treinamento resistido dinÂmico versus ......araujo, flavio de souza a663t treinamento resistido...

58
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO CIÊNCIAS DA SAÚDE E BIOLÓGICAS Flavio de Souza Araujo TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ISOMÉTRICO: EFEITOS NA PRESSÃO ARTERIAL E CAPACIDADE FUNCIONAL DE HOMENS PRÉ- HIPERTENSOS. Petrolina PE 2017

Upload: others

Post on 25-Oct-2020

6 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO CIÊNCIAS DA SAÚDE E

BIOLÓGICAS

Flavio de Souza Araujo

TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS

ISOMÉTRICO: EFEITOS NA PRESSÃO ARTERIAL E

CAPACIDADE FUNCIONAL DE HOMENS PRÉ-

HIPERTENSOS.

Petrolina – PE

2017

Page 2: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

FLAVIO DE SOUZA ARAUJO

TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS

ISOMÉTRICO: EFEITOS NA PRESSÃO ARTERIAL E

CAPACIDADE FUNCIONAL DE HOMENS PRÉ-

HIPERTENSOS.

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, Campus Petrolina, como requisito para obtenção do título de Mestre em Ciências. Área de concentração: Fundamentação Conceitual e Metodologias Inovadoras Integradoras em Ciências Ambientais, Tecnologia e Saúde. Orientador: Prof. Dr. Sérgio Rodrigues Moreira. Coorientador: Prof. Dr. Leonardo Rodrigues Sampaio.

Petrolina – PE

2017

Page 3: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

Araujo, Flavio de Souza

A663t

Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de homens pré-hipertensos / Flavio de Souza Araujo. –- Petrolina, PE, 2017.

vii, 57 f.: il. ; 29 cm. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde e Biológicas) -

Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus, Petrolina, 2017.

Orientador: Prof. Dr. Sérgio Rodrigues Moreira. Banca examinadora: Tony Meireles dos Santos, Romulo Maia Carlos Fonseca.

1. Exercícios físicos - Aspectos fisiológicos. 2. Pressão arterial.

Aptidão física. I. Título. II. Universidade Federal do Vale do São Francisco

CDD 613.71 Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Integrado de Bibliotecas da UNIVASF.

Bibliotecária: Luciana Souza Oliveira CRB5/1731

Page 4: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de
Page 5: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me conduzido durante toda a trajetória acadêmica

até o presente momento, me fortalecendo na fé, trilhando os meus caminhos, e me

abençoando em todas as horas.

Agradeço à minha família e amigos, por todo o apoio durante a execução,

principalmente pelo incentivo nos períodos mais difíceis.

Agradeço ao colegiado de Educação Física da UNIVASF e ao PPGCSB,

professores que fizeram parte da graduação e pós-graduação, em especial ao

professor (orientador) Sérgio Rodrigues Moreira, responsável pelo auxílio na

realização desse trabalho.

Agradeço a todos os integrantes do Grupo de estudo do Desempenho

Humano e das Repostas Fisiológicas ao Exercício – Divisão Nordeste pelo apoio nas

coletas dos dados dessa dissertação, e a amizade construída ao longo desse

percurso.

Ao professor Leonardo Sampaio e ao Laboratório de Desenvolvimento-

Aprendizagem e Processos Psicossociais pelas discussões sobre metodologia da

pesquisa e procedimentos estatísticos.

Agradeço aos voluntários que se dispuseram a participar do estudo, ao longo

da intervenção, e que se fizeram perseverantes e assíduos.

A todos os (as) colegas de turma, que vivenciaram e compartilharam das

mesmas emoções.

À Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco –

FACEPE pelo apoio financeiro ao longo do estudo.

Page 6: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos de métodos de treinamento resistido (TR) na pressão arterial (PA) e capacidade funcional de pré-hipertensos. Vinte e nove homens foram divididos em três grupos: TR Dinâmico–TRD (n=9; 50,7±5,7 anos; 31,3±4,9 kg.m-2), TR Isométrico–TRI (n=10; 50,8±5,8 anos; 28,5±4,4 kg.m-2) e Controle–CON, (n=10; 50,6±5,2 anos; 29,0±4,0 kg.m-2). As intervenções ocorreram durante 12 semanas, com intensidade fixada em 60% de uma repetição máxima (1RM). Pré e pós-intervenções foram realizados a monitorização ambulatorial da PA (MAPA) e analisados os períodos das 24h, vigília e sono. Testes de 1RM em 6 exercícios para grandes grupos musculares e teste aeróbio incremental máximo em cicloergômetro foram realizados. Um efeito principal do tempo ocorreu para o grupo TRI na PA diastólica (PAD) 24h e vigília (P<0,05) e para carga pressórica (CP) da PAD na vigília (P<0,05), porém não houve interação tempo x grupo para PA sistólica, PAD, CP, frequência cardíaca e índice ambulatorial de rigidez arterial (P>0,05). A força total obtida no teste de 1RM diferiu entre grupos (TRD: ∆= 43,1±10,6% vs. TRI: ∆= 24,1±7,1% vs. CON: ∆= 4,2±11,5%; P<0,01). Diferenças entre grupos também ocorreu na potência aeróbia máxima (TRD: ∆= 22,9±10,7% vs. TRI: ∆= 12,9±6,1% vs. CON: ∆= -2,1±7,4%; P<0,05). Conclui-se que, 12 semanas de TRI e TRD não diferem na alteração da PA. Ainda, apesar de uma menor magnitude que o TRD, o TRI aumentou a força e a aptidão aeróbia de maneira significativa em homens pré-hipertensos.

Palavras-chave: Treinamento de força; Métodos; Pressão arterial; Capacidade

aeróbia.

Page 7: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

ABSTRACT

The objective of this study was investigated effects of resistance training (RT) methods in blood pressure (BP) and functional capacity of pre-hypertensive subjects. Twenty-nine men were divided into three groups: Dynamic RT-RTD (n=9; 50,7±5,7 years; 31,3±4,9 kg.m-2), Isometric RT–RTI (n=10; 50,8±5,8 years; 28,5±4,4 kg.m-2) and Control-CON, (n=10; 50,6±5,2 years; 29,0±4,0 kg.m-2). The Interventions occurred during 12 weeks, with intensity set at 60% of one maximum repetition test (1RM). Pre and post-interventions were performed ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) and analyzed the periods of 24 hours, daytime and sleep. 1RM in six exercises for large muscle groups and maximal aerobic incremental test (MAIT) on a cyclergometer were performed. A main effect of time on RTI group occurred in diastolic BP (DBP) 24h and daytime (P<0,05) and blood pressure load (BPL) of DBP on the daytime (P<0,05), however, no interaction time x group in systolic BP, DBP, BPL, heart rate and ambulatory arterial stiffness index (P>0,05) The overall strength obtained in the 1RM differed between groups (RTD: ∆= 43,1±10,6% vs. RTI: ∆= 24,1±7,1% vs. CON: ∆= 4,2±11,5%; P<0,01). Differences between groups also occurred in the MAIT (RTD: ∆= 22,9±10,7% vs. RTI: ∆= 12,9±6,1% vs. CON: ∆= -2,1±7,4%; P<0,05). In conclusion, 12 weeks of RTI and RTD not differ in BP changes. Still, in spite of a lower magnitude than the RTD, RTI has increased the strength and aerobic fitness significantly in pre-hypertensive men.

Keywords: Strength training; Methods; Blood pressure; Aerobic capacity.

Page 8: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

SUMÁRIO

1 INTRODUCÃO ......................................................................................................... 8

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 10

2.1 Geral ................................................................................................................ 10

2.2 Específicos ...................................................................................................... 10

3 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 11

3.1 Força Neuromuscular Dinâmica e Isométrica .................................................. 11

3.2 Hipertensão Arterial ......................................................................................... 15

3.3 Treinamento Resistido Dinâmico e Pressão Arterial ........................................ 17

3.4 Treinamento Resistido Isométrico e Pressão Arterial ...................................... 20

3.5 Treinamento Resistido e Aptidão Cardiorrespiratória ...................................... 22

4 MÉTODOS ............................................................................................................. 26

4.1 Abordagem Experimental do Problema ........................................................... 26

4.2 Caracterização da Amostra e Aspectos Éticos ................................................ 26

4.3 Procedimentos ................................................................................................. 28

4.4 Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) ................................. 29

4.5 Teste de Aptidão Aeróbia ................................................................................ 30

4.6 Teste de uma Repetição Máxima (1RM) ......................................................... 31

4.7 Análise Estatística ........................................................................................... 31

5 RESULTADOS ....................................................................................................... 32

6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 37

7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 41

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 42

APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO............. 49

ANEXO A - ANAMNESE E ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO (ACMS, 1995).............. 53

ANEXO B - COMITÊ DE ÉTICA E DEONTOLOGIA EM ESTUDOS E PESQUISAS57

Page 9: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

8

1 INTRODUCÃO

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o aumento da sobrecarga pressórica

diária têm sido considerados fatores de risco importantes para ocorrência de

doenças cardiovasculares com subsequentes lesões de órgãos-alvo (BEN-DOV et

al., 2007; CARVALHO et al., 2013; SBC, 2016). Sendo um problema de saúde

pública, a HAS se apresenta com prevalência de aproximadamente 30% em homens

entre 45-54 anos de idade e chegando a 50% aos que avançam para 65 anos ou

mais (IBGE, 2013; SHCMIDT et al., 2009). Outro aspecto que também se deteriora

com o avançar da idade é a capacidade funcional do indivíduo, com um declínio no

consumo máximo de oxigênio e na produção de força máxima (CONLEY et al., 2000;

GUIDO et al., 2010; HOLLENBERG et al., 2006).

A modificação no estilo de vida com a realização de exercícios físicos pode

contribuir com a atenuação do declínio funcional e, por conseguinte menor

prevalência de HAS na população (MASLOW AL et al., 2010; PAFFENBARGER et

al., 1983). Uma estratégia de exercício físico que nas últimas décadas tem ganhado

força na área da saúde é o treinamento resistido (TR), o qual se fundamenta por

esforços realizados contra uma resistência específica e sendo programado para ao

longo do tempo aumentar a potência, força e/ou resistência muscular (ACSM, 2009).

Estudos de meta-análise tem sugerido que quatro semanas de TR contribui para o

tratamento e/ou prevenção da HAS (CORNELISSEN; SMART, 2013). Ainda, o TR

pode ser executado através de ações musculares dinâmicas ou isométricas

(CORNELISSEN; SMART, 2013; MILLAR et al., 2013).

Alguns trabalhos (BROOK et al., 2013; CORNELISSEN et al., 2011;

CORNELISSEN; SMART, 2013; GHADIEH; SAAB, 2015) tem evidenciado

pequenas, porém, significativas reduções na pressão arterial (PA) de repouso após

treinamento aeróbio e TR dinâmico (TRD). Uma menor atenção tem sido direcionada

aos efeitos do TR isométrico (TRI) sobre a PA de repouso (LAWRENCE et al.,

2015). Algumas evidências a partir de meta-análises têm sugerido que o TR

isométrico pode produzir maiores reduções na PA quando comparado a outros

modelos (CARLSON et al., 2014; CORNELISSEN; SMART, 2013). Entretanto, a

heterogeneidade entre os estudos e protocolos analisados ainda não possibilita

resultados conclusivos. Estudos controlados comparando diferentes modelos de TR

(dinâmico vs. isométrico) poderiam contribuir com informações aos profissionais da

Page 10: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

9

área do exercício físico interessados na promoção da saúde cardiovascular, uma vez

que ainda não se tem evidências de estudos prospectivos comparando diretamente

os efeitos do TRI vs. TRD na PA. Nessa área de estudo, medidas como o

monitoramento contínuo da PA ainda são pouco disponíveis, o que torna difícil

desvendar a interpretação destes achados na comparação de tais métodos sobre

possíveis adaptações cardiovasculares.

Outro aspecto é que a maioria dos protocolos empregados no TR isométrico

voltado ao controle da PA utilizam apenas o exercício de Handgrip (LAWRENCE et

al., 2015). É possível que essa estratégia possa implicar em menor ou mesmo

nenhum ganho nos aspectos funcionais da saúde como a força (MASLOW et al.,

2010) e a aptidão aeróbia (GUIDO et al., 2010; HAYKOWSKY et al., 2005;

HOLLENBERG et al., 2006). Nesse sentido, o presente estudo procurou investigar

os efeitos de diferentes métodos de TR (dinâmico vs. isométrico) na PA e

capacidade funcional (força e aptidão aeróbia) de homens pré-hipertensos. Ainda,

como objetivo secundário analisar se adaptações na força muscular podem estar

associadas às possíveis adaptações de potência aeróbia máxima também

decorrentes do TR.

Page 11: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

10

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Investigar os efeitos cardiovasculares e funcionais de diferentes métodos do

treinamento resistido (dinâmico vs. isométrico) em homens pré-hipertensos.

2.2 Específicos

1) Analisar e comparar as respostas cardiovasculares de pressão arterial,

carga pressórica e frequência cardíaca durante 24h, vigília e sono, após um

programa de treinamento resistido dinâmico ou isométrico;

2) Analisar e comparar o índice ambulatorial de rigidez arterial, após um

programa de treinamento resistido dinâmico ou isométrico;

3) Analisar e comparar as respostas funcionais de força neuromuscular e

potência aeróbia máxima após um programa de treinamento resistido dinâmico ou

isométrico;

4) Verificar a associação entre as respostas funcionais de força e potência

aeróbia máxima após um programa de treinamento resistido dinâmico e isométrico.

Page 12: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

11

3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Força Neuromuscular Dinâmica e Isométrica

A aptidão muscular é composta por parâmetros funcionais de força,

resistência e potência, com consequente melhora quando exposta a um método de

treinamento adequado (ACSM, 2011; VERDIJK et al., 2009). A força muscular e a

função do músculo esquelético são fundamentais para o desempenho do movimento

humano (BALSHAW et al., 2016).

O TR é uma das formas amplamente praticadas de atividade física, sendo um

componente importante no treinamento desportivo e reabilitação física, aumentando

a saúde musculoesquelética (FOLLAND; WILLIAMS, 2007; WERNBOM;

AUGUSTSSON; THOMEE´, 2007). Entretanto a quantificação das relações dose-

resposta entre as variáveis de treinamento e o resultado é fundamental para uma

prescrição adequada (FOLLAND; WILLIAMS, 2007; WERNBOM; AUGUSTSSON;

THOMEE´, 2007).

