revista da papelaria 210

44
Av. das Américas, 5001/309 — Rio de Janeiro - RJ - 22631-004 R$ 12,90 Lojas virtuais são a realidade do séc. XXI e movimentaram R$ 43 bilhões em 2014. A participação das papelarias é tímida, mas ainda há tempo para mudar Admirável e-commerce novo ano XXII - fevereiro/2015 - nº 210 - www.revistadapapelaria.com.br

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Fevereiro de 2015. Especializada no mercado de papelaria.

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Page 1: Revista da Papelaria 210

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RJ

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R$ 12,90

Lojas virtuais são a realidade do séc. XXI e

movimentaram R$ 43 bilhões em 2014.

A participação das papelarias é tímida,

mas ainda há tempo para mudar

Admirávele-commerce novo

ano XXII - fevereiro/2015 - nº 210 - www.revistadapapelaria.com.br

Page 2: Revista da Papelaria 210
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Revista da Papelaria 3fevereiro de 2015

26

34

20

Nesta edição

Editorial ..............................................4

Circulando .......................................... 6

Varejo .................................................10

InfoPaper: inovação e longevidade.

Tecnologia ........................................12

Outsourcing é alternativa para redução de custos.

Capa ....................................................16

Vendas on-line: realidade atual que garante potencial de crescimento.

Negócios .......................................... 20

Lei Anticorrupção para PMEs.

Representantes na Alemanha.

Entrevista ..........................................24

Heloísa Capelas, autora de O Mapa da Felicidade.

Giro no mix ......................................26

R$ 1 bilhão na Abrin 2015.

Dicas para conservar livros.

Mercado .............................................30

Conhecimento por meio de feiras de negócios.

Internacional ...................................34

Destaque............................................38

Representante ..................................42

MRNI Zampaglione Representações.

10

16

12

6

Page 4: Revista da Papelaria 210

Editorial

Rosangela Feitosa [email protected]

A internet é o meio mais efi ciente para você ampliar mercados. Sem falar que é muito mais barato do que sair abrindo fi liais pela cidade ou país

Negócios em todo lugar

Você já deve estar mais do que exausto de ouvir dizer que a internet

é fundamental na vida e nos negócios, que toda empresa deve ter

seu site, de preferência com e-commerce, e deve atuar sistema-

ticamente nas redes sociais. Lamento te dizer que a reportagem de capa

desta edição vai mencionar tudo isso mais uma vez. No entanto, vai te

mostrar também que a internet é o meio mais eficiente para você ampliar

mercados. Sem falar que é muito mais barato do que sair abrindo filiais pela

cidade ou país. Além de registrar a experiência de duas papelarias com o

e-commerce, o repórter Luiz Moura mostra que há pouca participação do

mercado de papelaria nos R$ 43 bilhões de negócios

gerados nas plataformas digitais durante 2014. Vale a

leitura ao menos para inspirar o questionamento: por

que não garantir uma fatia nesse bolo?

Mas é claro que os negócios não estão somente na in-

ternet. E, nessa edição, mostramos o potencial das feiras

de negócios para criar relacionamentos e fortalecer os

vínculos comerciais, sem mencionar as oportunidades.

Assim como a internet, as feiras são democráticas, no

sentido de que são acessíveis a quase totalidade dos

empresários, seja para visitar, seja para expor.

Os negócios também estão presentes na seleção

de produtos que fizemos para Destaque. Você tem em

mãos uma revista inteirinha com dicas de oportunidade para alvancar

suas vendas num ano que começou com tantas notícias ruins: corrupção,

racionamento de água e energia e incertezas econômicas. Diante desse

cenário, é imprescindível que você possa contar com...

você. É isso mesmo! Invista na sua atualização e no seu

relacionamento com o mercado para seguir adiante o

mais ileso possível. Compartilhe a leitura desta edição

com sua equipe e bons negócios!

Ano XXII – FEVEREIRO/2015 – Nº 210ISSN 1516-2354

Direção-GeralJorge Vieira e Rosangela [email protected]

JornalismoEdição: Rosangela FeitosaCoordenação: Rachel RosaRedação: Carol Pamplona, Joyce Freitas, Luiz Moura e Rachel RosaRedes sociais: Carol Pamplona e Joyce Freitas

Revisão: Laila Rejane CoelhoColaboração: Felipe [email protected]

ArteDireção: Claudio AlbuquerqueProgramação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra e Nathalia RodriguesAtendimento ao [email protected]

AdministraçãoGuilherme Braz e Thamires [email protected]

PublicidadeDireção comercial: Jorge Vieira

[email protected]

Atendimento Comercial em São PauloEricson Ortelan(11) 2978-8841 e (11) 99145-4181

Ivo Trevisan(11) 2099-4356 e (11) 98215-8322

Distribuição nacionalPapelarias, atacadistas, distribuidores, repre-sentações e indústrias do setor e departa-mento de compras de corporações.Conselho editorialRegião Norte: Ana Ruth da Silva Valin (Li-near Representações) e Rosangela Cunha (Livraria Concorde) | Região Nordeste: Pau-lo Fernando de Lima Mahon (Mahon Repre-sentações) e Carlos Nascimento (Shopping

do Estudante) | Região Centro-Oeste: Jorge Marcondes (Marcondes & Marcondes Re-presentações) e Wilson da Silva Oliveira (Pa-pelaria Grafitte) | Região Sudeste: Max Hen-rique Couto Faria (Escolar Representações) e Alexandre Caiado (JLM Papelaria) | Região Sul: Ismael Boeira (IFG Representações) e Mauricio Rodrigues (Zuliza Papelaria)[email protected]

Sede própriaAv. das Américas, 5001/309, Barra da TijucaRio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004Tel/fax: (21) 2431-2112

www.revistadapapelaria.com.br

Page 5: Revista da Papelaria 210
Page 6: Revista da Papelaria 210

Análise estatística de árvoresRapidez e agilidade no acesso a informações sobre árvores plantadas e colhidas eram uma neces-

sidade da Klabin, fabricante de papéis para embalagem. Em busca desses aprimoramentos, a empresa

implementou o SAS Analytics Pro, ferramenta de análise estatística e elaboração de relatórios. Com a

plataforma, os levantamentos sobre amostragem de árvores, antes um processo demorado, agora são

disponibilizados em, aproximadamente, cinco minutos. “Com a adesão das ferramentas do SAS, evo-

luímos de um processo mais mecanizado para uma análise avançada de dados em tempo real”, revela

Luiz Gastão Bernett, especialista do setor de mensuração florestal da Klabin.

Segundo a Klabin, novas plataformas trouxeram ganhos operacionais na verificação de informações ligadas a coleta de campo, como altura, diâmetro, bifurcação e outros traços das árvores que necessitam de monitoramento

Circulando

6 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

Suzano planta eucaliptos no ParáA Suzano iniciou em janeiro o

plantio de mudas de eucalipto em

duas fazendas no Estado do Pará. As

áreas, que pertenciam ao Programa

Vale Florestar, foram adquiridas no ano

passado, quando a empresa comprou

a totalidade das quotas do Fundo Vale

Florestar. Apenas durante o mês de

janeiro, a Suzano plantou 900 hectares

na Fazenda Conquistadora, no mu-

nicípio de Ulianópolis, e na Fazenda

Arizona, em Dom Eliseu, onde estão

em brotação outros 220 hectares. Ao

todo serão 1.120 hectares de novas

áreas plantadas.

Ferramenta de comparação de preçosO Zoom é uma plataforma virtual de comparação de

preços, que pode servir de aliado para os que buscam tanto

uma melhor oferta – no caso dos consumidores – quanto

avaliar os preços em relação à concorrência – útil para os

varejistas. O site aponta grandes diferenças de valores em

produtos similares, que podem gerar impacto de mais de

60% no valor final de uma lista de material escolar. Além da comparação de valores, o site disponi-

biliza espaço para comentários, o que também pode servir como ferramenta para o lojista checar a

própria imagem junto ao mercado.

Page 7: Revista da Papelaria 210

A japonesa Tomy será responsável pela produção dos brinquedos em alusão aos

filmes Divertida Mente e The Good Dinosaur, que serão lançados pela Disney Pixar

no meio deste ano e início do ano que vem, respectivamente. Segundo a Disney

Consumer Products, segmento de negócios da Walt Disney Company, a companhia

foi escolhida pelo enfoque inovador e forte presença nos mercados internacionais.

“Nós colocamos nosso coração nesses filmes, portanto, é extremamente importante

que os parceiros na fabricação de brinquedos se envolvam e sejam fiéis a essas per-

sonagens que conhecemos tão bem”, afirma John Lasseter, diretor criativo da Walt

Disney e Pixar Animation Studios.

