propõesuper ministério

Uéslei Marcelino/Reuters

Aécio, aplausos efusivos.

Antes mesmo de co-

meçar a ser sabati-

nada pela Confede-

ração da Agricultura e Pe-

cuária do Brasil (CNA), a

presidente Dilma Rousseff

apresentou dados que ten-

tavam demonstrar o esfor-

ço de seu governo para

atender as demandas do

setor agropecuário.

Grande parte dos pontos

abordados por ela em sua

fala inicial diziam respeito

aos problemas que a CNA

apresenta no documento

que entregou previamente

aos presidenciáveis.

Com relação ao crédito

agrícola, Dilma procurou

demonstrar que houve um

grande avanço e que hoje

entre o agronegócio e a

agricultura familiar o go-

verno oferece R$ 180 bi-

lhões em linhas de crédito

para investimento e cus-

teio. Ela também abordou o

tema seguro agrícola, di-

zendo que no seu governo a

cobertura saiu de um pata-

mar de R$ 180 milhões para

R$ 700 milhões. E tratou de

um tema caro ao agronegó-

cio, a briga com o governo

por áreas reivindicadas co-

mo terras indígenas.

"Quero reafirmar meu

compromisso de uma segu-

rança jurídica. A questão

das Terras Indígenas é um

dos nosso desafios. Deter-

minei ao Ministério da Justi-

ça que faça uma revisão nas

normas a fim de que o pro-

cesso de demarcação de

terras indígenas possa ga-

rantir maior transparência e

maior segurança jurídica."

Ela também tratou de ou-

tra reclamação do setor: o

déficit de armazenagem. Se-

gundo ela, foi criado um pla-

no para a construção de ar-

mazéns que oferece créditos

de R$ 5 bilhões por ano.

Sobre infraestrutura, de-

fendeu a integração dos di-

ferentes modais – aquaviá-

rio, rodoviário e ferroviário.

E também reclamou que há

20 anos não havia uma po-

lítica de assistência técnica

e que agora há. E ao defen-

der a aprovação do código

florestal, disse que havia

uma lei que punha a maioria

das propriedades na ilegali-

dade e que agora há segu-

rança para os agricultores.

Ela aproveitou para afa-

gar o setor: "Os brasileiros

que se dedicam ao agrone-

gócio são a razão do nosso

protagonismo nessa área e

fazem do Brasil uma potên-

cia agropecuária". ( AG )

Sob um clima mais fa-

vorável do que o sen-

t i d o p o r E d u a rd o

Campos e Marina Silva, o

candidato do PSDB, Aécio

Neves, subiu ao palco da sa-

batina na Confederação da

Agricultura e Pecuária do

Brasil (CNA) com seu vice

Aloysio Nunes Ferreira

(PSDB-SP) sob aplausos

bastante efusivos.

Entre as promessas fei-

tas, viu três agradarem

mais aos empresários pre-

sentes: a criação de um su-

perministério da Agricultu-

ra, Pesca e Abastecimento;

recuperação e transforma-

ção da Embrapa no maior

órgão de pesquisa do Brasil,

com pólos nos seis biomas;

respeito a súmula do Supre-

mo Tribunal Federal de Ra-

posa Serra do Sol para disci-

plinar os conflitos e demar-

cações de terras indígenas.

"Criarei um superministé-

rio da Agricultura, vou in-

cluir a pesca novamente, e

outras ações que poderão

ser incorporadas. O Ministé-

rio da Agricultura terá as-

sento em igualdade de im-

portância junto aos ministé-

rios da Fazenda e do Planeja-

men to . Não se rá ma i s

subordinado aos ministé-

rios nem ao Banco do Brasil.

Será decisivo nas politicas

de logística e infraestrutura.

Vai discutir quais os princi-

pais eixos de investimentos

que podem agregar a produ-

tividade. No meu governo,

quem definirá a estratégia

da pecuária e agricultura se-

rei eu. O ministério sairá de-

finitivamente do balcão de

negócios ao qual está sub-

metido hoje", disse.

Ele prometeu ainda cum-

primento rigoroso da lei no

caso de invasões de terras e

uma revolução logística

que priorize a construção

de hidrovias e ferrovias. Co-

mo Campos, também mos-

trou preocupação com a

agricultura sustentável.

Ao criticar a omissão da

administração petista de

Dilma Rousseff, Aécio disse

que o agronegócio vai bem

não por causa do governo,

mas vai bem apesar da

atual gestão. Disse ser cri-

me de lesa pátria o desmon-

te do setor do etanol e su-

croalcooleiro no país, e ci-

tou as mais de 40 usinas

que foram fechadas ou que

estão em liquidação judi-

cial, causando desemprego

no setor. "Estão jogando fo-

ra essa extraordinária ma-

triz energética." ( AG )

Page 6: Diário do Comércio - 07/08/2014
Page 7: Diário do Comércio - 07/08/2014

quinta-feita, 7 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

IR AQUEExplosões decar ros-bombamatam 51em Bagdá

N A RCOT R Á F I COAp re e n d i d o s127 kg de cocaínaem navio-escola daMarinha espanhola

À ESPERADA PAZDURADOURAO cessar-fogo de três dias entre Israel e os palestinos termina amanhã e asnegociações no Egito para prorrogá-lo empacaram. Israel se mostrou dispostoa manter a trégua, mas o Hamas não confirmou se aceita as condições.

No segundo dia de tré-

gua entre israelen-

ses e o grupo pales-

t ino Hamas , que

controla a Faixa de Gaza, o cam-

po de batalha diplomático

substituiu os ataques mútuos.

Uma das frentes foi no Cairo,

onde delegações dos dois lados

fazem exigências em meio à

negociação de um cessar-fogo

duradouro. A segunda foi em

Nova York, onde o Conselho de

Segurança da Organização das

Nações Unidas (ONU) se reuniu

para discutir possíveis investi-

gações de crimes de guerra.

Abir Sultan/EFE

Soldados israelenses se abraçam e cantam em uma base próxima à fronteira com Gaza (à esq.), enquanto moradores palestinos retornam às suas casas, muitas delas destruídas por bombardeios israelenses (à dir.).

Finbarr O'Reilly/Reuters

Na capital egípcia, apesar da

boa vontade dos moderadores

anfitriões e de informações de

avanços, as delegações discor-

daram sobre a prorrogação da

trégua além do prazo desta

sexta-feira, quando termina o

cessar-fogo de três dias.

Uma autoridade israelense

disse que Israel "manifestou a

sua disponibilidade para es-

tender a trégua nos seus ter-

mos atuais".

Mas uma autoridade de alto

escalão do Hamas no Cairo,

Moussa Abu Marzouk, disse no

Twitter na noite de ontem que

"não há um acordo" para pro-

longar o cessar-fogo.

"Estender a calma de 72 ho-

ras para outro período não foi

discutido", disse Sami Abu

Zuhri, o porta-voz do Hamas

em Gaza.

O cessar-fogo é a mais longa

trégua no conflito que já dei-

xou cerca de 1,9 mil palestinos

mortos. Israel perdeu 67 cida-

dãos, dentre eles três civis.

O chanceler egípcio, Sameh

Shukri, disse que estava traba-

lhando duro por um acordo. "O

cessar-fogo está sendo manti-

do, e tenho esperança de que

será estendido para dar uma

chance real às contínuas nego-

ciações", afirmou.

Segundo fontes presentes às

negociações, as conversas in-

diretas estão avançando, mas

os impasses são muitos. O Ha-

mas exige a construção de um

aeroporto e um porto em Gaza,

além da abertura das fronteiras

com Israel e Egito. Também

quer a libertação dos cerca de

400 membros do Hamas deti-

dos na Cisjordânia em junho.

Já as principais condições de

Israel são o desarmamento do

Hamas e de outros grupos em

Gaza e a criação de um meca-

nismo para garantir que não se

rearmem (como aconteceu

após o último conflito, em

2012) nem voltem a escavar tú-

neis clandestinos.

A exigência da desmilitari-

zação de Gaza, no entanto, já é

descartada pelo Hamas.

"Mataremos quem tentar

tomar nossas armas", escre-

veu Ezzat al-Rishq, um dos

membros do Hamas em Gaza,

no Twitter.

Ap oio - O presidente norte-

americano, Barack Obama, dis-

se ontem que os EUA preten-

dem apoiar o diálogo para es-

tender o cessar-fogo. Segundo

Obama, uma das prioridades

no curto prazo é assegurar que

o Hamas pare de lançar fogue-

tes para atingir Israel.

No longo prazo, ele afirmou

que os palestinos "precisam de

uma sensação de esperança"

quanto ao seu futuro. "Eu acre-

dito que existam maneiras pos-

síveis, mas será necessário que

os líderes políticos aceitem al-

guns riscos", disse.

O líder norte-americano dis-

se que uma eventual solução

terá que ser acompanhada

por uma maior abertura de Ga-

za para a influência do gover-

no palestino, liderado pelo

presidente Mahmoud Abbas.

Para Obama, Abbas é "sincero

em seu desejo pela paz".

"Eu não sou simpático ao Ha-

mas", disse Obama. "Eu tenho

grande empatia com pessoas

comuns que estão sofrendo

dentro de Gaza."

Investigação- Em Nova York, o

Conselho de Segurança da

ONU se reuniu para discutir o

conflito e, acima de tudo, res-

ponsabilizar quem cometeu

crimes de guerra. O secretário-

geral Ban Ki-moon pediu que os

ataques a instalações da ONU

em Gaza e outras hostilidades

sejam investigados.

"A mera suspeita de ativida-

de militar não justifica pôr em

perigo a vida e a segurança de

vários milhares de civis inocen-

tes. Abrigos da ONU devem ser

áreas seguras, não áreas de

combate", disse Ban.

'Realidade' - Em Israel, o pre-

miê Benjamin Netanyahu pe-

diu que os correspondentes

que estavam em Gaza "mos-

trem a realidade" dos ataques

do Hamas a Israel, que seriam

disparados em meio à popula-

ção civil e ao lado de instala-

ções da ONU.

"Espero que vejamos mais

documentação de terroristas

se escondendo por trás da po-

pulação civil. O Hamas deve

ser responsabilizado pela trá-

gica perda de vida", afirmou.

Em meio à batalha de pala-

vras, o Exército israelense dis-

pensou 30 mil dos 82 mil reser-

vistas que havia convocado,

dando a entender pelo menos

que a ação por terra não deve

ser retomada.

Em Gaza, onde meio milhão

de pessoas saíram de casa em

meio a um mês de intenso bom-

bardeio, alguns moradores dei-

xaram abrigos da ONU e volta-

ram para bairros onde quartei-

rões inteiros foram destruídos.

Já as ruas em cidades no sul

de Israel, as quais vinham so-

frendo ataques diários de fo-

guetes vindos de Gaza, esta-

vam repletas de crianças brin-

cando. (Agências)

A vingança de PutinRússia vai proibir a importação de alimentos dos EUA e UE após sanções por crise na Ucrânia

ARússia irá proibir a

importação de pro-

dutos alimentícios

dos Estados Unidos,

assim como frutas e verduras

da União Europeia, depois que

o presidente russo, Vladimir

Putin, ordenou uma retaliação

às sanções ocidentais contra o

seu governo, relatou a agên-

cia estatal Ria Novosti ontem.

Sendo a Rússia uma grande

compradora de alimentos dos

EUA e da UE, o gesto seria uma

escalada na guerra comercial

do tipo "olho por olho" desenca-

deada pela crise na Ucrânia.

Putin assinou um decreto on-

tem, ordenando que seja elabo-

rada uma lista de importações

a serem proibidas por um ano.

"(Todos os produtos alimentí-

cios) produzidos nos EUA e for-

necidos à Rússia serão proibi-

dos”, disse o porta-voz da agên-

cia de vigilância alimentar

VPSS, Alexei Alekseenko, à RiaNov osti. “Frutas e verduras da

UE terão proibição total.”

Para a Casa Branca, a retalia-

ção só vai causar mais prejuízos

à economia russa. A porta-voz

do governo dos EUA, Laura

Magnuson, destacou uma de-

claração do Banco Central rus-

so que alertou para a alta da in-

flação e a deterioração do po-

der de compra dos cidadãos se

a importação fosse proibida.

Um porta-voz da Comissão

Europeia disse que não tinha

comentários sobre o tema.

Após a emissão do decreto,

a VPSS disse que irá discutir a

opção de ampliar as importa-

ções de alimentos de Equa-

dor, Brasil, Chile e Argentina

hoje (leia mais na página 13).

EUA e a UE impuseram san-

ções depois que a Rússia ane-

xou a Crimeia em março e as

aprofundaram após a derruba-

da de um avião malaio em julho

no leste ucraniano, controlado

por rebeldes separatistas.

As relações entre a Rússia e o

Ocidente azedaram ainda mais

ontem, quando a Organização

do Tratado do Atlântico Norte

(Otan) declarou que Moscou

pode usar o pretexto de uma

missão humanitária para inva-

dir o leste da Ucrânia.

Segundo a Otan, cerca de 20

mil soldados russos estão esta-

cionados na fronteira. Os EUA

dizem ainda que a Rússia conti-

nua treinando os rebeldes - o

que o Kremlin nega. (Agências)

Sergei Kozlov/EFE

Após ameaçar cortar o gás, Rússia vai deixar de importar frutas da UE.

Guido, o neto da líder dasAvós da Praça de Maio,

Estela de Carlotto, nascido emcativeiro em 1978, durante aditadura na Argentina e que naterça-feira recuperou suaverdadeira identidade, tinhacomposto uma música sobre oregime militar que governou opaís entre 1976 e 1983.

O jovem (à dir.), pianista ecompositor, publicou a letra damúsica "Para la memoria" nainternet em março. Antes da letraem si, o texto conta com umareflexão: "O exercício de nãoesquecer nos dará a possibilidadede não repetir".

MÚSICA PARA CURAR FERIDAS

.Ó..R B I TA

Funcionários da saúde no oeste da África fizeram umapelo ontem por ajuda urgente para controlar o pior

surto de ebola da história. O saldo de mortos chegou a932 e hospitais foram forçados a fechar na Libéria

(acima), onde vários agentes foram infectados (Re u te r s ).

EBOLA: MORTOS CHEGAM A 932.

As coincidências não parampor aí. Em 2012, Guido, que foicriado com o nome de IgnacioHurban, participou do ciclo"Música pela identidade",projeto das Avós da Praça deMaio para a busca dos netosque sumiram na ditadura. (EFE)

Repr

oduç

ão

Ahmed Jallanzo/EFE

Page 8: Diário do Comércio - 07/08/2014

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feita, 7 de agosto de 2014

• MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

• ADMINISTRAÇÃO DO RH

• CONTABILIDADE

• LEGALIZAÇÃO

• GESTÃO FISCAL

CONTABILIDADE E ASSESSORIA

www.agenda-empresario.com.br ANO XXVIII APOIO: CENOFISCOQUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO DE 2014

DEMITIDO DURANTE A ESTABILIDADEFuncionário durante o período de estabilidade por acidente de trabalhopode ser demitido? A empresa pode indenizar o período de estabilidade?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].

DURANTE A VIGÊNCIA DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA O FUNCIO-NÁRIO FOI PRESO.A EMPRESA PODERÁ FAZER A RESCISÃO CONTRA-TUAL NA DATA PREVISTA NO CONTRATO? COMO PROCEDER?

Informamos que deverá ficar suspenso o contrato de trabalho. Dessaforma, o empregador não poderá rescindi-lo nesse período, devendoaguardar o retorno do empregado ao trabalho, quando o contratovolta a vigorar normalmente, podendo o trabalhador cumprir os diasrestantes do contrato, para configurar o término de contrato.

FESESP LANÇA PROGRAMA DE CURSOS E SEMINÁRIOSCom o objetivo de oferecer aos seus filiados a melhor forma dagestão eficiente e inovadora a FESESP-Federação de Serviços doEstado de São Paulo, programou diversos cursos e seminários,formatados para definir os preços pelos serviços executados. O1º Seminário realizado abordou com pleno êxito o tema Custos eFormação de Preço de Serviços.Conheça os próximos cursos pelo tel:11 3704.2522 ou pelo e-mail: [[email protected]].

DESCONTO MENOR NO VALE-TRANSPORTEEmpresa pode descontar menos de 6% sobre salário do funcionárioreferente ao vale-transporte? Qual a base legal? Saiba mais acessandoa íntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

QUANDO O FUNCIONÁRIO ESTÁ CUMPRINDO AVISO- PRÉVIO EARRUMA OUTRO EMPREGO, QUAL O PRAZO PARA FAZER O PAGA-MENTO DA RESCISÃO APÓS O ENCERRAMENTO DO CONTRATO?

Considerando que se trata de rescisão contratual sem justa causa e o empre-gado durante o cumprimento do aviso-prévio conseguiu nova colocaçãoprofissional, tem a empresa a partir da data de notificação que não maiscumprirá o aviso até dez dias para pagamento das verbas rescisórias desdeque não ultrapasse a data que seria o término do aviso prévio trabalhado.