Muitos tipos de equipamentos de TR podem efetivamente serem usados para

melhorar a aptidão muscular, incluindo pesos livres, máquinas com pesos

empilhados ou resistência pneumática, e até mesmo bandas de resistência (ACSM,

2011). Após a realização de um programa de TR, pode haver uma melhora quanto

ao ganho na força muscular e desempenho funcional (ARRUDA et al., 2014), onde

a melhora deste desempenho está geralmente associado com melhora na saúde e

um maior nível de independência, os quais contribuem para uma melhor qualidade

de vida (VERDIJK et al., 2009).

Indivíduos de meia idade se encontram em uma fase de transição, visto

reduções na capacidade de produção de força em decorrência do processo de

envelhecimento (WILHELM NETO et al., 2011). Logo a força muscular de um

indivíduo tem seu pico entre 20 e 30 anos de idade seguido por um declínio linear e

gradual, começando tão cedo quanto à faixa etária 30-39 anos e acelerando após 59

anos de idade, esta perda de força pode ter um efeito acentuado sobre a capacidade

de homens e mulheres idosos alterando a uma vida independente (RUNNELS et al.,

2005).

As características ideais de programas específicos do TR incluem o uso de

ações musculares concêntricas e excêntricas (dinâmicas), e isométricas (ACSM,

Page 13: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

12

2009). Dada suficiente frequência, intensidade e volume de trabalho, os três tipos de

ações musculares podem induzir a um aumento de força, porém não há evidências

suficientes para a superioridade de qualquer método ou tipo de ação muscular sobre

os outros (WERNBOM, AUGUSTSSON, THOMEE´, 2007).

As adaptações funcionais para diferentes tipos de TR não são bem

compreendidas, reduzindo a eficácia da orientação ao treinamento e prescrição, pois

são geralmente atribuídas a uma série de adaptações neurológicas e morfológicas

(BALSHAW et al., 2016; FOLLAND; WILLIAMS, 2007). Especula-se que os fatores

neurológicos podem proporcionar maior contribuição durante os estágios iniciais de

um programa de treinamento (FOLLAND; WILLIAMS, 2007). O treinamento de força

induz mudanças adaptativas na função do sistema nervoso que, por sua vez,

contribuem para o aumento da força muscular contrátil máxima induzido pelo

treinamento, essas adaptações vem da especificidade ao treinamento e englobam a

aprendizagem e coordenação. (AAGAARD; MAYER, 2007; FOLLAND; WILLIAMS,

2007).

Outras adaptações, as morfológicas, incluem possíveis alterações no tipo de

fibra, hiperplasia, arquitetura muscular, densidade de miofilamentos e a estrutura do

tecido conjuntivo e tendões (FOLLAND; WILLIAMS, 2007). A adaptação muscular às

cargas impostas pelo exercício podem ativar as células satélites, que são células

envolvidas no reparo e regeneração resultante de danos locais nas fibras

musculares (BONGANHA et al., 2010; FOLLAND; WILLIAMS, 2007). Essas

adaptações tornam possível o aumento da força muscular, independentemente da

hipertrofia muscular, e o aumento da massa muscular é compreendido como balanço

positivo entre a síntese e degradação proteica, realizado pela coordenação

integrada de uma complexa rede de vias de sinalização intracelular (BONGANHA et

al., 2010).

No entanto avaliações precisas da força muscular são importantes para

prescrever as intensidades de um TR seguro e eficaz e para avaliar os benefícios da

intervenção de programas para profissionais e pesquisadores que atuam com o

desempenho esportivo (BROWN; WEIR, 2001; LEVINGER et al., 2009; RITTI DIAS

et al., 2013; VERDIJK et al., 2009). Porém o meio mais eficaz de aumentar a força

de TR permanece desconhecido, apesar da importância desse conhecimento para

saúde e reabilitação. No entanto, o diferente nível e a duração da carga dificulta

fazer uma comparação direta entre tipos de contrações (FOLLAND et al., 2005).

Page 14: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

13

A produção de força tem características que incluem uma magnitude,

frequência e direção e pode ser mensurada por métodos isotônicos, isométricos ou

isocinéticos (BROWN; WEIR, 2001; JUNEJA; VERMA; KHANNA, 2010). Em geral,

duas formas de avaliação de força são frequentemente utilizadas: uma repetição

máxima (1RM) e testes de dinamometria (VERDIJK et al., 2009).

As contrações isométricas são contrações musculares em que o comprimento

do músculo permanece constante não ocorrendo o movimento (BROWN; WEIR,

2001). Para a sua avaliação específica os aparelhos utilizados incluem tensiômetros

de cabo, medidores de tensão, e dinamômetros isocinéticos (com velocidade

ajustada para zero) (BROWN; WEIR, 2001). Devido à confiabilidade da segurança e

de alta validade interna, a dinamometria é considerada o padrão ouro para avaliação

da força (VERDIJK et al., 2009). Os testes isométricos máximos também são

normalmente utilizados para o estudo do sinal eletromiográfico, da taxa de produção

de força e do pico de torque isométrico da musculatura avaliada (WILHELM NETO et

al., 2011). No entanto estes métodos, geralmente requerem equipamentos

sofisticados de laboratório e pessoas treinadas para o seu uso, e o custo elevado

dos dinamômetros isocinéticos geralmente inviabilizam a sua aquisição (LEVINGER

et al., 2009; WILHELM NETO et al., 2011).

Já as contrações isotônicas (dinâmicas) se referem às contrações em que um

objeto de uma massa fixa é levantado contra a gravidade, isto é, um peso constante

é levantado a uma velocidade voluntária, onde a maioria dos tipos de treinamento de

peso, com máquinas ou pesos livres, são referidos como isotônicos (BROWN;

WEIR, 2001). Ainda a aplicação de testes de uma repetição máxima (1-RM) parece

bastante segura para análise da força muscular em diferentes populações (RITTI

DIAS et al., 2013; VERDIJK et al., 2009).

A quantidade máxima de peso que pode ser levantada em uma repetição é

chamada de uma repetição máxima (1-RM) onde são aplicadas cargas progressivas

até que se atinja a carga máxima, ou seja, aquela que o avaliado consiga vencer a

resistência oferecida em não mais do que uma única ação voluntária máxima,

realizada a partir de um padrão pré-determinado de execução, respeitando-se o

percurso completo do movimento, nas fases concêntricas e excêntricas (RITTI DIAS

et al., 2013).

Estudos sugerem que os treinadores e os clínicos podem utilizar o teste de

1RM de forma confiável para monitorar o nível e progressão da força muscular,

Page 15: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

14

avaliar os desequilíbrios de força e avaliar programas de treinamento em homens e

mulheres (LEVINGER et al., 2009; SEO et al., 2012). O risco de lesões associadas a

esse teste é mínimo, apresentando algumas vantagens em relação a outros métodos

empregados para a avaliação da força muscular, a saber: os testes podem ser

aplicados em diferentes exercícios, grupos musculares, realizado no mesmo

equipamento utilizado durante o treinamento, e não existe necessidade da aquisição

de equipamentos sofisticados e de alto custo operacional para a sua aplicação

(LEVINGER et al., 2009; RITTI DIAS et al., 2013; VERDIJK et al., 2009). Desse

modo, o teste de 1-RM tem ampla aceitação por parte da comunidade científica

internacional (RITTI DIAS et al., 2013).

Logo, diferentes métodos têm sido utilizados para quantificar indiretamente a

produção de força muscular de indivíduos (JUNEJA; VERMA; KHANNA, 2010). Tais

testes são utilizados como medidas indiretas para mensurar a capacidade de

produção de força muscular, pois não medem a tensão muscular, mas sim o torque

produzido (no caso dos testes isométricos) e a carga deslocada (no caso do teste de

1RM), os quais são dependentes da força produzida pelos diversos músculos

atuantes na ação (WILHELM NETO et al., 2011). Assim estudos testaram a

associação entre avaliações de força isométrica e dinâmica, onde os resultados

demonstraram correlações de moderada a alta, principalmente para os grandes

grupos musculares, porém com a ressalva de se considerar a especificidade do tipo

de contração e o padrão de ativação muscular (JUNEJA; VERMA; KHANNA, 2010;

VERDIJK et al., 2009; WILHELM NETO et al., 2011).

O estudo de Folland et al. (2005) foi um dos poucos que comparou de forma

direta o treinamento entre contrações isométricas e dinâmicas, durante a tentativa de

negar fatores de confusão, magnitude, duração, e o ângulo especificidade de efeito

do treinamento. O experimento foi projetado para que ambos os protocolos de

treinamento tivessem uma duração igual de tensão na mesma carga relativa. Após 9

semanas o treinamento isométrico, em quatro ângulos, produziu significativamente

maiores ganhos na força isométrica através de uma variedade de ângulos (avaliada

com dois dinamômetros), mas com ganhos semelhantes na avaliação da força

isocinética (dinâmica), os maiores ganhos de força isométrica pode ser devido a um

efeito de especificidade residual (FOLLAND et al., 2005).

Topp et al., (2002) verificaram que durante 16 semanas de treinamento, com

exercícios de força para membros inferiores, tanto a resistência dinâmica quanto a

Page 16: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

15

isométrica melhoraram a capacidade funcional de pacientes com osteoartrite do

joelho.

Estudos sugerem que os valores de força isométrica podem ser utilizados

como representantes da produção de força muscular dinâmica mensurada pelo teste

de 1RM, em homens de meia idade, apesar de estarem menos associados a esse

do que a avaliação isocinética, o que deve ocorrer por questões de especificidade

das ações dinâmicas em relação às isométricas (JUNEJA; VERMA; KHANNA, 2010;

WILHELM NETO et al. 2011). Contudo, em estudos de treinamento com populações

clínicas, o teste de força não é geralmente a única medida de resultado, estando

associada com outros parâmetros fisiológicos (LEVINGER et al., 2009).

3.2 Hipertensão Arterial

De acordo com as VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (SBC, 2016), a

hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial

caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). A HAS é

considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo (IBGE, 2013) e um

significante fator de risco para acidente vascular cerebral, infarto agudo do

miocárdio, insuficiência cardíaca e morte súbita (PEDERSEN; SALTIN, 2015),

estando associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

A proporção de indivíduos maiores de 18 anos que referem diagnóstico de

HAS no Brasil foi de 21,4% em 2013, correspondendo a 31,3 milhões de pessoas

(IBGE, 2013). Quando discriminado por idade e sexo, a prevalência chega a cerca

de 15%, 30% e 55% em homens com idade entre 18 e 39 anos, 40 a 59 anos e 60

anos ou mais, respectivamente. Tais dados indicam que a HAS pode estar presente

nos jovens, porém, ocorrendo com mais frequência em indivíduos mais velhos

(FAGARD, 2011). Um dos principais fatores de risco para HAS, além da idade, são o

excesso de peso, obesidade geral ou abdominal e sedentarismo (CARVALHO et al.,

2013).

Floras (2013) afirma que a PA se caracteriza por ser um processo contínuo,

não estático, com variações consideráveis em relação aos seus valores médios

durante a vigília (dia) e o sono (noite), influenciada pela frequência cardíaca,

sofrendo interferência de respostas a estímulos físicos, mentais e variação sazonal.

Desta forma de acordo com a V Diretrizes Brasileiras de Monitorização Ambulatorial

Page 17: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

16

da Pressão Arterial (SBC, 2011), a medida da PA casual no consultório está sujeita a

inúmeros fatores de erro, destacando-se a influência do observador e do ambiente

onde a medida é realizada, além disso, propicia um número reduzido de leituras que

não apresentam boa reprodutibilidade em longo prazo.

Dessa maneira, o exame de monitorização ambulatorial da pressão arterial

(MAPA) de 24 horas é um método que permite o registro indireto e intermitente da

PA durante 24 horas ou mais, enquanto o paciente realiza suas atividades habituais

durante os períodos de vigília e sono (GALETTA et al., 2006; SBC, 2011). Sendo

um método que apresenta algumas vantagens potenciais em relação à medida

casual, como atenuação do efeito do observador sobre a PA, eliminação do viés de

registro e a obtenção de valores que mais se aproximam aos da PA habitual dos

indivíduos (SBC, 2011). Conen e Bamberg (2008) verificaram uma associação

consistente entre a monitorização das 24 horas da PA sistólica (PAS) com acidente

vascular cerebral, mortalidade cardiovascular, mortalidade total e eventos cardíacos.

Corroborando, Ben-Dov et al. (2007) demonstraram que a medida de PA através da

MAPA prediz de maneira melhor a mortalidade quando comparada com a PA clínica.

Diretrizes atuais de tratamento enfatizam o papel de intervenções não

farmacológicas, incluindo atividade física, para o controle da HAS (GHADIEH; SAAB,

2015). Logo, o exercício físico regular tem sido recomendado como uma estratégia

para a prevenção e tratamento da HAS devido aos seus efeitos no controle e

redução da PA (CARDOSO JR et al., 2010). Onde uma diminuição de 20 mmHg em

PAS ou 10 mmHg em PA diastólica (PAD) reduz pela metade o risco de mortalidade

cardiovascular (PEDERSEN; SALTIN, 2015).

Essa possível redução da PA de repouso em decorrência da prática regular

de exercício, abaixo dos valores de repouso em períodos após a realização de uma

sessão de exercícios, denomina-se hipotensão pós-exercício (HPE) (ANUNCIAÇÃO;

POLITO, 2011). A associação entre os efeitos agudos e crônicos ao exercício é

inevitável, uma vez que o efeito do treinamento decorre de sessões acumuladas de

exercício agudo (GHADIEH; SAAB, 2015; HAMER, 2006).

Cornelissen e Smart (2013) realizaram uma meta-análise e examinaram os

efeitos de diferentes métodos de treinamento na PA de repouso em adultos,

verificando que ambos, aeróbio, resistido dinâmico e resistido isométrico podem

diminuir PA sistólica (PAS) e PA diastólica (PAD). Ainda subsequentes revisões e

metanálises sugerem que o TRI tem o potencial para as maiores reduções na PA

Page 18: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

17

(CARLSON et al., 2014; LAWRENCE et al., 2015; MILLAR et al., 2013). Assim uma

análise metodológica que resulte em um melhor efeito da HPE pode ser considerada

uma importante estratégia para auxiliar no controle da PA, principalmente em

indivíduos com PA elevada.

3.3 Treinamento Resistido Dinâmico e Pressão Arterial

As características ideais de programas específicos de TR incluem o uso de

ações musculares concêntricas, excêntricas, e as isométricas (ACSM, 2009). No que

diz respeito à segurança dos indivíduos, a intensidade deve ser de leve a moderada,

com intervalos mínimos de um minuto (entre as séries e os exercícios) e devem ser

utilizados exercícios que solicitem, principalmente, os grandes grupos musculares

(ANUNCIAÇÃO; POLITO, 2011).