Quando visitei a sede da Tomy, no Japão, fi quei impressionado por seu compromisso com a qualidade e acabamentoJohn Lasseter

Diretor criativo da Walt Disney e Pixar Animation Studios

lança produtos para filmes da Pixar

Revista da Papelaria 7fevereiro de 2015

Tilibra aproxima fãs e ídolosCom o conceito ‘Quem é fã vai de Tilibra’, a companhia quer deixar

o público e as estrelas do pop mais próximos. Para isso, lançou um app

(para iOS e Android), no qual é possível tirar selfies com os personagens

preferidos, compartilhando a foto em redes sociais. Lançada no pro-

grama Pânico, da TV Band, a campanha também é veiculada na revista

teen Capricho e nos canais a cabo Discovery Kids, Cartoon Network,

Disney Channel, Disney XD e Nickelodeon.

A campanha ‘Quem é fã vai de Tilibra’ busca ressaltar não só a variedade de produtos criados pela marca, mas também a diversidade de personagens e temas presentes nos materiais

Page 8: Revista da Papelaria 210

Por que dói tanto cortar o dedo com papel?

Quem trabalha em pape-larias, escritórios ou mesmo qualquer pessoa distraída acaba cortando o dedo com folhas de papel. E por menor que seja o ferimento, ele costuma arder bastante e causar desconforto.

Parte da razão está no fato de as mãos possuí-rem muitos instrumentos sensoriais que passam in-formações sobre tempera-tura, dor e pressão para o cérebro. Um pequeno corte na perna, por exemplo, não seria tão dolorido por ter menos nervos.

Mas isso não acaba com o mistério. Cortes com faca normalmente não doem tanto quanto os feitos com folhas de papel, embora possam causar maiores danos. A explicação mais aceita aponta para as bei-radas flexíveis e mal afiadas da folha. Apesar de cortes de pouca profundidade pa-recerem menos doloridos, os especialistas dizem que, no caso do papel, esse tipo de ferimento é pior. Isso porque as bordas do papel não cortam a carne do dedo, mas acabam rasgando-a, fazendo com que o dano microscópico seja maior. Além disso, essa lesão im-perceptível aos olhos hu-manos atinge mais nervos, que enviam mais sinais de dor ao cérebro!Fonte: megacurioso.com

Curiosidades

Boas previsões para o papel-cartão

Otimismo é a palavra de ordem

para o nicho de papel-cartão. Ou,

pelo menos, para a Ibema, terceira

maior fabricante do produto no Bra-

sil, que calcula registrar aumento de

até 8% na receita líquida em relação

a 2014. A companhia paranaense

fechou o ano passado com 90 mil

toneladas de papel-cartão

produzidas – o que

significou aumento de

10% na geração de lu-

cros e crescimento de

8% nas vendas. “Cada

quilo de papel vendido

terá importância muito

maior do que nos anos

anteriores”, projeta Lu-

cas Avelino, gerente

comercial da Ibema.

Dados da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) mostram que o setor de embalagens responde por, aproximadamente, 40% da produção da indústria gráfica

Circulando

8 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

Redução de preços de material escolar tem parecer favorável

Mais um passo rumo à redução de impostos sobre ma-

terial escolar foi dado. O relator da Comissão de Finanças

e Tributação da Câmara Federal, deputado André Moura

(PSC–SE), foi favorável ao projeto de Lei nº 6.705/2009, que

tramita há cinco anos na Câmara Federal, e dispõe sobre

a isenção do IPI e alíquota zero de PIS/Pasep/Cofins para

materiais escolares. Além dessa, há a PEC 24/2014, que

estabelece o fim dos impostos sobre os materiais escola-

res. As medidas vão ao encontro do lema que, segundo a

presidente Dilma Rousseff, vai conduzir o Brasil a partir de

agora: “uma pátria educadora”.

Page 9: Revista da Papelaria 210
Page 10: Revista da Papelaria 210

Varejo

10 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

Inovação e diversificação de produtos é a receita para a longevidade do pequeno empreendimento

TEXTO: FELIPE SANTOS

Fundada em 1994,

em São Paulo/SP, a

Infopaper! sempre

teve como principal

objetivo vender produtos

diferentes que tivessem

estilo e qualidade, além de

oferecer o que há de mais

moderno e sofisticado em

papelaria e design. Já na

década de 1990, a gama de

opções era ampla: moleski-

nes, papéis de presente,

objetos de decoração e ma-

teriais de escritório. 

Hoje, sob o comando de

Tanio Jario Boscolo, a pa-

pelaria oferece aos clientes

muito mais que produtos

convencionais. Além das

muitas opções de supri-

mentos de informática, –

como mouse pads com de-

sign diferenciado, pen dri-

ves, canetas especiais para

tablets e smartphones –, a

linha usual de presentes,

canetas finas e artigos es-

pecíficos para profissionais

preenchem as prateleiras.

Tanio aponta que um dos

principais fatores que as-

Sofisticação para o sucesso

seguraram a sobrevivência

e o sucesso da Infopaper!

ao longo dos anos, em um

mercado tão competitivo,

foi a capacidade da empresa

de acompanhar as tendên-

cias, novidades e atuar em

novos mercados como a

venda on-line.  “Adaptação

e capacidade de mudanças

são fatores extremamente

importantes para o empre-

endedor”, afirma.

Apesar da trajetória po-

sitiva, a Infopaper! ainda

enfrenta desafios que são

comuns a todos os pequenos

e microempreendedores,

dos mais diversos setores no

país: a falta de incentivo do

governo, alta carga tributária

e altos custos fixos.  Mesmo

com esse contratempo, o ce-

nário é promissor. A empresa

tem expectativa de aumento

no volume de vendas, com

uma política diferenciada de

promoções e descontos para

atrair mais clientes.

Para garantir bom resul-

tado, a empresa aposta no

que foi o principal divisor

Page 11: Revista da Papelaria 210

Revista da Papelaria 11fevereiro de 2015

Empresa tem expectativa de aumento no volume de vendas, com uma política diferenciada de promoções e descontos para atrair mais clientes.

de águas para as mudanças

e modernização da estrutura

de vendas: a loja virtual.  A

inovação, além de atrair

novos clientes pela como-

didade das compras on-line,

proporcionou a diversifica-

ção da carteira de clientes

e ampliou as vendas da pa-

pelaria, já que não há mais

restrição apenas à “venda de

Direto da Revenda

Nome da empresa: Infopaper!Localização: São Paulo/SPFundação: 1994 Número de funcionários: 12 Região que abrange: Zona Sul de São Paulo (loja física) e território nacional (loja virtual) Área: 60 m² Produtos e serviços oferecidos: gifts, material de papelaria, produtos específi cos para desenhistas e arquitetos. Parcerias com colégios da cidade de São Paulo, com montagem e entrega de material escolar O que precisa ter na vitrine: gifts   Principais fornecedores: AZ Design, BIC, Ghazzaoui, Herweg, Limoeiro, Ludi, Tilibra, Trevisan, Trousses e YesPara saber mais: www.ifpaper.com.br Como chegar: Avenida Brigadeiro Faria Lima 2232, loja H5, Jardim Paulistano, Shopping Iguatemi

balcão”, podendo atender a

todo o Brasil.

“O investimento em mí-

dias digitais foi fundamental

para o crescimento de 80%

nas vendas da loja em 2014.”

aponta Boscolo. Para 2015, a

Infopaper! projeta aumento

ainda maior na comerciali-

zação de produtos em rela-

ção ao ano anterior.

Page 12: Revista da Papelaria 210

Tecnologia

Impressão follow-me: Após enviar um arquivo por meio da rede local ou pela web, a apresentação de algum modo de identificação (biometria, cartão magnético ou login) permite a impressão

O outsourcing de

impressão permi-

te a terceirização

dos serviços grá-

ficos de uma empresa, com

objetivo de otimizar custos

e a qualidade do serviço.

Presente no mercado há

cerca de dez anos, a solução

é encontrada em inúmeras

empresas de grande porte, e

começa a se espalhar para os

pequenos e médios empre-

endimentos.

“As empresas que não tem

outsourcing lidam com cus-

tos invisíveis. Funcionários

perdem tempo produtivo

Tecnologia reduz custos com papel e tinta

Consolidado entre grandes empresas,

outsourcing de impressão surge como alternativa

para pequenos negócios em busca

de economia e organização

Recentemente estabe-lecidos no que hoje cha-mamos de Europa, os “homens das cavernas” começaram a ilustrar, nas paredes de cavernas, passagens de momentos cotidianos. Os registros, conhecidos como pin-turas rupestres, foram se tornando cada vez mais complexos, até que...

... os sumérios desen-volvem a escrita. Simpli-ficando as formas e tra-

duzindo sons em símbo-los, o povo que habitava os territórios de Kuwait e Iraque passou a regis-trar esses símbolos em placas de argila, em uma técnica conhecida como escrita cuneiforme. Foi, durante um milênio, o ápice de tecnologia gráfica conhecida pela humanidade.