QUANDO SE RECEBE SEGURO- DESEMPREGO, PODE O EX-FUN-CIONÁRIO OBTER UM EMPREGO POR PRAZO DETERMINADO,TEMPORÁRIO - NO MÁXIMO 90 DIAS, SEM PERDER O DIREITOAO SEGURO DESEMPREGO?

Não,independente do período do vínculo,seja a prazo determinado ounão, se a pessoa que estiver recebendo seguro-desemprego conseguirnova colocação profissional terá o benefício suspenso.

FUNCIONÁRIO NA POSIÇÃO DE PRESIDENTEFuncionário foi eleito o presidente de uma sociedade anônima decapital aberto, quais os procedimentos que deverão ser adotados?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].

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SERTÃO PAULISTAEstiagem que castiga todo o Estado de São Paulo provoca prejuízos na agricultura e desemprego nas cidades. Hidrovia Tietê/Paraná está paralisada por falta de água.

Não é apenas a capi-

tal paulista que vive

a m a i o r c r i s e n o

abastecimento de

água da sua história. O rico in-

terior do Estado de São Paulo

enfrenta a pior seca dos últi-

mos 70 anos. Não chove desde

o final do ano passado.

O Rio Tietê baixou em até oi-

to metros na região de Araça-

tuba, a 467 quilômetros de

São Paulo, interrompendo há

dois meses o tráfego de barca-

ças na Hidrovia Tietê/Paraná,

uma das maiores do País, já

que há lugares onde o rio está

no nível zero. Com isso, não se-

rá possível escoar parte das

seis milhões de toneladas de

grão transportadas por ali

anualmente.

Desemprego–A situação im-

pede a navegação até de bar-

cos de pescadores, agravan-

do a crise social. Já foram de-

mitidas três mil pessoas que

trabalhavam na hidrovia na

região, entre Araçatuba e Bar-

ra Bonita, abrangendo 42 mu-

nicípios paulistas.

A disputa pela água atinge

proporções alarmantes, pois

as seis hidrelétricas na região

dão prioridade ao uso da água

para a produção de energia

elétrica e, assim, evitar um

apagão. A agricultura tam-

bém sofre e as destilarias de

açúcar e álcool, com quebra

na safra em até 25%, já dis-

pensaram mil trabalhadores.

E, para piorar, só há previsão

de chuva prevista para outu-

bro ou novembro.

Essa bacia hidrográfica atin-

ge 223 municípios, onde mo-

ram 27 milhões de pessoas que

dependem da água do Tietê pa-

ra viver. O nível do rio, porém,

está baixo, sobretudo porque

65 de seus afluentes estão se-

cos ou com um fio de água, se-

gundo levantamento de Luiz

Otávio Manfré, do Departa-

mento Estadual de Água e

Energia Elétrica (DAEE).

É o que ocorre com o Córre-

go Lafon, no distrito de Enge-

nheiro Taveira, a cinco quilô-

metros de Araçatuba. O nível

desse rio, afluente do Tietê,

que já chegou a ter seis metros

de profundidade, hoje não

passa de um fio água fedoren-

to, recebendo o esgoto de cin-

co mil pessoas que vivem em

Taveira, além dos dejetos de

um curtume da região.

Com a redução no nível do

Tietê, muitos barcos não po-

dem navegar e os pescadores

profissionais têm dificuldades

para obter seu sustento do rio.

O movimento em busca de

barcos está tão fraco que José

Carlos de Souza, de 59 anos,

vendeu as quatro embarca-

ções que tinha para alugar aos

p e s c a d o re s .

"Só tenho um barco para

meu uso, mas até o cobri com

lona porque ele está ancorado

a cem metros do rio, quando

antes ficava no píer dentro

d'água", disse José Carlos, es-

tabelecido no Porto Bico de Pe-

dra, às margens do Tietê.

Alagoano, Júnior Francisco

da Silva, de 32 anos, há 13 no

local, acha que o clima na re-

gião está parecido com o Nor-

deste, onde nasceu. "Nem pa-

rece que ali passava um rio em

que a gente pescava", disse.

A situação desses 65 rios se-

cos se agravou porque este

ano só choveu 50 milímetros

(mm) na região, em julho, in-

suficiente para reduzir o défi-

cit hídrico na bacia do Tietê.

Pr e j u í z o –Economicamente,

a situação mais crítica foi a pa-

ralisação da Hidrovia Tietê/Pa-

raná, que nasce em Goiás e vai

até a Hidrelétrica de Itaipu, em

Foz do Iguaçu, no Paraná, com

2,2 mil quilômetros, dos quais

800 quilômetros no Estado de

São Paulo. A hidrovia está pa-

ralisada desde maio, porque o

Rio Tietê baixou até oito me-

tros em alguns trechos, invia-

bilizando a navegação. Com a

hidrovia parada, o prejuízo é

estimado em R$ 200 milhões,

segundo o Departamento Hi-

droviário. (Ag.O Globo)

Chico Siqueira/Estadão Conteúdo

Barcos ancorados na terra em Buritama, no interior de São Paulo, rota da Hidrovia Tietê/Paraná: estiagem provoca desemprego na região.

Roubou moto edevolveu: um lixo!

No município de Russas,

no Ceará, a 172 quilô-

metros de Fortaleza,

um ladrão furtou uma motoci-

cleta e depois a abandonou,

deixando um bilhete desafo-

rado para o dono. "Ajeita essa

porqueira, macho. Não dá

nem pra fazer um assalto. Isso

não serve nem pra botar no li-

xo, seu fuleiro. Compre uma

brozinha, macho. Valeu com-

padre", dizia a mensagem es-

crita à caneta em um pedaço

de papel que foi encontrado

junto com a moto.

De acordo com a Polícia Civil

do Ceará, a moto, uma Honda

125 cilindradas de 1997, esta-

va mal conservada e tinha pro-

blemas mecânicos.

A motocicleta foi encontra-

da na última terça-feira, aban-

donada na zona rural da cida-

de. Há suspeita de que o la-

drão more nas proximidades

de onde ocorreu o furto. Foram

feitas buscas, mas até ontem

à noite o ladrão não havia sido

identificado. Também não foi

informado o nome do dono da

m o t o.

A Polícia acredita que o la-

drão tenha pego a moto para

fazer assaltos, mas viu que o

veículo não possibilitaria fu-

gas. Inicialmente, os policiais

acreditaram que se tratava de

uma brincadeira, pois não ha-

via registro de furto na delega-

cia da cidade e a placa era de

Jaguaruana, vizinha a Russas.

Investigação – O bilhete está

sendo tratado como material

de investigação. Ele chegou a

ser fotografado e divulgado

nas redes sociais. A Polícia ne-

ga que a divulgação tenha par-

tido da corporação.

Conforme o delegado Geral

da Polícia Civil do Ceará, An-

drade Júnior, as motos são os

principais alvos dos crimes de

furto. "Com o decorrer do tem-

po, os carros foram sendo mo-

dernizados. Então há dificul-

dades em furtá-los devido às

chaves codificadas", afirmou.

De acordo com ele, a Polícia

Civil, em conjunto com os ór-

gãos de inteligência da Segu-

rança Pública, tem mapeado

as áreas em que tais crimes

estão ocorrendo com maior in-

tensidade. (EC)

Vítima faz selfie comassaltante, após dominá-lo.

Areação inusitada de um

jovem a uma tentativa

de assalto chamou a

atenção de policiais e da comu-

nidade na noite da última terça-

feira em Vila Velha, no Espírito

Santo. Ao ser abordado por um

assaltante numa bicicleta, o

instalador de ar-condicionado

imobilizou o criminoso e tirou

uma "selfie" (foto própria feita

com o celular) enquanto aguar-

dava a chegada da polícia.

A ideia de tirar a foto, segun-

do ele, surgiu quando o crimi-

noso pediu para ser solto: "Ele

virou para mim e disse 'isso

aqui é meu ganha-pão, eu pre-

ciso disso aqui para sobrevi-

ver, me libera, deixa eu ir para

casa que eu te deixo de boa,

com o seu celular... a vida é di-

fícil para mim'. Então eu em-

purrei ele, que estava de bici-

cleta, ele caiu, levantou e cor-

reu. Dei uma rasteira, ele caiu

na calçada. Já pulei em cima

dele e dei uma chave de bra-

ço", destacou a vítima em en-

trevista à TV Gazeta.

O jovem, que preferiu não

se identificar temendo repre-

sálias, contou que estava pas-

sando pela rua quando foi

abordado pelo rapaz.

Bonitinho – "Ele falou 'passa

o celular' e eu neguei. Depois

de imobilizá-lo eu pensei na fo-

to e falei: 'irmão, já que você

quer meu celular eu vou recor-

dar esse momento para você

nunca mais esquecer'. Foi a

hora que fiz uma selfie com

ele. Apertei o pescoço dele pa-

ra que ele ficasse bem boniti-

nho para a foto, afirmou.

O jovem conta que explica-

va as pessoas que passavam

que o criminoso estava ten-

tando roubá-lo. Apesar da ati-

tude, disse que não queria

uma reação de linchamento.

"Apareceram outras pes-

soas. Um cara disse que ele

havia assaltado a prima e co-

meçou a xingá-lo. Não machu-

quei ele", disse.

A polícia encaminhou o sus-

peito ao Departamento de Po-

lícia Judiciária (DPJ) de Vila Ve-

lha, de onde foi novamente

transferido para o Centro de

Triagem de Viana. A Polícia Mi-

litar orienta a população a

nunca reagir nestas situações

de assalto. (Ag.O Globo)

Eu pensei na foto efalei: já que vocêquer meu celular euvou recordar essemomento para vocênunca maisesquecer.VÍTIMA DO A S S A LTO

Vereadores da capitalpaulista aprovaram na

sessão plenária de ontem ainstalação de ComissãoParlamentar de Inquérito(CPI) para investigarcontratos da Sabesp com aPrefeitura. O autor dorequerimento foi o vereadorpelo PHS, Laércio Benko. Ainstalação foi aprovada por30 votos. A CPI tem duraçãode 120 dias e será compostapor vereadores de todos ospartidos da Casa. (EC)

CPI DA ÁGUA

Apolícia prendeu ontemtrês chilenos acusados de

furtar bagagens emaeroportos e feiras denegócio em São Paulo. Elesforam localizados por meiodo rastreador do iPad de umadas vítimas que o grupohavia furtado no Aeroportode Congonhas, na zona sul.Com os três acusados, foramencontradas malas, roupas eaparelhos eletrônicos de suasvítimas. O delegado OswaldoNico Gonçalves disse queeles atuavam também emCumbica. (EC)

AEROPORTO

.Ó..R B I TA

Page 9: Diário do Comércio - 07/08/2014

quinta-feita, 7 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

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Mercadode Notícias

Fabio Rebelo/Divulgação

Filme inspiradoem peça de Ben Jonson, de 1625.

Lúcia Helena de Camargo

Notas curtas, avisos bre-

ves, baratinhos, quase de

graça. Notícias maiores,

quentes e densas, mais caras. Al-

gumas falsas, com cara de verda-

deiras, essas até pagam para le-

var. O documentário O Mercado deNotícias (Brasil, 2014), que estreia

nos cinemas nesta quinta (7) traz

essa e outras analogias como re-

sumos do jornalismo praticado

atualmente. Dirigido por Jorge

Furtado, o filme vai buscar a inspi-

ração na peça de teatro The Stapleof News, de Ben Jonson, de 1625,

cuja história mostra o jovem her-

deiro Pila Júnior e seu encanta-

mento com a novidade de Londres

à época: uma empresa que vende

notícias. Furtado filma a encena-

ção, intercala com depoimentos

de jornalistas, repórteres e colu-

nistas brasileiros. São entrevista-

dos Renata Lo Prete e Cristiana Lô-

bo, da Globo News; José Roberto de

Toledo, do jornal O Estado de S. Pau-lo; Bob Fernandes, editor-chefe do

site Terra Magazine;Fernando Ro-

drigues, Geneton Moraes Neto e

Jânio de Freitas. Para apimentar o

molho, o documentário mostra al-

guns casos nos quais o jornalismo

deixou a desejar, como aquele da

Escola de Base e uma “b a rri g a ”

(notícia falsa), publicada em 2004

pelo jornal Folha de S. Paulo: sob o

título “Decoração burocrata”, a

reportagem informava que um

“valioso desenho do pintor espa-

nhol Pablo Picasso” estava expos-

to, em uma repartição do governo

federal, de maneira desleixada,

sob luzes fluorescentes. Sua mol-

dura tinha até restos de inseto. O

jornal apontava, assim, a inépcia

do governo em cuidar de uma obra

de arte. A notícia do suposto des-

caso foi reproduzida em diversos

jornais, revistas e sites, no Brasil e

no exterior. Leitores apontaram

tratar-se de réplica. Jorge Furtado

foi conferir e constatou que a

“obra” é, na verdade, uma repro-

dução fotográfica, comprada por

US$ 20 na loja de um museu dos

EUA. “Os jornais foram alertados

de seu erro, mas nenhum des-

mentiu a informação”, diz o dire-

tor. Ele descobriu ainda que o su-

postamente valioso desenho de

Picasso foi dado ao INSS como pa-

gamento de uma dívida. “Em

q u a n t o f o i a v a l i a d o ? E p o r

qu em?”, questiona. O escândalo

da tapioca e o misterioso caso da

bolinha de papel jogada em José

Serra são outros casos. Embora no

documentário apareçam apenas

trechos dos depoimentos e da pe-

ça, evidentemente para que o fil-

me tivesse um tamanho comer-

cialmente viável, a produção dis-

ponibilizou online as entrevistas in-

teiras, a encenação do espetáculo

com todos os cinco atos, além do

relato completo dos casos jornalís-

ticos. Quem se interessar pelo con-

teúdo integral pode entrar em

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Bob Balser, diretor de Yellow Submarine, relembra outros tempos. Ri e sonha.

Paulo Pampolin/Hype

Ana Barella

O álbum com o a trilha sonora de Yellow Submarinenão foi um sucesso

como música que deu origem ao filme. Já a animação, seguiu um cami-

nho inversamente proporcional. Comparada a clássicos como Fa n t a s i a(1940), da Disney, o longa-metragem foi bem aceito pela crítica da épo-

ca, e virou um marco com suas cores vivas e viagens psicodélicas.

Uma equipe de quarenta escritores e 200 artistas, dirigida por Bob

Balser, uniu-se para dar vida animada ao famoso submarino amarelo.

No filme, ao som de músicas como Lucy In Th e Sky With DiamondseAll YouNeed Is Love, os Beatles têm a missão de salvar o mundo Pepperland, que

está sob o comando dos vilões Blue Meanies.

A história é simples, começa com os Blue Meanies petrificando os ci-

dadãos de Pepperland, e deixando tudo cinza. Na sequência, o capitão

Pepper procura os Bea-

tles, e os leva até esse

mundo em um submari-

no amarelo, que passa

por lugares doidos, com

direito a monstros e via-

gens no tempo. O filme

foi relançado em 2012,

com uma versão restau-

rada, em DVD (R$ 41) e

Blue-ray (R$ 81).

Capitãode cartoons

Depois da produção de Yellow Submarine,

Bob Balser dirigiu 17 capítulos da série de

TV sobre o Jackson Five, chamada Jackson5ive (1971-1972).

Em 1979, participou da produção do telefilme

em animação dos livros da série Nárnia, chamado

O Leão, A Bruxa e o Guarda-Roupa. Também foi

animador de um desenho considerado cult, o heavymetal: Universo em Fantasia, de 1981. Uma antologia

de curtas sobre a vida de um Loc-Nar, que na

história é a personificação do mal no universo.

Em 1985, supervisonou cinco capítulos do

desenho The Charlie Brown and Snoopy Show, que

levou as tirinhas Pe a n u t s para a TV.

Hoje, com 87 anos, Balser é membro da

Academia, além de outras entidades do gênero.

Que barquinho psicodélico!

" So u m u i t o

g r a t o p o r

t e r f e i t o

parte da história dos

Beatles. A chance de me

envolver no filme, e na

música deles, foi magní-

fica e mudou a minha vi-

da." Bob Balser, diretor

da animação Yellow Sub-marine (1968), não tira o

sorriso do rosto para fa-

lar sobre o longa-metra-

gem inspirado na músi-

ca homônima que es-

trelava Paul McCart-

ney,Ringo Starr, George

Harrison e John Lennon

no estilo cartoon.

Balser, que hoje tem

87 anos, veio ao Brasil

para apresentar uma

sessão da cópia restau-

rada de Yellow Submari-ne, e bater um papo so-

bre animação no Festival

Anima Mundi, que acon-

tece na Cidade até do-

mingo (10).

Durante entrevista

com o DCultura, usa uma

gravata com o vilão BlueMeanie estampado – que

ele alega ser a única de

seu guarda-roupa – e re-

lembra um tempo tão re-

moto, em que, o hoje de-

clarado beatlemaníaco,

nem conhecia o Fab Four.