Para iniciantes, recomenda-se uma frequência de treinamento de 2 a 3 vezes

por semana, com cargas correspondentes a repetições máximas (RM’s) de, no

máximo, 8 a 12, considerando o objetivo do indivíduo, a capacidade física e o seu

estado de treinamento (ACSM, 2009). Uma prescrição de intensidade vigorosa, para

indivíduos com PA elevada, reduz a validade externa, visto que, para indivíduos

hipertensos, a recomendação é de intensidade leve a moderada (ANUNCIAÇÃO;

POLITO, 2011).

O incremento tanto na força muscular quanto na capacidade para realização

de tarefas do dia-a-dia são benefícios característicos ao TR (UMPIERRE; STEIN,

2007). A manipulação apropriada das variáveis do programa (escolha da resistência,

seleção de exercícios e da ordem, número de séries e repetições, frequência e

duração do período de descanso) pode aumentar a capacidade de atingir um maior

nível de aptidão muscular (ACSM, 2009). Por outro lado o processo de

envelhecimento reduz drasticamente a massa, a força e a potência muscular,

diminuindo a capacidade de execução das atividades da vida diária, promovendo

alteração da modulação da função cardíaca pelo sistema nervoso autonômico, com

a prática do TR sendo considerada uma intervenção promissora para impedir ou

reverter, pelo menos em parte, as perdas decorrentes desse processo (QUEIROZ;

KANEGUSUKU; FORJAZ, 2010).

O TR habitual é conhecido por ter efeitos benéficos na função endotelial e nos

fatores de risco para doenças cardiovasculares (FRANKLIN et al., 2015). Evidências

Page 19: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

18

têm demonstrado uma potencial influência do TR sobre a redução da complacência

arterial e uma estabilidade hemodinâmica durante o exercício, e potenciais efeitos

que auxiliam para o controle pressórico, sendo proposto como possível estratégia

para prevenção e reabilitação cardiovascular (UMPIERRE; STEIN, 2007).

Porém para adotar o TR como uma ferramenta potencial no controle da PA,

deve-se conhecer como as diferentes características do treinamento influenciam na

resposta da PA (CORNELISSEN et al., 2011). Para uma discussão mais ampla

sobre os efeitos do exercício na PA, é válido ressaltar que essa pode ser

influenciada não só pelas adaptações decorrentes do treinamento, mas também pela

influência de uma única sessão de exercício (efeitos agudos pós-exercício)

(UMPIERRE; STEIN, 2007). À medida que a magnitude deste fenômeno parece ser

dependente de valores da PA pré-exercício, o TR em indivíduos hipertensos pode

levar a uma redução da PA (MORAES et al., 2012).

Nesse sentido, estudos demonstram relação entre as alterações agudas e

crônicas na PA, indicando que a magnitude do efeito do TR na PA está relacionada

a respostas agudas após uma única sessão de TRD (MOREIRA et al., 2016;

TIBANA et al., 2015). Além disso, a prescrição do TR inclui o controle de diversas

variáveis que, supostamente, podem interferir na resposta pressórica pós-esforço.

Alguns exemplos são: a intensidade, o volume, o intervalo de recuperação entre

séries, a escolha dos exercícios e o método de treino adotado (DULTRA et al.,

2013).

Anunciação et al. (2012) observaram que o TR realizado em método de

circuito com maior volume de trabalho (3 séries) provocou um maior efeito

hipotensor quando comparado com circuito realizado com menor volume, bem como

o TR realizado de forma convencional. Considerando que o TR proporcionou HPE

no ambiente laboratorial, mais estudos são necessários acompanhando a PA de

maneira ambulatorial (ANUNCIAÇÃO; POLITO, 2011).

Ainda não estão claros os mecanismos responsáveis pela HPE para o TRD

(DUTRA et al., 2013). Os mecanismos propostos para a diminuição da PA após

intervenção com exercício incluem adaptações neurais, vasculares e estruturais

(PEDERSEN; SALTIN, 2015). Ainda os mecanismos anti-hipertensivos do exercício

parecem ser multifatoriais, e podem ser diferentes entre os indivíduos (HAMER,

2006).

Page 20: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

19

Especula-se que o exercício pode exercer uma ação através do sistema

nervoso que geram efeitos diretos na manutenção ou redução da PA (GHADIEH;

SAAB, 2015). Possivelmente incluem decréscimo no débito cardíaco, mediado pelo

decréscimo no volume sistólico (VS). Esta queda no VS é compensada pelo

aumento da frequência cardíaca promovido por aumento da atuação simpato vagal

(GHADIEH; SAAB, 2015). Porém o que parece consenso é que ocorra,

principalmente, pela redução do débito cardíaco e da resistência vascular periférica

total por vasodilatação na musculatura ativa e inativa (DUTRA et al., 2013).

Hamer (2006) sugere que o efeito agudo do exercício sobre a vasodilatação

endotélio-dependente contribui para a HPE e também pode diretamente sobrepor

sobre as adaptações do treinamento associadas com a redução da PA.

Controvérsias na literatura podem também estar relacionadas ao nível da PA em

repouso, uma vez que pessoas com valores basais mais elevados apresentam

reduções mais importantes após o exercício (DULTRA et al., 2013).

Por outro lado o TR de alta intensidade pode aumentar a rigidez arterial,

porém retornando a valores basais após 4 a 8 semanas (OKAMOTO et al., 2015).

Esse aumento da rigidez arterial, habitual ou sem intervenção, está associado com

desenvolvimento de doenças cardiovasculares e pode prever o seu desenvolvimento

numa fase precoce (DOLAN et al., 2006; LI et al., 2006). O índice ambulatorial de

rigidez arterial (IARA) é um medida que é prontamente disponível a partir da MAPA e

podem proporcionar informações da função arterial e cardiovascular (DOLAN et al.,

2006; LI et al., 2006). O IARA parece estar associado independentemente à idade,

PA sistólica e pressão de pulso, e inversamente com o decréscimo noturno da PA

sistólica e diastólica (KOLIAS et al., 2012).

Contudo o exercício aeróbico de intensidade moderada tem sido comprovado

para prevenir HAS e para contribuir no controle da PA (PONTES JÚNIOR et al.,

2010). TR dinâmicos, realizados corretamente, podem contribuir para a redução da

PA tanto sistólica quanto diastólica (CORNELISSEN; SMART, 2013). Porém ainda

há poucas evidências sobre a eficácia do TRI para sua recomendação (GHADIEH;

SAAB, 2015).

Cornelissen e Smart (2013) verificaram os efeitos dos treinamentos aeróbio,

treinamento resistido dinâmico (TRD), e treinamento resistido isométrico (TRI) na PA

de repouso em adultos. Ambos os métodos de treinamento diminuíram valores da

PAS e PAD. Os dados de alguns estudos de TRI sugerem este tipo de treinamento

Page 21: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

20

como potencial para as maiores reduções na PA (CARLSON et al., 2014;

CORNELISSEN; SMART 2013; MILLAR et al., 2013).

3.4 Treinamento Resistido Isométrico e Pressão Arterial

Embora contrações puramente estáticas possam ser observadas apenas com

modelos in vitro, para os fins desta revisão o exercício isométrico é caracterizado por

envolver uma contração sustentada imóvel, contra uma determinada carga ou

resistência, com alteração mínima do comprimento muscular envolvido (CARLSON

et al., 2014; INDER et al., 2016; MILLAR et al., 2013). Esse tipo de contração

geralmente desempenha um papel secundário no TR como, por exemplo, durante

uma não estabilização muscular agonista, força de preensão manual, pausas entre

ações excêntricas e concêntricas (ACSM, 2009).

O exercício isométrico anteriormente estava associado com alterações

hemodinâmicas agudas exageradas, que consistem em aumentos na PAS, PAD e

também a um aumento na frequência cardíaca e débito cardíaco (CHRYSANT,

2010; INDER et al., 2016). Porém, a resistência vascular periférica não é tão

alterada ou reduzida, e essas mudanças hemodinâmicas retornam aos valores

basais logo após a finalização do exercício (CHRYSANT, 2010). Desta forma há

uma escassez de dados em relação às recomendações sobre a prática do TRI

(CHRYSANT, 2010, MILLAR et al., 2013).

Alguns estudos de revisão sugerem que o treinamento isométrico, de baixa a

moderada intensidade, não provoca o mesmo nível de estresse cardiovascular (por

exemplo, duplo produto) como atividade aeróbia, e o mais importante, não parece

elevá-la, como se pensava no passado (CARLSON et al., 2014; CHRYSANT, 2010;

INDER et al., 2016; MILLAR et al., 2013).

Segundo Millar et al. (2013), não houve relatos de deficiências ou prejuízos

físicos duradouros ou eventos clínicos significativamente desfavoráveis durante ou

resultante do TRI. Exercícios isométricos são realizados diariamente por muitas

pessoas em academias ou em casa, independentemente dos níveis de PA, além

disso, atividades diárias, tais como carregar uma mala envolve trabalho isométrico

(CHRYSANT, 2010).

Desta forma ao longo dos últimos anos, estudos buscam investigar o papel do

exercício isométrico na redução da PA em indivíduos com ou sem HAS

Page 22: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

21

(LAWRENCE et al., 2015; MILLAR et al., 2013). Adotadas em conjunto, as

evidências sugerem que o TRI pode ser utilizado como uma intervenção eficaz para

reduzir significativamente a PA em uma ampla população.

Protocolos de TRI usualmente consistem em quatro séries de 2 minutos de

contrações em handgrip ou legpress, sustentada a uma intensidade de 20-50% da

contração voluntária máxima (CVM), com intervalos de 1-5-minutos entre séries,

sendo realizado, normalmente, de três a cinco vezes por semana durante 4-10

semanas (LAWRENCE et al., 2015). Outros estudos têm utilizado métodos

semelhantes para o controle da intensidade no TRI, incluindo eletromiografia pico

(EMGpeak%) e frequência cardíaca pico (%FCpico) (CARLSON et al., 2014;

LAWRENCE et al., 2015).

As adaptações da PA ao TRI podem variar em relação à duração, frequência,

intensidade, volume, massa muscular, idade, sexo e PA de repouso (LAWRENCE et

al., 2015). Onde esses componentes individuais operam isoladamente, mas

interagem com aumento da complexidade associada com a relação entre PA e as

respostas ao treinamento (LAWRENCE et al., 2015 ; MILLAR et al., 2013).

Revisões sistemáticas atualizadas e subsequentes meta-análises (CARLSON

et al., 2014; LAWRENCE et al., 2015; MILLAR et al., 2013) confirmam as

descobertas anteriores de que TRI pode reduzir PA. Podendo ter uma magnitude da

redução semelhante, ou talvez maior, do que os benefícios previamente relatados

em outras modalidades exercício (exercício aeróbico ou resistido dinâmico). Essas

reduções foram observadas na PAS e PAD e foram consistentes entre os ensaios

incluídos (CARLSON et al., 2014). Ainda essas reduções da PA parecem ser

maiores em homens hipertensos e aqueles com mais de 45 anos de idade (INDER

et al., 2016).

Informações ainda são limitadas sobre os mecanismos responsáveis pelas

reduções observadas na PA induzidas pelo TRI (LAWRENCE et al., 2015; MILLAR

et al., 2013). A maioria dos estudos avaliaram apenas a variáveis primárias da PA e

não possíveis mecanismos (CARLSON et al., 2014). Ainda é provável que várias

adaptações sejam coletivamente responsáveis pelas reduções na PA pós-

treinamento e determinada por perfis patológicos individuais de cada participante

(MILLAR et al., 2013).

Porém, em termos práticos, possíveis mecanismos pelo qual a PA de repouso

é reduzida após o TRI envolvem um ou ambos fatores que determinam a PA: O

Page 23: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

22

débito cardíaco e a resistência vascular periférica total (MILLAR et al., 2013). Mais

especificamente as vias que aparecem como potenciais mecanismos para as

reduções de PA no treinamento isométrico podem ser neural (atividade simpato-

vagal), inflamatórias (espécies reativas de oxigênio) e vasculares (função endotelial

e complacência arterial) (CARLSON et al., 2014; LAWRENCE et al., 2015; MILLAR

et al., 2013).

Mesmo com ausência de uma explicação exata sobre mecanismos, o TRI

surge como uma potencial ferramenta, clinicamente útil, para a prevenção do

desenvolvimento da HAS ou tratamento (LAWRENCE et al., 2015). Profissionais de

saúde e indivíduos com HAS podem, talvez, beneficiar-se da simplicidade e custo

relativamente baixo de exercícios isométricos (INDER et al., 2016).

Outro fator importante que pode ter impacto na eficácia para reduzir PA é o

tipo de exercício realizado e o delineamento do programa nas respostas e

adaptações que supostamente resultam do TRI na PA (CARLSON et al., 2014;

LAWRENCE et al., 2015). Não há estudos prospectivos comparando diretamente os

efeitos do TRI na PA contra o TRD. Nessa área de estudo, medidas como o

monitoramento contínuo da PA ainda são pouco disponíveis, o que torna difícil

desvendar a interpretação destes achados (CARLSON et al., 2014; CORNELISSEN;

SMART, 2013; MILLAR et al., 2013).

Ensaios de TRI com duração acima de 10 semanas não foram relatados, por

isso as respostas da PA para além desse período ainda são desconhecidas, o que

enfatiza a necessidade de novos estudos (LAWRENCE et al., 2015; MILLAR et al.,

2013). E além da PA, o TR em geral, pode estar associado com outros efeitos

benéficos à saúde do indivíduo constituídos por um aumento na massa muscular, e

força de membros superior e inferior (CHRYSANT, 2010), ou até mesmo surgir como

uma alternativa em melhorar o desempenho da aptidão cardiorrespiratória para além

dos ganhos de força (GUIDO et al., 2010; HAGERMAN et al., 2000; HAYKOWSKY

et al., 2005).

3.5 Treinamento Resistido e Aptidão Cardiorrespiratória

A função cardiovascular durante exercício aeróbico máximo ou submáximo

demonstra ser um forte preditor de mortalidade e morbidade cardiovascular, assim

reduções nessas respostas sugerem uma redução à probabilidade de alguns fatores

Page 24: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

23

de risco cardiovascular (LOVELL et al., 2009). O aumento da aptidão

cardiorrespiratória pode refletir na realização de determinadas atividades físicas

habituais em um menor grau de desconforto, na realização de atividades da vida

diária e se relacionar com aspectos de saúde e funcionalidade dos indivíduos

(GUIDO et al., 2010; LOVELL et al., 2009).

