revista da papelaria 172

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Dezembro de 2011. Especializada no mercado de papelaria.

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Nesta Edição4

dezembro de 2011

EDITORIAL 6

CIRCULANDO 10

VITRINE 39

MERCADO GLOBAL 37

ONDE ENCONTRAR 41

PONTO FINAL 42

CLÍNICA EMPRESARIAL 20

MERCADO 34

8Stella Kochen fala sobre uma poderosa ferramenta de avaliação do atendimento e do ambiente de uma loja: o cliente oculto.

Entrevista

26Retrospectiva: fi zemos uma viagem no tempo para pontuar os fatos mais relevantes para o varejo e para a indústria de papelaria em 2011.

Especial

22Abastecer-se antes ou depois do Natal é apenas um dos dilemas que o varejo enfrenta às vésperas do início do período mais esperado do ano para quem investe no segmento escolar.

Plantão Volta às Aulas

18Conheça como Alexandre Carvalho constrói o sonho de fazer da Papelaria Arco-Ìris a melhor e mais completa papelaria da cidade localizada a mais de 300 km de Porto Velho (RO).

Perfil do Varejoano XVIII – dezembro de 2011 – nº 172 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br

Papelaria

Prontos para o que virá

2011 chega ao fim colocando em prova o profissionalismo

de fornecedores e varejistas. A retrospectiva do ano mostra que

os desafios foram vencidoscom planejamento

e sensibilidade

REVISTA DA

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6Editorial

dezembro de 2011

Renovação

O fim de mais um ciclo se aproxima, e o momento é mais do que propício para avaliações, análises e, quem sabe, algumas mu-danças. A do calendário da mesa ou da parede é a mais simples e óbvia. Existem algumas transformações mais complexas que são fortalecidas com a proximidade da virada do ano, mas, ainda assim, não têm garantia de serem concretizadas. Planejar mais, treinar mais a equipe, investir mais no relacionamento com a clientela, implantar um comércio eletrônico, reclamar menos ou deixar de achar que as causas das dificuldades estão apenas na concorrência são mudanças que estão na casa da complexidade.

A reportagem de capa desta edição é dedicada ao assunto. Uma retrospectiva nada mais é que um olhar para trás em busca de uma avaliação, que dê sentido ao estágio atual da caminhada, e um ras-cunho do que teremos pela frente. Segundo os entrevistados pela jornalista Carolina Berger, 2011 ofereceu desafios suficientes para deixar orgulhosos quem chegou até aqui, entre eles, os mais comen-tados foram a NF-e, a crise dos mercados europeus e a manutenção da carteira de clientes. O mercado de papelaria respondeu a eles com profissionalismo, capacitação e criatividade. A Retrospectiva mostra também uma pesquisa que envolveu a opinião de varejistas de todo o Brasil.

Espero que esta matéria inspire-o a realizar um 2012 cheio de motivação para que você invista em sua empresa e identifique oportunidades de negócios. O momento evidencia o amadureci-mento do setor e do consumo. Essa atmosfera de realização está presente também nas seções Perfil do Varejo, Clínica Empresarial e Entrevista. Confira as dicas e as experiências registradas nelas. É pura inspiração!

Desejo que você tenha um 2012 inspirador e realizador. Que você sempre esteja aí dando sentido a mim e a toda a equipe da Revista da Papelaria para estarmos aqui. Saúde, paz e sucesso.

Rosangela Feitosa - [email protected] www.revistadapapelaria.com.br

PUBLICAÇÃO MENSAL

ASSOCIADA A

ANO XVIII DEZEMBRO/2011 Nº 172ISSN 15162354

DIREÇÃO GERALJorge Vieira Gonzaga e Rosangela Feitosa de [email protected]

JORNALISMOEdição: Rosangela FeitosaReportagem: Carolina Berger, Renata Medeiros e Renan Crespo (estagiário)Revisão: Rita de Cassia [email protected]

ARTEDireção: Claudio AlbuquerqueProgramação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra, Stanley Gonzaga e Tatiane AlbuquerqueIlustração: Uri AdrianoFotografia: Lula Aparicio

ATENDIMENTO AO LEITORLuanna [email protected]

ADMINISTRAÇÃOCaroline [email protected]

CONSELHO EDITORIAL• Regina Célia Zogheib Bertonha, Libanesa Center (Brasilândia/MS) • Ildomar da Costa Vieira, PaperBlue (João Pessoa/PB) • Beatriz Inês Lisboa, IB Papelaria e Presentes (Capanema/PA) • André Costa, Duplapel Papelaria (Rio de Janeiro/RJ) • Heidi Stock, Papier Haus (Guarapuava/PR)[email protected]

PUBLICIDADEDireção comercial: Jorge [email protected]

ATENDIMENTO COMERCIAL EM SÃO PAULOEricson Ortelan – (11) 2978-8841 e (11) 9145-4181Ivo Trevisan – (11) 2099-4356 e (11) 8215-8322

SEDEAv. das Américas, 5001 – coberturas 309 e 310Rio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004Tel./fax: (21) 2431-2112

DISTRIBUIÇÃO MENSAL E NACIONAL Para diretores e compradores de papelarias, atacadis-tas, distribuidores, representações e indústrias do se-tor e departamento de compras de corporações.

compulsória

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EntrevistaStella Kochen Susskind – Shopper Experience8

dezembro de 2011

mau atendimento. Encontro muitas pessoas com receio de criticar. Elas dizem: “Coitado, o funcionário vai ser demiti-do por minha causa”. Então, aqui, adotamos dois tipos de avaliação – uma classificatória e outra mais detalhada. Por exemplo, às vezes, a pessoa marca “bom” e depois escreve “mas tinha muita fila”. Então o “bom” é relativo.

Esse serviço já se popularizou em território nacional?A prática se popularizou, mas não da maneira correta. Está aumentando a cultura das em-presas contratarem o serviço, porém há muita consultoria em que falta ética e profis-sionalismo. Algumas não utilizam o perfil adequado para cada empresa, chegando a enviar parentes para atuar como clientes. Por isso, é im-

portante observar se a consul-toria possui banco de dados de clientes ocultos, senão enviam sempre os mesmos visitantes, e verificar se é certificada pela Mystery Shopping Providers Association (Associação de Fornecedores de Clientes Se-cretos). Os empresários tam-bém não devem pedir que pa-rentes e amigos atuem como cliente secreto, ele possui um vínculo emocional com aquele negócio e isso pode distorcer a avaliação.

