diário do comércio - 25/07/2014

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São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2014 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.171 R$ 1,40 Página 4 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 1 7 1 BRASIL ENTRA NA GUERRA Judeus e pró-israelenses de SP protestaram (acima) contra a entrada do Brasil pró-Hamas na guerra em Gaza. O Itamaraty chamou seu embaixador de volta; e Jerusalém reagiu: o Brasil é "irrelevante" e um "anão diplomático". Pág.9 Leonardo Benassatto/Estadão Conteúdo E há muitas crianças entre as vítimas do bombardeio no prédio em Beit Hanoun (à esq.). Palestinos acusaram Israel, que acusou o Hamas. Para a ONU, "as circunstâncias ainda não estão claras". Pág.9 17 mortos e 200 feridos na escola da ONU em Gaza Oliver Weiken/Efe Cerveró não aceita Dilma fora do caso Pasadena Enquanto Dilma teve de ouvir coro pró-Campos no velório de Suassuna (foto), advogado de ex-diretor da Petrobras contesta inocência da presidente. Págs. 5e7 Edmar Melo/Ag. O Globo Aconchegante, Montevidéu é tradição e transformação. Da arte a modernos hotéis. Pág. 22 A pequena e bela capital do Uruguai Bruno Agostini/Ag. O Globo Estrelas de aluguel Divulgação A Mercedes- Benz acaba de inaugurar sua locadora. Diárias partem de R$ 500. Escolha sua estrela. Pág. 21 O californiano Randall Grahm salva a Bonny Doon e celebra inusitados projetos. Pág. 11 Enterrou as rolhas, mas não a vinícola. F M I PIB CAI A 1,3% Previsão encolheu 0,6 ponto percentual em relação à de abril. Foi a 5ª redução seguida. Pág. 13 Foi de 80º para 79º no índice da ONU. Pág.8 IDH Brasil dá um passinho

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Ano 91 - Nº 24.171 - São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2014

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Ano

91

- Nº 2

4.17

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Página 4

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24171

BRASIL ENTRA NA GUERRAJudeus e pró-israelensesde SP protestaram (acima)contra a entrada do Brasilpró-Hamas na guerra emGaza. O Itamaraty chamouseu embaixador de volta;e Jerusalém reagiu: o Brasilé "irrelevante" e um"anão diplomático". Pág. 9

Leon

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údo

E há muitas crianças entreas vítimas do bombardeio noprédio em Beit Hanoun(à esq.). Palestinos acusaramIsrael, que acusou o Hamas.Para a ONU, "as circunstânciasainda não estão claras". Pág. 9

17 mortos e 200feridos na escolada ONU em Gaza

Oliv

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e

Cerveró não aceita Dilma forado caso PasadenaEnquanto Dilma teve de ouvir coro pró-Campos novelório de Suassuna (foto), advogado de ex-diretor daPetrobras contesta inocência da presidente. Págs. 5 e 7

Edmar Melo/Ag. O Globo

Aconchegante, Montevidéu étradição e transformação. Daarte a modernos hotéis. Pág. 22

A pequenae bela capitaldo UruguaiBr

uno

Ago

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/Ag.

O G

lobo

Estrelas de aluguel

Div

ulga

ção

A Mercedes-Benz acaba deinaugurar sualo c adora.Diárias partemde R$ 500.Escolha suaestrela. Pág. 21

O californiano RandallGrahm salva a Bonny Doon

e celebra inusitadosprojetos. Pág. 11

Enterrou asrolhas, mas

não a vinícola.

FMI

PIBCAIA

1,3%Prev i s ã o

encolheu 0,6p onto

percentual emrelação à deabril. Foi a 5ª

re d u ç ã oseguida. Pág. 13

Foi de 80º para79º no índice da

ONU. Pág. 8

IDHBrasildá um

passinho

2 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014

OS PAPA-VOTOSAFIAM A LÍNGUA

O disfarce, a tergiversação, o dizer não dizendo, quando não a pura mentira, são as normas .José Márcio Mendonça

Candidatos mudam o tom deseus discursos para se tornaremmais palatáveis aos eleitores.

Mas é uma atitude de risco, quepode criar problemas assim que

o vencedor assumir.

PT não pode ignorar

que PSDB e o PSB

têm cabos eleitorais

com o mesmo "push"

de Lula e que devem

puxar votos

para Aécio Neves e

Eduardo Campos.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

Écerto que campanha

eleitoral não é o mo-

mento mais propício

para demonstrações

de "sincericídio", esse neolo-

gismo criado no vocabulário

político tupiniquim para defi-

nir afirmações de políticos e

candidatos que, mesmo sen-

do verdadeiras e sinceras

(tanto quanto isso é possível

neste ambiente) são conside-

radas perigosas, impopula-

res, "tira votos". O disfarce, a

tergiversação, o dizer não di-

zendo, quando não a pura

mentira, são as normas .

Pegue-se, à guisa de exem-

plo, num caso apenas, o candi-

dato tucano Aécio Neves. Em

mais de uma ocasião, em con-

versas reservadas e até em

palestras abertas para o públi-

co especial dos empresários –

inclusive numa palestra, dois

meses atrás, na Associação

Comercial de São Paulo – o se-

nador mineiro afirmou, com

toda ênfase (e até sob aplau-

sos) que não terá dúvida em

adotar, caso vença a eleição,

medidas impopulares, se es-

tas forem necessárias.

Seu principal conselheiro

político, apontado como

provável ministro da Fa-

zenda de um governo do

PSDB, tem dado indicações

completas de que a futura

gestão terá obrigatoriamente

de proceder a um aperto de

cintos no ano que vem. O que,

aliás, qualquer um que acom-

panhe o desenrolar da econo-

mia nacional e as peripécias

da política econômica do go-

verno Dilma sabe ser tão inevi-

tável quanto o suceder do dia

para a noite.

Açoitado, porém, pelo efi-

ciente marketing político da

presidente, que o acusa de ser

contrário aos programas so-

ciais e de estar engendrando

um pacote de "maldades"

contra os mais necessitados,

para atender os interesses do

"capital", Aécio tem mudado

de tom. Publicamente ele não

abre mais o jogo sobre os ajus-

tes que julga necessários para

botar a economia nacional nos

trilhos. Não é que ele tenha

abandonado suas ideias, ima-

gina-se, mas está preferindo

vender ilusões.

Mais prudente um pouco,

Eduardo Campos tangencia

este tema. Ele prefere criticar

a gestão Dilma, com generali-

dades e sem apontar direções.

E entrou de vez na perigosa

seara do populismo mais des-

lavado, com promessas de to-

do irrealistas no curto e no mé-

dio prazo, como a de aplicar

10% do Orçamento em saúde,

e de instituir o passe livre nos

transportes públicos.

Contudo, em conversas

com plateias mais seletas,

mais bem informadas, sabe-

se que o tom é de austeridade

fiscal. E alguns de seus conse-

lheiros econômicos, diante de

públicos mais "distintos", afir-

mam sem rodeios que qual-

quer que seja o presidente,

2015 será um ano de ajustes e

de dificuldades.

Pelo lado da situação,

com Lula e a presidente

Dilma Rousseff à frente,

a coisa não tem sido diferente.

Mais de uma vez, publicamen-

te, ela afirmou que não vai sa-

crificar o povo, acusando os

adversários de mal intencio-

nados neste sentido. Lula tam-

bém, quando está animando

as plateias na campanha elei-

toral, vai na mesma direção.

Ele é até um pouco mais incisi-

vo do que a presidente, como

aliás é de seu estilo. O presi-

dente nacional do PT, Rui Fal-

cão, acaba de garantir que a

presidente vai manter os pila-

res de sua política econômica,

esta mesma da inflação rebel-

de e dos PIBinhos.

Mas assim como os adver-

sários, quando a conversa é

com os empresários a posição

dos governistas é bem dife-

rente. Nas últimas semanas

não passa dia em que alguma

"fonte" da campanha anuncia

anonimamente que figuras de

proa no governo (a presiden-

te, infere-se) admitem que co-

meteram equívocos na con-

dução da política econômica e

que eles serão corrigidos num

eventual segundo mandato.

EYMAR MASCARO

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

SXC

Quando a campanha

ganhar de fato as ruas

e começar o horário

eleitoral obrigatório no rádio

e na televisão, a contradição

entre o discurso para o gran-

de público e para as plateias

selecionadas vai se acen-

tuar. É o comum no Brasil: o

que se fala na campanha é

para ganhar as eleições, nem

sempre para governar. O mo-

mento eleitoral é de vender

ilusões; depois...

O risco é que a população

está cada vez mais bem infor-

mada e cada vez mais inquie-

ta, insatisfeita e ansiosa por

dias melhores que nunca

chegam. Esta é uma mistura

explosiva e que pode gerar

desilusões, nem bem o eleito

ponha os pés no Palácio do

P l a n a l t o.

Se não souber dosar o

marketing com algu-

mas pitadas de sinceri-

dade, o vencedor poderá co-

meçar a governar já com sua

popularidade e credibilidade

abaladas, sem conseguir um

crédito de confiança .

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

MUDANDOO ROTEIRO

Aúltima pesquisa

Datafolha,

divulgada dia 17,

provocou uma euforia

natural no tucanato,

porque registrou um

empate técnico num

eventual 2º turno entre

Dilma Rousseff e Aécio

Neves. A presidente ficou

com 44% dos votos e o

senador alcançou 40% .

Como a margem de

erro é de dois pontos para

mais ou para menos,

Dilma teria de 42% a 46%

dos votos e, Aécio, de

38% a 42%. No 1º turno,

Dilma obteve 36% da

preferência do eleitor e

Aécio 20%. Cinco dias

depois (22) saiu a

pesquisa Ibope que, a

exemplo do Datafolha,

também fez a projeção

para o 2º turno.

Contrariando os

tucanos, o Ibope não

constatou empate

técnico no 2º turno entre

Dilma e Aécio. Se a

eleição fosse hoje, Dilma

seria reeleita com 41%

dos votos e Aécio seria

derrotado com 33%.

Como a margem de erro

também é de dois pontos

percentuais, não haveria

o mesmo empate técnico

que o Datafolha apontou.

No 1º turno, Dilma

ficou no Ibope com 38%

de intenção de voto e

Aécio com 22%.

pesar do bom

comportamento de

Aécio Neves na projeção

do 2º turno, sobretudo na

pesquisa Datafolha, é

aconselhável que os

tucanos tenham cautela.

Primeiro, porque a soma

dos índices de todos os

demais candidatos no

Datafolha foi de 36% dos

votos, a mesma taxa

alcançada por Dilma.

Pelo Ibope, também

não é possível garantir

que haveria 2º turno.

Pelas duas pesquisas,

portanto, não dá para a

oposição bancar que a

eleição teria 2º turno,

assim como também o PT

não pode ter garantias de

que a eleição acaba já no

1º turno.

Em segundo lugar, o

PSDB não deve esquecer

que Lula ainda não entrou

na campanha de Dilma e

nem foi à televisão enviar

sua costumeira

mensagem às 50 milhões

de pessoas que vivem do

Bolsa-Família, programa

social que foi criado por

ele na presidência.

Os petistas mais

otimistas admitem

que assim que Lula entrar

"prá valer"na campanha,

Dilma deve crescer

alguns pontos nas

pesquisas. Se fazendo

campanha-solo e acuada

pela mídia ela chega a

44% dos votos no 2º

turno, na pesquisa

Datafolha, com o

"empurrão" de Lula o PT

tem certeza que a

presidente alcance o

índice mínimo de 48%, o

que obrigaria Aécio a

obter cerca de 50 milhões

de votos para se eleger.

Entretanto, o PT não

pode ignorar que

também o PSDB e o PSB

têm cabos eleitorais com

o mesmo "punch" de Lula

e que devem puxar votos

para Aécio Neves e

Eduardo Campos. O PSDB

escalou o ex-presidente

Fernando Henrique

Cardoso para atuar ao

lado de Aécio Neves na

campanha de televisão.

FHC tem boa imagem na

TV e sempre se

comunicou muito bem

com os eleitores.

Nas últimas eleições

presidenciais, porém, o

PSDB marginalizou FHC

das campanhas de

Geraldo Alckmin e José

Serra, o que parece ter

sido um erro.

Já Eduardo Campos

confia na possibilidade

de herdar uma parcela

significativa dos 20

milhões de votos que a

sua vice – e principal

puxadora de votos do

partido – a ex-ministra

Marina Silva, obteve

como candidata ao

Palácio do Planalto pelo

PV, em 2010.

Não é exagero admitir,

portanto, que os três

importantes papa-votos

–Lula, FHC e Marina –

podem se transformar

em fator decisivo no

resultado da eleição

presidencial deste ano.

EYMAR MA S C A RO É

J O R N A L I S TA E C O M E N TA R I S TA

POLÍTICO

sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

QUANTOS MORREMENQUANTOESCREVO AQUI?

Baz Ratner/Reuters

SEM RESPEITO AS SOCIEDADES SOÇOBRAM NA IRRESPONSABILIDADE, ANARQUIA E POBREZA.

Triste é ver um Estadocomo o da Argentina vítimade governantes irresponsáveis

que, no entanto, sãosistematicamente eleitos e

reeleitos pelos cidadãos do país.

NEIL

sob bombardeioda mídiaFerreira

DENIS ROSENFIELD

Aforma de comunicar

uma informação e o

modo como a notícia

é apresentada são

fundamentais para a percep-

ção do cidadão mas também

expõem comumente o viés

partidário do jornalista, do jor-

nal ou agência de notícias. A

miopia ideológica termina

sendo um guia da ação, guia

torto, porém eficaz, com efei-

tos junto à opinião pública.

É o caso da veiculação da

decisão do juiz americano

Thomas Griesa, obrigando o

governo argentino a honrar dí-

vidas contraídas e em posses-

são de um fundo americano.

Imediatamente, os conceitos

que passaram a orientar as

matérias foram os de "renego-

ciação da dívida" e de "fundos

abutres". Ambos são particu-

larmente curiosos, pois reve-

lam um encobrimento da rea-

lidade digno de nota.

Convém, preliminarmente,

ter presente ao espírito que o

governo argentino "renego-

ciou" suas dívidas em 2005 e

2010, pagando cerca de 30%

do valor de face de suas obri-

gações. Isso significa que dei-

xou de pagar 70% deste valor,

arcado por aqueles que acre-

ditaram na confiabilidade do

país. Ora, as tais negociações

foram, na verdade, um "calo-

te" imposto a esses credores,

que nada puderam fazer dian-

te da alternativa de nada rece-

ber. Tiveram de optar entre 0%

e 30%, jamais os 100% que

lhes era devido.

Omais vergonhoso é

que tal "calote" tenha

sido apresentado co-

mo um ato voluntário de nego-

ciação, quando foi uma impo-

sição. Alguns, menos de 10%,

se recusaram , vindo a vender

esses títulos a fundos – a pre-

sentados, depois, como "abu-

tres" ou "especulativos". Por-

tanto, "abutre" foi o governo

argentino, que impôs um calo-

te aos que nele confiaram,

mascarando tal ato como se

fosse uma "negociação". Se-

ria uma ação equivalente a

vender um carro por dado va-

lor e receber por ele 30% me-

diante um ato coercitivo.

Aliás, o governo argentino é

mestre em mascarar a reali-

dade, impondo a sua versão,

por mais bizarra que seja. Sua

“especialidade” é de tal mon-

ta que oculta a inflação do país

com “estatísticas criativas”,

ou seja, completamente fal-

sas. Está fazendo a mesma

coisa com os índices que me-

dem a pobreza, escondendo a

miséria real em proveito de

uma estatística inverídica.

Nele, ninguém mais acredita.

O "abutre", isto é, o governo

argentino, culpa agora os fun-

dos que compraram a dívida

não renegociada de "fundos

abutres". A ironia é grande.

Agora, esses fundos obri-

gam judicialmente o

governo argentino a

honrar os seus compromissos.

Recorreram a uma Corte ame-

ricana e tiveram ganho de

causa. O juiz Thomas Griesa,

formado em uma sociedade

que honra os seus contratos,

obrigou o governo argentino a

pagar a dívida não negociada.

Ele não poderia ter agido de

outra forma. Isto seria eviden-

te, não fosse o populismo es-

querdista que grassa na Amé-

rica Latina.

Oque fez o governo ar-

gentino? Partiu para

uma campanha nacio-

nal e internacional criticando

a decisão e anunciando que

estaria sendo obrigado a dar

um calote na dívida negocia-

da. Ou seja, os caloteiros di-

zem hoje que estão sendo

obrigados a dar um calote.

Triste é ver um Estado como

a Argentina vítima de gover-

nantes irresponsáveis que, no

entanto, são sistematicamen-

SXC

Do usodasp a l av ra s

te eleitos e reeleitos pelos ci-

dadãos daquele país. Logo, é o

país mesmo que é responsá-

vel daquilo que seus políticos

fazem. Criou-se uma espécie

de consenso nacional contra

os "fundos abutres" e a imi-

nência do "calote", expondo

somente que os argentinos

nada aprenderam de seu pas-

sado recente. Segundo a es-

tratégia populista, tentaram,

sem nenhum resultado, in-

fluenciar a decisão do juiz

americano, que ficou impassí-

vel diante da pantomima.

Ato seguinte, o ministro da

Economia argentino seguiu

com a pantomima, recorrendo

à ONU e à OEA com o intuito de

que Estados igualmente irres-

ponsáveis o acompanhas-

sem. Pode até ter apoio, pois a

irresponsabilidade de gover-

nantes perdulários, populis-

tas e esquerdistas tem sido a

tônica de vários países. Agora,

acreditar que o juiz Griesa pos-

sa modificar a sua decisão gra-

ças a tais manifestações é na-

da mais do que a demonstra-

ção do cinismo reinante.

Ogoverno brasileiro ter-

minou apoiando a con-

duta argentina, em

uma clara demonstração de ir-

responsabilidade política,

porque termina contaminan-

do a própria imagem de nosso

país. O que significa apoiar a

irresponsabilidade alheia se-

não compartilhar uma certa

posição? De que adianta o Bra-

sil afirmar que honra os con-

tratos quando não perde a

oportunidade de sustentar

políticas de outros países que

se caracterizam precisamen-

te pela quebra dos mesmos?

O tempo urge. O governo ar-

gentino está juridicamente

obrigado pela Justiça america-

na a honrar os seus compro-

missos até o final deste mês.

Os responsáveis da condução

das negociações, porém, só

continuam a produzir jogos de

cena, apostando no impasse

e, portanto, no isolamento ca-

da vez maior de seu país.

Os que ainda procuram sus-

tentar o calote argentino,

apresentado como "renego-

ciação das dívidas", recorrem

ao conceito de "dívida sobera-

na". Isto significaria que qual-

quer Estado teria o direito de

impor suas próprias condi-

ções de pagamento de suas dí-

vidas, onde o assumido nos

papéis não teria nenhum va-

lor. Ou seja, qualquer Estado

em situação semelhante ape-

nas pagaria aquilo que assim

decidisse.

Oresultado consiste em

que dívidas assim fo-

ram contraídas com o

intuito de não serem pagas,

pois haveria sempre o recurso

à soberania do Estado. Deve-

ríamos, então, denominar

mais propriamente tal política

de "calote soberano".

Subjacente a essa posição

encontra-se a concepção de

que o Estado pode tudo e o ci-

dadão, nada. O cidadão não

seria "soberano", mas apenas

o Estado que deveria ser a sua

expressão. Isto é, os cidadãos

seriam destituídos de direitos

face a uma entidade cujo arbí-

trio seria total.

Contratos devem ser res-

peitados, pois sem esse res-

peito as sociedades soçobram

na irresponsabilidade, na

anarquia e na pobreza.

DENIS LERER ROSENFIELD

É P RO F E S S O R DE FILOSOFIA

DA UFRGS

Antes Scriptum : Mais 3 va-

gas na ABL, conheço bem 2

delas: João Ubaldo e Ariano

Suassuna. João Ubaldo, sem

contar seus livros deliciosos,

encantava seus leitores dos

jornais aos domingos. Suas-

suna, inesquecível por seu

"Auto da Compadecida", e "A

Pedra do Reino". Duas lágri-

mas sentidas para eles.

Escrevo na 5ª-feira,

cansado de ver nos

jornais o placar do

Oriente Médio: Israel 721,

na maioria civis indefesos,

dos quais 147 crianças

e 74 mulheres x Palestinos

34, não sei se entram na

conta as 3 crianças

israelenses sequestradas

e massacradas. Sei que

os palestinos cutucaram

o dragão com vara curta,

então que paguem a

conta, é isso? (É).

Mas como Jeovah,

Allah e Deus, brimos entre si

segundo o Livro de Abraão,

permitem semelhante

mortandade entre seus

herdeiros? E a ONU ? Cada

vida que se perde, uma que

seja, de qualquer lado que

seja, é demais; uma vida

perdida não volta, uma

criança de qualquer dos

lados é para ser chorada

até o fim dos tempos.

As 3 crianças israelenses

e as 147 crianças palestinas,

sacrificadas no altar da

insânia: esses números vão

aumentar, é quase uma

certeza. Israel e o Hamas

dão a impressão de que

não querem a paz. Israel

diz que há tantas crianças

entre as vítimas porque os

palestinos as colocam

como escudos na frente dos

terroristas. Será possível

tamanho absurdo? Se

Israel falou que é, então é.

Conheço a história

de um israelense , que

ficava em um barco

grande transformado em

rádio ("A Voz da Paz") e

que usava a cumplicidade

distante de John Lennon

para sua luta solitária .

Ele tocava, "de algum lugar

do Mediterrâneo", alto

e bom som a música "Give

Peace a Chance", de

Lennon; sem chance.

Seu nome era Abie

Nathan, e uma vez pilotou

um avião até o inimigo Egito

para pedir paz. Foi

derrubado, sobreviveu

e acabou seus dias com

maratonas de "Give

Peace a Chance". Ele estava

fazendo a parte dele.

Minha vontade de ser

neutro está abalada.

Os números não me

permitem; os números não

são neutros nesta conta, que

nos deixa com a amargura

da impotência, sem

saber o que fazer.

Tenho grandes amigos,

quase irmãos, de famílias de

origem judaica, que eu, filho

único, escolhi para serem

meus irmãos e que sempre

me aceitaram como irmão.

Um deles, o mais querido,

um dos mais importantes

jornalistas da sua geração,

trabalhador em um

kibutz na juventude

e depois habitante de

Tel Aviv por muitos anos, me

explicou como é a política

israelense: "O pequeno

Israel é a maior democracia

do mundo", disse-me. E

explicou: "Você encontra

3 israelenses conversando

sobre política numa

esquina, e dali a 3 minutos

tem 5 brigas feias".

Definição perfeita, tanto

quanto entendi. Israel é uma

democracia quase perfeita,

os representantes do

povo votam e aprovam

ou recusam o que o Estado

deve fazer.

Mas cansei de quase

chorar ao ler os jornais

da manhã e procurei outros

motivos de canseiras.

Cansei do Ibope e do

DataFalha dando a Dilma

despencando nas

pesquisas, mas reeleita;

cansei do IBGE dando um

Pibinhão de 1,8%, quando

até o Dunga sabe que o

Pibinho é de menos de 0,9 %.

Sabemos que as 3 maiores

mentiras do mundo são: a

Grande Mentira, a Pequena

Mentira e a Estatística.

A Estatística é a ciência

que permite que eu coma

um frango por dia, você

não come nenhum e cada

um de nós terá comido meio

frango por dia. Acho que é

por aí que se explica como o

IBGE faz um Pibinho de 0,9%

virar um Pibinhão de 1,8%.

Cansei de saber que

livraram as carantonhas

da Dilma e de mais 9

cumpanheros no trambique

sem vergonha do Um

Bilhão e Duzentos Milhões

de Dólares da Refinaria

Pasadena. Felizmente, o

TCU colocou o do Grabrielli

na reta . Quem sabe, com

medo, ele usa Pasadena

pra jorrar a verdade sobre

a Refinaria de mentira?

Cansei de ver

baderneiros terroristas se

autodenominarem "presos

políticos" e, aliados do

PSol do Rio de Janeiro,

exigindo liberdade pra

fabricar bombas caseiras

e coquetéis Molotv. Não

merecem a paz em que

temos a fortuna de viver, por

passarem suas covardes

vidas mascarados,

querendo rompê-la.

Olhem para o Oriente Médio

e vejam se aprendem

alguma coisa.

Cansei e me desculpe por

estar cheio desse monte de

lixo que nos cerca. Por isso,

tiro este momento pra curtir

a Marina, minha netinha

mais nova, 6 meses e meio

agora, já fazendo algumas

pequenas artes que o vô

babão entende como

se ela estivesse falando

comigo. E está.

Quando me vê, sorri

aquele sorriso banguela e

eu, caindo pra trás de

alegria, faço cosquinha na

bochecha gordinha e falo,

com toda idiotice do mundo:

"Cadê o sorriso do vovô"? e

ela sorri.

Para minha alegria, minha

filha e meu genro têm

uma casinha que está em

reforma – e enquanto isso

ficam na minha casa. O que

eles não sabem é que

suborno o empreiteiro por

baixo do pano, pra que a

obra vá atrasando – daí a

Marina fica mais tempo na

minha casa.

Nada há de mais alegre no

mundo do que esse serzinho

que já rola na cama, dorme

no colo e detesta ir para

o berço. Minha filha, ex-

baladeira e agora mãezona

tipo mama italiana, carrega

uma filha que adora

passar as noites na balada,

baladeira que é por DNA.

Mesmo assim, grita nos

meus ouvidos a pergunta

que não quer calar:

quantos palestinos terão

morrido desde que comecei

a escrever este texto?

NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014

sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

Dilma é obrigadaa ouvir coro pró-

Campos em velórioPresidente esteve no Recife para as últimas homenagens a Ariano Suassuna

Oclima de comoção

no velório do escri-

tor Ariano Suassu-

na não impediu que

a presidente Dilma Rousseff

passasse por um vexame. Ao

chegar ao Palácio das Prince-

sas, sede do Governo do Esta

do de Pernambuco, o público

presente cantou a música

"Madeira do Rosarinho". A

canção é bastante conhecida

pelos pernambucanos por se

tratar de uma marcha dos an-

tigos carnavais recifenses. A

música passou a ser cantada

por Ariano Suassuna sempre

que se fazia presente nos co-

mícios de Eduardo Campos na

campanha para governador.

Eduardo Campos e Aria-

no Suassuna sempre foram

próximos desde que o ex-

governador de Pernambu-

co era criança. O escritor foi

casado com Zélia Suassu-

na, tia da esposa de Eduar-

do, Renata Campos.

A presidente Dilma Rous-

seff compareceu ao velório

acompanhada do governa-

dor da Bahia, Jaques Wag-

ner (PT), e do ministro do Es-

porte, Aldo Rebelo. Tam-

bém estavam presentes o

senador Humberto Costa e

integrantes da chapa majo-

ritária que vai disputar o go-

verno de Pernambuco con-

tra o candidato de Campos,

Paulo Câmara (PSB). O PT

apoia o senador Armando

Monteiro Neto.

De roupa escura, passou

40 minutos no local, onde

cumprimentou a viúva, Zé-

lia, e os filhos do escritor.

Ela também trocou um frio

aperto de mão com o presi-

denciável Eduardo Campos

(PSB), seu adversário na su-

cessão presidencial, e de

quem Suassuna foi secre-

tário de Cultura e assessor

especial – além de o mais

notável cabo eleitoral, nas

duas campanhas do socia-

lista ao governo de Pernambu-

co, em 2006 e 2010.

O velório foi marcado não só

pela presença de autoridades

e fãs, mas também daqueles

que ele mais defendeu e valo-

rizou em vida: os artistas po-

pulares. Rabequeiros, repen-

tistas, brincantes do maraca-

tu de baque solto (também

chamado de maracatu rural) e

do maracatu de baque virado

estiveram no local com batu-

ques e loas ao escritor. "Ele

deixa o carinho do povo como

última herança", disse uma

das filha, Maria das Neves.

À frente do Maracatu Piaba

de Ouro, Maciel Salu organiza-

va os caboclos de lança do fol-

guedo, que dividiram o espaço

com os soldados em traje de

gala do palácio.

Amigo de Suassuna, e res-

ponsável por ter levado "A Pe-

dra do Reino" para a tela da TV

Globo, o diretor Luiz Fernando

Carvalho confirmou que está

preparando uma nova adap-

tação, desta vez de "A história

de Amor de Fernando e Isau-

ra", já para 2015.

Integrante de grupos cultu-

rais que tiveram origem no

Movimento Armorial, o instru-

mentista Antúlio Madureira

reforçava o legado: "Vamos

tentar seguir o caminho dele

na cultura e na estética da vi-

da". (Agências)

Diego Nigro/JC Imagem/EC

Frio apertode mão entre opresidenciável

EduardoCampos (PSB)e a presidente

Dilma Rousseffontem no

velório doescritor Ariano

Suassuna, noRecife (PE).

PMDB paulista vaiapoiar presidente,mesmo sem Skaf.

Aresistência do

candidato a

governador de São Paulo

pelo PMDB, Paulo Skaf, a

abrir espaço em seu

palanque para a

presidente Dilma Rousseff

(PT) desagradou a

prefeitos e lideranças do

partido no Estado. Com o

aval do presidente de

honra do PMDB, Michel

Temer – vice na chapa de

Dilma à reeleição –, eles

prometem embarcar na

campanha da petista e

produzir, por conta

própria, material eleitoral

para a dobradinha.

O apoio do PMDB,

segundo partido que mais

elegeu prefeitos em 2012

(89), é estratégico para

Skaf disputar votos com o

governador Geraldo

Alckmin (PSDB) no interior.

O candidato do PT,

Alexandre Padilha, voltou a

dizer ontem que não vê

risco no palanque duplo

em São Paulo. (EC)

Malufp ro c u r a d o

pela Interpol

Oministro da Justiça,

José Eduardo Car-

dozo, enviou um comu-

nicado para o governo

dos EUA perguntando a

respeito da possibilida-

de de o deputado federal

Paulo Maluf (PP-SP), alia-

do da administração fe-

deral do PT, ser ouvido

no Brasil sobre um pro-

cesso no qual está rela-

cionado na Justiça norte-

americana.

