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Um dos grandes desafios da pe- cuária leiteira é sem dúvida a pro- dução de volumosos. Isso se explica principalmente pela sazonalidade na produção de forragem, ou seja, concentração de produção apenas no período das águas. Uma das alterna- tivas para contornar essa situação é o cultivo de forrageiras de inverno, que possibilita o aproveitamento de áreas ociosas, otimiza a utilização da terra e disponibiliza volumosos de bom valor nutritivo para o rebanho durante o período seco. A implantação da cultura de inver- no é interessante por suceder cultu- ras como a de sorgo, milho na safra ou safrinha, e até mesmo na forma de sobre-semeadura em pastagens de gramíneas tropicais irrigadas. A aveia preta, aveia branca, azevém, alfafa, nabo forrageiro e trevo são algumas opções de forrageiras para serem utilizadas. Como formas de utilização na die- ta de vacas leiteiras, estas forragens podem ser fornecidas na forma de feno, pré-secado, pastejo ou ainda picado no cocho. Esta seria uma al- ternativa interessante para animais de alta produção, pois geralmente são forragens de alto valor nutricio- nal, podendo atingir níveis acima de 20% de proteína bruta na matéria seca. Além disso, possui uma fibra de alta digestibilidade. Junto a esses benefícios, tais forra- gens podem servir como cobertura morta em sistemas de plantio direto, melhorando as condições químicas e físicas do solo. Em sistemas de pro- dução que preconizam o pastejo, estas forragens também podem pos- sibilitar economias na alimentação concentrada. Com intuito de apresentar e ava- liar a viabilidade de algumas dessas forrageiras para a região, foi implan- tado na fazenda Oásis, município de Coimbra-MG, assistida pelo PDPL- RV, de propriedade do Dr. Sérgio H. V. Maciel, pelo segundo ano conse- cutivo as culturas: aveia preta, cul- tivar São Carlos, azevém, cultivar eclipse, este consorciado com trevo. O plantio foi realizado entre os dias 22 e 23 de junho de 2011, com uma semeadora/adubadora de plantio di- reto, com espaçamento entre linhas de 20 cm. Após 25 dias da implan- tação foi feita uma adubação de co- bertura. O manejo adotado com as culturas nos diferentes piquetes ocorreu da seguinte forma: -Azevém consorciado com trevo: altura de entrada no pasto com 30 cm, apresentando uma produtivida- de estimada de 13,8 ton/ha de maté- ria natural, com teor de 12% de MS. -Aveia preta: altura de entrada no pasto com 35 cm, apresentando uma produtividade estimada de 12,5 ton/ ha de matéria natural, com teor de 9% de MS. Tanto para a área cultivada com aveia preta, quanto para a área de azevém e trevo, a entrada dos ani- mais se deu aos 45 dias pós-seme- adura, sendo utilizado com um dia de ocupação e 21 dias de descanso, com taxa de lotação de 8 UA/ha e o manejo de irrigação realizado a cada três dias. A dieta dos animais contou com 55% da matéria seca do volumoso provinda das culturas de inverno e 45% da silagem de milho, sendo que o pastejo foi realizado no período en- tre as ordenhas. O custo de implantação do aze- vém consorciado com trevo foi de R$ 1.502,50/ha e da aveia preta foi de R$ 1.091,30/ha. A análise econô- mica para avaliar a viabilidade das culturas de inverno foi realizada, constatando-se uma economia de R$ 1.300,00 com alimentação volumosa e concentrada do rebanho durante o período de utilização. Também pro- porcionou leve aumento na produ- Leonardo Amaral Estudante de Agronomia Sílvio Quintão Braga Estudante de Medicina Veterinária Cultura de inverno: alternativa de volumoso na época seca ção de leite. Houve redução da CCS observada pela realização do teste CMT e melhoria na sanidade do re- banho, devido