"Eu sabia que eles exis-

tiam, mas quando me

passaram o trabalho tive

de fazer uma pesquisa,

escutar suas música e

ver os outros filmes – AHard Day's Night (1964) e

Help! (1965)".

Balser conta que, na

época, os Beatles não

estavam muito empol-

gados em fazer outros

filmes. Já haviam virado

c ar t o on s em uma série

de TV e não gostaram

muito do resultado. Tam-

bém não tinham muito

tempo para participar,

tanto que nem chega-

ram a dublar os persona-

gens. Eles só dão voz à

trilha sonora, que tem

quatro músicas originais

da banda, além de duas

previamente lançadas,

e algumas composições

do maestro e produtor,

George Martin. "Tirando

o pé atrás do início, eu sei

que eles gostaram muito

do resultado", explica.

De acordo com Bal-

ser, se o filme fosse feito

nos dias de hoje, com to-

da a certeza seria com-

pletamente diferente:

"Fiz esse filme em uma

época em que os compu-

tadores praticamente

não existiam. Foi tudo

manual, artesanal. Hoje,

a produção teria mais ra-

pidez, porém o resultado

seria outro, e com certe-

za em 3D. Pessoalmente

prefiro o 2D, é mais hu-

mano, mais artístico."

Esta hipótese de refa-

zer o filme, e em 3D, já

passou pela cabeça de

alguns produtores. Em

2012, a Disney tentou

lançar esse projeto, po-

rém não foi para frente.

Quanto a produções

atuais, Balser explica

que acompanha de per-

to, e tem preferência pe-

los trabalhos indepen-

dentes em 2D, como a

animação brasileira OMenino e o Mundo, de Alê

Abreu, da qual diz ter

g o s t a d o.

Já em relação à sua

criação, ele conta não

se cansar da cena da

viagem do submarino

até o mundo de Peper-

land, pois foi a parte em

que mais colaborou no

roteiro. "Adoro a cena

ao som de When I'm Six-t y- Fo ur . Infelizmente eu

não tenho mais 64 anos.

Gostaria de pegar uma

carona no submarino

amarelo e voltar a ter

essa idade."

Gostaria de pegaruma carona nosubmarino amarelo

Bob Balser.

Foto

s: R

epro

duçã

o

Page 10: Diário do Comércio - 07/08/2014

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feita, 7 de agosto de 2014

.C..ELEBRIDADES

Rancho de Michael Jackson à venda"Neverland", o imenso

rancho californiano de

1.300 hectares de Michael

Jackson está à venda e foi

avaliado em US$ 30

milhões, uma quantia que,

de acordo com analistas

imobiliários consultados

pela revista Fo r b e s , pode

disparar e alcançar até

US$ 100 milhões se as

grandes fortunas dos EUA

se sentirem tentadas a

comprá-lo. Em 1988,

Michael pagou US$ 17,5

milhões pelo rancho e o

batizou como "Neverland",

a "Terra do Nunca" descrita

pelo escocês J.M. Barrie em

seus romances sobre as

crianças que nunca

cresciam e cujo líder era

Peter Pan, personagem

que o próprio "rei do pop"

tentou imitar. "Eu sou Peter

Pan", disse ele ao jornalista

britânico Martin Bashir em

entrevista feita em 2003.

.F..UTEBOL

Neymar tem bonsresultados em exame

Neymar se reapresentou

ontem ao Barcelona,

depois de três semanas de

férias, e passou por novos

exames para avaliar a fase

de recuperação da fratura

da terceira vértebra da

coluna cervical. Os exames

não detectaram qualquer

problema fisiológico e

Neymar está liberado para

os treinos. O atleta deverá

treinar separadamente do

resto do time, pois ainda

não se recuperou

totalmente, mas pode

jogar já no dia 18.

.A..NIMAIS

ONG busca homemque chutou esquilo

A organização de defesa

dos animais Peta ofereceu

uma recompensa de US$

15 mil por informações que

levem à detenção de um

homem que chutou um

esquilo em um abismo do

Grand Canyon, no

Colorado, EUA. O vídeo que

mostra a ação se tornou

viral no YouTube. O homem

não identificado chuta o

animal para o abismo, ou

seja, para a morte. O

Serviço de Parques dos

EUA realiza uma

investigação do caso.

.D..ANÇA

Milongasfrancesas

Público observa a dança

de um casal durante uma

aula de tango e milonga

para iniciantes ao ar livre

organizada pela Tango de

Sole em Lyon, na França. O

tango argentino está se

tornando cada vez mais

popular na França e, na

cidade de Lyon, alcançou

tantos fãs que a a dança

invadiu os cafés, praças e

espaços públicos.

.L..OTERIAS

Concurso 1475 da LOTOMANIA

01 06 07 15 25

30 34 38 41 45

49 58 60 62 65

78 84 91 93 98

Concurso 3554 da QUINA

08 19 24 30 47

.T..ECNOLOGIA

Explore Marte e a Lua. No Google.

OGoogle lançou oficial-

mente os serviços Go-

ogle Mars e Google Mo-

on, que permitem aos inter-

nautas explorarem as superfí-

c ies de Marte e da Lua da

mesma maneira como fazem

há anos com a Terra no Google

Earth, ou seja, com alguns cli-

ques do mouse. Os recursos

foram lançados no momento

em que a Nasa comemora dois

anos do robô Curiosity em

Marte.

Os dois mapas têm o mes-

mo funcionamento que o Goo-

gle Earth – é possível aproxi-

mar ou afastar o foco nas re-

Concurso 1091 da LOTOFÁCIL

02 04 05 06 07

09 10 12 13 14

16 20 23 24 25Penteado geekFamosa no Japão, Shoko Nakagawa usa a exúvia

("casca") da cigarranos cachos.

http://goo.gl/wGvkfF

Subindo sem saltoA grife de calçados United Nude criou um

modelo que pode ser produzido em

impressoras 3D cuja principal característica é

a ausência do salto. O modelo foi adotado nos

desfiles da estilista Iris van Herpen.

w w w. u n i t e d n u d e . c o m

Desenhado tendo comobase a estrutura de um

cubo, o calçado garanteestabilidade mesmosem o apoio do salto,dando a sensação de

que o pé flutua.

A r t i st ainterativo

Gaikuo -

Captain

interage com

suas próprias

obras numa

mistura de foto

e ilustração.

http://goo.gl/LBmm2L

Seguindo o cometaApós 10 anos, a sonda

Rosetta, da ESA, chegou

ontem ao cometa Churi

e passará a seguir sua

órbita para enviar um

robô a sua superfície.

giões desejadas como crate-

ras. No caso da Lua, estão

marcadas as áreas de pouso

de todas as missões Apolo e,

no caso de Marte, as cores do

mapa indicam as altitudes de

cada região.

Tanto o Google mars como o

Google Moon foram criados a

partir de imagens das agên-

cias espaciais dos EUA (Nasa),

do Japão (Jaxa), além das orga-

nizações U.S. Geological Sur-

vey (EUA) e Selenological and

Engineering Explorer (Selene,

também do Japão).

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Reuters

Page 11: Diário do Comércio - 07/08/2014

quinta-feita, 7 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

Car r osficam na

rota de umano ruim

Produção e vendas subiram em julhoante junho, mas acumulam perdas de

17,4% e 8,6% respectivamente no ano.

Devido à fraqueza

dos mercados inter-

no e externo, a in-

dústria automobi-

lística brasileira teve em julho

seu pior resultado de produ-

ção e vendas para o mês des-

de 2006, informou a Associa-

ção Nacional dos Fabricantes

de Veículos Automotore s (An-

favea).

No mês passado, o setor até

que reagiu. A produção e as

vendas de autoveículos – a u-

tomóveis, caminhões e ônibus

e automóveis – subiram na

comparação com o mês ante-

rior, 17% e 11,8% respectiva-

mente. Esse resultado, no en-

tanto, não melhorou o acumu-

lado do ano: produção em

queda de 17,4% ante igual pe-

ríodo de 2013 e vendas retraí-

das em 8,6%, na mesma com-

paração. Em relação a julho

ano passado os números tam-

bém são negativos, com baixa

de 20,5% na produção e de

12,9% nas vendas.

As exportações não com-

pensaram a freada do merca-

do interno. Também cresce-

ram na comparação mensal,

19,7% para pouco mais de

US$ 1 bilhão, mas ainda apre-

sentam forte retração de

32,2% sobre um ano antes e

de 24,5% na soma dos sete pri-

meiros meses de 2014 –nesse

período as vendas foram de

US$ 7 bilhões, sendo que es-

tão incluídas nas contas as

máquinas agrícolas.

A Anfavea considera positi-

vas as medidas tomadas re-

centemente pelo Banco Cen-

tral para estimular o crédito.

"A economia brasileira preci-

sava dessa liquidez. Mas os

agentes bancários precisam

fazer uma análise detalhada

para saber onde aplicar essa

liquidez adicional", diz o presi-

dente da Anfavea, Luiz Moan.

Mesmo assim, a entidade

mantm as projeções para o

ano, que reavaliara em julho:

queda de 10% na produção,

recuo de 5,4% nas vendas no

mercado interno e de 29% nas

ex p o r t a ç õ e s

ESTOQUE MENORA queda no mercado interno

tem sido causada, segundo a

Anfavea, pela reticência dos

bancos na concessão de crédi-

to ao consumidor. "Houve

uma queda muito grande e

não esperada na confiança no

primeiro semestre. A partir de

março houve um clima de pes-

simismo exagerado. Houve

quebra de confiança no consu-

midor, aliado à seletividade do

crédito", afirma Moan.

O cenário tem obrigado as

indústrias a ajustar a produ-

ção por meio de concessão de

férias, suspensão de contra-

tos de trabalho e redução de

jornadas em fábricas. Várias

delas adotaram o lay-off. Com

tal recurso, o funcionário pode

ficar afastado por até cinco

meses, com parte do salário

(R$ 1,3 mil) bancada pelo Fun-

do de Amparo ao Trabalhador

(FAT) e desde que frequente

no período um curso de quali-

ficação profissional.

Segundo a Anfavea, o nível

de emprego nas montadoras

fechou julho em 150.295 pos-

tos ocupados, queda de 4,2 %

sobre um ano antes.

Divulgação/Nissan

Moan, daAnfavea:"Houve umaqueda muitogrande e nãoesperada naconfiança nop r i m e i rosemestre. Apartir de marçosurgiu umclima depessimismoexagerado".

Layoff, umaprática que se

generaliza.

Com redução de 13% nas

vendas no acumulado

dos sete meses do ano –

95,2 mil unidades ante 109,5

mil de igual período de 2013 –

e sem perspectivas de melho-

ra no curto prazo, fabricantes

de caminhões e ônibus conti-

nuam a ampliar medidas de

corte de produção. Nesta se-

mana, três empresas – M e rc e -

des-Benz, Man Latin America

e Iveco – dispensaram traba-

lhadores pelo sistema de lay-

off e banco de horas.

A Mercedes-Benz colocará

nesse regime 158 dos 750 fun-

cionários da fábrica de cami-

nhões de Juiz de Fora (MG) a

partir do dia 18, com retorno

em janeiro. Na fábrica de São

Bernardo do Campo (SP), que

produz caminhões, ônibus,

motores e câmbios, dispen-

sou 1,2 mil dos 9,5 mil traba-

lhadores em 1.º de julho. A

Mercedes mantém também

um Programa de Demissão Vo-

luntária (PDV) em São Bernar-

do com meta de cortar 2 mil

vagas, consideradas ociosas.

Até agora, obteve 1,1 mil ade-

sões, segundo o Sindicato dos

Metalúrgicos do ABC.

A Man, que também produz

caminhões e ônibus da marca

Volkswagen, colocou 100 tra-

balhadores em layoff a partir

de segunda-feira, por cinco

meses. A empresa, que junto

com fornecedores de peças

emprega 5,5 mil pessoas no

complexo de Resende (RJ), já

havia adotado o layoff em

março para 200 pessoas. Es-

ses funcionários retornariam

neste mês, mas aceitaram

oferta de indenização espe-

cial de R$ 4 mil a R$ 5 mil e dei-

xaram a montadora.

Com fábrica em Sete La-

goas (MG), a Iveco, que em-

prega 3,7 mil pessoas, vai dei-

xar em casa 1,5 mil trabalha-

dores e parar a produção de

caminhões pesados entre os

dias 4 e 20 deste mês, e a de

veículos leves entre 4 e 15. Se-

tores como expedição e CKD

não vão parar. É a terceira me-

dida desse tipo desde abril,

quando a companhia deu fé-

rias coletivas para 500 traba-

lhadores. Em junho, foram

mais dez dias de parada técni-

ca para 800 pessoas, mesmo

expediente adotado agora.

Também estão com traba-

lhadores em layoff a Volkswa-

gen (750 em São Bernardo do

Campo e 400 em São José dos

Pinhais, Paraná) e a Ford (108

pessoas na unidade de moto-

res em Taubaté, São Paulo). A

PSA Peugeot Citroën, que ti-

nha 650 trabalhadores afasta-

dos no Rio, abriu um PDV e ob-

teve adesão da maioria deles.

A General Motors negocia

na sexta-feira, dia 8, com o

Sindicato dos Metalúrgicos de

São José dos Campos um lay-

off para cerca de mil trabalha-

d o re s . (Estadão Conteúdo)

Câmara aprova o etanolna gasolina a 27,5%

Lucas Lacaz Ruiz/AE

Nas próximassemanasdeverá estarpronto umestudo sobreos efeitos nosveículos daelevação doetanol nagasolina.

Máquinas,também...

O segmento demáquinasa g r í co l a s

comportou-se de formaparecida à deautoveículos. Aprodução subiufortemente em julho(50,7%) em relação aomês anterior, mas caiu7,7% ante o mesmo mêsdo ano passado e recuou15,1% nos seteprimeiros meses desteano em comparação comperíodo igual de 2013.As vendas internas noatacado subiram 8,8%na comparação comjunho, recuaram 16,0%ante julho de 2013 eacumulam retração de19,2% no acumulado doa n o.

As exportações demáquinas agrícolas emvalores totalizaram US$224,7 milhões no mêspassado, alta de 3,3% nacomparação com junhoe recuo de 31,5% antejulho de 2013. Oacumulado de janeiro ajulho, US$ 1,75 bilhão, éinferior em 13,3% aoregistro de igual períododo ano passado.

O total de máquinasagrícolas exportadaschegou a 1.320unidades em julho, altade 9,1% na comparaçãocom junho e recuo de2,6% ante julho de 2013e de 5,8% no acumuladode janeiro a julho desteano sobre igual períododo ano passado, para7.884 unidades.(Estadão Conteúdo)

Todo esse clima obrigou o

governo federal a adiar para o

fim do ano aumento de carga

tributária que deveria ter

ocorrido no final de junho.

A produção das montadoras

no mês passado foi de 252,6

mil carros, comerciais leves,

caminhões e ônibus; no acu-

mulado do ano, saíram das li-

nhas de produção 1,82 milhão

de unidades. Nesse período

de janeiro a julho, o setor acu-

mula vendas de 1,96 milhão

de veículos.

Com a produção caindo

mais do que as vendas, o esto-

que de veículos nas fábricas e

nas concessionárias caiu de

395,5 mil para 382,6 mil uni-

dades de junho para julho.

(Agências)

Oplenário da Câmara

dos Deputados

aprovou ontem a

Medida Provisória

647/14, que aumenta o

percentual de biodiesel no

diesel e a enviou para

apreciação do Senado. Foi

incluída no texto emenda que

autoriza o governo a elevar

também a mistura de etanol

anidro na gasolina. "O Poder

Executivo poderá elevar o

referido percentual até o limite

de 27,5%, desde que

constatada sua viabilidade

técnica, ou reduzi-lo a 18%",

diz o adendo.

O governo encomendou

estudos sobre o impacto da

mudança no limite máximo de

25 % na mistura – utilizado

atualmente –, uma vez que a

indústria automobilística

afirma que um nível superior

ao atual pode trazer problemas

aos veículos.

Ontem, a presidente Dilma

Rousseff disse que o governo

federal estuda em conjunto

com a Anfavea, aquela

elevação de 25 % para 27,5 %.

Tal estudo deverá ser

concluído nas próximas

semanas, segundo uma fonte

do governo que pediu o

a n o n i m a t o.

O aumento da mistura de

etanol, defendido pelo setor

sucroalcooleiro, poderia

amenizar a crise das usinas, na

medida em que o anidro é mais

caro do que o hidratado (usado

pelos veículos flex) e poderia ser

fonte de receita adicional para as

indústrias.

Atualmente, segundo a Lei

8.723/93, o governo pode elevar

o percentual de mistura do

etanol anidro até o limite de 25

%, ou reduzi-lo até 18 %. O

parecer mantém o piso de 18 %.

O texto aprovado foi proposto

pela comissão mista do

Congresso que analisou a

matéria, de autoria do deputado

Arnaldo Jardim (PPS-SP).