Os egípcios começam a utilizar o papiro. A fabricação das folhas,

feitas a partir do corte da planta Cyperus papyrus, foi a ‘mídia’ utilizada por mais tempo pelo ser humano para registrar leis e histórias. Sua su-premacia se estendeu por quase três milênios, até que...

... o pergaminho se tor-nou a forma de registro mais popular. Devido à popularização dos li-vros, que começavam a ser cada vez mais con-

feccionados graças à popularização das uni-versidades, o baixo custo da invenção dos turcos da cidade de Pérgamo a transformou na preferi-da do mundo medieval durante quatro séculos.

Os árabes chegaram com uma invenção chi-nesa à Europa. Criado por volta do ano 100 d.C. no Oriente, o papel chegou à forma final no início da Idade Média.

Da caverna

com pequenos problemas

que as impressoras apre-

sentam. Grandes empresas

– com mais de 100 fun-

cionários –, em geral, têm

30.000a.C. 3.500a.C. 2.500a.C. 300d.C.

12 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

Page 13: Revista da Papelaria 210

No entanto, as técnicas artesanais de gravura já não conseguiam mais atender à demanda do Velho Mundo. Foi quan-do...

... Johannes Gens-fleisch von Guttenberg revolucionou a escrita ao inventar os tipos mó-veis. Guttenberg adap-tou uma prensa para a produção em série e, então, deu à luz o pri-meiro livro 100% im-presso da história: uma

Bíblia (na verdade, 200 Bíblias). Durante cinco séculos, a impressão in-ventada pelo alemão foi o modo mais utilizado para o armazenamento e propagação de mate-rial escrito. Até que tudo mudou...

... quando as chama-das estações de DTP, ou simplesmente desktops, se tornaram comuns. A qualidade das impres-sões melhorou vertigi-nosamente com a di-

gitalização dos meios de criação e produção gráfica. A digitalização crescente levou a uma maior troca de infor-mações, ampliando a necessidade de modos diferentes de armazena-mento e transporte. Esse cenário explodiu...

... com a primeira apli-cação ‘oficial’ do concei-to de cloud computing – a nossa conhecida computação em nu-vem. O site Salesforce.

com foi o primeiro a oferecer aplicativos de negócios a partir de um site, sem necessidade de instalação no desktop, transformando a nuvem num modelo de negócio viável. A partir de en-tão, servidores passam a atender à demanda de tráfego e armazenamen-to remoto, o que permite que uma impressora em Hong Kong imprima algo digitado no Rio de Janeiro, por exemplo.

outsourcing implementado.

No entanto, as pequenas

empresas são pouco ex-

ploradas”, revela Alexandre

Gomes, gerente de canais da

Reis Office, empresa espe-

cializada no serviço.

A implementação de um

sistema de outsourcing de

impressão é feita em etapas.

O primeiro passo é fazer o

levantamento sobre quais

tipos de materiais (papéis,

tintas e impressoras) são

imprescindíveis para as ne-

cessidades de determinada

empresa. Depois, se analisa

onde podem ser feitas au-

tomações nos processos

para, então, implementar os

equipamentos certos para

funções específicas.

MudançasDe acordo com Alexan-

dre, a busca por novos pú-

blicos se dá pelo momento

que o setor de outsourcing

atravessa. Com a revolução

tecnológica efervescente

deste início de século, infor-

mações antes armazenadas

em mídias analógicas são

cada vez mais digitalizadas.

à nuvem

E o custo do serviço, antes

calculado por página, sofre

as consequências da queda

na demanda.

“Há dez anos, sem ta-

blets, celulares ou nuvem,

a impressão era a principal

fonte de organização. Hoje,

vivemos um momento no

qual as empresas querem

impressão segura, impres-

são na nuvem ou ‘follow

me’. Esse é o grande dilema:

como manter a importância

do papel ao mesmo tempo

em que nos adaptamos às

novas plataformas”, con-

trasta Alexandre Gomes.

“Quem continuar pensan-

do como no passado, vai

ter dificuldades no futuro.

As empresas que puderem

se adaptar a essa mudança

permanecerão no mercado”,

finaliza o gerente.

Assim como os carros, impressoras

também precisam de manutenção

preventiva

751 1450 1970 1999

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Revista da Papelaria 13fevereiro de 2015

Page 14: Revista da Papelaria 210

Tecnologia

Cupons de desconto impulsionam e-commerceO crescimento de 20% do setor de e-commerce no Brasil em 2014 sentiu o impacto positivo do aumento da participação dos cupons de desconto. A categoria, que proporciona redução dos preços de produ-tos comprados on-line, alcançou R$ 45 milhões no somatório do ano passado. O valor coloca o Brasil como quarto maior consumidor da modalidade no mundo, com o ticket médio de R$ 377,97 gasto por pessoa. De acordo com levantamento realizado pelo portal CupoNation, o Brasil é o único país em que os segmentos de esportes e eletrodomésticos figuram entre as top 3 categorias de itens preferidos para as compras com cupons de desconto no varejo virtual.

Cartas de um robôA ideia de que cartas seriam um método de comu-nicação ultrapassado foi questionada pela Bond, criadora de um robô que produz manuscritos com a caligrafia do usuário. Equipado com uma caneta tinteiro que utiliza pressão vari-ável – para dar ainda mais realismo à escrita –, o resultado é praticamente igual a uma carta escrita por uma pessoa. Ao preço de US$ 199, os frios e-mails, SMS ou inbox podem ser substituídos pela boa e velha carta, com tecnologia em forma retrô.

Interatividade em site ‘feito à mão’A nova plataforma digital da Faber-Castell oferece interação entre consumidores e produtos da marca por meio da exploração das possibilidades e compartilhamento em redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter). A ferramenta segue o mote da estratégia “Ideias Feitas à Mão”, alinhadas com as iniciativas da empresa, que oferece instrumentos para os consumidores retrata-rem a criatividade no papel. A comunicação desenvolvida pela Faber é mais um ponto a reforçar esse posicionamento, como um

exercício de criatividade.

A procura pode ser justifi cada pelo fato dos produtos terem alto valor agregado, fazendo com que o uso de um cupom gere uma economia relevante para o consumidor em valores absolutosMaria Fernanda Antunes Junqueira – CEO do CupoNation

mu-d,

os ídos

a retrô.

14 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

Page 15: Revista da Papelaria 210
Page 16: Revista da Papelaria 210

Capa

16 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

TEXTO: LUIZ MOURA

As empresas bra-

sileiras faturaram

R$ 43 bilhões com

o e - c o m m e r c e

em 2014. Segundo pesquisa

divulgada pela consultoria

Conversion após análise de

100 milhões de visitas, as

transações em lojas virtuais

cresceram 26% no ano pas-

sado. A tendência de cres-

cimento dessa modalidade

de comércio já impacta as

papelarias, que buscam nas

ferramentas on-line modos

de ampliar a área de atuação.

“Implementamos o e-

-commerce há uns oito

anos. Como não tínhamos

como vender para outras

cidades e estados, adota-

E-commerce é diferencial competitivo

Plataforma de compras via internet permite expansão de papelarias, que usam a ferramenta como complemento a lojas físicas

Page 17: Revista da Papelaria 210

17Revista da Papelaria fevereiro de 2015

mos a ferramenta justamente

para alcançar esse público”,

explica Jakson Kirsten, pro-

prietário da catarinense Su-perinteressante. Ele comple-

ta: “Atualmente, já vendemos

para cidades de Minas Gerais

e São Paulo”.

A atuação na internet é

vista pelos empresários de

papelaria como um dife-

rencial competitivo. Em um

mercado fortemente mar-

cado pela presença física no

ponto de venda, as lojas vir-

tuais funcionam como uma

expansão desses espaços,

que se limitam a horários e

disponibilidade dos clientes.

“Temos a ferramenta de

e-commerce estabelecida há

cerca de seis anos. Eu vinha

acompanhando o movimen-

to do comércio, que já se

aliava às novidades no setor

de tecnologia. E tudo apon-

tava para essa tendência. Se

eu não fizesse isso, perderia

o bonde da oportunidade”,

revela Vera Christina, pro-

prietária da Papel Fantasia,

de São Paulo.

Implementada com in-

vestimento inicial de R$

2.500 em 2009, a loja virtual

da Superinteressante res-

ponde, atualmente, por 15%

do faturamento da pape-

laria. Jakson revela alguns

cuidados básicos na imple-

mentação e gerenciamento

da plataforma, cujo “habitat

natural” exige dinamismo.

“Eu passei o que queria a

uma empresa especializada,

que tocou o projeto. Essa

empresa montou o site e,

após isso, contratamos um

funcionário para abastecer

e administrar o conteúdo

com produtos e promoções”,

relembra.