O que é a Mystery Shopping Providers Association?É uma associação interna-cional de empresas que ofe-recem o serviço de cliente secreto. Ela é dividida em quatro setores: América La-tina, América do Norte, Eu-ropa e Ásia/Pacífico. Ao todo, são 500 empresas associadas,

O que é e como surgiu o serviço de cliente oculto?É uma avaliação de atendi-mento e cumprimento de padrões no ponto de venda, utilizando sempre clientes efetivos com hábito de com-pra. Esse serviço foi desenvol-vido nos Estados Unidos, na década de 1920, no segmento financeiro, com o objetivo de verificar se havia desvio de dinheiro nos bancos.

Quando a prática do cliente oculto passou a fazer parte da realidade do varejo brasileiro?A Shopper Experience trou-xe este serviço para o Brasil no final da década de 1980, aplicando principalmente no varejo de roupas e joalherias. Foi preciso adaptar o relató-rio do cliente secreto porque o brasileiro é mais tolerante e tende a relevar um possível

Quem avalia o seu negócio?

Em meio a tantos clientes que entram em sua loja, um pode não ser um

consumidor comum. Ele pode estar observando detalhes do seu negócio – visual,

atendimento, limpeza... O cliente oculto permite que o proprietário se aproxime

de seu público, entenda como ele se sente e identifique possíveis falhas. Uma das

empresas que oferece este serviço é a Shopper Experience. Sua fundadora, Stella

Kochen Susskind, explica como é a atuação desse cliente. POR CAROLINA BERGER

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9dezembro de 2011

ww

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.br

16 estão na América Latina e seis no Brasil (ver box). O ob-jetivo é promover a ética no mercado de clientes ocultos com foco na qualidade do serviço. Para isso, são reali-zadas convenções anuais, e há um código de ética que todas as empresas-membro devem assinar.

Quais tipos de empresas mais procuram esse serviço?Principalmente varejo e insti-tuições financeiras. A procu-ra pelo cliente secreto cresceu 200% de 2010 para 2011. Acredito que, nos próximos anos, devido aos eventos esportivos no país, vai au-mentar a procura na cate-goria hospitality, referente a serviços de hospedagem.

A Shopper Experience já levou clientes ocultos a papelarias?Sim, já atendemos mais de 30 papelarias. Acredito que isso tenha sido estimulado pela recente presença de grandes players neste mercado. Mas não atendemos apenas gran-des lojas, já fomos contrata-dos por papelarias de diversos portes, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. O serviço é muito importante

para este setor, pois é um seg-mento que exige atendimento especializado.

Qual é o porte das empresas que contratam clientes ocultos?A Shopper Experience ofere-ce um serviço 100% customi-zado, que pode se adequar ao porte e à necessidade de cada cliente. Temos projetos que podem variar de três a quinze visitas trimestrais.

Que benefícios o cliente oculto pode trazer ao varejista? O cliente oculto auxilia o empresário a estar próximo de seu consumidor, já que, mesmo em um negócio me-nor, há vezes em que o dono não pode estar presente o tempo todo. Nós apresen-tamos um workshop com o resultado, no qual são apon-tados os pontos negativos, que devem ser melhorados, e os pontos positivos, que devem ser multiplicados. Grande parte das vendas é perdida na própria loja. Então, este serviço auxilia a melhoria da performance da equipe. O cliente oculto avalia tudo, mas, no varejo, o atendimento é sempre o mais importante.

Qual é o momento de contratar esse serviço?Esse acompanhamento deve ser constante porque o em-presário não pode se acomo-dar. É recomendável a atua-ção do cliente oculto a cada três meses. Isso pode ser usa-do em várias frentes. O lojista pode utilizá-lo, por exemplo, como motivador da equipe. Apesar de os funcionários e o proprietário não saberem quem é o cliente secreto, nem o momento da visita, eles sa-bem que estão sendo avalia-dos. Outro objetivo pode ser uma correção de rota – por que os clientes não entram na loja, por exemplo. Talvez o ambiente esteja escuro ou a vitrine mal-arrumada.

Qual é o perfi l de quem executa o trabalho?Temos pessoas de 15 a 85 anos cadastradas, com há-bitos de consumo e serviço. É importante que a pessoa tenha o costume real de comprar. Nunca levamos um pesquisador ou auditor para atuar como cliente ocul-to, pois este profissional já possui uma visão diferente. Identificamos o perfil da pessoa adequada, de acordo com o tipo de negócio e com o objetivo do cliente. &

Os empresários não devem pedir que parentes e amigos atuem como cliente secreto, ele possui um vínculo emocional com aquele negócio e isso pode distorcer a avaliação

Empresas associadas à Mystery Shopping Providers Association

GFK Custom Research Brazil www.gfkcustomresearchbrasil.com

Indigo www.indigoconsult.com.br

Mr. Mystery www.mrmystery.com.br

SAX Metrics www.saxmetrics.com

Shop’n Chek Brazil www.shopnchek.com.br

Shopper Experience www.shopperexperience.com.br

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NA ESTANTE

“Na era da informação e da globalização, o grande desafio na história de cada empresa não é saber se a crise virá, mas sim quando virá, e o que fazer para dissi-par seu impacto.” É o que diz o advogado e gestor finan-ceiro Artur Lopes, autor de Quem matar na hora da crise?. Ele acredita que toda empresa, em algum momen-to, enfrentará um cenário crítico, e, no livro, seu obje-tivo é auxiliar o empresário a entender a natureza e a origem da dificuldade, assim como a perceber como atuar nessas situações. Artur Lopes – Editora Évora – 208 páginas

Treinamento e futebol em eventos internacionais

A Acrimet promo-veu um evento de trei-namento e capacitação na Guatemala e Nicará-gua, onde integrantes das equipes de venda de distribuidores pude-ram se atualizar sobre os recentes lançamentos

e conhecer melhor as linhas de produto da empresa. Contando com o apoio de parceiros, a companhia realizou este evento para possibilitar um contato maior com seus representantes na América Latina, buscan-

do sempre uma melhor relação de trabalho.

Fugindo um pouco da seriedade, a Acrimet também realizou um de seus tradicionais even-tos esportivos. Em par-ceria com o distribuidor Ultracom, o time Mas-ters Boys da Acrimet foi até o Panamá para uma partida de futebol com muita descontração e diversão (foto).

