revista da papelaria 220
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Dezembro de 2015. Especializada no mercado de papelaria.TRANSCRIPT
ano XXII - dezembro/2015 - nº 220 - www.revistadapapelaria.com.br
Av. das Américas,5001/309Rio de Janeiro - RJCEP: 22631-004
Diferentes programas do cartão educação Diferentes programas do cartão educação são implantados pelo país, atendendo às são implantados pelo país, atendendo às necessidades tanto de governos como de necessidades tanto de governos como de
estudantes e do varejo do setorestudantes e do varejo do setor
Conquistanacional
Editorial ..............................................6
Circulando .......................................... 8
Artigo
Antônio Nogueira, Simpa-SP ..........14
Rubens Passos, Abfi ae .....................34
Varejo .................................................16
Bazar Arco-Íris
Tecnologia ........................................18
Comportamento do e-consumidor
Capa ....................................................22
Cartão Material Escolaravança no Brasil
Negócios ...........................................28
Grampeadores
Dicas para boa gestão financeira
Entrevista ..........................................32
Rodrigo Casagrande
Giro no mix ......................................36
Plataforma de design
Mercado .............................................38
Papel sulfite
Com a palavra, Sr. Luiz Gastaldo
Internacional ...................................42
Concurso de cartão bate recorde
Destaque........................................... 44
Representante ................................. 46
Francisca Ângelo, Perfil Representações
18
22
28
38
4 dezembro de 2015
Nesta edição
42
Ano XXII – DEZEMBRO/2015 – Nº 220ISSN 1516-2354
Direção-GeralJorge Vieira e Rosangela FeitosaJornalismoEdição: Rosangela FeitosaSubedição e redação: Rachel RosaRevisão: Laila Rejane [email protected]
ArteDireção: Claudio AlbuquerqueProgramação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra e Nathalia Rodrigues
PublicidadeDireção comercial: Jorge [email protected]
Atendimento Comercial em São PauloEricson Ortelan(11) 2978-8841 e (11) 99145-4181
Ivo Trevisan(11) 2099-4356 e (11) 98215-8322
Distribuição nacionalPapelarias, atacadistas, distribuidores, re-presentações e indústrias do setor e depar-tamento de compras de corporações.
Conselho editorialRegião Norte: Ana Ruth da Silva Valin (Li-near Representações) e Rosangela Cunha (Livraria Concorde) | Região Nordeste: Pau-lo Fernando de Lima Mahon (Mahon Repre-sentações) e Carlos Nascimento (Shopping do Estudante) | Região Centro-Oeste: Jorge Marcondes (Marcondes & Marcondes Re-presentações) e Wilson da Silva Oliveira (Pa-pelaria Grafitte) | Região Sudeste: Max Hen-
rique Couto Faria (Escolar Representações) e Alexandre Caiado (JLM Papelaria) | Região Sul: Ismael Boeira (IFG Representações) e Mauricio Rodrigues (Zuliza Papelaria)
Sede própriaAv. das Américas, 5001/309, Barra da TijucaRio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004Tel/fax: (21) [email protected]
RevistadaPapelaria
www.revistadapapelaria.com.br
Começamos o ano de 2015 ainda com a ressaca da concentração de
fatos históricos: a derrota por 7 a 1 na Copa do Mundo, os pane-
laços e a acirrada disputa presidencial. E, agora, fechamos o ano
impedidos. Seja pela lama da irresponsabilidade que ceifou vidas e histórias
em Mariana, seja pela disputa de poder entre executivo e legislativo. Haja
vigor para entrar em 2016 acreditando que o terminaremos muito melhor
do que começamos.
E sob este aspecto, você precisa saber que pode contar com a sua REVISTA
DA PAPELARIA. Apesar de toda conjuntura adversa, identificamos e divulga-
mos histórias e iniciativas de empresários que encontram alternativas e se
mantêm no mercado com sucesso e prosperidade. Não “tapamos o sol com
a peneira”, apenas decidimos “que o copo está meio cheio” e, desculpe mais
uma citação, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Se em algum
momento faltar inspiração para seguir adiante, pare, dê uma folheada na
revista e busque referências na história de outro varejista ou na promoção
de algum fornecedor, ou, ainda, em algum produto novo que você pode
testar em sua loja.
Veja a nossa matéria de capa da edição, por exemplo. A ideia do cartão
educação teve várias conquistas no último ano. Em São Paulo, o incansável
presidente do Simpa-SP, Antonio Martins Nogueira, está na expectativa
de ter já em 2016 várias cidades do estado implantando um plano-piloto
que servirá de modelo para todo São Paulo. As papelarias do Maranhão já
poderão atender à demanda dos alunos da rede pública de todo o estado.
Quer mais ânimo? Veja lá a história da Papelaria e Bazar Arco-Íris. Pas-
sou pela transição da gestão familiar, investiu em
infraestrutura de tecnologia, cresceu e até já fez im-
portações diretas.
Fico por aqui torcendo pelo seu sucesso. Mas nos
encontramos logo ali, num ano novinho para testar-
mos nossa capacidade de superação. Ótima leitura e
negócios para você.
Até aqui chegamos e muito além iremos!
Rosangela Feitosa [email protected]
Editorial
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o mercado todos os meses em seu endereço.Acesse e assine!
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Profi ssionalismo.
Prosperidade.
Perspicácia.
Potência.
Para você.
Circulando
8 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Jandaia participa da Comic ConPela primeira vez, Jandaia participa, em São Paulo/SP, da Co-
mic Con Experience 2015 em um estande próprio com diversos
produtos oficiais e licenciados da cultura pop, entre as mais
de 50 linhas, como Star Wars, Coca-Cola, DC Comics, Angry Birds, Street Fighter, O Pequeno Príncipe, entre outros. A
marca estará presente no evento com o objetivo de in-
teragir diretamente com o consumidor final através dos
personagens de sucesso mundial. “Contamos, atualmente,
com grande portfólio de produtos da cultura pop e nossa
intenção é que o público tenha uma experiência e intera-
ção diretas, por isso estamos planejando ações criativas no
estande. A Comic Con é uma oportunidade de estarmos
próximos ao cliente, estratégia adotada pela Jandaia a fim
de identificar gostos, costumes, estilo e comportamento de
cada tribo”, afirma Fabricio Pardo, gerente de marketing da
empresa. Presente no mercado há 59 anos, Jandaia, uma
das maiores fabricantes de cadernos e agendas do Brasil,
faz parte do Grupo Bignardi Papéis.
Cerca de 300 profissionais marcaram presença no Summit
de Comunicação – A Força da Mídia Impressa, promovido pelo
jornal Propmark, em São Paulo. O evento reuniu alguns dos
maiores nomes da propaganda e do marketing contemporâneos,
que reafirmaram o poder da mídia impressa para a atualidade.
Entre os destaques está a palestra de Sérgio Maria, diretor de
Parcerias Estratégicas do Google. “Não se constroem
marcas apenas com mídia digital”, diz o representante
da empresa com alicerce no meio digital.
O evento é uma oportunidade de tornar visíveis e conhecidas as várias e inovadoras possibilidades do impressoFabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP
Profissionais reforçam potencial da mídia impressa
Circulando
10 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
3M inaugura nova fábrica em Manaus/
AM, com 16 mil m² de área construída, o
dobro da anterior. O local, construído em
terreno de 260 mil m² para comportar o
crescimento da multinacional no estado nos
próximos anos, foi projetado com ênfase à
sustentabilidade – um dos pilares dos negó-
cios da empresa. Com investimento de US$
30 milhões, a proposta arquitetônica e a exe-
cução da obra foram pensadas de maneira a
reduzir os impactos ambientais e preservar
o entorno. A previsão é que, nos próximos
cinco anos, o número de funcionários salte
de 180 para 400. O plano também prevê o
incremento no portfólio de itens fabricados
no estado nos próximos anos.
“A unidade anterior, inaugurada em
2007, não comportava qualquer ampliação,
e a nova é considerada relevante dentro
do plano estratégico da empresa, pois está
em um polo em expansão”, explica Afonso
Chaguri, diretor-presidente da 3M Manaus.
As operações em Manaus representam 11%
do faturamento total da 3M.
3M inaugura nova fábrica no Amazonas
No Brasil, 95% do que é produzido no Amazonas é distribuído para todas as unidades da federação
Com catálogo dedicado à educação, ins-
trução e orientação de crianças, e a premissa
de educar brincando, o selo Bicho Esperto, da
Editora Rideel, publicou dicas para aproximar
as crianças dos livros. Segundo especialistas,
é fundamental que a criança desenvolva in-
timidade com o ritual da leitura antes mesmo
de conseguir ler sozinha, por meio de brin-
cadeiras com livros. A contação de história,
ou seja, a leitura, é uma oportunidade de o
leitor inserir ingredientes que estimulem a
imaginação da criança, como mudanças de
voz para caracterizar diferentes personagens
e sentimentos. A reprodução do som de ani-
mais e de características do ambiente onde se
Bicho Esperto ensina a aproximar crianças de livros
passa o conto também ajuda os pequenos a
entrar na atmosfera da história. Junto ao livro,
pode estar um caderno para desenho e lápis
de cor. Assim, as crianças fazem a represen-
tação daquilo que elas aprenderam durante
a contação, estimulando sua habilidade de
concretizar ideias abstratas. Quando a criança
aprender a escrever, é importante estimulá-
-la a criar notas de rodapé sobre algumas
percepções que teve da história ou mesmo
incentivá-la a dar sequência ao conto. Esses
exercícios de contextualização e criatividade
são dicas bem-vindas para expor na loja, de
modo a cativar o cliente de outras maneiras,
além do bom atendimento.