Maluf está citado num

caso de evasão de divisas

–o queele nega–ea Justi-

ça dos EUA o trata como

foragido. Desde 2009, a

Interpol exibe em seu site

uma foto de Maluf como

" p ro c u r a d o " . (Agências)

Eduardo e Marina buscam 'petista arrependido'Coordenador diz que ideia é essa, já que o "antipetista radical" tende a votar em Campos. Jovens e evangélicos têm ligação com Marina.

Reprodução DC

Material de campanha exibido no Facebook de Eduardo Campos

Ocoordenador da

área de internet e

redes sociais da

campanha do pre-

sidenciável Eduardo Campos

(PSB) e de sua vice Marina Sil-

va, Caio Túlio Costa, disse on-

tem que o público alvo da cam-

panha nas redes é o "petista

arrependido", não o "antipe-

tista radical".

Em palestra no 9º Congres-

so Internacional de Jornalismo

Investigativo, na capital pau-

lista, Costa disse que a campa-

nha não consegue fugir de dis-

cursos genéricos, pois tem de

falar com diversos públicos na

internet, mas que é possível

"modular" as mensagens para

atingir públicos prioritários

como o "petista arrependido",

os jovens e os evangélicos:

"Não tem muito como fugir do

risco de generalizar, mas não

quer dizer também que você

não pode modular".

Xico Graziano, coordenador

de redes sociais da campanha

do candidato tucano Aécio Ne-

ves, avisou pouco minutos an-

tes que não poderia participar

da palestra, como planejado.

E Franklin Martins, que coor-

dena a área na campanha pe-

tista de Dilma Rousseff, não

a p a re c e u .

Costa preferiu não detalhar

a estratégia de como "modu-

lar" o discurso nas redes e

quais canais usar para atingir

determinados públicos. Ele

defendeu apenas que existem

ferramentas para atingir o

"petista arrependido", já que o

"antipetista radical" natural-

mente tende a votar no candi-

dato do PSDB. Jovens e evan-

gélicos são públicos com os

quais Marina tem uma intera-

ção já desde a campanha de

2010 –da qual Caio Túlio Costa

já havia participado na área de

mídias sociais.

Segundo ele, há um poten-

cial muito importante das re-

des na campanha de 2014. Ele

citou um artigo que ele publi-

cou sobre a campanha de Ma-

rina em 2010 que mostrou

que, dos 19 milhões de votos

que a candidata obteve no 1º

turno, 12,5 milhões foram

conquistados com ajuda da in-

ternet. "Neste ano, dá pra gen-

te falar com ainda mais gen-

te", disse ao estimar que em

2010 havia cerca de 50 mi-

lhões de internautas contra

aproximadamente 100 mi-

lhões hoje.

Costa estima ainda que pra-

ticamente a metade do eleito-

rado brasileiro está conectado

– sem levar em conta os inter-

nautas mirins, crianças que

podem conversar com pais e

avós sobre política. Para uma

campanha, como a de Eduar-

do e Marina, que está em 3º

nas pesquisas e que tem pou-

co tempo de rádio e tevê, Cos-

ta avalia que a internet tem

papel ainda mais central. "In-

veste-se primordialmente em

internet para de alguma forma

compensar o tempo que você

não tem de televisão."

Na palestra, Costa explicou

que a campanha nas redes ba-

sicamente funciona com três

ferramentas principais: os si-

tes oficiais, que são como uma

"casa" com as informações

mais gerais; as redes sociais,

com os perfis dos candidatos

que permitem a interação

mais "informal"; e a frente de

arrecadação de fundos, que

permite disseminar a fonte de

recursos de uma campanha

para pessoas físicas – ain da

muito incipiente no Brasil.

Questionado sobre o pouco

alcance dessa ferramenta na

campanha de Marina em 2010

e na campanha atual, Costa

atribuiu a uma "questão cultu-

ral" que deve ser tratada com

cuidado no Brasil. Mas defen-

deu ser sim um caminho a ser

explorado e com potencial de

c re s c i m e n t o.

Costa disse que a equipe de

redes sociais da campanha

pessebista tem trabalhado

com os conceitos de descen-

tralização e informalidade de

discurso. Segundo ele, a bus-

cada interação "informal" per-

mite que o discurso se disse-

mine na rede, por exemplo,

por meio de pessoas que inte-

ragem no Twitter com segui-

dores e acabam atingindo se-

guidores de seguidores de se-

guidores. "Isso já vira comuni-

cação de massa, é isso que a

gente quer."

Costa foi questionado se tal

descentralização não pode

acarretar mais erros de estra-

tégia nas redes sociais, como

no caso em que Campos publi-

cou uma foto em um jatinho

vindo para São Paulo quando

ocorria uma greve da PM que

gerou caos em Recife e aca-

bou retirando a foto do ar para

evitar as interações críticas. O

coordenador se defendeu di-

zendo que não estava à frente

da estratégia digital na época,

mas que prefere esse risco a

centralizar o comando.

No rotina, Costa relatou que

a decisão final é sempre dos

candidatos. "Eduardo dita,

Marina dita, a gente escreve,

propõe, eles mudam, mas a

palavra final é sempre deles",

disse. (Estadão Conteúdo)

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6 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014

Há uma tentativa de partidarizar o problema [da Santa Casa].Arthur Chioro, ministro da Saúde

Campanha deAécio evita

mix de santinhosSó os comitês serão suprapartidários, o material de campanha, não.

Ocandidato a presi-

dente Aécio Neves

(PSDB) vai replicar

a tática de criação

de comitês suprapartidários,

adotada no Rio de Janeiro, em

outros seis Estados onde tem

o apoio de dissidentes do

PMDB e do PSB.

Para evitar problemas com

a Justiça Eleitoral – já que

PMDB e PSB apoiam Dilma

Rousseff (PT) e Eduardo Cam-

pos (PSB), respectivamente,

na disputa nacional –, a cam-

panha tucana não usará a ima-

gem de candidatos a governa-

dor desses partidos na campa-

nha de Aécio. Fará uma distri-

b u i ç ã o c o n j u n t a , m a s

separada, dos "santinhos". Is-

so acontecerá em Pernambu-

co, Ceará, Piauí, Espírito San-

to, Rio Grande do Norte e San-

ta Catarina.

Em São Paulo, Campos pro-

duziu folhetos com a imagem

dele e do governador tucano

Geraldo Alckmin.

A campanha de Aécio optou

pela distribuição casada do

material. Ou seja, em Pernam-

buco, o "santinho" de Aécio se-

rá entregue junto com o do

candidato a governador Paulo

Câmara (PSB), que apoia

Campos, mas tem o PSDB em

sua coligação no Estado. As-

sim como no Rio, com material

d e Lu i z Fe rn a n d o Pe z ã o

(PMDB) e de Aécio. No Ceará, o

mesmo se dará com o candi-

dato do PMDB, Eunício Olivei-

ra, e em Santa Catarina, com o

governador Raimundo Colom-

bo (PSD).

"Se eles (PSB) estão tirando

casquinha do governador Ge-

raldo Alckmin em São Paulo,

vamos fazer um trabalho se-

melhante em outros Estados",

disse o coordenador geral da

campanha de Aécio, senador

Agripino Maia (DEM-RN).

Ontem, Aécio se reuniu na

capital paulista com o candi-

dato peemedebista ao gover-

no capixaba, Paulo Hartung, e

o senador Ricardo Ferraço

(PMDB) para acertar a parce-

ria com ela no Estado. Na se-

gunda-feira, haverá reunião

em um hotel em SP com todos

os 27 coordenadores regio-

nais de campanha.

DILMÃONo Rio, nove dos dez prefei-

tos dos municípios fluminen-

ses com o maior número de

eleitores declararam apoio ao

movimento "Dilmão"–Dilma e

Pezão. O "Dilmão" promoveu

ontem um jantar com cerca de

300 convidados em uma chur-

rascaria em São João de Meriti,

Baixada Fluminense, como

resposta ao lançamento no es-

tado da candidatura de Aécio,

semana passada, em Queima-

dos, também na Baixada. O

evento foi o pontapé inicial da

campanha de Dilma no Rio.

Segundo o prefeito de Du-

que de Caxias, Alexandre Car-

doso (sem partido), da coorde-

nação do "Dilmão", as nove ci-

dades com prefe i tos que

apoiam Dilma – Rio, São Gon-

çalo, Caxias, Nova Iguaçu, Ni-

terói, Campos, Belford Roxo,

São João de Meriti e Volta Re-

donda – são 65% do eleitora-

do. " Não estamos preocupa-

dos em lotar a churrascaria,

queremos mostrar a adesão

de prefeitos. Vamos apresen-

tar prestação de contas de Dil-

ma no estado e mostrar a im-

portância da reeleição", disse

Cardoso, em alusão ao almoço

do movimento "Aezão" que

reuniu 1.800 pessoas no Rio.

Para evitar problemas com

os demais candidatos ao Palá-

cio Guanabara da base aliada

da presidente Dilma, a coorde-

nação da campanha de Dilma

promoverá eventos com Lind-

bergh Farias (PT), Marcelo Cri-

vella (PRB) e Anthony Garoti-

nho (PR). (Agência Globo)

Se eles (PSB) estãotirando casquinhade Geraldo Alckmin,vamos fazerum trabalhosemelhante emoutros Estados.AGRIP INO MAIA

'Dilma, ande comigo', diz Garotinho.Pezão, Garotinho, Crivella e Lindbergh dividirão palanque com Dilma

Amenos de 10 Km da

churrascaria onde a

presidente Dilma Rous-

seff (PT) e o candidato ao Palá-

cio da Guanabara Luiz Fernan-

do Pezão (PMDB) se reuniram

ontem com prefeitos da Baixa-

da Fluminense, o candidato

Anthony Garotinho (PR) cum-

priu agenda de campanha, ,

na Praça da Matriz. Apesar da

proximidade, o candidato do

PR ao governo do Rio negou

que a escolha tenha sido al-

gum tipo de provocação ao

movimento 'Dilmão' – que de-

fende no Rio as candidaturas

de Dilma e Pezão.

Após ter pleiteado um en-

contro com Dilma, Garotinho

afirmou que interlocutores da

presidente já prosseguiram

com a negociação para conci-

liar as agendas. A proposta é

que Dilma e Garotinho se reú-

nam no sábado ou domingo da

próxima semana. "A minha

proposta de agenda para Dil-

ma é que ela ande comigo na

rua, porque eu não faço even-

to fechado, como o Pezão. Co-

mo ele não pode sair nas ruas,

fica marcando jantar, encon-

tro fechado, esse tipo de coi-

sa", alfinetou Garotinho.

Hoje o coordenador geral da

campanha de Dilma, Rui Fal-

cão, deve se encontrar com os

outros três candidatos da base

aliada: Garotinho, Lindbergh

Farias e Marcelo Crivella.

Segundo pesquisa recente

do Datafolha, os eleitores que

declaram voto em Garotinho

para governador do Rio estão

divididos entre os presiden-

ciáveis Dilma e Pastor Everal-

do (PSC). (Agência Globo)

Aeroporto já motivou ação deimprobidade administrativa do MP

Oaeroporto da fazenda

que pertenceu ao ex-

prefeito Múcio

Guimarães Tolentino, tio-avô

do senador e presidenciável

Aécio Neves, já era alvo do

Ministério Público muito

antes de o tucano destinar

R$ 13,9 milhões do governo

mineiro para construir ali

uma pista de asfalto.

Múcio é réu em ação de

reparação de danos ao erário

por ter usado verba pública,

também do governo mineiro,

para abrir uma pista de terra

batida no local em 1983.

A partir daquele ano o

então governador, Tancredo

Neves, avô de Aécio, fez

repasses para a prefeitura de

Cláudio, então dirigida por

Múcio, seu cunhado. O

dinheiro, cerca de Cr$ 30

milhões, foi usado na fazenda

do próprio Múcio para a

construção do aeroporto com

pista de terra batida.

Em 2009, quando Aécio era

governador, o Estado de

Minas voltou a investir na

fazenda. Desapropriou o

terreno do aeroporto e injetou

R$ 13,9 milhões na

construção de uma pista de

asfalto no local. O aeroporto

ainda não tem autorização da

Agência Nacional de Aviação

Civil (Anac) para funcionar,

mas, segundo relato de um

parente de Aécio, o candidato

tucano já pousou e decolou

dali várias vezes.

Aécio, suas irmãs e sua

mãe também têm uma

fazenda em Cláudio, a cerca

de 6 km do aeroporto. Múcio,

contesta o valor de R$ 1

milhão oferecido pelo Estado

de Minas pela desapropriação

da área e Aécio nega

irregularidades nas obras.

A ação civil sobre o repasse

de verba pública para a

construção da pista de terra

foi apresentada pelo MPE em

2001, pedindo o bloqueio de

bens de Múcio, a quebra de

sigilo bancário e a

condenação do ex-prefeito

por improbidade, além do

ressarcimento de danos.

Os pedidos foram

atendidos, mas, segundo o

Tribunal de Justiça de Minas, a

maior parte das acusações já

prescreveu. A exceção é a

reparação de danos ao erário,

pena que ainda pode ser

imposta a Múcio.

Segundo o MP, a obra foi

feita sem licitação, por meio

do convênio 971/83, firmado

entre Tancredo e Múcio.

Conforme a promotoria, o

"dinheiro estadual para

construção do Campo de

Aviação veio pela ordem da

autoridade de Tancredo de

Almeida Neves, governador

do Estado neste período".

A ação diz que vereadores

do município tentaram

buscar a documentação

relativa ao caso e

constataram que os recursos

foram pagos à Construtora

Brasil S/A, mas não houve

prestação de contas dos juros

da conta, que não aparecem

nos extratos de pagamentos

e duplicatas relativos ao

convênio. (EC)

H O S P I TA I S FILANTRÓPICOS

Ministro do STF suspende dívidada Santa Casa de Maceió

Situação dos hospitais do País vem à tona por paralisação da Santa Casa de SP

Oministro Ricardo

Lewandowski, do

Supremo Tribunal

Federal (STF), suspendeu

dívida de R$ 6 milhões da

Santa Casa de Misericórdia

de Maceió com a União. Na

decisão, o ministro entendeu

que a execução imediata do

débito, sem decisão

definitiva, colocaria em risco

o atendimento à população. A

decisão vale até que o mérito

da liminar seja julgado.

Por determinação do

Tribunal de Contas da União

(TCU), a Santa Casa foi

condenada a devolver aos

cofres públicos R$ 6 milhões

(valor atualizado), por

irregularidades na aplicação

dos recursos do Sistema

Único de Saúde (SUS), em

2001 e 2002.

No recurso, os advogados

alegaram que uma decisão

da Justiça de Alagoas,

assinada em 2004,

homologou um acordo entre

a Santa Casa e o município de

Maceió para pagar o débito,

na época, R$ 1,2 milhão.

A situação dos hospitais

filantrópicos em todo o País

veio à tona por causa da

paralisação no atendimento

da Santa Casa de

Misericórdia de São Paulo,

que interrompeu, segunda-

feira, o serviço de pronto-

socorro devido à falta de

dinheiro para compra de

materiais hospitalares.

Anteontem, a Secretaria

Estadual de Saúde de São

Paulo repassou R$ 3 milhões

à Santa Casa e o atendimento

voltou ao normal. A dívida

soma R$ 400 milhões.

Uma das possibilidades

para aumentar a arrecadação

dos hospitais filantrópicos do

País é serviço em que o

paciente paga uma diferença

em dinheiro para melhorar o

tipo de acomodação e para

contratar um profissional de

sua preferência. A prática

conhecida como "diferença

de classe", está proibida

desde 1991 e será julgada

pelo STF.

O ministro Dias Toffoli é o

relator do processo, que

ainda não tem data para ser

julgado. (Agências)

Chioro e Alckmin trocam acusaçõesÉ o que afirma o ministro da Saúde, rebatendo Alckmin que culpou a União.

Oministro da Saúde,

Arthur Chioro, rebateu

as críticas do

governador Geraldo Alckmin

(PSDB) e disse que o governo

de São Paulo deixou de

transferir para Santa Casa de

São Paulo R$ 74,7 milhões

que foram repassados pelo

governo federal entre janeiro

de 2013 e maio deste ano.

"Há uma tentativa de

partidarizar o problema.

Talvez as afirmações do

governador sejam uma

maneira de transferir para o

ministério a responsabilidade

sobre a crise", afirmou.

Chioro disse que a

diferença entre o que foi

repassado pelo governo

federal para o Estado e o que

o governo paulista

efetivamente entregou para

a Santa Casa foi identificada a

partir de informações da

Secretaria de Saúde de SP.

Segundo ele, em 2013, o

governo federal destinou

para cofres paulistas

R$ 291.390.567,11. Mas

desse total, R$ 237.265.012

teriam sido entregues pelo

governo de SP para SC.

Este ano, dos R$ 126,3

milhões transferidos pelo

ministério, R$ 105,76 milhões

chegaram à

instituição federal.

Chioro informou que soube

das dificuldades da Santa

Casa na terça-feira, uma hora

antes de a instituição

interromper o atendimento

de emergência. "Recebi com

perplexidade tal informação.

Assumi dia 2 de fevereiro,

nunca fui procurado para

debater sobre a crise".

Ele descartou a

possibilidade de a crise ter

como ponto de partida a falta

de reajuste na tabela SUS

para procedimentos. "A

Santa Casa recebe 101% a

mais do que essa referência.

Há incentivos. Estamos em

dia com repasses". Segundo

ele, R$ 74,7 milhões sanam a

dívida: " O que não se pode

fazer é usar o tema como

disputa política". (Agências)

sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

DIÁRIO DO COMÉRCIO:ONDE SEU NEGÓCIO ATINGE QUEM PRECISA!

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O ministro partiu de um pressuposto falso, que repetido, passou como se fosse verdadeiro.Edson Ribeiro, advogado de Nélson Cerveró.

Cerveró vai responsabilizar DilmaDefesa de ex-diretor da Petrobras afirma que a presidente do conselho na época (então Dilma) deveria ter solicitado mais informações sobre a compra de Pasadena.

Apresidente Dilma

Rousseff será o alvo

da defesa do ex-dire-

tor da Petrobras,

Nestor Cerveró, em sua argu-

mentação contra a decisão do

Tribunal de Contas da União

(TCU) de responsabilizar a anti-

ga diretoria pela compra da re-

finaria de Pasadena em condi-

ções desfavoráveis à estatal.

Presidente do conselho de

administração da empresa na

época da decisão de compra

da usina, Dilma foi inocentada

de qualquer responsabilidade

pelo Tribunal, que considerou

que a presidente não teve o

acesso devido às informações

sobre as condições do contra-

to. Em contrapartida, na quar-

ta-feira, o TCU responsabili-

zou os diretores pela aquisi-

ção e decidiu pelo bloqueio

dos seus bens.

O argumento do advogado

de Cerveró, Edson Ribeiro, é

que, pelo estatuto da empre-

sa, o conselho de administra-

ção é o único responsável por

qualquer aquisição. Ele cita

trechos do estatuto que exi-

gem do presidente do conse-

lho tomar conhecimento dos

detalhes das negociações. "O

presidente do conselho pode

pedir esclarecimentos sobre

os contratos. O resumo execu-

tivo é meramente uma apre-

sentação, um suplemento ao

que é obrigatório".

Dilma, em resposta à repor-

tagem do jornal O Estado de S.Pa u l o , de março deste ano, dis-

se não ter sido informada de

cláusulas do contrato consi-

deradas inapropriadas. São

elas a de Put Option, que prevê

que, em caso de desentendi-

mento entre os sócios, a Petro-

bras seria obrigada a adquirir

a totalidade das ações da refi-

naria; e a Marlim, que determi-

na que a Astra Oil, então sócia

da estatal na usina, teria a ga-

rantia de retorno financeiro de

6,9% ao ano.

"O ministro relator foi indu-

zido ao erro. Ele partiu de um

pressuposto falso, que inúme-

ras vezes repetido, passou co-

mo se fosse verdadeiro. É falsa

a declaração de Dilma de que

o resumo executivo das condi-

ções de compra de Pasadena

era técnica e juridicamente fa-

lho. Essa argumentação aca-

bou responsabilizando quem

não deveria ser responsabili-

zado, os diretores", argumen-

tou Ribeiro.

Ele diz que a diretoria, na

época, encaminhou a docu-

mentação sobre as condições

do contrato à secretaria-geral

da Petrobras, que tem como

obrigação encaminhá-la ao

conselho para apreciação. E

contesta: "Se a secretaria não

encaminhou, os conselheiros

não poderiam ter decidido pe-

la compra".

Além de atacar o conselho

de administração da Petro-

bras, o advogado de Cerveró

centrou fogo também no mi-

nistro José Jorge, relator do

processo no TCU. Por meio de

petição apresentada ontem,

ele tentará invalidar a decisão

do Tribunal de responsabilizar

os diretores, com o argumento

de que o ministro não poderia

ocupar a posição de relator,

por já ter sido membro do con-

selho da Petrobras.

"Ele foi presidente do con-

selho de administração da Pe-

trobras em 2001 e 2002, tem

interesses em sua decisão.

Não basta o julgador ser um

homem honesto e íntegro. Ele

precisa parecer. Para isso, não

deveria ser julgador", disse Ri-

b e i ro. (Estadão Conteúdo)

Divulgação

Pasadena, esse imbróglio estoura em época de eleições, exatos oito anos mais tarde.

Ed Ferreira/Estadão Conteúdo

É falsa a declaraçãode Dilma de que oresumo executivodas condições decompra dePasadena eratécnica ejuridicamente falho.EDSON RIBEIR O, A DVO G A D O

Defesas individuais no novo processo

APetrobras divulgou na

tarde de ontem nota

sobre a decisão do

Tribunal de Contas da União

(TCU) que cita 11 gestores da

empresa em novo processo

sobre possíveis

irregularidades na compra da

refinaria de Pasadena, nos

Estados Unidos. De acordo

com a estatal, a decisão de

quarta-feira da corte de contas

prevê o início de um processo

"no qual será dada a

oportunidade, pela primeira

vez, de defesa individual de

cada um dos gestores

mencionados". A empresa

esclareceu ainda que o início

de um novo processo não

significa que o TCU "tenha

promovido neste momento

qualquer condenação

desses gestores".

Na quarta-feira, o plenário

do tribunal aprovou relatório

que aponta prejuízo de

US$ 792 bilhões à Petrobras

com a aquisição de Pasadena.

Na leitura do tribunal, os

possíveis responsáveis pelo

prejuízo seriam 11 diretores

da empresa na época do

negócio, entre eles o ex-

presidente da estatal, José

Sérgio Gabrielli, o ex-diretor

da área internacional, Nestor

Cerveró, e o ex-diretor de

abastecimento, Paulo

Roberto da Costa.

A culpa dos ex-dirigentes

será analisada em novo

processo, chamado de

tomada de contas especial

(TCE). Os bens dos diretores

listados no caso ficarão

bloqueados e, se confirmadas

as culpas, o tribunal pedirá o

ressarcimento dos valores à

Petrobras. Pela decisão do

TCU, ficam excluídos do novo

processo, inicialmente, os

membros do Conselho de

Administração da estatal na

época da compra de

Pasadena, entre eles a

presidente Dilma Rousseff.

Em nota, a Petrobras

confirma defesa apresentada

ao TCU em janeiro de 2014 e

afirma que no novo processo

"assegurará a defesa dos

seus gestores, presentes e

passados, quanto aos atos

decorrentes do exercício das

suas funções". (EC)

Parecer favorável à presidente

Os u b p ro c u r a d o r- g e r a l

da República,

Humberto Jaques

de Medeiros, considerou

como "improcedente"

representação dos

advogados da campanha

presidencial de Aécio Neves

(PSDB), que acusa a

presidente Dilma Rousseff de

ter feito propaganda eleitoral

antecipada em evento no

último dia 1º de julho.

Na ocasião, ela participou

de comemoração da marca

de 520 mil barris de petróleo

extraídos do pré-sal. Para os

advogados do PSDB, houve

promoção de sua imagem por

meio do elogio "à própria

atuação frente a demandas

junto à Petrobras" e ataque

"à gestão do grupo político

que seu principal adversário

representa nas eleições

gerais deste ano".

Para o subprocurador, que

atua na condição de auxiliar

da Procuradoria-Geral

Eleitoral, na solenidade

comemorativa da estatal,

apenas foi celebrado o

atingimento das metas.

"Não houve menção ao

pleito eleitoral, sequer

indiretamente, e tampouco

divulgação de candidatura",

afirma Medeiros no parecer.

"O fato de a chefe do

Estado, falando pela nação,

afirmar ter estado sempre

ao lado otimista e confiante

não denota exaltação pessoal

ou ênfase na sua condição

gerencial do País... no

presente caso, a chefe de

Estado prestou seu

testemunho sobre os

capítulos da história

empresarial que presenciou",

acrescenta em outra parte

do parecer o subprocurador.

O parecer será

encaminhado ao Tribunal

Superior Eleitoral (TSE), que

dará a palavra final sobre o

caso. (Estadão Conteúdo)

TSE

Sauer se diz 'perplexo' por serresponsabilizado pela compra

Em 2007, ele avisou: "petróleo é campo de dramáticas disputas (...) políticas".

Mesmo com a decisão

do Tribunal de Contas

da União (TCU) de

inocentar a presidente Dilma

Rousseff pelo prejuízo de

US$ 792 milhões com a

compra da refinaria de

Pasadena quando ela era

presidente do conselho de

administração da Petrobras e

ministra de Minas e Energia,

o candidato a presidente

Aécio Neves (PSDB) pretende

manter as críticas durante

toda a campanha de que ela é

uma má gestora e focará na

"responsabilidade moral" da

petista sobre o caso.

"Existem muitos níveis de

responsabilidade. No sentido

jurídico, que implica em

ressarcimento ao dano, ela

foi inocentada. Mas e a

responsabilidade moral? Ela

não se reunia com a direção

da empresa para discutir

receita de bolo ou resultado

de futebol, né?", opinou o

candidato a vice na chapa

de Aécio, senador Aloysio

Nunes (PSDB-SP).

A ideia é mostrar, inclusive

na tevê, que a imagem de boa

gestora com a qual o ex-

presidente Lula recomendou

Dilma para emplacá-la como

sua sucessora na eleição

passada não se confirmou

não só nesses três anos de

governo, mas que nunca

existiu, nem mesmo quando

ela era ministra na gestão

anterior. A decisão de manter

a estratégia de abordar o

aspecto moral de Dilma

ocorre em meio ao primeiro

significativo questionamento

ético da campanha tucana:

a revelação de que Aécio,

quando governador,

desapropriou um terreno

dentro da fazenda de seu

tio e autorizou a construção

de uma pista para aviões

na propriedade rural, que

fica próxima também a

sua fazenda.

O coordenador nacional do

comitê de Aécio, senador José

Agripino (DEM-RN) explica os

argumentos. "Ela era vendida

pelo Lula como uma gestora

que participa e conhece

todos os pontos daquilo que

comanda, então essa

imagem falece com a

responsabilização, pelo TCU,

da equipe que ela manteve

em seu governo. Na

campanha, isso será

colocado para que o eleitor

não vote em gato por lebre".

A estratégia adotada por

Aécio continuará sendo a de

não personificar na

presidente, pois acreditam

que esse tipo de ofensiva

desagrada o eleitor. Portanto,

quando o tucano foca a

artilharia nos fracassos do

governo petista, isso inclui a

explicação do prejuízo de US$

800 durante a gestão do PT.

Perplexidade – O ex - d i re t o r

de Gás e Energia da Petrobras

Ildo Sauer disse ter ficado

"perplexo" com a notícia de

que havia sido

responsabilizado pelo

Tribunal de Contas da União

(TCU) pela compra, em

condições desfavoráveis, da

refinaria de Pasadena, no

Texas (EUA).

Especialista em energia

nuclear e atualmente

professor da USP, o ex-diretor

esteve na Petrobras no

período de 2003 a 2007.

Ao deixar a empresa,

divulgou uma carta na qual

ressaltou sua militância no PT

e, em tom de desagravo com

a sua saída inesperada,

afirmou que "o setor de

petróleo é um campo de

dramáticas disputas

econômicas e políticas".

Ele foi substituído pela atual

presidente da petroleira,

Graça Foster. (EC)

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014

ONU: Brasil tem avanço tímido no IDH.País avançou só uma posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elaborado pelas Nações Unidas. Ficamos atrás da Argentina e Venezuela.

OBrasil subiu uma co-

locação no Índice

de Desenvolvimen-

to Humano (IDH)

2013. O relatório, divulgado

ontem pelo Programa das Na-

ções Unidas para o Desenvol-

vimento (PNUD), mostra o País

em 79º lugar entre 187 na-

ções. Com essa classificação,

o Brasil continua sendo consi-

derado como país de alto de-

senvolvimento humano.

Especialistas da ONU dizem

que o avanço discreto do Bra-

sil no ranking se deve à crise fi-

nanceira internacional que co-

meçou em 2008, à desigual-

dade de renda e ao crescimen-

to acelerado de países que só

agora começaram a criar polí-

ticas de combate à extrema

pobreza, como Ruanda.

Além do Brasil, apenas 37

países alcançaram uma colo-

cação melhor que no ano pas-

sado. No geral, o ranking do

PNUD retrata um período de

pouca mudança: 114 nações

mantiveram posições con-

quistadas em 2012 e outras 35

tiveram desempenho pior.

O pequeno crescimento ob-

tido pelo País, no entanto, se

perde quando se faz uma aná-

lise de um período maior. O re-

latório mostra que no período

entre 2008 e 2013 –período da

crise financeira internacional

–, o País caiu quatro posições.

Dentre os países do Brics (os

emergentes Brasil, Rússia, Ín-

dia, China e África do Sul), o

Brasil é o único que apresenta

a queda. No mesmo período, a

África do Sul subiu duas posi-

ções; Índia avançou uma, a

Rússia manteve a colocação.

