revista da papelaria 176

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Abril de 2012. Especializada no mercado de papelaria.

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Nesta Edição

www.revistadapapelaria.com.br | abril de 20126

10Mesmo que os empregadores sigam as leis, existem situações nas quais os funcionários ou a fi scalização encontram respaldo para levarem a empresa à Justiça. Previna-se e proteja o seu negócio lendo a entrevista com Sandra Sinatora, especialista em Direito do Trabalho.

Entrevista

18Papeleiros dão sugestões para o lojista que deseja aumentar o volume de vendas realizadas no balcão e fi delizar a clientela.

Clínica Empresarial

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20

24

Estivemos no primeiro Gerando Demanda pelo Conhecimento do ano e contamos como foi.

Conheça os diferentes tipos e modelos de carimbos, a sua função e público específi cos.

A volta às aulas 2012 sob o ponto de vista dos fabricantes, varejistas e consumidores de material escolar.

Treinamento

Produto

EspecialVITRINE 38

MERCADO GLOBAL 36

ONDE ENCONTRAR 40

NA WEB 42

EDITORIAL 8

CIRCULANDO 12

PERFIL DO VAREJO 16

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11abril de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Como isso acontece na prática?Se o contrato de trabalho determina que o horário do funcionário é até às 18h, mas, por algum motivo, ele passa a trabalhar até às 19h, o em-presário vai pagar por essa hora extra ou sugerir que o empregado tire folga para compensá-la. Na maioria das vezes, esse acordo é feito ver-balmente, mas para ser válido aos olhos da lei, ele precisa ser documentado. Vamos pensar em outra situação: um repre-sentante comercial deixa de prestar serviço a uma empresa. Se a companhia não possui a documentação necessária comprovando esse vínculo, o profissional pode entrar com uma ação alegando ser ven-dedor da empresa, exigindo assim os direitos cabíveis a esse cargo. É aconselhável que o empregador deixe de lado a “camaradagem”, e fique atento aos cuidados que a legislação exige.

De que maneira o emprega-dor pode evitar esse tipo de situação? É comum encontrar pro-prietários de empresas, há mais de 30 anos no mercado, que só prestam atenção nas normas trabalhistas quando se veem frente a uma ação ou fiscalização. Muitos deles deixam essa responsabilida-de nas mãos do contador. A Legislação Trabalhista, po-rém, é complexa, detalhista e sofre mudanças constantes. Por isso, é importante um profissional da área jurídica dar suporte à empresa. Mas, no Brasil, infelizmente, o escritório de advocacia só é lembrado quando a di-ficuldade surge. A falta de uma cultura de precaução gera grande quantidade de demandas judiciais. Já os procedimentos preventivos garantem não só a redução de ações judiciais, mas tam-bém os direitos dos próprios trabalhadores, equilibrando a relação entre as partes.

E qual é a melhor maneira do empresário investir nessa pre-venção?O empregador pode contar com uma consultoria, ofere-cida por escritórios de advo-cacia. Nesse caso, o consultor vai orientá-lo e tirar dúvidas pontuais. Se o empresário vai contratar uma pessoa, por exemplo, ele pode pedir au-xílio a esse profissional sobre como proceder, da melhor ma-neira possível, nessa situação. Apesar desse ser um serviço acessível também às pequenas

empresas, são as grandes que atualmente o utilizam. Outra alternativa para os emprega-dores é a Auditoria Trabalhis-ta. Realizada por profissionais da área jurídica, ela tem como objetivos apontar os erros co-metidos pela empresa, indicar as medidas corretivas e fazer o empresário seguir corretamen-te a legislação. O advogado vai auxiliar a empresa antes que ela sofra algum processo, por-que será analisado todo o seu contexto e o que o empregador pode fazer para se prevenir.

E como a Auditoria Trabalhista funciona?O auditor faz visitas à em-presa, e, no local, analisa documentos, avalia os cartões de ponto, verifica as folhas de pagamento, entre outros ser-viços. Esse trabalho de cam-po serve para a averiguação das irregularidades. Depois de detectá-las, o auditor dá soluções e um prazo para que elas sejam aplicadas. Um tempo mais tarde, que varia de acordo com o tamanho da empresa e com os pro-blemas encontrados, esse profissional retorna ao esta-belecimento para averiguar se as falhas foram extintas. É aconselhável que esse proces-so seja realizado anualmente. A Auditoria Trabalhista é um serviço ainda novo, que, nos últimos três anos, vem se in-tensificando. Destaco que ela é acessível também às peque-nas empresas, lembrando ser a correção das falhas a melhor maneira de se livrar de futuras dores de cabeça.

É aconselhável que o emprega-dor deixe de lado a ‘camaradagem’, e fi que atento aos cuidados que a legislação exige.

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Circulando

www.revistadapapelaria.com.br | abril de 201212

NA ESTANTE

A Acrimet marcou presença na edição 2012 da feira internacional Home & Housewares Show, que aconteceu entre os dias 10 e 13 de março, em Chicago, Estados Uni-dos. No ano de seu 40° aniversário, a empresa esteve presente em um dos principais eventos de negócios do ramo de utilidade doméstica e apresentou sua linha de organização, principal-mente home office.

A Acrimet aproveitou os quatro dias de feira para encontrar os clien-tes internacionais, estrei-tar os relacionamentos e expor seus produtos para mais de 20 mil compra-dores do mundo inteiro. Segundo Luiz Carlos

Acrimet participa de feira internacional

Gastaldo, diretor comer-cial da empresa, a edição 2012 do evento foi exce-lente e a participação nas próximas edições está praticamente garantida. “A Acrimet já atua no mercado norte-america-no, mas é claro que a feira acaba divulgando ainda mais a marca. Fizemos diversos contatos inte-ressantes”, conta.

Em sua quarta par-ticipação no evento, a empresa teve a oportu-nidade de exibir, nesta edição, suas linhas de produtos em uma vitrine especial, localizada logo na entrada da feira, o que garantiu maior visibili-dade e destaque entre os mais de 2 mil expositores presentes.

O livro Varejo 2.0 é uma leitura essencial para todos que desejam compreender e aprender mais sobre o impacto das tecnologias sociais no varejo. Lançada

em 2011, a publicação busca auxiliar na criação de um planejamento estratégico para empresa, abordando aspectos teóricos e práticos do mercado. Com dicas de como vender e se relacionar na internet, o livro promete ajudar o empresário a usu-fruir o máximo das redes sociais.

José Claudio Cyrineu Terra e Renée Almeida | Editora Campus/Elsevier – 208 páginas.

Novas parceriasA All Nations iniciou

mais duas parcerias, com a empresa francesa T’nB Intelligent e com a espa-nhola Energy Sistem. A distribuidora passa a oferecer itens exclusivos das duas marcas no país, aumentando e diversi-ficando ainda seu mix de acessórios de infor-mática.

Para satisfazer até o consumidor mais exigen-te, a T’nB Intelligent in-veste no desenvolvimento de produtos com designs modernos, buscando oferecer sempre novida-des ao mercado. Dentre os produtos que já estão disponíveis no site da distribuidora estão fones de ouvido, cases para tablets, caixas de som, bolsas para notebooks, mouses estilizados e kit para iPads.

A distribuidora con-cretizou a parceria com a

espanhola Energy Sistem em fevereiro deste ano. Inicialmente, os itens que estão disponíveis no país são acessórios para iPads, cabos HDMI e headsets que podem ser usados para Skype, iPho-ne e iPad. Com uma filosofia voltada para o público jovem, a marca aposta em produtos bem coloridos aliados com um design diferen-ciado para se destacar no mercado.

All Nations reforçou o seu mix na área de informática com parcerias com empresas europeias.

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13abril de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Unidos pela féA Papelaria Destak,

localizada no centro de Paraguaçu Paulista, in-terior de São Paulo, é um dos estabelecimentos da cidade adeptos à reu-nião para rezar o terço empresarial. Realizada toda semana em um es-tabelecimento diferente, sempre às quartas-feiras, 7:30 da manhã, a oração busca trazer proteção e prosperidade para o co-mércio local.