Tradicionalmente melhorias na potência aeróbia, por meio do consumo

máximo de oxigênio (VO2max), são vistos como consequências regulares de

treinamento aeróbio, embora a transferência de efeitos fisiológicos do treinamento

de força para a potência aeróbica pode ser encorajada (GUIDO et al., 2010; LOVELL

et al., 2009; VINCENT et al., 2002). Desta forma a inclusão do TR em programas de

condicionamento físico pode ser incorporada em um regime abrangente de

exercícios para melhorar o desempenho aeróbio para além da força muscular

(BURICH et al., 2015; GUIDO et al., 2010; HAYKOWSKY et al., 2005; VINCENT et

al., 2002).

Determinadas adaptações aeróbias ao TR podem ser influenciadas pela idade

e condicionamento, logo, essas melhorias na capacidade aeróbia seriam maiores em

pessoas sedentárias (LOVELL et al., 2011; VINCENT et al., 2002). Mudanças

longitudinais na capacidade cardiorrespiratória que ocorrem com o envelhecimento,

são sensíveis à inclusão de fatores fisiológicos que também diminuem com a idade,

volume expiratório forçado e a frequência cardíaca máxima do exercício

representaram a maior parte do declínio, sendo maior em homens do que em

mulheres (CONLEY et al., 2000; HOLLENBERG et al., 2006).

O teste para verificar o VO2max é considerado o "padrão ouro” de medida da

função cardiovascular, e na maioria das vezes a razão para limitações à capacidade

aeróbia por períodos prolongados como uma medida de desempenho (HOLVIALA et

al., 2010; LOVELL et al., 2011). Neste sentido Chen et al. (2002) analisaram a força

da relação entre a percepção subjetiva do esforço e várias medidas de critério

fisiológicos, como frequência cardíaca, concentração de lactato sanguíneo, consumo

de oxigênio (VO2), que podem ser utilizadas de maneira auxiliar durante o teste

incremental. Dessa forma, essas variáveis ajudam a descrever o desempenho

funcional, mensurando relativas contribuições do sistemas aeróbio e glicolítico,

durante o exercício aeróbio máximo (BERTUZZI et al., 2013; HOLVIALA et al.,

2010).

Page 25: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

24

Embora o benefício do TR sobre melhorias na força muscular de indivíduos

esteja bem estabelecido, seu efeito nas adaptações as respostas cardiorrespiratórias

ainda não está claro (BURICH et al., 2015; CADORE et al., 2011; GUIDO et al.,

2010; HAYKOWSKY et al., 2005; LOVELL et al., 2009; VINCENT et al., 2002).

Desta forma, Haykowsky et al. (2005) verificaram que 12 semanas de TR ou

combinado (força e aeróbio) pode ser tão eficaz como o treinamento aeróbio para o

aumento do VO2pico. No entanto, o treinamento de força e o combinado são mais

eficazes, do que treinamento aeróbio isolado, na melhoria da força de membro

superior e inferior em mulheres idosas saudáveis.

Neste caminho, Vincent et al. (2002) analisaram o efeito de seis meses de TR

de alta ou baixa intensidade sobre a capacidade aeróbia e tempo de esteira até a

exaustão em adultos com idades entre 60 a 83 anos, e demonstraram melhoria da

potência aeróbia em indivíduos idosos saudáveis após ambas intensidades de

treinamento físico.

No entanto Cadore et al. (2011) acompanharam homens idosos durante 12

semanas com TR, treinamento aeróbio ou ambos na mesma sessão, não verificando

nenhuma interferência do efeito do TR nos ganhos de potência aeróbia.

Embora evidências demonstrem a possibilidade do TR alterar favoravelmente

índices da aptidão aeróbia, os mecanismos responsáveis por essas adaptações não

são totalmente conhecidos, podendo estar relacionadas a adaptações centrais ou

periféricas (GUIDO et al., 2010; HAYKOWSKY et al., 2005; LOVELL et al., 2011).

Guido et al. (2010) relataram que seria pouco provável que ocorresse

adaptações centrais como aumento da câmara cardíaca e, consequentemente,

aumento no volume sistólico em decorrência do TR. Essas adaptações explicariam

uma melhor aptidão aeróbia. É possível que os aumentos de força muscular possam

propiciar, em idosos, melhores desempenhos durante o teste de esforço

cardiorespiratório. Corroborando estudos mostraram que adaptações cardíacas não

ocorreram após TR, indicando que o aumento no VO2pico poderia estar relacionado

à melhorias na morfologia do músculo esquelético, tamanho do músculo e

capacidade oxidativa (CONLEY et al., 2000; GUIDO et al., 2010; HAYKOWSKY et

al., 2005).

Alterações periféricas, em vez de centrais, podem ser prováveis responsáveis

para o aumento significativo do VO2max após TR, quando, por exemplo, o débito

cardíaco permanece inalterado (HAYKOWSKY et al., 2005). Esse aumento da

Page 26: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

25

capacidade oxidativa muscular pode ser devido à formação de novos vasos

capilares e mitocôndria nos músculos treinados (CONLEY et al., 2000). Logo uma

maior área de superfície disponível para a troca entre os capilares e fibras

musculares permite provavelmente um aumento da capacidade de permuta de

oxigênio (CONLEY et al., 2000; GUIDO et al., 2010; LOVELL et al., 2011; VINCENT

et al., 2002).

Outro fator que poderia influenciar, é que, apesar da especificidade do

treinamento força, os indivíduos podem melhorar a economia de movimento durante

a atividade aeróbica (CADORE et al., 2011). Contudo, o TR pode surgir como uma

alternativa, complementar e não substituta ao treinamento aeróbio, até porque os

ganhos observados são modestos quando comparados aos induzidos por

treinamento mais específico (GUIDO et al., 2010).

Page 27: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

26

4 MÉTODOS

4.1 Abordagem Experimental do Problema

Trata-se de um estudo clínico controlado (SOUZA, 2009) para analisar os

efeitos de diferentes métodos de TR na PA e capacidade funcional de homens pré-

hipertensos. Programas de TR no modelo dinâmico (TRD) e isométrico (TRI) foram

conduzidos por um período de 12 semanas. Ambos ocorreram igualmente numa

frequência semanal de 3 vezes, intensidade de 60% de uma repetição máxima

(1RM) e duração aproximada de 45 minutos por sessão. Para testar a hipótese de

que magnitudes diferentes nas respostas de PA e capacidade funcional ocorrem em

decorrência dos distintos modelos de TR, a monitorização ambulatorial da PA

(MAPA), além de testes de 1RM e potência aeróbia máxima (Pmax) foram realizados

em grupos de TRD, TRI e Controle, porém pareados nas suas características de

idade, antropometria, PA e capacidade funcional.

Figura 1 - Desenho experimental.

S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12

AF e

AnameseECG MAPA APCR F1 F2 1RM AF MAPA APCR 1RM

3 sessões/sem

Isométrico

Dinâmico

ControleIsométrico

DinâmicoIsométrico

Dinâmico

Controle

AF: avaliação física; ECG: eletrocardiograma; MAPA: monitoração ambulatorial da pressão arterial; APCR: teste de aptidão cardiorrespiratória; F1 e F2: sessões de familiarização; 1RM: teste de 1 repetição máxima; S: semanas.

4.2 Caracterização da Amostra e Aspectos Éticos

A amostra final foi composta por 29 indivíduos previamente sedentários e do

sexo masculino, entre 40 e 60 anos de idade. Os mesmos foram alocados em três

grupos, sendo o TRD (n= 9), TRI (n= 10) e Controle (n= 10). Os critérios de inclusão

foram: i) apresentar na MAPA de vigília ou sono PA sistólica superiores a 120 e/ou

110 mmHg, respectivamente, e/ou PA diastólica superiores a 80 e/ou 70 mmHg,

respectivamente (SBC, 2016; SBC, 2011) e; ii) disponibilidade de tempo para

participação no estudo. Como critérios de exclusão apresentar: i) PA sistólica e

Page 28: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

27

diastólica >160 e/ou >105 mmHg, respectivamente; ii) anormalidade no

eletrocardiograma de repouso; iii) doenças cardiometabólicas ou disfunções no

histórico de saúde, ou limitações ósteomusculares que impeçam a realização do TR;

iv) não cumprir com um mínimo de 80% de participação nos programas de TR. Após

assinarem um termo de consentimento livre e esclarecido (resolução 466/12), o qual

fora previamente aprovado pelo Comitê de Ética e Deontologia em Pesquisa da

Universidade Federal do Vale do São Francisco (Número do Protocolo 1.141.198)

todos os participantes foram conduzidos aos procedimentos experimentais do

estudo.

Para fins de caracterização da amostra foi verificada a estatura e o peso (para

cálculo do IMC: peso/estatura2) através de uma balança digital (marca Marte LC 200,

São Paulo, Brasil) com variação de 0,1kg e um estadiômetro em barra vertical

acoplado, inextensível, graduado a cada 0,5cm. Para as circunferência da cintura e

do abdômen (LOHMAN et al., 1988) foi utilizado uma trena antropométrica da marca

Cescorf (Porto Alegre/RS, Brasil) de aço flexível, com escala sequencial, resolução

em milímetros, com 2m de comprimento e 6mm de largura

A figura 2 apresenta a alocação e acompanhamento dos sujeitos em cada

grupo conforme recomendações do CONSORT 2010 (SCHULZ et al., 2010).

Figura 2 - Fluxograma amostral.

Avaliados quanto

à elegibilidade

(n = 40)

Amostra final

(n = 36)

Grupo Controle Grupo Isométrico Grupo Dinâmico

(n = 10) (n = 13) (n = 13)

Desistência Desistência Desistência

(n = 00) (n = 03) (n = 04)

Grupo Controle Grupo Isométrico Grupo Dinâmico

(n = 10) (n = 10) (n = 09)

Recrutamento

Excluídos (n = 04)

→ Anamnese (n=02)→ Alteração no ECG (n=01)→ MAPA não atendeu o critério (n=01)

Alocação

Seguimento

Análise

Page 29: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

28

A tabela 1 apresenta as características gerais, funcionais e MAPA de cada

grupo previamente aos procedimentos de intervenção, onde não ocorreram

diferenças entre os grupos para nenhuma das variáveis (P > 0,05).

Tabela 1 - Média (±DP) das características da amostra.

CONTROLE ISOMÉTRICO DINÂMICO F p

Idade (anos) 50,6 ± 5,2 50,8 ± 5,8 50,7 ± 5,7 0,003 0,997

Peso (kg) 82,7 ± 14,3 85,2 ± 15,4 91,2 ± 20,6 0,627 0,542

Estatura (cm) 169 ± 7,9 173 ± 6,0 170 ± 6,9 0,846 0,441

IMC (kg.m-2

) 29,0 ± 4,0 28,5 ± 4,4 31,3 ± 4,9 1,085 0,353

C.Cint (cm) 97,4 ± 11,8 95,0 ± 10,2 101,6 ± 10,1 0,907 0,416

C.ABD (cm) 101,5 ± 12,4 101,7 ± 12,2 106,9 ± 11,8 0,684 0,514

PAS 24h (mmHg) 125 ± 5,8 125 ± 7,9 130 ± 4,1 1,754 0,193

PAD 24h (mmHg) 81 ± 4,5 82 ± 7,0 83 ± 3,7 0,473 0,628

FC 24h (bpm) 76 ± 6,4 74 ± 9,8 78 ± 15,7 0,243 0,786

Σ 1RM MMSS (kg) 211,3 ± 32,6 193,4 ± 34,8 193,6 ± 38,1 0,844 0,441

Σ 1RM MMII (kg) 323,6 ± 49,1 323,1 ± 58,4 275,8 ± 53,4 2,428 0,108

Pmax (W) 132,0 ± 21,0 127,5 ± 17,7 146,7 ± 25,7 2,022 0,153

Fonte: Dados do autor. IMC: índice de massa corporal; C.Cint: circunferência da cintura; C.ABD: circunferência abdominal; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; FC: frequência cardíaca; Σ 1RM MMSS: somatório do teste de 1RM de membros superiores; Σ 1RM MMII: somatório do teste de 1RM de membros inferiores; Pmáx: potência aeróbia máxima.

4.3 Procedimentos

Para ambos os grupos (TRD e TRI) o procedimento experimental teve

duração de 12 semanas, com frequência semanal de três vezes, intensidade de

60%1RM e duração de 45 minutos cada sessão. Os segmentos musculares exigidos

foram alternados durante três passagens por um circuito de máquinas de força

(Evidence, Cachoeirinha/RS-Brasil; Physicus, Auriflama/SP-Brasil) com os exercícios

de supino máquina, cadeira extensora, puxada a frente, cadeira flexora,

desenvolvimento na máquina e leg press (Figura 3). O grupo TRD realizou 12

repetições para exercícios de membros inferiores (MMII) e 8 repetições para

exercícios de membros superiores (MMSS), onde cada repetição teve uma duração

de 1 segundo na fase concêntrica do movimento e 2 segundos na excêntrica. Entre

exercícios ocorreu um período de descanso de 90 segundos e entre circuitos de 2

minutos. O grupo TRI seguiu a mesma ordem e períodos de descanso entre

Page 30: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

29

exercícios e circuitos realizados pelo grupo TRD. Entretanto, o método empregado

foi a partir de contração isométrica, com o indivíduo permanecendo na ação

muscular estática do movimento a um ângulo de desvantagem mecânica pré-

determinado (FOLLAND et al., 2005). O tempo da contração muscular isométrica

para o TRI foi semelhante ao tempo destinado à realização da série no TRD, com 36

segundos para MMII e 24 segundos para MMSS. O grupo Controle não realizou

nenhum tipo de exercício físico durante o período da intervenção. Durante a

intervenção todos os participantes mantiveram suas rotinas nutricionais, sem

quaisquer aconselhamentos por parte dos pesquisadores, bem como os grupos TRD

e TRI não participaram de nenhum outro tipo de intervenção com exercício além da

proposta no estudo.

Figura 3 - Exercícios realizados no circuito, em ângulo de desvantagem

mecânica.