Circulando
12 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Moleskine no BrasilMarca de cadernos mundialmente famosa, Moleskine
chega ao Brasil e aproveita a Comic Con Experience 2015 para apresentar a linha de produtos lincenciados, entre os quais os lançamentos edição limitada: Batman e Star Wars. Além dessas linhas, a marca vai levar a coleção The Simp-sons. O caderno clássico se torna amarelo para celebrar os 25 anos da série. As edições limitadas The Hobbit e LEGO, que possui uma peça LEGO original incorporada às capas, causaram alvoroço entre os fãs. Moleskine levou, ainda, itens Coca-Cola para celebrar o 100° aniversário da famosa garrafa de vidro. Atualmente, Moleskine é distribuída no Brasil pela A.S Fun Gifts, dedicada à importação e distri-buição exclusiva de marcas mundialmente consagradas.
Epson, líder mundial em ima-
gem digital e impressão, lança
ColorWorks C7500G para im-
pressão de rótulos e etiquetas
adesivas. O produto conta
com a tecnologia Precision-
Core, exclusiva da empresa.
Os cartuchos possuem alta
capacidade, e a tinta pigmen-
tada possibilita a produção de
etiquetas com rápida secagem
e resistentes à água, manchas
e desbotamento, além da im-
pressão em diferentes tipos
de mídia, como papel glossy
(brilho) e sintético (polietileno).
“Com a ColorWorks, é possível produzir rótulos
coloridos com excelente qualidade e a um baixo custo
por etiqueta. Produz, em curto prazo, etiquetas perso-
nalizadas para uma variedade de aplicações, tais como
embalagens de produtos, alimentos, bebidas e rótulos
GHS”, afirma Sean Máximo, especialista de produtos da
Epson. Por apresentar a tecnologia de gotas de tamanho
variável (VSDT), a impressora controla o tamanho das
gotículas de tinta ejetada, garantindo resultados nítidos e
de alta qualidade. A resolução de 600 x 1200 dpi possibilita
reproduzir códigos de barras, imagens de pessoas e até
paisagens com maior nitidez e fidelidade.
Os mais ricos do Brasil
Em comemoração
ao 3º aniversário, a ver-
são brasileira da revista
Forbes – a mais con-
ceituada do mundo em
economia e negócios
– traz a tradicional lista
dos bilionários brasi-
leiros. São 160 nomes.
Saiba quem são os dez
primeiros e o ramo de
atuação.
1. Jorge Paulo Lemann
(R$ 83,70 bilhões): cer-
vejaria/investimentos
2. Joseph Safra (R$ 52,90
bilhões): setor bancário
3. Marcel Herrmann Tel-
les (R$ 42,26 bilhões):
cervejaria/investimentos
4. Carlos Alberto Sicupi-
ra (R$ 36,93 bilhões): cer-
vejaria/investimentos
5. João Roberto Mari-
nho (R$ 23,80 bilhões):
mídia
6. José Roberto Marinho
(R$ 23,80 bilhões): mídia
7. Roberto Irineu Mari-
nho (R$ 23,80 bilhões):
mídia
8. Eduardo Saverin (R$
17,53 bilhões): internet
9. Marcelo Bahia Ode-
brecht (R$ 13,10 bilhões):
construção/petroquí-
mica
10. Abílio dos Santos
Diniz (R$ 12,83 bilhões):
varejo
CuriosidadesNova etiquetadora oferece alta produtividade
Artigo
14 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Diante das exigên-
cias atuais, o mer-
cado é visto por
muitos empresá-
rios como uma verdadeira
selva. Com a crise, esse ce-
nário se mostra ainda mais
desafiador, e os lojistas pre-
cisam encontrar maneiras
de ultrapassar vários obstá-
culos. No entanto, a
primeira limitação a
ser superada é a ati-
tude negativa. O po-
sicionamento reco-
mendado deve ser de
um verdadeiro Curu-
pira. Isso mesmo!
Aquele ser lendário
do folclore brasileiro,
que tem como obri-
gação nada menos do
que defender matas e
florestas no Brasil. Quer ce-
nário mais desafiador?
Com cabelos vermelhos,
baixa estatura e pés voltados
para trás, enfrenta caça-
dores, lenhadores e outros
depredadores da natureza.
Suas únicas armas: rapidez,
barulho, como silvos e urros,
e imagens ilusórias. Os pés
invertidos servem para en-
ganar possíveis perseguido-
res. Enquanto o Curupira vai
Olhar em frente, sem andar para trás
Com criatividade e pequena dose de inovação, é possível se destacar da concorrência e driblar as limitações
para um lado, seus inimigos
seguem caminho contrário
por causa de suas pegadas.
Quando percebem, já estão
bastante longe de seu alvo.
A estratégia adotada pelo
Curupira, apesar de suas
limitações, pode servir de
exemplo para muitos empre-
endedores. Não é novidade
que a economia brasileira
passa por uma situação de-
sastrosa. No entanto, mesmo
com quadro tão negativo,
alguns empresários conse-
guem lucrar, gerar empre-
gos, se destacar. Um bom
exemplo é dado por Fabiani
Christine, proprietária da Dot
Paper – papelaria personali-
zada que deve faturar R$ 600
mil este ano. Localizada em
Brasília/DF, a loja concentra
sua atuação na internet. Em
2014, a empresa conseguiu
vender mais de 500 mil pro-
dutos, conforme reportagem
da Revista Pequenas Empre-
sas Grandes Negócios (da re-
dação: a Dot Paper também
foi tema da seção Varejo da
REVISTA DA PAPELARIA, ed. 219).
Quem tiver interesse em ler
a matéria completa
perceberá que Fabiani
tem em comum com
o Curupira a rapidez,
a criatividade e a sa-
gacidade. Enquanto
outros empresários só
têm olhos para a crise,
ela mira em frente,
divulga e cria
o desejo para
um nicho es-
pecífico de
consumidores e,
por fim, lucra. E o
melhor, tudo isso
embalado por um
sonho de infância.
Antônio Martins NogueiraPresidente do Simpa-SP (Sindicato do Comércio
Varejista de Material de Escritório e de Papelaria de São Paulo e Região) e diretor da Fecomércio-SP (Federação
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo)
Gestão profissional, cuidado familiarComeçando com apenas 40 m², Bazar Arco-Íris expande negócios e se transforma em referência na cidade
A cidade de Canela, no Rio Grande
do Sul, é um conhecido destino
turístico do estado. Foi lá que,
em 1997, Luiz Fernando e Salete
Wronski abriram o Arco-Íris Bazar e Pa-pelaria, uma pequena papelaria de 40 m².
No início, o portfólio apresentava apenas
material escolar e de escritório. Ainda no
mesmo ano, decidiram mudar a loja para
um local maior.
Desde então, a pequena empresa familiar
só aumentou. Em 2000, migraram para uma
loja com área bem mais ampla; em 2005, foi a
vez de abrir filial na cidade vizinha de Grama-
do; em 2011, inauguraram a terceira loja, dedi-
cada a materiais de escritório; e ainda contam
com depósito de três andares em Canela.
Um dos motivos que levou a empresa
familiar ao sucesso foi a incorporação de téc-
nicas profissionais. Essa transição coube às
filhas Tatiane, Fernanda e Talita, que aprimo-
raram a gestão das lojas. “A transição foi bem
A mudança para um software mais robusto de controle do estoque foi fundamental para o sucesso da Arco-Íris.
Varejo
16 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Outro ponto importante na evolução
da empresa foi o setor de importação. Em
2010, em uma conversa com empresários
da cidade, surgiu a ideia de uma viagem a
negócios para a China. Tatiane conta que a
ideia inicial era comprar malas, pensando
no público de turistas da cidade, mas outra
boa possibilidade surgiu, ligada a móveis:
banquetas. O sucesso foi tanto que hoje eles
já estão no quinto contêiner de produtos.
Para toda essa história de sucesso acon-
tecer, Tatiane aponta dois fatores funda-
mentais: persistência e atendimento. “Não
dá para desistir no primeiro tropeço, mesmo
com os muitos desafios envolvendo ques-
tões burocráticas. Outra coisa que nós temos
muita força é no nosso atendimento. Isso é
característico na cidade, seja na seleção dos
produtos ou em um agrado ao cliente. Acre-
dito que a persistência no bom atendimento
é o que nos fez crescer tanto”.