A estrutura básica pensada

por ele baseia-se no destaque

à marca da empresa no topo

da página, que é seguida,

logo abaixo, pelas principais

categorias, em ordem de

importância. Primeiro os

grupos principais, onde estão

os fabricantes e, depois, os

subgrupos, onde aparecem os

produtos oferecidos. Mas essa

não é uma fórmula fechada.

“Teremos algumas peque-

nas modificações. Depois do

Disney lança canal de vendas exclusivo a PMEsO e-commerce ProdutosDisney.com foi inaugurado em janeiro, com foco na

venda de produtos licenciados Disney exclusivamente às pequenas e médias empre-

sas (PMEs) de varejo do Brasil, que atuem nos segmentos de brinquedos, papelaria,

material escolar, bebês, vestuário, decoração, cama, mesa e banho.

Licenciada pela The Walt Disney Company Brasil, a loja virtual B2B conta com

produtos Disney, Disney-Pixar, Marvel e Lucasfilm. Entre as principais vantagens

aos varejistas estão a flexibilização de pedidos mínimos e listas de compras sugeridas

de acordo com as tendências de mercado.

“O lançamento desse canal de vendas on-line traz uma solução de acesso e logís-

tica e nos dará a oportunidade de levar a magia dos produtos com os personagens

favoritos de Disney, Disney·Pixar, Marvel e Lucasfilm a todas as famílias brasileiras”,

pontua Miguel Vives, country manager da The Walt Disney Company Brasil.

D

v

s

m

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Page 18: Revista da Papelaria 210

Capa

18 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

O Estado de São Paulo responde por 50% do

total de pedidos e por 45% da movimentação financeira nos sites de

comércio eletrônico do Brasil: O Estado gerou

R$ 19,8 bi em 2014

Como elaborar uma boa estratégia on-line

O crescimento contínuo do e-commerce torna cada vez

mais necessário que se criem novas estratégias e diferenciais

competitivos. Assim, algumas pequenas dicas elaboradas

pelo blog DNA Digital podem ajudar na administração de

lojas virtuais.

Dispositivos móveis seguem em alta O Google prioriza cada vez mais os sites com acessibilidade

a dispositivos móveis. Isso atende a uma política da empresa,

que acompanha o progresso de tablets e smartphones no

cotidiano global. 

Inbound marketing: a arte da conquista O inbound marketing se baseia em conquistar o público-alvo

por meio de despertar o interesse. Blogs ou perfis em redes

sociais que deem dicas são uma boa forma de cativar potenciais

clientes, que consumirão seguindo padrões de afinidade. 

Cada cliente é especial Em um mundo globalizado, a maioria das empresas se

comunica com grupos. Aquelas que personalizam ofertas de

acordo com cada cliente levam vantagem competitiva.

Diálogo é a chave do negócio Contar histórias e envolver o público nelas constrói um

relacionamento. Ao dialogar, laços são estreitados, tornando

os clientes mais satisfeitos a cada compra. E cliente satisfeito

é cliente fiel.

Publicidade é investimento Adwords e Facebook Ads são ferramentas baratas e que trazem

resultados reais a curto prazo. A publicidade on-line, mais que

um gasto, é um investimento.

Uma nova geração chegou Mesmo que pareça ter sido criada há

pouco tempo, a internet tem idade

o suficiente para que uma geração

tenha sido criada nela. E esta geração

começa a ter poder de escolha e de

compra, obrigando a adaptação

para uma linguagem compreensível

a esses novos consumidores.

Mesm

pou

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t

c

c

p

a

Page 19: Revista da Papelaria 210

19Revista da Papelaria fevereiro de 2015

volta às aulas, por exemplo,

adicionaremos um espaço

para o orçamento de listas.

Atualmente, só temos os

produtos listados de modo

individual, o que restringe as

opções oferecidas ao consu-

midor”, projeta Jakson.

Volta às aulasOs períodos de volta às

aulas são o ponto alto do

movimento nas papelarias

brasileiras. Munidos das lis-

tas de materiais repassadas

pelos colégios, pais saem

à caça das melhores ofer-

tas dos produtos desejados

pelas crianças. Mesmo que

o foco principal ainda seja

em pontos de venda físicos,

as lojas virtuais já exercem

papel relevante no cenário.

“A loja física ainda vende

mais que a virtual. Já fizemos

algumas ações de e-mail

marketing e estamos pen-

sando em outras formas

de investimentos, além de

melhorar a visibilidade do

site. A expectativa é de esta-

bilidade neste volta às aulas”,

calcula Vera.

A visão estratégica da em-

presária paulistana é corrobo-

rada por Jakson, dono de um

dos melhores e-commerces

do Paraná, segundo elogios

feitos por clientes e reprodu-

zidos por ele. O papeleiro re-

vela que a modalidade virtual

não é majoritária, mas tem

um bom futuro.

“Para este volta às aulas, o

e-commerce ainda não tem

uma participação expressiva.

Mas, com o passar dos anos, a

tendência é crescer. Com os

avanços na segurança, novas

promoções e a familiarização

do cliente com a ferramenta,

em breve poderemos ter até,

quem sabe, duas lojas: uma

física e outra virtual”, projeta

o empreendedor.

ProgressoO e-commerce ganhou

real popularidade a partir

de 1995, com a criação do

primeiro portal de compras

via internet: o Amazon.com,

nascido em Seattle, nos EUA.

Desde então, o crescimen-

to e popularização da rede

mundial de computadores

impulsionou as compras

feitas através dela, em um

movimento natural.

A partir de então, a mo-

dalidade foi crescendo ano

a ano. Atualmente, as ferra-

mentas de e-commerce são

utilizadas com dois intuitos.

De um lado, existem aquelas

que atuam exclusivamente

em âmbito virtual. Do outro,

as que atuam como extensões

das lojas físicas. Esta modali-

dade se encaixa à realidade do

setor de papelaria, que passa

pela fase de adaptação aos

novos tempos.

“O início foi complicado,

até porque tínhamos a ques-

tão da segurança. Muitas

pessoas tinham medo de

comprar pela internet. Mas,

hoje em dia, o e-commerce

é uma ferramenta essencial

para a Superinteressante,

e quem não tem está per-

dendo”, alerta o empresário

catarinense.

Relatório da Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico revela que, em 2014, 10,2 milhões de pessoas fizeram compras via internet pela primeira vez na vida

Page 20: Revista da Papelaria 210

Negócios

20 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

Lei que combate o crime em âmbito empresarial é cada vez mais obedecida no país

A Lei Anticorrupção tem, em 2015,

um ano essencial para ter o sucesso

medido. Sancionada em 1º de agos-

to de 2013, a Lei   nº 12.846/2013

aguarda a regulamentação federal, mas, já de-

vidamente orientada em alguns estados, traz

às empresas brasileiras a possibilidade de um

salto de qualidade por meio da organização

de mecanismos de defesa a práticas nocivas.

“A Lei Anticorrupção também é conhecida

como ‘Lei Empresa Limpa’. Ela é uma revo-

lução, pois prevê responsabilidade objetiva à

pessoa jurídica na instauração de processos

em atos de corrupção – que não envolve só

2015: ano decombate à corrupção

Dez passos para se adequar à Lei Empresa LimpaA adoção de medidas para obedecer às regras de compliance pode parecer complicada para empresas de pequeno ou médio porte. No entanto, a estrutura coesa desses empreendi-mentos facilita a implementação das políticas, que são um investimento em imagem, orga-nização e prevenção de riscos.

1  Criação de política interna eficaz, ma-peando os pontos sensíveis no ramo de

atuação da empresa

2 Formulação, aplicação e divulgação do planejamento estratégico da empresa.

Isso dificulta possíveis desvios a esse pla-nejamento

3 Criação e adoção de manuais de con-duta e códigos de ética

4 Realização e atualização de treinamen-tos e cursos

5 Canais de comunicação abertos pelos próprios colaboradores. Os funcioná-

rios devem comunicar o que concordam e o que discordam

6 Adoção de práticas contábeis de acordo com a legislação. Normalmente, atos

de corrupção estão fora dos livros. Quando se tem todos os dados contabilizados, é mais fácil detectar a corrupção

7 Acompanhamento das mudanças constantes na legislação

8 Realização periódica de auditorias in-ternas e externas

9 Apoio e orientação do departamento jurídico. A empresa não precisa neces-

sariamente ter um departamento específico, pois existem assessorias especializadas em adequadação a normas de compliance

10 Rigidez e eficácia no manuseio e armazenamento dos documentos da

empresa

Page 21: Revista da Papelaria 210

Revista da Papelaria 21fevereiro de 2015

favorecimentos, mas também sonegação

de impostos. Com todo o ambiente político,

neste ano teremos uma grande adoção dessas

práticas”, explica José de Souza Lima Neto,

sócio do escritório Rodrigues, Onesti & Lima

Neto Advogados.

