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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO PROGRAMA DE RECURSOS HUMANOS EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO – ANP/PRH 43 TRABALHO DE CONCLUSÃO SISTEMA ATMOSFÉRICO DE DISPERSÃO DE ÁGUA TRATADA: ADEQUAÇÕES AMBIENTAIS E LEGISLATIVAS Dayana de Lima e Silva Orientador: Prof. Dr. Wilaci Eutrópio Fernandes Junior Natal/RN,Dezembro de 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO

PROGRAMA DE RECURSOS HUMANOS EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO – ANP/PRH 43

TRABALHO DE CONCLUSÃO  

 

 

SISTEMA ATMOSFÉRICO DE DISPERSÃO DE ÁGUA TRATADA:

ADEQUAÇÕES AMBIENTAIS E LEGISLATIVAS

Dayana de Lima e Silva

Orientador: Prof. Dr. Wilaci Eutrópio Fernandes Junior

 

Natal/RN,Dezembro de 2012

 

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Trabalho apresentado ao PRH/ANP 43 – Engenharia de Petróleo  

 

Dayana de Lima e Silva ‐ Campus Universitário ‐ Natal ‐ RN – BRASIL – CEP: ‐ 59072‐970 

E‐mail: [email protected] Tel. +55 (84) 33422517 / 91676594 ii 

SISTEMA ATMOSFÉRICO DE DISPERSÃO DE ÁGUA

TRATADA: ADEQUAÇÕES AMBIENTAIS E LEGISLATIVAS

 

 

Esta pesquisa corresponde ao trabalho final apresentado

ao Programa de Recursos Humanos em Engenharia de

Petróleo – PRH/ANP 43 inserido no Departamento de

Engenharia de Petróleo da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte.

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Trabalho apresentado ao PRH/ANP 43 – Engenharia de Petróleo  

 

Dayana de Lima e Silva ‐ Campus Universitário ‐ Natal ‐ RN – BRASIL – CEP: ‐ 59072‐970 

E‐mail: [email protected] Tel. +55 (84) 33422517 / 91676594 iii 

SILVA, Dayana de Lima e – Sistema Atmosférico de Dispersão de Água Tratada:

Adequações Ambientais e Legislativas.Trabalho final apresentado ao PRH/ANP 43.

Concentração: Pesquisa e Desenvolvimento em Engenharia de Petróleo. Linha de Pesquisa:

Meio ambiente, Natal-RN, Brasil.

Orientador: Prof. Dr. Wilaci Eutrópio Fernandes Junior

RESUMO

A produção de água é realidade inerente à produção do petróleo, sendo, em muitos

casos, de volume muito maior que o do óleo produzido. Geralmente o destino dado às águas

produzidas, após tratamento, é o da reinjeção nos poços, descarte para os mananciais ou reuso

industrial. Existem casos em que os destinos atualmente empregados não podem ser utilizados,

seja por alto custo, por impossibilidade de recebimento do local de destino ou por não haver

facilidades ainda desenvolvidas. O emprego de um sistema de dispersão atmosférico da água

produzida aumenta as possibilidades de descarte desta água, proporcionando maior produção

do petróleo ou redução de perdas a ela associadas. O objetivo deste trabalho é estudar as

possibilidades de um atomizador para dispersar água produzida tratada de reservatórios de

petróleo a fim de descartá-la em meio atmosférico atendendo a legislação vigente e com base

em fundamentos de dispersão atmosférica. Isso impulsionado pela necessidade de novas

técnicas e novos fins para a água produzida tratada de reservatórios de petróleo, em curto e a

médio-longo prazo visando os campos do pré-sal.Em relação às possibilidades operacionais, o

projeto é viável economicamente em virtude dos baixos custos de implantação, transporte e

manutenção, além de necessitar de pressões bastante inferiores às de injeção, reduzindo o custo

de energia elétrica e de não exigir perfurações de poços. Como resultado prévio espera-se:

Melhoria do micro-clima da região em torno do sistema de dispersão;Ganho social;Antecipar

os resultados de produção de poços com alto BS&W e distante das facilidades de produção (não

necessita de perfurar poços de injeção);Antecipação de receita;Possibilita operar em paralelo

com sistemas hoje implantados; Aumenta a flexibilidade operacional. O sistema utiliza a

energia eólica para promover a dispersão atmosférica e o transporte da água produzida.