ao menor tempo de permanência das vacas no curral. Assim, mais uma vez a iniciativa do PDPL-RV em trazer novas tecno- logias para os produtores assistidos obteve sucesso, mostrando que a uti- lização das culturas de inverno na re- gião é economicamente viável, além de trazer outros inúmeros benefícios ao produtor. Dicas do Engenheiro Agrônomo: Destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos Momento do Produtor: Cristiano Lana Qualidade do leite: Como minimizar problemas com mastite no período das águas Utilização de sêmen sexado na atividade leiteira: Planejando um futuro mais rápido p. 2 p. 2 p. 3 p. 4 Animais pastejando a cultura de inverno Em janeiro de 2012 centenas de graduandos da Universidade Fede- ral de Viçosa chegam à tão sonha- da formatura. É hora de relembrar e compartilhar os bons momentos, experiências vividas, lutas, dificulda- des e finalmente poder celebrar esta vitória. O PDPL-RV tem orgulho de fazer parte da formação de seus estagiários, que agora comemoram a merecida conquista. São eles: Bruno Andrade Ricardo, Bruno Caixeta, Fabiana C. dos San- tos, Guilherme Chaves Vaz, Isabe- la G. A. Oliveira, Leonardo Siman, Rafael Brimana C. Silva, Rodrigo Rossini Buso, Ramon Cam- pos Faria, ia- go Francisco Rodri- gues, iago Márcio R. Rocha e Vivian Rodrigues Coelho. Vivian Rodrigues Coelho concluiu o curso de Medicina Veterinária e relata sua experiência como estagi- ária do Programa: “Poder estagiar no PDPL-RV é um motivo de mui- to orgulho pra mim. Orgulho pelo aprendizado, pela experiência con- quistada, pelos parceiros de trabalho e pelos amigos que fiz lá dentro. É, sem dúvida, um treinamento intensi- vo no setor da pecuária leiteira, pois prepara seus estagiários ensinando- os disciplina, comprometimento, responsabilidade, além de toda a ba- gagem técnica nas áreas de agrono- mia, zootecnia e veterinária. Tenho muito a agradecer a toda a equipe, pela paciência, pelo apoio, e por me prepararem para o mercado de tra- balho.” Ramon Campos Faria também se forma em Medicina Veterinária e destaca a importância do PDPL-RV em sua formação profissional: “De- parar com as mais variadas situações no campo e ver que a minoria delas é novidade, só é possível quando se tem uma boa preparação. É necessá- rio estar ‘de fora’ para ter noção da importância que foi e será o PDPL- RV na vida profissional de cada um que por aqui passou. Em uma úni- ca frase, é como dizia um professor nos tempos de escola agrícola, ‘é uma oportunidade ímpar’”. Dos 12 estagiários do Programa que concluem a graduação, 9 já estão empregados. Bruno Andrade Ricar- do, Guilherme Chaves Vaz, Isabela G. Oliveira, Leonardo Siman e ia- go Márcio R. Rocha são trainees na empresa Itambé. Bruno Caixeta tra- balhará no Educampo Sebrae/CO- OPA, em Coromandel/MG. Rodrigo Rossini Buso prestará serviços para o Educampo Sebrae/AGROVERDE, em Campina Verde/MG. Ramon Campos Faria é Consultor Técnico do Educampo Sebrae/COOLVAM, em Carlos Chagas/MG. Vivian Ro- drigues Coelho foi contratada pelo Educampo Sebrae/EMBARÉ, em Bambuí/MG. Desta forma o PDPL-RV confirma a sua eficácia na formação de profis- Estagiários do PDPL-RV se formam em Janeiro e muitos já estão empregados sionais para atuarem na cadeia pro- dutiva do leite, através do alto índice de empregabilidade dos formandos egressos do Programa. Parabenizamos a todos pela for- matura e desejamos que essa vitória seja apenas a primeira de muitas que virão na nova etapa que se inicia na vida de cada um. Vocês já são ven- cedores! P a R a B n é s! Jornal da Produção de Leite / Ano XX - Número 272 - Viçosa, MG - Dezembro de 2011 PDPL-RV Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa www.ufv.br/pdpl