Católico pratican-te, Claudinei Marques, proprietário da Destak, apoia o projeto e acredi-ta na sua importância. “Gostamos muito da ini-ciativa. Sempre que for possível iremos partici-par”, revela. A reunião só aconteceu duas vezes na

papelaria devido à gran-de procura pelo projeto na cidade. “Todos que-rem participar. Esperei aproximadamente um ano para receber o terço novamente aqui na loja”, conta o proprietário.

Foi há cinco anos que Helena Maria Fernandes de Morais iniciou este projeto. Ela conta que o terço empresarial é vol-tado para todos aqueles que têm relação com o comércio. “Rezamos pelo cliente, funcionário, re-presentante e pela famí-lia de todos nós. Pedimos para Deus nos proteger e iluminar os nossos esta-belecimentos”.

Helena conta que a ideia da criação deste grupo de oração nasceu

após ela receber uma mensagem. “Acordei com um recado na mi-nha frente. Dizia que eu deveria parar de brigar e começar a rezar”, conta ela, se referindo a um pequeno desentendi-mento da época. “Dizia até o dia da semana e a hora que eu deveria fazer isso”, completa.

As reuniões têm du-ração de, no máximo, 45 minutos e são uma inicia-tiva do comércio da cidade e não da igreja. Helena explica que eles consulta-ram a paróquia quando iniciaram as reuniões e que, apesar de receber a visita de um frei sempre que é possível, o projeto não tem nenhuma ligação oficial com a igreja.

Para presentear com criatividade

A Magistral ArtBox oferece ao mercado uma linha completa de emba-lagens decorativas e apos-ta em produtos criativos e práticos para conquis-tar o consumidor. Den-tre os lançamentos para 2012, os destaques ficam para a caixa porta-retrato e a caixa cubo. O primeiro item é uma embalagem para presentes que traz um porta-retrato para foto tamanho 10x15 em sua tampa, já o segundo, tem espaço para quatro fotos 13x18, dispostas lado a lado.

A empresa nasceu em novembro do ano passado, quando a Ma-gistral anunciou a sua entrada no ramo de embalagens decorativas com a criação da divisão ArtBox. Com um inves-timento de mais de 35 milhões de dólares em tecnologia e estrutura para equipar a fábrica, a empresa apresenta um mix com cerca de 400 produtos e garante que veio para brigar pela li-derança do mercado.

REPRESENTANTE COMERCIAL

Honestidade acima de tudo“Representação comercial exige honestidade e seriedade”.

Essa é a opinião de Marcio Carvalho de Freitas, representante há 15 anos. “É uma profissão que não permite mentiras. Fa-lando sempre a verdade, você tem mais tranquilidade para trabalhar”, explica.

Freitas atende todo o Piauí e parte do Maranhão, repre-sentando as empresas ACP, Acrinil, Foroni, Sertic e Souza. Ele garante ter uma relação muito boa com todos os seus clientes e conta que, para conquistar a confiança deles, o segredo foi sempre jogar limpo.

Apesar de estar desde 1997 na profissão, Freitas trabalha no mercado de papelaria há 26 anos. Antes de se tornar um representante no Piauí, o maranhense foi gerente de uma papelaria em São Paulo e conta que a transição para a nova função não foi fácil. “Fiquei dois anos consumindo minhas economias sem conseguir me adaptar ao trabalho”. Ele re-vela que, por ter vindo de outro estado, encontrou dificuldades para formar sua clientela. “Felizmente dei a volta por cima e superei as dificuldades. Hoje recebo mais do que na época em que era gerente”, revela.

Mas, para Freitas, a remuneração está longe de ser prioridade. “O dinheiro é a última coisa. Para mim, o mais importante é a satisfação do cliente”, garante ele, que acredita que a experiência na área é um dos principais destaques do seu trabalho. “Alguém com apenas alguns meses ou um ano na profissão ainda não conhece bem o mercado”, completa.

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CONSUMO

Sempre presente na rotinaSamir Salim Júnior

é analista de social media e seu trabalho consiste em produzir e difun-dir conteúdo para as mídias sociais dos seus clientes, analisando a repercussão e o cresci-mento deles no cenário virtual. À primeira vista, é difícil imaginar como alguém que passa boa parte do tempo conec-tado à internet utilize materiais básicos de pa-pelaria, como cadernos e canetas, mas Salim faz questão de manter esses itens sempre presentes em sua vida.

A principal função dos produtos de pape-laria no dia a dia de Sa-lim é para rascunho. “Coloco no papel tudo

que penso. Anoto ideias, números de relatórios e faço desenhos. Boa parte dos meus colegas prefere fazer anotações em seus telefones e computado-res, já eu não consigo me ver sem papel e caneta na mão”, conta.

Salim conta que des-de criança, ele sempre gostou e participou da compra de seu material escolar e que o fato de seus pais terem uma em-presa no centro de São Paulo, ajudou a concreti-zar essa relação. “A firma ficava perto de duas ou três papelarias e como eu tinha um fácil acesso a elas, fui aumentando meu estoque de produ-tos”, conta. Hoje, um dos seus estabelecimentos

preferidos é a Papelaria Universitária (São Pau-lo/SP), onde ele garante encontrar uma grande variedade de materiais de qualidade. Dentre seus itens prediletos, es-tão blocos de anotações, canetas, cadernos e lapi-seiras, principalmente a sua TK Fine Vario 0,5, da Faber-Castell. “Te-nho ela há mais de dez anos”, revela.

Mesmo gostando de manusear os produtos e do ambiente de uma pa-pelaria, Salim não abre mão da modernidade e também faz compras nas lojas virtuais. “Com a internet consigo fazer cotações com maior efetividade e facilida-de, além de descobrir

novos produtos e fazer recomendações a ami-gos”, conta. Porém, ele completa dizendo que, apesar de toda pratici-dade que a internet traz, a sensação de escrever ou de receber uma car-ta sempre será única. “O ato de escrever com calma e tranquilidade, pensando na pessoa ou na ocasião e dando a devida importância ao que se passa para o papel, o e-mail nunca conseguirá reproduzir”, completa.

A marca Menininhas foi criada pela Tilibra em 2002 para chamar a atenção das garotas, de 10 a 17 anos, ligadas às tendências de moda e que não abrem mão do brilho e do glitter, principalmente por eles estarem relacionados ao universo da vaidade.

Mesmo diferentes en-tre si, as Menininhas são seis amigas inseparáveis que adoram se divertir

Um charme de amizade

MENININHAS NA PAPELARIAPacific – Bolsas, malas e mochilas. Plasvipel – Rolos plásticos para encapar com 2,00 m x 45 cm (em caixas), ou 50 m x 45 cm (unitário) ou com 35 cm de largura com picotes a cada 50 cm (com 50 metros).Tilibra – Fichários, cadernos, estojos, mochilas, canetas, apontadores, borracha, cola, corretivo, lápis, régua e tesoura. Vulcan – contact.

juntas. Com o passar do tempo, elas conquista-ram fãs em todo o país, que passaram a pedir mais produtos estam-pados com as persona-gens. Dessa maneira, em agosto de 2005, a marca passou a ser licenciada pela Kasmanas, e, hoje, está presente em diver-sos artigos. Ao todo, são mais de 70 itens em seis diferentes segmentos de mercado.

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Perfil do Varejo | O Paladino Livraria e Papelaria - Estrela/RS

www.revistadapapelaria.com.br | abril de 201216

Quando novo, Luiz Roque Schwertner já trabalhava na empre-sa do pai, em Estrela,

cidade no interior do Rio Grande do Sul. A firma era focada no ramo de tipografia, funcionando como gráfica e com setores de livraria e pape-laria. Luiz assumiu o negócio após o falecimento de seu pai, Aloysio Schwertner, no início da década de 90.

Foi em 1993 que ele decidiu que precisaria fazer mudanças na empresa e criou O Paladi-no Livraria e Papelaria. “Era a época em que os computado-res começaram a revolucionar tudo, principalmente o setor gráfi co. Para nos adaptarmos, precisaríamos fazer grandes investimentos, então resolvi voltar a empresa totalmente para o comércio”, lembra.