4.4 Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA)

O exame de MAPA foi realizado através de equipamento (Meditech ABMP-04)

devidamente validado (BARNAL et al., 1998; CONEN; BAMBERG, 2008). O

equipamento foi anexado ao indivíduo para realização de medidas de PA sistólica

(PAS), diastólica (PAD), e frequência cardíaca (FC) durante 24 horas, com

mensurações a cada 15 minutos durante a vigília e 30 minutos durante o sono. O

Page 31: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

30

manguito foi instalado no braço não dominante do participante, o qual recebeu

instruções para permanecer parado com o braço relaxado ao lado do corpo sempre

que fosse realizada a medida (SBC, 2011). Os exames de MAPA foram realizados

pré-treinamento e após 48-72h da última sessão de TR, ou Controle ao final das 12

semanas de intervenção. Os períodos de 24 horas, vigília e sono foram

considerados para análise. A partir dos resultados de 24 horas da MAPA, também foi

possível obter 1) a carga pressórica (CP), sendo o percentual de medidas acima dos

valores de referência considerados normais (SBC, 2011) e 2) o índice ambulatorial

de rigidez arterial (IARA) através do coeficiente de regressão [1 - inclinação PAD;

PAS] (LI et al., 2006). O horário do sono foi determinado pelo participante antes da

programação do exame, e todos participantes foram instruídos a manter suas

atividades habituais sem o uso de cafeína, álcool e medicamentos durante e nas 24

horas precedentes ao exame. Os dados foram considerados válidos, com no mínimo

75% das medidas individuais de cada MAPA realizadas com sucesso (CARVALHO

et al., 2009).

4.5 Teste de Aptidão Aeróbia

Para a avaliação da aptidão aeróbia foi realizado um teste incrementaI (TI)

aeróbio máximo em cicloergômetro (Biotec 2100, Cefise). O TI iniciou com um

aquecimento de 1 minuto sem carga, seguido de incrementos de 15 watts a cada

estágio de 3 minutos. Os participantes foram orientados a manter uma frequência de

60 rpm’s durante todo o teste, até a exaustão voluntária máxima ou a não

manutenção da rotação pré-estabelecida (MOREIRA et al., 2007). O último estágio

do teste foi considerado válido quando o indivíduo permanecia ao menos um minuto

no mesmo. Durante a realização do TI, medidas de potência aeróbia máxima

(Pmax), percepção subjetiva de esforço máxima (PSEmax) (BORG, 1982) e

frequência cardíaca máxima (FCmax) (Polar® RS800CX, Electro Oy, Kempele,

Finlândia) foram realizadas. Além disso, o cálculo do custo da FC através da razão

FCmax/Pmax foi realizado, o que possibilitou a investigação da relação eficiência-

economia cardiovascular ao longo da intervenção (SILVA et al., 2015).

Page 32: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

31

4.6 Teste de uma Repetição Máxima (1RM)

Após realização de anamnese com histórico de saúde e mensurações de

variáveis antropométricas (peso, estatura, índice de massa corporal e

circunferências), os participantes dos grupos TRD, TRI e Controle realizaram o teste

de 1RM nos momentos pré, 6 semanas (para reajuste das cargas nos exercícios dos

grupos TR) e 12 semanas pós-intervenção nos exercícios acima descritos (segundo

os procedimentos). O protocolo do teste de 1RM ocorreu a partir de um aquecimento

com duas séries de exercícios intercaladas por um descanso de 2 minutos, sendo

uma com 15 a 20 repetições entre 40-60% e outra com 5 a 10 repetições entre 60-

80% da força máxima percebida. Após dois minutos de recuperação a carga foi

incrementada para a realização da primeira tentativa no teste. O movimento foi

realizado com o indivíduo podendo ou não vencer a resistência oferecida e, após um

intervalo de 3 a 5 minutos, a carga foi respectivamente, aumentada ou diminuída

para permitir a realização de uma única repetição e obtenção da 1RM. Foram

permitidas o número máximo de quatro tentativas na mesma sessão. Previamente

ao teste de 1RM, duas sessões de familiarização com os equipamentos de força

foram realizadas e cada participante realizou os testes sempre no mesmo período do

dia (KRAEMER; FRY, 1995; RITTI DIAS et al., 2013).

4.7 Análise Estatística

Estatística descritiva com média e desvio padrão foi realizada. A normalidade

da distribuição dos dados foi testada pelo Shapiro-Wilk test. O teste de Levene foi

utilizado para verificar a homogeneidade da variância entre os grupos nos momentos

pré e pós-intervenção. ANOVA (one-way), para verificar diferenças no baseline e

variação percentual, ANOVA (two-way) com delineamento misto foi utilizada para

verificar o efeito da interação tempo (Pré vs. Pós) X grupo (Controle, Isométrico e

Dinâmico) além do efeito principal do tempo nos diferentes grupos. Os resultados de

“F-ratio” e valor “P” foram reportados. Post hoc de Bonferroni foi aplicado para

identificação dos pares de diferença e o valor “P” considerado. Correlação de

Pearson foi empregada para verificar a associação da aptidão aeróbia com a força

neuromuscular. O alfa adotado foi de 5% e o software utilizado foi o SPSS 22.0 for

Windows (SPSS, Inc., Chicago, IL).

Page 33: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

32

5 RESULTADOS

A tabela 2 apresenta os resultados da MAPA para os períodos de 24 horas,

vigília e sono nos momentos pré e pós-intervenção entre os grupos TRD, TRI e

Controle. Não foram observadas interações tempo x grupo na PA sistólica, PA

diastólica, CP, frequência cardíaca e índice ambulatorial de rigidez arterial (P >

0,05). Por outro lado, ocorreu um efeito principal do tempo indicando redução na

média da PAD do grupo TRI no período 24 horas (P = 0,022) e vigília (P = 0,016).

Para PAD no período do sono não ocorreu efeito principal do tempo (P > 0,05).

Ao analisar a CP não se verificou efeito principal do tempo na PAS em

nenhum dos períodos analisados (P > 0,05). No entanto, ocorreu um efeito principal

do tempo indicando redução na CP da PAD do grupo TRI no período de vigília (P =

0,013). Por outro lado, ao analisar os períodos de sono e 24 horas não foi possível

identificar efeito principal do tempo (P > 0,05) (Tabela 2).

A tabela 2 também demonstra que ao contrário dos grupos TRI e Controle (P

> 0,05), no grupo TRD ocorreu um efeito principal do tempo indicando aumento do

IARA (P < 0,01).

Page 34: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

33

Tabela 2 - Média (±DP) das respostas de pressão arterial, FC e IARA nas diferentes

intervenções e considerando os diferentes períodos do dia.

CONTROLE ISOMÉTRICO DINÂMICO Tempo Tempo x grupo

PAS (mmHg)

24 horas Pré

Pós

125 ± 6

125 ± 6

125 ± 8

121 ± 8

130 ± 4

130 ± 7

F = 2,291

p = 0,142

F = 0,995

p = 0,383

Vigília Pré

Pós

128 ± 6

128 ± 7

129 ± 7

125 ± 7

133 ± 5

131 ± 8

F = 3,480

p = 0,073

F = 1,686

p = 0,205

Sono Pré

Pós

116 ± 9

117 ± 8

115 ± 10

112 ± 10

118 ± 12

122 ± 11

F = 0,123

p = 0,728

F = 1,473

p = 0,248

PAD (mmHg)

24 horas Pré

Pós

81 ± 4

80 ± 5

83 ± 7

80 ± 6 *

83 ± 4

82 ± 5

F = 5,959

p = 0,022

F = 0,658

p = 0,527

Vigília Pré

Pós

83 ± 5

83 ± 5

86 ± 7

82 ± 7 *

86 ± 5

84 ± 5

F = 6,703

p = 0,016

F = 2,409

p = 0,110

Sono Pré

Pós

72 ± 7

70 ± 6

72 ± 10

70 ± 6

72 ± 11

74 ± 8

F = 0,158

p = 0,694

F = 1,221

p = 0,311

CPPAS (%)

24 horas Pré

Pós

52,2 ± 20,4

51,3 ± 21,3

52,4 ± 26,0

42,0 ± 26,4

69,3 ± 9,5

65,0 ± 22,4

F = 2,924

p = 0,099

F = 0,864

p = 0,433

Vigília Pré

Pós

41,1 ± 23,4

42,1 ± 25,6

41,8 ± 27,7

31,3 ± 25,7

63,5 ± 18,4

57,7 ± 25,3

F = 1,721

p = 0,201

F = 0,686

p = 0,531

Sono Pré

Pós

73,7 ± 28,8

70,4 ± 23,0

63,8 ± 30,2

56,2 ± 32,0

69,8 ± 31,6

80,7 ± 25,9

F = 0,000

p = 0,994

F = 1,421

p = 0,260

CPPAD (%)

24 horas Pré

Pós

72,0 ± 16,5

68,4 ± 15,1

76,9 ± 18,4

70,7 ± 19,1

78,9 ± 9,5

78,6 ± 13,9

F = 3,093

p = 0,090

F =0,753

p = 0,481

Vigília Pré

Pós

41,3 ± 22,6

39,3 ± 26,1

53,6 ± 26,0

39,1 ± 32,2*

61,7 ± 21,4

50,1 ± 25,6

F = 7,124

p = 0,013

F = 1,190

p = 0,320

Sono Pré

Pós

60,2 ± 23,0

54,3 ± 28,5

56,9 ± 33,4

56,3 ± 24,1

61,2 ± 34,7

65,9 ± 29,8

F = 0,013

p = 0,909

F = 0,337

p = 0,717

FC (bpm)

24 horas Pré

Pós

76 ± 6

78 ± 6

74 ± 10

74 ± 12

78 ± 16

78 ± 16

F = 0,426

p = 0,520

F = 0,242

p = 0,787

Vigília Pré

Pós

78 ± 7

82 ± 7

79 ± 10

77 ± 13

80 ± 16

81 ± 16

F = 0,391

p = 0,537

F = 1,572

p = 0,227

Sono Pré

Pós

67 ± 6

67 ± 6

64 ± 6

63 ± 9

67 ± 15

68 ± 15

F = 0,003

p = 0,956

F = 0,092

p = 0,912

IARA Pré

Pós

0,39 ± 0,19

0,43 ± 0,16

0,34 ± 0,15

0,40 ± 0,15

0,37 ± 0,16

0,50 ± 0,12*

F = 8,927

p < 0,01

F = 1,198

p = 0,318

Fonte: Dados do autor. PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; CP: carga pressórica; FC: frequência cardíaca; IARA: índice ambulatorial de rigidez arterial. * p≤ 0,05 em comparação ao pré dentro do grupo.

Page 35: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

34

A figura 4 apresenta a variação percentual (Δ%) nos testes de 1RM

aplicados pré e pós-intervenção nos grupos investigados. Ocorreram diferenças

significativas entre os grupos ao considerar a força de membros superiores (MMSS),

membros inferiores (MMII) e todos os exercícios (TOTAL), onde o grupo TRD

apresentou maiores ganhos na força máxima quando comparado ao TRI (P < 0,05),

e ambos os grupos de TR foram significativamente superiores ao grupo Controle (P

< 0,05).

Figura 4 - Média (±DP) da variação percentual nas medidas de força obtidas no

teste de 1RM nas diferentes intervenções.

Fonte: Dados do autor. Σ 1RM MMSS: somatório do teste de 1RM membros superiores; Σ 1RM MMII: somatório do teste de 1RM membros inferiores; Σ 1RM TOTAL: somatório do teste de 1RM considerando todos os exercícios.

† p<0,05 para o isométrico; * p<0,05 para o controle.

Os resultados de aptidão aeróbia durante o TI aeróbio máximo nos momentos

pré e pós-intervenção entre os grupos estudados estão apresentados na tabela 3.

Ao contrário do grupo Controle (P > 0,05), um efeito principal do tempo ocorreu na

Pmax dos grupos TRD e TRI (P < 0,01). Foi possível evidenciar uma interação

tempo X grupo na Pmax indicando resultados superiores para o grupo TRD quando

comparado aos grupos TRI e Controle (P < 0,01).

A tabela 3 ainda demonstra a ausência de efeito principal do tempo ou

interação tempo X grupo na FCmax (P > 0,05). A PSEmax também não apresentou

efeito principal do tempo (P > 0,05), porém com interação tempo X grupo (P < 0,05).

Ao contrário do grupo Controle (P > 0,05), um efeito principal do tempo

ocorreu no Custo da FC dos grupos TRD e TRI indicando redução a partir da

intervenção (P < 0,01). Ainda, uma interação tempo X grupo apontou para uma

Page 36: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

35

redução no Custo da FC do grupo TRD quando comparado aos grupos TRI e

Controle (P < 0,01) (Tabela 3).

Tabela 3 - Média (±DP) das variáveis da aptidão aeróbia obtidas no TI aeróbio

máximo nas diferentes intervenções.

CONTROLE ISOMÉTRICO DINÂMICO Tempo Tempo x grupo

Pmax (W) Pré

Pós

132 ± 21

129 ± 21

128 ± 18

144 ± 23*

147 ± 26

178 ± 20*†

F = 66,532

p < 0,01

F = 29,195

p < 0,01

FCmax (bpm) Pré

Pós

164 ± 9

162 ± 10

156 ± 14

157 ± 7

156 ± 6

158 ± 10

F = 0,013

p = 0,909

F = 0,617

p = 0,547

PSEmax Pré

Pós

19 ± 1

18 ± 1

18 ± 2

19 ± 1

18 ± 1

19 ± 1#

F = 3,370

p = 0,078

F = 3,892

p = 0,033

Custo FC

(bpm/W) Pré

Pós

1,27 ± 0,18

1,28 ± 0,18

1,26 ± 0,27

1,12 ± 0,21*

1,09 ± 0,19

0,90 ± 0,11*†

F = 34,292

p < 0,01

F = 11,577

p < 0,01

Fonte: Dados do autor. Pmax: potência aeróbia máxima; FCmax: frequência cardíaca máxima; PSEmax: percepção subjetiva de esforço máxima; Custo FC: custo da frequência cardíaca. * p < 0,01 para o Pré dentro do grupo; † p < 0,01 para o Pós-isométrico e controle; # p<0,05 para o Pós-controle.

Por fim, verificou-se que a variação percentual na Pmax dos grupos TRD e

TRI está positivamente correlacionada com os resultados da variação percentual no

somatório do teste de 1RM total (r = 0,65; P < 0,01), como apresenta a Figura 5.

Page 37: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

36

Figura 5 - Correlação entre as variações percentuais (Δ%) da potência aeróbia

máxima (Pmáx) e força nos testes de 1RM total.

Fonte: Dados do autor. Σ 1RM total: somatório 1RM de todos os exercícios; Pmáx: potência aeróbia máxima.