Em toda essa trajetória de expansão tam-
bém está a preocupação no mix. Na avalia-
ção de Tatiane, uma boa papelaria tem de ter
mix – sem ele, a probabilidade de compra
do cliente é menor. “Se tem só material de
escritório e volta às aulas, ela não sobrevive –
precisa de linha corporativa, de brinquedos,
de bazar. Em uma cidade pequena como a
nossa, precisamos de agregar mais produ-
tos – o turista aqui não compra um material
escolar, mas ele pode comprar um brinquedo
ou uma lembrança”, aponta.
complicada no início. Meus pais conhecem
muito bem o produto e sabem vendê-lo, mas
precisávamos de mais informações sobre
técnicas administrativas. Coisas que hoje
são simples, como não misturar cheque da
empresa com particular e instalar um setor
de RH para gerir o aumento de funcionários.
Nossa atuação foi no sentido de incorporar
essa gestão ao negócio, e foi um processo um
pouco longo”, conta Tatiane.
Nessa transição, de acordo com ela, a
mudança para um software mais robusto de
controle do estoque, em 2012, foi fundamen-
tal – afinal, não apenas a matriz aumentou
muito o tamanho, como duas outras filiais
surgiram. Para ela, o mais importante foi
envolver os colaboradores e acabar com a
prática do “olhômetro”.
Direto da RevendaNome: Arco-Íris Bazar e PapelariaLocalização: Rua Augusto Pestana, 301, Canela, RSFundação: 1997Número de funcionários: 16Região que abrange: Canela e GramadoÁrea: 240 m²Serviços oferecidos: varejo de material escolar, presentes, brinquedos, material escritório e móveis para escritório O que a vitrine precisa ter: os principais produtos do momento, lançamentos e não ser poluídaPrincipais fornecedores: Tilibra e Faber-CastellPara saber mais: www.bazararcoiris.com.br
Revista da Papelaria 17dezembro de 2015
18 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Tecnologia
Levantamento realizado pelo Ibope
Conecta com 1.012 internau-
tas em todo o país com-
provam que o brasileiro
está bastante familiarizado
com as compras on-line. No
entanto, a questão da segu-
rança ainda é problema, pois
56% dos entrevistados con-
sideram que o item impede
a conclusão da compra. Em
seguida, os fatores que fazem
o cliente desistir da aquisição
é o tempo de espera do pro-
duto, com 22% dos respon-
dentes; em terceiro lugar,
as opções de pagamento,
com 15% das respostas; e,
por último, o formulário
para preenchimento das in-
formações pessoais.
Entrega e devolução de produtos
são preocupações latentes do e-consumidor, sobre-
tudo em determinadas categorias que requerem troca, como
vestuário. “O consumidor de hoje está muito mais exigente,
tanto no que diz respeito à segurança quanto à conveniência.
Se o prazo de entrega excede suas expectativas, afeta nega-
tivamente sua percepção. Isso também acontece quando
a experiência no momento da compra não é satisfatória”,
analisa Marcelo Theodoro, diretor sênior e responsável
pela área de Produtos Digitais da MasterCard para o Brasil
e Cone Sul.
Pesquisa Ibope Conecta revela o comportamento e a experiência do consumidor no e-commerce brasileiro
E-consumidor exigente
Na percepção dos consumidores, alguns
atributos oferecem mais segurança para que
eles forneçam seus dados pessoais no mo-
mento do pagamento de uma compra virtual:
certificações de segurança, como selo e-bit,
cadeado de segurança, entre outros, em
primeiro lugar; a credibilidade do estabeleci-
mento, em segundo; e, em terceiro, as marcas
das bandeiras de cartão e/ou carteiras digitais
para pagamento.
“No Brasil, apenas alguns grandes grupos
dominam o e-commerce. Essas empresas
foram as primeiras a estabelecerem credi-
bilidade junto ao consumidor, promovem a
melhor experiência em relação à usabilidade
e possuem preços mais competitivos devido
à escala. Isso explica, em parte, os resultados
da pesquisa que colocam a credibilidade
do estabelecimento comercial como fator
importante no quesito segurança entre os
consumidores brasileiros”, pondera Marcelo.
Categorias de produtosOs eletrônicos lideram entre as categorias
mais adquiridas no meio on-line, com 77%.
Em segundo lugar, vestuário, com 64%; ele-
trodomésticos, com 60%; cosméticos, 43%;
viagem e turismo, 35%; e brinquedos, 34%.
Apenas 27% da classe C consome turismo,
percentual que revela potencial de consumo
no Brasil quando comparado às classes A/B.
Em relação à frequência de compra, 38%
afirmam comprar uma vez por mês, 21%
compram uma vez a cada dois meses, 9%
compram uma vez por semana, 8% com-
pram de duas a três vezes por semana e 24%
compram menos do que a frequência citada.
Dispositivos de compraO notebook é o principal dispositivo para
o e-commerce, com 69% da preferência,
seguido de desktop com 52% e smartphone,
29%. Os tablets representam 12% do uso. Os
mais jovens são os que mais preferem com-
prar pelo smartphone, com 42%. “O volume
maior em relação aos notebooks é justi-
20 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Tecnologia
ficado, principalmente, pelo aumento de
vendas registradas, nos últimos anos, desses
dispositivos em comparação aos desktops.
No entanto, a tendência de crescimento está
nos smartphones, que crescem em ritmo
ainda mais acelerado e estão presentes nas
mãos de quase todos os brasileiros”, analisa
Marcelo Theodoro.
Importância do e-commerceEm relação às facilidades das compras,
os consumidores da grande rede apontam
oportunidades e promoções como aspecto
muito importante (em uma escala de muito
importante para nada importante). Outros
itens foram apontados, como facilidade na
busca de preços e produtos específicos, con-
veniência – não precisar sair de casa para
comprar e receber o produto –, rapidez na
finalização da compra, facilidade e flexibili-
dade no pagamento, além de diversidade de
produtos e marcas.
Atualmente, o consumidor é o protagonis-
ta e escolhe em qual canal vai comprar, mas
ele reconhece no e-commerce as facilidades
de poupar tempo, sem a necessidade de ter
que se deslocar a um ponto de venda físico.
Por isso, o desafio do varejo on-line é pro-
porcionar a melhor experiência de compra
possível, agregada com fatores de segurança,
de acordo com o executivo da MasterCard.
Em relação aos meios de pagamentos
utilizados, 80% indicam o cartão de crédi-
to (preferência maior na Região Sudeste e
menor no Sul do país), 77%, boleto bancário
e 44% efetuam as compras no e-commerce
utilizando meios on-line de pagamento
(carteiras digitais como PagSeguro, PayPal,
MercadoPago e Masterpass). “A faixa etária
que mais utiliza essa forma de pagamento
são os jovens entre 18 e 34 anos porque, ge-
ralmente, são consumidores mais receptivos
às novas tecnologias e ao consumo omni-
canal. As carteiras digitais são tendência
global em meios de pagamento, sobretudo
pelos atributos de segurança, conveniência
e facilidade”, avalia Marcelo Theodoro.
Quando perguntado sobre quantos pro-
dutos o cliente compra por vez – ou seja,
qual média de produtos ele coloca no car-
rinho de compras –, 26% colocam apenas
um produto, 23%, dois produtos, 12%, três
produtos e apenas 5% costumam comprar
acima de três produtos por vez.
O consumidor é o protagonistae escolhe em qual canal vai comprar,mas ele reconhece no e-commerce as facilidades de poupar tempo.
Xalingo aposta em plataforma virtualA proposta é tornar o aprendizado da criança mais prazeroso
A fabricante de brinquedos Xalingo apresenta o espaço
virtual Conexão Xalingo, com foco em pais e educadores.
De acordo com a empresa, a plataforma é direcionada a
todos aqueles que se dedicam, em casa ou profissional-
mente, à busca de formas inovadoras, diferenciadas e
interessantes de ensinar, que tornem a relação da criança
com o aprendizado um momento mais prazeroso. A
ferramenta aposta no visual moderno e conta com as
seguintes categorias: Atividades, Inovação, Inspira-
ções, Participe e Na Prática, com destaque para esta
última. Nela, são reunidos bons exemplos, textos e
ideias sugeridos pelos leitores e também por esco-
las parceiras. Os interessados podem compartilhar
experiências com crianças e atividades educativas
feitas em casa ou na escola por meio da página www.
xalingo.com.br/conexao/participe/.
Conexão Xalingo é um espaço para interação, com belos exemplos de atividades educativas elaboradas por famílias ou escolasTamára Campos, gerente de marketing
Capa
22 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
RIO DE JANEIRONo Rio de Janeiro,
indicação legislativa tramita na Câmara de
Vereadores da capital, ainda
sem previsão de votação.
AMAZONASO setor de papelaria do Amazonas aguarda a implementação do Cartão Material Escolar. O projeto é discutido há alguns meses entre entidades e lideranças em Manaus, o que não deixa de ser um sinal positivo para os defensores da causa.
MATO GROSSO DO SULEm Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, há projeto de lei que autoriza a criação do Cartão Material Escolar.
RIO GRANDE DO SULEm Porto Alegre, a proposta estava em discussão desde o ano passado, houve reuniões com a Secretaria de Educação, mas o ritmo não está como o segmento papeleiro gostaria.