Palavras-chave: descarte, água produzida, dispersão atmosférica.

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Trabalho apresentado ao PRH/ANP 43 – Engenharia de Petróleo  

 

Dayana de Lima e Silva ‐ Campus Universitário ‐ Natal ‐ RN – BRASIL – CEP: ‐ 59072‐970 

E‐mail: [email protected] Tel. +55 (84) 33422517 / 91676594 iv 

ABSTRACT

The production water is actually inherent in the production of oil and in many cases, the

volume is greater than the oil produced. Usually the destination of the produced water after

treatment is the reinjection wells, springs or disposal for industrial reuse. There are cases where

the destinations currently employed can not be used either by high cost, for the inability to

receive the place of destination or no facilities yet developed. The use of a dispersion system of

atmospheric water produced increases the possibilities of disposing of the water, providing

increased oil production and reduction of losses associated with it. The objective of this work is

to study the possibilities of an atomizer to disperse the treated produced water oil reservoirs in

order to dispose of it in the middle atmosphere serving legislation and taking into consideration

fundamentals of atmospheric dispersion. This is driven by the need for new techniques and new

purposes for the treated water produced from oil reservoirs in the short term and medium-term

targeting the pre-salt fields. Regarding the operational possibilities, the project is economically

viable because of low deployment costs, transportation and maintenance, and require much

lower pressures to injection, reducing the cost of electricity and does not require drilling of wells.

As previous results: Improvement of the microclimate of the region around the dispersal system;

Gain social Anticipating the results of production from wells with high BS & W and away from

production facilities (no need to drill injection wells ) Anticipated revenue; Enables operate in

parallel with systems deployed today; Increases operational flexibility. The system uses wind

power to promote the atmospheric dispersion and transport of produced water.

Keywords: disposal, produced water, atmospheric dispersion.

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Trabalho apresentado ao PRH/ANP 43 – Engenharia de Petróleo  

 

Dayana de Lima e Silva ‐ Campus Universitário ‐ Natal ‐ RN – BRASIL – CEP: ‐ 59072‐970 

E‐mail: [email protected] Tel. +55 (84) 33422517 / 91676594 v 

"Se não me identifico com outras

sensibilidades semelhantes à minha e se não

me obstino incansavelmente em perseguir este

ideal eternamente inacessível na arte e na

ciência, a vida perde todo o sentido para mim."

Albert Einstein.

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Trabalho apresentado ao PRH/ANP 43 – Engenharia de Petróleo  

 

Dayana de Lima e Silva ‐ Campus Universitário ‐ Natal ‐ RN – BRASIL – CEP: ‐ 59072‐970 

E‐mail: [email protected] Tel. +55 (84) 33422517 / 91676594 vi 

Dedicatória

A meus pais e irmãos.

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Dayana de Lima e Silva ‐ Campus Universitário ‐ Natal ‐ RN – BRASIL – CEP: ‐ 59072‐970 

E‐mail: [email protected] Tel. +55 (84) 33422517 / 91676594 vii 

Agradecimentos A Deus!

A meus pais, Tarciso e Elizaete e irmãos, Nádia Patrícia e Marcos Dayan pela torcida

e apoio.

Aos amigos,minha energia mais motivadora, desafiadora.

Aos professores em especial, Célio Gurgel, Wilaci Eutrópio pelo incentivo, paciência

e ajuda em todos os momentos.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte pelo suporte humano e físico

fundamentais para um trabalho acadêmico. Orgulho-me de fazer desse universo.