Para o coordenador do siste-

ma das Nações Unidas no Bra-

sil, Jorge Chediek, o fato de o

Brasil ocupar apenas a 79° po-

sição no ranking, atrás dos vi-

zinhos Chile (41°), Argentina

(49°), Uruguai (50°) e Vene-

zuela (67°), é resultado de pro-

blemas históricos. "O passivo

é enorme. Não podemos es-

quecer que o Brasil apresen-

tou melhoras consistentes

nos últimos 30 anos", justifi-

cou. "Em 1980, a média de

tempo de escola do brasileiro

Do grupo, a China foi a que

mais cresceu, de acordo com o

relatório: 10 posições.

Três quesitos – De sen vol vi-

do há 24 anos pelo PNUD, o ín-

dice tem uma escala de 0 a 1.

Quanto mais próxima de um,

melhor a situação do país. O

Brasil alcançou índice 0,744.

Noruega, a primeira colocada,

0,944. O pior indicador foi do

Níger: 0,337. As notas são da-

das a partir da avaliação de

três quesitos: saúde, educa-

ção e rendimento.

Renato Costa/EC

Crítica: os ministros Tereza Campello (Desenvolvimento Social) e Arthur Chioro (Saúde) contestam os dados.

79ºcolocação é a

posição atual doBrasil no ranking doIDH, elaborado porprograma da ONU.São avaliados 187países. O primeiro

da lista é a Noruega.

era a de 2,6 anos e a expecta-

tiva de vida, de 62,7 anos."

O que garantiu ao Brasil

avançar uma colocação no

ranking, avaliou Chediek, foi a

educação. O relatório deste

ano mostra que uma criança

no Brasil tem expectativa de

estudar 15,2 anos, a melhor

entre os países do Brics. O Bra-

sil se destaca também na ex-

pectativa de vida ao nascer:

hoje de 73,9 anos.

Ministros – Três ministros do

governo Dilma questionaram

o relatório das Nações Unidas

que classifica o País como 79º

colocado no ranking do IDH,

afirmando que os indicadores

de saúde e educação estão de-

satualizados. Sem disfarçar a

irritação, eles apresentaram

um relatório alternativo em

que o Brasil subiria 11 posi-

ções, passando a figurar como

país de desenvolvimento hu-

mano muito alto. Participaram

da entrevista os ministros da

Saúde, da Educação e do De-

senvolvimento Social e Com-

bate à Fome.

O governo afirma que o IDH

brasileiro é 0,764, superior

aos 0,744 calculados pelo

PNUD. De acordo com os mi-

nistros, a esperança de vida ao

nascer do brasileiro é 74,8

anos, ao contrário dos 73,9

apontados pelo PNUD. Os

anos esperados de escolari-

dade são 16,3, em vez dos

15,2. No caso da esperança de

vida ao nascer, o governo afir-

ma que a ONU adotou dados

de 2010. O ministro da Saúde,

Arthur Chioro, citou ainda a re-

dução dos índices de mortali-

dade infantil no País. (EC)

FOGO, AREIA E ÁGUA – Um incêndio destruiu ontem uma metalúrgica em São Bernardo do Campo,no ABC paulista. Ninguém ficou ferido. Os bombeiros usaram areia, inicialmente, para combater ofogo porque a empresa trabalha com alumínio em pó, o que em contato com água produz gás tóxico.

Alessandro Valle/EC

Professor é preso por vandalismoe associação com os black blocs

Um professor de portu-

guês e inglês da rede

estadual, Jefte Rodri-

gues do Nascimento, de 30

anos, foi preso na manhã de

ontem pela Polícia Civil de São

Paulo suspeito de ter partici-

pado da depredação de uma

agência bancária durante

uma manifestação ocorrida

no dia 19 de junho em São Pau-

lo, convocada pelo Movimen-

to Passe Livre (MPL). A agência

depredada é do Citibank e fica

na Avenida Rebouças.

Segundo o diretor do Depar-

tamento Estadual de Investi-

gações Criminais (Deic), Wag-

ner Giudice, o professor con-

fessou ter depredado o banco.

O docente não tinha antece-

dentes criminais e foi preso

depois que foi expedido um

mandado de prisão temporá-

ria dele, com prazo de cinco

dias, por associação crimino-

sa e dano qualificado. As pe-

nas podem atingir entre qua-

tro e oito anos de reclusão.

A polícia apresentou a jor-

nalistas imagens que mos-

tram uma pessoa, de costas,

perto da agência bancária,

pronta para arremessar al-

gum objeto. "Ele viu as ima-

gens e confirmou que era ele",

disse o delegado.

S in i nh o – Um tumulto mar-

cou a libertação no Rio de Ja-

neiro dos ativistas Igor Pereira

D'Icarahy, Elisa Quadros Pinto

Sanzi, conhecida como Sini-

nho, e Camila Aparecida Ro-

drigues Jourdan, presos há 13

dias no Complexo Penitenciá-

rio de Gericinó, em Bangu, zo-

na oeste da cidade. Manifes-

tantes tentaram impedir que

fotógrafos registrassem a saí-

da dos ativistas do presídio.

A saída dos três ativistas

ocorreu 24 horas depois da

concessão do habeas corpus

pela Justiça do Rio. Um oficial

de Justiça chegou à unidade às

16 horas com o alvará de soltu-

ra para liberar os três manifes-

tantes. Sob aplausos e pala-

vras de ordem contra a im-

prensa e a polícia, cerca de 30

manifestantes aguardaram

durante todo o dia a saída dos

presos. O tumulto começou

quando Sininho seguia escol-

tada pelos manifestantes até

um carro. (Agências)

Mário Angelo/EC

Rodrigues: ataque ao Citibank.

Justiça manda comprarremédio a base de maconha

para garoto de 7 anos

Uma decisão da

Justiça obriga o

governo estadual de

São Paulo a fornecer para

um menino de 7 anos de

São Carlos, município do

interior paulista, um

medicamento que é

derivado da maconha. A

criança sofre com crises

convulsivas e o remédio,

cuja comercialização é

proibida no Brasil, precisa

ser importado de países

como os Estados Unidos.

A ação foi impetrada pela

Defensoria Pública e a

decisão, divulgada

somente ontem, foi

proferida no fim de junho. A

liminar obriga o Estado a

fornecer a medicação

Canabidiol (CBD), que é

uma substância química

encontrada na maconha e

que tem propriedades

médicas para tratar

diversas doenças que

afetam o sistema nervoso.

Para justificar o pedido,

foram anexados laudos

médicos ao processo,

mostrando que a criança

tem o problema desde os

seis meses de vida e já foi

submetida a diversos

tratamentos. Inclusive, os

remédios disponíveis no

mercado brasileiro foram

usados em dose máxima e

sem resultado satisfatório.

O menino tem todos os dias

cerca de 30 convulsões.

Licença especial – O uso do

Canabidiol foi

recomendado pela equipe

médica após esgotadas

todas as outras opções. O

problema é que, por ser

proibido no Brasil, somente

pode ser importado pela

Anvisa (Agência Nacional

de Vigilância Sanitária) e,

ainda assim, mediante de

uma licença especial.

Para o defensor público

Jonas Zoli Segura, a decisão

é muito importante devido

à gravidade da patologia

que acomete o menino.

Segundo ele, recentemente

outra criança morreu nas

mesmas condições clínicas

enquanto aguardava a

importação do remédio.

A Justiça deu 30 dias de

prazo para que a decisão

seja cumprida, sob pena de

multa de R$ 500 por dia. A

Secretaria Estadual da

Saúde informou que vai

pedir um tempo maior para

cumprir a decisão. Isso em

razão de o Canabidiol não

fazer parte da lista definida

pelo Ministério da Saúde

para distribuição na rede

pública e por não ter

registro na Anvisa.

Pe s q u i s a – Um grupo de

professores de medicina da

Universidade de São Paulo

(USP) de Ribeirão Preto, que

estuda o Canabidiol desde

os anos 1970, divulgou um

documento em que pede a

legalização da substância

no Brasil. A utilização

controlada do Canabidiol

para fins médicos mostrou-

se eficaz também no

tratamento da fobia social

— um tipo de transtorno

psiquiátrico incapacitante,

que atinge cerca de 13%

dos brasileiros, segundo

pesquisa realizada no

Hospital das Clínicas da

Faculdade de Medicina de

Ribeirão Preto. Comprovou-

se que a substância

extraída da maconha

possui efeito ansiolítico,

reduzindo, sobretudo, o

medo de falar em público

em pessoas que possuem

fobia social.

A tese de doutorado do

pesquisador Mateus

Bergamaschi foi orientada

pela professora Regina

Queiroz e pelo professor

José Alexandre Crippa,

ambos da USP. (Agências)

Menino precisa do Canabidiol para tratar as crises de convulsão

sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

UCRÂNIAMais 74 corpos devítimas do voo daMalaysia Airlinespartem à Holanda

N O RU E G APolícia reforçasegurança apósreceber alerta deataque terrorista

Com oBrasil, aguerra édiplomática.Itamaraty rebate crítica de Israel, que teriaqualificado o Brasil de 'anão diplomático' porchamar para consultas seu embaixador emTel-Aviv por causa do conflito na Faixa de Gaza.

Oministro das Rela-

ções Exter iores,

Luiz Alberto Figuei-

redo, rebateu on-

tem as declarações do porta-

voz da Chancelaria de Israel,

que teria chamado o Brasil de

"anão diplomático" ao criticar a

decisão do País de chamar para

consultas seu embaixador em

Tel-Aviv por causa da ofensiva

militar israelense contra a Faixa

de Gaza. Em evento em São

Paulo, o ministro também reba-

teu nota da Chancelaria israe-

lense que afirmou que a deci-

são brasileira ignorava o direito

de Israel de se defender.

"Somos um dos 11 países do

mundo que têm relações diplo-

máticas com todos os mem-

bros da ONU e temos um histó-

rico de cooperação pela paz e

de ação pela paz internacional.

Se há algum anão diplomático,

o Brasil não é um deles", disse o

ministro. "Não contestamos o

direito de Israel de se defender,

jamais contestamos isso. O que

contestamos é a desproporcio-

nalidade das coisas."

De acordo

com a agência

de notícias pa-

lestina Ma' anNews, 116 pa-

lestinos foram

m o r t o s p o r

ataques israe-

lenses em Ga-

za ontem, ele-

vando a 797 o

número de pa-

lestinos mor-

tos desde o

início da ofen-

siva; no mes-

mo período,

32 soldados

i sr a e le n se s

foram mortos

por foguetes

disparados desde Gaza.

Reação israelense - Mais ce-

do, o Ministério das Relações

Exteriores israelense havia

reagido às críticas feitas pelo

Brasil à postura de Israel no

conflito com os palestinos na

Faixa de Gaza. As autoridades

israelenses chamaram o País

de "anão diplomático".

"Essa é uma demonstração

lamentável de por que o Bra-

sil, um gigante econômico e

cultural, continua sendo um

anão diplomático", disse o

porta-voz Yigal Palmor, on-

tem, de acordo com o jornal

The Jerusalem Post.Em nota, o Ministério das Re-

lações Exteriores israelense

declarou estar "desapontado"

com a decisão do governo bra-

sileiro que, segundo o órgão,

"não reflete o nível das relações

entre os dois países e ignora o

direito de Israel se defender".

O documento diz ainda que a

atitude brasileira não contribui

para promover "a calma e a es-

tabilidade" no Oriente Médio e

que dá "vento favorável" ao ter-

rorismo, além de "naturalmen-

te afetar a capacidade do Brasil

de exercer influência".

"Israel espera apoio de seus

amigos em sua luta contra o Ha-

mas, que é reconhecido como

uma organização terrorista por

muitos países ao redor do mun-

do", afirma o documento divul-

gado no site do Ministério de

Relações Exteriores de Israel.

As declarações israelenses

seriam uma reação a uma no-

ta divulgada na quarta-feira

pelo Itamaraty na qual afirma

que o País considera "inaceitá-

vel" o conflito e chamou para

consultas o embaixador brasi-

leiro em Tel-Aviv, Henrique

Sard inha. "Condenamos

energicamente o uso despro-

porcional da força por Israel na

Faixa de Gaza, do qual resul-

tou elevado número de víti-

mas civis, incluindo mulheres

e crianças", dizia a nota da

Chancelaria brasileira.

Amigos - Figueiredo ressaltou

ontem que o fato de Brasil e Is-

rael serem países amigos não

os impede de discordar em al-

guns assuntos. Ele ainda lem-

brou que em comunicado divul-

gado na semana passada o país

já tinha condenado o Hamas

pelos ataques com foguetes a

Israel e que isso não mudou.

"Israel se queixa de que, na

última nota, não repetimos es-

sa condenação (ao Hamas). A

que já tínhamos feito perma-

nece. Isso se mantém. Não há

dúvida. Não pode haver dúvi-

da sobre isso", disse.

O chanceler acrescentou

que em ambas as notas o Bra-

sil pede um imediato cessar-

fogo para as duas partes, e

não só para Israel. (Agências)

Mohammed Saber/EFE

Palestinos observam escombros de uma casa destruída após um ataque aéreo israelense em Al Tufah, na Faixa de Gaza.

Se háalgumanãodiplomático,o Brasilnão é umdeles.LUIZ AL B E RTO

FIGUEIREDO

Nas ruas, o apoio é para Israel.Comunidade israelita de SP critica posição 'unilateral' do Itamaraty

Cerca de 500 pessoas,

segundo estimativa da

Polícia Militar (PM), par-

ticiparam na noite de ontem de

um ato convocado pela Fede-

ração Israelita de São Paulo a

“favor da paz e pelo direito de

Israel se defender”. O grupo

reuniu-se na Praça Cinquente-

nário de Israel, em Higienópo-

lis, bairro conhecido como um

reduto judeu na capital paulis-

ta. No início da atividade, os or-

ganizadores fizeram um apelo

para que, caso houvesse a pre-

sença de defensores do Hamas

–grupo islâmico que controla a

Faixa de Gaza –, os participan-

tes evitassem conflitos.

Em defesa de Israel, os mani-

festantes ergueram bandeiras

do país, fizeram orações e can-

taram. "A gente sente que exis-

te uma desinformação de parte

da sociedade de que Israel é

agressor, mas o que ele está fa-

zendo é se defendendo. Ne-

nhum Estado aceitaria ser ata-

cado por 2 mil mísseis em um

mês e não reagiria”, disse Ri-

cardo Berkiensztat, presidente

executivo da federação. Ele dis-

se que lamenta as mortes dos

civis, mas acredita que é legíti-

ma a ação do Estado judeu.

Para ele, o motivo para que

haja mais mortes entre os pa-

lestinos é o fato de que eles são

usados como escudos huma-

nos pelo Hamas, além da gran-

de densidade populacional.

Berkiensztat criticou a posi-

ção do governo brasileiro em

considerar que há "uso des-

proporcional da força" por par-

te de Israel, conforme declara-

ção do Itamaraty.

"O Brasil sempre primou pelo

equilíbrio e foi um país respeita-

do por todos os lados, que não

toma partido em uma disputa.

Com uma posição unilateral

perde essa condição e, pior, im-

porta um conflito que não é nos-

so", apontou. Ele teme que isso

possa acirrar os ânimos entre

árabes e judeus no Brasil. (ABr)

'Vou, masvolto na semana

que vem.'

Moisés Rabinovici*

Chamado de volta aoBrasil, o embaixadorbrasileiro em Israel me

disse, a caminho do aeroportode Tel-Aviv: "Vou, mas volto nasemana que vem... O Itamaratyquer só mostrar irritação com ogoverno israelense".

O embaixador era Vasco Mariz;o chanceler, Azeredo da Silveira;e o presidente, Ernesto Geisel.O motivo: o jornal E stadão e s t avapublicando uma série dereportagens sobre o envio deurânio para o Iraque de SaddamHussein, em junho de 1981.

A denúncia do E stadão,também publicada pelo TheG uardian, em Londres, eraassinada pelo jornalistaBernardo Kucinski. Outro jornalbrasileiro, porém, publicou quea informação não passava deuma intriga do Mossad, oserviço secreto israelense.

O Brasil, nessa época, prezavatanto os negócios com o Iraqueque não vendia mais carros nem

ônibus para Israel. Mesmo aajuda gratuita israelense paraflorescer o Nordeste brasileiro,como fez com o deserto doNegev, acabou desprezada.

Os negócios Brasil-Israelincomodavam o mundo árabe.Para dar uma demonstraçãode "independência", ochanceler Azeredo da Silveiraaproveitou a informação deque o Mossad espalhava a"fofoca" do urânio para umaexplosão atômica diplomática.

A verdade era outra, comodepois soube pelo próprioembaixador Vasco Mariz. Haviaalgum tempo que o Itamaratyqueria protestar contra Israel.Mas as vezes em que tomou adecisão faltou-lhe oembaixador, em férias no Brasilou ocupando o posto emChipre, que acumulava.

A notícia do envio de urânioenriquecido para o Iraque, noE stadão, saiu com fotos deaviões iraquianos estacionadosem área isolada nos aeroportosdo Rio e São Paulo. "Talvez issotenha levantado a suspeita",disse Vasco Mariz de volta aIsrael duas semanas depois deter partido.

(*Moisés Rabinovici foicorrespondente em Israel)

Nem escolada ONU époupada

Newton Santos/Hype

Manifestantes fazem ato em São Paulo pelo direito de Israel de se defender diante dos ataques palestinos

Pelo menos 17 civis mor-

reram ontem, entre

eles várias crianças, e

mais de 200 ficaram feridos

em um bombardeio que atin-

giu uma escola da Organiza-

ção das Nações Unidas (ONU)

em Beit Hanoun, no norte da

Faixa de Gaza. Testemunhas

no território palestino disse-

ram que os projéteis proce-

diam de Israel, enquanto o

Exército do país assegurou

que os mísseis foram lançados

pelo grupo islamita Hamas.

O secretário-geral da ONU,

Ban Ki-moon, se disse horro-

rizado com o ataque. "Muitos

têm sido mortos, incluindo

mulheres e crianças, assim

como funcionários da ONU",

disse ele em comunicado.

"As circunstâncias ainda não

estão claras. Eu condeno for-

temente este ato."

Mais tarde, Ban chegou ao

Egito onde teria uma reunião

com o secretário de Estado

norte-americano, John Kerry,

que tem trabalhado para se

chegar a um cessar-fogo.

O porta-voz de Kerry disse

que o ataque contra a escola

"destaca a necessidade de

acabar com a violência".

Mas não havia sinal de pro-

gresso na obtenção de uma

trégua após quatro dias da

presença dele na região.

Funcionários da área da

saúde de Gaza disseram que

um tanque israelense dispa-

rou contra a escola.

Já Israel disse que está in-

vestigando o incidente. O te-

nente-coronel Peter Lerner

disse que havia uma possibi-

lidade de a escola ter sido

atingida por foguetes desgo-

vernados do Hamas. "Pode

ser fogo errante das Forças

de Defesa de Israel, ou fogue-

tes lançados por terroristas

de Gaza, mas ainda não sa-

bemos, ainda há um ponto de

interrogação", disse ele à

Reuters TV.

Um porta-voz da agência

de assistência da ONU disse

que tentou, em vão, organi-

zar uma retirada de civis da

escola com o Exército de Is-

rael e observou relatos da

queda de foguetes do Hamas

na área ao mesmo tempo.

Até agora, mais de 790 pa-

lestinos, dentre eles muitos ci-

vis, morreram desde o início

do conflito em 8 de julho. Do la-

do israelense, 32 soldados,

dois civis e um trabalhador tai-

landês morreram. (Agências)

Abir Sultan/EFE

Israelenses acompanham funeral de soldado morto no conflito

ABr

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014

Célio Messias/VIPCOMM

OS TEMPOS FELIZES DA SELEÇÃO JÁ ESTÃO DE VOLTA

A perseverança criativa do engenhei-

ro Carlos Augusto Marconi, 64 anos,

divulgada na semana passada em

uma reportagem da Folha de S. Paulo,

está provocando entusiasmado boca-a-boca en-

tre amantes do futebol no YouTube. Após 14 anos

de trabalho, ele reconstituiu através da telecina-

gem , isto é, digitalização de filmes antigos, da

qual é especialista, o jogo completo entre Brasil 5

X Suécia 2, no qual nós fomos, em Estocolmo,

campeões mundiais pela primeira vez. Ele apro-

veitou, fomentando a nostalgia, vozes de consa-

grados locutores esportivos que transmitiram

aquela final – entre eles Jorge Cury (Rádio Nacio-

nal) e Pedro Luiz (Rádio Bandeirantes) – para irra-

diar a partida. Trata-se de algo inédito e, desco-

briu-se, muito desejado pelas emoções brasilei-

ras. Ao coincidir com o recente vexame da Sele-

ção, a iniciativa parece fazer parte de um

capricho traçado pelo destino para encerrar uma

página vitoriosa , iniciada naquele longínquo ano

de 1958. Por outra coincidência, o vitorioso técni-

co Rubens Minelli, 86 anos foi, como se verá

adiante, uma peça emblemática nessa trajetória

que já ganha ares de um passado feliz contra-

pondo aos dias difíceis do presente.

Em 1958, ele era um treinador promissor de 30

anos que cuidava das equipes de base do Palmei-

ras e do selecionado da Fupe (Federação Paulista

Universitária de Esportes) nos torneios acadêmi-

cos. Ressalte-se que ele próprio era universitário,

aluno de uma faculdade particular de Economia

em São Paulo. De lá para cá, à semelhança do es-

crete canarinho, Minelli foi se aperfeiçoando e co-

lecionando títulos em dezenas de clubes daqui e

de fora, dos quais o tricampeonato brasileiro pelo

Internacional (1974/76) tornou-se a conquista

mais reluzente, sobretudo lendária – a equipe

gaucha trazia à memória os bons tempos do San-

tos de Pelé. Informalmente, o técnico ganhou o

status de oráculo entre os colegas e jornalistas es-

portivos. E de certo modo, foi testemunha privile-

giada do nosso desastre na Copa de 2014.

Na véspera da

partida entre Brasil e

Chile, realizada no

Mineirão no último

dia 28 de junho, Mi-

nelli , a convite do

técnico Luiz Felipe

Scolari, foi dar uma

palestra aos jogado-

res da Seleção no

hotel em que se hos-

pedavam. Em princi-

pio, deveria ser algo

motivacional apoia-

do na sua longa ex-

periência profissio-

nal. Mas, ao tomar o

pulso do grupo, Mi-

nelli preferiu trilhar outro caminho. Era preciso

aliviá-los da carga de pressões constatada. "Es-

tavam mexidos psicologicamente. Pareciam es-

tar sob lavagem cerebral, comprometidos com

obrigações patrióticas, com apelos de crianças,

de familiares etc. Minha palavra principal foi de

que não se deixassem esmagar pela responsabi-

lidade." Os sete a um impostos pela Alemanha in-

dicam que Minelli não conseguiu demovê-los.

Após a goleada, Minelli telefonou para Felipão

no sentido de lhe oferecer um conforto amigo, ao

saber que ele estava se remoendo amargamen-

te. Lembrou-o que, quando técnico da Ferroviá-

ria, da cidade de Araraquara, havia perdido para

a Ponte Preta, de Campinas, por 8 X 2 nos anos 90.

Embora a comparação pareça imprópria devido

ao desnível entre as equipes, houve uma simila-

ridade que nenhum técnico pode combater, seja

na terceira divisão ou numa Copa do Mundo: a

perda coletiva da razão sob o impacto de um re-

vés inaceitável, como foi a ameaça de elimina-

ção da Copa ao primeiro gol dos alemães. Nessas

ocasiões, cada jogador passa a buscar soluções

heroicas e individuais para resolver o problema,

produzindo o desmantelamento do esquema tá-

tico, cujo desfecho é o desastre.

No entanto, segundo entende Minelli, o des-

tino, sempre caprichoso, faz remeter ao ano de

1958 para oferecer uma sinalização animadora

ao futebol brasileiro. "Quem vê as imagens de

Pelé naquela Copa, descobre um rapaz confian-

te e seguro apesar dos verdes 17 anos, chaman-

do o jogo para si. Pede que lhe entreguem a bola

para decidir. É uma postura que vai além das ha-

bilidades futebolísticas. Eu vi em Neymar, nesta

Copa, as mesmas virtudes." Talvez seja por isso

que os deuses do futebol providenciaram a con-

tusão que tirou Neymar do jogo contra a Alema-

nha, de modo a protegê-lo do vexame inevitá-

vel. A propósito, Pelé não teve a mesma sorte em

1966, quando o Brasil foi eliminado logo de iní-

cio na Copa da Inglaterra. Mas, naquela altura,

Pelé já estava em voo cruzeiro, enquanto Ney-

mar ainda está completando sua decolagem.

Avião com116 pessoasa bordo caino Saara

Tempestade teria provocado acidente comaeronave da Air Algérie, dizem autoridades.

Um avião da compa-

nhia aérea Air Algé-

rie caiu ontem quan-

do seguia de Burki-

na Faso para a Argélia, com 110

passageiros e seis tripulantes a

bordo. Após a realização de in-

tensas buscas, os destroços da

aeronave foram encontrados

perto da aldeia de Boulikessi,

no Mali, a cerca de 50 quilôme-

tros de Burkina Faso, segundo o

general Gilbert Diendere, as-

sessor do presidente Blaise

Compaoré e chefe do comitê

criado para investigar o voo.

"Enviamos homens com o

consentimento do governo do

Mali e eles encontraram os

destroços do avião com a aju-

da dos moradores da área",

disse Diendere. "Eles encon-

traram restos humanos e os

destroços do avião totalmen-

te queimados e dispersos."

O avião, um McDonnell Dou-

glas MD-83 pertencente à com-

panhia espanhola Swiftair que

operava o voo para Air Algérie,

caiu em uma região desértica,

por volta das 1h50 locais

(22h50 de Brasília), segundo as

fontes das autoridades burqui-

nenses, detalhou Diendere.

A agência de notícias esta-

tal argelina AP S disse que as

autoridades locais perderam

contato com o voo AH5017

uma hora depois de ele deco-

lar de Ouagadougou, capital

de Burkina Faso, rumo a Argel,

capital da Argélia.

Há poucas indicações do que

pode ter ocorrido, mas o minis-

tro dos Transportes de Burkina

Faso, Jean Bertin Ouedrago,

disse que, pouco antes de su-

mir dos radares, o avião pediu

para mudar de rota por causa

de uma tempestade na área.

Ouagadougou fica pratica-

mente numa linha reta ao sul

de Argel, passando pelo Mali,

onde há confrontos com rebel-

des no norte. No entanto, uma

graduada autoridade france-

sa disse que parece imprová-

vel que os combatentes te-

nham armas que poderiam

derrubar um avião.

O representante da Air Algé-

rie em Burkina Faso, Kara Terki,

informou à imprensa que a lista

de passageiros inclui 50 france-

ses, 24 burquinenses, oito liba-

neses, quatro argelinos, dois lu-

xemburgueses, um belga, um

suíço, um nigeriano, um cama-

ronês, um ucraniano e um ro-

meno. Ele não especificou as

nacionalidades dos demais.

No entanto, um porta-voz

da entidade que congrega pi-

lotos da Espanha, a Sepla, dis-

se que os seis tripulantes

eram espanhóis.

O desastre com o avião da

Air Algérie eleva o nervosismo

no setor, já que um avião da

Malaysia Airlines foi derruba-

do sobre a Ucrânia na semana

passada e um outro, da Tran-

sAsia Airways, caiu durante

uma tempestade na quarta-

feira em Taiwan. Além disso,

várias companhias aéreas

cancelaram seus voos para

Tel-Aviv por causa do conflito

na Faixa de Gaza. (Agências)

Ali Hashisho/Reuters

Parente mostra imagem no celular de Randa Daher, passageira libanesa que estaria a bordo do avião da Air Algérie que caiu no norte da África.

Fotos: Reprodução

Aeroporto de Ouagadougou/Reuters

Mapa mostra região onde o voo AH5017 fez contato com a torre de controle pela última vez

sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

O estado daBonny Doon

VINTHOLOGYO

crítico inglês

Hugh Johnson es-

creveu na apresenta-

ção de Been Doon SoLong (University of Ca-

lifornia Press/2009),

de Randall Grahm,

que o vinho também

precisa de palavras

em seu caminho entre

ser notado e – aqui a

melhor parte – bebido. Grahm tem palavras ori-

ginais para o mundo de jargões dos críticos e se

arrisca também na ficção vinícola, com textos

como "Da Vino Commedia: The Vinferno".

FREE THE GRAPESU

m mapa no si-

te do movi-

mento 'Free the

Grapes' mostra co-

mo andam as leis

da venda de vinhos

nos Estados Uni-

dos. Cada estado

tem uma legislação específica em relação à ven-

da direta das vinícolas aos consumidores. Al-

guns estados, graças a poderosos lobbies, man-

têm os revendedores como peças fundamentais

do mercado. 'Free the Grapes' em

w w w. f re e t h e g r a p e s . o rg /

Co m a solenidade dos presidentes dos Estados

Unidos ao discursarem anualmente sobre “o

estado da Nação”, o vitivinicultor californiano

Randall Grahm acaba de escrever “o estado da Doon”.

A Bonny Doon é sua festejada propriedade na Califór-

nia, de onde saem vinhos orgânicos cultuados no mun-

do inteiro. Pois Randall Grahm confessa (leia em

www.beendoonsolong.com/): quase perdeu a vinícola

para credores insensíveis a seus projetos de longo pra-

zo. Diz ainda que a Bonny Doon ainda procura seu ru-

mo, abalado depois que Grahm vendeu, e isso já há cer-

ca de 8 anos, dois dos rótulos que o levaram ao sucesso:

Big House e Cardinal Zin. E os vendeu por ideologia, já

que estes vinhos passaram a ser produzidos em escala,

como outro vinho qualquer, e isso contrariava sua filo-

sofia de produção limitada e mais cuidadosa.

Randall Grahm é um performista (chegou a promo-

ver o funeral de um corpo feito de “contaminantes” ro -

lhas naturais, em nome do avanço das rolhas sintéti-

cas). É também um reconhecido pensador do vinho na-

tural, reverenciado por seus textos, parte deles reunida

na sua divertida "vinthology" Been Doon So Long. Gos-

tam dele tanto o aristocrático crítico inglês Hugh John-

son como o escritor americano (mais para beatnik) Jay

McInerney. O crítico-biólogo Jamie Goode, autor de

Science of Wine, diz que Grahm é um gênio. Vem daí a

surpresa pelo “e s t a d o” revelado da Bonny Doon.