Além do futebol, o evento, que foi realizado no estádio Romelito, também teve um almoço e a entrega de prêmios, como troféus e medalhas, proporcionando uma grande confraternização entre as empresas. &

Negócio de franquiasA rede de l ivrarias Luz e Vida anunciou sua entrada no segmento de franquias. Lançado na ú l t ima Expo Cristã, o projeto pretende expandir os negócios da em-presa e distribuir a literatura cristã por todo o território nacional, com a promessa de sempre orientar e apoiar

o franqueado para criar uma rede de lojas sólida e uni-da. Com sede em Curitiba e com lojas em Recife e Porto Alegre, além, da Loja Vir-tual, as Livrarias Luz e Vida pretendem alcançar todo o território nacional, como explica Carlos Eduado Arent, coordenador de projetos e

parcerias: “Queremos levar o nome da rede e seus perso-nagens para perto do públi-co, pois, há uma boa procura dos nossos produtos”.Voltada exclusivamente para o p ú b l i co c r i s t ã o, a e m -presa conta com material educativo em mídia gráfica e eletrônica, como: livros,

brinquedos, jogos, DVDs e vários outros produtos do mundo cristão. O segmento de franquias também tem a participação da empresa P r o S u l Fr a n q u i a s , u m a consultoria especial izada na prestação de ser viços profissionais dirigidos aos franqueados. &

Planos para 2012A Politab, indústria

presente há 11 anos no mercado de etiquetas autoadesivas, anunciou algumas novidades que fazem parte do projeto de ampliação da empre-

sa para 2012. Os sócios Rogério Pacheco e Ricar-do Augusto investiram na criação de uma nova unidade em Osasco e na contratação da executiva Claudia Oliveira, que irá

contribuir com sua vasta experiência no ramo para a qualificação do quadro de funcionários. Com es-sas mudanças, a empresa pretende dar mais foco e aumentar sua participa-

ção no mercado, trazen-do muitas novidades em sua linha de etiquetas autoadesivas. &

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Circulando12

dezembro de 2011

Foi pensando no chá de fraldas de sua filha, há cerca de dois anos, que tudo começou. “Quando fui preparar os convites, pesquisei na internet e vi muita coisa interessan-te fora do Brasil. Montei, eu mesma, os convites, usando técnicas de scra-pbooking”, conta Ariane Bueno Rodrigues sobre o primeiro produto da Papelier (www.papelier.com.br).

Na mesma época, ela criou o site e postou o que tinha fei-to. As encomendas não pararam de chegar. Para a produção, ela vai às papelarias comprar papel cuchê, vinil adesivo, fitas dupla-face, relevo e cola. Mas a sua paixão é outra: “Adoro mesmo os furadores em formatos diversificados. Mesmo que eu vá comprar outro material, acabo saindo da loja com um furador novo”, revela.

“Acredito que deveria ser mais fácil encontrar material diferenciado por morar no Rio de Janeiro. No Centro, a única papelaria que recebe produto novo é a Caçula. Nas outras, muitos estão amassados”, reclama.

Ariane sente falta de se dedicar mais a produções rela-cionadas à filha: “Comprei muito material para fazer o álbum de fotos da Isabela – carimbo, alfabeto, etc. –, mas não tive tempo”, lamenta. Em breve, porém, a Papelier deve se tornar sua atividade principal. “Estou em um momento de transição, pois planejo montar as festas com o material que produzo”, revela a analista de sistemas, que desenvolve a parte visual, mas conta com a ajuda da mãe, Arlete, e da irmã, Aline, para o trabalho artesanal e para administrar o site. &

CONSUMO

Da papelaria para as festinhas

Caderno premiado

A Tilibra venceu em uma das categorias do Prêmio Fernando Pini de Ex-celência Gráfica 2011, que aconteceu em São Paulo no dia 22 do último mês. Promovida pela Abigraf – Associação Brasileira da Indústria Gráfica – e pela ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica –, a 21ª edição do prêmio contemplou várias empresas com a condecoração que leva o

nome de um dos maiores ícones da indústria gráfi-ca do país.

Concorrendo com dois produtos na cate-goria “cadernos esco-lares espiralados/cos-turados/colados/argo-lados/grampeados”, a fabricante levou o troféu pelo Caderno Universitá-rio Capa Dura Top Jolie, 10 matérias, da coleção volta às aulas 2012. O outro produto, Caderno Universitário Capa Dura Princesas, receberá uma placa simbólica por tam-bém ter sido finalista na mesma categoria.

O Prêmio Fernando Pini de Excelência Gráfica é reconhecido internacio-nalmente pelo nível dos trabalhos apresentados, e, no Brasil, é o mais cobi-çado da indústria gráfica. Dividido em mais de cinquenta categorias, os concorrentes são anali-sados em quesitos como conceituação, criativida-de, nitidez, controle de gradações e tratamento de cores. &

A Faber-Castell anunciou o lançamento do Eco Estojo (foto). Fruto de uma parceria com a Braskem, o produto tem como principais características sua capacidade de reciclagem

e a captação de carbono, que significa que o material cap-tura e fixa certa quantidade de CO

2 presente na atmosfe-

ra, ao contrário do plástico de origem petroquímica que

emite o mesmo gás. Produzido totalmente à base de polieti-leno verde obtido através da cana-de-açúcar, o estojo tem características técnicas iguais ao plástico tradicional. &

Estojo ecológico

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Circulando14

dezembro de 2011

REPRESENTANTE COMERCIAL

Respeito aos pedidos“Quando eu trabalhava há apenas seis meses no ramo, me pergun-taram quantos anos eu tinha de representação”, lembra, com orgu-lho, Sebastião Vaz de Lima. Lima – como é conhecido pelos clientes – conta que não teve dificuldades para se adaptar ao novo trabalho. “Eu já havia trabalhado em mercearia e sempre tive aptidão para a venda”, afirma. Apesar disso, quando se tornou representante comercial, a convite de um amigo que exercia a profissão, Lima tinha deixado o emprego de técnico da Chevrolet como mecânico.Ele acredita que uma de suas principais características como representante comercial é não forçar o cliente a comprar mais do que precisa. “Não mando produto a mais que o solicitado pelo cliente. O pedido pode ser pequeno, mas é o que ele quer”, afirma. Ele explica que alguns colegas enviam produtos que o papeleiro não solicitou junto com o pedido: “Isso é complicado porque não se pode devolver parte da mercadoria. Então, alguns empresários pagam pelo que não querem para não perder tudo”.Lima diz que é honesto com as possibilidades de desconto. “Brigo pelo pedido, mas, às vezes, é difícil unir qualidade e preço redu-zido, como os clientes gostariam. Então, o empresário também acaba se adaptando para pagar, quando vê que o produto é bom e gira na loja”, diz Lima, que atende o estado de Goiás.Apesar dos 10 anos de carreira, Lima se empenha em conquistar novos clientes. Para isso, sua principal estratégia é utilizar as próprias marcas que representa – DAC, São Domingos, ACC e Bensia do Brasil. “Outro dia cheguei a uma nova cliente. Na loja dela, havia muitos produtos das marcas que vendo. Quando percebeu que poderia comprá-los por um preço melhor que no distribuidor, os olhos dela brilharam”, comemora. &

A CNDL – Confede-ração Nacional de Diri-gentes Lojistas – estima que a regulamentação do parcelamento da dívida do Simples Nacional irá garantir um milhão de empregos formais no país. A medida foi publi-cada no Diário Oficial da União, em 22 de novem-bro, e entrará em vigor a partir do dia 2 de janeiro de 2012 somente para

Parcelamento do Simples manterá um milhão de empregosmicros e pequenas em-presas que optam pelo regime de tributação simplificado.