Ao PRH-ANP 43 pelas oportunidades não apenas acadêmicas, mas, sobretudo pelo

conhecimento de mundo oferecido.

A Petrobras pelo incentivo ao curso de Engenharia de Petróleo.

A Agência Nacional doPetróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a

Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT),

por meiodo Programa de Recursos Humanos da ANP para o Setor Petróleo e Gás (PRH-

ANP/MCT) pelo apoio financeiro.

 

 

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Índice

1. Introdução.............................................................................................................................1

1.1 Objetivos..............................................................................................................2  

2. Modelagem do Processo.......................................................................................................4

2.1. Condições Atmosféricas e de Dispersão................................................................6

2.2. Legislação Ambiental .........................................................................................13

2.2.1. Direito Ambiental - Lei Nº 9.966...............................................................13

2.2.2. Resolução CONAMA - Lei Nº 357............................................................14

2.2.3. Resolução CONAMA - Lei Nº 382............................................................16

3. Resultados e Discussões......................................................................................................19

3.1. Importância dos resultados................................................................................20

3.1.1. Importância para a formação acadêmica...................................................20

3.1.2. Importância para a formação profissional..................................................20

4. Conclusões...........................................................................................................................21

4.1. Recomendações..................................................................................................22

Referências...............................................................................................................................23

 

 

 

 

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Dayana de Lima e Silva ‐ Campus Universitário ‐ Natal ‐ RN – BRASIL – CEP: ‐ 59072‐970 

E‐mail: [email protected] Tel. +55 (84) 33422517 / 91676594 ix 

Lista de Figuras

Capítulo II

Figura 2.1: Esboço do SADAT...................................................................................................5

Figura 2.2: Etapas de uma dispersão: emissão, transporte e imissão (Modificado de Lisboa,

2010)...........................................................................................................................................6

Figura 2.3: Gradiente térmico.....................................................................................................8

Figura 2.4: Processos de dispersão.............................................................................................9

Lista de Tabelas

Capítulo II

Tabela 2.1: Extensões das escalas de movimento.......................................................................7

Nomenclaturas e Abreviações

SADAT: Sistema atmosférico de dispersão de água tratada

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

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Capítulo I

Introdução

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1. Introdução

Por muitos anos acreditava-se que explorar recursos naturais não exigia preservá-los.

Nos últimos anos com o conceito de sustentabilidade muito difundido em todo o mundo, essa

visão ficou para trás. Sabe-se que os recursos naturais precisam ser explorados e a iminente

escassez faz desa atividade uma preocupação com as gerações futuras.

No sentido de conservação da vida e desenvolvimento sócio-político-econômico, dois

recursos naturais ganham destaque: a água e o petróleo. O primeiro é indispensável à vida, o

segundo é fonte de energia indispensável para o desenvolvimento. Atrelá-los é ter a certeza de

que se está lidando com um meio ambiente rico, necessário e exigente de preservação. A

indústria de petróleo vive essa realidade quando se trata do reuso das águas produzidas tratadas.

Pensando em uma solução alternativaparaa produção de água inerente à produção do

petróleo, esse trabalho propõeum atomizador para dispersar água produzida tratada de

reservatórios de petróleo a fim de descartá-la em meio atmosférico atendendo a legislação

vigente e com base em fundamentos de dispersão atmosférica.

Geralmente, o destino dado às águas produzidas, após o tratamento, é o da reinjeção

nos poços, descarte para os mananciais ou reuso industrial, o que faz necessáriasnovas técnicas

e novos fins para a água produzida tratada de reservatórios de petróleo, em curto e a médio-

longo prazos.

Em relação às possibilidades operacionais, o projeto é viável economicamente em

virtude dos baixos custos de implantação, transporte e manutenção, além de necessitar de

pressões bastante inferiores às de injeção, reduzindo o custo de energia elétrica e de não exigir

perfurações de poços.

Existem casos em que os destinos atualmente empregados não podem ser utilizados,

seja pelo custo, pela impossibilidade ambiental de instalação.