Hoje, Luiz está com 65

O negócio começou

como jornal, se

transformou em

gráfi ca e, hoje, é uma

papelaria que traz

um nome há cem

anos presente no

cotidiano da cidade.

POR RENAN CRESPO

anos e observa as mudanças sofridas pelo mercado varejis-ta de papelaria. “Sou da época em que o básico era lápis e caneta. Agora é exigido muito mais nas listas de materiais e os jovens estão sempre buscando novos licenciamentos”, conta. Para ele, toda essa mudança tem seu lado positivo e nega-tivo. “É bom porque vendemos mais, porém é difícil manter o estoque sempre atualizado com os personagens que estão na mídia”, completa.

Para se destacar da concor-rência, o empresário busca ter sempre novidades e diversifi -car bastante seu mix de pro-dutos para oferecer tudo que o cliente precisa. “Vendemos além da lista de material, coi-sas do dia a dia do aluno, que não são relacionadas com pa-pelaria, como escova e pasta de dentes, por exemplo”, explica. Luiz também aposta no setor corporativo como alternativa para vender mais. Para isso ele mantém sempre contato

Nome da papelaria: O Paladino Livraria e PapelariaLocalização: Estrela/RSE-mail: [email protected] da papelaria: www.opaladino.com.brData da fundação: março de 1993.Quantidade de funcionários: cinco.Região que abrange: Vale do Alto Taquari, região central do Rio Grande do Sul.Filiais: não.

Área: 198m².Serviços oferecidos: cópia, encaderna-ção e plastifi cação .Perfil do cliente: “É muito variado. Recebemos muito o público escolar, mas também vendemos bastante material de escritório. Vai de 8 a 80.”Produtos mais vendidos: caderno, caneta e lápis. Melhores fornecedores: Compactor, Norma, Pilot e São Domingos.Produto que gostaria de trabalhar:

itens de informática.Que aspectos do mercado precisam ser discutidos: “Como somos do in-terior, a demora dos fornecedores para repor produtos com defeitos de fábrica é grande”.

Como chegar:Rua 13 de Maio, 236, Centro – Estrela – RS – CEP: 95880-000 Telefone: (51) 3712-2066

Direto da revenda

com os clientes, fazendo visi-tas e utilizando mailing para divulgar seus produtos.

O proprietário acredita que as feiras são uma boa al-ternativa para se manter atu-alizado, por isso ele frequenta a Offi ce PaperBrasil Escolar. “É bom porque conhecemos as novidades, fazemos contatos, podemos reclamar com os fornecedores e eles também reclamam um pouco com a gente”, brinca. Porém, a insatisfação de Luiz é séria quando se trata dos impostos sobre os itens de papelaria. “Nosso maior problema são os tributos. O imposto subs-tituto encarece o produto porque repassamos para o consumidor. O custo fi ca en-tre 20% a 30% maior. É com-

Sobrevivendo ao tempo

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17abril de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Luiz e Mariza Schwertner, ao

centro, reunidos com toda a equipe

de funcionários do Paladino

plicado, principalmente para a pequena e média empresas”, reclama. Independente deste cenário, Luiz quer aumentar o espaço físico do estabeleci-mento. “Estamos procurando um lugar maior, com o do-bro da área que temos. Aqui já estamos sentindo certo aperto”, explica. O projeto de mudança é previsto ainda para este ano.

O empresário divide o trabalho da loja com sua es-posa, Mariza Maria Feldens Schwertner, que cuida da parte das compras, enquanto ele é responsável pelo setor fi nanceiro do estabelecimen-

to. O proprietário segue feliz com seu negócio e diz ser uma grande satisfação oferecer tudo que os clien-tes precisam. “Também é muito bom quando alguém me fala que já comprou no Paladino na época do meu pai, quando eu ainda era criança”, conta ele.

O nome da papelaria é bastante conhecido entre os moradores de Estrela. Há mais de cem anos, o primeiro jornal da cidade se chamou O Paladino, cria-do por Antonio Cardoso, influente intelectual, em 1921. Dez anos mais tarde,

Aloysio Schwertner, pai de Luiz, entrou como sócio no negócio e implementou uma gráfi ca e um setor de livraria e papelaria, juntamente com o periódico. Em 1941, O Paladino encerrou suas ativi-dades jornalísticas e Cardoso saiu da sociedade, deixando a empresa nas mãos da família Schwertner.

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Clínica Empresarial

www.revistadapapelaria.com.br | abril de 201218

Investimento em serviços e atendimento de qualidade

são algumas das sugestões de empresários para

garantir e fidelizar a clientela, aumentando o volume

de vendas realizadas no balcão da papelaria do interior

de São Paulo. POR RENATA MEDEIROS

Situação problema

“Depois de algum tempo viven-do em Campinas, retornei à minha cidade natal, Mococa, no final de 2009. Em abril do ano seguinte, minha esposa e eu abrimos a Tecla Papelaria, Escritório e Informática. Optamos por esse segmento, pois percebemos que, no município, ele era carente de novidades. Como muitas empresas costumavam adquirir artigos de papelaria em cidades vizinhas, passamos a in-vestir intensamente no público corporativo para que ele passasse a fazer as compras em Mococa. A ideia deu certo e, hoje, 60% do nosso faturamento está atrelado à pessoa jurídica. O que desejamos agora é chamar a atenção do consumi-dor final, fazendo com que ele frequente mais a loja e torne-se fiel a ela. Como temos pouco tempo de estrada, trabalhar com preço competitivo é outro impasse, assim como driblar o nosso principal concorrente: uma papelaria próxima à nossa, que está há 15 anos no mercado”. ALEXANDRE FOGARIN FILHO

Tecla Papelaria, Escritório e Informática: Alexandre Fogarin Filho e Maria Fernanda Fogarin são proprietários do estabelecimento localizado no centro de Mococa, cidade do interior de São Paulo, que possui 66.290 habitantes. Próximo a ele, há grandes magazines, restaurantes e lanchonetes. A escola mais próxima fica a cerca de 800 metros da loja. Já a sua principal concorrente, uma papelaria presente no mercado há 15 anos, está localizada a 30 metros dela.

Após conquistar corporativo,

Serviços como alternativa – “Para chamar a atenção do consumidor final, a papelaria precisa apostar em prestação de serviço. Impressão, recar-ga de cartucho e venda de carimbo são algumas opções. O papeleiro pode ainda in-vestir em trabalhos gráficos, produzindo panfletos e até convites. Na Toque Mágico, o cliente tem acesso à inter-net e, se ele precisar de um CD ou pen drive para gravar algo, tenho esses produtos para atendê-lo. A papelaria precisa se diversificar. O empresário que fica no ‘arroz com feijão’ não vai para fren-te. No momento de escolher qual serviço disponibilizar na loja, o varejista deve ficar atento ao que a concorrência não oferece. Na maioria das vezes, isso é mais importante que garantir o menor preço. Por outro lado, o varejista, ao invés de ‘bater de frente’ com o concorrente, pode fazer dele o seu aliado. Por meio de uma parceria, é possível conseguir melhores preços com a realização de compras conjuntas”.ELDER LUIZ DA SILVA, sócio-proprietário da Toque Mágico (Belo Horizonte/MG)

Com foco no atendimento – “Para conquistar o consu-midor final foram adotadas algumas inciativas, e o car-tão fidelidade é uma delas. A cada compra, a partir de

como aumentar a clientela?