Page 38: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

37

6 DISCUSSÃO

Os principais resultados demonstraram que 12 semanas de TRI e TRD não

diferem nas alterações da PA de homens pré-hipertensos (Tabela 2).

No tocante a PA, um estudo de metanálise (CORNELISSEN; SMART, 2013)

verificou o efeito independente do TRD e TRI. Embora, com resultados não

conclusivos para o TRI, esses autores demonstraram que ambos os modelos podem

diminuir a PAS e PAD. Outros trabalhos de revisão e metanálise (CARLSON et al.,

2014; INDER et al., 2016; LAWRENCE et al., 2015; MILLAR et al., 2013) suportam

que a magnitude do efeito do TRI na PA pode ser maior do que no treinamento

aeróbio ou TRD. No presente estudo, devido o desenho experimental investir na

comparação controlada entre métodos (TRI vs. TRD vs. Controle), a magnitude de

decréscimo não foi suficiente para indicar interação significativa entre grupos (Tabela

2). Contudo, um efeito principal da intervenção com TRI foi possível evidenciar ao

longo do tempo, o qual refletiu em redução da PAD nos períodos das 24 horas (∆ = -

2,7±4,4 mmHg) e vigília (∆ = -3,8±4,9 mmHg), bem como reduziu a CPPAD na vigília

(∆ = -14,5±22,6%) na amostra de homens pré-hipertensos. Santos et al. (2015)

também verificaram uma diminuição semelhante na CPPAD em indivíduos

hipertensos, porém, apenas após regime de treinamento aeróbio intenso (∆ Vigília =

-15,9 %; P=0,016) e não moderado (∆ Vigília = 3,3%; P=0,566). A redução da CP se

reflete em importante aplicação clínica, uma vez que valores elevados nessa variável

estão associados a lesões de órgãos-alvo (BEN-DOV et al., 2007). Ainda Whelton et

al. (2002) demonstraram que pequenas mudanças na PA a longo prazo pode ter um

impacto relevante na sobrevida cardiovascular. Mais especificamente, os autores

demonstraram que uma redução de apenas 2 mmHg em ambos PAS e PAD está

associado com uma diminuição de 6 a 14% e 4 a 6% em infarto agudo do miocárdio

e doença arterial coronariana, respectivamente. Uma pequena redução de 2 mmHg

na PAD também foi associada com uma redução de 17% na prevalência de

hipertensão na população em geral. Além disso, a redução de 3 mmHg na PA pode

reduzir o risco total de mortalidade em 4%.

Neste trabalho, ao contrário dos grupos TRI e Controle, a intervenção com

TRD promoveu um aumento significativo no tempo do IARA (Tabela 2). O IARA,

obtido através da MAPA 24 horas, apresenta associação com a velocidade de onda

de pulso, e tem sido introduzido como uma nova medida da função arterial

Page 39: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

38

(KOLLIAS et al., 2012; LI et al., 2006). Okamoto et al. (2015) verificaram que 16

semanas continuas de TRD, a 75% de 1RM, aumentou a rigidez arterial avaliada

pela velocidade de onda de pulso. Nesse sentido, especula-se que o grupo TRD do

presente estudo tenha seus resultados de MAPA influenciados pelo aumento do

IARA. Contudo, mais estudos são necessários esclarecendo as possíveis

interferências entre essas variáveis durante diferentes modelos de TR.

Além disso, constatou-se aumento na variação percentual da força avaliada

pelo teste de 1RM, onde ambos os métodos de TR foram efetivos, sobretudo, com

resultados superiores para o grupo TRD na somatória total dos grupos musculares

(∆ = 43,1±10,6%) quando comparado ao TRI (∆ = 24,1±7,1%) e Controle (∆ =

4,2±11,5%) (Figura 4).

Folland et al. (2005) observaram que 9 semanas de intervenção promoveu

aumento da força isocinética de maneira semelhante entre os grupos TRI (∆ =

10,5%) e TRD (∆ = 10,7%). Contudo, esses autores evidenciaram que a força

isométrica foi significativamente superior para o grupo TRI (∆ = 18,0%) em relação

ao TRD (∆ = 13,1%). Balshaw et al. (2016) nesse mesmo caminho verificou que 12

semanas de intervenção com contração muscular dinâmica produziu uma maior

adaptação funcional comparada a contração muscular sustentada. Topp et al. (2002)

verificaram a eficiência de ambos os métodos na melhora da capacidade funcional

em pacientes com osteoartrite do joelho. O TR é um importante componente para a

saúde e reabilitação, onde aumentos significativos da força muscular têm sido

atribuídos a adaptações neurológicas e morfológicas (FOLLAND; WILLIAMS, 2007).

Um ponto chave é que a maioria dos protocolos de TRI tem adotado apenas o

exercício de handgrip e em intensidades entre 20% e 50% da contração voluntária

máxima (LAWRENCE et al., 2015), o que talvez possa limitar benefícios funcionais

em potencial como os adquiridos pelo TRD ou mesmo TRI. Este último quando

empregando numa maior intensidade e especialmente em diferentes grupos

musculares em um programa de exercícios promoveu aumentos significativos na

força avaliada pelo teste de 1RM (Figura 4).

Outro achado foi que ambas as intervenções com TR apresentaram melhoras

importantes na aptidão aeróbia (Tabela 3). Entretanto, semelhante aos ganhos na

força, o grupo TRD apresentou melhores resultados na aptidão aeróbia (∆ Pmax =

22,9±10,7%; ∆ Custo FC = -17,0±8,0%) quando comparado ao TRI (∆ Pmax =

12,9±6,1%; ∆ Custo FC = -10,2±7,0%) e Controle (∆ Pmax = -2,1±7,4%; ∆ Custo FC

Page 40: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

39

= 1,0±4,9%). Tradicionalmente, modelos de treinamento aeróbio são primariamente

recomendados para promover aumentos da aptidão cardiorrespiratória (ACSM,

2011). Embora, as melhores adaptações estejam relacionadas à especificidade na

modalidade do treinamento empregado (CADORE et al. 2011; HOLVIALA et al.,

2010), estudos demonstram que o TR ou combinado podem melhorar a função

cardiovascular de homens mais velhos, para além do aumento da força muscular

(LOVELL et al., 2009; HAYKOWSKY et al., 2005). Vincent et al. (2002)

demonstraram que 6 meses de TR em regimes de 50% ou 80% de 1RM

promoveram aumentos semelhantes no consumo de oxigênio pico de idosos.

Possíveis mecanismos têm sido discutidos no tocante a melhora da aptidão

aeróbia através do TR. Haykowsky et al. (2005) destacam as adaptações centrais

através de um possível aumento da câmara cardíaca e consequente aumento no

volume sistólico em decorrência do TR. Por outro lado, outros trabalhos (CONLEY et

al., 2000; GUIDO et al., 2010; LOVELL et al., 2011; VINCENT et al., 2002) tem

discutido o aumento da capacidade oxidativa muscular com o TR devido à formação

de novos capilares sanguíneos e mitocôndrias nos músculos treinados, como um

caminho em potencial para uma maior área de superfície disponível para permuta de

oxigênio entre capilares e fibras musculares. Independente do mecanismo, o qual

não foi objetivo do presente estudo, correlação significativa e positiva (P < 0,05) foi

evidenciada entre as variações percentuais da Pmax e do teste de 1RM total (r =

0,65) (Figura 5). Assim, tais resultados sugerem uma possível relação entre as

adaptações neuromusculares (Figura 4) e aeróbias (Tabela 3) obtidas através dos

regimes de TR empregados. Entretanto, mecanismos que explicam esse

relacionamento ainda precisam ser melhor investigados.

Para o nosso conhecimento, este é o primeiro estudo controlado a investigar

e comparar 24 horas de respostas da PA entre diferentes modelos de intervenção

com TR (isométrico vs. dinâmico) e embora, a resposta hipotensiva ao exercício

físico seja um fenômeno fisiológico heterogêneo, para alguns sujeitos o exercício

parece ser protocolo dependente (COSTA et al., 2016), no presente estudo

resultados com aplicações clínicas e práticas foram apresentados. No entanto o

trabalho apresenta algumas limitações, dentre as mais importantes a não

randomização dos grupos, falta de controle dietético e o período de treinamento não

padronizado entre indivíduos em um mesmo turno do dia. O tamanho amostral,

embora possa representar uma das limitações, se assemelha a estudos originais de

Page 41: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

40

mesma natureza e desfechos analisados em revisões sistemáticas sobre o assunto

(CARLSON et al., 2014; CORNELISSEN; SMART, 2013; MILLAR et al., 2013).

Finalmente, o presente estudo utilizou o teste de 1RM para prescrição e avaliação

das adaptações aos diferentes regimes de TR. Tendo em vista ser um método

dinâmico, especula-se um possível viés de especificidade do teste na avaliação dos

resultados encontrados. Por outro lado, Juneja, Verma e Khanna (2010) em uma

revisão sistemática de 15 estudos testaram a associação entre avaliações de força

isométrica e força dinâmica, e verificaram correlações de moderada a alta (P < 0,05),

principalmente para os grandes grupos musculares, semelhantes aos empregados

na metodologia do presente estudo.

Page 42: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

41

7 CONCLUSÃO

Os achados revelaram que 12 semanas de TRI e TRD não diferem na

alteração da PA, CP, frequência cardíaca e índice ambulatorial de rigidez arterial. No

entanto um efeito principal da intervenção com TRI foi possível evidenciar ao longo

do tempo Ainda, apesar de uma menor magnitude que o TRD, o TRI aumentou a

força e a aptidão aeróbia de maneira significativa.

Os resultados sugerem que para melhora da força muscular e aptidão aeróbia

o TRD surge como uma boa alternativa, porém para o objetivo primário de controle

da PA o TRI apresentou bom resultados, ainda se o indivíduo possui alguma

limitação articular, o TRI pode ser uma alternativa para melhoras de força e aptidão

ainda que em menor magnitude que o TRD.

Tendo em vista que a ação muscular pode modular diferentemente os

resultados obtidos com o TR, torna-se importante considerar essa variável na

prescrição do treinamento. Assim, os resultados deste estudo pode ter aplicação

prática, principalmente para participantes com características similares aos do

presente estudo, pré-hipertensos

Page 43: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

42

REFERÊNCIAS

AAGAARD, P.; MAYER, F. Neuronal adaptations to strength training. Dtsch Z Sportmed. v. 58, n. 2, 2007, p: 50-53. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Progression Models in Resistance Training for Healthy Adults. Med Sci Sports Exerc. v. 41, n. 3, 2009, p: 687-708. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Med Sci Sports Exerc. v. 43, n. 7, 2011, p: 1334-1359. ANUNCIAÇÃO, P. G.; POLITO, M. D. Hipotensão Pós-exercício em Indivíduos Hipertensos: uma Revisão. Arq Bras Cardiol. v. 96, n. 5, 2011, p: 100-109. ARRUDA, M. F.; BAZAGLIA, J. A.; SARAVALLI, G.; CASSETTARI, L. L.; SOUZA, H. R. Ganho de força e função em idosos por treino isométrico com e sem resposta visual. Rev Bras Med Esporte. v. 20, n. 4, 2014, p: 309-314. BALSHAW, T. G.; MASSEY, G. J.; MADEN-WILKINSON, T. M.; TILLIN, N. A.; FOLLAND, J. P. Training-specific functional, neural, and hypertrophic adaptations to explosive- vs. sustained-contraction strength training. J Appl Physiol. v. 120, n. 11, 2016, p: 1364-1373. BARNAL, I.; KESZEI, A.; DUNAI, A. Evaluation of Meditech ABPM-04 ambulatory blood pressure measuring device according to the British Hypertension Society protocol. Blood Press Monit. v. 3, n. 6, 1998, p. 363-368. BEN-DOV, I. Z.; KARK, J. D.; BEN-ISHAY, D.; MEKLER, J.; BEN-ARIE, L.; BURSZTYN, M. Predictors of all-cause mortality in clinical ambulatory monitoring: unique aspects of blood pressure during sleep. Hypertension, v. 49, n. 6, 2007, p: 1235-1241. BERTUZZI, R.; NASCIMENTO, E. M. F.; URSO, R. P.; DAMASCENO, M.; LIMA-SILVA, A. E. Energy System Contributions During Incremental Exercise Test. J Sports Sci Med. v. 12, n. 3, 2013, p: 454–460. BONGANHA, V.; BOTELHO, R. M. O.; CONCEIÇÃO, M. S.; CHACON-MIKAHIL, M. P. T.; MADRUGA, V. A. Relações da força muscular com indicadores de hipertrofia após 32 semanas de treinamento com pesos em mulheres na pós-menopausa. Motricidade. v. 6, n. 2, 2010, p: 23-33. BORG, G.A.V. Psychophysical bases of perceived exertion. Med. Sci. Sports Exercise. v. 4, n. 5, 1982, p: 377-381. BROOK, R. D.; APPEL, L. J.; RUBENFIRE, M.; OGEDEGBE, G.; BISOGNANO, J. D.; ELLIOTT, W. J.; FUCHS, F. D.; HUGHES, J. W.; LACKLAND, D. T.; STAFFILENO, B. A.; TOWNSEND, R. R.; RAJAGOPALAN, S. American Heart Association Professional Education Committee of the Council for High Blood

Page 44: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

43

Pressure Research, Council on Cardiovascular and Stroke Nursing, Council on Epidemiology and Prevention, and Council on Nutrition, Physical Activity. Beyond medications and diet: alternative approaches to lowering blood pressure: a scientific statement from the American Heart Association. Hypertension. v. 61, n. 6, 2013, p: 1360–1383. BROWN, L. E.; WEIR, J. P. ASEP Procedures Recommendation I: Accurate Assessment of Muscular Strength and Power. JEP online. n. 4, v. 3, 2001, p: 1-21. BURICH, R.; TELJIGOVIĆ, S.; BOYLE, E.; SJØGAARD, G. Aerobic training alone or combined with strength training affects fitness in elderly: Randomized trial. Eur J Sport Sci. v. 15, n. 8, 2015, p: 773-783. CADORE, E. L.; PINTO, R. S.; PINTO, S. S.; ALBERTON, C. L.; CORREA, C. S, TARTARUGA, M. P.; SILVA, E. M.; ALMEIDA, A. P.; TRINDADE, G. T.; KRUEL, L. F. Effects of strength, endurance, and concurrent training on aerobic power and dynamic neuromuscular economy in elderly men. J Strength Cond Res. v. 25, n.3, 2011, p: 758-766. CARDOSO JR, C. G.; GOMIDES, R. S.; QUEIROZ, A. C. C.; PINTO, L. G.; LOBO, F. S.; TINUCCI, T.; MION JR, D.; FORJAZ, C. L. M. Acute and chronic effects of aerobic and resistance exercise on ambulatory blood pressure. Clinics. v. 65, n. 3, 2010, p: 317-325. CARLSON, D. J.; DIEBERG, G.; HESS N. C.; MILLAR, P. J.; SMART N. A. Isometric exercise training for blood pressure management: a systematic review and meta-analysis. Mayo Clin Proc. v. 89, n. 3, 2014, p: 327-334. CARVALHO, F. O.; FERNANDES, R. A.; CHRISTOFARO, D. G. D.; CODOGNO, J. S.; MONTEIRO, H. L.; MOREIRA, S. R.; CYRINO, E. S.; CAMPBELL, C. S. G.; SIMÕES, H. G. Agregação de fatores de risco cardiovascular e ocorrência de hipertensão arterial em adultos sedentários. Rev Bras Med Esporte. v. 19, n. 6, 2013, p.419-422. CARVALHO, V. O.; CIOLAC, E. G; GUIMARÃES, G. V.; BOCCHI, E. A. Effect of exercise training on 24-hour ambulatory blood pressure monitoring in heart failure patients. Congest Heart Fail. v. 15, n. 4, 2009, p: 176-180. CHEN, M. J.; FAN, X.; MOE, S. T. Criterion-related validity of the Borg ratings of perceived exertion scale in healthy individuals: a meta-analysis. J Sports Sci. v. 20, n. 11, 2002, p: 873-899. CHRYSANT, S. G. Current Evidence on the Hemodynamic and Blood Pressure Effects of Isometric Exercise in Normotensive and Hypertensive Persons. J Clin Hypertens. v. 12, n. 9, 2010, p: 721-726. CONEN, D.; BAMBERG F. Noninvasive 24-h ambulatory blood pressure and cardiovascular disease: a systematic review and meta-analysis. J Hypertens. v. 26, n. 7, 2008, p: 1290–1299.