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                 Dayana de Lima e Silva ‐ Campus Universitário ‐ Natal ‐ RN – BRASIL – CEP: ‐ 59072‐970 

E‐mail: [email protected] Tel. +55 (84) 33422517 / 91676594 3 

O emprego de um sistema de dispersão atmosférico da água produzida aumenta as

possibilidades de descarte desta água, proporcionando maior produção do petróleo ou redução

de perdas a ela associadas.

Como resultado espera-se: Melhoria do micro-clima da região em torno do sistema de

dispersão; Ganho social; Antecipar os resultados de produção de poços com alto BS&W e

distante das facilidades de produção (não necessita de perfurar poços de injeção); Antecipação

de receita; Possibilita operar em paralelo com sistemas hoje implantados; Aumenta a

flexibilidade operacional. O sistema utiliza a energia eólica para promover a dispersão

atmosférica e o transporte da água produzida.

1.1. Objetivos

Este trabalho tem por objetivo estudar as possibilidades de dispersão e enquadramento

legislativo de um sistema de descarte atmosférico de águas produzidastratadas. Não é foco

deste projetar ou realizar o experimento fisicamente. Os próximos capítulos abordarão:

Capítulo II: Modelagem do processo – Descreve como o estudo foi desenvolvido, em

que bases se fundamentou.

Capítulo III: Resultados e discussões – Exibe e analisa os resultados.

Capítulo IV: Conclusões – Lista os pontos conclusivos e aponta recomendações.

As referências bibliográficas são relacionadas ao final.

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Capítulo II

Modelagem do Processo

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Trabalho apresentado ao PRH/ANP 43 – Engenharia de Petróleo  

 

                 Dayana de Lima e Silva ‐ Campus Universitário ‐ Natal ‐ RN – BRASIL – CEP: ‐ 59072‐970 

E‐mail: [email protected] Tel. +55 (84) 33422517 / 91676594 7  

Matematicamente, o transporte apresentado na Figura 2.2 implica no desenvolvimento

e estudo do comportamento de uma pluma.Adequar a partícula dispersa a um modelo

matemático promove o ajuste do sistema, restringindo-o e facilitando sua análise.

• Aspectos Meteorológicos

As condições externas, aquelas imprevisíveis em geral, não são consideradas e uma

vez acontecendo modificam todo o cenário da abordagem. Quando essas condições externas

estão vinculadas ao meio ambiente mais cauteloso deve ser o estudo.

a. Ventos

Se o ar se move em relação ao solo, pode-se dizer que se trata de vento, ou seja,

apenas ar em movimento. Assim, uma série de forças coloca este ar em movimento:

• Gradiente de pressão, que tende a impulsionar o movimento do ar de áreas com alta

pata baixa pressão.

• Gravidade, que acelera o ar para baixo a uma taxa próxima de 9,8m/s².

• Fricção, que atua no sentido oposto a direção do vento e é aproximadamente

proporcional ao quadrado da velocidade do vento.

• Força de Coriolis, causada pela rotação do planeta e que geralmente, chama-se

força defletora da rotação da Terra. Atua em ângulo reto à direção do vento e é proporcional a

velocidade do mesmo; Em consequência, atua para a direita no hemisfério norte e para a

esquerda no hemisfério sul.

Na prática, o vento tende a soprar de maneira constante, ou seja, sem mudanças de

velocidade e direção em relação à Terra. A segunda lei de Newton expressa que uma vez

aplicando uma força, é produzida uma aceleração proporcional.

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E‐mail: [email protected] Tel. +55 (84) 33422517 / 91676594 8  

Com isso, se não há aceleração, não pode haver forças. Uma vez não existindo essas

forças, fica evidente a presença de um equilíbrio. Em outras palavras, as forças se cancelam.

Somente sob essas considerações o vento pode soprar com velocidade constante. Assim, pode

dizer que o ar se move normalmente e está sujeito a um equilíbrio de forças. (Henry, J.G e

Heinke, G.W.; 1999).