Essa medida foi uma das principais reivindi-cações do movimento lojista em todo o ano de 2011, e, segundo Ro-que Pellizzaro Júnior, presidente da CNDL, a aprovação garante a manutenção de muitos empregos nas empresas

que corriam o risco de serem excluídas do Sim-ples. “Agora, esses empre-sários poderão continuar a contratar e a tocar suas empresas sem ter que mudar toda a contabi-lidade para o regime de lucro real ou presumido, que além de mais caros, são também mais buro-cráticos”, explica.

O Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às

Micros e Pequenas Em-presas – calcula que pelo menos 500 mil empresas estavam na condição de devedoras e que poderiam ser excluídas do Simples já ao final deste ano. Ago-ra, conforme o texto da medida aprovada pelo Comitê Gestor do Sim-ples, serão permitidos os parcelamentos dos débi-tos com a União, estados e municípios. &

Bonecos que resistem ao tempo

primeiro filme – The Mu-ppet Movie – foi lançado no cinema em 1979, e, até 1999, foram seis filmes com os personagens.

A sétima exibição dos Muppets nas telonas foi iniciada pelo roteirista Jason Segel, fã do grupo: “Os Muppets foram mi-nha primeira influência cômica, e eu era apaixona-do por bonecos”. Em exi-bição em pleno período de férias, os personagens já pularam direto para o material escolar da próxi-ma volta às aulas.&

Este mês, muitos pais correm com seus filhos para o cinema. Eles que-rem relembrar a infância e apresentar às novas gerações os ídolos de quando eram crianças – Kermit, Miss Piggy, Fozzie, Rowlf e Gonzo –, entre outros. Os fãs mais antigos podem estranhar o personagem princi-pal, conhecido no Brasil como Caco, mas que é chamado pelo nome ori-ginal no longa-metragem Os Muppets, da Disney.

As primeiras exibições de Kermit, o Sapo, datam de meados de 1950, em uma versão primitiva do boneco. Aos poucos, outros personagens co-meçaram a se unir a ele em apresentações, e, em 1976, começou oficial-mente o programa de te-levisão Muppet Show. O

OS MUPPETS NA PAPELARIACredeal – Cadernos ¼ e de uma e 10 matériasDermiwil – Estojos

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dezembro de 2011

Perfil do Varejo18 Papelaria Arco-Íris (RO)

Ter a maior e mais com-pleta papelaria da cidade é o sonho de Alexandre Carvalho de Albuquerque, proprietário da Papelaria Arco-Íris e, há 16 anos, à frente do negócio, ele garante trabalhar rumo a esse objetivo. Brinque-dos, móveis para escritório e acessórios de informática são apenas alguns dos itens encontrados na loja, além, é claro, dos produtos de papelaria. Artigos para festa e artesanato também fazem parte do mix, que tem espaço até para material destinado ao camping. “A ideia é que o consumidor encontre em um único estabelecimento tudo o que procura. Além disso, é complicado contar somente com o faturamento da volta às aulas. É preciso achar ou-

Aposta em um mix que inclui até material para camping, papelaria em Rondônia

destaca-se devido à imensa diversidade de artigos que oferece aos clientes.

tras alternativas para deixar a loja cheia no restante do ano”, explica.

Se, quando abriu as por-tas, o estabelecimento ofe-recia mil itens de papelaria aos clientes, atualmente, é possível, encontrar ali mais de 10 mil deles. “Não abro mão de investir em varie-dade”, garante o papeleiro. Por outro lado, essa imensa gama de artigos traz alguns impasses para Alexandre, que revela ter difi culdades em fazer o controle de esto-que. “A loja é informatizada, mas mesmo assim tenho alguns problemas. Acredito que isso aconteça devido à grande quantidade de pro-dutos, sendo que entre 10% e 15% deles não há código de barras. Há ainda a venda

Nome da Papelaria: Papelaria Arco-Íris.Localização: Guajará-Mirim (RO), a 331 km de Porto Velho.Data da fundação: 1995.Quantidade de funcionários: 17. Região que abrange: Região Sul do estado de Rondônia. Filiais: não.Área: 815 m².Serviços oferecidos: cópia, encaderna-

ção, plastifi cação, disque-entrega. Perfil do cliente: estudantes, escolas públi-cas, órgãos públicos e público corporativo. A vitrine precisa ter: mercadorias atra-entes e chamativas.Produtos mais vendidos: artigos de pape-laria, brinquedos e móveis para escritório. Melhores fornecedores: BIC, Com-pactor, Faber-Castell, Pilot, Polibras, São Domingos, Tilibra e VMP.

Que aspectos do mer-cado precisam ser dis-cutidos: a quantidade d e i m p o s to s co b r a d o s sobre o material escolar.

Como chegar:Avenida 15 de novembro, 2.476, Serraria – Guajará-Mirim – RO – CEP: 76.850-000Telefone: (69) 3541-2166

Direto da revenda

fragmentada. Compro uma caixa de caneta, mas vendo cada uma delas separada-mente. Não é fácil controlar essa saída”, lamenta.

A Papelaria Arco-Íris pos-sui 815 m², e Alexandre pre-tende ampliá-la. Na parte de cima do estabelecimento, funciona o depósito e ainda há espaço para duas salas, que ele aluga para uma fa-culdade de educação à dis-tância. “Os alunos também têm aulas presenciais e, dessa maneira, fi cam bem perto da loja, sendo eles potenciais consumidores”, diz. Durante o período de volta às aulas, o estabelecimento chega a receber, em média, 500 pes-soas por dia. “Principalmente nesse período, a frente da papelaria fi ca cheia de motos,

Quanto mais melhor

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Com o objetivo de ter a mais completa papelaria de Guajará-Mirim, o proprietário da Arco-Íris, Alexandre de Albuquerque, vende mais de 10 mil itens aos seus clientes.

meio de transporte bastante comum na cidade. Muitas pessoas vêm fazer compras em ‘duas rodas’”, conta.

Em 2012, o papeleiro pretende apostar ainda mais no disque-entrega. “Vamos levar o material escolar até a casa do aluno, uma como-didade extra para o cliente. Implantamos essa ideia em 2011, mas faltou divulgação. No próximo ano, o inves-timento nesse serviço será intenso”, adianta.