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um determinado valor, o cliente recebe uma pontu-ação. Ao alcançar um certo número de pontos, ele pode trocá-los por uma merca-doria da loja. Além disso, costumamos espalhar pelo estabelecimento banners e cartazes com promoções. Durante o período de volta às aulas fazemos uma ação mais intensa, apostando na distribuição de panfletos, na publicidade em jornais e na propaganda por meio de carros de som. Porém, a me-lhor ‘estratégia de marketing’ utilizada pelo comércio é o bom atendimento. É ele que faz o consumidor divulgar a loja a amigos e familiares. O atendimento de qualidade também garante que o clien-te retorne à papelaria, mesmo que ela ofereça produtos a valores um pouco mais altos que a concorrência. Para trabalhar com um preço competitivo, o comerciante pode, por exemplo, firmar parcerias com a indústria. Esse, porém, é um processo que exige paciência. É no dia a dia que o varejista vai ga-nhando a confiança de novos e bons fornecedores”. ANDREZA CAMPESTRINI, gerente da Casa do Caderno (Curitiba/PR)

Compra fora de época – “Como nenhuma loja é ex-celente em tudo, o papeleiro deve ficar atento à concorrên-cia e identificar as suas falhas. O intuito é trabalhar no meu estabelecimento aquilo o que o concorrente não trabalha de maneira correta no dele. O próprio consumidor final, que vai de loja em loja, é uma excelente fonte de informa-ções. Por isso, estar atento ao que ele diz é muito impor-

tante. Investir na capacitação dos funcionários é outro pon-to fundamental para atrair clientes e fazer com que eles retornem à papelaria. Vende-dores e balconistas precisam conhecer os produtos dispo-nibilizados no estabelecimen-to, além de estarem sempre prontos para dizer ‘bom dia’ e ‘boa tarde’ a quem entra na loja. Atitudes como essas fazem toda a diferença.

Oferecer produtos a preço de custo é outra alternativa para chamar a atenção do consumidor. O papeleiro pode escolher um artigo e vendê-lo a tempo limitado, ou até quando durar o es-toque, a um valor abaixo do encontrado no mercado. Ele não terá lucro com a saída do item, mas será beneficiado de uma outra maneira: atraídas pela promoção, pessoas que nem sequer conheciam a loja vão saber que ela existe. Além disso, ao entrar na papelaria para adquirir a mercadoria em promoção, o consumidor acaba levando outros artigos de papelaria.

Para trabalhar com preço competitivo, uma dica é com-prar produtos fora de época. Após a volta às aulas, é possí-vel adquirir itens licenciados com 50% de desconto. Dessa maneira, o varejista pode oferecer ao consumidor um preço mais acessível. Nesta época do ano geralmente a indústria repassa produtos a um preço mais baixo ao pape-leiro, pois não quer ficar com uma coleção antiga parada no depósito. Porém, é necessário saber comprar, dando prefe-rência aos personagens que nunca saem de moda”.JOSÉ HUMBERTO MARTINS, proprietário da Papelaria Setta (Juazeiro do Norte/CE)

Page 20: Revista da Papelaria 176

Produto

www.revistadapapelaria.com.br | abril de 201220

A diversidade de carimbos disponível no

mercado é variada no que diz respeito a suas

funções, ao público que cada modelo atinge

e ao custo para quem quer vendê-los. Antes

de decidir qual carimbo é adequado para ser

oferecido aos clientes, é preciso analisar as

opções e o perfi l dos seus consumidores. E

avalie também se é melhor produzir

o produto ou revendê-lo. POR CAROLINA BERGER

Para estampar

Q uem trabalha no ramo de papelaria há mais de 10 anos não hesita em afi r-

mar que a mudança mais significativa do setor foi a inclusão de produtos tec-nológicos no mix das lojas. Entre essas novidades, de-vemos considerar não só os novos itens que passaram a ocupar as prateleiras, como também aqueles que evo-luíram tecnologicamente, mas não necessariamente substituíram os tradicionais, passando a dividir o espaço com estes.

É o caso dos carimbos. Os clássicos, feitos de madeira ou plástico com uma almo-fada à parte, são utilizados para estampar informações como razão social e CNPJ, atendendo a determinadas necessidades corporativas. Outra função para estes

e lucrar

modelos, lembrada por Ro-naldo Sutto Bassi, diretor de marketing da Nova Era, é a possibilidade da produção de tamanhos especiais, que não cabem nas medidas dos carimbos automáticos.

Por outro lado, aqueles produzidos com tecnologia fl ash estão entre os mais mo-dernos. Sem relevo, eles não precisam de uma almofada externa nem interna pois a tinta é acondicionada dentro de uma borracha micropo-rosa que absorve o líquido, e este é liberado conforme o uso. Segundo Bassi, sua impressão é mais nítida e possibilita imagens menores sem perder a qualidade. Em compensação, existem restri-ções, como o fato de só poder ser utilizado em superfícies lisas, por exemplo.

O outro tipo de carimbo é o autoentintado. Os itens

A linha da Colop feita com madeira líquida é um dos destaques da marca com apelo ecológico

Page 21: Revista da Papelaria 176

21março de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

deste modelo são abaste-cidos com a tinta em uma almofada, localizada den-tro da própria estrutura do carimbo, possibilitando o trabalho com apenas um objeto. Ricardo Luiz Andra-de, sócio-administrador da

Carplac, explica que, em geral, esses modelos são uti-lizados de maneira mais pes-soal, para rubricar documen-tos e exames, por exemplo. A empresa distribui carimbos de diversas marcas, como Tro-dat, Colop e Shiny.

Terceirização ou independência?

Além de identifi car qual tipo é mais adequado aos clientes, é preciso avaliar se é recomendável ao seu negócio produzir o artigo na loja ou terceirizar este serviço. O principal motivo é lembrado por Bassi, da Nova Era: “A grande maioria dos consumidores, quando quer fazer um carimbo e não co-nhece um carimbeiro, tem a papelaria como sua primeira opção para procurar o pro-duto”. A empresa fornece carimbos da Colop e destaca o novo sistema Express, apli-cado na linha EOS Flash, que

O menor carimbo da Carplac é o K1R. Com tecnologia flash, o item agrada principalmente pelo tamanho compacto e pela variedade de cores

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25abril de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

pode agradar os estudantes. Mas nem sempre o lojista tem a certeza de que seus consumidores vão adquirir estas marcas inéditas.

De acordo com a gerente de marketing da Sestini, Re-nata Cabanal, este comporta-mento dos lojistas tem fi cado cada vez mais nítido. “Antes havia um boom de licenças no mercado. Hoje não adianta ter mais uma bonequinha fofi nha, é preciso de algo com mais apelo”, compara.

Renata contou que os lojistas estão mais caute-losos, comprando poucos produtos com licenças no-vas, preferindo, às vezes, nem arriscar. Ela afirma que alguns, porém, se ar-rependem depois, quando notam que a venda daquela licença foi grande em ou-tras papelarias.

Para apoiar o empresá-rio no ponto de venda e incentivar a saída de seus produtos, os fornecedores oferecem material que esti-mula o consumo dos itens. A Suzano - que reformulou a identidade visual da marca

no ano passado –, por exem-plo, reforçou a mudança nas embalagens com adesivos, folhetos explicativos e totens. Já a São Domingos ofereceu caixas expositoras, banners e móbiles com fotos dos prin-cipais lançamentos.

Além da ajuda com ma-teriais tradicionais e comer-ciais em cinco canais de TV, a Sestini desenvolveu, este ano, uma promoção secreta. Foram enviados comprado-res misteriosos aos estabe-lecimentos que ofereciam produtos da marca, sem que ninguém que trabalha na loja soubesse. A pessoa solicitava ajuda na compra de uma mala ou mochila e, se o ven-dedor oferecesse um produto da marca, ganhava, na hora, um prêmio em dinheiro. A promoção era realizada ape-nas uma vez em cada ponto de venda e não era feita em lojas próximas.

É preciso se adaptarA gerente Renata Caba-

nal destaca que houve uma diferença na volta às aulas deste ano em relação ao

período posterior ao Natal. “Geralmente, as mochilas que sobram das vendas de presentes são deixadas para a volta às aulas. Este ano houve reposição”, comemora.