Randall Grahm faz vinhos biodinâmicos, gosta de

experimentação, e não abre mão das teorias do edu-

cador Rudolf Steiner, pensando sua propriedade de

maneira holística. Como um dos mais antigos rhône -ranger (assim são conhecidos os agricultores que plan-

tam as castas francesas do Vale do Rhône na América),

já apareceu com chapéu de cowboy na capa da WineSpectator. Um de seus vinhos cult é o Cigare Volant, ela-

borado com as uvas Mourvèdre e Carignane dos vinhe-

dos de Contra Costa. E a ideia é sempre produzir blends

ou vinhos varietais que melhor expressem os terrenos.

Para cada um desses vinhos, sem-

pre um rótulo criativo e fora dos pa-

d rõ e s .

A menina dos olhos de Grahm é o

projeto Popelouchum, que prevê a

criação de novas variedades de

uvas em terras perto de San Juan

Bautista, cidade originada de uma

antiga missão jesuítica. Popelou-

chum será um jardim do Éden, onde

serão desenvolvidas, em cruza-

mentos, hibridizações e experiên-

cias genéticas, cerca de 10 mil no-

vas variedades –“um dos mais im-

portantes projetos da história re-

cente do vinho”, como o valoriza Grahm. Popelouchum

é a palavra indígena da tribo dos Mutsun que alude a

paraíso. Como já escrevi aqui, Grahm tem seguido os

conselhos desses índios, como o jejum de contempla-

ção e interação com o território dos vinhedos. E não

despreza os devas, guias da natureza capazes de indi-

car as melhores ações de equilíbrio, harmonia e ordem

para a construção de um jardim perfeito.

Popelouchum, entretanto, está

em banho maria, já que não é “mo -

n et iz á ve l ” e é “ligeiramente arris-

c a d o”. Aguarda a solidificação de

novos resultados da empresa a par-

tir do que Graham chama de “re -

b ra nd i ng ”. No “estado da Doon”,

Grahm informa que a vinícola já

saiu do vermelho. Um dos movi-

mentos importantes foi remapear

os mercados consumidores, tumul-

tuados após a venda dos rótulos

mais célebres. Uma distribuição

inacreditavelmente difícil nos EUA,

com estados ainda em regime de

Lei Seca, e com uma cadeia de negócios que prevê a

obrigatoriedade dos "intermediários". Randall Grahm,

como muitos vinicultores do seu país, luta para vender

livremente seus vinhos diretamente aos consumido-

res de cada estado americano. E gostaria de estar com

a mão na terra, cuidando das parreiras, mas tem, por

ora, de passar tempo em aviões e quartos de hotel en-

quanto não é atendido por ferozes atacadistas.

José Guilherme R. Ferreiraé membro da Academia Brasileira de Gastronomia e

autor de Vinhos no Mar Azul – Viagens Enogastronômicas(Editora Terceiro Nome)

ATENÇÃO CINÉFILOS: SÁBADO (26), ÀS 14H, O SESC VILA MARIANA EXIBIRÁ O FILME FALE COM ELA, DE PEDRO ALMODÓVAR. E É DE GRAÇA.

G A S T RO N O M I A

Festa da sopa para aquecer

Fotos: Divulgação

Criações especiais,em dois festivais:

do Terraço Itália (esq.) e dotradicional Ceagespp,

tendo comovedete a de cebola gratinada

(acima, esq.) e algumasreceitas-surpresas.

Lúcia Helena de Camargo

Para combater o frio, vai bem

um prato de sopa quente.

Nesta época do ano os res-

taurantes promovem festivais

nos quais é possível provar diver-

sos sabores, pagando um preço fi-

xo. Escolhemos dois festivais que

valem a pena.

A vista é o melhor

No tradicional Terraço Itália o

festival, que segue até 27 de agos-

to, oferece, no Bar do Terraço, de

segunda a quarta-feira, a partir

das 19h, quatro sabores de caldos

e sopas, que mudam a cada dia.

Para acompanhar, há o bufê de

frios, queijos e pães. Alguns sabo-

res: sopa de cebola alla Fiorentina,

pappa al pomodoro, minestrone,

caldo de ervilha e sopa de batata

com bacalhau.

O charme é tomar sua sopa no

alto do 41º andar do prédio. E um

trio toca jazz ao vivo para emba-

lar a noite. Custa R$86 por pes-

soa. Bebidas, sobremesas, taxa

de serviço e estacionamento

(R$25, com manobrista) são co-

brados à parte. Nos demais dias

da semana, as sopas podem ser

pedidas à la carte, no restauran-

te do Terraço Itália.

Terraço Itália Restaurante. Ave-

nida Ipiranga, 344. 41° andar.

Centro. Telefone para reservas:

2189-2929. w w w. te r r a c o i t a-lia.com.br.

Festival no Ceagesp

Mais popular e animado em

outro estilo, acontece o Festival

de Sopas do Ceagesp. Até 24 de

agosto, funciona na quarta,

quinta e domingo, das 18h à

meia noite. Na sexta e no sába-

do, começa às 18h e segue até 2h

da madrugada. O bufê custa

R$29,90 por pessoa. Os antepas-

tos são cobrados por peso. Bebi-

das, sobremesas e serviço pagos

à parte.

Os sabores mudam toda sema-

na, com exceção da sopa de cebo-

la, que é servida todos os dias. E al-

gumas outras têm dia certo para

aparecer, como a canjica doce, to-

da quarta; e a sopa de chocolate

com frutas, aos domingos.

Nesta semana, até domingo

(27) a vedete é a sopa de pedra.

Exótica, a receita é adaptada da

culinária portuguesa. O Ceagesp

prefere não revelar os ingredien-

tes, mas quem tomá-la no local

vai descobrir. Se preferir não ar-

riscar, pode se servir de creme

de berinjela com queijo roque-

fort, caldo de pinto com quirela e

capeletti in brodo.

O restaurante está montado no

antigo prédio do Unibanco. A en-

trada é pelo portão 4 da Ceagesp

(Avenida Dr. Gastão Vidigal, Vila

Leopoldina). O estacionamento

custa R$5. w w w. fe st i va ld e so pa s-ceagesp.com.br.

Monty Python no MISN

este final de semana, o MIS

reúne o melhor da "sessão da

tarde" e todos os filmes de Montty

Python no Festival Cinema de Cul-

to. É uma boa saída para quem se

assustar com o tamanho da fila da

exposição hit do Castelo Rá-Tim-

Bum.

Hoje, às 18h30, e sábado (26),

às 21h, começa a sessão de A Vidade Brian, (1979), clássico da trupe

hilária do Monty Python. No sába-

do (26), às 19h, é a vez de M ontyPython Almost the Truth – Thelawyer ’s cut (2009) , documentário

de 2009 que conta a história do

grupo. O festival também traz fil-

mes exibidos até a exaustão na te-

levisão, e muito queridos pelo pú-

blico. Destaque para Curtindo a Vi-da Adoidado (1980), hoje, às

16h30; Os Caça Fantasmas (1984),

hoje às 20h30; e Os Goonies (1985)

, às 15h de sábado.

Final desemanaanimado

A família Simpson

tem muito o que

comemorar: chegou ao

500° capítulo. O jeito

da FOX, que exibe o

desenho no Brasil,

festejar esse feitio é

agradando a seus fãs.

No domingo (27), às

20h, eles poderão

curtir cinco capítulos

seguidos do desenho.

A maratona começa

com a família sendo

despejada de

Springfield e termina

com o capítulo em que

Bart faz o diretor

Skinner ser demitido.

No sábado (26), às

7h, a HBO exibirá uma

boa animação, desta

vez, com um apelo

menos adulto.

Em Hotel Transilvânia,

Drácula é um pai coruja

que tenta

proteger sua filha dos

humanos, que

acredita serem

do mal.

Também no sábado,

a FOX aposta em

Rango, animação sobre

um camaleão que vive

como um animal de

estimação,

até o dia em que seu

terrário cai no deserto.

Às 16h.

S a i de i r adas f ériasescolaresEste é o último final de

semana de férias para

muitas crianças. Uma

dica é aproveitar a

programação infantil do

Itaú Cultural, que é

gratuita e está bem

interessante. No sábado

(26) e no domingo (27),

às 16h, começa o show

Gangorra, projeto

musical de Vange e Yuri

Lepetit. O casal irá

apresentar 13 canções

sobre o cotidiano com

direito a pequenas cenas

teatrais e instrumentos

feitos de materiaias

re c i c l á v e i s .

Dança:inscriçõesabertas.A partir de segunda

(28) o Núcleo Dança

Aberta abre inscrições

para a terceira edição da

Oficina de Dança

DanceAbility. O método

utiliza o improviso como

troca artística entre

pessoas com e sem

deficiência. São 15

vagas. As inscrições

podem ser feitas até 13

de agosto, pelo site

w w w. n u c l e o d a n ç aaberta.com.

Prelúdio , conc ur-

s o d e m ú s i c a

erudita de calouros

da TV Cult ura (já na

8ª edição) realiza a

3ª e a 4ª eliminató-

r ias gr avadas de

2014, c o m a pa rtici-

pação do público. As

sessões serão co-

m a n d a d a s p e l o

maestro Júl io Meda-

glia e da radialista

Roberta Martinelli.

Piano, flauta, canto,

violão, violencelo e

percussão são os ins-

trumentos a serem

ouvidos nas perfor-

mances deste fim de

semana. Para fazer

parte da plateia bas-

ta increver-se no site

d o p r o g r a m a

(cm ais. com.b r/pr elu-dio), enviar e-mail

para pre lú dio a@ tv-cultura.com.br ou li-

gar para (11) 2182-

3474. Theatro SãoPe d r o . Rua Barra Fun-

da, 171. A partir das

13h. Sábado (26).

Grátis.

Prelúdio:gravações

nestesábado.

12 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014

.T..URISMO

Mergulhono passado

Mergulhador nada aolado de uma réplica decanhão do século XVIIno parque submarinode Losinj, na Croácia.

O parque conta ahistória das

ilhas da região.

.P..R AT I C I D A D E

O espelhoque faz selfies

Já que a maioria dos

selfies nas redes sociais

são feitos diante do

espelho, por que não

simplificar? A empresa

iStrategy Labs, dos EUA,

inventou um espelho

que faz selfies – é só

ficar parado diante dele

– e ainda posta a foto no

Tw i t t e r.

istrategylabs.com

.F..UTEBOL

CBF cria museuinterativo no Rio

Cem anos de história da

seleção brasileira são

contados através de

imagens, tecnologia e

interatividade no Museu da

CBF, que abrirá ao público

em 1º de agosto na sede da

entidade, no Rio de Janeiro.

O museu conta as histórias

das primeiras Copas do

Mundo, do primeiro

fracasso do Brasil em casa,

a perda do título de 1950

para o Uruguai com

narrações dos gols nas

vozes dos locutores de

rádio e TV da época.

http://goo.gl/9h4VHY

.L..I T E R AT U R A

Inédito de JoãoUbaldo sai este ano

A Editora Objetiva

planeja lançar até o fim do

ano Noites Lebloninas, livro

de contos que João Ubaldo

Ribeiro deixou inacabado.

A edição comemorativa

dos 30 anos de Viva o PovoBrasileiro, o clássico do

escritor, no fim do ano,

pode servir de mote para a

publicação do livro inédito.

Romancista por aptidão

natural e cronista por

profissão, João Ubaldo

Ribeiro pouco escreveu

contos em suas mais de

cinco décadas de

atividade.

.E..SPOR TES

Vo a n d oalto

A ginasta Mimi Isabella Cesar, da equipe feminina da Inglaterra, em um salto

realizado ontem, durante a apresentação com a fita nos Jogos da

Commonwealth, que acontecem em Glasgow, Escócia.

.A..RQUEOLOGIA

Cristãos na InglaterraAnel do século III encontrado em

uma casa de banho em Binchester,

Inglaterra, pode ser um dos mais

antigos vestígios da presença de

cristãos na Grã-Bretanha.

.L..OTERIAS

Concurso 3543 da QUINA

25 36 42 45 52

.C..IÊNCIA

Brasil colabora em telescópio giganteO

Brasil contribuirá com

US$ 40 milhões para

garantir sua participa-

ção no Telescópio Gigante Ma-

galhães (GMT, na sigla em in-

glês), um dos maiores telescó-

pios do mundo, que será cons-

t r u í d o n o C h i l e p o r u m

consórcio internacional.

A participação representa

cerca de 4% do valor do proje-

to e garante a pesquisadores

brasileiros 4% do tempo de

operação do GMT, assim como

uma cadeira no conselho do

consórcio que operará o apa-

relho, informou a Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado

de São Paulo (Fapesp).

Os astrônomos brasileiros

terão acesso a um telescópio

que aumentará em cerca de

30 vezes o volume de informa-

ções disponíveis atualmente

para os telescópios em opera-

ção, segundo a Fapesp.

O GMT será instalado no Ob-

servatório Las Campanas, na

região do Atacama, na Cordi-

lheira dos Andes, próximo à ci-

dade chilena de Vallenar – re -

gião privilegiada para obser-

vações astronômicas por con-

ta da al t i tude de mais de

2.500m, da escuridão do céu

do hemisfério Sul e do clima

seco, e entrará em operação

plenamente em 2021.

Buracos negros – O telescó-

pio, de 25,4 metros de diâme-

tro, terá área coletora de fó-

tons cem vezes maior que a do

telescópio espacial Hubble, e

a nitidez das imagens, no in-

fravermelho, será dez vezes

superior. Com ele, será possí-

vel investigar a formação de

estrelas e galáxias após o Big

Bang, medir a massa de bura-

cos negros; descobrir plane-

.C..R I AT I V I D A D E

BorboletárioAlgodão, tecido, tintas,

bordados e fitas. É assim

que Yumi Okita cria

borboletas e insetos

gigantes inspirados em

espécies reais.

http://goo.gl/iNq2PP

Bocas letradas"Oral:phabet" é o nome

desta criação do designer

Takayuki Ogawa, do Japão:

um alfabeto em 3D.

As esculturas,

feitas em argila, recriam

diversas expressões

labiais –

possíveis e

impossíveis

– como

letras do

a l f a b e t o.

http://goo.gl/zxWkHD

Nasa descobretrês exoplanetas

O telescópio espacialHubble, da Nasa, localizoutrês exoplanetas onde hávapor d'água. Os planetas,HD 189733b [na imagem],HD 209458b e WASP-12bestão a algo entre 60 e 900anos-luz da Terra.

tas em torno de outras estre-

las semelhantes à Terra e estu-

dar a natureza da matéria e da

energia escura.

A participação brasileira no

projeto poderá ser maior caso

prosperem as negociações da

Fapesp com o Ministério de

Ciência, Tecnologia e Inova-

ção, afirmou o coordenador

dos Centros de Pesquisa da Fa-

pesp, Hernan Chaimovich.

"Há um grande interesse

das duas partes para que pes-

quisadores de todos os esta-

dos do Brasil (não apenas os

de São Paulo) possam aprovei-

tar o telescópio".

A participação também dá

direito a empresas brasileiras

de participar das licitações pa-

ra os contratos de construção

do telescópio.

O astrofísico João Evange-

lista Steiner, pesquisador do

Instituto de Astronomia, Geo-

física e Ciências Atmosféricas

(IAG) da Universidade de São

Paulo (USP), assegura que a

participação no projeto garan-

te aos astrônomos brasileiros

"que a comunidade astronô-

mica brasileira estará na van-

guarda por muitas décadas,

com grandes oportunidades

de descobertas científicas,

atraindo novos talentos e tam-

bém levando inovação para a

nossa indústria por meio de

parcerias internacionais".

Entre outras instituições

participantes do GMT estão as

universidades norte-america-

nas de Arizona, Harvard, Chi-

cago e Texas, a Astronomy

Australia Limited, o Carnegie

Institution for Science, o Smi-

thsonian Institution e o Korea

Astronomy and Space Science

Institute. (EFE)

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sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

RECORDE DA VALEA Vale anunciou ontem que o segundo trimestre

deste ano foi o melhor de sua história para a produçãode minério de ferro: 79,4 milhões de toneladas,

12,6% acima do mesmo período de 2013,

FMI concorda: PIB do Brasil mais baixo.A economia crescerá

1,3% este ano, segundoo Fundo MonetárioInternacional, que

estimava umaexpansão de 1,9%.

Stephen Jaffe/FMI

Para Blanchard,a desaceleração,

no País, "estámais relacionada

à demandainterna".

Pelo mundo todo, previsõessão reavaliadas.

Indústria cai do azulao vermelho

Estimativa de 1,7% de expansão do setor neste ano murchou para um recuo de0,5%. Por isso, também foi reavaliado o crescimento do PIB, de 1,8% para 1%.

Agência Vale

OFundo Monetário Inter-

nacional (FMI) acompa-

nhou os principais agen-

tes de mercado e a pró-

pria equipe econômica brasileira e

reduziu, pela quinta vez consecuti-

va, a projeção de crescimento do

Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil

em 2014. De acordo com as novas

previsões do relatório trimestral

"Perspectivas para a Economia

Mundial", divulgadas ontem na Ci-

dade do México, a economia brasi-

leira crescerá 1,3% este ano, 0,6

ponto percentual abaixo da estima-

tiva de abril. A redução foi da mes-

ma magnitude na estimativa para

2015, que passou a 2%.

O corte na projeção para o Brasil

está entre os maiores do relatório do

Fundo, que destaca as principais

economias do planeta. O País é

acompanhado por México (2,4% de

crescimento em 2014, contra 3%

anteriormente) e África do Sul

(1,7%, contra 2,3% na versão de

abril). Em pior situação aparecem

apenas os EUA –que sofreram com o

inverno rigoroso do primeiro trimes-

tre, registrando retração significati-

va no período – e a Rússia, afetada

por conflitos geopolíticos. Nos dois

casos, a previsão foi derrubada em

1,1 ponto percentual.

Não são apenas os números que

confirmam o momento desalenta-

dor da economia brasileira, mas

também a dinâmica da desacelera-

ção, segundo o economista-chefe

do Fundo, Olivier Blanchard. “A

questão está mais relacionada à de-

manda interna. O investimento e o

consumo estão fracos. E nós acha-

mos que esta fragilidade marcará

não apenas este ano, mas se esten-

derá ao próximo”, afirma.

Outros países, como o México, es-

tão sendo afetados pela expansão

mais lenta de economias como a

dos Estados Unidos.

Casa desarrumadaNo relatório, o FMI afirma que a

confiança de investidores e das fa-

mílias nos rumos do Brasil está aba-

lada, o que justifica o pé no freio de

seus desembolsos. A equipe de

Blanchard alerta ainda que o País

sente os efeitos do aperto nas condi-

ções financeiras globais, que signifi-

ca menos capitais disponíveis e cus-

to mais elevado de financiamento.

Essa situação não está sanada,

diz o FMI. Uma vez definido para ou-

tubro o fim do programa de estímu-

los americano, os mercados agora

se dedicam à especulação sobre o

momento em que o Federal Reserve

(Fed, banco central dos EUA) volta-

rá a subir a taxa básica de juros lo-

cal, atraindo os capitais que nos úl-

timos anos inundaram economias

emergentes como a brasileira.

Neste cenário, emergentes com a

casa desarrumada – o Brasil tem

condições fiscais deterioradas e lu-

ta para derrubar a inflação alta –de-

verão sofrer mais. Podem ser alvo

do mau humor acentuado do mer-

cado e ter menos espaço para exe-

cutar as políticas públicas necessá-

rias. Em casos de pouca margem de

manobra, recomenda o FMI às na-

ções emergentes, é hora de fazer o

dever de casa.

“O primeiro (desafio) é realizar re-

formas para reequilibrar as econo-

mias e fortalecer o crescimento. Al-

guns países, notadamente o Méxi-

co, já estão embarcando em refor-

mas ambiciosas, que deverão

ajudar a impulsionar investimentos

e expansão. O segundo é se adaptar

à mudança do ambiente econômico

mundial. (...) Investidores estran-

geiros estão

m e n o s c o n-

de scen dent es

e as fragilida-

des macroe-

conômicas te-

r ã o c u s t o

maior. Turbu-

lências finan-

ceiras como as

d e m a i o d e

2013 poderão

ocorrer nova-

m en t e” , ad-

v e r t e B l a n-

c h a rd .

(AgênciaO Globo)

Adesaceleração do Brasil

não é um caso isolado. O

desempenho da

economia global entre

janeiro e março e os resultados do

início do segundo trimestre

revelaram ritmo mais fraco do que

o esperado tanto nas nações

emergentes quanto nas ricas. Por

isso, o FMI revisou de 3,7% para

3,4% a estimativa de crescimento

mundial em 2014, com

recuperação a 4% em 2015.

A previsão para o conjunto dos

países ricos caiu 0,4 ponto

percentual este ano, para 1,8%,

movimento influenciado

especialmente pelos EUA, que

amargou uma queda estrondosa

de 2,9% no seu PIB entre janeiro e

março. A economia americana

deverá expandir-se 1,7%, contra

2,8% estimados anteriormente.

“Mas essa é uma história

passada. Daqui em diante, o cenário

é de recuperação, não mexemos na

previsão (dos EUA) de 2015, por

exe m p l o”, explica Blanchard.

Na zona do euro, foi mantida a

previsão de expansão de 1,1%,

apesar de Itália e França estarem

operando abaixo do esperado. O

Japão caminhou na direção

contrária e teve forte resultado

entre janeiro e março, e por isso a

projeção do FMI foi elevada em 0,3

ponto, para 1,6% em 2014.

“O fortalecimento dos países ricos

ainda não está completo, e não se

vê uma recuperação muito forte

adiante. Por isso é preciso que as

políticas monetárias

(expansionistas, com estímulos e

juros baixos) continuem ajudando

na retomada e seja ajustada de

forma muito gradual adiante.

Esperamos que EUA e Reino Unido

recuperem-se antes, enquanto na

zona do euro e no Japão o processo

será mais longo”, detalha Gian

Maria Milesi-Ferretti, vice-diretor do

Departamento de Pesquisas do FMI.

Stephen Jaffe/FMI

Milesi-Ferretti:“For talecimentodos países ricosainda não estácompleto".

Apesar de uma redução menor

na expectativa de crescimento

conjunto (0,2 ponto, para 4,6%

este ano) das nações emergentes

e em desenvolvimento, o grupo

registrou uma cascata de revisões

negativas no relatório trimestral

do Fundo. A Rússia deverá crescer

apenas 0,2% em 2014, após as

tensões geopolíticas afetarem a

confiança e congelarem

investimentos.

Para a China, o recuo foi

modesto, de 0,2 ponto, para uma

alta de 7,4% do PIB este ano. A

avaliação do FMI é a de que Pequim

está conseguindo calibrar a

rearrumação doméstica, migrando

de forte investimento para

consumo. Na Índia, a expectativa é

que a moderação dos

investimentos no período eleitoral

seja revertida, assim como perdas

na agricultura durante o regime de

chuvas. A economia indiana teve a

projeção de crescimento mantida

em 5,4% em 2014. ( AG )

Mercado externo,saída possível diantede tombos internos.

Abaixa da atividade

econômica em geral e da

indústria em particular,

começa a provocar o

reestudo de prioridades em

grandes empresas. A

Usiminas, por exemplo, que

desde o ano passado dava

maior atenção ao mercado

interno, mais rentável do que

o externo, inverteu a mão. No

segundo trimestre, a

participação das exportações

nas vendes totais cresceu

para 15% por cento, ante 9%

de um ano antes.

"A grande maioria dos

setores industriais está

sendo impactada pela

desaceleração econômica

evidenciada no segundo

trimestre", disse ontem o

vice-presidente comercial,

Sergio Leite, ao apresentaro

do resultados da empresa no

segundo trimestre: lucro de

R$ 129 milhões, 42% abaixo

do resultado do primeiro

t r i m e s t re .

A Usiminas, segundo Leite,

prevê vendas estáveis de aço

no terceiro trimestre em

relação ao volume de 1,456

milhão de toneladas

comercializadas entre abril e

junho, mas vai dedicar

parcela maior dessas vendas

ao mercado externo. Ele não

detalhou tal parcela, mas

citou que o tombo de 17% na

produção das montadoras de

veículos no primeiro

semestre foi algo que a

empresa não via há muito

tempo. (Reuters)

Também a

Confederação

Nacional da

Indústria (CNI)

reduziu sua estimativa de

crescimento do PIB

brasileiro para 1%, bem

abaixo do 1,8% previsto

a n t e r i o rm e n t e .

O pessimismo é causado

pela expectativa dos

industriais de que o setor

terá um péssimo resultado

neste ano, fechando-o com

um recuo de 0,5%. Nesse

cálculo foi levado em conta

o desempenho nada

animador do setor na

primeira metade do ano.

A projeção anterior era

otimista, imaginando um

crescimento de 1,7%, que

repetiria a expansão

registrada pelo setor no ano

passado. A última vez em

que o resultado anual foi

negativo ocorreu em 2012,

quando houve uma queda

de 0,8% na produção.

De acordo com a CNI, a

retração do PIB industrial

ocorrerá pelo recuo de 1% na

indústria da transformação e

de 1,7% na indústria da

construção. A estimativa só

não é pior porque é esperado

crescimento de 1,5% para a

indústria extrativa.

O uso da capacidade

instalada em maio, dado

mais recente, ficou em

80,7%, representando o

quarto recuo consecutivo,

ao mesmo tempo em que a

maioria dos indicadores

industriais mostrou queda

pelo terceiro mês seguido.

A CNI afirma que uma

melhora do quadro vai

depender do investimento.

"A variável crítica a explicitar

as dificuldades da economia

brasileira é o investimento. A

recuperação do

investimento, fundamental

para interromper esse ciclo, é

também dificultada pelas

naturais incertezas sobre a

evolução da política

econômica em 2015 que

derivam das eleições", avalia

a entidade em comunicado.

Sobre a Selic, a entidade

calcula que a taxa fechará

este ano em 11% ao ano,

abaixo da expectativa

anterior de 11,25%.

No capítulo da inflação, a

estimativa para o Índice

Nacional de Preços ao

Consumidor Amplo (IPCA)

deste ano ficou em 6,6%,

ante 6,4% previsto

anteriormente, portanto,

acima do teto da meta

estabelecida pela governo

(4,5% com 2 pontos

percentuais de tolerância

para cima e para baixo).

As projeções

apresentadas pela CNI

também levaram em conta

o efeito do aperto dos juros,

a desaceleração do

consumo das famílias e a

menor oferta de crédito

b a n c á r i o.

No front externo, a CNI

destaca o cenário global

marcado pela retirada dos

estímulos monetários nos

Estados Unidos sem

considerar que a economia

mundial vá beneficiar a

economia brasileira.

Nesse contexto, a

entidade calcula para 2014

exportações de US$ 237

bilhões e importações de

US$ 235,5 bilhões,

resultando em saldo

comercial de US$ 1,5 bilhão,

mantendo a projeção

a n t e r i o r.

Nas contas públicas,

com a economia fraca

e a dificuldade de controle

dos gastos públicos, a

perspectiva é de

deterioração da política

fiscal, com previsão de

superávit primário de 1,5%

do PIB ante 1,8% projetado

em abril. (Reuters)

Segmentoextrativista é o únicoque prometeresultado positivo

14 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014

sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15

É natural que, com o PIB crescendo menos, o crédito imobiliário siga o mesmo ca m i n h o.Octavio de Lazari Junior, presidente da Abecip,

Selic vaificar comoestá. Porenquanto.

Ata do Copom admite as pressões inflacionárias eratifica a desaceleração, que o FMI já sancionou.

Na ata da reunião rea-

lizada na semana

passada, divulgada

ontem, o Comitê de

Política Monetária (Copom) do

Banco Central deixou sem si-

nalização específica o futuro

próximo do juro básico -- ficou

claro, porém, que vai conti-

nuar a monitorá-lo de perto. Is-

so levou os analistas a inter-

pretar que, não havendo cho-

ques severos, a Selic tende a

manter-se no patamar atual

de 11% ao ano. Além disso, a

ata admitiu ritmo de cresci-

mento “menos intenso” para

2014 e 2015, reforçando o que

o BC já dissera no relatório de

inflação, há cerca de um mês,

quando rebaixou a previsão

para o PIB (de 2% para 1,6%).

Ao avaliar o crescimento da

economia, o BC afirma que o

consumo tende a crescer em

ritmo mais moderado e os in-

vestimentos devem ganhar

impulso, ainda que o cenário

global venha sofrendo alguns

revezes. O BC também mante-

ve a avaliação de que "emer-

gem" perspectivas mais favo-

ráveis à competitividade da

indústria, e também da agro-

pecuária; e o setor de serviços

tende a crescer a taxas meno-

res do que as registradas em

anos recentes.

A inflação, sinaliza a ata,

tende a entrar em convergên-

cia para a meta do governo –

4,5%, com tolerância de dois

pontos percentuais para cima

ou para baixo –num cenário de

política monetária que não in-

clui “redução do instrumento

de política monetária", isto é,

baixa da taxa de juros. Esse

cenário considera ainda a co-

tação do dólar a R$ 2,20.

Confiança abaladaNa semana passada, o BC

decidiu manter a Selic em 11%

ao ano pela segunda vez segui-

da, mas surpreendeu uma par-

te dos agentes econômicos por

não retirar a expressão "neste

momento" para explicar sua

decisão. Os especialistas ava-

liaram que foi deixada a porta

aberta para qualquer movi-

mento futuro da política mone-

tária, inclusive para voltar a re-

duzir a taxa básica de juros

mesmo com a inflação com sé-

rio risco de estourar o teto da

meta do governo. Isso porque a

atividade econômica tem dado

sucessivos sinais de perda de

fôlego e juros elevados têm po-

tencial para piorar ainda mais

esse cenário, encarecendo os

empréstimos e o consumo.