Em regiões litorâneas a frequência e velocidade do vento são maiores do que em

regiões de clima quente e seco. Adequar o sistema a essas condições significa estruturá-lo

fisicamente para as adversidades climáticas ao mesmo tempo em que, pode-se prever o raio de

dispersão que pode ser alcançado.

O protótipo idealizado do SADAT utiliza a energia eólica para promover a dispersão

atmosférica e o transporte da água produzida.

b. Escalas de Movimento

São três as escalas de movimento: sinótica, mesoescala e microescala. Em termos de

extensão são distribuídas conforme a Tabela 2.1.

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Em virtude das extensões da Tabela 2.1, o sistema de dispersão proposto se enquadra

na Microescala. Nesta, são inseridos os movimentos resultantes dos efeitos aerodinâmicos das

edificações, da rugosidade das superfícies e da cobertura vegetal.

Quaisquer pequenos obstáculos interferemna trajetória da dispersão.

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Sabe-se também que a forma como as partículas se dispersam na atmosfera segue,

basicamente a tendência do gradiente de temperatura. Com base nesse modelo pluma e no

gradiente térmico, os processos de dispersão podem ser definidos de acordo com a Figura 2.4.

a. Serpenteate (Looping)

• Perfil térmico: Superadiabático, a temperatura diminui mais rápido que a

adiabática;

• Condições predominantes: atmosfera instável, ventos fracos, céu claro com

poucas nuvens e muita insolação;

• Outras características: A estabilidade de origem térmica provoca grandes

turbilhões que aceleram a dispersão.

b. Cônico (Conning)

• Perfil térmico: Subadiabático, a temperatura aumenta mais rápido que a

adiabática;

• Condições predominantes: Dias nublados com ventos moderados;

• Outras características: Forma cônica e dispersão em menor volume do que o

modelo serpenteante.

c. Tubular (Fanning)

• Perfil térmico: Inversão, a temperatura aumenta com a altitude;

• Condições predominantes: Períodos no fim da tarde, noite e amanhecer;

• Outras características: Ausência de efeitos mecânicos, ou seja, em função da

estabilidade do ar, a mistura vertical pode ser considerada inexistente. E a horizontal é muito

baixa em função da ausência de ventos.

d. Fumegante (Fumigation)

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• Perfil térmico: A dispersão é iniciada abaixo da zona de inversão;

• Condições predominantes: Após o nascer do sol, a superfície do solo é aquecida,

reduzindo até o desaparecimento a inversão, o que favorece o processo dispersivo;

• Outras características: Elevados teores de concentração.

e. Antifumegante (Lofting)

• Perfil térmico: A dispersão é iniciada acima da zona de inversão;

• Condições predominantes: Entardecer quando se acentua o fenômeno de correntes

dear descendentes que é consequência da pressão existente entre grandes massas de ar que se

deslocam na atmosfera;

• Outras características: Pontos de emissão na ordem de 200m favorecem a dispersão.

f. Captura (Trapping)

• Perfil térmico: Dispersão retida em entre duas zonas de inversão;

• Condições predominantes: Neutralidade ou leve instabilidade ou ainda estabilidade

abaixo da dispersão;

• Outras características: Dentre os processos de dispersão é o de menor probabilidade

de ocorrência.

Considerando o clima predominante na região da Bacia Potiguar, dos sistemas de

dispersão apresentados na Figura 2.4, enquadra em um possível padrão para o SADAT o

modelo Serpenteante - Perfil térmico super adiabático, a temperatura diminui mais rápido que a

adiabática. São condições predominantes para sua ocorrência: atmosfera instável, ventos fracos,

céu claro com poucas nuvens e muita insolação.

Neste modelo, a estabilidade de origem térmica provoca grandes turbilhões que

aceleram a dispersão. No entanto, em nível numérico, o modelo cônico é o desejável.