Pelo texto, o percentual

obrigatório de mistura do

biodiesel ao óleo diesel, que já

subiu de 5% para 6% em 1º de

julho, passará para 7 % a partir

de 1º de novembro deste ano.

O texto original da MP permitia

que o Conselho Nacional de

Política Energética (CNPE)

decidisse pelo retorno ao

percentual de 5 % por motivo

justificado. Mas a proposta

aprovada autoriza a redução até

o limite de 6 %. Na prática,

explicou o relator, o CNPE poderá

trabalhar com qualquer valor

entre 6 e 7 %. (Reuters)

Page 12: Diário do Comércio - 07/08/2014

12 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feita, 7 de agosto de 2014

Page 13: Diário do Comércio - 07/08/2014

quinta-feita, 7 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

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Governo controla a gasolina para combater a inflação, mas destrói o setor do etanol.Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda

Coutinho: base da economia intacta

Os fundamentos da eco-

nomia estão preserva-

dos, com inflação "den-

tro da faixa" e endividamento

público estabilizado, afirmou

ontem o presidente do Banco

Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES),

Luciano Coutinho, ao traçar um

panorama do cenário econô-

mico. "Há uma deflação no ata-

cado", disse Coutinho, em pa-

lestra durante seminário orga-

nizado pela Escola Brasileira

de Administração Pública e de

Empresas da Fundação Getulio

Vargas (Ebape/FGV), no Rio.

Coutinho destacou ainda

uma "extraordinária mudan-

ça no perfil de distribuição de

renda", puxada pela formali-

zação do emprego. Isso levou

também a uma baixa taxa de

desemprego. "O desemprego

relativamente baixo é um de-

safio para o País continuar

crescendo", afirmou, desta-

cando que o desemprego bai-

xo torna necessários ganhos

de produtividade.

In vest imen to – Mesmo com

uma postergação por causa

do período eleitoral, o estoque

de investimentos está manti-

do, afirmou Coutinho. "As em-

presas não estão abandonan-

do os projetos", disse.

Mostrando os números de

perspectivas de investimentos

mapeadas pelo BNDES, Couti-

nho destacou o crescimento

projetado em infraestrutura.

Nesta área, que cuida dos pro-

jetos de energia elétrica e logís-

tica, a projeção é que o desem-

bolsos cheguem a R$ 50 bilhões

em 2017. Para isso, os recursos

liberados para logística deve-

rão "mais que duplicar".

De acordo com presidente do

BNDES, a taxa de investimento

na economia brasileira vem

crescendo nos últimos anos,

mas o cálculo é prejudicado por

causa da queda nos preços re-

lativos de bens de capital. "Com

preços de 2005, a taxa de inves-

timento estaria acima de 20%

do PIB", disse ele.

Segundo Coutinho, na es-

teira da crise de 2008, desde

2009 há queda de preços rela-

tivos de máquinas e equipa-

mentos, pois os valores subi-

ram menos que a inflação do

período, por causa de "grande

concorrência no mercado in-

ternacional". "Estamos con-

seguindo subir a taxa, mas is-

so não significa que a gente

deva se contentar. Devemos

aumentar para perto de 24%

do PIB", completou.

Deb ênture s – Coutinho afir-

mou ainda que há certa frus-

tração em relação às expecta-

tivas do BNDES para as emis-

sões de debêntures de in-

f raestrutura. O pr inc ipal

motivo para isso, segundo

Coutinho, é financeiro: o re-

cente aumento na taxa básica

de juros (Selic, hoje em 11,0%)

leva investidores a buscar tí-

tulos públicos e as empresas

emissoras preferem esperar

momentos mais favoráveis à

demanda.

"As emissões estão sendo

adiadas, mas lá na frente ha-

verá um grande volume", afir-

mou Coutinho. "As debêntu-

res podem representar um vo-

lume tão relevante quanto o

crédito de longo prazo do BN-

DES", completou. (EC)

Delfim: "não se usa câmbio para controlar inflação"O

ex-ministro da Fazen-

da Delfim Netto afir-

mou ontem que o Pro-

duto Interno Bruto (PIB) neste

ano deve registrar uma fraca

expansão, ao redor de 1%. "O

País está crescendo muito

pouco, e isso é um grande pro-

blema", destacou.

Na avaliação do ex-minis-

tro, que participa do Fórum

Lideranças da Associação

Brasileira de Proteína Animal

(ABPA), esse quadro fica mais

grave porque o Índice Nacio-

nal de Preços ao Consumidor

Amplo (IPCA) "deve ter subi-

do 30% em quatro anos" e a

inflação é "muito alta". Se-

gundo ele, a inflação está

perto do teto do sistema de

metas de inflação, mas isso

não significa que ela sairá do

controle. "O governo contro-

la a gasolina para combater a

inflação, mas destrói o setor

do etanol", ponderou.

Para Delfim Netto, a política

de utilizar o câmbio para com-

bater a inflação é um "equívo-

co grave", pois só é viável con-

trolar sua variação, mas não o

nível. "A intervenção do Banco

Central está mantendo o câm-

bio abaixo do seu equilíbrio",

comentou.

"Mas a inflação volta, pois (o

BC) está só escondendo a in-

flação. Temos entre 1,5% e 2%

de inflação escondida. E para

combatê-la, precisa em pri-

meiro lugar fazer com que as

pessoas acreditem que ela vai

cair", ponderou.

Sem crise – Embora tenha

destacado o quadro de cresci-

mento baixo, inflação alta e

déficit de transações corren-

tes elevado, ele ponderou que

estes fatores não vão levar o

País a uma crise econômica

como a do passado. No entan-

to, ele ponderou que houve

"certo descuido" do Poder

Executivo na gestão das con-

tas públicas.

"A prioridade do governo

tem sido a ampliação do cus-

teio e não dos investimentos",

disse. Segundo ele, houve, tal-

vez, excessos no emprego de

recursos do Tesouro para re-

passes ao Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico

e Social (BNDES), o que aca-

bou ajudando a elevar a dívida

bruta. "Ocorreu uma confusão

de achar que dívida publica é

recurso", ponderou.

De acordo com Delfim Net-

to, também é um destaque ne-

gativo da economia o fato de

que a indústria de transforma-

ção apresenta um nível de ati-

vidade semelhante ao regis-

trado em 2009, o que repre-

senta estagnação. Um efeito

negativo dessa realidade é o

registro de um déficit de con-

tas correntes de US$ 270 bi-

lhões. "Não é bom financiar a

economia com capital externo

desta forma", disse. "O credor

é um canalha que vai querer

seus recursos de volta."

Im igr ant es – O ex-ministro

afirmou que para aumentar a

produtividade da economia,

seria fundamental o Brasil ter

uma política de imigração.

"Não tem outra saída a não ser

importar mão de obra. Somos

um País de imigrantes. Só não

faz porque os sindicatos não

querem", destacou.

"Estamos perdendo uma

oportunidade de ouro. Pode-

ríamos estar importando da

Europa engenheiros, médi-

cos, físicos. Quanto custou

formar um engenheiro em

Portugal? De US$ 1 milhão a

US$ 2 milhões", disse. "O País

deveria ter de 1,5 milhão a 2

milhões de imigrantes por

ano. Essa gente seria absor-

vida, aumentaria a produtivi-

dade sem nenhuma tensão",

afirmou. "O Brasil foi feito por

nossos avós, que eram todos

imigrantes. A abertura à imi-

gração é muito boa e suspei-

to que uma boa parte do go-

verno sabe que seria", pon-

derou. (EC)

Paulo Whitaker/Reuters

Ex-ministro defende a importação de mão de obra especializada.

"Guerra fria" beneficia carne brasileiraImpasse diplomático envolvendo Rússia, EUA e Europa criou barreiras entre eles. Frigoríficos brasileiros podem ampliar a brecha no mercado russo.

ARússia irá permitir

que o Brasil aumente

si gn if ic at iv am en te

suas exportações de

carne e laticínios ao país, disse

ontem o serviço veterinário e

fitossanitário russo.

Segundo o órgão de vigilân-

cia sanitária da Rússia, cerca

de 20 unidades que antes não

podiam embarcar carne de

frango até 2012 poderão reali-

zar exportações. Além disso,

cerca de 20 unidades fornece-

doras de carne bovina, que es-

tavam impedidas de exportar

até 2013, também poderão

embarcar seus produtos.

Além disso, as importações

de derivados de carne bovina

também aumentarão com

companhias avaliadas e que

emitiram uma garantia de se-

gurança pelos serviços sanitá-

rios do Brasil.

Atualmente, uma delega-

ção brasileira liderada pelo se-

cretário de Relações Interna-

cionais do ministério, Marcelo

Junqueira Ferraz, e pelo secre-

tário de Defesa Agropecuária,

Rodrigo Figueiredo, está na

Rússia. Eles terão encontros

com representantes do órgão

de sanidade russo.

Emba rgo – O Brasil está se

beneficiando de um decreto

assinado ontem pelo presi-

dente da Rússia, Vladimir Pu-

tin, determinando o embargo

ou impondo limites às impor-

tações de produtos agrícolas

de países que impuseram san-

ções à Rússia,

De imediato, as importa-

ções de carne de frango dos

Estados Unidos devem ser

suspensas pela vigilância sa-

nitária russa, que ainda prepa-

ra uma lista de itens banidos.

Representantes do governo

daquele país se recusaram a

citar outros produtos que es-

tarão na lista de embargo,

Michael Klimentyev/EFE

A reunião dos Brics acolheu demonstrações de simpatia entre Dilma e Putin; o comércio vai colher os frutos?

mas disseram que o bloqueio

a alimentos importados dos

EUA e da União Europeia será

"bastante substancial".

Com o embargo aos EUA a

indústria de carne de frango

do Brasil deve se beneficiar.

"Temos condições de atender

tranquilamente uma deman-

da adicional da Rússia, decor-

rente de um embargo ao pro-

duto norte-americano", disse

o presidente da Associação

Brasileira de Proteína Animal

(ABPA), Francisco Turra.

Ele afirmou durante um

evento do setor que o Brasil te-

ria condições de exportar adi-

cionalmente 150 mil tonela-

das de carne de frango ao ano

para a Rússia, cobrindo cota

destinada aos EUA. (Reuters)

ESTÁ RUÇO ATÉ PARA COCA - A Coca-Cola tirou do aranúncios veiculados em quatro canais de televisão russos - e nãosob pressão. O pretexto confesso: uma queda nas vendas dosegundo trimestre levou-a a reformular seus planos de marketing.

Maxim

Shemetov/Reuters

Page 14: Diário do Comércio - 07/08/2014

14 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feita, 7 de agosto de 2014

DIÁRIO DO COMÉRCIO:ONDE SEU NEGÓCIO ATINGE QUEM PRECISA!

11 3180.3197www.dcomercio.com.br

Publicidade Comercial

O cartão de crédito é um meio de pagamento à vista como qualquer outro e quem paga com ele tem o mesmo direito a descontos e promoçõesMaria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste

Mais dividendos para ajudar o Tesouro

Oacordo da Caixa Eco-

nômica Federal com o

seu controlador, o go-

verno federal, de reduzir à me-

tade o repasse dos dividendos

sobre o lucro líquido neste ano

deve ser descumprido. Por or-

dem do governo, a Caixa vai

repassar os lucros previstos e,

assim, ajudar a fechar as con-

tas da União. A decisão vai na

contramão do acordo entre os

executivos do banco e o Minis-

tério da Fazenda e eleva a

pressão por uma nova capita-

lização da Caixa em 2015.

Nos bastidores, já está con-

figurada uma queda-de-braço

entre o Tesouro Nacional e a

Caixa. Reter apenas parte do

lucro era a condição necessá-

ria para que o banco público

continuasse a ampliar a oferta

de crédito, mesmo sem novos

aportes do Tesouro em 2014.

Com o crescimento menor

da economia e a redução do

ritmo de alta de arrecadação

de impostos, a União, agora,

não abre mão de contar com

100% dos dividendos – a lgo

em torno de R$ 5 bilhões. Fon-

tes da área técnica do Tesouro

Nacional informaram que um

novo aporte à Caixa será "ine-

vitável" no próximo ano. O ob-

jetivo seria dar fôlego finan-

ceiro ao banco, sobretudo de-

pois da concessão de emprés-

timos bilionários do banco

para socorrer o caixa da Ele-

trobrás e ajudar as distribuido-

ras de energia elétrica.

Re cuo – Desde o início do

ano, a Caixa tenta convencer o

governo a aceitar a redução do

repasse da parcela dos lucros.

O banco estatal chegou a ter

uma resposta favorável do Mi-

nistério da Fazenda, mas de-

pois houve um recuo. "A von-

tade do controlador sempre

prevalece", disse um alto diri-

gente do banco. O governo

continua a cobrar da Caixa um

papel de "alavanca" para a ex-

pansão do crédito no País,

mesmo sem colocar novos re-

cursos no banco.

Em 2013, o ministro da Fa-

zenda, Guido Mantega, che-

gou a pedir ao banco para dar

prioridade a empréstimos nas

linhas em que tem tradição,

como o crédito às famílias e o

financiamento imobiliário. Ao

fim do primeiro trimestre des-

te ano, porém, a orientação foi

revogada: o governo estabe-

leceu que a Caixa não poderia

negar empréstimos a nenhum

tipo de cliente, inclusive gran-

des empresas, uma vez que os

bancos privados não assumi-

ram como se esperava o papel

de financiadores nas conces-

sões. Além disso, o banco se

viu pressionado a fazer de-

sembolsos para as empresas

do setor elétrico.

Para manter a expansão do

crédito em um ritmo de 20% a

25% e não perder participação

no mercado, a Caixa tinha

combinado contribuir com o

equivalente à metade dos di-

videndos. Mas a dificuldade

do governo para fechar as con-

tas e economizar 1,9% do PIB

em 2014 para cumprir a meta

fiscal acabou com o trato.

Em 2013, a Caixa repassou

R$ 4,7 bilhões ao governo fe-

deral, o equivalente a 85% dos

ganhos distribuídos como di-

videndos. O governo tinha

aceitado reduzir, neste ano, a

contribuição para até 45%. A

previsão é de que o aumento

no volume de empréstimos

em 2014 não supere 25%. Tra-

ta-se de uma desaceleração

em relação ao ritmo de alta de

36,8% de 2013. Entre 2009 e

2012, a taxa anual média de

expansão da oferta de em-

préstimos da Caixa superou

50%. (Estadão Conteúdo)

Poupança capta pouco, R$ 4 bilhões.

Os depósitos superaram

as retiradas em cader-

neta de poupança em

R$ 4 bilhões no mês de julho,

informou ontem o Banco Cen-

tral (BC). Apesar de ser a maior

captação líquida deste ano,

também foi o menor ingresso

líquido de recursos para me-

ses de ju lho desde 2008,

quando R$ 2,25 bilhões entra-

ram na modalidade de investi-

mentos.

Já no acumulado dos sete

primeiros meses deste ano, a

captação da poupança (depó-

sitos menos retiradas) totali-

zou R$ 13,64 bilhões. Esta foi a

menor entrada de recursos

para este período do ano des-

de 2011, quando R$ 3,09 bi-

lhões entraram na poupança.

Na comparação com janeiro a

julho de 2013, quando houve o

ingresso de R$ 37,6 bilhões na

modalidade, a queda foi de

63,7%.

Em julho deste ano, os de-

pósitos na caderneta de pou-

pança somaram R$ 143,99 bi-

lhões, enquanto as retiradas

ficaram em R$ 139,97 bilhões.

Já o volume dos rendimentos

creditados nas contas dos in-

vestidores alcançou R$ 3,35

bilhões no mês passado.

Com isso, o volume total de

recursos aplicados na cader-

neta subiu em julho deste ano.

No fechamento de 2013, o es-

toque de recursos na poupan-

ça totalizava R$ 597,94 bi-

lhões e, em junho, atingiu a

marca de R$ 626,97 bilhões,

avançando para R$ 634,35 bi-

lhões no fechamento do mês

p a s s a d o.

Cenário econômico – Pa ra

economistas, o cenário eco-

nômico, com alta da inflação e

do nível de endividamento das

famílias, contribui para a que-

da no volume de entrada de re-

cursos na caderneta de pou-

pança neste ano. Além disso, o

processo de aumento dos ju-

ros básicos da economia (a Se-

lic), implementado pelo BC en-

tre abril do ano passado e maio

deste ano diminui a rentabili-

dade da poupança frente a ou-

tras modalidades de investi-

mento. (Agências)

ANS define reajustes de planos antigosValor máximo para contratos individuais é de 10,79%. As operadoras Amil, Bradesco Saúde, Itauseg e SulAmérica queriam reajuste de 13,57%.

AAgência Nacional de

Saúde Suplementar

(ANS) divulgou on-

tem, os índices máxi-

mos de reajuste a serem apli-

cados aos planos de saúde in-

dividuais contratados antes

da entrada em vigor da lei

9.656/98 (que definiu as re-

gras para o funcionamento do

setor de saúde suplementar) e

oferecidos pelas empresas

Amil, Bradesco Saúde, Itau-

seg e SulAmérica.