Essa visão de corte da Selic

perdeu força, com as avalia-

ções de que o BC estaria mais

preocupado com a pressão so-

bre os preços. Na pesquisa Fo-

cus do próprio BC com econo-

mistas de instituições finan-

ceiras, a perspectiva é de que

a Selic fechará este ano em

11% e, 2015 a 12%. No Relató-

rio Trimestral de Inflação, o BC

estimou que a taxa encerrará

2014 (e também 2015) a

6,4%. Mas passou a ver chan-

ces praticamente iguais de a

inflação estourar a meta em

2014. Nos 12 meses até junho,

o IPCA acumula alta de 6,52%,

já acima do teto da meta.

Inflação alta e baixo cresci-

mento econômico têm abala-

do a confiança na economia –

como têm mostrado unanime-

mente as pesquisas com em-

presários de todo o País – e

contribuído para quedas na

popularidade da presidente

Dilma Rousseff, que busca a

reeleição em outubro.

Na ata, o BC também pas-

sou a ver mais alta nos preços

das tarifas de energia elétrica

neste ano, a 14%, frente aos

11,5% anteriores. Ao mesmo

tempo, passou a ver menor re-

dução nos preços de telefonia

fixa, a 3,8%, ante 4,2%. No ge-

ral, manteve em 5% a previ-

são para a alta nos preços ad-

ministrados. (Reuters)

Daniel Teixeira/EC

O preço dos alimentos pesou menosno bolso dos brasileiros em junho

IBGE: greve e dadosincompletos.Volume de crédito para

aquisição de imóvelcresce 7% no

primeiro semestre

Paulo Pampolin/Hype

O valor doaluguel nacidade deSão Paulo

subiu 1% emjunho, na

comparaçãocom maio.

Em 12 meses,a alta

chega a 7,6%.

Pelo segundo mês seguido, a greve dos

funcionários do IBGE prejudicou a

divulgação da Pesquisa Mensal de

Emprego (PME). A taxa média do desemprego

nas seis maiores regiões metropolitanas do

País em junho (São Paulo, Rio, Recife, Belo

Horizonte, Salvador e Porto Alegre) não foi

divulgada porque a paralisação atrasou a

coleta dos dados nas duas últimas regiões.

O instituto divulgou os números relativos a

apenas quatro regiões metropolitanas: Rio,

que foi de 3,4% em maio para 3,2% em junho;

Recife que passou de 7,2% para 6,2%; Belo

Horizonte, de 3,8% para 3,9% e São Paulo,

que ficou estável em 5,1%.

Rendimento – O rendimento médio real caiu

nas quatro regiões, na passagem de maio para

junho. A maior queda foi registrada em Belo

Horizonte (-2,2%), São Paulo (-1,6%), Recife

(-1%) e Rio de Janeiro (-0,5%). Na comparação

com junho de 2013, o rendimento médio real

subiu em Recife (3,9%), Rio de Janeiro (6,5%) e

São Paulo (0,6%), mantendo estabilidade em

Belo Horizonte.

Greve – Com a greve, as entrevistas para

a pesquisa foram realizadas parcialmente.

Os percentuais de dados coletados para as

regiões pesquisadas foram de 70,3% em

Recife, 82,8% em Belo Horizonte e 78,4%

em São Paulo. O número do Rio ainda está

sendo calculado.

De acordo com Ana Magni, diretora da

Associação de Servidores do IBGE, hoje o

principal obstáculo ao fim da greve é a

readmissão de 200 funcionários dispensados

depois da greve. Hoje, o instituto tem cerca

de 5,9 mil concursados e 4.800 temporários.

Segundo Ana, os demitidos eram todos

grevistas ativos.

O IBGE informou que a greve de servidores

perdeu força, embora a paralisação tenha

impedido comprometido a pesquisa de

ontem. A paralisação atinge 21 unidades

estaduais, e a média nacional de adesão ao

movimento é de pouco menos de 9%.

Pnad Contínua – Nos três primeiros trimestre

deste ano, a taxa de desemprego do País está

em 7,1%, segundo a Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua,

divulgada mês passado pelo IBGE. O índice é

menor em relação ao mesmo período de 2013,

quando o desemprego medido pela pesquisa

havia sido de 8%. No entanto, é maior que o

apurado no quarto trimestre do ano passado,

cuja taxa ficou em 6,2%. Pela Pesquisa Mensal

de Emprego (PME), a desocupação acumulada

no trimestre ficou em 5%, o melhor resultado

trimestral desde o início da série. (Ag. Globo)

Ovo lume de em-

préstimos para

aquisição e cons-

trução de imóveis

alcançou R$ 53,1 bilhões no

primeiro semestre deste

ano, segundo a Associação

Brasileira das Entidades de

Crédito Imobiliário e Poupan-

ça (Abecip) , volume 7%

maior que o registrado no

mesmo intervalo de 2013. O

desempenho do semestre fi-

cou abaixo da projeção da

entidade para este ano, de

avanço de 15%, para R$ 126

bilhões. "Mantemos a nossa

expectativa de crescimento

de 15% para este ano. O cré-

dito é multiplicador do PIB

(Produto Interno Bruto). É na-

tural que com o PIB crescen-

do menos, cerca de 1%, o cré-

dito imobiliário tenha um

crescimento mais modera-

do, mais tímido", avaliou Oc-

tavio de Lazari Junior, presi-

dente da Abecip,

Em junho, o crédito imobi-

liário somou R$ 9 bilhões, ci-

fra 7% menor em relação a

maio, conforme a entidade.

Na comparação com junho

de 2013, quando a indústria

registrou o maior volume

mensal em 20 anos, de R$

11,2 bilhões, foi identificada

redução de 19%.

Foram financiadas 42,4

mil unidades em junho, re-

cuo de 8% ante maio e de

20% em um ano. No primei-

ro semestre, foram 256,1

mil imóveis, volume 4,6%

superior ao mesmo período

de 2013.

A poupança cont inua

com captação líquida posi-

tiva em junho, de acordo

com a associação, de R$

2,54 bilhões. No semestre,

ficou em R$ 8,3 bilhões.

I n a d i mp l ê n c i a – A inadim-

plência no crédito imobiliário

está 'absolutamente contro-

lada', de acordo Lazari Junior.

Ao final de junho, o índice de

calotes, considerando atra-

sos acima de 90 dias, ficou

em 1,8%, 0,1 ponto porcen-

tual acima do visto ao final de

2013. "O brasileiro é muito

consciente para comprar

imóvel e dá bastante entra-

da. Isso explica por que a ina-

dimplência no Brasil é tão pe-

quena" destacou.

Juros – A possibilidade de

aumento das taxas de juros

no crédito imobiliário e o

possível repasse de uma Se-

lic maior ficou para trás, se-

gundo Lazari Junior. "Havia

uma preocupação de que,

com a Selic saindo de 7% pa-

ra 11%, poderia ocorrer um

repique na taxa. Em um ce-

nário de estresse, estimei

que a taxa no crédito imobi-

liário aumentaria 0,5 ponto

porcentual ao ano. Em al-

guns bancos nem isso au-

mentou", disse.

A lu gu el – O valor dos con-

tratos de aluguel residencial

em junho na cidade de São

Paulo subiu 1% em relação a

maio, conforme pesquisa do

Sindicato da Habitação do

Estado de São Paulo (Secovi-

SP). No acumulado dos últi-

mos 12 meses, de julho de

2013 a junho de 2014, o au-

mento médio foi de 7,6%,

acima da inflação medida

pelo Índice Geral de Preços -

Mercado (IGP-M) no mesmo

período, de 6,2%.

O maior acréscimo no va-

lor de contratos de imóveis

foi no tipo de um quarto, com

alta de 1,9% em junho, ao

passo as moradias de dois

quartos tiveram alta de 0,7%

e as de 3 dormitórios, de

0,2%. (Agências)

Divulgação/Abecip

Lazari Junior,da Abecip:inadimplênciano setor estásob controle; obrasileiro éconscientepara comprarimóvel.

Consumidor sente, FGV capta.

Amediana da inflação es-

perada pelos consumi-

dores nos próximos 12 me-

ses atingiu 7,2% em julho,

informou a Fundação Getu-

lio Vargas (FGV), que divul-

gou o Indicador de Expecta-

tivas Inflacionárias dos

Consumidores. O resultado

representa uma desacele-

ração em relação a junho,

quando as famílias aponta-

vam, em média, alta de

7,4% nos preços "A queda

do indicador reflete a redu-

ção observada nos itens de

alimentação. Contudo, es-

pera-se uma continuidade

da expectativa de inflação

em patamares elevados no

curto prazo", diz a institui-

ção em nota.

Segundo a FGV, as mu-

danças ocorridas nos últi-

mos meses foram influen-

ciadas pelas previsões dos

consumidores de classes

de renda mais baixas. Na

classe 1 (até R$ 2,1 mil

mensais), a projeção re-

cuou de 7,9% em junho pa-

ra 7,6% em julho, sempre

considerando o período de

12 meses à frente.

Na classe de renda 2 (R$

2,1 mil a R$ 4,8 mil men-

sais), as expectativas saí-

ram de 7,7% para 7,3% na

passagem do mês. No mes-

mo período, os consumido-

res com maior poder aquisi-

tivo mantiveram suas ex-

pectativas para a inflação

estáveis em um patamar

menos elevado, mas ainda

entre 7,0% e 7,1%. (EC)

16 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014

VIDA NADA FÁCIL PEBOLIM

ABrahma, marca da AmBev e patrocinadora

da Copa do Mundo 2014, reforça sua

ligação com o esporte e lança a Brahma Store.

Loja virtual onde a empresa passa a oferecer

oito itens visando conquistar os fãs do futebol e

da cerveja. Uma das atrações é a Arena

Brahma, mesa de pebolim inspirada nos

estádios brasileiros, contendo ainda placar

eletrônico, luzes de LED nas linhas do gramado e

compartimentos para latinhas. Já o Sound Cooler, que

gela a cerveja e ainda avisa, por som, quando ela está

começando a esquentar, promete facilitar a vida dos

bebedores assim como o Smart Bar que garante a

temperatura ideal da bebida e pode ser conectado ao

smartphone. Tudo para faturar um pouquinho mais.

VIGOR AZUL

AVigor acaba de lançar nova embalagem para

a sua linha de queijos Faixa Azul, assinada

pela Oficina Design UP!, com a intenção de

agregar maior valor ao produto. As embalagens

são mais clean e ressaltam os campeões de venda

focados no mercado de maior renda: Parmesão

corte fatia, Parmesão corte cilíndrico, Parmesão

forma, Parmesão ralado tradicional, Parmesão

ralado grosso e Parmesão ralado light.EMBALAGEM agrega valor a item tradicional

Envi

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SELFIES

ASamsung Brasil lança a câmera NXMini

que promete fazer a alegria daqueles que

postam seus closes nas redes sociais, os

selfies. O aparelho tem uma tela flip, que

desacopla do corpo da máquina e pode ser

virada para facilitar a

visualização da

imagem. Para

disparar, basta olhar

por três segundos

para a lente da

câmera e piscar:

está pronta a

selfie. Para os que

adoram se ver e

serem vistos, um

prato cheio!

HUMOR ácido pode dar prêmio

LIMÕES

Mascotes de Pepsi Twist, os limões estão

de volta na publicidade da marca. Com a

promoção “Fala Limão”, assinada pela Rapp

Brasil, com desdobramento na mídia online, a

empresa vai estimular a interação com o

consumidor, que vai postar uma foto e uma

frase com tom humorístico, emprestando

personalidade aos limões. As três imagens

com mais votos a cada semana ganharão

bichos de pelúcia dos famosos personagens.

Para participar, basta se cadastrar no site da

marca (w w w. p e p s i . c o m . b r ).

TECNOLOGIA a favor da vaidade

Celular da Amazonjá está à venda

Primeiro smartphone da empresa tem preço similar ao iPhone e Galaxy S5

Div

ulga

ção

Recursos como efeitosem 3D e scanners deobjeto são armas do

"Fire", smarthphone daAmazon, para

conquistar usuários.

Onovo smartphone

da Amazon.com, o

"Fire", tem "recur-

sos" – como efeitos

em 3D e scanners de objetos –

que podem não ser o bastante

para atrair usuários dos iPho-

nes, da Apple, e do Galaxy S5,

da Samsung, que têm preços

similares, disseram analistas.

Entre os recursos de seu pri-

meiro smartphone, a Amazon

tem a "Perspectiva Dinâmi-

ca", quatro câmeras que ras-

treiam o rosto de um usuário e

simulam um efeito 3D na tela.

O telefone também conta

com um scanner chamado de

"Firefly", que permite que

usuários apontem o telefone

para um objeto e sejam dire-

cionados para a loja online da

Amazon para comprá-lo.

Estes recursos, no entanto,

não conseguiram impressio-

nar quem analisou o celular,

que será vendido nos Estados

Unidos a partir de hoje.

Geoffrey Fowler, do Wall

Street Journal, disse que o "Fi-

re" não consegue entregar re-

cursos importantes que usuá-

rios querem em um smartpho-

ne – longa vida de bateria e a

disponibilidade de aplicativos

populares, como o YouTube e o

Google Maps, do Google.

"O sucesso e o potencial do

Fire Phone dependem do Fire-

fly e do Perspectiva Dinâmica –

tecnologias legais e que de-

pendem de que desenvolve-

dores descubram maneiras

melhores de usá-las", disse

David Pierce, do The Verge.

"Por enquanto, (as tecnolo-

gias) só resolvem um proble-

ma que ninguém tem".

Li nh as – Com a habilitação

de 255,08 mil novas linhas de

telefonia móvel em junho, o

Brasil chegou à metade deste

ano com 275,71 milhões de

números ativos. Isso significa

que, para cada 100 brasilei-

ros, existem 136,06 acessos

móveis.

Segundo balanço divulgado

ontem, pela Agência Nacional

de Telecomunicações (Ana-

tel), no fim do mês passado, a

modalidade pré-paga era res-

ponsável por 76,99% do servi-

ço, com 212,27 milhões de li-

nhas. Já os 23,01% restantes

correspondiam às 63,44 mi-

lhões de assinaturas pós-pa-

gas.

Do total de linhas habilita-

das no País, 128,49 milhões

possibilitam o acesso à banda

larga, sendo que a quarta ge-

ração de internet móvel (4G) –

por meio da frequência de 2,5

gigahertz (Ghz) – já está dispo-

nível em 3,27 milhões de dis-

positivos.

Os dados mostram que a Vi-

vo continuou líder de mercado

no País em junho, tendo inclu-

sive ampliado sua fatia do se-

tor em relação a maio, passan-

do de 28,75% para 28,78%

das linhas habilitadas.

Já a TIM, segunda colocada

nesse ranking, apresentou re-

dução no "market share" de

27,03% para 26,91% no mes-

mo período. Na sequência,

aparecem Claro (24,95%), Oi

( 1 8 , 5 3 % ) , A l g a r / C T B C

(0,40%) e Nextel (0,37%).

(Agências)

Lojas Extra podem virar Pão de Açúcar

OGrupo Pão de Açúcar está analisan-

do a transformação de alguns super-

mercados da rede Extra em unida-

des da bandeira Pão de Açúcar, dentro do

plano de explorar melhor seus diferentes

formatos para elevar vendas.

Em teleconferência com analistas ontem, o

presidente-executivo da companhia, Ronal-

do Iabrudi, afirmou que a investida poderá ser

feita ainda este ano, e que segue a ascensão

de poder aquisitivo observada em algumas

regiões. A bandeira Pão de Açúcar é voltada

para um público de classe mais alta.

Questionado sobre a possibilidade de

transformar hipermercados em unidades

da rede de atacarejo Assaí – que vêm regis-

trando crescimento expressivo de receita –,

Iabrudi afirmou que, para o formato, a aná-

lise é sobre a possibilidade de diminuir os es-

paços destinados às lojas, implementando

galerias junto aos estabelecimentos.

"(Com o plano) conseguimos otimizar o

ativo e conseguimos levar fluxo de clien-

tes", afirmou.

Segundo Iabrudi, o GPA deverá entregar

sua meta de abertura de lojas e expansão de

metros quadrados com "pouco menos" de

R$ 2 bilhões no ano, cifra divulgada ante-

riormente como o investimento previsto pa-

ra 2014.

Empregados – O grupo encerrou junho com

3 mil funcionários a menos que no primeiro tri-

mestre, em um estratégia de aumento de pro-

dutividade e que ocorreu com a decisão da

companhia de acabar com operação de lojas

24 horas, além de sazonalidade.

O diretor financeiro da companhia, Chris-

tophe Hidalgo, disse que a empresa está em

"exercício contínuo de ganhos de produtivi-

dade", citando especialmente áreas admi-

nistrativas e de serviços de suporte conhe-

cidas como "back office" e os centros de dis-

t r i b u i ç ã o.

Em junho, o Brasil registrou a pior abertu-

ra de vagas formais de trabalho para o mês

desde 1998, em resultado que fez o governo

federal reduzir de maneira expressiva a pre-

visão de geração de empregos neste ano.

Maior empregador privado do país, o GPA

informou em resultado divulgado na véspe-

ra que fechou o segundo trimestre com 154

mil funcionários, ante 157 mil no fim de mar-

ço deste ano, números que incluem a Via Va-

rejo. (Reuters)

CERVEJA com inovaçãoe comodidade

Orap, o hiphop, o spirit, o funk e

os MCs ostentação são, hoje, o

maior pesadelo das gigantes do

mundo do luxo e das agências de publi-

cidade que as atendem. Um rapper na

frente de uma BMW, uma Ferrari ou um

Camaro (se for amarelo, então...), cer-

cado de “po pozud as” e daquelas que

ostentam “air-bags duplos” e bolsas

Louis Vuitton, extravagantes colares

Tiffany´s, derramando o espumante da

viúva, a Clicquot, ou do Dom Perignon

em partes íntimas ou exibindo barras

de ouro ou notas de reais ou dólares,

deixam as marcas e seus executivos de

cabelo em pé. É que, se durante déca-

das, venderam um padrão de compor-

tamento que pudesse ser aspiracional,

com belas paisagens, modelos com-

portados (daqueles que faziam a ale-

gria das famílias tradicionais), a classe

C, D e E chegou no pedaço, enriqueceu,

comprou os produtos de marca e os exi-

be. O conceito de beleza e paisagens

são outros.

Não é bem esse o marketing gratuito

que as marcas desejavam, mas é certa-

mente o doce sabor da vingança daque-

les que foram criados ouvindo falar que

isso ou aquilo era chic. Agora, podem

comprar e abusam da exibição, des-

montam o chic que existe por trás des-

ses produtos, aquele valor intangível.

Não é só a turma da música que rola

na periferia e nos alto-falantes dos car-

ros que está deixando marcas e execu-

tivos de publicidade focados no mer-

cado de luxo, perdidos. O que não fal-

tam são blogs de “c ox i n h a s ” e “empa-

das” . Exibem os produtos e nem

precisam pagar por eles: as marcas os

doam para um mailing que assessores

e caçadores de tendência consideram

relevantes acreditando que se trata de

bela estratégia de

marketing de rela-

c ionamento. O

drama é que, as-

s im, essas vão

ac el era dam en te

perdendo valor,

mas para a lgu-

mas agências tan-

to melhor ver uma

bolsa Louis-Vuiton nas mãos de uma

celebridade frívola de ocasião do que

na de Valeska Popozuda. Beijinho no

ombro das despeitadas: Valeska ven-

de mais que Tassia Naves e impõe mais

respeito e tem mais conteúdo, mas

conteúdo nos novos tempos é o que

menos importa. Mais tais discrepân-

cias revelam que o mundo das marcas

de luxo se apresenta num nível bem

mais baixo, para lá de baixo. A nova

realidade monetária sobretudo dos

países emergentes mostra apenas

que exposições como a que ocupa a

Faap, exibindo joias do Catar, como as

usadas pela princesa Diana, perderam

o sentido, não deixam mais ninguém

de queixo caído, nem o pessoa da os-

tentação nem o que gostava de osten-

tar, talvez apenas as blogueiras de

ocasião se seduzam. As agências tam-

bém se perdem nesse riscado. E dan-

çam, dançam. A vida para as marcas

de luxo não anda nada fácil.

E se as agências já enfrentam dificul-

dades com as marcas de luxo, também

têm grande desafio em relação ao co-

mércio. Pesquisa Ibope/Conecta divul-

gada no pós-Copa mostra que o jovem

internauta brasileiro possui, em média,

perfil em sete redes sociais.

Até aí, tudo bem, mas a informação

de que banners irritam 43% dos inter-

nautas preocupa, ainda que, ao mes-

mo tempo, 49% prestem atenção e

44% concordem que essas peças, por

vezes, têm informações interessantes

sobre promoções. O complicador é

que a publicidade ainda não sabe co-

mo dar o pulo do gato. De promoção

em promoção, o consumidor ganha, o

comércio e a indústria perdem e a ga-

linha enche o papo. E o gato e a gata os-

tentam, na moral!

Fotos: Divulgação

sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17

Odebrecht TransPort S.A.CNPJ/MF nº 12.251.483/0001-86 – NIRE 35.300.381.548

Ata de Assembleia Geral ExtraordináriaRealizada em 31 de maio de 2014

Data, hora e local: Realizada no dia 31 de maio de 2014 às 11:00 horas, na sede da Companhia,localizada na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 8º andar, Parte A, Butantã, Cidade de São Paulo, Estadode São Paulo, CEP 05501-050. Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; Adriano Sa de SeixasMaia, Secretário. Convocação: Dispensada a convocação, na forma doArtigo 124, §4º da Lei nº 6.404,de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das S.A.s”), tendo em vista o comparecimentode acionistas representando a totalidade do capital social. Presença: Acionistas representando 100%(cem por cento) do capital social, conforme assinaturas no respectivo Livro de Registro de Presençade Acionistas. Ordem do dia: Dispensada a leitura pela unanimidade dos acionistas presentes.Deliberações: Os acionistas presentes tomaram, por unanimidade, as seguintes deliberações, sem,quaisquer emendas ou ressalvas: 1) autorizada a lavratura da ata desta assembleia em forma desumário, nos termos do Artigo 130, §1º da Lei das S.A.s; 2) ratificada e aprovada a nomeação econtratação, da empresa Guimarães e Sieiro Consultoria e Serviços Contábeis, inscrita no ConselhoRegional de Contabilidade sob o nº CRC - BA 004903/0-5 SP, CNPJ (MF) sob o nº 07.533.214/0001-72,sediada na Avenida Tancredo Neves, nº 939, Edifício Esplanada Tower - sala 907 - Caminho dasÁrvores, Salvador - BA, (“Guimarães e Sieiro”), tendo sido também ratificada a dispensa da presençade qualquer representante da referida empresa; sem prejuízo dos trabalhos, em face da inexistênciade quaisquer dúvidas em relação ao Laudo de Avaliação mencionado no item 3 abaixo, previamenteenviado à análise dos acionistas, tendo esta empresa procedido à avaliação, pelo critério de valorcontábil, da parcela do acervo líquido cindido na cisão parcial do patrimônio líquido da OdebrechtTransPort Participações S.A., sociedade por ações de capital fechado, com sede na cidade de SãoPaulo, Estado de São Paulo, Rua Lemos Monteiro, nº 120,8º andar, Parte B, Butantã, CEP 05501-050,inscrita no CNPJ/MF sob o nº 10.143.462/0001-11 (“OTPP”), a ser incorporada pela Companhia,conforme especificado no Protocolo e Justificação mencionado no item 4 abaixo (“Parcela Cindida”),com a elaboração do respectivo laudo de avaliação patrimonial da Parcela Cindida, nos termos doArtigo 229, §3º da Lei das S.A.s; 3) aprovado, após examinado e discutido, sem qualquer ressalva, o“Laudo de Avaliação de Acervo Líquido Contábil para Efeito de Cisão Parcial com Versão da ParcelaCindida para a Odebrecht TransPort S.A.”, elaborado pela Guimarães e Sieiro, o qual foi rubricado peloSecretário e arquivado na sede da Companhia, e cujas cópias, após rubricadas pelo Secretário, ficamfazendo parte integrante da presente ata, anexado ao Protocolo e Justificação mencionado no item 4abaixo (“Laudo de Avaliação”); 4) aprovados os termos e as condições do “Protocolo e Justificaçãopara Cisão Parcial da Odebrecht TransPort Participações S.A. seguida de Incorporação da ParcelaCindida pela Odebrecht TransPort S.A.” (“Protocolo e Justificação”), bem como seus anexos, firmadopela administração da Companhia e da OTPP, em 31 de maio de 2014, contendo a finalidade, asbases e demais condições, dentre outros, relacionadas à cisão parcial do patrimônio da OTPP, o qualfoi rubricado pelo Secretário e arquivado na sede da Companhia, e cuja cópia, após rubricada peloSecretário, fica fazendo parte integrante da presente ata como Anexo 1; 5) aprovada a incorporação,pela Companhia, da Parcela Cindida da OTPP, nos termos e condições estabelecidos no Protocoloe Justificação aprovado no item 4 acima, sem qualquer aumento ou modificação na composição docapital social da Companhia, tendo em vista que o valor líquido da Parcela Cindida, incorporada pelaCompanhia, no montante de R$ 103.500.000,00 (cento e três milhões e quinhentos mil reais) descritanos termos do Protocolo de Justificação, será integralmente incorporada ao patrimônio da Companhiamediante reclassificações entre contas do ativo, ficando os Diretores da Companhia autorizados apraticarem todos os atos necessários à incorporação da Parcela Cindida da OTPP, dando, destaforma, continuidade à etapa final de uma ampla reorganização societária envolvendo as holdings daOrganização Odebrecht, conforme ata de cisão da OTPP e ata de incorporação de parcela cindida daOTPP pela sua acionista Odebrecht TransPort S.A. ocorrida em 30 de junho de 2013, ata de cisão daOTPP e ata de incorporação de parcela cindida da OTPP pela sua acionista Odebrecht TransPort S.A.ocorrida em 30 de novembro de 2013, ata de redução de capital da OTPP ocorrida em 28 de dezembrode 2013 e ata de aumento de capital da OTPP ocorrida em 15 de janeiro de 2014; 6) consignado quecom a incorporação da Parcela Cindida pela Companhia, esta última sucederá a OTPP em relação atodos os seus direitos e obrigações relacionados, incluindo-se, sem limitação, os bens, direitos, haveres,obrigações, responsabilidades, valores e elementos contidos na escrituração societária e nos registrosde disposições da lei tributária, relativos à Parcela Cindida, independentemente de qualquer soluçãode continuidade e quaisquer outras formalidades, nos termos do Artigo 229, § 1º da Lei das S.A.s; e7) aprovada a celebração pela Companhia de todos os instrumentos que venham a ser necessáriosa fim de formalizar a sucessão consignada no item 6 acima. Encerramento, lavratura, aprovação eassinatura da ata: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a assembleia, lavrando-se a presente ataque, após lida e aprovada, foi assinada pelos acionistas presentes, pelo Presidente e pelo Secretário,tendo os acionistas presentes autorizado a extração das certidões necessárias pelo Secretário daassembleia. São Paulo/SP, 31 de maio de 2014.Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; AdrianoSa de Seixas Maia, Secretário. Acionistas: Odebrecht S.A., Fundo de Investimento do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS e BNDES Participações S.A. - BNDESPAR. Certifico e doufé que essa ata é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo/SP, 31 de maio de 2014. AdrianoSa de Seixas Maia, Secretário. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº270.244/14-1, em 14/07/2014. Flávia Regina Britto, Secretária-Geral em Exercício.