A história da Papelaria Arco-Íris começou em 1995, quando Alexandre, antes dono de um supermercado, decidiu mudar de ramo e, em parceria com o irmão, que já possuía uma papelaria, ingressou no setor papeleiro. “Achei que esse seria um ne-gócio mais rentável”, conta. Um ano e meio mais tarde, a sociedade se desfez, e cada um deles passou a tomar conta do seu próprio esta-belecimento. Hoje, eles são concorrentes, mas o papelei-ro garante que a rivalidade fica restrita aos negócios.

“Tínhamos diferentes estilos de trabalho, e isso fez com que nos separássemos. Mas a nossa relação familiar não foi abalada”, garante.

Alexandre destaca que a concorrência com o irmão não atrapalha. Pelo contrá-rio, ela é benéfi ca e saudável para ambos. “Foi ela que nos fez crescer e melhorar cada vez mais os negócios”, afi r-ma. Além da loja do irmão, o papeleiro procura destacar-se também em relação às ou-tras papelarias existentes na cidade. Mas a proximidade com a Bolívia é um grande impasse enfrentado. “Muita gente vai até o país vizinho fazer compras, pois lá a mer-cadoria é geralmente mais barata que aqui”, conta. Para driblar o problema, ele ofe-rece parcelamento em seis vezes no cartão de crédito e venda por meio de boleto bancário. “Faço um trabalho sério e transparente. Aqui, o cliente tem a garantia do produto e recebe a nota fi s-cal, o que não acontece na Bolívia”, defende. &

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Clínica Empresarial20

dezembro de 2011

A força da coletividade

“A cooperação entre as em-presas tem se destacado como um meio capaz de torná-las mais competitivas. Fortalecer o poder de compras, compar-tilhar recursos, (...), oferecer produtos com qualidade

superior e diversificada são estratégias cooperativas que têm sido utilizadas com mais frequência, anunciando novas possibilidades de atuação no mercado.” Este trecho está na introdução da cartilha “Socie-

Proprietária da Papelaria Distrito (Gravataí/RS), Rosângela Maria Wagner

Andrade gostaria de participar de compras conjuntas para garantir melhores

prazos, preços e descontos, mas não sabia exatamente como começar.

Agora, ela e outros papeleiros, que enxergam essa prática como sinônimo de

oportunidade, podem conhecer melhor o tema. POR RENATA MEDEIROS

dade de Propósito Específico” (SPE), da “Série Empreendi-mentos Coletivos”, do Sebrae. O modelo de organização empresarial é uma das solu-ções possíveis para quem quer comprar bem.

SITUAÇÃO PROBLEMA

“É muito difícil para o pequeno varejista conseguir bons preços e bons prazos junto aos distribuidores e à indústria. Antes de abrir o meu próprio negócio, fui funcionária em duas papelarias e lembro que, em uma delas, era realizada a compra conjunta, sendo possível negociar mais facilmente. Tenho como foco o público corporativo e gostaria de saber como o meu estabelecimento pode fazer parte de tal processo. O intuito é conseguir o menor preço possível para, dessa maneira, repassar o menor valor para o cliente final”.

ROSÂNGELA MARIA WAGNER ANDRADE

Perfil da Papelaria Distrito: com sede em Gravataí, município de 255.660 habitantes locali-zado a 22 km de Porto Alegre, o estabelecimento abriu as portas há dois anos. Sua proprietária encontra dificuldades em negociar com a indústria e com os distribuidores que, dificilmente, oferecem preços e prazos compatíveis com o seu negócio.

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Ideia antiga – “Quando a Rede Nacional de Papelarias Brasil Escolar foi criada, há mais de 20 anos, seus fundadores já idealizavam o modelo de compra conjunta. Criada em 2010, a Abre é uma SPE que atende todo o Brasil e, para a aquisição de mercadoria por meio dela, é imprescindível que o papeleiro seja associado à Brasil Escolar. Atualmente, estamos convidando novos varejistas a tornarem-se membros da rede, visando a esse propósito. Como já somos uma rede conceituada, não é necessário um número mínimo de papelarias para a realização da compra conjunta. Porém, para os iniciantes, é aconselhável a união de, no mínimo, 10 empresas. Para a implantação desse sistema, acredito que as lojas interessadas não devem ser concorrentes. É preciso cuidado ao analisar parcerias. Lembro que a Brasil Escolar está à disposição para fazer consultorias sobre associativismo e implantação de lojas e redes ”.

ANTONIO SERENO, diretor comercial da Rede Nacional de Papelarias Brasil Escolar

Em diferentes cidades – “Por meio da compra conjunta, o varejista tem acesso a prazos, preços e descontos que ele não conseguiria sozinho. A Rede Agapel atende as regiões Norte e Oeste do Rio Grande do Sul. Para participar desse processo de aquisição de mercadoria, o papeleiro deve ser associado à Rede Agapel. Além disso, outras características são avaliadas, como, por exemplo, o tamanho da loja. Das compras realizadas pela Rede Agapel, 90% são diretamente negociadas com a indústria. Para o estabelecimento desse tipo de parceria, é aconselhável que as papelarias interessadas estejam localizadas em municípios distintos”.

RÉGIS FROZZA, auxiliar de compras da Rede Agapel

Interesses iguais – “A Rede Multimix foi montada nos moldes da Abre. Criada em setembro, ela atende 27 empresas, atuando na capital mineira e nas cidades de Contagem e Betim, localizadas na região metropolitana de Belo Horizonte. A compra conjunta elimina alguns problemas, como a bitributação. Em 2012, outras lojas também poderão fazer parte desse sistema de compra, mas, para isso, terão que seguir alguns pré-requisitos como ter mais de dois anos e ser associada à Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Para a compra conjunta funcionar, o varejista deve procurar papelarias que vão rumo àquele mesmo objetivo que ele deseja atingir.

MARCO ANTÔNIO GASPAR, vice-presidente da CDL/BH

Diálogo em busca de solução – “Para manter a média de fatura-mento que eu tinha com a venda de produtos para as escolas estaduais, voltei-me ainda mais para a área de brinquedos educativos e presentes. O Simpa já levou à Secretaria da Educação os problemas que essa iniciativa traz não somente ao ramo papeleiro, mas ao mercado como um todo. Porém, ela não se mostra aberta a conversações. A justificativa é a de que a economia do governo é grande a partir desse processo. Entretanto, os números que comprovariam isso não são divulgados. Os impactos das iniciativas adotadas são mais sociais que econômicas. Se o movimento na papelaria cai, não será necessário o mesmo número de funcionários na papelaria. Tentaremos um novo diálogo com a secretaria no início do próximo ano na expectativa de revertermos esse quadro”.