Assim, só um estudo mais detalhado definiria a melhor formatação.  

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2.2. Legislação Ambiental

A água é a fonte de sobrevivência de todo ser vivo. Seu consumo é abrangente e

indispensável para o homem, a natureza, as indústrias e o mundo.

Sua disponibilidade tem sido tema constante entre os povos e fator decisivo para a

modelagem dos ecossistemas. Tal abordagem é importante, principalmente porque, além de

tratar da escassez da água, engloba as discussões sobre as condições físicas e químicas

adequadas para sua utilização.

Um dos setores que tem tratado o tema da água com destaque é a Indústria Petrolífera.

Além de ter esse bem como produto final do seu processo também é responsável por seu

tratamento e destino utilização na própria área de petróleo, descarte ou aproveitamento em

outros âmbitos industriais.

O presente trabalho tem por objetivo, destacar a legislação vigente em relação ao

descarte da água provinda da indústria de petróleo. Esse enquadramento nos termos da lei além

de assegurar a viabilidade do projeto, a depender das condições de instalação também pode

reduzir custos de operação se não houver necessidade de processamento oneroso da água

produzida.

2.2.1. Direito Ambiental - Lei Nº 9.966

A Lei Ambiental N°9.966 dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da

poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas

sob jurisdição nacional. De acordo com esta, alguns conceitos para plataformas e suas

instalações de apoio nacionais ou estrangeiras são assim definidos:

Óleo: qualquer forma de hidrocarboneto, incluindo óleo cru, óleo combustível, borra,

resíduos de petróleo e produtos refinados.

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Mistura oleosa: mistura de água e óleo, em qualquer proporção.

Substância nociva ou perigosa: qualquer substância que, se descarregada nas águas, é

capaz de gerar riscos ou causar danos à saúde humana, ao ecossistema aquático ou prejudicar o

uso da água e de seu entorno.As substâncias nocivas ou perigosas são classificadas de acordo

com o risco produzido, para a saúde humana e para o ecossistema aquático, quando

descarregadas na água.

Descarga: qualquer despejo, escape, derrame, vazamento, esvaziamento, lançamento

para fora ou bombeamento de substâncias nocivas ou perigosas, em qualquer quantidade, a

partir de um navio, porto organizado, instalação portuária, duto, plataforma ou suas instalações

de apoio.

A descarga de óleo, misturas oleosas, substâncias nocivas ou perigosas de qualquer

categoria, e lixo, em águas sob jurisdição nacional, poderá ser excepcionalmente tolerada para

proteção de vidas humanas, pesquisa ou segurança de navio, nos termos do regulamento. A

descarga de resíduos sólidos das operações de perfuração de poços de petróleo será objeto de

regulamentação específica pelo órgão federal de meio ambiente.

Águas interiores: as compreendidas entre a costa e a linha-de-base reta, a partir de

onde se mede o mar territorial, as dos portos, das baías, dos rios e de suas desembocaduras, dos

lagos, das lagoas e dos canais, dos arquipélagos, e águas entre os baixios a descoberta e a costa;

Águas marítimas: todas aquelas que não sejam interiores.

O entendimento da Lei Ambiental N° 9.966 facilita na padronização sa nomenclatura

a ser adotada bem como e regulariza as categorias de risco. Essa última é determinante para a

viabilidade de instalação e execução de um projeto.

2.2.2.Resolução CONAMA - Lei Nº 357

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A Resolução CONAMA N° 357 dispõe sobre a classificação dos corpos de água e

diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões

de lançamento de efluentes.

De acordo com essa resolução, a água integra as preocupações do desenvolvimento

sustentável, baseado nos princípios da função ecológica da propriedade, da prevenção, da

precaução, do poluidor-pagador, do usuário-pagador e da integração, bem como no

reconhecimento de valor intrinseco à natureza. Nesse contexto, de acordo com a salinidade as

águas são assim classificadas:

Águas doces: Salinidade igual ou inferior a 0,5 %;

Águas salobras: Salinidade superior a 0,5 % e inferior a 30 %;

Águas salinas: Salinidade igual ou superior a 30 %.