Segundo o especialista

em direito empresarial,

a aplicação das medidas

previstas deve ser vista

como um investimento

feito pelas empresas, em

vez de um custo sem re-

tornos. Ao adotar as regras de compliance

estabelecidas no decreto, os dados da com-

panhia são catalogados e ficam mais facil-

mente disponíveis para auditorias internas e

externas, atenuando o julgamento em casos

de acusação sobre supostas irregularidades.

O compliance já é bastante utilizado em

grandes empresas, mas ainda não é uma

Compliance: ato ou procedimento para assegurar o cumprimento das normas reguladoras de determinado setor.

realidade tão presente em

pequenos e médios empre-

endimentos. No entanto, a não

adoção dessas políticas internas

é prejudicial às PMEs, pois são

utilizadas como

critério de avalia-

ção para negocia-

ções comerciais com

multinacionais.

“As multinacionais já

aplicam largamente por

causa das interações com

outros países onde o compliance já é esta-

belecido. Mas as empresas que atuam in-

ternamente devem se inteirar mais a partir

deste ano”, afirma o advogado, que faz um

apelo: “É preciso pensar como empreende-

dor. Vamos mudar o pensamento de que no

Brasil as leis não pegam. Isso vai ser bom

para nós”.

Page 22: Revista da Papelaria 210

Negócios

22 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

Francal Feiras leva vencedores de sorteio

à Paperworld Frankfurt

Os representantes

comerciais Pau-

lo Mahon, Erwin

Schleu e Karina

Provenzano fazem uma

imersão na Paperworld

Frankfurt, maior feira de

negócios do setor papeleiro

no mundo. Acompanhados

por Luciana Ramos, geren-

te de negócios da Francal Feiras, os três vencedores

da promoção realizada du-

rante o evento “A Escolar dá

bola para você”, no primei-

ro semestre de 2014, já se

mostravam otimistas com a

possibilidade do intercâm-

bio à época.

“Com certeza, irá me mu-

nir de informações que po-

derei dividir com meus clien-

tes”, exultava Karina, logo

após o sorteio.

A expectativa da represen-

tante de Salvador/BA é endos-

sada pelos outros vencedores.

“Espero ver novidades,

coisas diferentes”, projetara

Erwin, para ser comple-

mentado por Paulo Mahon:

“Será muito bom para os

representantes”.

Os pacotes de viagem

para os três representantes

incluem passagem e hospe-

dagem de seis noites, com

todas as despesas patrocina-

das pela Francal Feiras.

Na próxima edição da

REVISTA DA PAPELARIA, você

confere o resultado expe-

riência dos representantes

em terras alemãs.

Representantes na Alemanha LIVRO:

A Startup de $ 100Chris Guillebeau lista 1.500 pessoas que abriram um negócio com menos de 100 dólares e, hoje, geram mais de 50 mil.

EVENTOS: Paperworld Middle East

6.429 compradores, 271 expositores, 105 países vi-sitantes e 37 países exposi-tores. A Paperworld Middle East de 2015 será realizada entre 2 e 4 de março em Dubai. www.paperworld-me.com

APLICATIVO:

Microsoft OutlookCompatível com as plata-formas Outlook/Hotmail, Gmail, iCloud e Yahoo! Mail, a atualização do app de ge-renciamento de e-mails da Microsoft se renova com uma interface baseada em gestos, além de permitir anexar arquivos do Google Drive, OneDrive e Dropbox. Disponível para iOS.

SITE: Numbeo

A plataforma colaborativa fundada por um ex-fun-cionário da Google lista o custo de vida em milha-res de cidades ao redor do mundo, formando uma teia de informação global.www.numbeo.com

AntenaPara você ficar ligado

Page 23: Revista da Papelaria 210
Page 24: Revista da Papelaria 210

Entrevista

Revista da Papelaria24 fevereiro de 2015

A felicidade está em si mesmo

O caminho para o autoconhecimento é longo e, muitas vezes, difícil. Por isso, Heloísa Capelas, especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental, lançou o livro O Mapa da Felicidade (Ed. Gente), no qual propõe a autopercepção como estratégia para reciclar pensamentos e comportamentos destrutivos. Afinal de contas, já diria Mario Quintana: “O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até você”. Que tal começar o ano com novas aspirações?

O que indica a necessidade de uma reciclagem compor-tamental?

Tudo o que desejamos

mudar em nosso modo de

agir que gera resultados ne-

gativos, desconfortos ou di-

ficuldades é o que devemos

reciclar. A questão é que

nem sempre temos ciência

de nossas próprias negativi-

dades. Você pode achar que

é o máximo ser assim. No

entanto, isso pode gerar con-

flitos, perdas e até solidão em

volta de você. Pode também

ser aquele que agrada todo

mundo a todo momento,

mas que não consegue se

dedicar ou ter tempo para si

mesmo. Há muitos sinais dos

quais temos conhecimento,

apenas para citar alguns:

mau humor, indisposição,

insônia, baixa autoestima e o

desinteresse em algum setor

de sua vida. Tudo isso indica

a necessidade de reciclagem

no comportamento, ou seja,

uma revolução na maneira de

agir, tanto na esfera pessoal,

quanto na profissional.

Como detectar quais mu-danças são necessárias?

Observação e percep-

ção, principalmente de si

mesmo. Até quando a outra

pessoa lhe incomoda muito

com determinado modo de

agir, é você quem precisa

reciclar esse incômodo

para que o aborrecimento

não tome conta de todo seu

dia, sua semana ou até da

Page 25: Revista da Papelaria 210

Revista da Papelaria

padrões do comportamento

que costumam ser seguidos

e que não trazem nenhum

benefício.

Quais os principais erros cometidos por quem quer mudar de vida, mas não tem certeza de como fazer isso?

As pessoas geralmente

querem pular etapas e con-

seguir as mudanças em um

passe de mágica, mas para

mudar de vida é necessário

passar por alguns estágios.

Isso leva tempo e persistên-

cia, não é de uma hora para

outra. Há quem desista de

mudar de vida sem nem ao

menos tentar. Existe também

quem evite se questionar.

Esse é um exercício a ser

praticado constantemente

para que possamos alcançar

aquilo que buscamos por

meio do autoconhecimen-

to. Já outros insistem em

colocar a culpa em fatores

externos, que estão fora do

seu controle.

Qual é o segredo da felici-dade?

Ter consciência de tudo

o que somos e de como nos

constituímos é o melhor

caminho para que possa-

mos alcançar a felicidade

tal como a enxergamos. É

preciso resgatar sua própria

história para que consiga

descobrir quais das escolhas

têm trazido consequências

positivas e quais deixam a

desejar. Da mesma forma, é

necessário identificar onde,

sua vida. Ao outro, cabe se

observar e reciclar o compor-

tamento dele.

Quais os primeiros passos para quem deseja passar por uma reciclagem?

Como eu cito em meu

livro O Mapa da Felicidade,

procurar o autoconhecimen-

to é o primeiro passo para

uma reciclagem ou mudança

de padrões no comporta-

mento. O autoconhecimento

envolve, como primeiro pas-

so, a percepção de si mesmo.

Comece a observar como age

no dia a dia, tome consciên-

cia de seus comportamentos.

Esteja aberto para ouvir, sen-

tir e identificar as respostas.

É um treino e aprendizado

constante. E lembre-se: o

foco é sempre você e não o

outro. Questione-se e, para

não se perder, seja específico.

Pergunte a si mesmo o que

está sentindo em relação a

“algo” ou a “alguém”. Algu-

mas perguntas podem ajudar

nesse processo: Como você

expõe seus pensamentos?

Como expressa sua raiva,

alegria ou medo? De que

jeito é que você disputa ou

compete com as pessoas? É

importante saber disso para

harmonizar suas expressões.

O segundo passo é investigar

os comportamentos negati-

vos. Como surgiram? Com

quem os aprendeu? Em que

momentos os usa? Depois

disso, é necessário colocar

em prática mesmo, buscan-

do atitudes diferentes dos

como e com quem aprendeu

esses comportamentos cujos

resultados têm sido pouco

positivos, para que possa de-

saprendê-los e iniciar novos

comportamentos. Quando

tem essa consciência, você

se torna apto a perdoar a si

mesmo pelo que não deu

certo, o que também é essen-

cial para a felicidade. Reforço

que, a partir de todas essas

informações sobre si mesmo

e novas habilidades que nas-

cerão a partir do seu desejo

em ser feliz, você descobrirá

o que a felicidade significa de

fato para você e saberá como

e o que fazer para desfrutá-la

diariamente.

r de vida sem nem ao

s tentar. Existe também

evite se questionar.

é um exercício a ser

ado constantemente

ue possamos alcançar

o que buscamos por

do autoconhecimen-

outros insistem em

ar a culpa em fatores

os, que estão fora do

ntrole.