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Um dos grandes desafios da pe-cuária leiteira é sem dúvida a pro-dução de volumosos. Isso se explica principalmente pela sazonalidade na produção de forragem, ou seja, concentração de produção apenas no período das águas. Uma das alterna-tivas para contornar essa situação é o cultivo de forrageiras de inverno, que possibilita o aproveitamento de áreas ociosas, otimiza a utilização da terra e disponibiliza volumosos de bom valor nutritivo para o rebanho durante o período seco.

A implantação da cultura de inver-no é interessante por suceder cultu-ras como a de sorgo, milho na safra ou safrinha, e até mesmo na forma de sobre-semeadura em pastagens de gramíneas tropicais irrigadas. A aveia preta, aveia branca, azevém, alfafa, nabo forrageiro e trevo são algumas opções de forrageiras para serem utilizadas.

Como formas de utilização na die-ta de vacas leiteiras, estas forragens

podem ser fornecidas na forma de feno, pré-secado, pastejo ou ainda picado no cocho. Esta seria uma al-ternativa interessante para animais de alta produção, pois geralmente são forragens de alto valor nutricio-nal, podendo atingir níveis acima de 20% de proteína bruta na matéria seca. Além disso, possui uma fibra de alta digestibilidade.

Junto a esses benefícios, tais forra-gens podem servir como cobertura morta em sistemas de plantio direto, melhorando as condições químicas e físicas do solo. Em sistemas de pro-dução que preconizam o pastejo, estas forragens também podem pos-sibilitar economias na alimentação concentrada.

Com intuito de apresentar e ava-liar a viabilidade de algumas dessas forrageiras para a região, foi implan-tado na fazenda Oásis, município de Coimbra-MG, assistida pelo PDPL- RV, de propriedade do Dr. Sérgio H. V. Maciel, pelo segundo ano conse-cutivo as culturas: aveia preta, cul-tivar São Carlos, azevém, cultivar eclipse, este consorciado com trevo.

O plantio foi realizado entre os dias 22 e 23 de junho de 2011, com uma

semeadora/adubadora de plantio di-reto, com espaçamento entre linhas de 20 cm. Após 25 dias da implan-tação foi feita uma adubação de co-bertura.

O manejo adotado com as culturas nos diferentes piquetes ocorreu da seguinte forma:

-Azevém consorciado com trevo: altura de entrada no pasto com 30 cm, apresentando uma produtivida-de estimada de 13,8 ton/ha de maté-ria natural, com teor de 12% de MS.

-Aveia preta: altura de entrada no pasto com 35 cm, apresentando uma produtividade estimada de 12,5 ton/ha de matéria natural, com teor de 9% de MS.

Tanto para a área cultivada com aveia preta, quanto para a área de azevém e trevo, a entrada dos ani-mais se deu aos 45 dias pós-seme-adura, sendo utilizado com um dia de ocupação e 21 dias de descanso, com taxa de lotação de 8 UA/ha e o manejo de irrigação realizado a cada três dias.

A dieta dos animais contou com 55% da matéria seca do volumoso provinda das culturas de inverno e 45% da silagem de milho, sendo que

o pastejo foi realizado no período en-tre as ordenhas.

O custo de implantação do aze-vém consorciado com trevo foi de R$ 1.502,50/ha e da aveia preta foi de R$ 1.091,30/ha. A análise econô-mica para avaliar a viabilidade das culturas de inverno foi realizada, constatando-se uma economia de R$ 1.300,00 com alimentação volumosa e concentrada do rebanho durante o período de utilização. Também pro-porcionou leve aumento na produ-

Leonardo AmaralEstudante de Agronomia

Sílvio Quintão Braga Estudante de Medicina Veterinária

Cultura de inverno: alternativa de volumoso na época secação de leite. Houve redução da CCS observada pela realização do teste CMT e melhoria na sanidade do re-banho, devido ao menor tempo de permanência das vacas no curral.

Assim, mais uma vez a iniciativa do PDPL-RV em trazer novas tecno-logias para os produtores assistidos obteve sucesso, mostrando que a uti-lização das culturas de inverno na re-gião é economicamente viável, além de trazer outros inúmeros benefícios ao produtor.

Dicas do Engenheiro Agrônomo: Destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos

Momento do Produtor: Cristiano Lana

Qualidade do leite: Como minimizar problemas com mastite no período das águas

Utilização de sêmen sexado na atividade leiteira:Planejando um futuro mais rápido

p. 2 p. 2 p. 3 p. 4

Animais pastejando a cultura de inverno

Em janeiro de 2012 centenas de graduandos da Universidade Fede-ral de Viçosa chegam à tão sonha-da formatura. É hora de relembrar e compartilhar os bons momentos, experiências vividas, lutas, dificulda-des e finalmente poder celebrar esta

vitória. O PDPL-RV tem orgulho

de fazer parte da formação de seus estagiários, que agora

comemoram a merecida conquista. São eles: Bruno Andrade Ricardo, Bruno Caixeta, Fabiana C. dos San-tos, Guilherme Chaves Vaz, Isabe-la G. A. Oliveira, Leonardo Siman, Rafael Brimana C. Silva, Rodrigo Rossini Buso, Ramon Cam-pos Faria, Thia-go Francisco Rodri-gues, Thiago Márcio