Já a fabricante de cader-nos São Domingos percebeu as consequências da crise econômica internacional. “Ano passado, houve redução nas exportações. Então, as empresas fi caram mais volta-das para o mercado interno. Na mini volta às aulas, por exemplo, houve uma grande oferta de commodities, fazen-do com que as papelarias ainda estivessem abastecidas com esses produtos quando o ano terminou. A empresa obteve um rendimento sa-tisfatório, mas acredito que poderia ter sido melhor, se não houvesse este fator”, avalia o gerente comercial da empresa, João Corniani. O resultado foi o crescimento - correspondente ao esperado pela companhia - de 5% nas vendas em relação à volta às aulas do ano passado.

A empresa de mochilas Pacific identificou que o

Principal fornecedor de produtos para as papelarias na volta às aulas 2012 Nota para o desempenho dos fornecedores das papelarias nesta volta às aulas

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Especial | Balanço volta às aulas 2012

A São Domingos cresceu dentro do esperado nesta volta às aulas, mas o gerente comercial, João Corniani, acredita que o resultado poderia ter sido melhor

mercado passou a exigir produtos com menores cus-tos e conseguiu se adaptar a tempo para a volta às aulas 2012. “Houve uma mu-dança de comportamento: o consumidor ficou mais sensível ao preço”, revela Edlaine Silva, gerente de marketing e desenvolvimen-to da companhia.

Em sua reestreia na volta às aulas brasileira, o princi-pal desafio da Paper Mate este ano “foi garantir, em um curto espaço de tem-po, a execução de todas as atividades necessárias para assegurar a presença da marca nos principais pontos de venda em todo o país”, como explicou Jeffer-son Leite, diretor comercial de produtos de escritório da fabricante de canetas.

Sucesso de públicoPara Andre De Marco,

gerente de grupo de produ-tos da unidade de papel da Suzano, o consumo do pú-blico jovem é um dos fatores mais importantes. “Eles estão cada vez mais ligados

às questões voltadas para sustentabilidade. Esse tema é a nossa bandeira dentro da companhia”, afi rma. A em-presa produz o papel Suzano Report Senninha, que vem em embalagem licenciada com o personagem.

Os consumidores de pou-ca idade tiveram destaque também para os executivos da Paper Mate, que foram surpreendidos pela venda da Paper Mate Erasermate, caneta esferográfica com tinta que apaga, que agra-dou mais que o esperado. O produto da marca mais vendido na volta às aulas 2012, porém, foi a esfero-gráfica Kilométrica 100, que, de acordo com a fabricante, possui escrita suave que não exige esforço.

As licenças para meninas fi zeram sucesso nas vendas de mochilas. As estampadas com as bonecas Jolie foram as que mais saíram entre os modelos da Pacific, e a campeã entre as opções da Sestini foi a linha Barbie Escola de Princesas.

As mesmas empresas,

porém, diferenciaram-se em relação aos produtos que surpreenderam em 2012. A licença Monster High superou as expectativas na Sestini, e a Pacific foi sur-preendida pelas vendas da linha Patati Patatá.

Entre os cadernos da São Domingos, licenças não tão delicadas se destacaram este ano. Segundo Corniani, as coleções que mais venderam foram Red Bull, Playboy, Nico-boco, Cobra D´agua.

Comparando com 2011, as vendas naspapelarias nesta volta às aulas

Como foi a volta às aulas 2012 para as papelarias

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Problemas durante a volta às aulas existem, mas papeleiros mostram como passar por cima deles e revelam: investimento é a palavra-chave para quem deseja ter sucesso. POR RENATA MEDEIROS

27abril de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Esforço e dedicação que dão resultado

A volta às aulas do ano passado não deixou boas recordações para o proprietário

da A&M Papelaria (Tobias Barreto/SE), Matheus Ávila de Oliveira Reis. Os pedidos feitos aos fornecedores “em cima da hora”, como ele explica, fizeram com que as mercadorias chegassem tarde demais à loja, compro-metendo boa parte das ven-das. Em compensação, em 2012, o papeleiro apostou em diversas estratégias, que deram resultado. “Nesta úl-tima volta às aulas as vendas aumentaram 38% em relação ao mesmo período do ano passado”, comemora.

A primeira medida to-mada por Reis foi fazer um planejamento, que permitiu a aquisição antecipada de grande parte dos produtos que seriam oferecidos du-

rante a volta às aulas 2012. “Os pedidos foram feitos em agosto de 2011”, revela. Além do adiantamento das com-pras, o papeleiro enxergou a necessidade de apostar em alternativas para conquistar o consumidor. Dessa ma-neira, ao invés de dividir a compra do material escolar em até quatro vezes sem ju-ros, o cliente, este ano, teve a opção de parcelar em até seis. Já as compras com mochilas e lancheiras pôde ser paga em até 10 meses. “Isso fez com que dobrássemos a venda de mochilas. Não imaginei que esse artigo teria uma saída tão grande”, avalia.

A mudança para um esta-belecimento maior, ainda em 2011, foi apontada por Reis como outra razão que levou a papelaria a alcançar resul-tados positivos. Isso porque, segundo ele, o ambiente mais

arejado e organizado agradou aos pais e às crianças, que puderam circular livremente pela loja, tendo mais contato com os produtos ali expostos. “Recebemos vários elogios”, comenta o papeleiro.

A volta às aulas 2012 supe-rou as expectativas do respon-sável pelo setor de compras da Livraria Midas Arma-zém Cultural (Joinville/SC), Francisco Nunes de Moisés Filho. A intenção do lojista era crescer, em média, 20% em relação ao ano passado, mas esse número chegou a 43%. O investimento em publici-dade é destacado como um dos principais motivos desse crescimento. “Decidimos fazer campanha na televisão, em rádio e em outdoors”, diz. Para tamanha divulgação, a Livraria Midas contou com o auxílio da indústria. “Fi-zemos parcerias com várias empresas. Em cada uma das propagandas, a nossa marca era associada ao nome de uma delas”, explica.

A publicidade também foi uma das armas utilizadas pelo proprietário da Jota Office Shop (Gama/DF), Eduardo Coriolano Pereira, para alavancar as vendas. Por toda a cidade era possível

Início do planejamento e preparação da papelariapara a volta às aulas 2012

O período de maior movimento nas papelarias para a volta às aulas 2012

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Especial | Balanço volta às aulas 2012

encontrar frontlights (placas luminosas) e outdoors que traziam estampados o nome da papelaria. Panfl etos foram entregues aos transeuntes, anúncios colocados nos jor-nais regionais, e teve até trio elétrico pelas ruas do muni-cípio para chamar a atenção do consumidor.

Há três anos frente à Jota Office Shop, Pereira conta que, neste ano, triplicou as vendas realizadas na sua pri-meira volta às aulas, em 2010. Ele diz que a conquista está atrelada, principalmente, à sua relação com o consumi-dor. “Procuro sempre cativar o cliente, sendo o mais trans-parente possível”, comenta.

O varejista classifi ca a volta às aulas 2012 como boa, assim como a maioria dos papeleiros participantes da pesquisa pro-posta pela REVISTA DA PAPELARIA,

que teve como objetivo traçar o perfi l de tal período. Pela in-ternet, noventa lojistas de todo país responderam às questões propostas, de 12 a 26 de mar-ço. Sobre as vendas, a pesquisa revela que, em relação a 2011, elas aumentaram em 49,4% nas papelarias, mantendo-se estáveis em 30,1% delas, e diminuindo em 20,5% dos estabelecimentos.

Dono da Papelaria Sam-pell (São Paulo/SP), Valdir Sampell é outro varejista que comemora as conquis-tas da volta às aulas 2012. O varejista fez tanto “baru-lho” que chamou a atenção de dois canais de televisão: Rede Globo e Rede Record. “A Globo queria fazer uma entrevista comigo. Mas a Record chegou na frente, e, dessa maneira, concedi a ela a entrevista”, conta. O que levou as emissoras a irem atrás da papelaria foram os serviços por ela oferecidos, capazes de atrair uma enor-me quantidade de clientes. “Esperávamos oito mil pes-soas nesta volta às aulas. Porém, recebemos mais de 11 mil”, revela o papeleiro.