EDUARDO MOURA SALA MALAVILA, proprietário da Papelaria Real (São Paulo/SP) e vice-presidente do Simpa

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Plantão Volta às Aulas22

dezembro de 2011

Expectativas para 2012

Enquanto árvores de Na-tal, Papais Noéis e guirlan-das estão à vista dos consu-midores nos pontos de venda de todo país, nos bastidores, são cadernos e mochilas que lotam os estoques das pape-larias à espera da virada do ano e da próxima volta às aulas. É o caso do Bazar e

Os fornecedores já realizaram grande parte das entregas, e os estoques da

maioria das papelarias estão lotados de material escolar, com personagens

infantis prontos para ocupar as prateleiras e substituir os bonecos do bom

velhinho. Mas há quem espere o Natal passar e, aí sim, realizar os pedidos para

a volta às aulas 2012. De uma forma ou de outra, nas indústrias ou nas lojas,

há confiança nos resultados dos investimentos. POR CAROLINA BERGER

Apostas

Papelaria Amaral (São Luiz Gonzaga/RS), cujas prate-leiras estão cheias de brin-quedos que servem como presentes para as crianças no Natal. Porém, a proprietária, Cristina Moraes Neves, já recebeu 90% do material que vai oferecer para seus clientes no início do ano que vem.

“A esta al-tura, acredito que 80% dos p a p e l e i r o s nossos clien-tes já estejam c o m s u a s compras efe-tuadas, tendo em vista que, n e s t e a n o , e s p e c i f i c a -mente, houve uma brutal antecipação

Nesta volta às aulas, as prateleiras do Bazar e Papelaria Amaral estarão ocupadas com cadernos e mochilas das personagens Monster High, principal aposta da proprietária Cristina Neves.

das compras”, comenta João Antonio Corniani, gerente comercial da São Domin-gos. A previsão da empresa é vender 10 mil toneladas de cadernos, atingindo cresci-mento de 15% em relação ao ano passado. Os destaques de 2012 serão as coleções Red Bull New York e CSI.

Cadernos costumam ter destaque na Aquarius Pa-pelaria e Armarinho (Itabe-raba/BA). Na próxima volta às aulas, o proprietário, Val-dir Bento dos Santos, deve oferecer de 130 a 140 capas diferentes para os cerca de 15 mil alunos de escolas próxi-mas. Lancheiras e mochilas também terão atenção e pre-ço especiais. “Antigamente, fazia-se promoção depois do período de volta às aulas. Agora, preciso reduzir o preço

e expectativas

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Especial26

dezembro de 2011

Retrospectiva 2011

O material escolar é o responsável pelo período mais importante para as papelarias – a época de volta às aulas. O desafi o de grande parte dos empresários, po-rém, é driblar os meses em

Nota fiscal eletrônica, investimento em capacitação, crescimento da

inadimplência, crise internacional, busca por novos nichos de consumidores,

expansão do mercado brasileiro de papelaria. Definitivamente, 2011 não

passou em branco. Foi um ano de desafios, e, os varejistas, cada um deles,

experimentaram o sabor de mais uma vitória conquistada. POR CAROLINA BERGER

Conquistas de

que a venda é menor. Fazer com que cadernos, canetas e mochilas dividam o espaço com produtos de escritório, limpeza e descartáveis parece ter sido uma alternativa de destaque em 2011.

Em pesquisa à REVISTA DA PAPELARIA, 42,1% dos parti-cipantes apontaram as em-presas como as responsáveis pela maior parte das vendas este ano. Apresentado como alternativa à sazonalidade do período de volta às au-las, o mercado corporativo tem agradado quem decidiu investir neste nicho, como Eduardo Ferretti, proprie-tário da Papelaria Alter-nativa (Espírito Santo do Pinhal/SP).

Levi Ceregato, vice-presidente da Abigraf Nacional, aponta que uma das tendências confirmadas, em 2011, foi o crescimento da região Nordeste como pólo consumidor de produtos gráficos de papelaria.

No início deste ano, o empresário começou a abas-tecer seu estoque com ma-terial de limpeza e produtos descartáveis, atendendo aos pedidos de algumas empre-sas que compravam material de escritório na Alternativa. “Comecei com uma pequena quantidade para testar e deu certo”, comemora Ferretti.

Para ele, a ideia de atender ao mercado corporativo sur-giu como prevenção a uma possível perda de clientes devido à doação de mate-rial escolar pelo Estado de São Paulo. Isso ainda não aconteceu, mas gerou duas consequências – a primeira foi a limitação da venda de material escolar a alunos de colégios particulares; a outra foi o fechamento de algumas papelarias concorrentes da Alternativa. “Observando a diminuição do número de papelarias na região, deci-

um ano desafiador

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Opinião consistenteA pesquisa realizada pela REVISTA DA PAPELARIA ouviu 121 empresários do varejo de todo o Brasil, entre

os dias 24 e 29 de novembro. Entre os pesquisados, 34,7% têm entre 10 e 20 anos de atuação no mercado de papelaria e 21,5%, mais de 20 anos no ramo. Esses índices demostram a consistência da opinião deste grupo, visto o nível de maturidade de suas empresas. Conheça outros aspectos apontados na pesquisa.

Avaliação geral do ano Principal desafio

Renovação no fornecimento

17,4%52,9%

6,6%

23,1%

20,7%

79,3%

Perfil do consumidor responsável pela maior parte das vendas

8,4%

20,6

%

19,6

%

9,3%

42,1

%

25,2

%

4,7%

19,6

%

7,5%

21,5

%

9,3%

6,5%

5,6%

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Especial30

dezembro de 2011

Retrospectiva 2011

empresas precisaram ser informatizadas, adquirindo, pelo menos, um computa-dor. Além de obrigatório, para alguns empresários, 2011 foi o ano de descobrir quanto o equipamento pode ser útil. A Ponte de Papel Papelaria e Brinquedos (Florianópolis/SC) foi infor-matizada, e isto facilitou a vida da proprietária Simone Luiza Rossetto. “Hoje, a loja está mais organizada. Sei os produtos que vendem mais e aqueles que precisam de reposição”, comenta.

Tudo começou quando Simone foi a uma palestra da empresa de consultoria e treinamento Action Coach. “Percebi que havia a pos-sibilidade de crescer, mas faltava gerenciamento. Então contratei um coach que me ajudou a profissionalizar minha papelaria. Hoje, cada setor tem seu profi ssional, e eu consigo pensar mais no

negócio”, garante a empre-sária.

Não basta aumentar a equipe, é preciso investir nela. A partir desta máxima, todos os funcionários da Casa Fagundes (Curitibanos/SC) participaram de pelo menos um curso de aperfeiçoamen-to em 2011. O proprietário, João Batista Alves Fagundes, valoriza a capacitação, mas teve que ultrapassar obstácu-los: “Precisei conciliar a dis-ponibilidade com o interesse de cada funcionário. Alguns queriam participar, mas não tinham tempo. Outros po-diam comparecer, mas não estavam tão dispostos”.