A Resolução N° 357 ainda denomina:

Carga poluidora: quantidade de determinado poluente transportado ou lançado em um

corpo de água receptor, expressa em unidade de massa por tempo.

Classe de qualidade: conjunto de condições e padrões de qualidade de água

necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros.

Classificação: qualificação das águas doces, salobras e salinas em função dos usos

preponderantes (sistema de classes de qualidade) atuais e futuros.

Condição de qualidade: qualidade apresentada por um segmento de corpo d’água, num

determinado momento, em termos dos usos possíveis com segurança adequada, frente às

Classes de Qualidade.

Condições de lançamento: condições e padrões de emissão adotados para o controle de

lançamentos de efluentes no corpo receptor.

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Desinfecção: remoção ou inativação de organismos potencialmente patogênicos.

Enquadramento: estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a

ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de corpo de água, de acordo com

os usos preponderantes pretendidos, ao longo do tempo.

A importância da Resolução CONAMA N° 357 está por abranger a qualidade da água

e enquadrar as condições de emissão, pontos fundamnetais do projeto proposto.

2.2.3.Resolução CONAMA - Lei Nº 382

A resolução 382 do CONAMA, estabelecer limites máximos de emissão de poluentes

atmosféricos para fontes fixas. Estes devem ser fixados por poluente e por tipologia de

fonte.Para o estabelecimento dos limites de emissão de poluentes atmosféricos são

considerados os seguintes critérios mínimos:

• O uso do limite de emissões é um dos instrumentos de controle ambiental, cuja

aplicação deve ser associada a critérios de capacidade de suporte do meio ambiente, ou seja, ao

grau de saturação da região onde se encontra o empreendimento.

• O estabelecimento de limites de emissão deve ter como base tecnologias

ambientalmente adequadas, abrangendo todas as fases, desde a concepção, instalação, operação

e manutenção das unidades bem como o uso de matérias primas e insumos.

• Adoção de tecnologias de controle de emissão de poluentes atmosféricos técnica e

economicamente viáveis e acessíveis e já desenvolvidas em escala que permitam sua aplicação

prática.

• Possibilidade de diferenciação dos limites de emissão, em função do porte,

localização e especificidades das fontes de emissão, bem como das características, carga e

efeitos dos poluentes liberados.

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• Informações técnicas e mensurações de emissões efetuadas no País bem como o

levantamento bibliográfico do que está sendo praticado no Brasil e no exterior em termos de

fabricação e uso de equipamentos, assim como exigências dos órgãos ambientais licenciadores.

Esta resolução adota também algumas definições referentes às fontes de emissão:

• Capacidade de suporte: a capacidade da atmosfera de uma região receber os

remanescentes das fontes emissoras de forma a serem atendidos os padrões ambientais e os

diversos usos dos recursos naturais.

• Controle de emissões: procedimentos destinados à redução ou à prevenção da

liberação de poluentes para a atmosfera.

• Emissão: lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou

gasosa.

• Emissão fugitiva: lançamento difuso na atmosfera de qualquer forma de matéria

sólida, líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte desprovida de dispositivo projetado para

dirigir ou controlar seu fluxo.

• Emissão pontual: lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida,

líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte provida de dispositivo para dirigir ou controlar seu

fluxo, como dutos e chaminés.

• Equipamento de controle de poluição do ar: dispositivo que reduz as emissões

atmosféricas.

• Fonte fixa de emissão: qualquer instalação, equipamento ou processo, situado em

local fixo, que libere ou emita matéria para a atmosfera, por emissão pontual ou fugitiva.

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• Limite máximo de emissão-LME: quantidade máxima de poluentes permissível de

ser lançada para a atmosfera por fontes fixas.