DISTRITO FEDERALEm meio a reviravoltas no GDF, o repasse foi adiado para 2016, com redução signifi cativa no valor para a compra dos produtos. Após orçamento de materiais indispensáveis, a cifra é de R$ 80.
MARANHÃOO estado consagra-se
como o primeiro a aderir por completo ao CME.
1,5 milhão de estudantes recebem o benefício a
partir de 2016.
PERNAMBUCORecife continua
em fase de estudo e apresentação de informações para
implementação do cartão.
SÃO PAULOAlém das cidades que já adotam o modelo, a
expectativa é grande para realizar, no próximo ano
letivo, o projeto-piloto em 11 cidades do interior, que servirão como base para a
aplicação em todo o Estado de São Paulo.
ESPÍRITO SANTONo Espírito Santo, a
cidade de Serra adota o cartão educação.
Cartão para um Brasil melhor
Revista da Papelaria 23dezembro de 2015
Os avanços do Cartão Material Escolar demonstram que a adesão em todo o Brasil
é mera questão de tempo
A lista de papelarias maranhenses habilitadas será divulgada até 31 de dezembro, e o primeiro repasse às famílias será a partir de 10 de janeiro de 2016.
TEXTO: RACHEL ROSA
Esta matéria começa
com uma excelen-
te notícia para um
assunto muito dis-
cutido no setor de papelaria.
Maranhão acaba de adotar
o Cartão Material Escolar
(CME), também chamado
cartão educação, para estu-
dantes de quatro a 17 anos
da rede pública de ensino.
A região instaurou o cartão
por meio do programa Mais
Bolsa Família – Bolsa Escola
para repassar o valor de R$ 46
aos alunos de forma que, eles
mesmos ou os pais, possam
adquirir o material, em subs-
tituição aos kits escolares.
A partir da adoção do mo-
delo – promessa de campa-
nha do atual governador Flá-
vio Dino – o governo mara-
nhense destinará quase R$ 100
milhões em recursos para a
compra de material escolar. A
iniciativa atenderá 1,5 milhão
de alunos e fará a transferên-
cia de subsídio equivalente a
uma parcela mensal do re-
passe realizado pelo governo
federal às famílias cadastradas
no programa Bolsa Família.
Serão 217 municípios da re-
gião beneficiados diretamente
no início do ano letivo.
“Esse é um passo muito
importante porque é um es-
tado que precisa investir em
educação, pois tem índice
de desenvolvimento social
baixo. É fundamental o apoio
à educação, assim como o
avanço da ideia em nível
Brasil. Maranhão consagra-
-se como o primeiro estado a
aderir por completo. Esse foi
mais um momento signifi-
cativo rumo à consolidação”,
afirma Ricardo Carrijo, dire-
tor de relações institucionais
da Abfiae (Associação Brasi-
leira de Fabricantes e Impor-
tadores de Artigos Escolares).
Durante solenidade para
a abertura do processo de
credenciamento de esta-
belecimentos interessados
em vender os produtos do
programa, o secretário de
Estado de Desenvolvimento
Social, Neto Evangelista, des-
tacou a importância da pro-
posta para o fortalecimento
econômico dos municípios
maranhenses e o alcance
social da ação, que tem como
principal objetivo promo-
ver a dignidade de crianças
e adolescentes matricula-
dos em escolas públicas do
Maranhão. De acordo com
informações do programa, a
lista de papelarias habilitadas
será divulgada até 31 de de-
zembro, e o primeiro repasse
às famílias será a partir de 10
de janeiro de 2016.
A caminhada é longa,
mas, seguindo adiante, passo
a passo, a iniciativa cresce
no país. Afinal, um progra-
ma com tantas vantagens
não deveria demorar para
ser adotado em larga escala.
Há incremento no comércio
local, geração de empregos,
aumento na arrecadação
e também na autoestima
do estudante ao comprar
o material de seu agrado.
Isso sem falar no fortaleci-
mento da cadeia produtiva
do segmento papeleiro. Por
outro lado, evita fraudes em
licitações, atraso na entrega
e distribuição de material de
baixa qualidade.
Capa
24 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Fato é que, em algum
momento, o país todo poderá
usufruir da oportunidade.
Prova disso é o projeto de
lei de iniciativa da senadora
Lúcia Vânia, PLS 122/2013,
que encontra-se em tra-
mitação. Até o fechamento
desta edição, a informação
sobre a atividade legislativa
no Senado Federal apontou,
em 25/8/2015, que o proces-
so está aguardando desig-
nação do relator. A ementa
dispõe sobre a transferência
direta de recursos aos bene-
ficiários do Programa Bolsa
Família em âmbito nacional
para aquisição de material
escolar.
“Acredito que (a adesão
em todo o país) é só uma
questão de tempo. A ideia
surgiu há poucos anos e se
fortaleceu porque é extrema-
mente favorável. Só enxerga-
mos pontos positivos nessa
iniciativa”, afirma o repre-
sentante da Abfiae e grande
incentivador da proposta.
Surpresa em São Paulo
São Paulo é uma clara
prova do esforço de en-
tidades e associações em
prol do benefício. Unidas
na iniciativa estão a Abigraf (Associação Brasileira da
Indústria Gráfica), a Adispa (Associação dos Distribui-
dores de Papelaria), a Abfiae
(Associação Brasileira de Fa-
bricantes e Importadores de
Artigos Escolares), o Simpa--SP (Sindicato do Comércio
Varejista de Material de Escri-
tório e Papelaria de São Paulo
e Região) e a Fecomércio-SP (Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do
Estado de São Paulo).
Mais de dez cidades já uti-
lizam o modelo proposto pela
Federação das Associações
Comerciais do Estado de
São Paulo (Facesp), o cartão
ACCredito Educação, aceito
somente em papelarias. “Na
verdade, nós criamos um
programa de fomento às
economia locais”, disse Ro-
naldo Abreu, coordenador de
produtos da Facesp, em en-
trevista à REVISTA DA PAPELARIA.
União dos empresários faz diferença
A implementação do Cartão Material Escolar pode ganhar força
com o apoio dos empresários de papelaria. Diversas iniciativas
nos munícipios começaram por meio do empenho dos
papeleiros. A recomendação é procurar a associação comercial
da cidade, que são os locais de onde as ideias podem partir. As
associações interagem com as papelarias para definir o formato
do projeto, que varia de local para local, e apresentam às prefeituras. A partir
daí, o trabalho passa a ter maior cunho político.
Em São Paulo, a expectativa é concretizar o projeto-
piloto para 240 mil alunos de 11 cidades do interior,
que servirão de base para a aplicação em todo o estado.
Antônio Nogueira,
presidente do Simpa-SP, realiza
constantes reuniões com o governo de
São Paulo para fechar os últimos
detalhes do projeto-piloto
em 11 cidades do interior.
Revista da Papelaria 25dezembro de 2015
Em 2015, impulsionados
pelo sucesso em esfera muni-
cipal, dirigentes das entidades
à frente da proposta de uni-
versalização do CME manti-
veram contato com o governo
paulista com a ideia de levar o
cartão aos 4,2 milhões de alu-
nos da rede pública estadual.
A intenção, no momento, é
realizar projeto-piloto em 11
municípios, com envolvi-
mento de 240 mil alunos.
“Fizemos pesquisa em 11
cidades do interior, estamos
com elementos prontos para
apresentar, a parte jurídica
está equacionada, a legislação
e uma série de providências
estão tomadas. Bastava fechar
tudo para não ter problemas
no início do ano letivo. Mas
está impossível tratar isso em
decorrência de toda situação
atual”, comenta o presidente
do Simpa-SP, Antônio No-
gueira, sobre a reorganiza-
ção escolar proposta pelo
governo paulista, que prevê
ciclo único nas escolas e o
fechamento de 93 unidades
de ensino, e causou muitos
protestos por partes dos es-
tudantes. Em virtude disso,
reuniões marcadas foram
adiadas e não retomadas até
o fechamento desta edição.
“Toda a prioridade está em
mostrar que esse programa
experimental é benéfico e
que pode ser aplicado a partir
do ano que vem. O problema
é a situação polêmica viven-
ciada. Estamos na expectati-
va para a reunião”, acrescenta
Nogueira. Com a aprovação
e aplicação do projeto-piloto,
a ideia é avançar a conquista
para o estado – e São Paulo
pode ser capaz de dar a força
necessária para a ampliação
nos quatro cantos do Brasil.
Minas no mapa do cartão
Com intuito de orientar
as prefeituras de Minas Ge-
rais em como proceder para
implementar a proposta de
fornecer o cartão, a Sede (Se-
cretaria de Estado de Desen-
volvimento de Econômico
de Minas Gerais), por meio
do Fopemimpe (Fórum Per-
manente Mineiro das Micro e
Empresas de Pequeno Porte),
em parceria com o Sebrae--MG (Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas
Empresas) e a AMM (Associa-
ção Mineira de Municípios)
lançou cartilha denominada
Auxílio-Educação.