R. Rocha e Vivian Rodrigues Coelho.Vivian Rodrigues Coelho concluiu

o curso de Medicina Veterinária e relata sua experiência como estagi-ária do Programa: “Poder estagiar no PDPL-RV é um motivo de mui-to orgulho pra mim. Orgulho pelo aprendizado, pela experiência con-quistada, pelos parceiros de trabalho e pelos amigos que fiz lá dentro. É, sem dúvida, um treinamento intensi-vo no setor da pecuária leiteira, pois prepara seus estagiários ensinando- os disciplina, comprometimento, responsabilidade, além de toda a ba-gagem técnica nas áreas de agrono-mia, zootecnia e veterinária. Tenho muito a agradecer a toda a equipe, pela paciência, pelo apoio, e por me prepararem para o mercado de tra-balho.”

Ramon Campos Faria também se forma em Medicina Veterinária e

destaca a importância do PDPL-RV em sua formação profissional: “De-parar com as mais variadas situações no campo e ver que a minoria delas é novidade, só é possível quando se tem uma boa preparação. É necessá-rio estar ‘de fora’ para ter noção da importância que foi e será o PDPL- RV na vida profissional de cada um que por aqui passou. Em uma úni-ca frase, é como dizia um professor nos tempos de escola agrícola, ‘é uma oportunidade ímpar’”.

Dos 12 estagiários do Programa que concluem a graduação, 9 já estão empregados. Bruno Andrade Ricar-do, Guilherme Chaves Vaz, Isabela G. Oliveira, Leonardo Siman e Thia-go Márcio R. Rocha são trainees na empresa Itambé. Bruno Caixeta tra-balhará no Educampo Sebrae/CO-OPA, em Coromandel/MG. Rodrigo Rossini Buso prestará serviços para

o Educampo Sebrae/AGROVERDE, em Campina Verde/MG. Ramon Campos Faria é Consultor Técnico do Educampo Sebrae/COOLVAM, em Carlos Chagas/MG. Vivian Ro-drigues Coelho foi contratada pelo Educampo Sebrae/EMBARÉ, em Bambuí/MG.

Desta forma o PDPL-RV confirma a sua eficácia na formação de profis-

Estagiários do PDPL-RV se formam em Janeiro e muitos já estão empregadossionais para atuarem na cadeia pro-dutiva do leite, através do alto índice de empregabilidade dos formandos egressos do Programa.

Parabenizamos a todos pela for-matura e desejamos que essa vitória seja apenas a primeira de muitas que virão na nova etapa que se inicia na vida de cada um. Vocês já são ven-cedores!

PaRaB

s!

Sistema de boas práticas na fazenda é aplicado nas propriedades assistidas pelo PDPL-RV Jornal da Produção de Leite / Ano XX - Número 272 - Viçosa, MG - Dezembro de 2011

PDPL-RV Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa www.ufv.br/pdpl

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Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa

Publicação editada sob a responsabilidade do

Coordenador do PDPL-RV:Prof. Sebastião Teixeira

Gomes

Jornalista Responsável:José Paulo Martins

(MG-02333-JP)

Redação:Christiano Nascif

Zootecnista

Marcus Vinícius C. MoreiraMédico Veterinário

André NavarroMédico Veterinário

Thiago Camacho RodriguesEngenheiro Agrônomo

Evaldo Paulo FirminoZootecnista

Diagramação e coordenação gráfica:

Erika VieiraMara Freitas

Impressão:Suprema Gráfica e Editora

(32) 3551 2546

Endereço do PDPL-RV: Ed. Arthur Bernardes

Subsolo/ Campus da UFVCep: 36570-000

Viçosa - MG

Telefax: (31) 3899 5250E-mail: [email protected]

www.pdpl.ufv.brTwitter: @PDPLRV

Facebook: Pdpl Minas Gerais

Jornal da Produção de Leite

Expedito Pereira Lima NettoEstudante de Agronomia

O principal motivo para darmos a destinação final correta para as embalagens vazias dos agrotóxicos é diminuir o risco para a saúde das pessoas e a contaminação do meio ambiente, mas esse é um procedi-mento complexo que requer a par-ticipação efetiva de todos os agentes envolvidos nas atividades relacio-nadas com o manuseio, transporte, armazenamento e processamento dessas embalagens.