Foi há dois anos que a Papelaria Sampell abriu as portas. Antes de atuar como varejista, Sampell havia tra-balhado em empresas fabri-cantes de papel e celulose, o que fez ele visitar, durante anos, papelarias espalhadas por todo o Brasil. “Eu ouvia muitas reclamações de pais de alunos. Foi então que comecei a pensar em alter-nativas para amenizar tais problemas e, atualmente, aplico-as na loja”, conta.

De acordo com o seu proprietário, a Papelaria Sampell vende mais que pro-dutos. Ela vende comodida-de e praticidade. Isso porque uma vez a lista de material escolar enviada por fax ou e-mail, os artigos são entre-gues na casa do cliente, com hora e dia marcados, sem que seja necessário pagar nada por esse serviço. “Isso vale para todas as regiões da cidade de São Paulo”, expli-ca. Se o consumidor opta por retirar a mercadoria na loja, ele também faz isso com data e horário por ele escolhidos, evitando fi las e aborrecimentos, como defi -

Durante a volta às aulas, Valdir Sampell recebeu a equipe da Rede Record em sua papelaria, dando entrevista sobre como atraiu tantos clientes até a loja.

Principal desafio para as papelarias na volta às aulas 2012 Principal incentivo para as vendas nas papelarias na volta às aulas 2012

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29abril de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

ne Sampell. “Lá ele encontra uma pessoa servindo água, café e suco”, completa.

Na Sampell Papelaria, o consumidor tem a opção de parcelar a compra do material escolar em até 10 vezes sem ju-ros, e pode levar para casa arti-gos personalizados. “Além de encaparmos livros e cadernos, gravamos o nome da criança na tesoura e bordamos a to-alhinha dela. Tudo isso sem nenhum custo extra”, diz o papeleiro que, em 2012, ven-deu cerca de cinco mil listas de material escolar.

ApostasPara Pereira, o cliente

de papelaria é fiel, princi-palmente durante a volta às aulas. Dessa maneira, diferentemente de outros profissionais do ramo, ele não acredita que esse esta-belecimento esteja com os dias contados. “Talvez esses papeleiros não gostem dos seus negócios como eu gosto do meu”, provoca. Sampell concorda com o proprietário da Jota Offi ce Shop e alega que falta empreendedorismo na área. “Vejo os donos das

lojas reclamando das vendas, dos clientes, mas eles nada fa-zem para melhorar”, aponta. “Esse é um mercado muito amplo. Tudo o que você faz parece pouco. Por isso, é sem-pre necessário fazer mais e mais”, completa Nunes.

É para destacar-se fren-te ao mercado que, neste primeiro semestre, a A&M Papelaria vai passar a inves-tir em serviços de gráfica rápida, como a produção de banners e convites. “Vamos também fazer impressão a laser. Acabamos de adquirir o equipamento para isso”, comemora Reis.

Apesar da volta às aulas 2013 parecer distante, já tem papeleiro traçando planos para o período. Na livra-ria Midas, a contratação de funcionários temporários será em agosto, ao invés de novembro, para que eles tenham mais tempo de se prepararem para a época em que a loja recebe maior nú-mero de clientes. Já Sampell vai investir ainda mais em produtos para conquistar não somente as crianças, mas os pais que frequentam a pa-

pelaria. “Neste ano, somente durante a volta às aulas, foram vendidas mais de mil bolsas femininas”, lembra. “Os clientes terão muitas novidades em 2013. Porém, não vou adiantar nada, pois quero surpreender a concor-rência”, brinca Pereira.

ImpassesApesar do clima de oti-

mismo, alguns problemas fi zeram parte da volta às au-las das papelarias. De acordo com Nunes, algumas com-panhias de caderneiras e de instrumento de escrita dei-xaram a desejar em relação à reposição de material. “Eu poderia ter vendido mais, mas faltaram artigos na loja. Essas empresas não tiveram uma logística rápida e dinâ-mica para atender a minha demanda”, reclama.

Matheus Reis e sua sócia, Karol Ávila, comemoram os bons resultados da volta às aulas 2012. Neste ano, as vendas aumentaram 38% em relação ao mesmo período do ano passado.

Tipo de produto que teve mais saída naspapelarias durante a volta às aulas 2012 As 10 licenças mais vendidas nas papelarias

nesta volta às aulas

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Especial | Balanço volta às aulas 2012

Capacitação da equipe aindanão é prioridadeNo mês de novembro os colaboradores da Livraria Midas Armazém Cultural (Joinville/SC) participam de uma conven-ção com o seguinte intuito: se preparar para a volta às aulas. Durante um final de semana, eles se reúnem no auditório da empresa, onde assistem palestras motivacionais e recebem a visita de fornecedores, que fazem a apresentação dos pro-dutos, dando dicas de como eles devem ser apresentados ao cliente final. “Há dois anos promovemos esse encontro, que vem dando um bom retorno. A venda de mochilas aumentou, já que agora os funcionários estão aptos a apresentá-las de-vidamente ao público”, exemplifica o responsável pelo setor de compras do estabelecimento, Francisco Nunes de Moisés Filho.Diferentemente da Livraria Midas, ainda são poucas as papelarias que contratam profissionais especializados para um trabalho personalizado com a equipe. A pesquisa realizada pela REVISTA DA PAPELARIA, de 12 a 26 de março, revela que, dos 90 varejistas que dela participaram, somente 3,6% adotam essa prática. A maioria deles, 48,2%, prefere apostar no treinamento dado pelo próprio dono da papelaria. Treinador empresa-rial dos ramos de varejo e atacado, Fábio Nemer diz que a iniciativa é válida, mas chama a atenção dos lojistas. “É preciso tomar cuidado para que esse treinamento não se transforme em um ‘adestramento’, com a simples imposição das regras da empresa. O empresário deve promover um encontro dinâmico”, observa.Por outro lado, ele também destaca a importância da aposta em outros meios de capacitação. “Muitas vezes, a empresa precisa do olhar de al-guém que esteja de fora, e aí entra o trabalho do treinador. Se for difícil encontrar um profissional especializado em sua região, o papeleiro pode buscar um treinamento à distância”, orienta Nemer.

Reis relata o mesmo des-gaste. Em setembro, ele fez um pedido junto à indústria, mas só recebeu a mercadoria, incompleta, em novembro. Em dezembro, ele fez outra solicitação à mesma com-panhia e, como não havia recebido a mercadoria até fevereiro, cancelou a compra. “A empresa nem sequer en-trou em contato para avisar que o artigo estava em falta no estoque. Só tive acesso a essa informação no ato do cancelamento”, conta.

Na Jota Office Shop, o principal impasse esteve rela-cionado aos livros didáticos.

Segundo Pereira, a divulgação desse material junto às escolas é feita tardiamente, geralmen-te em outubro. É a partir daí que as instituições de ensino começam a defi nir o livro que será adotado no ano letivo. “Algumas escolas só liberam a lista dos didáticos para as papelarias em janeiro. Não há tempo sufi ciente para nos prepararmos”, reclama.

E o problema não para por aí. De acordo com o papeleiro, faltam livros nas próprias editoras, que dão preferência às grandes papelarias. “Estou devendo livros a pais que fizeram

a compra em dezembro. A editora alega que o esto-que está esgotado e, dessa maneira, o produto está em gráfica novamente. Isso causa um desgaste enorme, pois o cliente faz a compra, não recebe a mercadoria, e acaba ficando insatisfeito com a loja”, revela. “Para re-solver o problema, a escolha do livro pela instituição de ensino deveria ser feita com antecedência. Além disso, a escola poderia fazer um le-vantamento do número de alunos que utilizarão aquele material, para que a editora esteja preparada para essa demanda”, sugere.

Negociar com os forne-cedores, gerenciar o estoque e evitar a inadimplência do consumidor fi nal foram ou-tros impasses apontados pelos papeleiros. Mas a di-fi culdade em driblar a con-corrência destacou-se como a grande vilã da volta às aulas 2012, tendo sido apontada como o principal desafio do período por 38,6% dos varejistas que participaram da pesquisa realizada pela REVISTA DA PAPELARIA.