“A cartilha é bem didática
e facilita a disseminação da
ideia e o processo de intro-
dução. Algumas cidades,
como Uberaba e Goianá,
Minas Gerais lança cartilha para disseminar a ideia e o processo de introdução ao Cartão Material Escolar
Com intuito de orientar as prefeituras de Minas Gerais para implementar o cartão, Fopemimpe lançou a cartilha, em parceria com SebraE-MG e AMM.
Para o vice-presidente da CDL/BH, Marco Antônio Gaspar, o CME tem tudo pra dar certo em Minas Gerais.
Capa
26 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
persistência, por mudar pa-
radigmas, mas ele acredita no
sucesso da empreitada.
Ainda não há estimativa
de quantos alunos e dos va-
lores que seriam investidos,
tendo em vista que Minas Ge-
rais possui 853 municípios,
cada um com características
peculiares.
Adiamento em Brasília
O governo do Distrito Fe-
deral adiou, para 2016, o pa-
gamento do Cartão Material
Escolar. De acordo com o
secretário de educação, Júlio
Gregório, os R$ 10 milhões
reservados para o programa
social foram repassados aos
diretores das escolas por meio
do Pdaf (Programa de Des-
centralização Administrativa
e Financeira) para a aquisição
de materiais básicos.
No início, em 2013, o Car-
tão Material Escolar oferecia
R$ 323 por aluno do 1º ao 5º
ano, R$ 228 por aluno do 6º
ao 9º ano e R$ 202 para alu-
nos do ensino médio no DF.
Em 2014, o cartão foi carre-
gado com R$ 226 para todas
as séries, valor equivalente a
um terço do salário mínimo
no ano anterior. Mantida a
fórmula, o benefício em 2015
seria de R$ 241. Sem caixa
para arcar com esse valor,
As entidades envolvidas na implantação do Cartão Material Escolar vêm atuando junto aos governos das três esferas para demonstrar a eficácia dessa alternativa aos kits escolares.
fizeram núcleo de estudos
para poder elaborar o proje-
to”, comenta Ricardo Carrijo,
que acompanha cada etapa
de evolução do CME nas ci-
dades brasileiras.
De acordo com o vice-
-presidente da CDL/BH (Câ-
mara dos Dirigentes Lojistas
de Belo Horizonte), Marco
Antônio Gaspar, o Cartão Ma-
terial Escolar representa novo
fôlego para o comércio local
e a iniciativa tem tudo para
dar certo em Minas Gerais. O
presidente da AMM, Antônio
Júlio, exaltou a importância
de repensar processos e fa-
zer mudanças. Além disso,
alertou que o projeto exige
Ricardo Carrijo, diretor da
Abfi ae e grande incentivador do
CME, acredita que a adesão
nacional é apenas questão
de tempo.
Cartão ACCredito Educação,
modelo proposto pela
Facesp, é aplicado em mais de dez cidades no
estado de São Paulo.
o GDF fez orçamento dos
“materiais indispensáveis”
e chegou à cifra de R$ 80,
que foi estabelecida como
parâmetro.
Lei sancionada pelo go-
vernador Rodrigo Rollemberg
prevê valor anual de R$ 80 até
R$ 242 por aluno. O texto não
determina origem específica
para os recursos, mas diz que
o auxílio deve ser prestado
pela Secretaria de Educação,
que fica autorizada a fazer par-
cerias com outras entidades
para garantir a verba. O cartão
educação em Brasília era um
dos casos de maior sucesso, no
entanto, o repasse foi reduzido
a um terço da proposta.
Em resumo, Carrijo ressal-
ta que as entidades envolvi-
das na implantação do Cartão
Material Escolar vêm atuando
junto aos governos das três
esferas para demonstrar a
eficácia dessa alternativa aos
kits escolares. “Normalmen-
te, a ideia é bem aceita pelos
gestores públicos. A maior
dificuldade é contornar os
obstáculos burocráticos para
sua implantação”, aponta.
Mesmo com alguns aspectos
não tão favoráveis, o progres-
so é nítido e, mais cedo ou
mais tarde, as papelarias vive-
rão mais um novo momento
de ótimos negócios ditados
pela temporada escolar.
Negócios
28 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Grampeador
Grampeador Alicate na linha Advanced,
possui capacidade para 150 e 200 grampos,
e tem duas funções, grampeamento
permanente e temporário.
Na linha Essentials, é
prático, vem com furo
para pendurar. A garantia
é de dois anos.
Grampeador Half Strip na linha Advanced,
os modelos de 100 e 140
grampos da Maped ofere-
cem compartilhamento com
duas barras de grampo e vêm com
sistema antiemperramento,
além de cinco anos de ga-
rantia. Permite as funções de
grampeamento permanente, grampeamento
temporário e tacheamento.
Universal A-17 muito conhecido e popular
no mercado, o modelo da Maped
é feito de plástico e metal, sendo
extremamente resistente, robus-
to e com dois anos de garantia.
Pode grampear até 25 folhas ao
mesmo tempo. É ideal para o
dia a dia doméstico.
Linha Greenlogic produzidos com plástico
100% reciclado, vai ao encontro
daqueles que prezam pela
sustentabilidade. Maped
oferece a linha nos seguintes
modelos: minigrampeador Half
Strip, Half & Full Strip, todos
com três anos de garantia.
Aos olhos do cliente, um gram-
peador pode se diferenciar so-
mente pela questão visual. Sendo
assim, a escolha se dá pelo que
mais agrada aos olhos. O resultado disso
é a diminuição da vida útil do produto ou
a frustração do consumidor, que pode ul-
trapassar a capacidade máxima de folhas a
serem grampeadas por vez, utilizar grampo
inadequado ou grampeador incompatível
com a função ou material.
Informação e bom atendimento nunca
são demais. Sendo assim, que tal ajudar na
compra do produto ideal? Atualmente utiliza-
do em trabalhos domésticos ou profissionais,
o grampeador foi criado para agrupar folhas
de papel e papelão por meio de um pedaço de
arame e evoluiu muito nas últimas décadas,
tornando-se ferramenta de trabalho até para
quem lida com plástico, tecido e madeira.
Há um bom número de modelos dispo-
níveis no mercado, com funções e carac-
terísticas específicas. Vale perguntar a real
necessidade do comprador para oferecer o
produto adequado e, com isso, prestar serviço
de excelência – algo que vai muito além da
simples venda e que é capaz de fidelizar o
usuário. Veja, a seguir, destaques entre os 24
modelos da marca TRIS, da Summit, e os 21
da Maped.
ideal
Revista da Papelaria 29dezembro de 2015
Os detalhes podem fazer diferença na satisfação do consumidor
Heavy Duty modelos da TRIS,
são indicados para grampear
grande quantidade de folhas – de
50 a 240. Bastante usado em
escritórios, possui corpo
e estrutura metálicos e
guia reguladora de pro-
fundidade para o papel.
Linha Pop Office os produtos
são coloridos, grampeiam até
20 folhas e são para quem tem
estilo. TRIS garante a durabili-
dade dos itens, com abertura
180º para facilitar o abasteci-
mento de grampos.
T945S o modelo clássico da
TRIS vem, agora, em car-
tela. Adequado para uso
doméstico ou profissional,
possui corpo metálico
na cor preta e acaba-
mento de qualidade.
Linha Select novi-
dade na TRIS, a li-
nha é composta por
quatro modelos: T513,
T570, T571 e T572. So-
fisticados, possuem
conector em metal,
base com borracha
antiderrapante e a abertura 180° para faci-
litar reposição dos grampos. A estrutura é
reforçada para garantir maior durabilidade
e conforto no uso.
Nada de gramposDesenvolvido no Japão, o grampeador Paper Clin-
ch, da marca Plus Japan, está sempre pronto para
uso, pois não precisa de grampos – faz sistema
exclusivo de entrelaçamento das folhas. Produto
inovador e com apelo sustentável, é seguro para
crianças e facilita o descarte e a reciclagem. Gram-
peia até cinco folhas e, além de escolas, escritórios
e casas, é utilizado no mercado de artesanato em
virtude do acabamento diferenciado. Comerciali-
zado em várias partes do mundo,
ganhou, em 2013, prêmio de
design de produtos, o Red Dot
Award. No Brasil,
a empresa CHTe-
ch é a responsável por
fornecê-lo.
Criado para agrupar folhas de papel e papelão por meio de um pedaço de arame, o grampeador evoluiu muito, tornando-se ferramenta de trabalho até para quem lida com plástico, tecido e madeira.
Negócios
30 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
LIVRO Varejo e Brasil: Reflexões
EstratégicasA obra de Alberto Serrentino analisa o comportamento do mercado varejista na-cional nas últimas duas décadas, com intuito de ajudar empresas a pensar estrategicamente de ma-neira simples em ambiente complexo.
EVENTO Paperworld 2016
A maior feira de papelaria do mundo realiza a próxima edição de 30/01 a 2/2/2016, na Alemanha. Desta vez, a tradicional plataforma para tendências, novidades e ino-vações traz o tema ”O coração do negócio”. Ingressos em paperworld.messefrankfurt.com/tickets.