Odebrecht TransPort Participações S.A.CNPJ/MF nº 10.143.462/0001-11 – NIRE 35.300.358.091

Ata de Assembleia Geral ExtraordináriaRealizada em 31 de maio de 2014

Data, hora e local – Realizada no dia 31 de maio de 2014 às 10:00 horas, na sede da Companhia,localizada na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 8º andar, Parte B, Butantã, Cidade de São Paulo, Estadode São Paulo, CEP 05501-050. Mesa – Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; Adriano Sa de SeixasMaia, Secretário. Convocação: Dispensada a convocação, na forma doArtigo 124, §4º da Lei nº 6.404,de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das S.A.s”), tendo em vista o comparecimentode acionista representando a totalidade do capital social. Presença – Acionista representando 100%(cem por cento) do capital social, conforme assinaturas no respectivo Livro de Registro de Presença deAcionistas. Ordem do dia – Dispensada a leitura pelo acionista presente, representante de 100% (cempor cento) do capital social. Deliberações – O acionista presente tomou as seguintes deliberações,sem quaisquer emendas ou ressalvas: 1) autorizada a lavratura da ata desta assembleia em formade sumário, nos termos do Artigo 130, §1º da Lei das S.A.s; 2) ratificada e aprovada à nomeaçãoe contratação, realizada previamente pela administração da Companhia, da empresa Guimarães eSieiro Consultoria e Serviços Contábeis, inscrita no Conselho Regional de Contabilidade sob o nº CRC- BA 004903/0-5 SP, CNPJ (MF) sob o nº 07.533.214/0001-72, sediada na Avenida Tancredo Neves,nº 939, Edifício Esplanada Tower - Sala 907 - Caminho das Árvores, Salvador - BA, (“Guimarães eSieiro”), representada pelo seu sócio-diretor, Sr. Hélio Rodrigues Guimarães, brasileiro, casado,contador, portador da Cédula de Identidade RG nº 00.279.755-09 SSP/BA, inscrito no CPF (MF) sob onº 004.637.015/34 e no Conselho Regional de Contabilidade sob nº CRC - BA 004810/0-7 SP, o qualesclareceu que a Guimarães e Sieiro, por já ter sido contratada previamente, já vinha analisando aevolução das contas patrimoniais da Odebrecht TransPort Participações S.A. e, portanto, estava emcondições de apresentar o Laudo de Avaliação mencionado no item 3, o qual, nos termos do Artigo229, § 3º da Lei das S.A.s e alterações posteriores, apresenta o resultado da avaliação, pelo critériode valor contábil, da parcela do acervo líquido a ser cindido do patrimônio líquido da Companhia eincorporado pela Odebrecht TransPort S.A., sociedade anônima, com sede na Cidade de São Paulo,Estado de São Paulo, na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 8º andar, Parte A, Butantã, CEP 05501-050,inscrita no CNPJ/MF sob o nº 12.251.483/0001-86 (“OTP” ou “Incorporadora”), na data-base de 30de abril de 2014 (“Data Base”); 3) aprovado após examinado e discutido o: “Laudo de Avaliação deAcervo Líquido Contábil para Efeito de Cisão Parcial com Versão da Parcela Cindida para a OdebrechtTransPort S.A..” elaborado pela Guimarães e Sieiro, o qual foi rubricado pelo Secretário e arquivadona sede da Companhia, e cuja cópia, após rubricada pelo Secretário, fica fazendo parte integranteda presente ata, anexada ao Protocolo e Justificação mencionado no item 4 abaixo (“Laudo deAvaliação”); 4) aprovados os termos e as condições do “Protocolo e Justificação para Cisão Parcial daOdebrecht TransPort Participações S.A. seguida de Incorporação da Parcela Cindida pela OdebrechtTransPort S.A..” (“Protocolo e Justificação”), bem como seus anexos, firmado pela administração daCompanhia e da OTP, em 31 de maio de 2014, contendo a finalidade, as bases e demais condições,dentre outros, relacionadas à cisão parcial do patrimônio da Companhia, seguida de incorporação daParcela Cindida pela OTP, o qual foi rubricado pelo Secretário e arquivado na sede da Companhia, ecuja cópia, após rubricada pelo Secretário, fica fazendo parte integrante da presente ata como Anexo1; 5) aprovada a cisão parcial do patrimônio da Companhia, seguida de incorporação da parcela cindidapela Incorporadora, nos termos e condições estabelecidos no Protocolo e Justificação, aprovado noitem 4 acima, ficando a administração desta Companhia desde já autorizada a praticar todos os atoscomplementares e/ou decorrentes da cisão parcial ora aprovada, com amplos e gerais poderes paraproceder a todos os registros, transcrições, averbações ou comunicações que se fizerem necessáriosem decorrência da operação aprovada, dando, desta forma, continuidade à etapa final de uma amplareorganização societária envolvendo as holdings da Organização Odebrecht, conforme ata de cisãoda Companhia e ata de incorporação de parcela cindida da Companhia pela sua acionista OdebrechtTransPort S.A. ocorrida em 30 de junho de 2013, ata de cisão da Companhia e ata de incorporaçãode parcela cindida da Companhia pela sua acionista Odebrecht TransPort S.A. ocorrida em 30 denovembro de 2013, ata de redução de capital da Companhia ocorrida em 28 de dezembro de 2013e ata de aumento de capital da Companhia ocorrida em 15 de janeiro de 2014; e 6) aprovada, emdecorrência da cisão parcial aprovada no item 5 acima, a redução do capital social da Companhia emR$ 103.500.000,00 (cento e três milhões e quinhentos mil reais), tal como especificado no Protocoloe Justificação, passando assim o capital social de R$ 651.008.429,13 (seiscentos e cinquenta eum milhões, oito mil, quatrocentos e vinte e nove reais e treze centavos) para R$ 547.508.429,13(quinhentos e quarenta e sete milhões, quinhentos e oito mil, quatrocentos e vinte e nove reais etreze centavos), com o cancelamento de 103.500.000 (cento e três milhões e quinhentas mil) açõesordinárias, integralmente detidas pela única acionista OTP. Em consequência, o caput do Artigo 4ºdo Estatuto Social da Companhia foi alterado, passando a vigorar com a seguinte nova redação:“Artigo 4º – O Capital Social é de R$ 547.508.429,13 (quinhentos e quarenta e sete milhões,quinhentos e oito mil, quatrocentos e vinte e nove reais e treze centavos), dividido em 547.508.428(quinhentos e quarenta e sete milhões, quinhentos e oito mil e quatrocentas e vinte e oito) açõesordinárias nominativas, e sem valor nominal”. Encerramento, lavratura, aprovação e assinaturada ata: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a assembleia, lavrando-se a presente ata que,após lida e aprovada, foi assinada pelo acionista presente, pelo Presidente e pelo Secretário, tendosido autorizado pelo acionista presente a extração das certidões necessárias pelo Secretário daassembleia. São Paulo/SP, 31 de maio de 2014.Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; AdrianoSa de Seixas Maia, Secretário. Acionista: Odebrecht TransPort S.A. Certifico e dou fé que essa ata écópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo/SP, 31 de maio de 2014. Adriano Sa de Seixas Maia,Secretário. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o número 270.243/14-8,em 14.07.2014. Flávia Regina Britto, Secretária-Geral em Exercício.

CIA SÃO GERALDO DE VIAÇÃO - CNPJ nº 19.315.118/0001-37 - NIRE - 3530032417-0 - ATA DE ASSEMBLEIAGERAL ORDINÁRIA - Aos 02 (dois) dias do mês de julho de 2014, as 9:00 (nove) horas, na sede social localizada na RuaTerceiro Sargento João Soares de Faria, nº 450, bairro Parque Novo mundo, na cidade de São Paulo, estado de São Paulo,reuniram-se os acionistas da Cia São Geraldo de Viação, sob a presidência do Sr. Luiz Carlos Gontijo que convidou o Sr.Abílio Gontijo Junior para secretariar aos trabalhos. Verificada a presença da totalidade dos acionistas, foi aberta e decla-rada regular a assembleia independentemente de prévia convocação, na forma do § 4º do artigo 124 da Lei nº 6.404/76;Assim, após debates e discussões e analisados os documentos pertinentes, deliberaram, por unanimidade: (i) Aprovadasas demonstrações financeiras relativamente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013, publicadas no jornais DiárioOficial do Estado de São Paulo, pag. 17 e 18 e Jornal Diário do Comércio, pag. 19 ambos do dia 01 de julho de 2014,conforme cópias em anexo, demonstrações essas que os acionistas declaram ter pleno conhecimento. (ii) O resultado doexercício será mantido em conta especifica do Patrimônio Liquido. Terminados os trabalhos, inexistindo qualquer outramanifestação, lavrou-se a presente ata em forma sumária que, lida, foi aprovada por todos os acionistas sem restrições.Assinando (aa) Acionistas e diretores: Abílio Pinto Gontijo, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado em BeloHorizonte/MG, na Alameda do Ipê Amarelo, nº 1330 Bairro São Luiz, CEP: 31275-090 portador da CI. MG-215.353 SSP/MG e CPF/MF-129.772.686-34; Abílio Gontijo Junior, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado em BeloHorizonte/MG, na Alameda dos Coqueiros, nº 510 Bairro São Luiz, CEP: 31270-820, portador da CI. MG-374.249 SSP/MG e CPF/MF-129.772.686-34; Luiz Carlos Gontijo, brasileiro, divorciado, economista, residente e domiciliado em BeloHorizonte/MG, na Rua São Paulo, nº 2.344 Apto 1201 Bairro Lourdes, CEP: 30170-132, portador da CI. M-1.073.353SSP/MG e CPF/MF-434.427.146-72; Marco Antonio Boaventura Gontijo, brasileiro, casado, empresário, residente e do-miciliado em Nova Lima/MG, na Alameda do Morro, nº 85 AX Torre 02 Bairro Vale do Sereno, CEP: 34000-000, portadorda CI. M-1.078.435 SSP/MG e CPF/MF-523.095.686-00, Júlio César Gontijo, brasileiro, separado, empresário, residentee domiciliado em Belo Horizonte/MG, na Rua São Paulo, nº 2.145 Apto 1.701 Bairro Lourdes, CEP: 30140-082, portadorda CI. M.343.455 SSP/MG e CPF/MF-255.639.806-00 e Gontijo Participações S/A, empresa de direito privado, localizadaem Belo Horizonte/MG, na Rua Professor José Vieira de Mendonça, nº 475 Bairro Engenho Nogueira, CEP: 31310-260,representada neste ato pelo Sr.Abílio Pinto Gontijo, já qualificado. Certificamos que a presente ata confere com a original,lavrada no livro de atas das Assembleias Gerais e que os documentos ficam arquivados na sociedade. São Paulo/SP, 02 dejulho de 2.014. Luiz Carlos Gontijo - Diretor e Presidente da AGE, Abílio Gontijo Junior - Diretor e Secretario da AGE Vistodo advogado: Márcia Braga de Oliveira Bicalho-OAB/MG 84.506. JUCESP nº 274.366/14-9 em 16/07/2014.

MARQUESA S.A.CNPJ/MF nº 46.886.040/0001-83 - NIRE 35.300.036.093

Edital de Convocação para Assembleia Geral ExtraordináriaFicam os Srs. Diretores e Acionistas convocados a comparecerem na sede social da Cia, sito aRua Quinto Cavani, 101 B, Setor Industrial, Itapeva/SP, no dia 29 de Julho de 2014 às 08:00. Ordemdo dia: i) Aprovação da alienação das ações detidas na Duquesa S.A., mediante a celebração doContrato de Compra e Venda de Ações; ii) outros assuntos de interesse. Itapeva/SP, 23.07.2014.Jorge Francisco Henriques - Diretor Presidente (24, 25 e 26.07.14)

Blau Farmacêutica S.A.CNPJ nº 58.430.828/0001-60 - NIRE 35.300.416.406

Comunicamos que se encontram à disposição dos senhores acionistas desta Companhia, em sua sede social, localizada no Município deCotia,Estado de São Paulo,na Rodovia RaposoTavares,Km 30,5,nº 2.833,Unidade I,Prédio 100,Bairro Barro Branco,CEP 06705-030,os documentos a que se refere o art. 133 da Lei 6.404/76, quais sejam: a) relatório da administração sobre os negócios sociais e os principaisfatos administrativos do exercício findo; b) cópia das demonstrações financeiras; e c) proposta da Diretoria sobre a destinação do lucro líquidorelativo ao exercício social encerrado em 31/12/2013.

Cotia, 24 de julho de 2014. A Diretoria

WORKTEN CONSULTORIA TÉCNICA E INFORMÁTICA LTDA. CNPJ nº 01.282.183/0001-48, por seus sócios declara extinta a sociedade em 06.06.2014, conforme distrato social.

PREFEITURA MUNICIPAL DETAUBATÉ/SP

CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 17/14A PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBATÉ, pela Presidência da Comissão Permanente de Licitações e com base na Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações, torna público aos interessados, que se acha aberta: Concorrência Pública nº 17/14 - reforma da E.M.E.F. Agostinho da Silva, localizada na Rua Otavio Rodrigues de Souza, 350 - Pq. Paduan, com vencimento às 08h30 do dia 27/08/2014. O Edital completo encontra-se disponível no De-partamento de Compras, no horário das 08h às 12h e das 14h às 18h, podendo ser adquirido mediante recibo original de depósito do Banco Santander, Agência 0056 - Conta-corrente nº 45000273-2, no valor de R$ 52,00 (cinquenta e dois reais) cada edital ou gratuitamente no site desta Prefeitura www.taubate.sp.gov.br.

P.M.T., aos 24/07/2014. Márcia Ferreira dos Santos – Presidente C.P.L.

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 108/2014

A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº. 108/14, referente à “Aquisição de 03 rolos compactadores monocilíndricos manuais, não tripulados equipados, com suporte para transporte, motor a gasolina de 04 tempos, indicado para compactação de brita e asfalto”, com encerramento dia 11/08/2014, às 8h e abertura às 8h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 24 de julho de 2014.

PREGÃO Nº 137/2014A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 137/14, referente à “Contratação de empresa especializada na realização de exames de eletroencefalograma sem sono induzido e com sono induzido pelo período de 12 (doze) meses”, com encerramento dia 11/08/2014, às 14h e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 24 de julho de 2014.

PREGÃO (REGISTRO DE PREÇOS) Nº 223/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PPRP nº 223/14, referente à “Aquisição de fórmula infantil para alimentação escolar, conforme Termo de Referência”, com encerramento dia 07/08/2014, às 8h e abertura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 24 de julho de 2014.

AVISO DE EDITAL - TOMADA DE PREÇOS Nº 015/2014ÓRGÃO: Prefeitura Municipal de Registro - EDITAL: Tomada de Preços nº 015/2014 - OBJETO: REFERENTE A CON-TRATAÇÃO DE EMPRESA PARA PRESTAR OS SERVIÇOS CONFORME SEGUE: - 1 - CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE ACADEMIA AO AR LIVRE EM PRAÇA PÚBLICA, NA RUA “S”, BAIRRO NOSSO TETO, NO MUNICÍPIO DE REGISTRO/SP, PAGOS ATRAVÉS DE RECURSOS PRÓPRIOS. SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO E OBRAS. 2 – CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE ESPAÇO PARA PRÁTICAS ESPORTIVAS NA PRAÇA DO JARDIM BRASIL, NO MUNICÍPIO DE REGISTRO/SP, PAGOS ATRAVÉS DO CONTRATO DE REPASSE Nº 0301255-46/2009/MINISTÉRIO DO ESPORTE/CAIXA. SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO E OBRAS. – DATA PARA CADASTRO(para empresas não cadastradas): até o terceiro dia anterior a data do recebimento das propostas - ENTREGA DOS ENVELOPES nº 01 (Documentação) e 02-(Proposta de Preços): até as 09 horas do dia 15/08/2014. ABERTURA DOS ENVELOPES nº 01-Habilitação e 02-Proposta às 09 horas e 30 minutos do dia 15/08/2014. FORMALIZAÇÃO DE CON-SULTAS: Pelo telefone (13) 3828-1000 r. 1032 ou Tel/Fax (13) 3821-2565 ou pelo e-mail [email protected]. O Edital completo poderá ser obtido pelos interessados na Seção Técnica de Compras, Material e licitações, de segunda a sexta-feira, no horário de 08:30 às 17:00 horas, pelo endereço eletrônico da Prefeitura Municipal de Registrowww.registro.sp.gov.br, campo “Licitações” link “Editais”. PREFEITURA MUNICIPAL DE REGISTRO, em 24 de julho de 2014. DÉBORA GOETZ - SECRETÁRIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO

SALDO ANTERIOR DE DÉFICITS ACUMULADOS + (20.029,97)DÉFICIT LÍQUIDO DO PERÍODO-BASE + (31.499,74)SOMA DOS RECURSOS (51.629,71)TRANSFERÊNCIA PARA PATRIMÔNIO SOCIAL + (20.029,97)SOMA DAS APLICAÇÕES (31.499,74)SUPERÁVITS OU DÉFICITS ACUMULADOS 31.499,74

Ç ( )

Superávit Acumulado TotalSaldo em 31 de dezembro de 2011 425.862 425.862Déficit do Exercício -20.030 -20.030Ajuste de Exercícios Anteriores 43.869 43.869Transferência para Patrimônio Social -29.170 -29.170Saldo em 31 de dezembro de 2012 420.531 420.531Déficit do Exercício -31.500 -31.500Ajuste de Exercícios Anteriores 267 267Saldo em 31 de dezembro de 2013 389.299 389.299

1. CONTEXTO OPERACIONAL: A Casa de Apoio Brenda Lee é constituída sob forma de “Associação Civil de Direito Privado”, sem fins econômicos, tendo como obje-tivo principal dar apoio, solidariedade, orientação, abrigo e cuidados às pessoas vivendo com HIV/AIDS. 2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS: As demonstra-ções contábeis foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira, que levam em consideração as Normas Brasileiras de Contabilidade – ITG 2002 específica para entidades sem finalidades de lucros e a NBC TG 1000 – Contabilidade para Pe-quenas e Médias Empresas, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade para preparação de suas demonstrações financeiras – CPC PME (IFRS para SME do IASB): a. Disponibilidade: Caixa e equivalentes incluem caixa, saldos em conta movimento e aplicações financeiras resgatáveis no prazo de 90 dias a contar da data do balanço, classificados na categoria de ativos financeiros com contraparti-da no resultado. Esses investimentos são avaliados ao custo, acrescidos de juros até a data do balanço, e marcados a mercado, sendo o ganho ou a perda registrado no resultado do exercício. Conforme nota explicativa 3 (três). b. Imobilizado: Os

bens do ativo imobilizado estão registrados pelo valor do custo, deduzido das res-pectivas depreciações calculadas pelo método linear, considerando-se o período de vida útil econômica dos respectivos bens. c. Demais Obrigações: Demonstra-das pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos incorridos até a data do balanço. d. Regime Contábil: O regime contábil adotado pela Entidade é o competência. e. Classificação das Receitas: As receitas da Entidade foram classificadas em: doações diversas, alu-guéis, rendimentos com aplicações financeiras, juros s/aplicações financeiras e estorno de tarifa bancária. f. Aplicação dos Recursos: Os recursos da Entidade foram aplicados em suas finalidades institucionais, de conformidade com seu Estatuto Social, demonstrados pelas suas despesas e investimentos patrimoniais.g. Gratuidades: Os serviços oferecidos pela Entidade são em sua totalidade gra-tuitos, por isso a mesma não possui contas especificas de gratuidades oferecidas.3. DISPONIBILIDADES 2013 2012Caixa 3.690 4.898Banco 50 27.785Aplicação Financeira 37.351 38.988Total 41.091 71.6714. CRÉDITOS 2013 2012INSS a Recuperar - 847Imóveis Vendidos 25.000 55.000Adiantamento de Férias - 991Total 25.000 56.8385. IMOBILIZADO 2013 2012a) Composição: Tx. Anual Custo Deprec. Valor Valor Deprec. Corrig. Acum. Residual ResidualImobilizadoTerrenos - 245.000 - 245.000 245.000Máquinas e Equiptos. - 75 - 75 75Instalações - 2.200 - 2.200 2.200Equip. de informática - 2 - 2 2Imóveis Edificados 4% 172.255 (95.173) 77.082 83.962Móveis e Utensílios 10% 11.797 (10.533) 1.264 1.933Veículos 20% 22.183 (22.183) - -Total Imobilizado 453.512 (127.889) 325.623 333.172Os Bens que compõem os grupos de Máquinas e Equipamentos, Instalações e Equipamentos de Informática foram adquiridos como doações.b) Movimentação: 2013 2012Saldo no Início do Exercício 453.512 453.512Aquisições - -Baixas - -Saldo ao Final do Exercício 453.512 453.5126. ADIANTAMENTOS 2013 2012PMSP – Programa Municipal DST/AIDS - 38.509Total - 38.509Constituem-se em valores (vinculados) recebidos de órgãos públicos. 7. REMU-NERAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: a) Remuneração da Administração: O estatuto social da Entidade possui previsão de não remuneração dos membros do Con-selho. Dessa forma, a Entidade não concede nenhum tipo de remuneração, van-tagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes foram atribuídas pelos respectivos atos constitutivos. 8. PATRIMÔNIO SOCIAL: a) Patrimônio Social: É composto, substancialmente, pelo patrimônio social e pelos superávits/déficits apurados anualmente. Em caso de extinção ou desqualificação da Organização Social, seu patrimônio, legados ou doações, assim como eventuais excedentes financeiros decorrentes de suas atividades, serão destinados integralmente ao patrimônio de outra Organização Social, qualificada no âmbito do Estado de São Paulo na mesma área de atuação, escolhida em Assembleia Geral e a patrimônio do Estado, na proporção dos recursos e bens por estes alocados, de acordo com o disposto na Lei Complementar nº 846/98 e no Decreto Estadual nº 43.493/98.9. RENÚNCIA FISCAL: a) Renúncia Fiscal: Imunidade: Nos termos do artigo 150

VI, “C” da Constituição Federal, a Casa de Apoio Brenda Lee goza de imunidade de imposto sobre sua renda (IRPJ), patrimônio e serviços, conforme artigo 14 do Código Tributário Nacional. Isenção: A Entidade é isenta da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) conforme o inciso 1 do artigo 15 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997. As receitas próprias da entidade são isentas da Con-tribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) conforme artigo 14 X da medida provisória Nº 2158-35, de 24 ade agosto de 2001. Em relação à Contribuição Social para Programa de Integração Social (PIS), a entidade esta sujeita ao recolhimento da contribuição calculada sobre a folha de salários a alí-quota de 1%, conforme disposto no artigo 13 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001.

São Paulo, 31 de dezembro de 2013.Maria Luiza Augusto Martins - Presidente

Israel Antonio Cintra Corrêa - Contador - CRC.: 1SP160.023/O-3

ATIVO 2013 2012 CIRCULANTE 66.091,20 128.507,74 DISPONIBILIDADES 41.091,20 71.670,09*BENS NUMERÁRIOS 3.689,91 4.897,61CAIXA ADMINISTRATIVO 40,50 99,17CAIXA - ESTACIONAMENTO 3.625,43 4.774,46CAIXA - BANCO DO BRASIL 23,98 23,98*BANCOS/CONTA MOVIMENTO 49,98 27.784,95SANTANDER (0143-13-003310-1) BRENDA 23,38 27.748,95BANCO DO BRASIL (23711-6) - BRENDA 26,60 36,00*APLICAÇÃO FINANCEIRA 37.351,31 38.987,53APLIC.FIN.B.B. NC FIC (100399-2)-BRENDA 464,68 618,75APLIC.FIN.B.B.R CDB (00023711-6)-BRENDA 0,00 28.911,12APLIC. BB CP (23711-6) BRENDA 0,00 9.457,66APLIC.FINANC.SANTANDER - BRENDA 36.886,63 0,00CRÉDITOS 25.000,00 56.837,65*TRIBUTOS A RECUPERAR 0,00 846,51I.N.S.S.A RECUPERAR 0,00 846,51*OUTROS CRÉDITOS 25.000,00 55.991,14IMÓVEIS VENDIDOS 25.000,00 55.000,00ADIANTAMENTO DE FÉRIAS 0,00 991,14NÃO CIRCULANTE 326.173,26 333.722,34IMOBILIZADO 325.623,26 333.172,34*BENS MÓVEIS 14.074,03 14.074,03MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 74,80 74,80MÓVEIS E UTENSÍLIOS 11.797,23 11.797,23EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA 2,00 2,00INSTALAÇÕES 2.200,00 2.200,00*IMÓVEIS EDIFICADOS 172.255,00 172.255,00RUA MAJOR DIOGO, 779 - BELA VISTA/SP 172.255,00 172.255,00*TERRENOS 245.000,00 245.000,00RUA MAJOR DIOGO, 800 - BELA VISTA/SP 245.000,00 245.000,00*VEÍCULOS 22.182,47 22.182,47VEÍCULOS 22.182,47 22.182,47*(-) DEPREC./AMORTIZAÇÃO/EXAUSTÃO (10.532,99) (9.863,87)(-) DEPREC.MÓVEIS E UTENSÍLIOS (10.532,99) (9.863,87)*(-) DEPRECIAÇÃO DE IMÓVEIS (95.172,78) (88.292,82)(-) DEPR.R.MAJOR DIOGO,779-B.VISTA/SP (95.172,78) (88.292,82)*(-) DEPRECIAÇÃO DE VEICULOS (22.182,47) (22.182,47)(-) DEPRECIAÇÃO DE VEICULOS (22.182,47) (22.182,47)INTANGÍVEL 550,00 550,00*INTANGÍVEL 550,00 550,00MARCAS E PATENTES 550,00 550,00TOTAL DO ATIVO 392.264,46 462.230,08

PASSIVO 2013 2012CIRCULANTE 2.965,64 41.698,61OBRIGAÇÕES DE CURTO PRAZO 2.965,64 41.698,61*TRIBUTOS A RECOLHER 21,60 18,08PIS S/FOLHA DE PAGTO 21,60 18,08*SALÁRIOS/ENC.SOCIAIS A PAGAR/RECOLHER 2.442,04 2.462,13I.N.S.S.A RECOLHER 386,64 104,86FGTS A DEPOSITAR 86,40 144,64FÉRIAS A PAGAR 1.969,00 2.212,63*OBRIGAÇÕES DIVERSAS 502,00 709,50SERVIÇOS PRESTADOS - PJ 502,00 709,50*ADIANTAMENTOS DIVERSOS 0,00 38.508,90PMSP - PROGRAMA MUNICIPAL DST/AIDS 0,00 38.508,90PATRIMÔNIO LÍQUIDO 389.298,82 420.531,47PATRIMÔNIO LÍQUIDO 389.298,82 420.531,47PATRIMÔNIO SOCIAL 389.298,82 440.561,44PATRIMÔNIO SOCIAL 389.298,82 440.561,44*DÉFICIT OU SUPERÁVIT ACUMULADO 0,00 (20.029,97)(-) DÉFICIT DO EXERCÍCIO 0,00 (20.029,97)TOTAL DO PASSIVO: 392.264,46 462.230,08

2013 2012RECEITA BRUTA OPERACIONAL DOAÇÕES 25.555,37 32.328,68RECEITA BRUTA OPERACIONAL Total: 25.555,37 32.328,68RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 25.555,37 32.328,68Superávit Operacional Bruto 25.555,37 32.328,68(-) DESPESAS OPERACIONAIS Gerais e Administrativas SALÁRIO (13.510,13) (3.285,81) I.N.S.S. (4.642,07) (3.490,20) FGTS (1.811,07) (1.582,93) PIS S/FOLHA DE PAGAMENTO (172,30) (205,87) ABONO PECUNIÁRIO (444,44) (0,00) 13º SALÁRIO (1.282,00) (1.538,67) FÉRIAS (1.722,59) (2.034,85) VALE TRANSPORTE (120,00) (744,00) MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS (3.147,00) (50,00)DESPESAS MÉDICAS (0,00) (30,00) CART.DE REG.DE IMÓVEIS/TABELIÃO DE NOTAS (305,95) (180,34) MATERIAL DE ESCRITÓRIO (573,85) (1.852,53) HIGIENE E LIMPEZA (62,73) (147,99) COPA, COZINHA E REFEITÓRIO (280,15) (641,37) CONDUÇÕES (1.798,20) (3.263,49) SERVIÇOS PRESTADOS - PJ (6.526,20) (6.153,50) COMBUSTÍVEL/LUBRIFICANTE (90,00) (40,02) MANUTENÇÃO E REPAROS (5.249,97) (3,431,74)VESTUÁRIO / UNIFORMES (0,00) (152,60)PRODUTOS DIVERSOS (0,00) (25,00) LANCHES E REFEIÇÕES (613,94) (901,29) ASSINATURAS/PUBLICAÇÕES (5.468,40) (4.305,00) TELEFONE (3.740,64) (396,62) ÁGUA E ESGOTO (1.936,52) (9.086,14) ENERGIA ELÉTRICA (2.802,63) (371,78) DEPRECIAÇÕES/AMORTIZAÇÕES (7.549,08) (7.549,08) SERVIÇOS PRESTADOS DIVERSOS (23.174,53) (23.426,67) CORREIOS E MALOTES (83,96) (344,25) CONSUMO DE GÁS (914,17) (542,75) SEGUROS (110,38) (0,00) LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS (65,86) (0,00)DESPESAS DIVERSAS (0,00) (189,50) CONTRIBUIÇÃO SINDICAL (282,14) (307,02) T.F.E. (115,00) (108,66) I.R.R.F.S/APLIC.FINANCEIRA (16,86) (3,89) I.O.F. (1,39) (5,80) TAXAS DIVERSAS (502,28) (449,70) Gerais e Administrativas Total: (89.116,43) (76.839,06)(-) DESPESAS OPERACIONAIS Total: (89.116,43) (76.839,06)(-) DESPESAS/RECEITAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS (-) Despesas financeiras DESPESAS BANCÁRIAS (910,60) (1.036,80)MULTAS (0,00) (4,80) JUROS (8,75) (5,86) (-) Despesas financeiras Total: (919,35) (1.047,46) Receitas financeiras RENDIMENTO DE APLIC.FINANCEIRA 480,67 966,60JUROS S/APLIC.FINANCEIRA 0,00 355,21ESTORNO DE TARIFA BANCÁRIA 0,00 206,06 Receitas financeiras Total: 480,67 1.527,87(-) DESPESAS/RECEITAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS Total: (438,68) 480,41(+/-) OUTRAS DESP/REC.OPERACIONAIS Receitas diversas ALUGUEL 32.500,00 24.000,00 Receitas diversas Total: 32.500,00 24.000,00(+/-) OUTRAS DESP/REC.OPERACIONAIS Total: 32.500,00 24.000,00Défcit Operacional (31.499,74) (20.029,97)Défcit Antes do IR., CSL e Participações (31.499,74) (20.029,97)Défcit Líquido antes das Participações (31.499,74) (20.029,97)Défcit Líquido do Exercício (31.499,74) (20.029,97)

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA: Pregão Eletrônico Nº 59/00030/13/05OBJETO: Prestação de serviços de vigilância eletrônica com instalação, locação, manutenção e operação de sistemas de alarme de intrusão; circuito fechado de TV (CFTV); gravação local e remota, monitoramento remoto dos alarmes e das imagens quando de um evento, a serem implantados em Escolas Estaduais e sedes de Diretorias de Ensino localizadas na Capital, Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Campinas, conforme detalhamento constante do Anexo II - Projeto Básico - Especificações Técnicas, parte integrante deste Edital. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para: Prestação de serviços de vigilância eletrônica com instalação, locação, manutenção e operação de sistemas de alarme de intrusão; circuito fechado de TV (CFTV); gravação local e remota, monitoramento remoto dos alarmes e das imagens quando de um evento, a serem implantados em Escolas Estaduais e sedes de Diretorias de Ensino localizadas na Capital, Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Campinas, conforme detalhamento constante do Anexo II - Projeto Básico - Especificações Técnicas, parte integrante deste Edital. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 25/07/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verifi car o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 07/08/2014, às 09:30 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 25/07/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. BARJAS NEGRI - Presidente.

RGB RESTAURANTES LTDA - CNPJ/MF: 62.505.847/0001-85 - CISÃO PARCIALCom seu registro na JUCESP sob n° 35.204.610.10-8 em sessão de 19/08/1969 - comunica a cisão parcial com trans-ferência de parte do seu capital no valor de R$ 270.787,00 (duzentos e setenta mil, setecentos e oitenta e sete reais) com a empresa Galetos Restaurantes Ltda. no papel de CINDIDA tal ato foi registrado em 21/05/2014 sob n° 197.724/14-0.

GALETOS RESTAURANTES LTDA - CNPJ/MF: 47.682.133/0001-59 - CISÃO PARCIALCom seu registro na JUCESP sob n° 35.205.259.47-1 em sessão de 23/03/1976 - comunica a cisão parcial resultando no aumento do seu capital em R$ 270.787,00 (duzentos e setenta mil, setecentos e oitenta e sete reais) com a empresa RGB Restaurantes Ltda. no papel de Incorporadora tal ato foi registrado em 21/05/2014 sob n° 197.724/14-0.