Lucas Huang, da CHTech, empresa responsável pela realização do projeto Gerando Demanda pelo Conhecimen-to, defende a ideia de que os proprietários e gerentes também precisam de capa-citação. “Muitos papeleiros estão ‘cegos’ e ainda acham

que seu concorrente é apenas aquele da porta ao lado. É preciso considerar as vendas e pesquisas na internet!”, alerta Huang.

Segundo a diretora co-mercial da Maxprint, Ade-laide Anzolin, a estimativa de aumento das vendas online para este ano é de 30% em relação a 2010. “As revendas precisam estar preparadas para atender esse crescimen-to com operações e logísticas estruturadas, além de esta-rem atentas aos hábitos e necessidades de seu público-alvo”, afi rma a diretora.

Em 2011, a empresa lan-çou duas marcas – a Dazz, voltada ao entretenimento, e a Gothan, com o conceito de conectar pessoas. “Por meio de pesquisas, a empresa concluiu que o consumidor busca equipamentos tecno-lógicos, voltados à conecti-vidade e ao entretenimento, compactos e que facilitem o dia a dia”, explica Adelaide.

Apesar de a tecnologia inserida cada vez mais no cotidiano de todos, o merca-do de agendas também vem crescendo, de acordo com Bianca Coelho, subgerente do comercial da Teca, cujo destaque de 2011 foi a Cole-ção Floral. “Estamos prevendo um crescimento de 20% nas vendas desse segmento”, completa.

Já na Europa, são os pro-dutos ecologicamente corre-tos que estão fazendo cada vez mais sucesso, segundo Colin Ward, editor da Vision

As vendas da Casa Fagundes foram favorecidas pela implantação, em 2010, do campus da Universidade Federal de Santa Catarina, em Curitibanos, e pela chegada de indústrias do ramo madeireiro.

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and Trends, revista especia-lizada no ramo de papelaria que abrange a Europa e o Oriente Médio. “Conside-rando o período de abril de 2010 a março de 2011, a venda de produtos de pape-laria ecologicamente corretos cresceu 17% na França, no Reino Unido, na Espanha e na Itália. Então, acredito que esses dados representam uma tendência europeia de consumo”, afi rma Ward.

Dívidas e parcelasAs papelarias não fi caram

imunes ao crescimento da inadimplência do consu-midor final, que ocupou manchetes de notícias em diversos veículos ao longo de 2011, e alguns empresários tiveram que lidar com a ques-tão pela primeira vez.

Para evitar grandes pro-blemas, Ronaldo Ferreira dos Santos aumentou as exigências para os consumi-dores que poderiam parcelar as compras na Estudante & Cia (Carmópolis de Minas/MG). “Permiti que abris-sem cadastro na minha loja apenas clientes que já eram cadastrados em, pelo menos, quatro estabelecimentos fi -liados à Câmara de Dirigentes Lojistas. E essas lojas tinham que fazer parte da entidade há, no mínimo, três meses”, detalha Santos.

O empresário conta que observou a ampla liberação de crédito do governo para bens duráveis e percebeu que isso poderia causar um contínuo endividamento

dos consumidores, refl etindo em outras compras. “Além disso, muitos moradores da cidade trabalham na fábrica de automóveis Fiat. Devido ao aumento da venda de car-ros, os funcionários estavam fazendo bastante hora extra e passaram a contar com esta renda como um dinheiro fi xo, mas, em certo momen-to, deixaram de receber esse valor”, explica.

Graças à detalhada obser-vação e às medidas preven-tivas, Ronaldo dos Santos sofreu com a inadimplência apenas de alguns consumi-dores antigos, o que foi so-lucionado com a atuação de empresas de cobrança.

Já Benayr Bozzi, da BB Papelaria, sentiu-se mais con-fiante em relação aos seus clientes quando parou de trabalhar com crediário pró-prio e passou a parcelar suas vendas apenas no cartão de crédito. “Percebi que as ven-das parceladas aumentaram e, dessa forma, tenho mais segu-rança também”, pondera.

Consequências nacionais

É claro que a crise eco-nômica internacional, que ocupou espaço e tempo em vários noticiários ao longo de 2011, não poderia ficar fora desta retrospectiva. O mercado de papelaria sentiu suas consequências em di-versos âmbitos. Diretamente relacionada a isso, a exporta-ção de produtos foi uma das mais atingidas, apresentando considerável diminuição nas taxas, como afi rmou Levi Ce-regato, da Abigraf, à REVISTA DA PAPELARIA.

Ele explica que, na ver-dade, essa queda tem sido observada ao longo dos úl-timos quatro anos. “Nossa competitividade externa tem sido reduzida. Isso está re-lacionado à superioridade da nossa produtividade em relação à demanda externa. Costumamos brincar que, se todos os fabricantes se voltassem para o mercado interno, daria para atender dois ‘Brasis’. Então, é neces-

O proprietário da Papelaria

Cantinho Escolar já se adaptou à distribuição

de material aos alunos da

rede pública de São Paulo, mas

participa de reuniões a fim

de encontrar alternativas à

questão.

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Especial32

dezembro de 2011

Retrospectiva 2011

CERTIFICAÇÃO Inmetro define a data 07 de abril de 2014 como prazo para as lojas comercializarem apenasprodutos com o Selo de Identificação de Conformidade.

INTERNET A primeira reportagem da série Papelarias na Web revela que apenas 27,9% dos varejistas usam e-mail com o domínio da própria empresa.

CAPACITAÇÃO Em 2011, o Gerando Demanda pelo Conhecimento passou por mais de 10 municípios brasileiros, começando, em março, pelo Rio de Janeiro.

A MAIOR DO MUNDO No dia 1º deste mês, terminou a Paperworld Frankfurt, maior e mais importante feira do mercado de papelaria no mundo.

BRINQUEDOS A Francal realiza a 28ª Feira Brasileira de Brinquedos (Abrin).

ARRECADAÇÃO Prazo final para implantação da NF-e. Enquanto o governo aprimora seu controle, o empresário é incentivado a se informatizar.

COMPETITIVIDADE Fundação da ABRE, uma SPE da Rede de Papelarias Brasil Escolar, objetivo de realizar compras em conjunto.

DO TAMANHO DO PAÍS A série Papelarias do Brasil começa pelo Norte para mostrar as características do varejo de papelaria em cada região.

CONSULTA É inaugurada a seção Clínica Empresarial na REVISTA DA PAPELARIA com a dúvida sobre quantidade ideal de estoque enviada por um leitor. Outros cinco varejistas indicaram a solução.