é o segredo da felici-

consciência de tudo

somos e de como nos

ituímos é o melhor

nho para que possa-

lcançar a felicidade

mo a enxergamos. É

o resgatar sua própria

ia para que consiga

brir quais das escolhas

azido consequências

vas e quais deixam a

r. Da mesma forma, é

sário identificar onde,

e o que fazer para desfrutá-la

diariamente.

Page 26: Revista da Papelaria 210

Brincadeira de gente grande

inovações. Data e local já es-

tão marcados: entre 7 e 10 de

abril, no Expo Center Norte,

em São Paulo, o mercado co-

nhecerá os produtos que o se-

tor vai comercializar durante

os oito meses seguintes do

ano. São 1.500 novos artigos à

disposição dos compradores,

entre brinquedos diversos,

pedagógicos, puericultura

(desenvolvimento infantil)

leve e pesada, eletrônicos,

artigos para colecionador e

muito mais.

De acordo com Synésio

Batista da Costa, presidente

da Abrinq, os brinquedos

são importantíssimos para a

manutenção financeira das

papelarias, que não podem

mais depender apenas do

volta às aulas como inves-

timento financeiro do ano

todo. “O brinquedo vem se

tornando cada vez mais rele-

vante no mix das papelarias

e é um dos itens que ajuda o

estabelecimento a lidar com

a questão da sazonalidade do

material escolar. A Abrin tem

um grande número de fabri-

cantes do tipo de brinquedo

mais comum em papelarias,

Alguns expositores:Baby Brink | Crayola | Sunny

Brinquedos | Hasbro | Lolly

Baby | Magic Toys | Multiki-

ds | Zoop Toys | Papaléguas

Livros | Maral | Grupo SGS |

Innac | Simoplast

Abrin, maior feira de brinquedos da América Latina, calcula movimentar mais de R$ 1 bilhão na edição deste ano

TEXTO: CAROL PAMPLONA

Pode até parecer brin-

cadeira de criança,

mas não é. A tradicio-

nal feira de brinque-

dos Abrin, organizada pela

Abrinq (Associação Brasileira

de Brinquedos) em parceria

com a Francal Feiras chega à

32ª edição com a expectativa

de atrair 15 mil profissionais

do setor varejista, que mo-

vimentarão até R$ 1 bilhão

em busca de tendências e

Giro no mix

26 janeiro de 2015 Revista da Papelaria

Page 27: Revista da Papelaria 210

como pelúcias, brindes e

didáticos. Por isso, para o

papeleiro a feira oferece pra-

ticamente as mesmas opor-

tunidades que para o dono

de uma loja de brinquedos”,

afirma. Destaque para a varie-

dade de opções que, segundo

o entrevistado, atende desde

pequenas papelarias e lojas de

brinquedos do interior até as

grandes redes.

Licenças nacionais como

Galinha Pintadinha, Patati

Patatá e a Turma da Mônica

terão grande destaque entre

as opções oferecidas na feira

– a alta do dólar é apontada

como um dos motivos para

o fortalecimento do produto

nacional, segundo os organi-

zadores. A fabricante Sunny Brinquedos, por exemplo, re-

velou em primeira mão para

a REVISTA DA PAPELARIA alguns

dos brinquedos que irá ex-

por. Destaque para o Patrulha

Canina Carrinhos, que possui

seis modelos diferentes com

os personagens do desenho

(na foto cima, o bravo pastor

alemão Chase); a areia de

modelar Kinectic Sand que,

além de evitar a sujeira, ajuda

no desenvolvimento motor

infantil – disponível nas cores

bege, verde, azul, rosa e viole-

ta; e também a superfamosa

Galinha Pintadinha, que ga-

nha projetor musical – basta

juntar os pés da personagem

e ver e ouvir a música –, e

o galinheiro musical, que

apresenta três personagens

com duas músicas cada um e

um porta-joias. Na Crayola, o

Doodle Magic – uma espécie

de tapete para colorir – cha-

ma atenção.

Costa afirma que, mais do

que conhecer os lançamentos

do mercado, o papeleiro que

comparecer ao evento terá

grandes oportunidades de

negócios. “A feira apresenta

novidades que vão abastecer

o varejo durante todo o ano,

especialmente nas datas mais

importantes do setor: Dia das

Crianças e Natal. A Abrin re-

presenta uma oportunidade

única de entrar em contato

com esses lançamentos em

primeira mão”, finaliza.

Doodle Magic, um tipo de tapete para colorir, é o

trunfo da Crayola.

Galinha Pintadinha, sucesso entre os pequenos, apresentará novidades na Abrin: projetor musical e galinheiro musical.

Revista da Papelaria

Page 28: Revista da Papelaria 210

O acúmulo de

livros é algo

natural para a

maioria de nós.

Com o passar dos anos,

obras com valor sentimen-

tal e de qualidade inques-

tionável para os donos ficam

cada vez mais tempo nas

estantes, acumulando poeira

e se deteriorando pouco a

pouco. Pensando nisso, confira

sete dicas da autora de ‘Sebas-

tiana Quebra-Galho’, Nenzinha

Machado Salles, para conservar

melhor as publicações.

Dicasconservar livros

para

Pão e saladaMiolo de pão não serve apenas para ser retirado antes

de fazermos um sanduíche. As

manchas de dedos das páginas podem

ser removidas se esfregadas com ele.

Já o vinagre, além de temperar a salada,

também serve para limpar manchas de

mofo.

Vida de inseto

Cansado de insetos devorando aquelas obras preciosas? Encharcar as es-tantes com querosene man-tém os bichos longe. Repita a operação a cada três meses.

Algodão pelas estantes

Pedaços de algodão embebidos em essência de terebintina protegem os livros da umidade – que vira mofo em pouco tempo. Espalhe--os pela estante, mas não esqueça de trocá-los.

-n-

a

aosvira spalhe-

Escoveos livros

Passe uma escova de roupa na parte superior dos

livros e nas páginas para retirar a poeira acumulada. O procedimento deve ser

feito ao menos duas vezes por ano.

Giro no mix

28 janeiro de 2015 Revista da Papelaria

Page 29: Revista da Papelaria 210

Éter: a solução idealUma solução de éter e óleo de linhaça

é ideal para manter com boa aparência os

livros com encadernação de couro. Já as

lombadas seguem com o aspecto original

quando limpas com pomada branca

para calçados. Cobrir o couro

com uma camada de vase-

lina melhora ainda mais o

resultado.

Here comes the Sun

A exposição ao Sol, é

a solução ideal para des-

grudar páginas coladas pela

umidade. Mas, cuidado! Para que

as folhas não se curvem no processo de seca-

gem, é preciso colocar um peso sobre elas.

Gasolina não é só para

o carro Combustível é o melhor

inseticida contra traças que corroem os livros, sem

danificar as folhas.

Page 30: Revista da Papelaria 210

Mercado

30 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

Participação em eventos é boa estratégia para atualização e promoção de empresas de pequeno porte

É dia defeira

A participação em

feiras é essencial

para qualquer em-

preendedor. Ao

reunir, no mesmo espaço,

empresas de diversos ta-

manhos e com propostas

distintas entre si, esse tipo

de evento permite o inter-

câmbio entre todas as esfe-

ras do cenário empresarial

do modo mais democrático

possível: o contato pessoal.

“Em feiras, o empresário

encontra parceiros, con-

correntes e fornecedores, o

que permite a leitura ideal

do que está acontecendo

no cenário em que atua. É o

tipo de evento que permite a

apresentação ao mercado de

pequenos e grandes empre-

endedores em condições de

igualdade”, fundamenta Ar-

mando Campos Mello, pre-

sidente executivo da Ubrafe (União Brasileira dos Promo-

tores de Feiras).

A troca de experiências

entre o setor empresarial

Além da oportunidade de aprender e ensinar com outros homens de negócios, as feiras também podem atuar como ótimos divulgadores de produtos

proporcionada pelos eventos

é ainda mais efetiva em um

ambiente como o brasileiro.

Em um país de proporções

continentais, visitar presen-

cialmente cada região para se

atualizar sobre tendências é

algo humanamente impossí-

vel. No entanto, a reunião de

diversas vertentes no mesmo

espaço facilita essa missão.

Além da oportunidade de

aprender e ensinar com ou-

tros homens de negócios, as

feiras também atuam como

mídia divulgadora de pro-

dutos – a chamada mídia

presencial. Segundo Arman-

do, desenvolver uma boa es-

tratégia em um evento pode

alavancar vendas estagnadas

ou até mesmo criar novos

modos de atuação.

“Ver, tocar, movimentar e

utilizar o produto dá a sensa-

ção de contato direto com a

empresa que o oferece. Isso

auxilia a promoção do item.

Ou, caso a companhia esteja

enfrentando dificuldades

As principais feiras do setor no Brasil (de cima para baixo): Escolar Offi ce Brasil, Natal Show e Abrin.