Assim, as parcerias estabelecidas e os convênios firmados com empresas e entidades permitiram a implanta-ção de diversas centrais de recebi-mento de embalagens no Brasil, que hoje ajudam a reduzir o número de embalagens abandonadas nas lavou-ras, estradas e às margens de manan-ciais d’água.

A ANDREVE, Associação dos Re-vendedores de Defensivos Agrícolas da Região de Viçosa, e a Prefeitura Municipal de Coimbra construíram uma unidade de recebimento de em-balagens vazias de agrotóxicos, loca-lizada na BR 120 – Km 330 – trevo Coimbra/Ervália, que recebe nas se-gundas e terças-feiras as embalagens vazias da nossa região.

De acordo com a Lei Federal 9.974/00, o agricultor deve preparar as embalagens vazias e devolvê-las na unidade de recebimento no pra-zo de um ano após a aquisição do

produto, e apresentar as notas fiscais. Após a devolução é importante guar-dar os comprovantes de entrega das embalagens por um ano, para fins de fiscalização.

O produtor também pode armaze-nar temporariamente as embalagens vazias na propriedade, até reunir uma quantidade que justifique o transporte. Elas devem ser armaze-nadas em locais fechados com boa ventilação, podendo ficar guardadas com as embalagens cheias.

É válido ressaltar que, na ocasião da venda, o revendedor também tem suas obrigações, cabendo a ele informar o endereço mais próximo da unidade de recebimento das em-balagens vazias. O mesmo acontece com os fabricantes, que precisam informar no rótulo do produto os procedimentos de lavagem, arma-zenamento, transporte e destinação final. Além disso, são responsáveis pelo recolhimento das embalagens nas unidades de recebimento.

Também é importante lembrar que cada tipo de embalagem deve receber um tratamento diferente, como des-crito abaixo:

Embalagens Rígidas Laváveis: São aquelas embalagens rígidas (plásti-cas, metálicas e de vidro) que acon-dicionam formulações líquidas de agrotóxicos para serem diluídas em água.

• Esvazie completamente o con-teúdo da embalagem no tanque do pulverizador;

• Adicione água limpa à embala-gem até ¼ do seu volume;

• Tampe bem a embalagem e agite- a por 30 segundos;

• Despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador;

• Faça esta operação 3 vezes;• Inutilize a embalagem plástica ou

metálica, perfurando o fundo. Embalagens Rígidas Não-Lavá-

veis: Embalagens rígidas que não utilizam água como veículo de pul-verização: embalagens de produtos para tratamento de sementes, Ultra Baixo Volume - UBV e formulações oleosas. Mantê-las intactas, adequa-damente tampadas e sem vazamento.

Embalagens flexíveis contamina-das: Sacos ou saquinhos plásticos, de papel, metalizadas, mistas ou de ou-tro material flexível. Acondicioná-las em sacos plásticos padronizados.

Embalagens secundárias: Refere-se às embalagens rígidas ou flexíveis que acondicionam embalagens pri-márias, não entram em contato dire-to com as formulações de agrotóxi-cos, sendo consideradas embalagens não contaminadas e não perigosas, tais como caixas coletivas de papelão, cartuchos de cartolina, fibrolatas e as embalagens termomoldáveis.

Destinação final das embalagens vazias de agrotóxicosDicas do Engenheiro Agrônomo

Hoje, na área da reprodução ani-mal, existem várias tecnologias que já estão sendo trabalhadas a nível de campo. Elas foram desenvolvidas e estão auxiliando o aumento do su-cesso da atividade leiteira, tais como IATF, sêmen sexado, transferência de embriões, FIV, entre outras.

Na inseminação artificial, usando sêmen sexado, é possível escolher o sexo do bezerro antes mesmo da ges-tação ou da produção do embrião.Essa técnica dos “espermatozóides-

fêmea” garante uma confiabilidade de 90%. Isto significa que existe 90% de probabilidade de obtermos uma bezerra, em contraste com 50% de probabilidade ao utilizarmos sêmen convencional. A grande vantagem está na possibilidade de “planejar” os nascimentos das fêmeas de acordo com as necessidades do rebanho e do mercado, além de ser uma forma de aumentar o rebanho sem haver compra de animais.

A inseminação é feita de maneira semelhante àquela em que se usa o sêmen convencional, com os mes-mos cuidados quanto à conserva-ção, descongelamento e manuseio na hora da utilização. Atenção aos

cuidados:• Descongele as palhetas em um ba-

nho maria a 36º C por 45 segundos. • O descongelamento do sêmen e

seu manejo devem ser feitos em um ambiente protegido e livre de conta-minantes.