Os supermercados que oferecem material escolar ao público prejudicaram as ven-

Quantos funcionários extras foram contratados para atenderao movimento da volta às aulas 2012 nas papelarias

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Especial | Balanço volta às aulas 2012

representaram as principais reclamações dos pais.

Louise Nathalie Queiro-ga Marques, de João Pessoa, capital da Paraíba, reclama do valor dos livros pedidos pela escola de Camille, sua f ilha de 9 anos, e conta que passou mais de sete horas na f ila do colégio para adquiri-los. “Os preços duplicaram! Inclusive dos paradidáticos”, completa. Já Milene conta que a es-cola de Níccolas criou uma parceria com uma papelaria da região, o que facilitou as compras. “Este foi o pri-meiro ano do convênio e, depois de pesquisar, vi que os livros realmente estavam mais em conta lá”.

Edna Piovesan da Sil-veira, do Rio de Janeiro, revela que também teve problemas com os livros da f ilha Eduarda, de 11 anos. Ela explica que, como é divorciada, as compras para a volta às aulas ficam divididas. O pai compra os livros, enquanto Edna fica responsável pelo resto do material da filha. “Este ano ele reclamou muito da falta dos títulos pedidos pelo co-

légio. Foi preciso comprar tudo sob encomenda e os livros só chegaram dez dias depois do prazo definido pela loja”, reclama. Embora o atraso não tenha afeta-do o início do ano letivo da filha, Edna demonstra bastante insatisfação com o serviço da loja e das edi-toras. “Acho uma falta de respeito”, completa.

Para a alegria de alguns pais e tristeza de alguns papeleiros, nem todos os colégios incluem os livros didáticos na lista de mate-rial das crianças. Buscando adotar um conteúdo exclu-sivo e com mais praticidade, muitas escolas adotam o sistema de apostilas. É o caso de César, de 11 anos, filho de Lívia Costa Saleme. A mãe conta que apoia a op-ção do colégio em abolir os didáticos. “Acho bem mais prático porque nós não pre-cisamos nos preocupar com aquele monte de livros”.

A qualidade dos produ-tos adquiridos também é alvo de reclamações. Edna reclama da baixa resistência da mochila comprada para sua filha, Eduarda. “Paguei

caro no produto e, depois de quase três meses de uso, percebi que é de baixa qua-lidade. Nessa fase, a crian-ça carrega muitos livros e cadernos no mesmo dia e a mochila não está aguentan-do”, explica. Ela conta que a costura da mochila já está visível e que entrou em con-tato com a empresa. “Enviei um e-mail para o fabricante e estou aguardando a res-posta”, completa.

Milene Patrão diz tam-bém já ter sofrido desse problema por alguns anos com o material do filho. “Sempre comprava para ele produtos com personagens como, por exemplo, um lápis do Ben 10, mas eram todos uma porcaria. Depois ele mesmo falava que o lá-pis não apontava direito”, conta. Este ano, mãe e filho concordaram em deixar os licenciamentos de lado e optaram por cadernos mais simples. “Comprei tudo co-mum, menos a mochila, que foi do Homem-Aranha.”

Dentre os licenciamen-tos citados como preferidos da criançada em 2012 estão Capricho, Hannah Montana,

Louise Marques pesquisou e encontrou no atacado o melhor preço para o material de Camille. Esse ano, os pais de Níccolas deixaram de lado os produtos licenciados e apostaram na simplicidade em busca de mais qualidade e de preços mais baratos

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33abril de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

+ NA INTERNETVeja no nosso site mais depoimentos de lojistas sobre a volta às aulas 2012.

Barbie, Ben 10, Jolie, Smur-fs, Justin Bieber e Homem-Aranha, porém alguns pais preferem priorizar o bolso ao invés das vontades dos filhos. É o caso de Simone que, com duas filhas, pre-cisa saber economizar. “As meninas até tentam esco-lher todo o material delas, mas sou eu que controlo. Assim as compras saem mais em conta”, diz.

Variação de preço e de opinião

Não é nenhum segredo que a variação do preço do material escolar é imensa no Brasil. Este ano, pesquisas do Procon por todo o país apontaram diferenças con-sideráveis, como de 260% no valor de um caderno em São Paulo e de mais de 1.000% no preço de um apontador em Santa Catarina, por exemplo. A variação parece estar presente também na opinião dos consumidores finais que, na hora de ava-liar o valor total gasto com o volta às aulas, tiveram opiniões distintas.

Com quatro filhos em idade escolar, Daniela Pariz

não abre mão de comprar produtos de marcas tra-dicionais do mercado e, mesmo pagando um pouco mais caro, ela garante não ter sido surpreendida na hora de acertar as contas na papelaria. “Os gastos foram dentro do que eu esperava. Praticamente a mesma coisa do ano passado”, conta. Lí-via Saleme compartilha des-sa opinião e não observou grandes alterações no valor dos produtos comprados para seu filho, César. “Não considerei os produtos mui-to caros. Achei que estavam dentro do preço”.

Simone Ferreira já está acostumada com a elevação do valor do material escolar. Ela acredita que todo ano os produtos ficam um pouco mais caros, e em 2012 não foi diferente. Tentando fu-gir dos preços altos, Edna Piovesan já buscou na in-ternet uma solução, porém apesar do conforto e da fa-cilidade na hora de procurar os produtos, a web não foi uma opção vantajosa. “Os preços variam bastante nos sites, mas na maioria das vezes é cobrado frete, então

o valor final acaba sendo o mesmo”, explica.

Louise Nathalie também tentou evitar gastos elevados e consultou alguns lugares antes de fazer as compras. Encontrou no atacado os valores mais em conta, só que ainda considerou tudo muito caro. Milene Patrão também reclama dos preços e calcula ter gastado, aproximadamen-te, R$ 300,00 a mais com o material do filho, quando comparado ao ano passado. Mas nem isso tira o prazer da mãe em compartilhar esse momento com Nícco-las. “As compras animam as crianças. Elas querem mos-trar os produtos novos para todo mundo e é muito bom acompanhar esse entusiasmo, ainda mais porque ele desapa-rece logo no primeiro mês de aula”, brinca.

Edna diz que foi difícil encontrar os livros didáticos de Eduarda e reclama da demora das lojas e editoras para entregar as encomendas . Em comparação com o ano passado, Lívia Saleme não gastou muito mais com o material do filho César nesta volta às aulas.

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35abril de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Mesmo para quem trabalha em uma papelaria tradicional e conhecida na cidade, a atualização é importante, pois sempre vemos coisas novas.

PAULO CESAR TAVARES VIEIRA, CASA CRUZ

Fábio Nemer situações que já presenciou em seu dia a dia. “Às vezes, o cliente procura determinado produto e res-pondemos apenas que não temos, sem dar mais atenção a ele. Aprendi que isso não é correto”, afirma. A mesma palestra foi assistida por seis funcionários de diferentes lojas da rede.

Diferenciando-se do prin-cipal público que comparece ao evento, Eduardo Menezes, proprietário da loja de foto-grafi a Pense Foto, se interes-sou pelos temas abordados, mesmo sabendo que seu ramo não é o alvo das palestras. “Re-cebi o convite em 2011, mas não tinha disponibilidade. Este ano pude vir e achei que seria uma boa oportunidade, pois treinamento sobre ven-das é importante para todos os setores”, avalia.

Apesar de garantir que os planos para o futuro não têm relação com sua presença no Gerando Demanda, ele revela que pretende inserir produtos de papelaria na sua loja: “Não acredito que o mercado de fotografi a vá acabar, mas ele está em decadência. Penso em entrar no ramo de papelaria porque inclui produtos que não exigem conhecimento técnico. Além disso, pretendo ocupar o ‘buraco’ deixado

pela única papelaria que fi -cava próxima à minha loja e que mudou de endereço. Estou tranquilo em relação ao mercado porque conheço a dona e sei que a mudança envolveu questões pessoais e não de mercado”.

O evento foi aberto pela palestra do professor Me-negatti. Eduardo assistiu e aprovou: “Ele desmentiu a máxima que devemos atender os clientes como gostaríamos de ser tratados, explicando que cada pessoa é diferente e gosta de ser atendida de maneira diferente”, destaca o empresário.