Page 31: Revista da Papelaria 210

Revista da Papelaria 31fevereiro de 2015

com alguma oferta, o repo-

sicionamento com incentivo

adequado irá ajudar a vendê-

-la”, pontua Armando.

IniciantesImportantes para em-

presas já estabelecidas, as

feiras são fundamentais

para os empreendedores

que estão começando nos

negócios. De acordo com

o presidente executivo da

Ubrafe, os espaços são fon-

tes de conhecimento para

quem chega ao mercado ao

permitir ampliar horizontes.

“Em um primeiro mo-

mento, não é necessário ser

expositor. Mas qualquer re-

presentante de um setor deve,

no mínimo, visitar as feiras da

área na qual atua. Com reu-

niões, congressos e rodadas

de negócios, esses eventos

disseminam conhecimentos

e são importantes fontes de

aprendizado”, argumenta.

Para aqueles que preten-

dem participar, planejamen-

to é a palavra-chave. Fazer

um checklist cerca o em-

presário de segurança, mi-

nimizando possíveis riscos e

maximizando a possibilidade

de um bom resultado ao fi-

nal do evento. Uma boa lista

contém pontos básicos que,

muitas vezes, são esqueci-

dos com o corre-corre dos

preparativos gerais e com a

grande oferta que um evento

específico de setor é capaz de

proporcionar.

“Você fez mais cartões?

Tem uma tabela de preços

exposta? Imprimiu folhetos?

Fazer um checklist cerca o empresário de segurança, minimizando possíveis riscos e maximizando a possibilidade de um bom resultado ao final do evento

Dez razões para participar de feiras

Promover produtos e serviços utilizando o fator presencial.

Participar de feiras se trata de ver e ser visto

Apresentar novas propostas, ainda não vistas pelos clientes

Mapear fornecedores e compradores para fechar pedidos no ato,

auxiliado pelo fator presença

Fazer pesquisas de mercado para reciclar o posicionamento da

empresa, além de se integrar a novas tendências e tecnologias

Criar ou reforçar a imagem da marca

Fechar parcerias estratégicas

Estabelecer novas relações e encurtar o ciclo de compras

Gerar retorno de mídia

Fortalecer o mercado

Reforçar planos de marketing e medir a eficácia de campanhas

promocionais

Treinou a equipe para repre-

sentar a empresa? Organizou

a vida do estande, sincro-

nizando pausas e saídas de

modo que o local sempre

tenha alguém presente? São

pequenas atitudes que de-

vem ser bem pensadas, para

que se obtenha uma boa res-

posta”, enumera Armando.

O Brasil realizou 2.222

feiras no ano passado. A ex-

pectativa da Ubrafe é que o

número se mantenha neste

ano, abrindo oportunidades

para os empreendedores de

plantão. No setor de papela-

rias, três se destacam: Abrin

(entre os dias 7 e 10 de abril,

em São Paulo), Natal Show

(de 30 de maio a 2 de junho,

também na capital paulista)

e Office Brasil Escolar (que

levará o setor novamente à

Terra da Garoa, de 19 a 22 de

julho). As oportunidades es-

tão ao alcance daqueles que

as busquem.

Page 32: Revista da Papelaria 210

Mercado

32 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

TEXTO: JOYCE FREITAS

Levante a mão quem nunca molhou um

caderno e manchou a folha. O “imper-

meável” lembra roupas e acessórios,

mas, e se a indústria chegasse ao pon-

to de criar papel desse tipo? Sim, o mercado

começa a oferecer opções para quem molha

o bloquinho na chuva até quem, literalmente,

trabalha embaixo d’água.

A tecnologia em si é pouco revelada –

apenas se sabe que são materiais especiais.

No exterior há algumas iniciativas, como da

francesa Petzl, especializada em equipamen-

tos de montanhismo e

segurança em técnicas

verticais. Pensando no

primeiro e fiel público de

exploradores de cavernas,

criou um caderno para

os praticantes dessa ati-

vidade, a espeleologia. O

Carnet tem tamanhos A6 (15 x 10,5 cm) e A5

(21 x 15 cm), 40 páginas em poliéster, capa se-

mirrígida e espiral. É à prova d’água e resistente

a rasgos. Mas não é barato: na internet, custa

em média R$ 200.

A norte-americana Rite in the Rain levou

o conceito de resistência à água para todos os

produtos. Mais do que isso, idealizou mate-

riais para serem usados em condições climá-

ticas precárias. Além de cadernos, blocos e

até papel milimetrado, a empresa centenária

fornece canetas especiais. A Pink Clicker, por

exemplo, não só escreve em papel molhado

como suporta temperaturas extremas – de

O foco em artigos resistentes à água e situações extremas vem crescendo, principalmente em tecnologia – como celulares e câmeras

A gota d’água

aproximadamente -35°C até 120°C.

No Brasil, o passo mais concreto foi dado

pela Tilibra com o caderno Neon Acqua. “É

ideal para locais úmidos ou próximos da água,

pois a tecnologia garante maior durabilidade

às informações escritas no papel”, afirma Kari-

na Marchini, gerente de produtos da empresa.

As páginas têm secagem rápida e não man-

cham quando escritas com esferográfica. Por

enquanto, existe apenas o formato ¼, mas é

possível ampliar a linha. “A Tilibra está sempre

em busca de produtos inovadores e que aten-

dam uma necessidade

não explorada”, garante

Karina.

Segundo a gerente,

o público aceitou bem

a novidade. “A recep-

ção está positiva, pois

ele possui um design

diferenciado e moderno, além da resistência

à água”, comenta. Isso significa que pode ser

um nicho muito interessante (e lucrativo) para

os papeleiros, principalmente se apostarem

em profissionais que possam usar o produto.

O foco em artigos resistentes à água e situa-

ções extremas vem crescendo, principalmente

em tecnologia – como celulares e câmeras.

Mas o avanço para a papelaria está nas pe-

quenas coisas que compõem o mix e podem

facilmente atrair o público. Para aventureiros,

cientistas, exploradores ou aquela pessoa que

vive derramando o copo de água na mesa, a

solução pode estar na sua prateleira.

Se o problema é molhar e danificar algum material, a solução começa a nascer: cadernos impermeáveisSe o problema é molhar e danificar algum material, a solução começa a nascer: cadernos impermeáveis

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Internacional

34 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

Os 1.877 brasileiros presentes à

NRF Big Show 2015 formaram a

delegação estrangeira mais nu-

merosa presente na maior feira

de varejo do mundo. Realizada entre os dias

11 e 14 de janeiro na cidade de Nova York, a

feira teve 30 mil participantes vindos de 30

diferentes países ao redor do Globo.

Esta foi a 104ª edição do evento, que

contou com ciclos de palestras, networking

e conteúdo ligado ao varejo com presenças

ilustres como a de Ben Bernanke, presiden-

te do Federal Reserve (o Banco Central dos

EUA) por dois mandatos, de 2006 a 2014.

“A saúde financeira do consumidor

americano é a melhor desde 2006 e 2007,

antes da crise financeira internacional”,

Mais de 1.800 brasileiros foram à NRF Big Show 2015, a delegação estrangeira mais numerosa a visitar evento norte-americano

Brasil domina maior feira de varejo do mundo

NRF Big Show foi realizada entre 11 e 14

de janeiro, na cidade de

Nova York

Faturamento do varejo geral dos EUANatal: US$ 616,9 bilhões(R$ 1,762 trilhão)

Volta às aulas: US$ 74,9 bilhões(R$ 214 bilhões)

Dia das Mães: US$ 19,9 bilhões(R$ 56,8 bilhões)

Dia dos Namorados: US$ 17,3 bilhões (R$ 49,4 bilhões)

Páscoa: US$ 15,9 bilhões(R$ 45,4 bilhões)

Dia dos Pais: US$ 12,5 bilhões(R$ 35,7 bilhões)

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Internacional

36 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

Feira em Hong Kong comemora recorde de visitas

A 15ª edição da Hong Kong International Stationery Fair, realizada entre 12 e 15 de janeiro, quebrou o próprio recorde de visitas em 2015. As 20.482 pessoas que estiveram presentes no Centro de Convenções e Exibições de Hong Kong vieram, principalmente, do Leste Asiático e dos Estados Unidos. O evento ainda atraiu 225 expo-sitores, de 13 países: China, Alemanha, Grécia, Hong Kong, Indonésia, Coreia do Sul, Malásia, Taiwan, Estados Unidos, além dos estreantes Itália, Paquistão e Polônia. A feira foi dividida em zonas temáticas, que incluíam soluções em artigos feitos à mão, gifts de papelaria, infantis, instrumentos de escrita e itens de escritório. A próxima edição já está marcada para o período de 11 a 14 de janeiro de 2016.

afirmou Bernanke, que completou: “Se o

Congresso não estivesse brigando com a

Casa Branca por conta do teto da dívida

pública, o mercado estaria em uma posição

ainda melhor”.