A Amil pode reajustar seus

contratos em até 9,65%, váli-

do para o período de julho de

2014 a maio de 2015. As segu-

radoras especializadas em

saúde Sul América, Bradesco

e Itauseg poderão aplicar índi-

ce de até 10,79%, no período

entre julho de 2014 e junho de

2015. A Amil havia solicitado à

ANS reajuste de 11,75% e as

demais, de 13,57%.

O reajuste é válido apenas

para essas quatro empresas

e atinge 353.999 beneficiá-

rios, o que corresponde a me-

nos de 1% do total de benefi-

ciários com cobertura médi-

co-hospitalar da saúde su-

plementar no País.

Será permitida cobrança

retroativa de até dois meses,

caso haja defasagem entre a

autorização do reajuste e o

mês de aniversário do con-

trato. Assim, se o aniversário

do contrato é em julho de

2014 e o reajuste for aplicado

em setembro de 2014, será

permitida a cobrança do va-

lor que não foi aplicado nos

meses de julho e agosto, divi-

dido pelos meses de setem-

bro e outubro.

Para a Amil, o aumento de

9,65% é o maior desde 2006,

quando chegou a 11,46%. Pa-

ra as outras empresas, o rea-

juste de 10,79% é o maior des-

d e 2 0 1 0 , q u a n d o f o i d e

10,91%. A inflação acumulada

nos últimos 12 meses, encer-

rados em junho de 2014, foi de

6,52%, segundo o Índice de

Preços ao Consumidor Amplo

(IPCA). Já a inflação específica

de serviços de saúde, acumu-

lada nesse mesmo período e

calculada pelo IBGE, teve au-

mento de 9,03%.

Até 2003, a ANS autorizava

os reajustes de planos anterio-

res à lei de 1998, mas uma

ação no Supremo Tribunal Fe-

deral retirou esse poder da

agência naquele ano. Em

2004, porém, a ANS questio-

nou os reajustes elevados de

Bradesco Saúde, SulAmérica,

Itaú, Amil e Golden Cross, que

chegaram a 80%.

Foram assinados, então,

termos de compromisso, nos

quais as operadoras se com-

prometeram a corrigir as irre-

gularidades e a submeter os

reajustes à ANS.

Cuidados – A agência orien-

ta os consumidores a ficarem

atentos aos seus boletos de

pagamento e observar se o

percentual de reajuste aplica-

do está respeitando o limite.

Também é importante obser-

var se a cobrança está sendo

feita a partir do mês de aniver-

sário do contrato.

A agência informa que, se o

aniversário do plano coincidir

com a mudança de faixa etá-

ria, a operadora pode aplicar

dois reajustes. O aumento por

faixa etária aplica-se na idade

inicial de cada faixa e pode

ocorrer tanto pela mudança

de idade do titular como dos

dependentes do plano.

No dia 3 de julho, a ANS

anunciou o teto para reajuste

dos planos de saúde indivi-

duais contratados a partir de

janeiro de 1999 ou adaptados

à lei do setor, a 9.656/98. As

empresas podem aumentar

os valores em 9,65%, percen-

tual que vale para o período de

maio de 2014 a abril de 2015 e

incide sobre os contratos de

8,8 milhões de consumidores,

segundo a agência – 17,4% do

total de 50,3 milhões de bene-

ficiários de planos no Brasil.

O percentual utilizado como

teto foi o maior desde 2005,

quando fora de 11,69%, de

acordo com a agência. O rea-

juste autorizado pela ANS este

ano também superou a infla-

ção média pelo 11º ano segui-

do. Desde 1994, o serviço teve

aumento 652 ,7% cont ra

359,9% do IPCA. (Agências)

Ricardo Moraes/Reuters

A operadora Amil pode reajustar seus contratos em até 9,65%, entre julho de 2014 e maio de 2015.

Senado aprova preçodiferente para cartão

Oplenário do Senado

aprovou ontem pro-

posta que permite

ao comerciante fazer co-

brança diferenciada entre

as compras pagas com di-

nheiro e as compras feitas

com o cartão de crédito. O

projeto, de autoria do sena-

dor Roberto Requião (PMDB-

PR), susta os efeitos da Re-

solução nº 34/89 do extinto

Conselho Nacional de Defe-

sa do Consumidor, que proí-

be a diferenciação dos valo-

res. A matéria seguirá agora

para análise da Câmara dos

Deputados. Atualmente,

não se pode ter uma cobran-

ça diferenciada nos preços

do pagamento feito em di-

nheiro de quando é feito

com cartão de crédito.

Autor da proposta, Rober-

to Requião disse que não

consegue entender como os

senadores têm defendido o

contrário. Segundo ele, a

medida pode ajudar até no

combate à inflação. "Não se

pode obrigar uma pessoa

pobre que ganha um salário

mínimo pagar de 7% a 11% a

mais porque o Senado se re-

cusa a votar (a proposta)",

a f i rm o u .

Contrária à votação ime-

diata, a senadora Ana Amé-

lia (PP-RS) defendeu que a

matéria passasse pelas

duas comissões para am-

pliar o debate. A senadora

disse ter "dúvidas" sobre a

validade da proposta, uma

vez que uma série de entida-

des de defesa do consumi-

dor, como o Idec, se posicio-

naram contrariamente à

matéria.

A proposta é um retroces-

so para o consumidor, apon-

ta a Associação Brasileira de

Defesa do Consumidor - Pro-

teste. A estratégia da enti-

dade, agora, será tentar im-

pedir, na Câmara, que a pro-

posta avance.

"O cartão de crédito é um

meio de pagamento à vista

como qua lquer out ro e

quem paga com ele tem o

mesmo direito a descontos

e promoções", afirma a co-

ordenadora institucional da

Proteste, Maria Inês Dolci.

Ela defende que usar o car-

tão é também uma questão

de segurança, pois é possí-

vel cancelá-lo em caso de

ro u b o.

Ao aderir a um cartão de

crédito o consumidor já pa-

ga anuidade, ou tem custos

com outras tarifas e paga ju-

ros quando entra no rotati-

vo. Por isso, não tem porque

pagar mais para utilizá-lo,

defende a Proteste. Segun-

do a entidade, o custo do lo-

jista para trabalhar com car-

tão faz parte do risco do ne-

gócio e cabe a ele negociar

com a credenciadora o alu-

guel de máquinas e taxa de

administração cobrada so-

bre o valor de cada compra,

sem envolver o consumidor.

(Estadão Conteúdo)

Page 15: Diário do Comércio - 07/08/2014

quinta-feita, 7 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15

Governo dizquanto a luzaumentaráaté 2017

É o custo do empréstimo às distribuidoras

OMinistério de Minas

e Energia (MME)

confirmou ontem

os porcentuais de

aumento que incidirão sobre

as tarifas de energia elétrica

devido ao custo do emprésti-

mo bancário coordenado pelo

governo para socorrer o setor

de distribuição. Serão 2,6%

em 2015, 5,6% em 2016 e

1,4% em 2017. Esses números

haviam sido anunciados pelo

secretário executivo da pasta,

Márcio Zimmermann, na se-

mana passada.

Segundo O MME, esses índi-

ces consideram uma opera-

ção de R$ 17,7 bilhões, "visto

que se encontra em negocia-

ção pelo Ministério da Fazenda

um novo empréstimo no valor

de R$ 6,5 bilhões, em condi-

ções similares às do emprésti-

mo de R$ 11,2 bilhões".

Essa segunda parcela, o

empréstimo de R$ 6,5 bilhões,

deve ser liberada no dia 15

deste mês, disse uma fonte do

governo com conhecimento

do assunto. Segundo essa fon-

te, a operação será aprovada

em assembléia da Câmara de

Comercialização de Energia

Elétrica (CCEE) amanhã.

O Ministério destacou ainda

no documento divulgado on-

tem que o vencimento das

concessões de geração a par-

tir de janeiro de 2015, cuja

energia será contratada sob o

regime de cotas de garantia fí-

sica e de potência, "irá ameni-

zar significativamente o custo

da operação de crédito con-

tratada com um sindicato de

bancos, públicos e privados".

O prazo para amortização, diz

a nota, é de 24 meses, com ca-

rência até outubro de 2015.

CONSUMO REDUZIDO

No consumo de energia, já

se nota a influência da falta de

dinamismo da produção in-

dustrial brasileira. Levanta-

mento preliminar do Opera-

dor Nacional do Sistema Elé-

trico (ONS), a carga de energia

(soma do consumo mais as

perdas do sistema) teve um

crescimento de apenas 0,8%

na passagem de junho para ju-

lho, em relação ao mesmo pe-

ríodo do ano passado. Na com-

paração com junho do ano

passado houve um cresci-

mento de 1,2% e no acumula-

do de 12 meses, a expansão

foi de 4,6%.

O ONS descarta a influência

de efeitos externos sobre o re-

sultado, como a ocorrência de

condições climáticas atípicas.

Além disso, o mês de julho não

teve tantos feriados quanto o

de junho, nota o operador.

"O desempenho pode ser

explicado pelo comporta-

mento da indústria que conti-

nuou, durante o mês de julho,

não apresentando uma dinâ-

mica de crescimento bem de-

finida. Conforme sinalizado

pela sondagem da Indústria

da FGV - Fundação Getulio

Vargas, apesar de a diminui-

ção do número de feriados

em relação a junho influen-

ciar favoravelmente a produ-

ção, estoques elevados e o

desaquecimento da deman-

da continuaram a ser fatores

limitativos do crescimento",

justifica o ONS.

SEM DÉFICIT

Ontem, o MME reiterou que

o risco de haver déficit de

energia ainda neste ano man-

Divulgação CPFL

teve-se em zero para todo o

País, segundo nota divulgada

pelo Comitê de Monitoramen-

to do Setor Elétrico (CMSE).

A nota reconhece, porém,

que as afluências (águas que

chegam aos reservatórios das

hidrelétricas) na região Su-

deste/Centro-Oeste, a mais

relevante para o País, volta-

ram a níveis abaixo da média

histórica. No último mês, este

índice de afluência foi de 88%

da média, enquanto que, no

anterior, foi de 102%.

O CMSE também reviu a in-

tensidade do fenômeno El Ni-

ño, que afeta as condições de

chuvas no país. No mês passa-

do, era considerado de inten-

sidade "moderada"; neste

mês, passou à avaliação "mo-

derada ou fraca". (Agências)

Na passagem de junho para julho crescimento do consumo no País foi de apenas 0,8%. A queda se deve à baixa atividade industrial.

Oi anuncia prejuízo no trimestree explica o caso Rioforte

Aoperadora de

telecomunicações Oi

informou ontem que

ampliou seu prejuízo líquido

para R$ 221 milhões no

segundo trimestre frente à

perda de R$ 124 milhões um

ano antes. Esse é o primeiro

balanço trimestral da

companhia após

consolidação dos resultados

da Portugal Telecom, com

impacto do corte das tarifas

de interconexão e menor

tráfego nos feriados da Copa

do Mundo.

A receita líquida da

companhia foi de R$ 9,02

bilhões entre abril e junho,

com leve alta de 0,4% na

comparação anual. No Brasil,

as receitas do segmento

residencial somaram R$ 2,52

bilhões, queda de 2,3% sobre

um ano antes. A receita

líquida com telefonia móvel

caiu 1,1% contra o segundo

trimestre de 2013, a R$ 2,23

bilhões.

A base de clientes de

telefonia fixa no segmento

residencial teve queda de

7,2% na comparação anual,

para 11,36 milhões. Segundo

a empresa, a baixa ocorreu

devido a uma política de

crédito mais conservadora

além de greve de

funcionários terceirizados em

Salvador e na região Sul. A

base de clientes de telefonia

celular pré-paga subiu 3,9%

sobre igual trimestre do

ano passado e 0,9% sobre o

primeiro trimestre. A base de

clientes nos serviços móveis

pós-pagos, mais rentáveis,

subiu 2,3% ante o mesmo

período de 2013 e avançou

1,3% sobre o trimestre

a n t e r i o r.

Já a receita líquida dos

negócios em Portugal

cresceu 9,5% ano a ano, a R$

1,85 bilhão; a receita de

clientes, no entanto caiu

4,5% comparado ao segundo

trimestre de 2013.

Outros negócios, que

incluem os ativos africanos

consolidados, aumentaram

em 5,6% comparado ao

segundo trimestre do ano

passado, totalizando R$ 236

milhões também se

beneficiando do efeito

cambial.

A dívida líquida

consolidada da empresa teve

alta anual de 52,8%, para R$

46,2 bilhões ao final do

segundo trimestre. O caixa

disponível subiu 80,4%, a R$

5,99 bilhões.

CASO RIOFORTEDurante a teleconferência

com analistas na

apresentação dos resultados,

o presidente da Oi, Zeinal

Bava, afirmou que a empresa

“agiu rapidamente para

adotar medidas possíveis e

necessárias para defender

interesses de seus

acionistas", no caso Rioforte.

Em julho, o calote de uma

dívida de 897 milhões de

euros da Rioforte, uma

holding do Grupo Espírito

Santo – principal sócio da

Portugal Telecom – ameaçou

a união luso-brasileira no

setor de telecomunicações.

Para garantir o

prosseguimento da fusão, a

Portugal Telecom aceitou

entregar quase 475 milhões

de ações ordinárias e perto de

950 milhões de ações

preferenciais da Oi à empresa

brasileira. Em troca, o grupo

português receberá títulos de

dívida vencidos e não pagos

pela Rioforte no valor de 897

milhões de euros e terá uma

opção de compra das ações

da Oi que serão entregues ao

longo de seis anos. (Agências)

Samsung e Appleselam paz. Parcial.

ASamsung e a Apple

anunciaram ontem

que concordaram em

desistir de todas os litígios de

patentes que têm em anda-

mento fora dos Estados Uni-

dos, diminuindo a prolongada

batalha jurídica entre as rivais

de smartphones.

As fabricantes dos apare-

lhos Galaxy e iPhone divulga-

ram comunicados quase idên-

ticos anunciando o cessar-fo-

go global, ao mesmo tempo

em que prometeram conti-

nuar continuar as demandas

atuais nos Estados Unidos,

que segundo analistas envol-

vem somas muito maiores de

possíveis indenizações.

O armistício deve permitir

que a Samsung, a maior fabri-

cante de smartphones do

mundo, mude o foco para ri-

vais chinesas como a Xiaomi

em vez de disputar uma cara e

prolongada guerra jurídica

global com a Apple, de acordo

com os analistas.

"Parece que as líderes de

mercado, fizeram uma aliança

estratégica à medida que a

chinesa Xiaomi está surgindo

como uma rival formidável",

disse Cho Chang-hoon, um

professor de negócios da So-

gang University em Seul.

A Xiaomi derrubou a lide-

rança que a Samsung manti-

nha desde 2011 no mercado

chinês no primeiro trimestre

deste ano. No período, vendeu

15 milhões de smartphones,

enquanto a concorrente ven-

deu 13,2 milhões, segundo

dados da consultoria interna-

cional especializada Canalys.

(Reuters)

Kim Hog-Ji/Reuters

iPhone 5 e Galaxy S4 superpostos: trégua fora dos EUA.

Page 16: Diário do Comércio - 07/08/2014

16 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feita, 7 de agosto de 2014

Argentina quer quebancos paguem o que

o juiz proibiu

AArgentina exigirá que

os bancos Citibank e

Bank of New York Mellon

façam as transferências de re-

cursos para os "fundos ami-

gos", os que renegociaram a

dívida entre 2005 e 2010 (para

isso já havia depositado US$

539 milhões). Mas esse di-

nheiro foi bloqueado por uma

decisão do juiz norte-america-

no Thomas Gries enquanto a

Argentina não pagar o US$1,5

bilhão aos hedge funds que re-

cusaram as trocas oferecidas

por Buenos Aires.

O governo da presidente

Cristina Kirchner se nega a pa-

gar aos "fundos abutres", por-

que afirma que isso provoca-

ria novas demandas dos de-

tentores de dívida reestrutu-

r a d a . O M i n i s t é r i o d a

Economia afirmou em comu-

nicado que as "intimações en-

viadas ao Banco Citibank Ar-

gentina e ao BONY (foram) en-

caminhadas para que distri-

b u a m n o r m a l m e n t e o s

pagamentos realizados a tem-

po e forma" pela República Ar-

gentina aos credores da troca.

"Tais fundos pertencem por di-

reito aos credores da troca e

sua cobrança foi bloqueda in-

devidamente pelo juiz...(que)

indevidamente se excede em

suas atribuições e em sua ju-

risdição", completou.

(Reuters)Pressão recai sobre Citi e Bank of NY

Equipamentos eletroeletrônicos com defeitos e sucatas de esteiras de ginásticas, brinquedos, piscinas infláveis,eletrodomésticos em geral. Local: São Roque/SP.