• Use o sêmen sexado preferencial-mente em novilhas bem manejadas, que tenham alcançado peso necessá-rio de acordo com sua raça.

• Insemine as novilhas 8 a 12 horas depois de ter sido detectado o cio.

• Não é indicado o seu uso na inse-minação artificial em tempo fixo.

Sendo assim, o produtor Roque Sergio Maciel na fazenda Cedro, situada na cidade de Piranga-MG,

com a orientação do PDPL-RV, fez a opção de melhoria genética e cres-cimento do rebanho com a adoção dessa tecnologia.

Desde o mês de março/2011, ini-ciou-se o uso de sêmen sexado em suas novilhas, que possuem grau de sangue desde 3/4HZ a 1/2HJ. As mesmas apresentaram o primeiro cio por volta dos 21,8 meses de vida, em média.

Para utilização de tal tecnologia a fazenda passou por algumas adequa-ções, como observação de cio 2 a 3 vezes ao dia, utilização do rufião e seleção das novilhas com bom esco-re corporal e que estejam ganhando peso. Só são inseminadas as novilhas

que apresentarem cio normal com muco límpido e transparente e as que estiverem calmas, pois o estres-se colabora para diminuir a taxa de concepção.

Com isso o produtor manteve sua taxa de observação de cio em 89%, sendo assim gastos em média 2 doses de sêmen sexado por prenhez, o que gera um aproveitamento de 50% das novilhas aptas a serem inseminadas.

Deste modo produtores atualiza-dos podem assim acelerar a sua tra-jetória para o futuro, aproveitando as vantagens associadas ao sêmen sexa-do, como vem fazendo já alguns pro-dutores do PDPL-RV, com viabilida-de econômica e satisfação pessoal.

Utilização de sêmen sexado na atividade leiteira: Planejando um futuro mais rápidoCamila Stanciole Estudante de ZootecniaDouglas Miranda Estudante de Medicina Veterinária

O Instituto Mineiro de Agropecu-ária – IMA é responsável pela fiscali-zação do comércio, armazenamento e uso de agrotóxicos recomendados para a agricultura no estado de Mi-nas Gerais, e o não comprimento destas responsabilidades poderá im-plicar em penalidades ou multas pre-vistas na lei.

Momento do Produtor: Cristiano Lana

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A Fazenda São Miguel, localizada no município de Piranga-MG, é tra-dicional na atividade leiteira, sendo esta passada de pai para filho. Hoje as atividades da propriedade são de res-ponsabilidade do Sr. Cristiano Lana e de seu pai, Sr. Geraldo Lana.

A área destinada à atividade lei-teira conta atualmente com 3,3 ha formados de grama-estrela, 51 ha de pastagens de braquiária, 4,32 ha para plantio de milho para silagem e 6,0 ha de canaviais, totalizando 64,62 ha.

Devido às condições topográficas da propriedade e a distância entre os pastos e o estábulo, foi feita a subs-tituição de algumas áreas que antes eram ocupadas por pastagens pelo cultivo de eucalipto. Assim, houve um aproveitamento mais intensivo das áreas planas e próximas das ins-

talações de manejo.Quando começou a fazer parte do

PDPL-RV, em 2003, o rebanho era composto por animais com maior grau de sangue holandês sob regime semiconfinado. Entretanto, por volta de 2005 houve uma alteração no grau de sangue do rebanho em função das características físicas da propriedade e gosto pessoal do produtor. Essa al-teração foi feita através da aquisição de um touro Gir leiteiro PO para repasse e inseminação artificial com touros Gir de genética comprovada. Dessa forma, o rebanho passou a ser composto em sua maior parte por animais ½ sangue HZ, ocasionando a redução das áreas destinadas ao plantio de milho para silagem e au-mento gradativo das áreas de pasta-gens e cana-de-açúcar.

Além disso, a propriedade conta com ordenha mecânica modelo es-pinha de peixe duplo quatro, e são poucos os animais que necessitam da presença do bezerro ao pé para esti-mular a descida do leite, facilitando

o manejo de ordenha. Atualmente a fazenda produz cerca de 870 litros/dia, com 58 animais em lactação, que recebem cana corrigida e silagem de milho durante a seca, e pasto duran-te a época das águas. O suplemento concentrado é fornecido em função da produção, dias pós-parto e status reprodutivo.