A “posição ainda melhor” a que o ex-

-dirigente se referia foi corroborada pela

divulgação de números que colocam a

economia local em xeque. O Departamen-

to de Comércio dos EUA revelou recuo de

0,9% nas vendas do varejo em dezembro de

2014 em relação ao mesmo mês do ano an-

terior. No entanto, os dirigentes varejistas

argumentam que o resultado não deve ser

analisado de forma negativa.

“Nenhum varejista ficou imune à es-

tagnação vista no primeiro trimestre e,

como resultado, o crescimento anual foi

impactado. Entretanto, tivemos muitas

evidências de que a segunda metade do

ano foi melhor, com os consumidores se

sentindo mais otimistas quanto ao cenário

econômico”, assegura o CEO da National

Retail Federation (NRF), Matthew Shay.

Saúde fi nanceira do consumidor americano é a melhor desde 2006 e 2007.Ben Bernanke, ex-presidente do Banco Central dos EUA

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Destaque

38 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

SUCESSOS INFANTISA Foroni traz produtos licenciados das maiores “febres” entre crianças para o volta às aulas. Peppa Pig, Operação Big Hero, Bob Esponja, Malévola, Candy Crush e Barbie trazem os sucessos às linhas de cadernos da companhia. Para os mais crescidos, temas como South Park ou Ferrari são alternativas. R$ 14,13 a R$ 18,29. (11) 2067-2000

MOCHILA PARA TABLETS O crescimento do uso de tablets levou a Fico a produzir mochilas especial-mente para quem deseja armazenar o gadget com segurança. Feitas com poliéster e interior totalmente for-rado, as mochilas Clever da linha Smart Collection têm modelos nas cores azul, cinza e vermelho. R$ 199. (11) 2842-4242

SOM ATÉ EMBAIXO D’ÁGUAA linha Cool Colors, da Leadership, apresenta headsets resistentes à água e suor. Compatíveis com PCs, tablets e smartphones, os modelos contam com hastes ajustáveis e acolchoadas, além de botão multifuncional integrado ao cabo para atender a chamadas telefônicas ou acio-nar as funções play, pause, avançar e retroceder das músicas. R$ 45. 0800 722 2208

POST-ITS PARA TODAS AS OCASIÕESOs tradicionais Post-its da 3M são levados ao mercado em três modelos diferentes. Os Super Flags Reposicionáveis (25 mm x 38 mm), Flags Reposicionáveis (12 mm x 43 mm) e os Flags Reposicionáveis de Papel (12,7 mm x 44,4 mm). R$ 11,90 a R$ 25,90. 0800 013 2333

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RÉGUAS DIVERTIDASA linha de réguas FUN!, da Acrimet,leva design criativo e motivos infantis aos produ-tos, que prezam pela qualidade. A fabricante apre-senta, ainda, conjuntos de esquadros e conjuntos escolares, com esquadros, régua e transferidores. Preço sob consulta. (11) 4343-5577

APOSTA EM NOVIDADESCom 12 linhas – nove femininas e três masculinas – compostas por fichários, estojos, bolsas, cadernos, malote com botão, pastas catálogo e bloco de folhas, a DAC soma duas novidades ao portfólio: o caderno de uma matéria e a pasta catálogo em papel plastificado. Preço sob consulta. (11) 2404-9000

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Destaque

40 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria

COLAS PARA TRABALHOS MANUAISA Cola Silicone Líqui-da e o adesivo Ren-dbond são as solu-ções oferecidas pela Rendicolla para tra-balhos manuais. Em embalagens de 20 g, 50 g e 100 g, os produtos colam de papel a metal, adap-

tando-se a quase qualquer ne-cessidade. Pre-ço sob consulta.(42) 3252-3051

Produto do mêsMarcadores

A VMP Papéis traz mar-cadores em vários tama-nhos. Os mini são vendidos em blister com seis opções de cores ou, na opção, frasco com design diferente uns dos outros; os marca-textos em gel vêm em blisters com três cores diferentes; além desses, os mar-cadores plus e jumbo, com 12 unidades cada, estão disponíveis nas cores verde, pink, laran-ja e amarela (também na cor azul para a linha jumbo). Os marcadores permanentes, de quadro branco e, cd com ponta du-pla ainda são trunfos da empre-sa – todos nas cores azul, pretae vermelha.

Em cores vibrantes, o V-Super Color da Pilot é indicado para uso em papel, madeira, vidro, CD/DVD, metal, plástico, vinil, cerâmica. Seu cons-tante fluxo de tinta líquida conta com o sistema que permite a escrita imediata sem a necessida-de de agitar ou bombear, proporcionando uma excelente qualidade de uso do começo ao fim. O marcador é parte da linha Be Green, que conta com produtos fabricados a partir de plástico re-ciclado. Além da versatilidade, o refil da carga e troca da ponta são apostas da Pilot para a linha.

Pre

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ORGANIZAÇÃO A Waleu joga as fichas na diversi-ficação do portfólio com seis di-ferentes tipos de pranchetas com características distintas, feitas de componentes diversos como MDF, metal e plástico. Além dos organizadores, a empresa tam-bém apresenta chaveiros com etiquetas, ideais para o uso em

escritórios. Preço sob consulta.(11) 4070-5798

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Revista da Papelaria

Representante

TEXTO: FELIPE SANTOS

Ai l t o n M a r c e l o

Gonçalves Zam-

paglione é um

bom exemplo de

superação e sucesso profis-

sional. Iniciou trajetória em

1995, quando teve o primei-

ro contato com o mercado

papeleiro. Nesse período,

trabalhou em uma loja de

artesanato e papelaria na

zona sul do Rio de Janeiro.

Após um ano de trabalho

duro, passou a ser o respon-

sável pela área de compras

da empresa. Foi assim que a

história começou a mudar.

Durante o tempo de tra-

balho na papelaria, Ailton fez

diversos contatos entre repre-

sentantes comerciais e muitos

amigos. Até que foi informado

sobre uma vaga de vendedor

externo na Pilot Pen do Brasil. Em 1999, começou a trabalhar

com a venda externa na em-

presa. Apesar das dificuldades

iniciais, Ailton afirma que a

principal motivação e inspira-

ção para superar os obstáculos

foi a família.

relacionamento representa

80% do negócio, pois, hoje

em dia, com tanta concor-

rência e a globalização, não

existe mais a necessidade do

lojista ser obrigado a com-

prar as marcas A, B ou C”,

afirma Ailton. Ou seja, se o

representante não tiver bom

relacionamento com o clien-

te, ele pode ser substituído a

qualquer momento. 

Outro contratempo na

rotina diária são os altos

valores da  carga tributária

do país que, dependendo

do produto, passa de 50% do

custo. Mais uma dificuldade

é a concorrência desleal com

o mercado papeleiro das

grandes redes de lojas e os

hipermercados que invadem

esse mercado no melhor

momento, que é período

de volta às aulas. Para isso,

segundo ele, a papelaria pre-

cisa diversificar o negócio

para sobreviver. 

Apesar dos obstáculos

dos dias de hoje, Ailton des-

taca que o representante

comercial que trabalha com

comprometimento e pre-

ocupação com o negócio

do lojista – e não só com a

intenção em apenas “tirar

pedidos” – terá sempre a

fidelidade do cliente.

Em 2003, já com duas

filhas, Ailton decidiu mudar

novamente. Em busca de

melhor qualidade de vida,

resolveu ir para o litoral nor-

te do Estado do Rio. Pouco

tempo depois, em 2004,

realizou o principal objetivo:

a abertura da MRNI Zam-paglione Representações.

Ali, teve início a trajetória

de representante comercial,

que só vem crescendo e se

fortalecendo com represen-

tações de grandes empresas

do ramo da papelaria a cada

ano que passa. 

Ailton acredita que o se-

gredo desse sucesso está na

sinceridade e transparência.

Para ele, o essencial para

um bom representante é o

dinamismo na realização

de várias funções, compro-

metimento com o cliente e

sempre se atualizar para levar

informações importantes

que possam melhorar o re-

lacionamento e o negócio

dos clientes.

“No meu ponto de vista, o

O valor da perseverançaDinamismo, comprometimento e versatilidade são ingredientes para um bom representante comercial

MRNI Zampaglione Representações Área de atuação:  interior do Estado do Rio de Janeiro | Tempo de estrada: 15 anos | Empresas

que representa: Cromos, Foroni, Polibras, VMP Papéis.

sentantes comerciais

amigos. Até que foi in

sobre uma vaga de v

externo na Pilot Pen Em 1999, começou a

com a venda extern

presa. Apesar das difi

iniciais, Ailton afirm

principal motivação e

ção para superar os ob

foi a família.

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