Informações complementares: Leiloeiro: Cezar Badolato - JUCESP 602

Data: 08/08 às 14h. Informações: www.bidtotal.com.br/lut | Tel. (11) 3266-2711

EDITAL DE CITAÇÃO - Processo Físico nº 0075529-91.2011.8.26.0114. Classe: Assunto: Procedimento Ordinário - Sustação de Protesto. Requerente: Expresso Campibus Ltda.. Requerido: Hidro Mecanica Leste Ltda e outro. EDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO DE 20 DIAS. PROCESSO Nº 0075529-91.2011.8.26.0114. O(A) Doutor(a) Fabio Varlese Hillal, MM. Juiz(a) de Direito da 4ª Vara Cível, do Foro Foro de Campinas, da Comarca de de Campinas, do Estado de São Paulo, na forma da Lei, etc.. FAZ SABER a(o) Hidro Mecanica Leste Ltda, AV ARICANDUVA, 5064, VILA CALIFORNIA - CEP 03490-000, São Paulo-SP, CNPJ 04.255.858/0001-58, que lhe foi proposta uma ação de Procedimento Ordinário por parte de Expresso Campibus Ltda, alegando em síntese: que pagou boleto referente a conserto e que, mesmo assim, seu nome consta no rol de mau pagadores. Encontrando-se o réu em lugar incerto e não sabido, foi determinada a sua CITAÇÃO, por EDITAL, para os atos e termos da ação proposta e para que, no prazo de 15 dias, que fl uirá após o decurso do prazo do presente edital, apresente resposta. Não sendo contestada a ação, presumir-se-ão aceitos, pelo(a)(s) ré(u)(s), como verdadeiros, os fatos articulados pelo(a)(s) autor(a) (es). Será o presente edital, por extrato, afi xado e publi-cado na forma da lei, sendo este Fórum localizado na Rua Francisco Xavier de Arruda Camargo, 300, Sala 117 - Bolco A, Jardim Santana - CEP 13088-901, Fone: (19) 3756-3618, Campinas-SP. Campinas, 09 de junho de 2014. DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Page 17: Diário do Comércio - 07/08/2014

quinta-feita, 7 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17

Ambriex S/A. Importação e ComércioCNPJ/MF nº 33.022.294/0001-01 – NIRE 35.300.185.544

Edital de Convocação – Assembleia Geral ExtraordináriaData, Hora e Local: 13 de agosto de 2014, às 9:00 horas, na sede social. Ordem do Dia: A) Abertura de Filial,B) Outros assuntos de interesse da sociedade. São Paulo, 04 de agosto de 2014. A Diretoria. (05, 06 e 07/08/2014)

MULTILABEL DO BRASIL S.A.CNPJ/MF 01.110.138/0001-06

Edital de Convocação de Assembleia Geral ExtraordináriaConvocamos os acionistas para a AGE a ser realizada no recinto de reuniões de seu prédio sede em SP/SP, Rua Laguna476 - Santo Amaro, em data de 18/8/14, às 8:30 horas em 1º convocação e às 9 horas em 2º convocação, para deliberarsobre a seguinte ordem do dia: a) estudo, análise e deliberação de um plano de investimento na companhia; d) demaisassuntos. SP, 1/8/14.Multilabel do Brasil S.A. - Por seu Diretor Presidente Juan Carlos Sacco.

(05,06e07/08/2014)

1 - Local, data e hora: Sede social, na Rua Rio de Janeiro, 654 - 5º andar,em Belo Horizonte, Minas Gerais, 28 de abril de 2014, 15:00 (quinze)horas. 2 - Presenças: Acionistas representando mais de 1/4 (um quarto)do capital social com direito a voto, estando também presentes o Sr. JoséRibeiro Vianna Neto, membro do Conselho de Administração e o Sr. DanielNaves Marteletto, representante de PricewaterhouseCoopers AuditoresIndependentes, empresa responsável pela auditoria do Banco. 3 - Mesa:Presidente: José Ribeiro Vianna Neto - Secretário: Leonardo de Mello Simão4 - Convocação: Edital publicado nas páginas 1, 2 e 1 do “Minas Gerais”, ediçõesde 27, 28 e 29/03/2014, nas páginas 12, 12 e 12 do “Hoje em Dia”, ediçõesde 27, 28 e 29/03/2014 e nas páginas 27, 35 e 53 do “Diário do Comércio deSão Paulo”, edições de 27, 28 e 29/03/2014. 5 - Lavratura da Ata: De acordocom o § 1º do artigo 130 da Lei 6.404/76. 6 - Ficarão arquivados na sedesocial, autenticados pela Mesa, todos os documentos referidos nesta ata.7 - Deliberações: I - Foram aprovadas, sem reservas, abstendo-se de votaros legalmente impedidos, as contas dos administradores referentes aoexercício encerrado em 31/12/2013, tendo sido as demonstrações financeiraspublicadas da seguinte forma: a) aquelas referentes ao primeiro semestre de2013, nas páginas 16, 17 e 18 do “Hoje em Dia”, edição de 22/08/2013. b)As demonstrações relativas ao exercício encerrado em 31/12/2013, inclusiverelatório da Administração e parecer dos auditores independentes, nas páginas3, 4, 5 e 6 do “Minas Gerais”, edição de 13/03/2014 e nas páginas 32, 33 e 34do “Hoje em Dia”, edição de 13/03/2014, e, sob a forma de extrato, na página33 do “Diário do Comércio de São Paulo”, edição de 14/03/2014. Tambémfoi aprovada, a destinação do resultado obtido no exercício findo, cujo lucrolíquido foi de R$2.123.687,27, pagando-se juros sobre capital próprio a títulode dividendos, no valor bruto de R$1.329.889,01, sendo R$736.308,14 relativosao 1º semestre de 2013 e pagos em 12/09/2013 e R$593.580,87 relativos ao 2ºsemestre de 2013 e pagos em 25/03/2014, constituindo-se Reserva Legal deR$106.184,36; Reservas Estatutárias para Aumento de Capital no valor deR$560.192,67 e R$127.421,23 de Reservas Estatutárias para Dividendos Futuros.II - Preenchendo as condições previstas na Resolução nº 4.122/2012, do ConselhoMonetário Nacional, foram eleitos para membros do Conselho de Administração,com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2017, os acionistas a seguirrelacionados: Mauricio de Faria Araujo, brasileiro, casado, empresário, residentee domiciliado nesta Capital, na Rua Roberto Alvarenga de Paula, 194-Mangabeiras,CEP 30210-440, C.I. nº M-93.249-SSPMG e CPF 045.086.536-34; Luiz HenriqueAndrade de Araújo, brasileiro, casado, administrador de empresas, residentee domiciliado nesta Capital, na Rua dos Inconfidentes, 307/701 - Funcionários,

CEP 30140-120, C.I. nº M-1.049.011-SSPMG e CPF 301.127.376-68; JoséRibeiro Vianna Neto, brasileiro, separado, advogado, residente e domiciliado nestaCapital, na Rua Patagônia, 1155/901-Sion, CEP 30320-080, C.I. nº 29.410-OAB/MG e CPF 318.695.726-53; Amadeu Brasileiro dos Santos, brasileiro, casado,advogado, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Via Láctea, 325-SantaLúcia, CEP 30360-270, C.I. nº M-94.771-SSPMG e CPF 001.268.456-20; Rita deCássia Pimenta de Araújo, brasileira, casada, empresária, residente e domiciliadanesta Capital, na Rua Ceará, 1986/301 - Funcionários, CEP 30150-311,C.I. nº M-483.424 - SSPMG e CPF 012.080.466-24; Fernando Antônio MachadoCarvalho, brasileiro, divorciado, bancário, residente e domiciliado em BeloHorizonte - MG, na Rua Carangola, 82/601, Bairro Santo Antônio, CEP 30330-240,C.I. nº MG-46.939 - SSPMG e CPF nº 137.787.146-00 e Márcio Lopes Costa,brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado nesta capital, na RuaAlvarenga Peixoto, 300/1602, Bairro Lourdes, CEP 30180-120, C.I. nº M-699.262- SSPMG e CPF nº 011.419.296-00. III - Foi aprovada, abstendo de votar oslegalmente impedidos, a remuneração global dos administradores para o exercíciode 2014 em R$800.000,00, ficando o Conselho de Administração autorizado afixar os honorários dos seus membros e dos Diretores, dentro daquele total. Nadamais havendo a tratar, foi encerrada a Assembleia, da qual, para constar, lavrou-seesta ata que, após lida e aprovada, vai pelos acionistas presentes assinada. BeloHorizonte, 28 de abril de 2014. Leonardo de Mello Simão - Secretário; JoséRibeiro Vianna Neto - Presidente; Marco Antônio Andrade de Araújo e LuizCarlos de Araújo, pelo Banco Mercantil do Brasil S.A., Antônio Octávio Álvaresda Silva Grossi, por si e por Alberto Michaan, Clube de Investimento Multi eElie Lebbos, Athaide Vieira dos Santos e Daniel Naves Martelettopor Pricewaterhousecoopers Auditores Independentes. CONFERECOM O ORIGINAL LAVRADO NO LIVRO PRÓPRIO. BANCOMERCANTIL DE INVESTIMENTOS S.A. Paulo Henrique Brantde Araújo - Diretor Executivo. Marco Antônio Andrade de AraújoDiretor Executivo. Atestamos que este documento foi submetido a exame doBanco Central do Brasil em processo regular e a manifestação a respeito dosatos praticados consta de carta emitida à parte. Departamento de Organização doSistema Financeiro. Gerência Técnica em Belo Horizonte. Paula Cristhiane VianaLage - Coordenadora. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. Certifico oregistro sob o nº: 5332255 em 07/07/2014. BancoMercantil de Investimentos S.A.Protocolo: 14/471.011-1. Marinely de Paula Bomfim - Secretária Geral.

ATADAASSEMBLEIAGERALORDINÁRIADO BANCOMERCANTILDE INVESTIMENTOS S. A.CNPJ Nº 34.169.557/0001-72 – COMPANHIAABERTA – NIRE 31300039439.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SPAVISO DE LICITAÇÃO - TOMADA DE PREÇOS Nº 010/2014

De conformidade com solicitação de Secretaria Municipal de Educação, faço público, para conhecimentodos interessados, que se acha aberta, na Prefeitura deste Município, a Tomada de Preços nº 010/2014,visando a contratação de empresa para obras de Reforma na EMEB Jucie Roberto Siqueira, pelotipo de menor preço, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais dispositivos legaisexpressos no Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão serentregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade,até às 11:00 horas, do 26 de agosto de 2014. O início da abertura dos envelopes será às 14:00 horas,do dia 26 de agosto de 2014, na Sala de Abertura de Licitações, sita à Rua Valentim Amaral, 748, nestacidade. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que será publicado pela ImprensaOficial do Estado de São Paulo, do Município de São Pedro, em jornal de grande circulação no estadoe no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. São Pedro, 06 de agostode 2014. Hélio Donizete Zanatta - Prefeito Municipal.

DECLARAÇÃO DE EXTRAVIO DE DOCUMENTO FISCALPALA D´ORO PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA., com sede e foro juridico na Rua Paladoro, 50, Distrito Industrial, Alumínio, CEP 18125-000, SP, inscrita no CNPJ 62209.218/0006-12 e I.E. 733.057.912.119, declara ter extraviado o seguinte documento: NF FATURA nº 007875, em branco.

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 141/2014

A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 141/14, referente à “Aquisição de produtos perecíveis para o projeto rica mistura e para o projeto cozinha saudável”, com encerramento dia 29/08/2014, às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 06 de agosto de 2014.

PREGÃO Nº 210/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 210/14, referente à “Aquisição de uma “capinadeira autopropelida”, a ser utilizada na limpeza de ruas, praças e remoção de mato nas vias públicas”, com encerramento dia 21/08/2014, às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 06 de agosto de 2014.

PREGÃO Nº 211/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 211/14, referente à “Contratação de empresa especializada em serviços de retífi ca de motores de veículos da frota, atendendo a solicitação da Secretaria de Obras e Serviços desta municipalidade”, com encerramento dia 21/08/2014, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 06 de agosto de 2014.

PREGÃO Nº 212/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 212/14, referente à “Contratação de empresa especializada em reforma do equipamento para sinalização viária, montado sobre veículo Volkswagen, modelo 8.150, ano 2004, placa DBA-0918”, com encerramento dia 22/08/2014,às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 06 de agosto de 2014.

PREGÃO Nº 213/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 213/14, referente à “Contratação de empresa especializada na prestação de serviços continuados de manutenção preventiva e corretiva dos sistemas de ar-condicionado, com fornecimento de peças, materiais, componentes e mão de obra especializada, mediante regime de empreitada por menor preço global visando atender às necessidades da prefeitura de Pindamonhangaba”, com encerramento dia 22/08/2014, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 06 de agosto de 2014.

COOPERATIVA MUNDIAL DE TRANSPORTE DE DOCUMENTOS DO ESTADO DE SÃO PAULOASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA - Convocamos todos associados da Cooperativa Mundial de Transp. de Doc. do Est. de SP para uma Assembleia Geral Ordinária no dia 23/08/14, que será realizada aqui em nossa sede, em São Paulo às 08:00h, em 1ª estância, caso não haja quorum sufi ciente será convocada uma 2ª estância, às 08:30h, ou, e 3ª estância, às 09:00h, uma vez iniciada a assembleia o portão será fechado, todos terão que comparecer para dar sugestões e opiniões, pois as decisões tomadas em assembleia somente serão discutidas novamente em outra assembleia. Assuntos em pauta: Votação e eleição do conselho e administração.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00823/14/05. OBJETO: FORNECIMENTO DE CAIXAS/CONTAINERS, TIPO 1 E TIPO 2, DESTINADOSAO ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE DE LÂMPADAS FLUORESCENTES TUBULARES, LÂMPADAS ELIPSOIDAIS (INCANDESCENTES, MISTAS,HALÓGENAS E VAPOR DE MERCÚRIO) E REATORES. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresasinteressadas que se acha aberta licitação para: Fornecimento de Caixas/Containers, Tipo 1 e Tipo 2, Destinados ao Acondicionamento e Transporte deLâmpadas Fluorescentes Tubulares, Lâmpadas Elipsoidais (Incandescentes, Mistas, Halógenas e Vapor de Mercúrio) e Reatores. As empresasinteressadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 07/08/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, naSupervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas,ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico serárealizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 20/08/2014, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe deapoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer,rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar docertame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 07/08/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. BARJAS NEGRI - Presidente

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GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:TOMADA DE PREÇOS - TIPO TÉCNICA E PREÇO. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresasinteressadas que acha-se aberta licitação para execução de Projeto Executivo de Escola Nova; Elaboração de Material e Aprovação do Projeto Juntoà CETESB; Projeto Técnico de Segurança Contra Incêndio com Respectiva Aprovação Junto ao Corpo de Bombeiros: TOMADA DE PREÇOS N.º -PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA). 46/00304/14/02 - Terreno Campo Belo II - Rua Adao Cabral Neto,s/n - Recanto Campo Belo - São Paulo/SP - 150/240/240 - 09:30 - 08/09/2014. As empresas interessadas poderão obter informações e verificaro Edital na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet peloendereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 07/08/2014, na SEDEDA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Osinvólucros contendo a Proposta Técnica, a Proposta Comercial e os documentos de Habilitação, deverão ser entregues, juntamente com aSolicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações -SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA ODESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital. BARJAS NEGRI - Presidente.

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FDE AVISA:COMUNICADO. Referente: PREGÃO (ELETRÔNICO) DE REGISTRO DE PREÇOS nº 59/00030/13/05. OBJETO: Prestação de serviços de vigilânciaeletrônica com instalação, locação, manutenção e operação de sistemas de alarme de intrusão; circuito fechado de TV (CFTV); gravação local e remota,monitoramento remoto dos alarmes e das imagens quando de um evento, a serem implantados em Escolas Estaduais e sedes de Diretorias de Ensinolocalizadas na Capital, Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Campinas, conforme detalhamento constante do Anexo II - Projeto Básico- Especificações Técnicas, parte integrante deste Edital, OFERTA DE COMPRA Nº 081101080462014OC00251. Por razões administrativas, comunico quea sessão pública de processamento do pregão eletrônico em epígrafe, que ocorreria na data de 07/08/2014, às 09:30. está suspensa sine die.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00620/14/05. OBJETO: AQUISIÇÃO DE CAIXAS DE AVENTAIS BRANCOS LCS-02. A FUNDAÇÃOPARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para: Aquisição de Caixas deAventais Brancos LCS-02. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 07/08/2014, no endereço eletrônicowww.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segundaa sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessãopública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 20/08/2014, às 10:00 horas, eserá conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridadecompetente. Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meioeletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A datado início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 07/08/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. BARJAS NEGRI -Presidente

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 133/2.014

RPdePREGÃOPRESENCIALNº 102/2.014.OBJETO:- Registro de preços para aquisição de kits decalçados escolar destinados aos alunos das unidadesescolares da rede municipal de educação. Data daAbertura- 20/08/2.014, às 13:30 horas. Melhoresinformações poderão ser obtidos junto a Seção deLicitações na Rua Santos Dumont nº 28, Centro,ou pelo telefone (018) 3643.6126. O Edital poderáser lido naquela Seção e retirado gratuitamente nosite www.birigui.sp.gov.br., Pedro Felício EstradaBernabé, Prefeito Municipal, Birigui, 06/08/2.014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 132/2014–PREGÃOPRESENCIALNº 109/2014.