A qualidade do leite é um ponto le-vado a sério na fazenda. Atualmente, o produtor obtém níveis de 253.000 CCS/ml e 52.000 UFC/ml recebendo 100% da bonificação máxima de CCS e CBT paga pela empresa que capta o leite e se enquadrando nos padrões da Instrução Normativa nº 51.

Em novembro de 2011 foi implan-tado um projeto de pastejo rotacio-nado em uma área já formada com grama estrela, composto por 20 pi-quetes de 1600m², que comportam 23 vacas em lactação. Utiliza-se 1 dia de ocupação e 19 dias de descanso durante todo período das águas.

Um novo projeto de intensificação de áreas para 2012 tem por objetivo

aumentar em 10 ha o atual módulo de piquetes e implantar um sistema de rotação sobre uma pastagem de braquiária, para comportar as vacas secas e novilhas. O produtor mostra boa expectativa sobre o projeto e visa trabalhar com 100 vacas em lactação, sob sistema de pastejo rotacionado, aumentando a produção diária e a média por animal, como mostra a tabela abaixo com as metas para o próximo ano:

Com o apoio técnico do PDPL-RV, Cristiano Lana tem implantado pro-jetos que melhoram os indicadores da propriedade, tais como a divisão de piquetes, inseminação artificial, monitoramento da qualidade do leite, divisão dos lotes das vacas em lactação e novilhas, dentre outros. Assim, ele tem buscado melhorar a cada dia a rentabilidade da atividade leiteira e vem alcançando bons resul-tados.

INDICADORES

Produção diária (L)

Litros/vaca em lactação/dia (L)

Média de vacas em lactação (cab)

Vacas em lactação/total de vacas (%)

Litros/ha/ano (L)

Vacas em lactação/total do rebanho (%)

Taxa de remuneração do capital com terra (% a.a.)

HOJE

870,0

13,6

64

83

4991

33

10,79

META

1500,0

15,0

100

83

8600

40

15,0

Érico Rodrigues Estudante de Zootecnia

Fabiana Cirino dos Santos Estudante de Medicina Veterinária

Área de pastejo rotacionado atualmente

Área de pastejo rotacionado antes do projeto

Sala de ordenha

Animal na área de pastejo rotacionado

Foto do produtor Cristiano Lana

As 10 maiores produtividades do mês de novembro de 2011

1 Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 135.397

2 José Afonso Frederico Coimbra 83.378 3 Hermann Muller Visconde do Rio Branco 55.010 4 Marco Túlio Kfouri Oratórios 46.605 5 Paulo Martiniano Cupertino Coimbra 40.000 6 Paulo Frederico Araponga 32.346

7 Sérgio H. V. Maciel Coimbra 28.292 8 Danilo de Castro Ervália 24.914

9 Cristiano José da Silva Lana Piranga 23.392 10 José Renato Araújo Piranga 23.318

Produtor Município Produção

As 10 maiores produções do mês de novembro de 2011

1 Ozanan Luiz Moreira Ubá 26,46 26,46 2 Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 30,70 25,79

3 José Afonso Frederico Coimbra 23,96 20,74

4 Alvimar Sérgio Carvalho Teixeiras 24,27 18,88

5 Paulo Martiniano Cupertino Coimbra 20,51 18,26

6 Davi Carvalho Senador Firmino 22,03 17,55 7 Sérgio H. V. Maciel Coimbra 21,43 16,26 8 Rogério Barbosa Teixeiras 18,96 15,16 9 João Bosco Diogo Porto Firme 17,70 14,85

Produtor Município Produtividade Produtividade por vacas em por vaca total lactação

Como minimizar problemas com mastite no período das águas

Qualidade do leite

Bruno Pereira SoaresEstudante de Agronomia

RECEITA

10 Célio Coelho Porto Firme 14,88 12,85

Com as chuvas constantes, a for-mação de lama passa a fazer parte do dia-a-dia do produtor, causando danos consideráveis, principalmente no aspecto sanitário das vacas, quan-do se observa o aumento significati-vo dos casos de mastite.

Algumas práticas de manejo, como a limpeza inadequada das salas de espera e ordenha, formação de lotes com alta densidade de animais, am-biente muito úmido e falta de higiene nos piquetes das vacas são fatores de risco para a ocorrência de novos ca-sos de mastite. Sendo assim, deve-se adotar ações que, embora simples, possam minimizar os prejuízos com o aumento da CCS no leite.