Page 45: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

44

CONLEY, K. E.; ESSELMAN, P. C.; JUBRIAS, S. A.; CRESS, M, E.; INGLIN, B.; MOGADAM, C.; SCHOENE, R. B. Ageing, muscle properties and maximal O2 uptake rate in humans. J Physiol.; v. 526, n. 1, 2000, p: 211–217. CORNELISSEN, V. A.; FAGARD, R. H.; COECKELBERGHS, E.; VANHEES, L. Impact of resistance training on blood pressure and other cardiovascular risk factors: a meta-analysis of randomized, controlled trials. Hypertension. v. 58, n. 5, 2011, p: 950–958. CORNELISSEN, V. A.; SMART, N. A .Exercise Training for Blood Pressure: A Systematic Review and Meta-analysis. J Am Heart Assoc. v. 2, n. 1, 2013, p:e004473. COSTA, E. C.; DANTAS, T. C.; FARIAS JUNIOR L. F.; FRAZÃO, D. T.; PRESTES, J.; MOREIRA, S. R.; RITTI-DIAS, R. M.; TIBANA, R. A.; DUHAMEL, T. A. Inter- and Intra-Individual Analysis of Post-Exercise Hypotension Following a Single Bout of High-Intensity Interval Exercise and Continuous Exercise: A Pilot Study. Int J Sports Med. Sep 27, 2016. DOLAN, E.; LI, Y.; THIJS, L.; MCCORMACK, P.; STAESSEN, J. A.; O’BRIEN, E.; STANTON, A. Ambulatory arterial stiffness index: rationale and methodology. Blood Press Monit. v. 11, n. 2, 2006, p: 103-105. DUTRA, M. T.; LIMA, R. M.; MOTA, M. R.; OLIVEIRA, P. F. A.; VELOSO, J. H. C. L. Hipotensão pós-exercício resistido: uma revisão da literatura. Rev. Educ. Fis/UEM. v. 24, n. 1, 2013, p: 145-157. FAGARD, R. H. Exercise Therapy in Hypertensive Cardiovascular Disease. Prog Cardiovasc Dis. v. 53, n. 6, 2011, p: 404–411. FLORAS, J. S. Blood Pressure Variability: A Novel and Important Risk Factor. Can J Cardiol. v. 29, n. 5, 2013, p: 557-563. FOLLAND, J. P.; HAWKER, K.; LEACH, B.; LITTLE, T.; JONES, D. A. Strength training: isometric training at a range of joint angles versus dynamic training. J Sports Sci. v. 23, n. 8, 2005, p: 817-24. FOLLAND, J. P.; WILLIAMS, A. G. The adaptations to strength training: morphological and neurological contributions to increased strength. Sports Med. 2007, v. 37, n. 2 p: 145-168. FRANKLIN, C. N.; ROBINSON, A. T.; BIAN, J.; ALI, M. M.; NORKEVICIUTE, E.; MCGINTY, P.; PHILLIPS, S. A. Circuit Resistance Training Attenuates Acute Exertion-Induced Reductions in Arterial Function but Not Inflammation in Obese Women. Metab Syndr Relat Disord. v. 13, n. 5, 2015, p: 227-234. GALETTA, F.; FRANZONI, F.; PLANTINGA, Y.; GHIADONI, L.; ROSSI, M.; PRATTICHIZZO, F.; CARPI, A.; TADDEI, S.; SANTORO, G. Ambulatory blood pressure monitoring and endothelium-dependent vasodilation in the elderly athletes. Biomed Pharmacother. v. 60, n. 8, 2006, p: 443-447.

Page 46: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

45

GHADIEH, A. S.; SAAB, B. Evidence for exercise training in the management of hypertension in adults. Can Fam Physician. v. 61, n. 3, 2015, p: 233-239. GUIDO, M.; LIMA, R. M.; BENFORD, R.; LEITE, T. K. M.; PEREIRA, R. W.; OLIVEIRA, R. J. Efeitos de 24 Semanas de Treinamento Resistido Sobre Índices da Aptidão Aeróbia de Mulheres Idosas. Rev Bras Med Esporte. v. 16, n. 4, 2010, p: 259- 263. HAYKOWSKY, M.; MCGAVOCK, J.; VONDER MUHLL, I.; KOLLER, M.; MANDIC, S.; WELSH, R.; TAYLOR, D. Effect of exercise training on peak aerobic power, left ventricular morphology, and muscle strength in healthy older women. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. v. 60, n. 3, 2005, p: 307-311. HAMER, M. The Anti-Hypertensive Effects of Exercise. Integrating Acute and Chronic Mechanisms. Sports Med. v.36, n. 2, 2006, p: 109-116. HOLLENBERG, M.; YANG, J.; HAIGHT, T. J.; TAGER, I. B. Longitudinal changes in aerobic capacity: implications for concepts of aging. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. v. 61, n. 8, 2006, p: 851-858. HOLVIALA, J.; HÄKKINEN, A.; KARAVIRTA, L.; NYMAN, K.; IZQUIERDO, M.; GOROSTIAGA, E. M.; AVELA, J.; KORHONEN, J.; KNUUTILA, V. P.; KRAEMER, W. J,; HÄKKINEN, K. Effects of combined strength and endurance training on treadmill load carrying walking performance in aging men. J Strength Cond Res. v. 24, n.6, 2010, p: 1584-1595. INDER, J. D.; CARLSON, D. J.; DIEBERG, G.; MCFARLANE, J. R.; HESS, N. C. L.; SMART, N. A. Isometric exercise training for blood pressure management: a systematic review and meta-analysis to optimize benefit. Hypertension Research. v. 39, n. 2, 2016, p: 88-94. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde. Percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas. Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. 2013. JUNEJA, H.; VERMA, S. K.; KHANNA, G. L. Isometric Strength and Its Relationship to Dynamic Performance: A Systematic Review. JESP, v. 6, n. 2, 2010, p: 60-69. KOLLIAS, A.; STERGIOU, G. S.; DOLAN, E.; O’BRIEN, E. Ambulatory arterial stiffness index: A systematic review and meta-analysis. Atherosclerosis. v. 224, n. 2, 2012, p: 291-301. KRAEMER, W. J.; FRY, A.C. Strength testing: Development and evaluation of methodology. In MAUD, P. J.; FOSTER, C. (Eds.). Physiological assessment of human fitness. Champaign, IL: Human Kinetics. 1995, p: 115-138. LAWRENCE, M. M.; COOLEY, I. D.; HUET, Y. M.; ARTHUR, S. T.; HOWDEN R. Factors influencing isometric exercise training-induced reductions in resting blood pressure. Scand J Med Sci Sports. v. 25, n. 2, 2015, p: 131–142.

Page 47: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

46

LEVINGER, I.; GOODMAN, C.; HARE, D. L.; JERUMS, G.; TOIA, D. SELIG, S. The reliability of the 1RM strength test for untrained middle-aged individuals. J Sci Med Sport. v. 12, n. 2, 2009, p: 310-316. LI, Y.; DOLANC, E.; WANGA, J.; THIJS, L.; ZHUA, D.; STAESSENB, J. A.; O’BRIEN, E, STANTONC, A. Ambulatory arterial stiffness index: determinants and outcome. Blood Press Monit. v. 11, n. 2, 2006, p: 107-110. LOHMAN, T.G.; ROCHE, A.F.; MARTORELL, R. Anthropometric standardization reference manual. Champaign, Illinois: Human Kinetics Books, 1988.

LOVELL, D.; CUNEO, R.; DELPHINUS, E.; GASS, G. Leg strength and the VO2 max of older men. Int J Sports Med. v. 32, n. 4, 2011, p: 271-276. LOVELL, D.; CUNEO, R.; GASS, G. C. Strength training improves submaximum cardiovascular performance in older men. J Geriatr Phys Ther. v. 32, n. 3, 2009, p: 117-124. MASLOW, A, L.; Sui, X.; COLABIANCHI, N.; HUSSEY, J.; BLAIR, S. N. Muscular Strength and Incident Hypertension in Normotensive and Prehypertensive Men. Med Sci Sports Exerc. v. 42, n. 2, 2010, p: 288–295. MILLAR, P. J.; MCGOWAN, C. L.; CORNELISSEN V. A.; ARAUJO, C.G.; SWAINE I. L. Evidence for the Role of Isometric Exercise Training in Reducing Blood Pressure: Potential Mechanisms and Future Directions. Sports Med. v. 44, n. 3, 2014, p: 345-56. MORAES, M. R.; BACURAU, R. F. P.; SIMÕES, H. G.; CAMPBELL, C. S. G.; PUDO, M. A.; WASINSKI, F.; PESQUERO, J. B.; WURTELE, M.; ARAUJO, R. C. Effect of 12 weeks of resistance exercise on post-exercise hypotension in stage 1 hypertensive individuals. J Hum Hypertens. v. 26, n. 9, 2012, p: 533-539. MOREIRA, S. R.; CUCATO, G. C.; TERRA, D. F.; RITTI-DIAS, R. M. Acute blood pressure changes are related to chronic effects of resistance exercise in medicated hypertensives elderly women. Clin Physiol Funct Imaging. v. 36, n. 3, 2016, p: 242-248. MOREIRA, S. R.; SIMÕES, G. C.; HIYANE, W. C, CAMPBELL, C. S. G.; SIMÕES, H. G. Identificação do limiar anaeróbio em indivíduos com diabetes tipo-2 sedentários e fisicamente ativos. Rev Bras Fisioter. v. 11, n. 4, 2007, p: 289-296. OKAMOTO, T.; SAKAMAKI, M. S.; MIN, S. K.; YOSHIDA, S.; WATANABE, Y.; OGASAWARA, R. Repeated Cessation and Resumption of Resistance Training Attenuates Increases in Arterial Stiffness. Int J Sports Med. v. 36, n. 6, 2015, p: 440-445. PAFFENBARGER, R. S. J.; WING, A. L.; HYDE, R. T.; JUNG D. L. Physical activity and incidence of hypertension in college alumni. Am J Epidemiol. v. 117, n. 3, 1983, p: 245-57.

Page 48: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

47

PEDERSEN, B. K.; SALTIN, B. Exercise as medicine – evidence for prescribing exercise as therapy in 26 different chronic diseases. Scand J Med Sci Sports. v. 25, suppl. 3, 2015, p: 1–72. PONTES JÚNIOR, F. L.; PRESTES, J.; LEITE, R. D.; RODRIGUEZ, D. Influência do treinamento aeróbio nos mecanismos fisiopatológicos da hipertensão arterial sistêmica. Rev. Bras. Ciênc. Esporte. v. 32, n. 2-4, 2010, p: 229-244. QUEIROZ, A. C. C.; KANEGUSUKU, H.; FORJAZ, C. L. de M. Effects of Resistance Training on Blood Pressure in the Elderly. Arq Bras Cardiol. v. 95, n. 1, 2010, p: 135-140. RITTI DIAS, R. M.; AVELAR, A.; MENÊSES, A. L.; SALVADOR E. P.; SILVA, D. R. P. CYRINO, E. S. Segurança, reprodutibilidade, fatores intervenientes e aplicabilidade de testes de 1-RM. Motriz, Rio Claro, v.19 n.1, 2013, p: 231-242. RUNNELS, E. D.; BEMBEN, D. A.; ANDERSON, M. A.; BEMBEN, M. G. Influence of age on isometric, isotonic, and isokinetic force production characteristics in men. J Geriatr Phys Ther. v. 28, n. 3, 2005, p: 74-84. SANTOS, R. Z.; BUNDCHEN, D. C.; AMBONI, R.; SANTOS, M. B.; MELO, G. L.; HERDY, A. H.; BENETTI, M. Intense aerobic training promotes reduction of blood pressure in hypertensive. Rev Bras Med Esporte. v. 21, n. 4, 2015, p: 292-296. SCHMIDT, M. I.; DUNCAN, B. B.; HOFFMANN, J. F.; MOURA, de L.; MALTA, D. C.; CARVALHO, R. M. S. V. Prevalence of diabetes and hypertension based on selfreported morbidity survey, Brazil, 2006. Rev Saúde Pública, v. 43, Supl. 2, 2009, p: 74-82. SCHULZ, K.F.; ALTMAN, D.G.; MOHER, D. CONSORORT 2010 Statement: updated guidelines for reporting parallel group randomised trials. BMJ, v. 340, p. c332, 2010. SEO, D. I.; KIM, E.; FAHS, C. A.; ROSSOW, L.; YOUNG, K.; FERGUSON, S. L.; THIEBAUD, R.; SHERK, V. D.; LOENNEKE, J. P.; KIM, D.; LEE, M. K.; CHOI, K. H.; BEMBEN, D. A.; BEMBEN, M. G, SO, W. Y. Reliability of the one-repetition maximum test based on muscle group and gender. J Sports Sci Med. v. 11, n. 2, 2012, p: 221-225. SILVA, D. F.; SOTERO, R. C.; SIMÕES, H. G.; MACHADO, F. A. Máxima velocidade aeróbia calculada pelo custo da frequência cardíaca: relação com a performance. Rev Andal Med Deporte. v. 8, n. 1, 2015, p: 7–15. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - SBC. V Diretrizes de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e III Diretrizes de Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA). Arq Bras Cardiol. 2011, v. 97, n. 3, p: 1-24. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA – SBC. VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol, v. 107, Supl.3, 2016, p: 1-83.