SITE Agbook.com.br
A plataforma de autopubli-cação e impressão sob de-manda da AlphaGraphics permite que escritores editem e publiquem livros ao preço sugerido pelos próprios e sem tiragem mínima.
APLICATIVO
LoggiFundada em 2013, a platafor-ma on-line de entrega ex-pressa conecta o cliente dire-tamente com o motoboy por meio do computador ou do celular. A rede é formada por mais de 2 mil mensageiros.
AntenaPara você ficar ligadoO essencial
1. Realize um planejamento estratégico: O final do
ano é o momento ideal fazer o planejamento para
o ano que vem. Para isso, reflita sobre a direção da
empresa e defina três a cinco projetos que podem,
realmente, fazer a diferença na sua papelaria em 2016.
2. Faça planejamento financeiro anual: É importan-
te desenvolver um orçamento anual, que deve conter
as projeções de receitas e despesas mensais da empre-
sa. Se possível, inclua espaço para um fundo de caixa.
3. Tenha sistema integrado de gestão: É impor-
tantíssimo ter um bom software de gestão integrada
para ajudar a fazer o planejamento e tomar decisões.
Se ainda não tem um sistema implementado, esse
deveria ser um dos objetivos para os próximos meses.
4. Faça controle mensal: É importante verificar re-
gularmente os números da empresa.
5. Cuidado com a desorganização dos documentos: Processos gerenciais efetivos requerem organização
sistemática.
6. Administre seu fluxo de caixa: De novo, o me-
lhor jeito de fazer gestão eficiente de fluxo de caixa é
utilizar um software de gestão integrada.
7. Separe o orçamento pessoal do orçamento da empresa: Não fazê-lo é um dos erros mais comuns.
Se você tem o costume de misturar as coisas, resolva
essa questão o quanto antes. Isso é básico.
8. Evite gastos desnecessários com folha de pa-gamento: Reflita sobre a quantidade de funcio-
nários que é realmente necessária. As funções e
responsabilidades devem ser bem definidas.
9. Pense no futuro: O planejamento é fator im-
portante no crescimento da papelaria. Invista o
tempo necessário em fazer projeções e definir os
próximos passos.
Participantes do primeiro Congresso Na-
cional de Papelarias, Conapap, recebem,
constantemente, dicas valiosas para ajudar
a gerenciar a papelaria. Entre as diversas
informações compartilhadas por e-mail, o organi-
zador da iniciativa, Rogério de Andrade, compilou
itens que considera essenciais para a boa gestão
financeira. Acompanhe.
Entrevista
32 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Com base em um fato real, Rodrigo Casagrande, professor de pós-graduação do ISAE/FGV na disciplina de Liderança e Desenvolvimento de Equipes, aborda ponto fundamental no líder. O amparo emocional é capaz de gerar boa atmosfera de trabalho ou repercussão negativa, dependendo da abordagem. Veja a seguir.
Líder deve gerar esperança
Porém, quando estava indo
embora, alguém colocou o
corpo para fora de um carro
que passava e gritou: ¨Lar-
ry, você é um imbecil!¨. Ele
ficou obcecado com aquele
único encontro: “Quem
faria isso? Por que dizer
uma coisa daquelas?¨. Foi
como se os milhares de fãs
carinhosos que teve contato
naquela noite não existis-
sem mais. Considero esse
relato impressionante, pois
desnuda uma característica
presente em grande parte
das pessoas: a suscetibilida-
de à negatividade, beirando
o autoflagelo. Isso pode ser
muito perigoso.
Por qual motivo? Goleman discorre que
focar as coisas negativas ou
positivas funciona como
uma alavanca para determi-
narmos como o nosso cére-
bro opera, e isso tem relação
direta com a sensação de
bem-estar ou para o cami-
nho para uma depressão. O
fato é que, parafraseando Eça
de Queiros, ¨para criticar,
somos implacáveis¨, e isso
vale para a autocrítica. Além
disso, tenho a sensação de
TEXTO: GABRIEL CARRARA
Em sua opinião, o que é es-sencial para o líder?
Gerar esperança é um
ponto-chave para o sucesso
dos líderes. Me parece bas-
tante apropriado abordar
o excelente livro Foco, de
Daniel Goleman, que traz
situação vivenciada por
Larry David, criador das
séries de sucesso Seinfeld e
Curb Your Enthusiasm. Lar-
ry foi a um jogo no Yankee
Stadium. Quando houve
uma pausa, as câmeras
exibiram sua imagem nos
telões. Quase 50 mil pessoas
levantaram para aplaudi-lo.
Revista da Papelaria 33dezembro de 2015
que as pessoas estão cada vez
mais carentes, o que pode
gerar fragilidades e incapa-
cidade para administração
dos momentos de frustração.
No que isso se relaciona com o líder?
Essa abordagem é muito
significativa para enaltecer-
mos a importância dos líde-
res ressonantes, aqueles que
geram um prisma positivo
nas equipes. Isso porque,
como eu havia dito antes,
um dos papéis fundamen-
tais do líder é gerar esperan-
ça. A esperança causa mu-
danças positivas em nosso
cérebro e libera hormônios
geradores da sensação de
bem-estar, de acordo com
Richard Boyatzis, professor
da escola de administração
da Case Western.
O líder é capaz de influen-ciar o aspecto emocional da equipe?
O líder é o termostato
emocional da sua equipe. A
dois quilômetros de distân-
cia, a equipe já consegue
perceber o estado emocional
dele. Por conta disso, é preci-
so que o líder tenha consci-
ência da importância do am-
paro emocional que precisa
prover. Ao gerar esperança,
vai propiciar boa atmosfera
de trabalho. Por outro lado, é
preciso também reconhecer
o efeito devastador que suas
críticas poderão causar no
comportamento das pessoas,
dependendo da sua forma e
conteúdo.
É preciso que o líder tenha consciência da importância do amparo emocional que precisa prover. Ao gerar esperança, vai propiciar boa atmosfera de trabalho
Artigo
34 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
É lamentável obser-
var que o Brasil caiu
cinco posições no
ranking do Banco
Mundial (Bird) relativo à fa-
cilidade de fazer negócios, o
Doing Business 2016. Dentre
189 países, ocupamos o de-
sabonador 116º lugar, ante
111º na edição anterior. Esta-
mos na segunda divisão da
competitividade! Para fazer
o levantamento, os técnicos
do Banco Mundial avalia-
ram medidas tomadas pelos
países de junho de 2014 até
junho de 2015. Assim, não há
desculpas por parte das atuais
autoridades.
O relatório considera fa-
tores como a facilidade de
abrir empresas, obter crédito
e energia elétrica. Esses cri-
térios não são aleatórios, mas
utilizados pelo Bird como
referência exatamente por
seu impacto na competitivi-
dade das economias. Como
se vê, o Brasil está mesmo na
contramão desses preceitos
decisivos, pois tem excesso
de burocracia e insegurança
jurídica, dificultando o em-
preendedorismo; o dinheiro
para investimento está es-
casso e caro, com as taxas de
Estamos impedidos e nem podemos reclamar do bandeirinha
juros mais elevadas do mun-
do; e a eletricidade foi majo-
rada com exagero este ano.
Ou seja, estamos impedidos
no jogo da economia global
e nem podemos reclamar do
bandeirinha...
Não há mesmo como
questionar os critérios. Ao
contrário, se o relatório levas-
se em conta outros requisitos
importantes para atrair negó-
cios e a competitividade, pos-
sivelmente estaríamos em po-
sição ainda mais desfavorável.
Refiro-me à criminalidade,
que afugenta investimentos
e aumenta o custo dos em-
preendimentos, agravados
pelas estruturas de segurança
para proteger os negócios;
e à corrupção, que assusta
as grandes companhias, em
especial neste momento em
que compliance torna-se cada
vez mais palavra de ordem da
governança corporativa.
O mais grave é que, quan-
do surgem soluções viáveis
para alguns problemas, a re-
sistência é sempre grande na
área estatal. Exemplo disso
é o Cartão Material Escolar,
uma resposta transparente,
eficaz e moderna para as
frequentemente nebulosas
licitações realizadas por go-
vernos estaduais e prefeitu-
ras. Um modelo totalmente
aprovado nas unidades fede-
rativas que o adotaram.
O cartão permite que as
famílias comprem os mate-
riais escolares dos filhos, com
a escolha dos modelos sendo
feita pelos próprios alunos,
nas papelarias de sua cidade.
Sem burocracia, sem atraso
e sem fraudes nas concor-
rências. Pois bem, ao invés
da adoção ampla de soluções
como essas, o país segue pro-
duzindo manchetes policiais,
como no caso apurado pela
Operação Aleteia, na Bahia,
sobre a suposta criação de
empresas para fraudar as
licitações de mate-
rial escolar em todo
o estado. Enquanto
o Brasil menosprezar
a ética, a segurança
jurídica, a prevalência
das leis de mercado e
uma visão econômi-
ca contemporânea,
continuará despen-
cando nos rankings
de competitividade.