A principal iniciativa a ser tomada nessa época é ter atenção redobrada na hora de fazer os procedimentos de ordenha. Além do cuidado com a higiene do ordenhador, deve ser fei-ta também a higienização correta do úbere, evitando o acúmulo excessivo de barro. Essa higienização pode ser feita aparando os pelos com tesoura ou realizando a queima dos pelos com uma pequena chama de baixa densidade, reduzindo o acúmulo de matéria orgânica (esterco, lama, suji-dades) no úbere.

Outras medidas para minimizar os casos de mastite com relação à me-

lhoria nas condições do ambiente:• Evitar que haja acúmulo de bar-

ro ao redor de cocheiras, colocando cascalho nesses locais. É importante estar atento à qualidade deste casca-lho, para não lesionar os cascos.

• Fazer “drenos” que possibilitem o escoamento da água.

• Manejar as áreas de descanso com cerca elétrica, isolando os locais com maior formação de lama;

• Adotar maior frequência de lim-peza dos ambientes (currais, arredo-res de cochos), evitando que o gado fique em contato com a massa orgâ-nica fétida formada por urina + água das chuvas + fezes + terra;

• Uso de produtos pré-dipping de boa qualidade e também do pós- dipping com boa aderência no teto;

• Uso de selantes internos nas vacas do pré-parto;

• Preparo antecipado dos corredo-res de piquetes e de acesso ao curral, deixando-os um nível acima dos pas-tos e da área no entorno, com boa drenagem. Se possível, ter mais de um acesso.

Manter o rebanho leiteiro sob boas condições sanitárias no período de chuvas requer maior intensificação da mão de obra, porém traz benefí-cios à produção e qualidade do leite e bem estar aos animais, devido à di-minuição dos problemas de mastite.

Desta forma, além de garantir a saúde dos animais, garantirá a saúde do bolso do produtor.

4

1 José Afonso Frederico Coimbra 33 2 Wilma Lucia de Paiva Pedra do Anta 39

3 Renato Santana Saraiva Porto Firme 107

4 Rosival Ananias Toledo Paula Cândido 124 5 Célio de Oliveira Coelho Porto Firme 145 6 Edmar Lopes Canaã 180

7 Davi Carvalho Senador Firmino 210 8 Rogério Barbosa Teixeiras 212

9 Cristiano José da Silva Lana Piranga 253 10 Luciano Sampaio Ervália 278

Produtor Município CCS (mil/ml)

10 Melhores leites em CCS do mês de novembro de 2011

10 Melhores análises totais de bactérias CBT do mês de novembro de 2011

1 José Afonso Frederico Coimbra 24 2 Antônio Moreira Vieira Presidente Bernardes 25 3 Wilma Lucia de Paiva Pedra do Anta 33 4 Áureo de Alcântara Guaraciaba 38

5 Célio de Oliveira Coelho Porto Firme 41

6 Rogério Barbosa Teixeiras 44

6 Edmar Lopes Canaã 44

7 Sérgio H. V. Maciel Coimbra 52

7 Cristiano José da Silva Lana Piranga 52

Produtor Município UFC (mil/ml)

8 Paulo Frederico Araponga 56

9 Alvimar Sérgio Carvalho Teixeiras 66

10 José Maria de Barros Presidente Bernardes 79

Ingredientes

. 1 xícara (chá) de leite de coco

. 3 xícaras (chá) de leite

. 10 colheres (sopa) de amido de milho

. 4 claras

. 8 colheres (sopa) de açúcar

Calda:. 2 xícaras (chá) de suco de maracujá. 2 xícaras (chá) de água. açúcar a gosto. 4 colheres (sopa) de amido de milho Modo de fazer

Musse: Misture o leite de coco, o leite e o amido de milho. Leve ao fogo mexendo sempre até engrossar. Retire do fogo e deixe esfriar, mexen-do de vez em quando para não criar película. Bata as claras em neve firme. Junte o açúcar ao poucos, até obter um suspiro firme. Misture delicadamente ao creme de coco. Coloque numa fôrma de buraco no meio de 20 cm de diâmetro, molhada com água. Leve à geladeira para endurecer.

Calda: Misture bem todos os ingredientes. Leve ao fogo brando, me-xendo sempre até engrossar. Retire do fogo e deixe esfriar. Leve à ge-ladeira. Desenforme a musse de coco e sirva com molho de maracujá.

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/culinaria/receitas

Musse de coco com calda de maracujá

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