OBJETO:-Registro de preços para aquisição de kits dematerial escolar, destinados aos alunos das unidadesescolares da rede municipal de educação, pelo períodode 12 (doze) meses . Data da Abertura - 20/08/2014, às08:00 horas. Melhores informações poderão ser obtidosjunto a Seção de Licitações na Rua Santos Dumont nº28, Centro, ou pelo telefone (018) 3643.6126. O Editalpoderá ser lido naquela Seção e retirado gratuitamenteno site www.birigui.sp.gov.br., Pedro Felício EstradaBernabé, Prefeito Municipal, Birigui, 06/08/2014.

Vix One Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda.CNPJ/MF nº 08.091.808/0001-33 - NIRE – 35.220.726.441

Reunião dos Sócios Quotistas - Edital de ConvocaçãoCyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações, na condição de sócia quotista da Vix OneEmpreendimentos Imobiliários SPE Ltda., (“Sociedade”), vem, pela presente, nos termos do Contrato Socialem vigor, convocar novamente, as demais sócias quotistas da Sociedade, para a Reunião de Sócios Quotistas,a realizar-se no dia 12.08.2014, às 10 horas, na sede social da Sociedade, na Cidade de São Paulo, Estado de SãoPaulo, na Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo, nº 555, 1º andar, sala 1.001 – parte, Vila Leopoldina, CEP 05307-190, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: i) com fundamento no disposto do item II do artigo 1.082 doCódigo Civil, deliberar acerca da proposta de redução do capital da Sociedade em R$ 10.500.000,00, consideradosexcessivos em relação ao objeto, com o cancelamento de 10.500.000 quotas, com valor nominal de R$1,00 cada uma,sendo 6.825.000 quotas de propriedade da sócia Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações,525.000 quotas de propriedade da sócia Morar Construtora e Incorporadora Ltda., e 3.150.000 quotas depropriedade da sócia Incortel Incorporações e Construções Ltda., as quais receberão, na proporção dasrespectivas participações, o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituição do valor das quotascanceladas. Passando o capital social de R$ 17.145.799,00 para R$ 6.645.799,00; e ii) autorizar os administradoresda Sociedade a assinar e firmar todos os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razãoda redução de capital, assim como a publicar a ata deliberando a redução do capital, contendo um resumo dasdeliberações aprovadas, para os fins prescritos no artigo 1.084 e seus parágrafos do Código Civil, bem como os sóciospromover a alteração do contrato social consignando o novo valor do capital social. São Paulo, 06.08.2014. CyrelaBrazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações, Eric Alexandre Alencar, Cassio Mantelmacher.

BTG Pactual Comercializadora de Energia Ltda.CNPJ nº 07.133.522/0001-00 – NIRE 35.219.344.204

Reunião de Quotistas realizada em 01 de julho de 20141. Data, Hora e Local:Dia 01/07/14, às 11:30 horas, na sede da companhia em SP/SP, Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3477- 14º andar-parte - Itaim Bibi. 2. Sócio-quotistas e demais Presentes: Os sócio-quotistas, representando a totalidade doCapital Social, conforme se verifica das assinaturas ao final deste ato. 3. Convocação:Dispensada na forma do artigo 1.072,§ 2º, da Lei n.º 10.406/02. 4. Deliberações Tomadas pela Unanimidade dos Sócio-Quotistas: a) Decidem os sócios, porunanimidade, realizar a redução do capital social da Sociedade no montante de R$ 199.999.613,88, em razão do mesmoter se tornado excessivo em relação ao desenvolvimento das atividades da Sociedade, conforme disposto no artigo 1.082,II do Código Civil de 2002. Tal redução acarretará o cancelamento de 119.141 quotas representativas do capital social daSociedade todas de propriedade do Banco BTG. b) Respeitado o prazo de 90 dias, contados da publicação desta ata, casonão haja impugnação desta deliberação de redução por parte dos credores da Sociedade, ou, caso eventual oposição decredor seja superada por pagamento ou depósito judicial da quantia reclamada, as sócias outorgam aos administradores ospoderes para realizar a restituição à sócia BTG PactualWM do valor representante da totalidade da referida redução do capitalsocial. c) Desta forma, a participação do Banco BTG passará de R$ 468.393.687,00 para R$ 268.394.073,12, passando ocapital social da Sociedade de R$ 468.395.365,68 para R$ 268.395.751,80, dividido em 159.886 quotas, com valor nominalde R$ 1.678,68 cada uma. d) Em função da deliberação acima, o caput da Cláusula 5º passa a possuir a seguinte redação:“Cláusula 5º - O capital social totalmente subscrito e integralizado, em moeda corrente nacional, é de R$ 268.397.430,48,dividido em 159.886 quotas no valor nominal de R$ 1.678,68 cada uma, distribuídas entre os sócios da seguinte forma:Sócio Quotista - N.º de Quotas - Valor (R$) - %: 1. Banco BTG Pactual S.A. - 159.885 - 268.395.751,80 - 99,99. 2. BTGPactual WM Gestão de Recursos Ltda. - 01 - 1.678,68 - 0,01. Total - 159.886 - 268.397.430,48 - 100”. 5. Encerramento:Nada mais havendo a tratar, a presente ata lavrada, depois de lida e aprovada, foi assinada por todos os sócio-quotistaspresentes. Ass.: Banco BTG Pactual S.A., representado por seus procuradores Fernanda Gama Moreira Jorge e MarceloBittencourt Guariento e BTG Pactual WM Gestão de Recursos Ltda., neste ato representada por seus procuradores BrunoDuque Horta Nogueira e Carolina Cury Maia Costa. Rio de Janeiro, 01/07/2014. BANCO BTG PACTUAL S.A. - FernandaGama Moreira Jorge e Marcelo Bittencourt Guariento;BTG PACTUALWM GESTÃO DE RECURSOS LTDA. - Bruno DuqueHorta Nogueira e Carolina Cury Maia Costa.

ITOCHU Brasil S.A.CNPJ/MF nº 61.274.155/0001-00 - NIRE 35.300.014.723

Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 10/3/2014DataeLocal:Em10demarçode2014,às10:00horas,emsuasedesocial, naAvenidaPaulista,nº37 -19ºandar,naCapital doEstadodeSãoPaulo.Presença:Acionistas representandoa totalidadedoCapital Social, conforme se verificou pelas assinaturas constantes doLivrodePresençadeAcionistas,dispensadaapublicaçãodeEditaisdeConvocação,conformedispostonoartigo124,§4º,da lei6.404/76.MesaDiretora:Presidente daMesa:Masaki Hayashi Secretário daMesa:Norio MatsuiOrdemdoDia: 01)Destinação dos lucros acumuladosremanescentes em 31/12/2010; e 02)Outros assuntos de interesse da sociedade.Deliberações: Foram aprovados por unanimidade devotos de todos os acionistas, com exceção dos legalmente impedidos: 01) A distribuição de Dividendos de parte dos lucros acumuladosremanescentesde31/12/2010,novalordeR$.4.276.000,00(Quatromilhões,duzentosesetentaeseismil reais),sendocompostaporsaldosremanescente de Lucros Acumulados em 2009 no valor de R$.1.132.924,33 (Hummilhão, cento e trinta e dois mil, novecentos e vinte equatro reaise trintae três centavos) epartedosLucrosdoexercíciode2010novalor deR$.3.143.075,67 (Trêsmilhões, centoequarentaetrêsmil, setenta e cinco reais e sessenta e sete centavos), ficando à disposição da assembléia geral dos acionistas emReserva de LucrosaquantiadeR$.679.607,54 (Seiscentosesetentaenovemil, seiscentosesete reaisecinquentaequatrocentavos).Encerramento:Nadamais havendo a tratar o Senhor Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e como ninguém semanifestou, declaroususpensos os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta Ata em livro próprio, a qual foi lida, aprovada e por todos assinada.SãoPaulo,10demarçode2014.PresidentedaMesa-MasakiHayashieSecretáriodaMesa-NorioMatsui.(Assinatura). ITOCHUCorporation- por procuraçãoMasaki Hayashi eMasaki Hayashi.A presente é cópia fiel do original.São Paulo, 10 demarço de 2014.Masaki Hayashi--PresidentedaMesaeNorioMatsui-SecretáriodaMesa.Jucespnº102.197/14-3em18/03/2014.GiselaSimiemaCeschin-SecretáriaGeral.

Ministério daJustiça

Pregão Eletrônico nº 24/2014Objeto: contratação de contratação de empresa especializada para a prestaçãode serviço de Agenciamento de Viagens, compreendendo os serviços de emissão,remarcação e cancelamento de passagem aérea nacional e internacional paraatendimento do Ministério da Justiça e suas Unidades Administrativas, conformeespecificações e condições estabelecidas neste Edital e em seus anexos. Total deItens:3.TotaldeLotes:1.Editalapartirde:7/8/2014nosite:www.comprasnet.gov.brou www.mj.gov.br/licitacao ou no Edifício Anexo II do Ministério da Justiça, Bloco“T”, sala 621, CEP 70064-900 – Brasília-DF, das 08h30 às 17h30. Abertura dasPropostas: 20/8/2014 às 08h30min (horário de Brasília), no endereço eletrônico:www.comprasnet.gov.br. INFORMAÇÕES: (61) 2025-3230.

LÍVIANASCIMENTO FÉLIXPregoeira do MJ

AVISO DE LICITAÇÃO

Pregão Eletrônico nº 19/2014Processo nº 23477.005533/2014-91

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH com sede nacidade de Brasília - DF, inscrita no CNPJ sob o nº 15.126.437/0001-43, tornapúblico que realizará licitação, na modalidade de PREGÃO ELETRÔNICO,sob o número 19/2014, do tipo MENOR PREÇO, cujo objeto é Contrataçãode empresa especializada para prestação de serviços contínuos deoperação, manutenção preventiva e corretiva, com fornecimento de peças,materiais e mão de obra, bem como realização de serviços eventuaisdiversos, nos sistemas, equipamentos e instalações prediais utilizados nasáreas privativas da sede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares– Ebserh, em Brasília-DF. A abertura da sessão pública para a formulaçãodos lances está prevista para ocorrer às 10:00 horas do dia 19/08/2014. ADISPONIBILIZAÇÃO DO EDITAL se dará a partir do dia 07/08/2014, nossites www.comprasnet.gov.br ou www.ebserh.mec.gov.br ou no endereço:Setor Comercial Sul-B, Quadra 09, Lote C, Ed. Parque Cidade Corporate,Torre C, 1º andar – Brasília/DF – CEP 70.308-200.

Brasília, 06 de agosto de 2014Walmir Gomes de Sousa

Diretor Administrativo Financeiro

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO

EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH

Pregão Eletrônico nº 43/2013 - UASG 113214Comunicamos a reabertura de prazo da licitação supracitada, processonº 00065108222201348, Objeto: Pregão Eletrônico - Contratação de serviçocomum de empresa especializada na prestação continuada de ServiçoTelefônico Fixo Comutado (STFC), na modalidade Local, Longa DistânciaNacional e Internacional de fixo para fixo e fixo para móvel, para atendimentodas necessidades de telecomunicações da Agência Nacional de Aviação Civil- ANAC, nas localidades de abrangência da Representação Regional Rio deJaneiro – estados do Rio de Janeiro, Espirito Santo e Minas Gerais, conformecondições constantes do Termo de Referência, Anexo “A” deste Edital. Entregadas propostas: a partir de 07/08/2014 às 10h00 no site www.comprasnet.gov.br.Abertura das propostas: 20/08/2014 às 10h00 site www.comprasnet.gov.br.

LEANDRO BORGES ALCANTARAPregoeiro

AVISO DE REABERTURA DE PRAZO

Ministério daDefesa

AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL

Pregão Eletrônico nº 37/2014Objeto: Aquisição e atualização de licenças de uso de software para estaçõesde trabalho e equipamentos servidores, de modo a atender às necessidadesde diversas áreas da ANAC, consoante condições e especificaçõesconstantes do Termo de Referência, Anexo “A” do Edital.Edital: 07/08/2014 de 08h00 às 12h00 e de 14h às 17h59.Entrega das Propostas: a partir de 07/08/2014.Abertura das Propostas: 19/08/2014 às 10h no www.comprasnet.gov.br

Wallace Moreira BastosPregoeiro

AVISO DE LICITAÇÃO

Ministério daDefesa

AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL

TerceiraEstrela Investimentos S.A.CNPJ/MFnº12.039.511/0001-04 - NIRE 35.300.379.748Edital de Convocação - AssembleiaGeral Ordinária

Ficam convocados os Senhores Acionistas desta Companhia a se reunirem em AGO, a ser realizada no dia 18/08/2014, às 18 horas,na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3729, São Paulo - SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a. Aprovação das Contas dosadministradores e dos resultados da Companhia referentes aos exercícios sociais encerrados em 31/12/2013; b. A destinação dos resultadosdos exercícios de 2013;e c.Outros assuntos de interesse da Companhia. Informações Gerais:Poderão participar da Assembleia os acionistastitulares de ações emitidas pela Companhia, por si, seus representantes legais ou procuradores. Os acionistas deverão apresentar-se comantecedência ao horário de início indicado no Edital de Convocação, portando os seguintes documentos: (i) Pessoas Físicas: documento deidentificação com foto; (ii) Pessoas Jurídicas:cópia autenticada do último estatuto ou contrato social consolidado e da documentação societáriaoutorgando poderes de representação (ata de eleição dos diretores e/ou procuração); bem como documento de identificação com foto do(s)representante(s) legal(is). Os acionistas que têm a intenção de se fazer representar por meio de mandatários na AGO ora convocada,requeremos o envio dos documentos hábeis que comprovem a qualidade de acionista da Companhia e os poderes de representação com72 horas de antecedência da realização da Assembleia. Os documentos deverão ser encaminhados aos cuidados do Doutor RicardoMahlmann de Almeida, na Avenida Paulista, 1.842, Torre Norte, 21º andar, conjunto 218, São Paulo, SP, sob protocolo, até dia 15/08/2014.SãoPaulo, 07/08/2014.(Assinaturas)AndréLuizHelmeister,PieroPaoloPicchioniMinardi eRicardoMahlmannde Almeida,Diretores.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOPREGÃO (REGISTRO DE PREÇOS) Nº 222/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras,sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PPRP nº222/14, referente à “Aquisição de gêneros alimentícios perecíveis, carnespara alimentação escolar, conforme Termo de Referência”, com encerramentodia 19/08/14, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas noendereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 06 de agosto de 2014.

DORRIS SP PARTICIPAÇÕES S.A.CNPJ/MF nº 12.909.302/0001-66 - NIRE 35.3.00386809

EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA. Ficam os senhores acionistas da Dorris SPParticipações S.A. (“Companhia”) convocados para reunirem-se, em AGE, a ser realizada no dia 18.08.2014, às 16:00 horas,naCidadeeEstadode SãoPaulo, naAvenidaBrigadeiro Faria Lima, nº 2.277, 20º andar, conjuntos 203/204, JardimPaulistano,CEP.: 01452-000, afimdediscutiredeliberar sobrea seguinteordemdodia: (i)Ratificar (a) aeleiçãodosmembrosdaDiretoriada Companhia; e (b) a fixação da remuneração global da administração, tudo conforme deliberações da AGE da Companhiade 07.08.2013; (ii) Em atendimento ao pedido formulado pela acionista DJE Empreendimentos Imobiliários S.A., nos termosdo artigo 123, § único, alínea “d”, da Lei nº 6.404/76, instalar o Conselho Fiscal da Companhia, em caráter não permanente,conforme disposto no artigo. 14 do Estatuto Social da Companhia; (iii) Eleger os 3 membros efetivos do Conselho Fiscal eseus respectivos suplentes; e (iv) Fixar o valor da remuneração dosmembros do Conselho Fiscal da Companhia. OrientaçõesGerais: 1. Os documentos pertinentes às matérias da ordem do dia estão disponíveis para consulta na sede da Companhia.2. A pessoa, natural ou jurídica, presente à Assembleia Geral deverá comprovar sua qualidade de acionista, de acordo com oartigo126da leinº6.404/76,bemcomoosdocumentoscomprobatóriosdos seus respectivospoderesde representação, casoaplicável (i.e., cópia doEstatuto Social ouContrato Social atualizadoe atoque investe o representante depoderes suficientes).3. O mandato para representação na Assembleia deverá ter sido outorgado em conformidade com o artigo. 126, §1º, daLei nº 6.404/76, desde que a respectiva procuração, apresentada sempre em documento original, tenha sido regularmentedepositadanasedesocialdaCompanhiacom,nomínimo,2diasúteisdeantecedênciaàrealizaçãodaAssembleia. Juntamentecom a procuração, cada acionista que não for pessoa natural ou que não tiver assinado a procuração em seu próprio nomedeverádepositar osdocumentos comprobatóriosdos seus respectivospoderesde representação, casoaplicável (i.e., cópia doEstatuto Social ou Contrato Social atualizado e ato que investe o representante de poderes suficientes). SP, 07.08.2014.DorrisSP Participações S.A. Ricardo Panzenboeck Dellape Baptista; Raphael Baptista Netto.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 214/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras,sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 214/14, referente à “Aquisição de insumos laboratoriais aplicação laboratóriomunicipal Dr. Paulo Emílio D’Alessandro”, com encerramento dia 25/08/14, às8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas noendereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.