Rubens PassosPresidente-executivo da Abfiae (Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de
Artigos Escolares e de Escritório)
Rede de referência de vários players pelo mundo abrange todos os segmentos nos quais o design pode estar inserido
Um produto é ca-
paz de ampliar
sua funcionali-
dade ou cativar
somente pelo olhar depois
de passar pelas mãos de um
designer. Com intuito de
permitir acesso a oportuni-
dades de cooperação e ins-
piração, além de formação
de forte rede para a promo-
ção internacional do design,
iF, uma das mais renomadas
instituições internacionais
de design, lança o iF World
Design Guide. Trata-se de
guia com referências de em-
presas, escritórios, agências,
Interessados em garantir presença no guia, podem se inscrever pelo site www.ifworlddesignguide.com
Plataforma completade design
instituições e profissionais
de design de todo o mundo.
Entre as categorias dispo-
níveis estão organizações,
cidades, museus, desig-
ners freelancers, arquitetos
e estudantes de design. É
possível fazer a inscrição na
plataforma, que é virtual, e
pertencer à vitrine mundial
por período de um ano, com
possível renovação.
De acordo com Ralph
Wiegmann, CEO do iF na
Alemanha, a vantagem de
estar inserido nessa plata-
forma é a possibilidade de os
participantes estarem cerca-
Giro no mix
36 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
dos por design premiado nos
últimos 60 anos. “Somos a
única plataforma de design
que apresenta, aproxima-
damente, 100 mil produtos,
projetos e conceitos oriun-
dos de mais de 70 países. Nós
oferecemos o público-alvo
perfeito para cada um dos
diversos participantes da
plataforma, sejam eles em-
presas, agências, escritórios
de design e arquitetura, or-
ganizações de turismo, entre
outros”, ressalta o executivo.
Curitiba, capitaldo design
Curitiba/PR é a primeira
cidade do mundo a se ca-
dastrar na plataforma. Sob
a categoria “design cities”,
a capital paranaense tem
desenvolvido série de ativi-
dades voltadas à economia
criativa, com o propósito de
posicionar a cidade como
capital brasileira do design.
“Curitiba tem a visão de ser
acessível, plural, divertida
e cosmopolita, o que atrai
investimentos e talentos, es-
timula e empodera cidadãos,
inserindo o design thinking
no desenvolvimento de
uma economia verde, cria-
tiva, inovadora e próspera. É
um privilégio para a cidade
apresentar seu perfil em um
ambiente tão diverso, com
múltiplos exemplos de atua-
ção e interesses no mundo”,
diz o presidente do Instituto
de Pesquisa Planejamento
Urbano de Curitiba (IPPUC),
Sérgio Póvoa Pires.
Oferecemos o público alvo perfeito para cada um dos diversos participantes da plataformaRalph Wiegmann
Mercado
38 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Alguém duvida de que o papel está
presente nos momentos mais im-
portantes? O tradicional produto
acompanhou todo o desenvolvi-
mento da humanidade e, ainda hoje, está
ativamente presente no cotidiano. O papiro,
feito com tiras de uma planta existente nas
proximidades do Rio Nilo, e o pergaminho,
produzido com pele de animais, estimu-
laram a fabricação do papel, sendo que os
primeiros tiveram origem de uma mistura
de cascas e roupas umedecidas e trituradas.
Hoje, o papel é produzido a partir da ce-
lulose. Essa matéria-prima pode ser extraída
de qualquer árvore, mas o eucalipto foi esco-
lhido pela capacidade de crescimento – de
Papel para sempre
Atividade sustentável e certificada garante qualidade do papel sulfite
Teste realizado em laboratórios da IP nos EUA identificaram que Chamex apresenta 99,9% de não atolamento.
Linha Chamex engloba cinco produtos: Offi ce, Multi, Super, Colors e Eco, com gramaturas de 75 e 90 gramas, além do Chamequinho, voltado para o público infantil e educadores.
cinco a sete anos – e de adequação ao solo.
Dessa forma, o eucalipto tornou-se a solução
para o problema da degradação de florestas.
Durante a fabricação do papel, a maioria das
indústrias utiliza o reflorestamento como
diminuição dos impactos ambientais, a
exemplo da International Paper (IP), que
busca reduzir ao máximo o impacto no meio
ambiente.
“Todos os papéis produzidos pela IP são
fabricados a partir de plantações de eucalipto
100% renováveis. A produção é certificada
pelo Cerflor, sistema brasileiro de certificação
florestal, gerenciado pelo Inmetro e reconhe-
cido internacionalmente pelo Programme
for the Endorsement on Forest Certification
(PEFC)”, afirma Jefferson Leite, gerente geral
de vendas da empresa. Além disso, a IP conta
com o ISO 9001 em todas as fábricas, certifi-
cado que atesta a qualidade dos produtos da
companhia.
“As certificações também garantem que o
consumidor não está, simplesmente, com-
prando papel, mas cumprindo com uma
meta de preservação do meio ambiente, não
somente hoje, mas por muitas gerações”,
defende Jefferson. “Hoje, as embalagens de
todas as linhas Chamex são 100% reciclá-
veis. Procuramos sempre modernizá-las e
utilizar elementos atuais que demonstrem a
evolução da empresa e da preocupação com
a sustentabilidade“, acrescenta o gerente da
líder global em embalagens e papel.
Na Suzano Papel e Celulose, com exceção
do Suzano Report Reciclato, primeiro papel
reciclado produzido em escala industrial no
Brasil a partir de 75% de aparas pré-consumo
e 25% pós-consumo, todos os produtos uti-
lizam 100% de fibra de eucalipto. De acordo
com a empresa, a segunda maior produtora
de celulose de eucalipto do mundo e líder no
mercado de papel da América Latina, para
garantir boa performance de impressão,
o papel precisa ter boa qualidade de corte.
Produzida desde 1982, a linha Suzano
Report tem quatro famílias:
Premium, Colorido,
Reciclato e Senninha, que
tem 100% da renda obtida com
o licenciamento do produto
revertida para os programas
educacionais do Instituto Ayrton
Senna.
Suzano Report Reciclatoé o primeiro papel reciclado
produzido em escala industrial no Brasil
Isso porque bordas serrilhadas são uma das
maiores causas de atolamento na impressão.
Além do corte exato, a embalagem re-
sistente, que proteja o papel da umidade,
também exerce função importante para
evitar o atolamento. Entre os atributos que
os clientes buscam está a brancura do papel
e a opacidade – o que permite uma boa im-
pressão na frente e no verso da folha. Muitos
pensam no fim do papel, mas é improvável
que a tecnologia se sobreponha a esse pro-
duto tão essencial.
A Acrimet está no mer-
cado há mais de 43 anos,
tendo se tornado uma em-
presa sólida que trabalha
com seriedade e respeito ao
consumidor e ao revendedor.
Esse respeito ao mercado
difere a Acrimet das empre-
sas piratas, que enganam o
revendedor e o consumidor
com produtos de baixa quali-
dade, nos quais não gastaram
um centavo em desenvolvi-
mento, pois simplesmente os
copiam das empresas sérias.
O comprometimento da
Acrimet com a alta qualida-
de e originalidade de seus
produtos rendeu, durante
este ano, resultados muito
“O ano de 2015
tem sido di-
fícil e desa-
fiador para,
praticamente, todos os se-
tores da economia. A crise
política virou uma crise
econômica, e os indicadores
atuais vão mal. As empresas
lutam diariamente para não
realizar corte de pessoal e
seguir trabalhando. Isso é o
realismo.
A Acrimet vê este cenário
e segue trabalhando, acre-
ditando que o país é muito
mais forte do que qualquer
crise política, e que o mer-
cado vai se recuperar. Esse
é o otimismo.
Acrimet valoriza toda a cadeia de valor da qual faz parte, desde grandes distribuidores até o pequeno varejista. Essa fi losofi a de trabalho está presente em todos os mercados nos quais atua.
Mercado
40 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Em 1972, a força de um jovem engenheiro mecânico em busca de um futuro promissor deu início a uma das empresas mais importantes do segmento papeleiro no país – e fora dele. Com o apoio do pai, Luiz Carlos Gastaldo iniciou produção voltada para chapas acrílicas e pranchetas escolares e, logo depois, passou a investir em linha de produtos para escritório e display promocionais. Com a palavra, Sr. Luiz Gastaldo, trazendo à tona o bom desempenho da Acrimet, mesmo em um ano em que o Brasil seguiu sentido oposto ao crescimento.
Otimismo, pessimismo
ou realismo?
positivos no mercado ex-
terno. Em um momento em
que o mercado nacional está
desaquecido, os resultados
obtidos com nossas expor-
tações foram excelentes. Isso
é fruto, além da seriedade
com a qual a empresa trata o
mercado, de investimentos
feitos em exportação desde o
ano 2000, quando passamos
a atuar fortemente no mer-
cado externo. Atualmente,
a Acrimet exporta regular-
mente para mais de 30 paí-
ses, sendo líder de mercado
em muitos deles. A empresa
está atuante em todos os
países economicamente
ativos das três Américas, do
Canadá à Argentina.