CONDOMÍNIO EDIFÍCIO DOM STEPHANO“EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA”

Por este edital, ficam convocados os senhores condôminos do EDIFÍCIO DOM STEPHANO, situa-do na Rua Santa Virginia, nº 356 – Parque São Jorge – Tatuapé – São Paulo/SP, CEP 03084-000,para ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, à realizar-se no dia 31 de julho do corrente ano,no Hall de entrada, às 20h00 (vinte horas) em primeira convocação, com o quorum de 2/3 da totali-dade das frações ideais do edifício e, às 20h30 ( vinte horas e trinta minutos) em segunda chama-da, com qualquer número de presentes, com a seguinte ordem do dia: 1 - Deliberação acerca daresponsabilização da ADB Administração de Condomínios na Assembléia que elegeu a CHAPA 1no dia 24/06/2014, em transgressão a convenção condominial e edital; 2 - DELIBERAÇÃO ACER-CA DA INVALIDADE DA ASSEMBLÉIA REALIZADA, EFEITOS JURÍDICOS E SUAS CONSE-QUÊNCIAS; 3 – VOTAÇÃO PARA O AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS EDESTITUÍÇÃO DA SÍNDICA; 4 - APRESENTAÇÃO DAS CHAPAS CONCORRENTES E MEM-BROS DA COMISSÃO GESTORA (SÍNDICO , CONSELHO DIRETIVO E FISCAL); 5 – VOTAÇÃODAS CHAPAS CONCORRENTES A COMISSÃO GESTORA; 6 - ASSUNTOS GERAIS. Os condô-minos que se fizerem representar por procuração, deverão apresentá-la com firma reconhecida noinício dos trabalhos, deixando a mesma com o secretário, para arquivo, após aprovação do fiscalda(s) chapa(s) concorrente(s). Nos termos da convenção, podem votar apenas os condôminos qui-tes com as obrigações condominiais (art. 1.336, I /CCB) e apenas um condômino poderá se fazerrepresentado por outro, salvo tratar-se de mandatário profissional com poderes inerentes ao exer-cício da profissão, desde que a assinatura do condômino seja reconhecida em cartório, apresenta-das ao fiscal da chapa adversa. São Paulo, 25 de julho de 2014. Comissão Especial de Condômi-nos, com fundamento no art. 1355 do CCB.

AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: Tomada de Preços 05/2014, PROCESSO: 473/2014, OBJETORESUMIDO: Contratação de empresa para reforma com ampliação de área e aplicação de sistema deenergia renovável no CESAP, Guararema/SP, DATA E HORA DA LICITAÇÃO: 11/08/2014, entrega dosenvelopes às 09h00 e sessão às 9h30, LOCAL DA LICITAÇÃO: Sala de Licitações do Paço Municipal,na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35, Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lido e obtido na íntegrano Paço Municipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35, centro, Guararema/SP, em horário comercial.Informações: (11) 4693-8014. ADRIANO DE TOLEDO LEITE, Prefeito Municipal.

AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: Tomada de Preços 06/2014, PROCESSO: 476/2014, OBJETORESUMIDO: Contratação de empresa para reforma com ampliação de área e aplicação de sistema deenergia renovável na UBS Jd. Dulce, Guararema/SP, DATA E HORA DA LICITAÇÃO: 11/08/2014,entrega dos envelopes às 09h00 e sessão às 14h00, LOCAL DALICITAÇÃO: Sala de Licitações do PaçoMunicipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35, Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lido e obtidona íntegra no Paço Municipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35, centro, Guararema/SP, em horáriocomercial. Informações: (11) 4693-8014. ADRIANO DE TOLEDO LEITE, Prefeito Municipal.

AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: Tomada de Preços 09/2014, PROCESSO: 538/2014, OBJETORESUMIDO: Contratação de empresa para execução de obra para instalações de prédio público paraatividades de fomento ao turismo na Estrada Municipal Argemiro de Souza Melo s/n, bairro Luiz Carlos,Guararema/SP, DATA E HORA DA LICITAÇÃO: 12/08/2014, entrega dos envelopes às 09h00 e sessãoàs 14h00, LOCAL DALICITAÇÃO: Sala de Licitações do Paço Municipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca,35, Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lido e obtido na íntegra no Paço Municipal, na Praça Cel.Brasílio Fonseca, 35, centro, Guararema/SP, em horário comercial. Informações: (11) 4693-8014.ADRIANO DE TOLEDO LEITE, Prefeito Municipal.

AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: Tomada de Preços 08/2014, PROCESSO: 537/2014, OBJETORESUMIDO: Contratação de empresa para execução de obra da Casa de Brincar, localizada na esquinada Estrada Municipal Argemiro de Souza Melo x Rua Sebastião de Souza, bairro Luiz Carlos,Guararema/SP, DATA E HORA DA LICITAÇÃO: 12/08/2014, entrega dos envelopes às 09h00 e sessãoàs 9h30, LOCAL DA LICITAÇÃO: Sala de Licitações do Paço Municipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca,35, Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lido e obtido na íntegra no Paço Municipal, na Praça Cel.Brasílio Fonseca, 35, centro, Guararema/SP, em horário comercial. Informações: (11) 4693-8014.ADRIANO DE TOLEDO LEITE, Prefeito Municipal.

Beleza.Com Comércio de Produtos de Beleza e Serviços de Cabeleireiros S.A.CNPJ/MF nº 11.724.258/0001-57

Demonstrações Financeiras referentes aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2013 e 2012 (Em milhares de Reais)Balanços Patrimoniais

Ativo 2013 2012Caixa e equivalentes de caixa 1.447 7.344Contas a receber 5.511 4.081Impostos a recuperar 275 113Estoques 6.911 5.414Outros créditos 144 193

Total do ativo circulante 14.288 17.145Imobilizado 668 792Ativo intangível 1.675 829

Total do ativo não circulante 2.343 1.621Total do ativo 16.631 18.766Passivo 2013 2012Fornecedores 6.404 4.773Empréstimos 1.242 1.911Obrigações trabalhistas 823 649Impostos e contribuições a recolher 49 46Outras contas a pagar 412 482

Total do passivo circulante 8.930 7.861Empréstimos 3.500 2.110

Total do passivo não circulante 3.500 2.110Patrimônio líquido 4.201 8.795Capital social 18.207 18.207AFAC 1.166 –Prejuízos acumulados (15.172) (9.412)

Total do passivo e patrimônio líquido 16.631 18.766

Demonstrações de Resultados 2013 2012Receita 48.163 32.597Custo dos produtos vendidos (33.884) (24.215)Lucro bruto 14.279 8.382Receitas e despesas operacionaisDespesas administrativas e gerais (11.091) (9.841)Despesas de vendas (8.055) (6.684)Outras (despesas) receitas operacionais (680) 119

Resultado antes das rec. (despesas) financeiras (5.547) (8.024)Receitas financeiras 506 592Despesas financeiras (719) (776)

(Despesas) financeiras líquidas (213) (184)Resultado antes dos impostos (5.760) (8.208)Resultado do exercício (5.760) (8.208)Demonstrações de Resultados Abrangentes 2013 2012Resultado do exercício (5.760) (8.208)Resultado abrangente total (5.760) (8.208)

Demonstrações das Mutações do Patrimônio LíquidoCapital Prej.social AFAC acum. Total

Saldos em 1º de janeiro de 2012 8.207 – (1.204) 7.003Aumento de capital social 10.000 – – 10.000Resultado do exercício – – (8.208) (8.208)Saldos em 31 de dezembro de 2012 18.207 – (9.412) 8.795Adiantamento p/ futuro aum. de capital – 1.166 – 1.166Resultado do exercício – – (5.760) (5.760)Saldos em 31 de dezembro de 2013 18.207 1.166 (15.172) 4.201Alexandre Ramos Serodio – Presidente

José da Luz da Silva Junior – Diretor FinanceiroLucas Spehar Filho – Contador – CRC 1SP 166.188/O-0

As Notas Explicativas junto com o Parecer dos Auditores Independentesencontram-se a disposição dos senhores acionistas na sede social

Demonstrações dos Fluxos de Caixa – Método IndiretoFluxos de caixa das atividades operacionais 2013 2012Resultado do exercício (5.760) (8.208)

Ajustes para:Depreciação e amortização 362 273(Reversão) de provisão p/ crédito de liquidação duvidosa (1.082) –Baixas de títulos de clientes 3.229 –Encargos financeiros sobre empréstimos 505 593

(2.746) (7.342)Variações nos ativos e passivos(Aum.) dimin. dos ativos: Contas a receber de clientes (3.577) 15

Estoques (1.497) (106)Impostos a recuperar (162) (2.851)Outros créditos 49 (52)

Aum.(dimin.) dos passivos: Fornecedores 1.631 1.992Obrigações trabalhistas 174 396Impostos e contrib. a recolher 3 (192)Outras contas a pagar (70) 147Juros pagos (566) (488)

Fluxo de caixa liq. usado nas atividades operacionais (6.761) (8.481)Fluxos de caixa das atividades de investimentosAquisição de ativo imobilizado (32) (402)Aquisição de ativo intangível (1.052) (782)

Fluxo de caixa usado nas atividades de investimento (1.084) (1.184)Fluxos de caixa das atividades de financiamentosIngressos de empréstimos 3.052 7.873Pagamentos de empréstimos (2.270) (5.839)Adiantamento para futuro aumento de capital 1.166 –Integralização de capital – 10.000

Caixa proveniente das atividades de financiamento 1.948 12.034(Redução) aumento do caixa e equivalentes de caixa (5.897) 2.369

Demonstração do aumento do caixa e equival. de caixaNo início do exercício 7.344 4.975No fim do exercício 1.447 7.344

(Redução) aumento do caixa e equivalentes de caixa (5.897) 2.369

Inversora Brasileira Aeronáutica S.A.CNPJ nº 61.358.065/0001-06

EDITAL DE CONVOCAÇÃO - 3ª ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIAFicam convocados os senhores acionistas da INVERSORA BRASILEIRA AERONÁUTICA S.A., a comparecerem àAssembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 10 de setembro de 2014, às 11h (1ª CONVOCAÇÃO)e, às 16h (2ª CONVOCAÇÃO), na sede social, sita à Av. Engenheiro Luiz Carlos Berrini nº 801, 4º Andar, São Paulo/SP, a fim de deliberarem sobre: a) Diminuição de Ações Subscritas; b) Subscrição de novos Acionistas; c) Exclusão de acionistas, por ter endereço incerto e ignorado; d) Adequação ao Novo Código Civil de 2002;e) Atualização dos dados cadastrais junto a JUCESP e todos os órgãos pertinentes; f) Atualização monetária do capital social subscrito; g) Eleição de nova diretoria; h) Alteração de endereço; i) Alteração do estatuto social;j) Aprovação e alteração de outros atos complementares de interesse da sociedade. São Paulo, 24/07/2014.

(25, 29 e 30/07/2014)Nepal Empreendimentos Imobiliários Ltda. - CNPJ/MF 08.975.671/0001-80 - NIRE 35.221.488.927

Reunião dos Sócios - Edital de ConvocaçãoCyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações, representada por seus diretores, na qualidade desócia da Nepal Empreendimentos Imobiliários Ltda., vêm, nos termos do Contrato Social em vigor, convocar os sócios paraa Reunião de Sócios a realizar-se no dia 04/08/2014, às 10hs, na sede social, na Cidade de São Paulo/SP, na R. ProfessorManoelito de Ornellas, nº 303, 7º and., parte, para deliberar a seguinte ordem do dia: (i) aumento do capital social;(ii) redução do capital social; e (iii) aprovação da 6ª Alteração e Consolidação do Contrato Social. SP, 23/07/2014.Cyrela Brazil Realty S/A Empreendimentos e Participações - Eric Alexandre Alencar e Cássio Mantelmacher.

18 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014

Detido banqueiro portuguêsRicardo Espírito Santo Salgado foi levado ao Tribunal Central de Instrução Criminal devido a investigação sobre lavagem de dinheiro e sonegação de impostos

Ricardo Espírito Santo

Salgado, 70 anos,

patriarca da podero-

sa família portugue-

sa e ex-chefe do Banco Espíri-

to Santo, foi detido ontem em

Lisboa por autoridades judi-

ciárias e levado perante a um

juiz do Tribunal Central de Ins-

trução Criminal. Sua detenção

agrava os problemas enfren-

tados pela família, que luta pa-

ra salvar seu império de negó-

cios após a descoberta de irre-

gularidades em uma de suas

holdings.

Em comunicado, a Procura-

doria-Geral da República in-

formou que a detenção de Sal-

gado está relacionada a uma

investigação antiga sobre la-

vagem de dinheiro e sonega-

ção de impostos. Não foram

dados mais detalhes sobre a

audiência. Nenhum membro

da família Espírito Santo e do

banco estava disponível para

comentários.

Salgado é testemunha vo-

luntária na investigação e dis-

se em janeiro de 2013 que

sempre pagou seus impostos

e não era um suspeito. Na épo-

ca, a Procuradoria confirmou

que ele não era suspeito de ne-

nhum crime.

Paralelamente, Carlos Ta-

vares, diretor da Comissão

do Mercado de Valores Mobi-

liários (CMVM), órgão regula-

dor do mercado de Portugal,

disse que o órgão investigou

o Grupo Espírito Santo em di-

versas ocasiões nos últimos

seis anos e encontrou sinais

de possíveis atividades ile-

gais sobre as quais alertou

p ro c u r a d o re s .

José Manuel Ribeiro/Reuters

Salgado: testemunha voluntária na investigação do grupo.

Falando em um comitê par-

lamentar, Tavares citou "si-

nais de abuso de informações

privilegiadas e possível crime

de abuso de confiança".

O Ministério Público disse

na semana passada que tem

diversas investigações em

andamento sobre a situação

em torno do império Espírito

S a n t o.

Ontem, o grupo produziu

outra má notícia: o Espírito

Santo Financial Group SA

(ESFG), que controla 20% do

Banco Espírito Santo (BES),

pediu concordata em Luxem-

burgo. É a terceira empresa do

grupo a pedir proteção dos

c re d o re s .

Em comunicado, o ESFG

afirma que "pediu aos tribu-

nais de Luxemburgo por admi-

nistração controlada, depois

de a companhia concluir que é

incapaz de cumprir suas obri-

gações sob seu programa de

commercial paperse as obriga-

ções associadas às dívidas da

própria companhia".

As negociações com ações

do ESFG estão suspensas des-

de 10 de julho, quando o grupo

disse que estava avaliando o

impacto das dificuldades da

Espírito Santo International

SA (ESI), que controla 49% do

grupo. A ESI pediu concordata

na semana passada e sua

principal unidade, a Rioforte

Investments, fez o mesmo

nesta semana.

O ESFG disse que sua ex-

posição às entidades do gru-

po, incluindo a ESI e a Riofor-

te, totaliza 2,35 bilhões de

euros (US$ 3,16 bilhões).

(Agências)

sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 19

CONTEXTO OPERACIONAL - A companhia, constituída no ano de 1999,com sede na Cidade de São Paulo – SP tem como atividade preponde-rante a consultoria e gestão em sistemas elétricos e térmicos, a comer-cialização de energia elétrica e a aquisição, construção e operação deusinas de geração de energia.APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - a) Auto-

SERVICE ENERGY GESTÃO DE ENERGIA S/A.CNPJ: 03.358.698/0001-00BALANÇO PATRIMONIAL

A DIRETORIA Ramon Antonio C. de Andrade - Contador - CRC 1SP 124.348/O-2

rização das demonstrações contábeis - As demonstrações contábeisinerentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 estão sendoapresentadas em Reais sem centavos, foram autorizadas pelo Conselhode Administração da Companhia no dia 28 de abril de 2014. b) Declara-ção de conformidade - As demonstrações contábeis individuais, indica-das como “controladora” e consolidadas para o exercício findo em 31 de

dezembro de 2013, foram preparadas de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil que compreendem as normas da Comissão de ValoresMobiliários (CVM) e os pronunciamentos, interpretações e orientações doComitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Especificamente as demons-trações contábeis consolidadas estão preparadas em conformidade com asnormas internacionais de relatórios financeiros (Internacional Financial Re-porting Standard – IFRS), emitidas pelo Internacional Accounting StandardBoard – IASB. AS politicas contábeis da Companhia foram consistentementeaplicadas em relação aos exercícios anteriores. As demonstrações contábeisforam preparadas no curso normal dos negócios e na continuidade de suas ati-vidades. As demonstrações contábeis CONSOLIDADAS foram preparadas emconformidade com as normas internacionais de contabilidade (InternacionalFinancial Reporting Standard – IFRS), emitidas pelo “Internacional AccountingStandard Board – IASB” e as interpretações do Comitê de Interpretações dasNormas Internacionais de Contabilidade “International Financial Reporting In-terpretations Committee – IFRIC” e também de acordo com as práticas contá-beis adotadas no Brasil. As demonstrações contábeis na íntegra, devidamenteacompanhadas do relatório dos auditores independentes, emitido pela Confi-dor Auditores Associados, encontram-se à disposição na sede da Companhia.

CONTROLADORA CONSOLIDADO2013 2012 2013 2012

ATIVOCIRCULANTECaixa e equivalentes......... 219.955 213.022 538.370 262.499Duplicatas a receber ......... 681.429 152.290 681.429 152.290Impostos a recuperar ........ 464.589 9.870 466.009 31.770Outros créditos.................. 36.557 16.901 203.848 204.598Adiantamento afornecedores ................... 181.381 248.900 208.648 248.900

Créditos com empresasligadas ............................. 1.447.225 4.925.992 0 0

Créditos com sócios.......... 443.236 0 443.236 0Valores a receber venda deinvestimentos .................. 1.249.408 1.989.260 1.249.408 1.989.260

Total do circulante .......... 4.723.780 7.556.235 3.790.948 2.889.317

NÃO CIRCULANTECréditos com empresasligadas ............................. 1.927.138 12.219.165 433.446 415.177

Créditos com sócios.......... 0 262.815 0 262.815Outros créditos.................. 34.458 27.860 85.695 29.692

1.961.596 12.509.840 519.141 707.684Investimentos .................... 25.840.995 6.472.318 7.640.659 49.850Imobilizado líquido ............ 382.669 10.073.240 34.563.821 43.596.935Intangível líquido ............... 26.701 7.689 1.088.232 1.109.446

26.250.365 16.553.247 43.292.712 44.756.231Total do não circulante ... 28.211.961 29.063.087 43.811.853 45.463.915

Total do ATIVO ................. 32.935.741 36.619.322 47.602.801 48.353.232

CONTROLADORA CONSOLIDADO2013 2012 2013 2012

PASSIVO ePATRIMÔNIO LÍQUIDO

CIRCULANTEEmprést. e financiam....... 4.371.889 6.443.887 6.195.747 7.068.826Fornecedores.................. 320.044 212.304 484.807 203.994Obrig. sociais e fiscais .... 616.063 984.554 951.029 1.168.719Adiant. de clientes........... 57.158 44.644 57.158 44.645Outras exigibilidades....... 32.796 403.039 150.717 708.130Total do circulante ........... 5.397.950 8.088.428 7.839.458 9.194.314NÃO CIRCULANTEEmprést. e financiam....... 7.149.140 5.240.643 19.352.352 16.652.694Obrig. empresas ligadas 0 4.674.833 0 3.871.481Obrig. c/sócios e terc....... 3.134.547 1.359.839 3.134.547 1.359.839Impostos parcelados....... 884.820 0 884.820 0Outras obrigações........... 0 1.026.285 0 1.026.285Receita de exerc. futuros 1.207.163 1.207.163 1.207.163 1.207.163Total do não circulante .... 12.375.670 13.508.763 24.578.882 24.117.462PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital social................... 5.000.000 5.000.000 5.000.000 5.000.000Reserva legal .................. 643.134 600.727 643.134 600.727Reservas de lucros ......... 533.415 901.572 533.415 901.572

6.176.549 6.502.299 6.176.549 6.502.299Depósito p/ aum. de cap. 8.985.572 8.519.832 8.985.572 8.519.832Participação dos nãocontroladores ................ 0 0 22.340 19.325

Total do patrim. líquido . 15.162.121 15.022.131 15.184.461 15.041.456Total do PASSIVO ePATRIMÔNIO LÍQUIDO 32.935.741 36.619.322 47.602.801 48.353.232

As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis

CONTROLADORA CONSOLIDADO2013 2012 2013 2012

RECEITA OPER. LIQ........ 12.438.734 11.360.113 17.565.873 16.740.033(-) Custo dos produtosvendidos .......................... (6.939.604) (4.878.757) (9.336.244) (8.552.609)

LUCRO BRUTO ................ 5.499.130 6.481.356 8.229.629 8.187.424Gerais e administrativas.... (3.405.573) (3.188.038) (3.992.449) (3.530.002)OUTRAS REC./DESP.OPERACIONAIS

Result. de equiv. patrim..... 1.184.272 284.615 181 957.572Preço de venda de invest.. 0 13.554.666 0 13.554.666Custo de invest. vendido 0 (12.044.993) 0 (12.044.993)Outras receitas edespesas operacionais... 104 0 104 0

1.184.376 1.794.288 285 2.467.245RESULTADO DAS ATIV.OPERACIONAIS............. 3.277.933 5.087.606 4.237.465 7.124.667

Receitas financeiras.......... 114.415 784.461 119.270 799.397Despesas financeiras........ (2.544.199) (5.103.699) (4.098.981) (7.023.051)RESULTADO ANTESDOS IMPOSTOS ............ 848.149 768.368 257.754 901.013

( + ) IR e contr. social ........ 0 (1.886.569) (125.738 (2.021.455)( - ) Partic. dos administ..... 0 0 0 0Result. líq. do exercício ..... 848.149 (1.118.201) 132.016 (1.120.442)Ajuste exercício anteriorcontroladas...................... 717.342 0

Partic. dos não control....... (1.209) 2.241= Particip. acionistascontroladores .................. 848.149 (1.118.201)

Quantidade de ações docapital social.................... 50.000 50.000

Result. líq. por ação em R$ 16,96 (22,36)

CONTROLADORA CONSOLIDADO2013 2012 2013 2012

Lucro líquido do exercício......... 848.149 (1.118.201) 132.016 (1.120.442)Ajuste de exercício anterior -controladora ............................... (718.989) 0 0 0

Ajuste de exercício anterior -controlada................................... 0 0 717.342 0

Resultado abrangente ............... 129.160 (1.118.201) 849.358 (1.120.442)As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis

Reservas de Lucros

CapitalReserva

LegalLucros aRealizar

Ajustede Aval.Patrim.

Lucrosacumul.

Depósitosp/aum. docap. social

Outrosresultados

abrangentesTotal

Controladora

Participaçãode não

Controladores TotalSaldos em 01/01/2012 ..... 5.000.000 600.727 11.557.430 0 0 0 0 17.158.157 51.927 17.210.084Resultado do exercício...... 0 0 (1.118.201) 0 0 0 0 (1.118.201) 0 (1.118.201)Depósito para futuroaumento de capital.......... 0 0 0 0 0 8.519.832 0 8.519.832 0 8.519.832

Dividendos distribuídos..... 0 0 (9.537.657) 0 0 0 0 (9.537.657) 0 (9.537.657)Partic. dos não control. ..... 0 0 0 0 0 0 0 0 (32.602) (32.602)Saldos em 31/12/2012 ..... 5.000.000 600.727 901.572 0 0 8.519.832 0 15.022.131 19.325 15.041.456Resultado líq. do exercíciofindo em 31/12/2013 ....... 0 0 0 0 848.149 0 0 848.149 0 848.149

Transf. para lucros acumul. 0 0 848.149 0 (848.149) 0 0 0 0 0Dividendos distribuídos..... 0 0 (454.910) 0 0 0 0 (454.910) 0 (454.910)Formação de reserva legal 0 42.407 (42.407) 0 0 0 0 0 0Depósito para futuroaumento de capital.......... 0 0 0 0 0 465.740 0 465.740 465.740

Partic. dos não control. ..... 0 0 0 0 0 0 0 0 3.015 3.015Outros result. abrangentes:Ajuste de exerc. anterior ... 0 0 (718.989) 0 0 0 0 (718.989) 0 (718.989)Saldos em 31/12/2013 ..... 5.000.000 643.134 533.415 0 0 8.985.572 0 15.162.121 22.340 15.184.461

As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis

PREFEITURA MUNICIPAL DETAUBATÉ/SP

PREGÃO Nº 249/14A Prefeitura Municipal de Taubaté comunica que face a impugnação da empresa Gabriel Paixão Fernandes Serviço e Sinalização - EPP, no pregão presencial 249/14, Registro de Preços para eventual Contratação de empresa especializada na prestação de serviço de sinalização viária horizontal com fornecimento de material, fi ca adiado para o dia 11.08.14 às 14h30, e que novo edital estará disponível pelo site www.taubate.sp.gov.br. Sob nº 249-A/14 a partir do dia 30.07.14. PMT., aos 24.07.14. Jose Bernardo Ortiz Monteiro Junior - Prefeito Municipal

SÃO PAULO TRANSPORTE S/ACNPJ nº 60.498.417/0001-58

Edital de Convocação - Assembleia Geral ExtraordináriaFicam convocados os Srs. Acionistas, para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará em 07/08/2014, com início às 11 (onze) horas, em sua sede social, nesta Capital, naRua Boa Vista, 236, 7º andar, a fim de tomarem conhecimento e deliberarem sobre os seguintes assuntos: 1. ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA: 1.1 Alteração na composição do Conselho de Administração da Empresa; 1.2 Outros assuntos de interesse social.

São Paulo, 23/07/2014. Jilmar Tatto - Presidente do Conselho de Administração

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que onde se lê“Proesplan Engenharia S/S Ltda. - EPP” leia - se “NDBombas Comércio e Serviços Ltda.– EPP” e RERRATIFA que a licitante ND Bombas Comércio e Serviços Ltda. - EPP quefoi classificadae considerada vencedora daTomadadePreçosnº 03/2014 - Processo nº2.590/2014-SAAE, destinadaàcontrataçãodeempresadeengenharia paraexecuçãodeserviços de montagem hidromecânica e obras gerais da estação elevatória de esgoto doparque São Bento, nestemunicípio, pelo tipomenor preço global. Comunica ainda, que oprazopara interposiçãode recursoéde05 (cinco) diasúteis, contadosapartir dapresentedata. Comissão Especial de Licitações - Jovelina Rodrigues Bueno (Presidente).

VIX ONE Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda.CNPJ/MF nº 08.091.808/0001-33 - NIRE - 35.220.726.441

Reunião dos Sócios Quotistas - Edital de ConvocaçãoCyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações, na condição de sócia quotista da VIX ONEEmpreendimentos Imobiliários SPE Ltda., (“Sociedade”), vem, pela presente, nos termos do ContratoSocial em vigor, convocar as demais sócias quotistas da Sociedade, para a Reunião de Sócios Quotistas, arealizar-se no dia 04/08/2014, às 10hs, na sede social da Sociedade, na Cidade de São Paulo/SP, na Av. EngenheiroRoberto Zuccolo, nº 555, 1º andar, sala 1.001, parte, Vila Leopoldina, CEP 05307-190, para deliberar sobre aseguinte ordem do dia: i) com fundamento no disposto do item II do art. 1.0 82 do Código Civil, deliberar acercada proposta de redução do capital da Sociedade em R$ 10.500.000,00, considerados excessivos em relação aoobjeto, com o cancelamento de 10.500.000 quotas, com valor nominal de R$1,00 cada uma, sendo 6.825.000quotas de propriedade da sócia Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações, 525.000quotas de propriedade da sóciaMorar Construtora e Incorporadora Ltda., e 3.150.000 quotas de propriedadeda sócia Incortel Incorporações e Construções Ltda., as quais receberão, na proporção das respectivasparticipações, o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituição do valor das quotas canceladas.Passando o capital social de R$ 17.145.799,00 para R$ 6.645.799,00; e ii) autorizar os administradores daSociedade a assinar e firmar todos os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão daredução de capital, assim como a publicar a ata deliberando a redução do capital, contendo um resumo dasdeliberações aprovadas, para os fins prescritos no art. 1.084 e seus parágrafos do Código Civil, bem como os sóciospromover a alteração do contrato social consignando o novo valor do capital social. São Paulo, 23/07/2014. CyrelaBrazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações - Eric Alexandre Alencar e Cassio Mantelmacher

20 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014

Arvedi Metalfer do Brasil S.A. – CNPJ/MF nº 13.091.683/0001-81Demonstrações Financeiras (Em milhares de reais)

Ativo 2013 2012Circulante 48.941 21.759Disponibilidades 4.896 8.629Clientes 7.212 433Estoques 15.168 7.966Tributos a Recuperar 19.785 4.512Instrum. Financeiros Derivativos 235 –Outros ativos 1.645 219Não circulante 219.985 112.525Instrum. Financeiros Derivativos 509 –Tributos a Recuperar 5.975 1.240Irpj e Csll diferidos 16.657 –Imobilizado 189.225 111.233Intangível 7.619 52Total do Ativo 268.926 134.284

Passivo e patrimônio líquido 2013 2012Circulante 94.662 50.116Empréstimos e financiamentos 49.219 30.923Fornecedores 44.300 18.576Obrig. Tributarias e Trabalhistas 1019 479Instrum. Financeiros Derivativos – 64Outras contas a pagar 124 74Não circulante 83.482 20.908Empréstimos e financiamentos 81.085 20.639Instrum. Financeiros Derivativos – 269Provisão para contingências 2.397 –Patrimônio líquido 90.782 63.260Capital social 123.117 77.032Prejuízos acumulados (32.335) (13.772)Total do Passivo 268.926 134.284

Resultado Operacional Líquido do Exercício (18.562) (9.411)Depreciação 5.230 226Instrumentos Financeiros Derivativos (1.077) 333Provisões e contingencias 2.701 4.624Resultado Operac. Líquido do Exerc. Ajustado (11.708) (4.228)Das Atividades OperacionaisRecebimentos de Clientes e outros (8.117) (433)Pagamentos a Fornecedores 21.440 10.768Estoques (7.202) (7.966)Obrigações Tributarias e Trabalhistas (19.468) (5.338)Outras Contas a Pagar 1.128 2.714Juros Pagos (3.454) (199)Disp. geradas p/ Atividades Operacionais (15.673) (454)Das Atividades de InvestimentosAdições de ativo imobilizado (90.789) (69.108)Disp. geradas p/ Atividades de Investimentos (90.789) (69.108)Das Atividades de FinanciamentosNovos Empréstimos 96.772 27.197Integralização de Capital 17.665 42.697Disp.geradas p/ Atividades de Financiamento 114.437 69.894Aumento/Diminuição nas Disponibilidades (3.733) (3.896)Disponibilidades – no início do período 8.629 12.525Disponibilidades – no final do período 4.896 8.629

2013 2012Receita operacional líquida 21.774 456Custo dos produtos vendidos (31.796) (2.527)Prejuízo bruto (10.022) (2.071)Despesas operacionaisDespesas administrativas (8.768) (3.585)Despesas comerciais (4.480) (14)

2013 2012Despesas financeiras (13.284) (9.306)Receitas Financeiras 711 5.573O. receitas (desp.) oper., líquidas 624 (8)

(35.219) (9.411)IRPJ e CSLL 16.657 –Prejuízo do exercício (18.562) (9.411)

Pedro Roberto Pícolo – Diretor Financeiro

As Demonstrações Financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis aceitas e embasadas pelas Leis nº 6.404/76, nº 11.638/07 e nº 11.941/09, atendendo as normas tributárias pertinentes.Notas Explicativas na integra e o Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras, encontram-se a disposição na sede da Empresa.

Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2013 e 2012

Demonstração do Resultado do Exercício

Demonstração do Fluxo de Caixa 2013 2012

Silvia Regina Ferreira do Nascimento – Contadora CRC 1SP 239.409/O-9

AVISO DE PREGÃO PRESENCIALnº. 001/2014Proc. 1408/2014

O SAAE São Carlos torna público, aos interessados, que encontra-se aberta alicitação na modalidade Pregão Presencial, que tem por objeto a aquisição deconjuntos geradores e dosadores de solução oxidante a base de hipoclorito desódio, peróxido de hidrogênio e outros agentes bactericidas a partir da dissociaçãoeletrolítica do cloreto de sódio, no próprio local de utilização, com operação contínua(24 horas), e sistema de fluoretação através de saturação, conforme edital. Ocredenciamento dos participantes e consecutiva abertura da sessão pública terá inícioàs 14h do dia 08/08/14, na sede do SAAE, sita à Av. Getúlio Vargas, 1500 Jd. SãoPaulo - São Carlos/SP. O edital na íntegra estará à disposição dos interessados no sitewww.saaesaocarlos.com.br, opção licitações, a partir das 11h do dia 25/07/14, e nasededoSAAE, emdias úteis, das 8h30minàs11h30minedas13h30minàs16h30min.

São Carlos, 24 de julho de 2014Gilmar Xavier Marques - Pregoeiro

SERVIÇO AUTÔNOMODE ÁGUA E ESGOTO

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 122/2014–PREGÃOPRESENCIALNº 104/2014

OBJETO:- Registro de preços para contratação deempresa para prestação de serviços de recauchutagem,para suprir a demanda dos veículos que compõem afrota desta Prefeitura de Birigui, pelo período de 12(doze) meses. Data da Abertura - 07/08/2014, às 08:00horas. Melhores informações poderão ser obtidos juntoa Seção de Licitações na Rua Santos Dumont nº 28,Centro, ou pelos telefones (018) 3643.6126. O Editalpoderá ser lido naquela Seção e retirado gratuitamenteno site www.birigui.sp.gov.br., Pedro Felício EstradaBernabé, Prefeito Municipal. Birigui, 24/07/2014.

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE SOROCABA, nos termos do artigo

8º, inciso VI do Decreto nº. 5.450 de 31 de maio de 2005, por sua Autoridade Competente,

declara Homologada esta Tomada de Preços nº 02/2014 - Processo Administrativo nº

1.971/2014, destinado a contratação de empresa de engenharia para elaboração de

projeto de adequação da canalização do córrego Supiriri. Sorocaba, 24 de julho de 2014

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 24 de julho de 2014, naComarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Euston Automação, Segurança e Sistemas Prediais Ltda. Requerido: G4S Engenharia e Sistema S/A - Av. Eliseu de Almeida, 1.454 - Térreo - Bu-tantã - 1ª Vara de Falências

Requerente: Talk Telecom Comércio de Equipa-mentos de Informática e Serviços Empresa-riais Ltda. - Requerido: Modus Serviços de Informática Ltda. - Av. Pavão, 955 Conj. 34 - Indianópolis - 2ª Vara de Falências

Reqte: Manetoni Distribuidora de Produtos Siderúrgicos, Importação e Exportação Ltda. - Requerido: Tec Mecanic Mecânica de Precisão Ltda. Rua Olivia Guedes Pen-teado, 1.252 - Socorro - 1ª Vara de Falências

Requerente: Fernando Antonio das Neves Transportes ME - Requerido: Enterpa Engenharia Ltda. - Rua Cecília Maria, 83 - Vila Progresso (Zona Norte) - 1ª Vara de Falências

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba, por seu Diretor Geral

comunica aos interessados, que foi cancelado o Pregão Eletrônico nº 53/2014,

destinado à aquisição de lixadeira, desempenadeira e desengrossadeira,

pelos motivos constantes dos autos do Processo Administrativo nº 2.576/2014-

SAAE. Sorocaba, 24 de julho de 2014. Janaína Soler Cavalcanti - Pregoeira.

ONDE O DESEMPREGO É ILEGALParaíso gelado de Longyearbyen, na Noruega,

é conquistado com mão de ferro: quem não tem emprego não pode morar na cidade; é deportado,assim como os sem-teto. A criminalidade é zero.

Andrew HigginsThe New York Times

Como governador do

território mais ao

norte da Noruega,

Odd Olsen Ingero co-

manda uma força de seguran-

ça com apenas seis policiais e

uma única cela de detenção. E

mesmo isso é um exagero:

ninguém ficou preso aqui, na

capital de Svalbard, desde o

último verão. E naquela oca-

sião, foram apenas dois dias.

Não é apenas a falta de gen-

te – menos de 3 mil estão ofi-

cialmente registrados como

moradores –, ou o fato de que

crimes comuns em outras par-

tes, como roubo de carros, são

um negócio exótico e arrisca-

do num lugar onde não há es-

tradas para fugir da cidade.

A chave para o status de

Svalbard como a coisa mais

próxima a uma sociedade sem

crimes na Europa, segundo o

governador, é que o desem-

prego é efetivamente ilegal.

"Quem não tem emprego não

pode morar aqui", declarou In-

gero, apontando que os de-

sempregados são rapidamen-

te deportados. Os aposenta-

dos também devem sair, a

menos que possam provar

que possuem meios suficien-

tes para se sustentar.

Mesmo governada pela No-

ruega, país que se orgulha de

oferecer apoio estatal quase

vitalício para seus cidadãos

necessitados, Svalbard, num

arquipélago de ilhas no Ártico,

adota um modelo mais próxi-

mo da visão de Ayn Rand do

que a norma escandinava de

generosa proteção social.

Até mesmo o prefeito so-

cialista de Longyearbyen,

Christin Kristoffersen, um

membro do Partido Trabalhis-

ta, quer que a cidade –b a t i z a-

da em homenagem ao indus-

trialista americano John Mun-

ro Longyear, que a fundou em

1906 – permaneça fora do al-

cance de todos que não esti-

verem fisicamente capazes e

exercendo uma atividade re-

munerada.

CONVENIÊNCIAS

"Este é um tipo muito espe-

cial de lugar", disse o prefeito,

cuja cidade possui todas as

conveniências de uma área

urbana moderna, incluindo

aeroporto, internet de alta ve-

locidade e até um restaurante

sofisticado, mas enfrenta uma

luta grande para sobreviver

contra os elementos que não

possui lugar para desempre-

gados ou enfermos.

Os sem-teto, como os de-

sempregados, são banidos.

Todos os moradores precisam

ter um endereço fixo, regra

que garante que ninguém

morra congelado numa terra

mais próxima do Polo Norte do

que da capital norueguesa,

Oslo, e onde a neve invade

grande parte do verão.

O governo financia uma es-

cola e um hospital, além da ad-

ministração do governador, e

também subsidia o maior em-

pregador de Svalbard, uma

empresa estatal de carvão

que vem operando no verme-

lho. Mas não há o consenso ni-

velador e esquerdista que, se-

gundo críticos conservadores,

transformou o trabalho quase

numa opção de estilo de vida

no resto do país. Os impostos

são muito menores do que em

outros lugares do país.

"Não existe sistema de

bem-estar social em Sval-

bard", explicou Ingero. "Se vo-

cê não consegue se sustentar

com trabalho, então não pode

ficar aqui".

O resultado, acrescentou

ele, "é uma sociedade muito

tranquila e cumpridora das

leis". Ele não defende o méto-

do de Svalbard como uma so-

lução para o crime em outros

locais, mas acha que isso mos-

tra uma ligação clara entre de-

semprego e criminalidade. Ao

mesmo tempo, a abordagem

derruba uma visão mantida

por muitos partidos populistas

na Europa, inclusive na Norue-

ga, de que a imigração tem

grande culpa pelo aumento

dos crimes.

ESTRANGEIROS

Svalbard não possui restri-

ções a estrangeiros que quei-

ram se mudar para cá, desde

que tenham emprego. Sob um

tratado internacional de 1920

que concedeu soberania à No-

ruega, seu território é aberto a

todos os habitantes das mais

de 40 nações que assinaram o

pacto. Uma população que

costumava ser homogenea-

mente branca hoje inclui tai-

landeses, chineses e outros

estrangeiros. Quase um terço

de todos os moradores são es-

trangeiros, incluindo cente-

nas de ucranianos trabalhan-

do numa concessão de mine-

ração pertencente à Rússia.

"A demografia aqui é bas-

tante única", declarou Ingero,

que passou grande parte de

sua vida combatendo o crime

como policial sênior, e hoje

preside um local tão calmo

que os residentes costumam

deixar as chaves de seus car-

ros na ignição, e quase nunca

trancam suas casas.

Segundo Mark Sabbatini,

americano que edita "o jornal

alternativo mais ao norte do

mundo", uma publicação se-

manal em inglês chamada

"Icepeople", ele sempre deixa

seu computador sobre a mesa

num café, e nunca se preocu-

pa com a possibilidade de rou-

bo. "Não existe crime", garan-

tiu ele.

Isso não é inteiramente ver-

dade. De acordo com estatísti-

cas oficiais, no ano passado

Svalbard foi tomada por uma

dramática onda de crimes,

com casos reportados de vio-

lência aumentando 800 %.

Mas isso se deveu principal-

mente a algumas brigas de

bar, que elevaram o número

de casos violentos investiga-

dos pela polícia – de apenas

um, em 2012, a nove em

2013.

O incidente mais grave do

ano passado envolveu um mi-

neiro ucraniano embriagado

preso por esfaqueamento em

Barentsburg, um assenta-

mento de mineração russo

perto da costa. Levado a Lon-

gyearbyen, ele passou dois

dias na cela do governador es-

perando por seu julgamento.

No total, a polícia lida com

cerca de 100 casos por ano, a

maioria envolvendo peque-

nas infrações como direção

perigosa em motos para neve

e furtos em lojas. Ainda não

houve crimes graves reporta-

dos neste ano, embora as au-

Fotos: Kyrre Lien/The New York Timestoridades estejam preocupa-

das com o fato de que alguns

cientistas, durante pesquisas,

deixaram lixo espalhado pela

f l o re s t a .

Svalbard já apareceu num

filme de James Bond, "007 –

Um Novo Dia para Morrer", e

na trilogia "Fronteiras do Uni-

verso" de Philip Pullman, mas

é tão desprovida da real vila-

nia humana que ursos polares

assumiram o papel de princi-

pais encrenqueiros. Trata-se

de um terreno estéril para o

"noir nórdico", gênero escan-

dinavo de romances policiais.

URSOS

Eirik Palm, editor do jornal

local em norueguês, chamado

"Svalbardposten", disse não

se lembrar quando publicou

alguma notícia sobre crimes.

"Acho que uma vez alguém

roubou bebidas de um bar",

afirmou ele, folheando edi-

ções passadas de seu jornal.

"Mas temos outras histórias,

como pessoas caindo em ge-

leiras ou sendo atacadas por

ursos polares".

A posse de armas é genera-

lizada, não porque queiram

expulsar um ladrão, mas por-

que os ursos polares apresen-

tam um perigo real. A polícia

exige que qualquer um saindo

dos limites municipais de Lon-

gyearbyen leve uma arma e

saiba como usá-la.

Outro tópico recente, além

de uma avaria num cabo sub-

marino que deixou Svalbard

sem telefone e internet por al-

gumas horas, é o preço exorbi-

tante de alimentos frescos. O

"Svalbardposten", por exem-

plo, descobriu o que classifi-

cou como o leite de maior valor

do mundo.

Embora bebidas alcoólicas

e cigarros sejam relativamen-

te baratos, sem muitos dos im-

postos cobrados no restante

da Noruega, uma embalagem

de um litro de leite, numa loja

local, pode custar o equivalen-

te a quase US$ 7.

Sabbatini disse não se preo-

cupar muito com ursos, e me-

nos ainda com ladrões e assal-

tantes. "Eu era um repórter

policial em Los Angeles", con-

tou ele. "Não posso dizer que

gostava".

Mas reconhece que viver

num local tão remoto, banha-

do numa escuridão quase

completa durante metade do

ano, traz seus próprios proble-

mas. "Se você quer morar

aqui, existe alguma coisa le-

vemente distorcida em você",

afirmou ele.

Jovens se divertem em Longyearbyen,cidade que possui todas as

conveniências de uma área urbanamoderna.

Cidade pacata: anualmente, polícia lida com 100 pequenas infrações. Mas a posse de armas é generalizada. Inimigos: ursos polares.

sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 21

Nº 523

RENT A CAR P REMIUM

Alugue sua'estrela'

A Mercedes-Benz criou sua locadora. São 8 modelos,como o SL 63 AMG, esportivo conversível, com diárias de R$ 3 mil.

O C 180 Turbo Sport é o mais barato: R$ 500. Tem van também.

CHICOLELIS

Fotos: divulgação

Quando alguém passa com um Merce-

des-Benz é difícil não sentir uma

vontade imensa de estar ali, atrás

daquele volante marcado com a "es-

trela" levando aquela máquina pelos caminhos

que se desejar. Se for um daqueles modelos

AMG (versão esportiva da marca), que com um

belo "ronco" fazem de 0 a 100 km/h em menos

de 5 segundos, o desejo aumenta. Mas os pre-

ços dos modelos da marca alemã, variando de

R$ 122.900 a US$ 321 mil, acabam por derru-

bar os sonhos de muitos. Só que, a partir de

agora, com a Mercedes-Benz Rent, pelo menos

por um dia os valores caem para R$ 500, alu-

gando um sedan C 180 Turbo Sport. Se o desejo

é maior, ou inclui um SUV, também se pode es-

colher entre dois modelos, blindados, o GLK

220 CDI Sport, que custa R$ 220.500 e é aluga-

do por CR$ 1.400; ou o ML 359 BlueTec Sport,

vendido a R$ 333.500 e alugado por R$ 2.500.

Se o sonho for um dos modelos AMG, com

preços em dólares, o valor do aluguel diário so-

be para R$ 2.800 para a versão C 63 AMG Coupé

Black Series, com motor de 487 cv, que estava

a venda por US$ 267.900; e R$ 3 mil para o SL

63, conversível, com 525 cv, que custa US$

321.500. Entre os modelos disponíveis para

aluguel a alemã disponibiliza também o sedan

E 250 Turbo Advantage (blindado), que custa

R$ 251.500 e de aluguel, R$ 1.500.

O sistema da Mercedes-Benz funciona como

uma locadora normal, com obrigações por parte

do locatário e também permite aluguel por perío-

dos prolongados. Além, disso é possível alugar os

automóveis com motorista, bilingue ou não.

VAN TAMBÉM - A alemã também colocou na

sua locadora a Sprinter, sua van com capacida-

de para 9 ou 15 passageiros, com aluguel a par-

tir de R$ 500. Neste caso, a CNH do motorista

tem que permitir o uso deste modelo, sendo

exigida a categoria D. Detalhes da locadora da

Mercedes no site w w w. m b r e n t . c o m . b r

Está chegando o Sentra 2015O modelo, cujas vendas cresceram 116% no 1º semestre, virá em agosto.

Colocado entre os

s e d a n s m é d i o s

mais vendidos no

Brasil, o Sentra chega à li-

nha 2015 com algumas

mudanças no seu acaba-

mento. Em sua sétima ge-

ração – terceira aqui – o

carro oferece bancos em

couro na versão SV e op-

ção sem teto solar na S,

uma reivindicação dos

consumidores do modelo.

Completo, o carro tem,

desde a versão de entra-

da, a 2.0S, a ignição por

botão, com chave presen-

cial (aquela que você não

precisa usar para dar a

partida ou abrir as portas),

rodas de liga leve aro 16,

17 na versão top, coman-

do de som (rádio CD Player

com MP3, função RDS e 4

alto-falantes) no volante,

Bluetooth e lanternas tra-

seiras em LED.

O motor, 2.0 L 16V, que

é utilizado somente no

modelo vendido no País,

com 20kgfm, tem 140 cv.

O câmbio, CVT de última

geração, vem nas ver-

sões SV e SL. Nas demais,

câmbio manual de seis

velocidades.

A linha 2015 chegará à

rede Nissan em agosto

próximo, com preços en-

tre R$ 64.090 (versão S) e

R$ 75.990 (SL com teto so-

lar). A intermediária, SV,

custa R$ 70.390 e a SL sem

teto, R$ 74.690.

OPINIÃO

Assim que a icônica HarleyDavidson lançou a sua pri-meira motocicleta elétrica

o debate sobre os veículos elétri-cos voltou. A novidade tem um de-sempenho impressionante, faz dezero a 100 km/h em apenas quatrosegundos e tem uma velocidadefinal de 160 km/h. A limitação éque as suas baterias têm carga pa-ra o veículo andar apenas 90 km nomodo econômico ou até menos,48 km, no esportivo.

E bateria tem sido a grande limi-tação dos veículos elétricos. Se vocêadiciona muitas baterias, o veículofica pesado e caro. Quando econo-miza, o alcance é pequeno demais. Eo pior é que o tempo de recarga émuito grande, ou seja, chega a pas-sar de três horas.

Buscando alternativas aos moto-res a combustão, a indústria auto-motiva desenvolveu veículos híbri-dos, que possuem motor ajustadopara trabalhar no seu ponto ótimo,carregando o pack de bateriasquando estas estão ficando descar-regadas. Não é uma solução nova,pois há anos a indústria de locomo-tivas trabalha com este conceito.

Quem tornou esta solução de en-genharia mais popular foi a Toyotacom o Prius, o carro híbrido mais po-pular do mundo. O Prius tem umaperformance impressionante, já queconsegue fazer 26 km com um litro. Adiferença é maior na cidade, porqueo motor elétrico não consome quan-do o veículo está parado, ao contrá-rio do motor a combustão.

O problema com os híbridos é

que custam em média 30% a maisdo que os veículos a combustão. E arazão para isso é que possuem doismotores, o elétrico e o motor a com-bustão, além do pack de baterias. Is-so os faz também muito mais pesa-dos. As baterias são outro proble-ma; depois de alguns ciclos de car-ga, perdem a sua capacidade dearmazenamento e precisam sersubstituídas. Além de caras, são umrisco ecológico, pois possuem me-tais pesados. Alguns ecologistasacham que o dano ambiental doshíbridos e elétricos chega a ser maisgrave, por conta do lixo tóxico, doque os veículos a combustão.

Ao mesmo tempo, a indústria demotores a combustão continuaevoluindo. Os sistemas mais moder-nos de injeção eletrônica conse-guem fazer o veículo zerar o consu-mo quando utilizando o freio domotor, inclusive carregando a bate-ria e abastecendo todo o sistemaelétrico do veículo (ar-condiciona-do, rádio, faróis, computador debordo e outros). A tecnologia stopand go é outra que promete aproxi-mar o desempenho dos motores aexplosão dos híbridos e elétricos.Um circuito especial desliga o mo-tor quando o veículo está parado nosemáforo, por exemplo. Ao pisar noacelerador o veículo liga automati-camente. Com essas novas tecnolo-gias não é incomum encontrar veí-culos que fazem tranquilamente 16km com um litro, ainda abaixo doToyota Prius, mas uma grande evo-lução comparada há uma década,quando um veículo que fazia mais

do que 10 km com um litro era con-siderado um grande desempenho.

Alguns países, como a Noruega,chegam ao extremo de disponibili-zar gratuitamente energia elétricaatravés de tomadas na rua para osusuários de veículos elétricos recar-regarem os seus veículos. Mas esteluxo só é possível porque esses paí-ses possuem energia abundante ebarata, o que não é a realidade namaior parte dos que pagam caro ouaté importam a sua energia.

No final, a tendência é positiva;híbridos, elétricos e veículos movi-dos com motores a explosão, todosestão ficando cada vez mais eficien-tes e poluindo menos. Ainda assim,gostaríamos de ver um esforçomaior dos governos incentivandoos motores mais eficientes. Isto po-deria facilmente ser atingido dandoincentivos fiscais aos veículos con-forme a eficiência do motor. Veícu-los pouco eficientes pagariam taxasmaiores, veículos muito eficientesteriam desconto. Isto incentivaria asindústrias a desenvolverem alterna-tivas cada vez mais eficientes, por-que traria vantagem competitivaaos seus produtos.

Acredito plenamente que o com-portamento dos motoristas temuma parcela importante nesta equa-ção e que no monitoramento e naajuda para tirarem o melhor proveitodos veículos que dirigem, sejam elesquais forem, está chave em aprimo-rar o rendimento da sua frota.

Alexandre Fagundes,Gerente da MiX Telematics

O seu próximo carro vai ser elétrico?GLK 220

Fotos: divulgação

E 250 Avantgarde

SL 63 AMG

22 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014

RAIO X

MONTEVIDÉU REDESCOBERTARepleta de histórias, a capital do Uruguai vive fase de transformação e ganha novos hotéis.

Rejane Tamoto

Um lugar para explo-

rar sem pressa, apro-

veitando cada deta-

lhe, cor e sabor. As-

sim é Montevidéu, a capital do

Uruguai. A lei do mínimo esfor-

ço está presente até na hora de

conversar, já que não é difícil

encontrar um uruguaio que,

acostumado a atender turis-

tas, fale um bom português.

E, para isso, não faltam histó-

rias na cida-

de , sempre

ac ompa nha-

das de boa co-

mida e bebi-

da. Pois é com

o charme de

cada uma de-

las que a Mon-

tev idéu en-

canta o turis-

ta. Apesar de

uma lei recen-

te ter legaliza-

do a comer-

cialização da

maconha pa-

ra os cidadãos

do país, pou-

co se vê gente fumando nas

ruas. Dependendo do bairro, o

que se vê mesmo é o desenvol-

vimento imobiliário, com no-

vos prédios sendo erguidos.

“Em abril foi inaugurado, na

Ciudad Vieja (centro velho), o

hotel El Aka Design. Em Poci-

tos, há também um hotel no-

vo, o Gema”, conta a guia tu-

rística Joseline Rodriguez, que

fala bem o português. A profu-

são de novos hotéis também

ocorre em Punta Carretas,

bairro que, apesar dessa me-

tamorfose, mantém o charme

residencial. Foi lá que a rede

Accor inaugurou um hotel

boutique Mercure em abril. O

hóspede pode ficar em um

quarto em frente à rambla (a

orla do Rio da Prata) e ter uma

vista de tirar o fôlego, ou optar

pela outra face, de onde se po-

de observar o bairro e o shop-

ping Punta Carretas, o mais fa-

moso da cidade que, por sinal,

guarda uma história e tanto.

Como centro de compras, ele

existe desde 1994, mas desde

1910 era um presídio que, du-

rante a ditadura uruguaia, foi

ocupado por presos políticos,

entre eles o atual presidente

do Uruguai, José Mujica, na

época líder dos Tupamaros.

A história diz que Mujica parti-

cipou de duas fugas, em 1971

e 1972. No final da década o

presídio foi desativado e hoje

funciona co-

mo um shop-

ping eferves-

cente.

No ba i r ro

também há

boas opções

de restauran-

te. Uma delas

é o La Perdiz,

que tem at-

mosfera so-

fisticada, me-

sas disputa-

das mesmo

na baixa tem-

porada e car-

dápio variado

de massas ,

frutos do mar e carnes. Outro,

um pouco mais descontraído e

inspirado na obra do escritor

norte-americano Ernest He-

mingway, é o El Viejo y El Mar

(O Velho e o Mar), que fica na

rambla e em frente ao Rio da

Prata, de onde se tem uma vis-

ta privilegiada do pôr-do-sol.

Mas o restaurante que mais

surpreende é o Café Tabaré,

por reunir o passado e o pre-

sente de forma singular e em

todos os sentidos: na arquite-

tura, na decoração e no menu,

que também inclui sushi. Sua

história começou em 1919,

quando a ideia era ter um es-

paço para um armazém e, as-

sim, atender famílias em bus-

ca de mantimentos e outro,

com um bar propriamente di-

to. Nessa parte mais animada,

até Carlos Gardel já deu uma

canjinha. A divisão persiste

Fotos: Bruno Agostini/Agência O Globo

Á esq., o Teatro Solis iluminado, cartão-postal da Ciudad Vieja; acima, a orla do Rio da Prata com vista para a parte antiga.Rejane Tamoto Rejane Tamoto

Rejane Tamoto

Prato servido no Café Tabaré,cuja história remete a 1919.

Acima, à esq.,entrada doMercadoAgrícola,

reaberto noano passado

após reforma;acima, à dir,Shopping

Punta Carretas,que funcionaem um antigopresídio; ao

lado, adecoração

contemporâneado novo Hotel

Mercure.

Divulgação

Como o Uruguai é um país pequeno e aconchegante, viajar para as cidades

vizinhas da capital é sempre convidativo. Fora dos roteiros mais badalados,

como Punta del Leste e Colônia do Sacramento, há um pequeno balneário a

100 quilômetros de Montevidéu, tranquilo e de temática mística. Trata-se de Piriá-

polis. O nome vem de seu fundador, Francisco Piria, um alquimista e empresário

argentino que se mudou para lá em 1880. Místico, ergueu um hotel em estilo eu-

ropeu na região em 1930, o Argentino Hotel (www.argentinohotel.com.uy/), sen -

sação de uma época na qual o Uruguai era considerado a pequena Suíça da América

Latina. Ligado ao feng shui e ao reiki, Piria envolveu o balneário em uma atmosfera

mística, pois construiu estátuas nos pontos que considerava que tinham as melho -

res energias. No alto do Morro de Santo Antônio, a 130 metros do nível do rio, muitos

visitantes param para fazer ver a estátua do santo. No caminho há também uma

estátua de Stella Maris, a Nossa Senhora dos Pescadores, em cima da pedra fun-

damental da cidade. Em Piriápolis, o visitante também conhece o Pão de Açúcar de-

les, com 423 metros de altura. Quer mais história? É só visitar. (RT)

até hoje, na qual a parte do ar-

mazém é dedicada para quem

quer jantar tranquilamente.

Punta Carretas é um bairro

gostoso sim, mas ainda é preci-

so sair de lá para ouvir mais his-

tórias no Uruguai. É só pegar o

Boulevard General Artigas,

avenida arterial utilizada para

cruzar rumo aos principais

pontos da cidade. Sempre vale

a pena passar pelos monu-

mentos, como o Parlamento e o

Estádio Centenário. Uma dica

interessante para uma manhã

tranquila, antes de deixar Mon-

tevidéu, é ir para o bairro Goes,

onde foi reaberto no ano passa-

do o centenário Mercado Agrí-

cola, após uma reforma. Ele

tem uma estrutura parecida

com o Mercado do Porto, no

centro velho, mas é menos es-

fumaçado por não ter restau-

rantes especializados no prato

típico local, a parrillada, ou

churrasco uruguaio. Por lá há

pequenas praças de alimenta-

ção e uma variedade de ali-

mentos e bebidas. É onde o

uruguaio compra os itens de

sua despensa e o turista enche

a sacola de guloseimas, como o

alfajor, uma infinidade de azei-

tes e o vinho local, da uva Tan-

nat, a um preço competitivo.

COMO CHEGARDe São Paulo, voo direto ida-e- volta pelaTA M(www.tam.com.br), a partir de R$ 857(2h30

de viagem). Na Gol (www.voegol.com.br), a

partir de R$ 1.033. Os preços incluem taxas e

são referentes a agosto.

ONDE DORMIRO novo Mercure Punta Carretas( w w w. m e rc u re . c o m / g b / h o t e l - 9 5 1 3 - m e rc u re -

montevideo-punta-carretas/index.shtml) tem

diárias a partir de R$ 208 por casal. Para

reservas feitas até o fim de julho, o hotel

oferece três noites pelo valor de duas,

somente nos fins de semana, até 1º/9. Outros

hotéis boutique recém-abertos, AK Design

(akhotelmontevideo. com.uy/pt/) e Gema

(www.gemaluxurysuites hotel.com.uy).

ONDE COMERCafé Tabaré: J. Zorrilla de San Martín,

Punta Carretas, tel.: (598) 2712-3242,

w w w. b a r t a b a re . c o m .

El Viejo y el Mar: Rambla Gandhi, 400,

Punta Carretas, tel. (598) 2710-5704.

La Perdiz: Guipúzcoa, 350, Punta Carretas,

tel. (598) 2711-8963,

w w w. re s t a u r a n t l a p e rd i z . c o m .

PA S S E I O SA LB Tour (www.lbtour.com.uy) promove

diversos passeios. Procure por Joseline

Rodriguez, simpática guia que fala português.

Fotos: Rejane Tamoto

Alto do morro em Piriápolis, onde ficaa estátua de Santo Antônio.Argentino Hotel, de estilo europeu, inaugurado em 1930.

O balneário místico e tranquilo