• Prevenção à geração da poluição: conceito que privilegia a atuação sobre o

processo produtivo, de forma a minimizar a geração de poluição, eliminando ou reduzindo a

necessidade do uso de equipamento de controle, também conhecido como as denominações de

Prevenção à Poluição e Produção mais Limpa.

Nesta resolução embora o enfoque seja a poluição atmosférica sólido-ar pode-se

estendê-la para o caso água-ar no sentido legislativo. Isso permite a adequação do sistema deste

trabalho.

Dentro do que foi esboçado, uma vez regulamentado pela legislação, o SADAT mostra-

se viável economicamente em virtude dos baixos custos previstos de implantação, transporte e

manutenção, além de necessitar de pressões bastante inferiores às de injeção, reduzindo o custo

de energia elétrica e de não exigir perfurações de poços.

A análise da legislação assegura ainda a antecipaçãodos resultados de produção de

poços com alto BS&W podendo ser locado distante das estruturas de produção uma vez que,

não necessita de perfurar poços de injeção. Ou seja, possibilita operar em paralelo com sistemas

hoje implantados, aumentando a flexibilidade operacional.

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Capítulo III

Resultados e Discussões  

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3. Resultados e Discussões

Este capítulo é destinado a discussão dos resultados e sua importância 

3.1. Importância dos resultados

A realidade da região Nordeste no que diz respeito a produção de petróleo e os

desafios inseridos com a descoberta do pré-sal fazem do descarte de água um fator

indispensável de análise sobretudo, do ponto de vista de novas tecnologias.

Dessa forma, este trabalho, mesmo que teoricamente, aponta uma solução alternativa

para o problema dos altos volumes de água produzida.

3.1.1. Importância para a formação acadêmica

Em nível acadêmico, trabalhar junto com um docente com experiência na indústria

fez desse projeto uma realidade além da universidade. Mostrou como os conhecimentos de

sala de aula podem de fato serem aplicados.

A troca de conhecimento foi fundamental para a realização deste.

3.1.2. Importância para a formação profissional

De um desafio encontrar a solução. Esta é a realidade de qualquer profissional em

especial o do setor de petróleo. Realizar esse projeto foi também vivenciar um pouco do

ambiente profissional.

Do ponto de vista da pesquisa, a ideia de uma alternativa para o descarte de água

produzida pode surtir interesse de empresas do setor para a implantação prática do

equipamento.

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Capítulo IV

Conclusões e Recomendações  

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4. Conclusões  

A respeito do Sistema Atmosférico de Dispersão de Água Tratada proposto pode-se

concluir:

• O entendimento dos aspectos ambientais é importante para identificar as

condições do cenário onde o projeto será instalado;

• O enquadramento na legislação assegura a empresa e demais envolvidos no que

diz respeito à redução de riscos de contaminação, segurança na implantação e execução do

projeto e qualidade de vida;

• O SADAT se mostra viável e aplicável de acordo com as condições atmosféricas e

legislativas;

• Melhoria do microclima da região em torno do sistema de dispersão;

• Possibilita operar em paralelo com sistemas hoje já implantados.

4.1. Recomendações

• Realizar o estudo numérico da dispersão no sistema água-ar;

• Realizar um experimento e avaliar seu funcionamento e resultados;

• Simular computacionalmente o comportamento do SADAT avaliandodiferentes

esquemas de dispersão em relação à estrutura do equipamento e do ambiente (altura, vazão;

temperatura, ventos, etc.).

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Referências  

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Referências

DOURADO,H.O. - Dissertação de Mestrado: Estudo da dispersão de gases odorantes

ao redor de obstáculos através do modelo de pluma flutuante – 2007.

HENRY, J.G e Heinke, G.W. - Ingeniería Ambiental: Prentice Hall, México, 1999.

Legislação de Direito Ambiental.

LISBOA, H. M. - Controle da Poluição Atmosférica; 2010.

Resolução CONAMA N° 357.

Resolução CONAMA N° 382.