O mercado interno ain-
da é o maior mercado, e a
empresa continua atuando
de forma consistente no
Brasil, com lançamentos de
novos produtos, campanhas
de vendas, treinamentos. A
Acrimet tem a maior e mais
completa linha de acessórios
de mesa, caixas para cor-
respondência, pranchetas,
organizadores, expositores,
quadros de aviso, uma com-
pleta linha de organizado-
res de chaves e a premiada
linha de material escolar.
Tudo desenvolvido interna-
mente, desde a pesquisa de
mercado para conhecer as
necessidades dos consumi-
dores, criação do produto,
projeto industrial, fabricação
dos moldes, estampas e dis-
positivos, desenvolvimento
das embalagens e peças pro-
mocionais para a apresenta-
ção do produto ao mercado.
Desde a fundação, em
1972, a Acrimet valoriza toda
a cadeia de valor da qual faz
parte, desde grandes distri-
buidores e atacadistas até o
pequeno varejista. Essa filo-
sofia de trabalho está presen-
te não só no Brasil, mas em
todos os mercados nos quais
a empresa atua.
A Acrimet acredita que
essa forma de trabalhar, alia-
da ao comprometimento
com a qualidade e origina-
lidade dos produtos, a levou
a uma posição de liderança
nos mercados em que atua.
E com realismo e muito oti-
mismo, a Acrimet continua
crescendo e se destacando
ainda mais”.
Acrimet exporta regularmente
para mais de 30 países, sendo líder
de mercado em muitos deles.
Entre as novidades da Acrimet, Porta-cartões de Visita, disponível nas cores cristal, fumê, azul clear, verde clear e preto, possui capacidade para até 100 cartões. Quadro Multiuso A5, A4 e A3, autoadesivo, é ideal para expor avisos e até fotografi as.
Revista da Papelaria 41dezembro de 2015
Recorde deInternacional
Revista da Papelaria
Os finalistas para o
concurso de de-
sign de cartões
de cumprimen-
tos, promovido durante a
Paperworld Frankfurt – cuja
próxima edição será reali-
zada de 30 de janeiro a 2 de
fevereiro –, estão definidos.
Desta vez, a iniciativa con-
tabilizou número recorde
de participantes. Dos mais
de 700 inscritos, dez con-
correm ao prêmio final em
dinheiro. Os juízes, todos
especialistas na área, ava-
liaram os projetos seguindo
Após 11 anos, concurso de design supera número de inscritos
critérios como habilidades
de artesanato, originalidade
da ideia, qualidade da apre-
sentação e design.
A exposição dos dez me-
lhores cartões, bem como
a cerimônia de premiação,
será realizada, pela primeira
vez, no recém-criado Centro
de Competência – Cartões de
Cumprimentos, localizado
no Hall 5.1. Os vencedores
serão decididos por meio
de voto dos visitantes pro-
fissionais presentes na feira
internacional de papelaria.
“O alto nível de participação,
tanto da Alemanha como de
outros lugares, mostra que
o interesse por essa com-
petição inovadora continua
inabalável. Mesmo depois de
mais de dez anos, ela pode
continuar a crescer”, diz Mat-
thias Hanfstingl, represen-
tante do AVG, responsável
por organizar o concurso.
cartões
42 dezembro de 2015
O concurso foi lançado em 2004, quando recebeu pouco mais de 100 inscrições
Estados Unidos na mira das gráficas brasileiras
Imprint Brasil é o projeto de exportação da Abigraf em parceria com a Apex-Brasil para fortalecer as empresas em âmbito internacional.
Imprint Brasil, projeto de apoio à exportação promovido pela Associação
Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) e Apex-Brasil participou das ro-
dadas de negociações da ECRM School & Office Supplies, no Rosen Centre
Hotel, em Orlando, Flórida. O evento tem foco no mercado
de material escolar norte-americano, principal importador
dos cadernos brasileiros. Outra iniciativa do mercado brasi-
leiro com foco no americano foi durante a BTS Market Place,
em Miami. Organizado pela revista El Papel, o evento visa
promover interação comercial entre os participantes. Além
da Imprint Brasil, estiveram presente Bignardi, DAC, Dello,
Confetti e Foroni.
Foco na exportaçãoGráficas interessadas em ingressar na Imprint devem contatar o projeto
pelo telefone (11) 3232-4504 ou pelo e-mail [email protected].
Inicialmente, será feito diagnóstico da maturidade exportadora da empresa
aspirante para, em seguida, elaborar plano de ação para inserção dos produtos
no mercado internacional.
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ços
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ven
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Destaque
44 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
PARA CANHOTOS
O caderno desenvolvido para canho-tos pela Tamoio Boas Impressões conta com exclusiva abertura pela parte de baixo do caderno. Com isso, o espiral não incomoda a mão. O produto, no tamanho 204 x 234 mm, possui 160 folhas. Preço sob consulta. (12) 3907-3000
EXTRARRESULTADO
A linha Pré-Escolar da Summit conta com o Giz Super Macio – que possui alta concentração de cera – e versões neon e glitter da Bisnaga Guache. Na linha Es-colar, fazem parte os lápis de cor Mega Soft Color, produzidos com extracera, o que faz com que as cores fiquem ainda mais intensas no papel. Preço sob consulta. (51) 3014-3300
QUALIDADE INDIANAO lápis mais popular da Índia é cada vez mais solicitado no Brasil. Os produtos Sivo, marca da Hindustan Pencils, são importados e distribuídos pela Sertic. Possuem escrita ultramacia, cores intensas e maior facilidade para apagar e apontar. Preço sob consulta. (11) 3611-2112
Revista da Papelaria 45dezembro de 2015
MEMO NOTES
Adelbras, tradicional fabricante de fitas adesivas, também oferece os blocos autoadesivos Memo
Notes, utilizados para recados, anotações, marcações de livros e páginas. Pode
vir em pacote com quatro ou oito cores vivas. Preço sob consulta.
(19) 4009-7711
LÁPIS DE COLORIR PREMIUMBIC traz maior praticidade e toque de sofisticação com o Evolution Lápis de Cor. O estojo premium comporta 12 cores, é feito em metal e garantirá organização do material escolar, além de proteger, ainda melhor, os itens. R$ 20,80. 0800 282 6226
CORTE TRIPLO
Leve, com três tipos de corte – reto, ondulado e serrilhado – a re-filadora A4 3 em
1, da Motivate, incorpora extensão da régua-guia e conta com lâmina para reposição, caso neces-sário. Possui capacidade para até 4 folhas. R$ 80. (21) 2532-2288
Representante
46 dezembro de 2015 Revista da Papelaria
Perfil Comércio e RepresentaçõesÁrea de atuação: Rio Grande do Norte | Tempo de estrada: 20 anos | Em-presas que representa: Ciabrink, Goller, Gedex e Plascony
Inicialmente promoto-
ra de vendas no setor
alimentício, Francisca
Ângelo vislumbrou na
atuação como preposta, em
um escritório da Carbex, o
dinamismo profissional que
procurava. Após dois anos
integrando-
-se ao setor
de papelaria,
decidiu ini-
ciar a própria
empresa, Per-fil Comércio e Represen-tações , e já
c o m e m o r a
duas décadas
de atuação no
Rio Grande
do Norte.
Apaixonada pelo dinamismo da
profissão, Francisca se destaca como uma experiente
representante potiguar
Liberdade não tem preço
Nessa mudança de setor,
Francisca conta que o que
mais a atraía era a liberdade
em atuar fora do escritório. O
deslocamento por cidades do
estado era feito, inicialmente,
sem carro, devido a uma ne-
cessidade surgida no início
da profissão.
“A Carbex exigia que seus
representantes tivessem um
computador, ligando-os à
indústria. Só que, nessa épo-
ca, o computador era quase
o preço de um carro. Tive de
optar por um PC, pois com
ele eu conseguiria aumen-
tar minhas vendas. Acabou
que a empresa lançou um
concurso e eu ganhei um
carro”, recorda.
Além do novo desafio de
enfrentar grandes distâncias
sozinha, Francisca lembra
que, no início, ela era a única
mulher atuando como re-
presentante. Foi necessário
também superar um tabu das
indústrias, que optavam por
homens na profissão. “No
Nordeste, não é fácil mulher
exercer essa profissão. As
empresas mudaram o perfil,
e a própria mulher também
está deixando de achar que
precisa de permissão para
viajar”, diz.
Após duas décadas na
estrada, Francisca avalia que
a mudança no setor foi gran-
de, a começar pela região. O
Nordeste passou a ser obser-
vado com mais atenção pelas
empresas, o que valorizou seu
mercado de atuação. “Hoje,
nos olham como a ‘galinha
dos ovos de ouro’”, diz ela.
Francisca avalia que,
atualmente, não é possível
sobreviver apenas com os
tradicionais segmentos offi-
ce e escolar. Ela destaca o
crescimento do mercado de
informática, que tinha pouco
crédito em seu surgimento e
muito menos rentabilidade
que itens de escritório. “O
consumo desses itens que
eram destaque há vinte anos,
hoje, é muito baixo. O hábito
do consumidor fez com que
a papelaria mudasse. Você
vê louça, brinquedos e vários
outros segmentos dentro de
uma loja. Não dá para sobre-
viver só de papel”, finaliza.