Pindamonhangaba, 06 de agosto de 2014.PREGÃO (REGISTRO DE PREÇOS) Nº 243/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras,sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PPRP nº243/14, referente à “Aquisição de gêneros alimentícios estocáveis paraalimentação escolar, conforme Termo de Referência”, com encerramento dia19/08/14, às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas noendereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.

Pindamonhangaba, 06 de agosto de 2014.PREGÃO Nº 244/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras,sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 244/14, referente à “Aquisição de suporte de Tv, mesa para escritório, mesaauxiliar, forno micro-ondas, bebedouros, filtro elétrico para galão de água,ventiladores, geladeira duplex, fogão 04 bocas, DVD player, lavadora de altapressão, armário de cozinha, mesa reta, arquivo, cadeira fixa, longarina egaveteiro”, com encerramento dia 19/08/14, às 14h, e abertura às 14h30. O editalestará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informaçõespoderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12)3644-5600.

Pindamonhangaba, 06 de agosto de 2014.

CNPJ/MF nº 07.258.168/0001-40 - NIRE 35.300.321.260

Data, Hora e Local: 23/05/2014, às 17 horas, na sede da sociedade, localizada na Rua Estados Unidos, 1.044, sala 2, Jardim América, São Paulo/SP. Convocação/Presenças: dispensadas as formalidades de convocação, por estarem presentes todos os acionistas, nos termos do § 4º, do artigo 124, da Lei 6.404/76 e conforme assinaturas lançadas no “Livro de Presenças de Acionistas” (Anexo 1). Mesa: Presidente: Gilberto Zaborowsky; e Secretária: Marcela Turri Hauff. Ordem do dia: Exame, discussão e votação do relatório da administração, balanço e demais demonstrações financeiras referentes ao exercício encerrado em 31.12.2013 devidamente publicadas nos jornais já arquivados; Aprovação da des-tinação do lucro de 2013; Criação do cargo de Diretor Coordenador, com pró-labore de R$ 1.000,00; Eleição do Diretor Coordenador, que terá mandato com duração de 3 anos, podendo ser reeleito; Aprovação do aumento do pró-labore do Diretor Presidente para R$ 2.200,00. Deliberações: Foi aprovada, sem restrições ou ressalvas, expressamente e por unanimidade, pelos acionistas da companhia, as seguintes matérias: aprovação, sem reserva, do relatório da adminis-tração, balanço e demais demonstrações financeiras referentes ao exercício encerrado em 31.12.2013 devidamente publicadas nos jornais já arquivados; ratificação, da destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2013 no importe total de R$ 75.380.566,31 da seguinte maneira: R$ 3.769.028,31, referente a provisão de 5%, a titulo de Reserva Legal, R$ 17.902.884,50, referente a provisão de 25%, calculado sobre o lucro líquido, após a dedução do valor da reserva legal, à titulo de dividendos a pagar, e o saldo remanescente, no importe de R$ 53.708.653,50, permanecerá na conta de Lucros Acumulados, para destinação futura; a aprovação, sem reserva, do cargo de Diretor Coordenador, com pró-labore de R$ 1.000,00; a eleição da Sra. Daphne Zaborowsky Franco, brasileira, casada, maior, advogada, residente e domiciliada nesta Capital, na Rua Apinagés, 1.818/22, Perdizes, para o cargo de Diretora Coordenadora, com mandato de 3 anos, podendo ser reeleita. A Diretora ora eleita expressamente declara não estar incursa em qualquer dos crimes previstos em lei que a impeça de exercer a atividade empresarial; aprovação, sem reserva, do aumento do pró-labore do Diretor Presidente para R$ 2.200,00. Encerramento: A presente é cópia fiel da original lavrada em livro próprio, autorizada a feitura e publicação da ata na forma resumida do artigo 130 da Lei 6.404/76. Lida e aprovada, é assinada por todos os presentes, tendo sido seu anexo autenticado pela Mesa. Assinaturas: Presidente: Gilberto Zabo-rowsky; e Secretária: Marcela Turri Hauff. Jucesp 292.495/14-6 em 31/07/2014. Flávia Regina Britto - Secretária Geral

Requerente: Carlos Roberto Pignone Gonzalez. Requerido: Imobiliária Trabulsi

Ltda. Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 2482 – Jardim Paulista - 1ª Vara de

Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 06 de agosto de 2014, na Comarca da Capital, os se-

guintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Publique atas, editais e balanços. Tradição em publicidade.

Page 18: Diário do Comércio - 07/08/2014

18 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feita, 7 de agosto de 2014

milhões para adquirir 20% da

Zico em 2009. A novidade pa-

recia representar o fim da Vita

Coco. Não que a empresa esti-

vesse sem dinheiro. Em 2007,

a Vita Coco havia vendido 20%

da empresa para a Verlinvest,

grupo de investimentos com

sede em Bruxelas que já havia

investido na Vitaminwater. O

acordo rendeu US$ 2 milhões

para a Vita Coco.

Em janeiro de 2010, poucos

meses depois do anúncio da

Coca-Cola e da Zico, a Vita Co-

co conseguiu mais US$ 5 mi-

lhões com a venda de 10% da

empresa para um grupo de ce-

lebridades, incluindo Madon-

na, Demi Moore e Anthony Kie-

dis do Red Hot Chili Peppers.

O dinheiro ajudou, assim co-

mo o falatório. Mas o verdadei-

ro avançou ocorreu em junho

daquele ano, com um acordo

que apenas pessoas do setor

poderiam perceber: a Vita Co-

co assinou com o Dr Pepper

Snapple Group, a terceira

maior distribuidora de bebi-

das dos Estados Unidos.

Uma vez que a Dr Pepper

Snapple é menor, a Vita Coco

passou a ser uma parte consi-

derável de seu portfolio, afir-

mou Kirban, o que transfor-

mou a marca em prioridade.

A Zico não conta com pes-

soas como Goldy –pelo menos

não mais. Os últimos 30 mem-

bros da equipe de vendas da

empresa foram dispensados

ou pediram as contas depois

que a Coca-Cola completou a

compra da Zico no ano passa-

do, de acordo com Rampolla.

Sem uma equipe concen-

trada em vender a água de co-

co da Zico, de acordo com Kir-

ban, a marca está se perdendo

em meio aos campeões de

venda da Coca-Cola. "A com-

pra da empresa foi o beijo da

morte para a Zico", afirmou.

"Veja os números dos últimos

dois anos. Simplesmente não

está funcionando".

Querer que

a Coca-Cola

gerencie uma

empresa na-

nica como a

Zico, segundo

K i r b a n , é o

mesmo que

pedir para o

Hu lk apren-

der a costurar

– ela é grande

demais para

fazer isso.

Ram po l l a

utilizou uma

metáfora di-

ferente. "É co-

mo se a Coca-

Cola fosse um

gigante, a Zi-

co uma crian-

cinha e a Co-

ca-Cola resolvesse dançar",

afirmou. "Bem, a gente preci-

sa crescer até sermos pelo

menos adolescentes. Caso

contrário, o gigante iria matar

a criancinha".

Batalha da água de

David SegalThe New York Times

Como as saladas de

repolho cresco e Ro-

bin Thicke, a água de

coco parece ter saí-

do da invisibilidade para os re-

f letores em um piscar de

olhos. Agora é possível encon-

trar a bebida em todo o canto –

não apenas em supermerca-

dos e lojas de conveniência,

mas também nas propagan-

das de ônibus ("Abra um coco,

abra a vida") e em placas de

bares ("Desintoxique enquan-

to se intoxica", dizia uma pla-

ca em Manhattan, promoven-

do o coquetel Vita Coco Arnold

Palmer). Ela já apareceu na

TV, como uma questão no pro-

grama "Jeopardy", e de tem-

pos em tempos faz participa-

ções especiais em revistas

chiques como a bebida predi-

leta de celebridades que pre-

cisam se reidratar.

A batalha por esse merca-

do, avaliado em US$ 400 mi-

lhões ao ano e que não para de

crescer, passou a envolver

grandes nomes, como Pepsi e

Coca-Cola. Mas, no princípio,

parecia mais uma briga de rua

entre dois caras. Um deles era

um empresário de 29 anos que

abandonou a faculdade e ia de

patins para as adegas de Ma-

nhattan durante a noite carre-

gando amostras na mochila. O

outro é um antigo voluntário

das Forças de Paz que andava

para cima e para baixo em um

Ford Econoline detonado em

busca do mesmo espaço.

Michael Kirban, que fundou

a Vita Coco com um colega, e

Mark Rampolla, que fundou

sua arquirrival, Zico, começa-

ram a vender marcas pratica-

mente idênticas, nos mesmos

bairros de Nova York, pratica-

mente na mesma época –com

uma semana ou duas de dife-

rença, no fim de 2004.

Os envolvidos chamaram o

evento de "a guerra da água

de coco". Cada lado arregi-

mentou rapidamente equipes

de venda para tentar ganhar o

mercado de Manhattan, um

mercadinho e estúdio de ioga

de cada vez.

Em pouco tempo a briga fi-

cou feia. Ela incluiu atos sim-

ples de vandalismo comercial,

como jogar as propagandas

do concorrente no lixo, além

de tentativas de fazer terroris-

mo psicológico que foram no

mínimo infantis. Às vezes Kir-

ban colocava caixas de Zico ao

lado de mendigos e mandava

fotos para o e-mail de Rampol-

la. "Eram táticas de guerrilha",

recorda Rampolla, falando de

sua casa em Redondo Beach,

na Califórnia. "E ilegais, por-

que você precisa receber a

permissão da prefeitura, mas

se for rápido o bastante, nin-

guém vai incomodá-lo".

MERCADO BILIONÁRIOHá uma década, empresas

como a Goya vendiam água de

coco em lojas voltadas para

imigrantes e em quantidades

que mal bastavam para apare-

cer nos registros de mercado.

Atualmente, mais de 200 mar-

cas de todo o mundo vendem

"o isotônico da natureza", con-

forme os fãs apelidaram a be-

bida, e as vendas aumentam

na casa dos dois dígitos.

"Em breve a água de coco se

tornará um mercado bilioná-

rio", afirmou John Craven, fun-

dador e executivo-chefe da

BevNet, uma publicação do

setor. "Esse é o melhor negó-

cio. Não se trata de um novo

sabor da Coca-Cola, nem de

uma cerveja light com limão. A

água de coco tem força sufi-

ciente para ficar. As pessoas a

acrescentam em sua dieta e

nunca mais a abandonam".

Os gigantes do setor tam-

bém já embarcaram. Em

2010, a PepsiCo adquiriu a

maior parte das ações de um

concorrente nanico, o O.N.E.,

e em 2009, a Coca-Cola com-

prou 20% da Zico. No ano pas-

sado, a empresa adquiriu o

restante das ações.

O investimento inicial feito

pela Coca-Cola na Zico parece

ser uma promessa de catás-

trofe para a Vita Coco, a única

marca que continua a ser con-

trolada por seus fundadores.

"Pensei que aquela seria nos-

sa sentença de morte", afir-

mou Kirban, da Vita Coco.

"Não falei isso para ninguém

naquela época, mas me lem-

bro de ter pensado: como ba-

ter a Coca-Cola?".

IMPULSO À BRASILEIRAComo uma empresa nanica

e particular conseguiu ganhar

das gigantes do mercado é as-

sunto para estudos de caso em

faculdades. E para contar a his-

tória toda, precisaríamos vol-

tar a 2003, a um bar de Lower

East Side, em Manhattan. Foi lá

que Kirban e seu amigo e futuro

sócio, Ira Liran, encontraram

duas brasileiras.

O que aconteceu em seguida

foi como um relâmpago. Liran

se apaixonou por uma delas e,

algumas semanas mais tarde,

quando ela voltou ao Brasil, foi

visitá-la. Kirban foi encontrá-lo

em São Paulo pouco tempo de-

pois e era óbvio que Liran iria fi-

car por lá e se casar. Tudo o que

ele precisava era de um empre-

go. "Cara, preciso fazer alguma

coisa da vida", afirmou Liran

para o amigo.

Eles discutiram algumas

ideias. Naquela noite no Lower

East Side, as brasileiras conta-

ram que o que elas mais sen-

tiam falta nos Estados Unidos

era de água de coco, que dis-

seram ser mais popular que

suco de laranja no lugar em

que viviam. Quando estava

em São Paulo, Kirban perce-

beu que elas não estavam

b r i n c a n d o.

Kirban e Liran encontraram

uma fábrica de água de coco

no Espírito Santo que venderia

parte de sua produção para

eles. Eles inventaram um no-

me e compraram as embala-

gens da Tetra Pak.

Em agosto de 2004 as pri-

meiras caixas de Vita Coco che-

garam a Nova York. Com as cai-

xas amarradas nas costas, Kir-

ban ia de patins para mais de 40

adegas por dia. "Eu geralmente

ia à noite", afirmou, "por que é

quando os donos chegavam

para contar o dinheiro".

Cerca de uma semana depois

do início do empreendimento

de Kirban, um cara em uma loja

da GNC em Manhattan falou

que havia outra marca de água

de coco na cidade. Primeiro, Kir-

ban não acreditou, mas ficou cu-

rioso. "Fui atrás e acabei encon-

trando", afir-

mou a respeito

da pr imeira

caixa de Zico

que viu. "Me

perguntei co-

mo aquilo po-

dia estar acon-

tecendo".

Ra m p o l l a

f i cou i gua l-

mente choca-

do com a apa-

rição da Vita

Coco. Ele se

a p a i x o n o u

pela água de

coco na Costa

Rica, onde ha-

v i a s e r v i d o

como volun-

tário nas For-

ças de Paz. Mais tarde, tornou-

se executivo da divisão de em-

balagens de bebidas da Inter-

national Paper em El Salvador.

Foi lá que Rampolla e sua es-

posa, Maura, que também in-

vestiu no produto, tiveram a

ideia de criar a Zico.

A Zico ganhou força entre os

praticantes de ioga, depois

que a empresa conseguiu con-

vencer os donos da Bikram Yo-

ga NYC a levar a bebida para as

quatro filiais da empresa. A Vi-

ta Coco foi a primeira a chegar

à Whole Foods Market. Porém,

nenhuma das marcas estava

disposta a desistir e, quando a

Zico também entrou na Whole

trouxe uma van pintada de

azul marinho carregada de

amostras grátis, com mulhe-

res que saltavam e começa-

vam a rebolar com bambolês

no meio da rua.

Os donos de adegas costu-

mavam ser o público mais li-

nha dura. Para ganhar espaço

mais rapidamente, a Vita Coco

contratou um antigo vende-

dor da Vitaminwater chamado

Michael Goldstein, conhecido

por quase todo mundo como

Goldy. "É preciso ser meio psi-

copata", afirmou Goldy a res-

peito de sua vida de vendedor

de bebidas em Manhattan.

Ele e sua equipe decoraram

frases em espanhol, árabe, co-

reano e hebraico e descobriram

quais argumentos de venda

funcionavam melhor para cada

etnia. Os donos vindos do

Oriente Médio queriam pechin-

char. Os dominicanos queriam

saber por que precisavam da-

quilo, se já vendiam água de co-

co da Goya. Quando nada mais

funcionava, eles colocavam

US$ 20 em cima do balcão.

B AT E D O R E SA Coca-Cola, a maior fabri-

cante de refrigerantes dos

EUA, emprega o que chama de

batedores, que procuram

marcas que estão crescendo

rapidamente. Um deles en-

controu a Zico em um estúdio

de ioga. "As pessoas estavam

Michael Kirban seguiu as sugestões de duas amigas brasileiras e criou a Vita Coco

coco em NYA bebida natural caiu no

gosto dos norte-americanos,que hoje dão impulso a um

mercado com potencial paramovimentar bilhões de

dólares. A disputa pelosconsumidores atraiu

gigantes como aCoca-Cola e passou

até pelo Brasil.

Foods, as prateleiras do mer-

cado se converteram em uma

verdadeira praça de guerra.

Chamar a atenção dos con-

sumidores era uma parte im-

portante do jogo. A Vita Coco

comprando caixas e mais cai-

xas da bebida", afirmou G.

Scott Uzzell, presidente de in-

vestimentos e marcas emer-

gentes da Coca-Cola.

A Coca-Cola investiu US$ 8

Christopher Gregory/NYT

Monica Almeida/NYT

Mark Rampolla fundou a Zico, que mais tarde seria comprada pela Coca-Cola