Entre uma palestra e ou-tra, era servido um coffee break aos participantes, que também puderam conhecer as empresas que patroci-nam o Gerando Demanda pelo Conhecimento. Ivone Souza, gerente de vendas da Imex, destaca as vantagens de expor os produtos da empresa em um evento como este. “Aqui nosso objetivo é mostrar os benefícios de cada item para o balconista. Fazemos negócios com compradores, mas isso não adianta se quem vende não está preparado.”

Michel Moura, represen-tante de marketing da Mul-tilaser, concorda: “Aqui nós estamos mais próximos da-queles que vendem o nosso produto e que, no fim das contas, infl uenciam na decisão do consumidor fi nal”, aponta

o profi ssional, que vai acom-panhar a nova patrocinadora do projeto Brasil afora.

Outra empresa que estava lá pela primeira vez era a Plus Japan. Com artigos escolares e de escritório ecologica-mente corretos, a fabricante japonesa é representada, no Brasil, pela Chtech. O geren-te de vendas, Jun Imai conta que os produtos da marca estão presentes no mundo inteiro, e faltava apenas a América Latina. “O Brasil está em crescimento cons-tante e a equipe da Chtech nos mostrou como o público do Gerando Demanda tem aumentado. Nosso objetivo é ser líder no país”, revela.

Já para Michele Lisboa, promotora da Dello , o evento é uma forma de dar espaço ao produto que a companhia quer destacar. “Há vezes em que o repre-sentante chega na loja e o comprador logo solicita um item específico. Aqui temos a oportunidade de fazer com que eles conheçam outros artigos da marca”, analisa.

Este mês, o Gerando De-manda pelo Conhecimento vi-sita Recife (PE) e, até o fi nal do ano, passará por Manaus (AM), Belém (PA), Goiânia (GO), Cuiabá (MT), São Paulo (SP) e Curitiba (PR). A programação completa pode ser acessada no site www.ge-randodemanda.com.br.

+ NA INTERNET No nosso site, você pode ler mais depoimentos sobre o primeiro treinamento do Gerando Demanda pelo Conhecimento 2012.

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Mercado Global

Empresários aprovam 2ª edição da Paperworld Middle East

De seis a oito de março aconteceu em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a Paperworld Middle East, que tem como um dos objetivos aquecer o mercado de pa-pelaria do Oriente Médio. Neste ano, o evento reuniu 247 expositores, 22% a mais que em 2011, e muitos deles mostraram-se satisfeitos com os resultados obtidos. “A segunda edição de qualquer feira é sempre a mais difícil. Ela é a chave para consolidar o evento ou levá-lo ao fracas-so. Mas não há dúvidas de que nos encaixamos na pri-meira situação. A Paperworld Middle East foi um sucesso”, comemora Ahmed Pauwels, executivo da Messe Frank-furt, empresa responsável pela organização da feira.

Na sua primeira edição, realizada em 2011, o evento recebeu 203 expositores, entre eles a Lamy, companhia ale-mã de instrumentos de escri-ta. O êxito das negociações no último ano fez com que, em 2012, a empresa retornasse a Dubai. “A Paperworld Middle

East é sinônimo de oportuni-dade para quem deseja se es-tabelecer no Oriente Médio”, conta o gerente de exportação da Lamy, Karl Siegel.

Neste ano, a feira con-tou com expositores de 37 países, mas empresas locais não deixaram de marcar presença, como a Farook International, com sede nos Emirados Árabes Unidos. Seu presidente, Farook A. Rahimtulla, já faz planos para 2013. “Pretendemos dobrar nosso espaço de ex-posição”, revela.

A Paperworld Middle East também agradou quem ain-da não havia participado do evento. Pela primeira vez na feira, o francês T3L Group enxergou nela a chance de ingressar no Oriente Médio. “Queremos explorar essa região, e a Paperworld Middle East provou ser a melhor plataforma para o alcance dessa meta”, declarou o seu presidente, Yves Revenu, que, assim como Rahimtulla, pre-tende expor seus produtos novamente em 2013.

BIC VISA ÁFRICAE ORIENTE MÉDIOA BIC adquiriu um terreno na Tunísia para a construção de um espaço destinado à fabri-cação de material de escrita. De acordo com a empresa, a medi-da mostra o seu compromisso com o rápido crescimento do continente africano e do Orien-te Médio, pois, a partir dela, será possível atender com mais facilidade a demanda dos con-sumidores nesses locais.

AÇÃO DA INTERNATIONAL PAPER É RECONHECIDAA International Paper foi uma das empresas contempladas com o Cl imate Leadership Awards, prêmio que tem como intuito reconhecer o esforço das companhias que se em-penham em combater as mu-danças climáticas e a poluição. Durante a última década, a International Paper diminuiu em 40% as suas emissões de gases de efeito estufa, pro-venientes de combustíveis fósseis, prometendo reduzir outros 20% até 2020. O prêmio foi entregue durante o evento Climate Leadership Conference, realizado na Flórida, Estados Unidos, de 29 de fevereiro a primeiro de março.

FABERCASTELL EXPLORATERRITÓRIO RUSSOA Faber-Castell anunciou a abertura de um escritório na Rússia, em parceria com o Anadolu Group, da Turquia. A gigante alemã planeja um de-senvolvimento em longo prazo, assim como a expansão da marca em todas as regiões do país. O trabalho da empresa vai começar pelos grandes centros urbanos, como Moscou, São Petersburgo, entre outros.

Se o número de expositores em 2012 foi maior que em 2011, o mesmo não aconteceu com a visitação. Na segunda edição da feira, 5.536 pessoas circularam pelos pavilhões da Paperworld Middle East, contra 6.246 do ano passado.

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39abril de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Brinquedos para educarUm dos destaques entre os mais de 20 brinquedos lançados pela Car-lu na Abrin - Feira Brasileira de Brinquedos é a Casinha de Atividades. Destinada a crianças de 3 a 5 anos, este lançamento reúne quatro atividades – ábaco, formas geométricas, labirinto de sequência lógica e alinhavo – para a criança costurar com cadarço as estações do ano em um dos lados da casa. O conjunto estimula o desenvolvimento da percepção visual e motora das crianças, além da identificação de cores, formas, tamanhos e quantidades. Preço sugerido: R$ 217,05. Televendas: (45) 3055-7001

Proteção à tecnologiaPensando nos usuários do iPod Touch 4, a Macally lançou a FlexFitT4 para proteger o aparelho. Feita de TPU (um plásti-co rígido) o material oferece resistência a desgaste, gorduras e amortecimento nas quedas. A capa é transparente e flexível, dando acesso a todos os controles e conexões do equipamento. O acessório, que tem garantia de 12 meses, é acompanhado por um limpador destacável para a remoção de resíduos da tela. Preço sugerido: R$ 59,00. Televendas: (11) 5567-0070

Conectividade na mãoCom 8 mm de espessura e peso de 240 gramas, o Diamond PC é o novo tablet da Mul-tilaser. O lançamento tem tela LCD de 7” capacitiva (tecnologia sensível ao toque) e acesso à internet via Wi-Fi. O dispositivo foi equipado com processador de 1,5 Ghz,

sistema operacional Android 2.3, memória interna de 8GB e memória RAM de 512 MB. A novidade possui ainda câmera de 1.3MP. Para

facilitar sua conexão aos mais diversos acessórios, o equipamen-to conta com portas HDMI, USB 2.0, além de entradas para car-

tão de memória e fone de ouvido. Preço sugerido: R$ 599. Televendas: (11) 3616-8600

Estilo esporteDepois de desenvolver a linha de mochilas com licença Ultimate Fighting Championship (UFC) da organização mundial de artes mar-ciais mistas, a Xeryu´s lançou a licença em malas de viagem. São três opções de tamanho e duas de cor, todas com rodinha e alça retrátil. Preço sugerido: R$ 340,00, tamanho P; R$ 380,00, tamanho M; e R$ 410,00, tamanho G. Televendas: (11) 3323-3947

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