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PROFISSIONALISMO Foi realizada a International Stationery & Office Products Fair Tokyo (Isot) e atraiu 68.868 profissionais a uma das mais importantes feiras asiáticas de papelaria.

A MAIOR DAS AMÉRICAS Varejistas de todo o Brasil foram a São Paulo para a Office PaperBrasil Escolar. A novidade da 25ª edição do evento foi a setorização, que facilitou a visita das cerca de 34 mil pessoas que compareceram à exposição.

PRÊMIO INÉDITO Pela primeira vez, representantes comerciais e varejistas do setor (foto) foram reconhecidos com o primeiro Prêmio Desempenho em Papelaria.

ORGANIZAÇÃO Fornecedores se unem para formar a ABFIAE, a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares.

REGIONAIS Os papeleiros de Minas Gerais e do Espírito Santo puderam visitar, respectivamente, a Fenapel e a Feira de Papelaria do Espírito Santo.

EXPANSÃO Acontece a primeira edição da Paperworld Rússia, organizada pela Messe Frankfurt reuniu 4.300 visitantes.

MERCADO Aconteceu em Hong Kong, a China Sourcing Fair: Gifts & Premiums, feira voltada para os mercados de presentes em geral, Natal e papelaria, entre outros.

REPRESENTATIVIDADE Reportagem sobre associativismo no varejo de papelaria mostra que o setor poderia ser mais mobilizado e atuante. Na foto, Antônio Sereno diretor da Brasil Escolar, entidade tem 21 anos de trabalho.

VOLTA ÀS AULAS Setor mostra-se preparado e motivado para atender a temporada escolar, mas alguns ainda não fecharam todas as compras.

Momentos de destaque

20112011 20122012

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sário que haja uma correta dosagem da oferta interna”, analisa Ceregato.

Um dos principais sin-tomas internacionais foi o aumento da preferência por produtos mais baratos por parte dos consumidores fi nais e, consequentemente, dos papeleiros. “Os lojistas têm ampliado suas opções de fornecedores para ofere-cer aos clientes uma opção barata como alternativa a marcas conhecidas”, analisa Colin Ward, editor da revista Vision and Trends.

O comportamento dos clientes de papelaria na Áfri-ca do Sul não foi muito dife-rente em 2011. “Os consumi-dores têm aceitado uma cola em bastão mais barata em vez de comprar a da marca Pritt, por exemplo. Em muitos casos, os produtos alternati-vos cumprem sua função de maneira satisfatória”, avalia Eugene Kleynhans, dire-tor executivo da Shop SA, publicação sul-africana do segmento de papelaria.

Baseado no índice do IBGE para as vendas de livros, jornais, revistas e produtos de papelaria no varejo, Ceregato registrou saldo positivo no segmento, já que esses setores regis-traram, de janeiro a setem-bro de 2011, crescimento

Muitos papeleiros estão ‘cegos’ e ainda acham que seu concorrente é apenas aquele da porta ao lado. É preciso considerar as vendas e pesquisas na internet!

LUCAS HUANG CHTECH E GERANDO DEMANDA PELO CONHECIMENTO

de 7,3% sobre o mesmo período de 2010. Embora inclua setores abrangentes, o vice-presidente da Abigraf acredita que “o dado dá uma ideia de que, apesar da crise econômica, o setor varejista tem obtido bons resultados ao longo de 2011”.

Antônio Sereno, diretor da Brasil Escolar, acredita que o mercado de papelaria foi afe-tado mais pela expectativa em relação à crise internacional que pela redução econômica efetiva. “No início, houve muita divulgação de que o dólar iria disparar, o que cau-sou uma retração preventiva. Porém, quando a economia se estabilizou, o mercado manteve o comportamento regular”, observa.

O diretor de marketing da Paper Mate também apre-senta uma análise positiva do ano para o mercado de papelaria. “A avaliação que recebemos de nossos clientes é de que o mercado está em plena expansão e que exis-tem muitas oportunidades a serem exploradas”, revela o diretor da companhia. A marca teve, como principal fato de 2011, seu retorno ao mercado brasileiro e co-memora a boa aceitação da Kilométrica 100, produto mais vendido pela empresa no Brasil este ano. &

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Mercado Global

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Nos quatro últimos dias do mês de outubro, acon-teceu mais uma edição do Market Place, reunindo cerca de 60 companhias, entre compradores da América do Norte, Central, do Sul e Cari-be e fornecedores de material de papelaria e escritório do mundo todo.

O evento é organizado pela revista equatoriana El Papel e foi realizado em Mia-mi, nos Estados Unidos. En-tre as empresas participantes, estiveram as brasileiras Dello e Acrimet, além do Grupo Graphia – que representa as empresas APPS Comercial, Confetti, Jandaia, KLX, Royal Paper e Agaprint.

Paulo de Castro, geren-te de vendas e exportação da Dello, conta que fez 31 contatos nos dois dias em que esteve presente. “Foi uma participação positiva, considerando nosso atual plano estabelecido com foco nas Américas. O objetivo da empresa é fazer, em cada país, o mesmo que fazemos no Brasil”, afi rmou Castro.

A Acrimet já participou do Market Place algumas vezes, e,

Negócios continentaissegundo o diretor da compa-nhia, Luiz Carlos Gastaldo, o evento, além de apresentar a oportunidade de conhecer novos possíveis clientes, tam-bém possibilita confraterni-zar com atuais parceiros.

María Cristina Mora, edi-tora da El Papel, defende que a forma como o Market Place é organizado permi-te otimizar tempo e dinheiro, tanto de vendedores como compradores. “As empresas têm desen-volvido uma inten-siva prática de rede de contatos, que, em muitos casos, é o iní-cio de uma longa re-lação de negócios. O profi ssionalismo e a qualidade dos clien-tes faz com que o evento seja um bom investimento para os fornecedores”, anali-sa María Cristina.

Para a Dello, parti-cipar novamente das reuniões no Market Place vai depender da evolução dos conta-tos realizados este

ano. “Se, ano que vem, estiver-mos distribuindo para todos os países do continente, não precisaremos ir novamente. Porém, a parceria da empresa com a El Papel continua, e há várias maneiras de participar, como apoiar o evento e divul-gar a marca”, acredita Paulo de Castro. &

A presença brasileira no Market Place foi marcada pela participação da Dello,com sua linha escolar, e da Acrimet, com os itens de organização de escritório. Nas fotos: Mazaro, gerente industrial, e Paulo de Castro, gerente de vendas e exportação da Dello; e Luiz Carlos Gastaldo, diretor e Jaime Nascimento, gerente de exportação da Acrimet.

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Ponto Final42

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