Page 49: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

48

SOUZA, R.F. What is a randomized clinical trial? Medicina (RIbeirão Preto). v. 42, n. 1, 2009, p: 3-8. TIBANA, R. A.; de SOUSA, N. M F.; NASCIMENTO, D. C.; PEREIRA, G. B.; THOMAS, S. G.; BALSAMO, S.; SIMOES, H. G.;. PRESTES, J. Correlation between Acute and Chronic 24-Hour Blood Pressure Response to Resistance Training in Adult Women. Int J Sports Med. v. 36, n. 1, 2015, p: 82–89. TOPP, R.; WOOLLEY, S.; HORNYAK, J.; KHUDER, S.; KAHALEH, B. The effect of dynamic versus isometric resistance training on pain and functioning among adults with osteoarthritis of the knee. Arch Phys Med Rehabil. v. 83, n. 9, 2002, p: 1187-1195. UMPIERRE, D.; STEIN, R. Efeitos Hemodinâmicos e Vasculares do Treinamento Resistido: Implicações na Doença Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. v. 89, n. 4, 2007, p: 256-262. VERDIJK, L. B.; VAN LOON, L.; MEIJER, K.; SAVELBERG, H. H. One-repetition maximum strength test represents a valid means to assess leg strength in vivo in humans. J Sports Sci. v. 27, n. 1, 2009, p: 59-68. VINCENT, K. R.; BRAITH, R. W.; FELDMAN, R. A.; KALLAS, H. E.; LOWENTHAL, D. T. Improved cardiorespiratory endurance following 6 months of resistance exercise in elderly men and women. Arch Intern Med. v. 162, n. 6, 2002, p: 673-678. WERNBOM, M.; AUGUSTSSON, J.; THOMEÉ, R. The influence of frequency, intensity, volume and mode of strength training on whole muscle cross-sectional area in humans. Sports Med. v. 37, n. 3, 2007, p: 225-264. WHELTON, P. K.; HE, J.; APPEL, L. J.; CUTLER, J. A.; HAVAS, S.; KOTCHEN, T. A.; ROCCELLA, E. J.; STOUT, R.; VALLBONA, C.; WINSTON, M. C.; KARIMBAKAS, J. Primary prevention of hypertension: clinical and public health advisory from the National High Blood Pressure Education Program. JAMA. v. 288, n. 15, 2002, p: 1882-1888. WILHELM NETO, E. N..; RADAELLI, R.; SCHAUN, M. I.; LOPES, A. C. A. L.; OLIVEIRA, A. R.; PINTO, R. S. Correlação entre valores de força muscular mensurados pelos testes isocinético, isométrico e de 1RM, em indivíduos de meia idade. Rev. Arq em Movimento, v.7, n.1, 2011, p: 05-20.

Page 50: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

49

APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Nome:__________________________________________________________

Título da Pesquisa: “ASSOCIAÇÃO DOS EFEITOS CARDIOVASCULARES E

FUNCIONAIS DE DIFERENTES MÉTODOS DO TREINAMENTO RESISTIDO COM

ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DE HOMENS COM PRESSÃO ARTERIAL

ELEVADA.”

Nome do (a) Pesquisador (a): FLAVIO DE SOUZA ARAUJO

Nome do (a) Orientador (a): Dr. SÉRGIO RODRIGUES MOREIRA

1. Natureza da pesquisa: O senhor está sendo convidado a participar desta

pesquisa que tem como finalidade investigar as respostas de sua pressão arterial, do

seu controle nervoso da pressão arterial, força, consumo de oxigênio, seu nível de

estresse e auto-estima, após o exercício de musculação com diferentes métodos

(isométrico ou dinâmico). A pesquisa terá a duração de 12 semanas, onde o senhor

terá que comparecer em três dias distintos durante cada semana. O senhor será

submetido a algumas avaliações, como segue:

a) Análise antropométrica (peso, estatura, circunferência da cintura e do

quadril, além do percentual de gordura);

b) Verificação da pressão arterial e da freqüência cardíaca de repouso 20

minutos antes das sessões;

c) Testes para avaliar a força máxima nos equipamentos de musculação

(teste de 1 repetição máxima);

d) Sessões de musculação: Podendo através de sorteio participar de um

grupo controle (sem o exercício), sessões de moderada intensidade (60%

da força máxima) com método isométrico ou dinâmico. Cada sessão será

realizada durante 3 vezes na semana em um período de 12 semanas de

treinamento. Cada sessão terá duração de, aproximadamente, 30 minutos.

Na sessão controle, serão realizadas 03 avaliações entre as 12 semanas

sem que haja participação no exercício, porém, após o término da

pesquisa, o senhor será convidado a participar de um programa de

treinamento semelhante ao ocorrido.

2. Avaliação da variabilidade da freqüência cardíaca (controle nervoso) e Pressão

arterial serão analisadas através de um frequencímetro e do monitoramento

Page 51: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

50

ambulatorial da pressão arterial (MAPA), durante 24 horas. Antes do início do

treinamento, na sexta semana, e ao final da décima segunda semana.

3. Avaliação da aptidão aeróbia ocorrerá através de um Teste Incremental em

bicicleta ergométrica, iniciará através de um aquecimento de 1 minuto sem carga e a

cada 3 minutos serão incrementados 15 watts (pesos de 250 gramas) na carga.

Onde o senhor irá pedalar mantendo 60 Rotações por minuto no pedal, durante todo

o teste, até a sua exaustão voluntária ou não conseguir mais manter a rotação pré-

estabelecida.

4. A auto-estima, estresse percebido e afeto serão avaliados através da aplicação

de questionário e escalas antes do início do treinamento e ou durante, na sexta

semana, e ao final da décima segunda semana.

5. Participantes da pesquisa: Participarão da pesquisa 36 indivíduos do sexo

masculino, entre 40 e 60 anos de idade, com índice de massa corporal (acima de 25

kg/m2) e monitorização da PA (MAPA) nas 24h (PAS> 125 mmHg e/ou PAD >75

mmHg).

6. Envolvimento na pesquisa: Ao participar deste estudo o senhor permitirá que o

pesquisador contribua com a comunidade produzindo conhecimento sobre os

benefícios da prática da musculação na pressão arterial e na dinâmica simpato-vagal

(controle nervoso da pressão arterial), aspectos funcionais (força e aptidão

cardiorrespiratória), e aspectos psicossociais (estresse e auto-estima). O senhor tem

liberdade de se recusar a participar e ainda se recusar a continuar participando em

qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo para o senhor. Sempre que quiser

poderá pedir mais informações sobre a pesquisa através do telefone do pesquisador

do projeto e, se necessário através do telefone do Comitê de Ética em Pesquisa.

7. Sobre as entrevistas: Será realizada uma entrevista sobre seu histórico de

saúde e seu nível de aptidão física antes de iniciar o treinamento.

8. Riscos e desconforto: A participação nesta pesquisa não infringe as normas

legais e éticas (Apesar de existirem riscos durante a participação nas sessões

experimentais da pesquisa, os quais são no sentido de lesões articulares ou

musculares durante o esforço físico realizado, esses riscos ficam minimizados, uma

vez que as sessões de exercício serão prescritas e conduzidas por um profissional

de educação física especializado para a orientação ao tipo de exercício a ser

realizado (musculação). Além disso, para participar do estudo terá que se enquadrar,

via coleta de informações prévias, aos critérios de inclusão da pesquisa, e será

Page 52: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

51

orientado de forma individual, tendo total atenção do profissional durante todos os

procedimentos de exercício. Ainda, se caso alguma lesão articular ou muscular

ocorrer duarante a pesquisa, imediatamente após a constatação da mesma, o

pesquisador interromperá a aplicação dos exercícios e o conduzirá ao hospital de

traumas para cuidados emergenciais). Os procedimentos adotados nesta pesquisa

obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com Seres Humanos conforme

Resolução n° 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos procedimentos

usados oferece riscos à sua dignidade.

9. Confidencialidade: Todas as informações coletadas neste estudo são

estritamente confidenciais. Somente o pesquisador e seu orientador (e/ou equipe de

pesquisa) terão conhecimento de sua identidade e nos comprometemos a mantê-la

em sigilo ao publicar os resultados dessa pesquisa.

10. Benefícios: Os participantes deste projeto serão informados sobre os efeitos de

diferentes métodos de exercício resistido no controle da pressão arterial e

autonômico cardíaco de indivíduos com pressão arterial elevada, além disso, serão

beneficiados com avaliação física através de medidas antropométricas (verificação

de peso, estatura, IMC e percentual de gordura), funcional com medidas de força e

aptidão cardiorrespiratória e informações sobre aspectos cardiovasculares (Pressão

arterial, e variabilidade da freqüência cardíaca) e exame clínico de ECG, além de

aspectos psicossociais (estresse e auto-estima) durante o procedimento da

pesquisa. Também serão fornecidos aconselhamentos de condutas adequadas de

exercício em acordo aos resultados obtidos a partir dos testes realizados.

11. Pagamento: O senhor não terá nenhum tipo de despesa para participar desta

pesquisa, bem como nada será pago por sua participação.

Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para

participar desta pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens que se seguem:

Confirmo que recebi cópia deste termo de consentimento, e autorizo a execução do

trabalho de pesquisa e a divulgação dos dados obtidos neste estudo.

Obs: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito.

Page 53: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

52

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida,

manifesto meu consentimento em participar da pesquisa.

_________________________________________________________

Nome do Participante da Pesquisa

_________________________________________________________

Assinatura do Participante da Pesquisa

_________________________________________________________

Assinatura do Pesquisador

_________________________________________________________

Assinatura do Orientador

Pesquisador:

FLAVIO DE SOUZA ARAUJO (87) 8821 0752 / (87) 3867 0356.

Orientador:

Dr. SÉRGIO RODRIGUES MOREIRA (87) 8817-7035 / (87) 2101-6856.

Coordenação do Comitê de Ética e Deontologia em Estudos e Pesquisas:

Alvaro Rego Millen Neto (Coordenador)

Deuzilane Muniz Nunes (Vice-Coordenadora)

Telefone do Comitê: 87 21016797

E-mail: [email protected]

Page 54: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

53

ANEXO A - ANAMNESE E ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO (ACMS, 1995)

ANAMNESE

Nome:___________________________________________

Data Nasc.:_____________

Telefone (residencial / celular):

_______________________________________________

Qual os melhores dias para realização das

sessões:_______________________________

EM CASO DE EMERGÊNCIA COMUNICAR A:

Nome:

Telefone (residencial / celular):

Endereço:

Bairro/cidade/estado:

PAR-Q

QUESTINÁRIO DE PRONTIDÃO PARA A ATIVIDADE FÍSICA

1 - Alguma vez um médico lhe disse que você possui um problema do coração e lhe

recomendou que só fizesse atividade física sob supervisão médica?

( ) Sim ( ) Não

2 - Você sente dor no peito, causada pela prática de atividade física?

( ) Sim ( ) Não

3 - Você sentiu dor no peito no último mês?

( ) Sim ( ) Não

Page 55: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

54

4 - Você tende a perder a consciência ou cair, como resultado de tontura ou

desmaio?

( ) Sim ( ) Não

5 - Você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado com a

prática de atividade física?

( ) Sim ( ) Não

6 - Algum médico já lhe recomendou o uso de medicamentos para a sua pressão

arterial, para circulação ou coração?

( ) Sim ( ) Não

7 - Você tem consciência, através da sua própria experiência ou aconselhamento

médico, de alguma outra razão física que impeça sua prática de atividade física sem

supervisão médica?

( ) Sim ( ) Não

8 – Descreva algo que não foi questionado nas perguntas anteriores que você pensa

ser importante em relação sua doença ou mesmo sua condição geral.

_________________________________________________________________-

_____________________________________________________________

Atividades Físicas Anteriores:

_____________________________________________

Atividades Físicas

Atuais:_________________________________________________

Caso negativo, há quanto tempo não pratica atividade física?

( ) 3 meses ( ) 6 meses ( ) 1 ano ( ) Mais de um ano

Page 56: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

55

Quais as refeições que você normalmente realiza ao dia?

( ) Café da manhã ( ) Lanche ( ) Almoço ( ) Lanche ( ) Janta

Horário das refeições:

___ Café da manhã ____ Lanche ____ Almoço ____ Lanche ____ Janta

Você já se lesionou praticando exercícios? ( ) Sim ( ) Não

Caso afirmativo qual(ais) a(s) lesão(ões) e há quanto tempo?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________

Faz uso de alguma

medicação?_____________________________________________

FATORES DE RISCO PARA DAC (ACSM, 1995)

É fumante? ( ) Não ( ) Sim. Há quanto tempo: ______________

Colesterol total > 200 mg/dl ou HDL < 35 mg/dl? ( ) Sim ( ) Não

Você é diabético e/ou hipertenso ou tem alguém na família que seja?

( ) Não e também não há casos na família ( ) Não, mas há casos na família

( ) Sim, mas estou em tratamento ( ) Sim, mas não está controlada

Algum histórico familiar de infarto ou morte súbita antes dos 55 anos?

( ) Não ( ) Sim. Quem e em que idade:

___________________________________________

Page 57: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

56

SINTOMAS OU SINAIS (DOENÇA CARDIOPULMONAR)

a) Sentiu dor ou desconforto no tórax, pescoço, queixo, braços ou outras áreas? ( )

Sim ( ) Não

b) Respiração ofegante em repouso ou exercício leve? Fadiga incomum

( ) Sim ( ) Não

c) Sentiu vertigem ou desmaio recentemente? ( ) Sim ( ) Não

d) Sente falta de ar ao dormir (dispneia)? ( ) Sim ( ) Não

e) Percebe edema no tornozelo? ( ) Sim ( ) Não

f) Sente palpitações ou taquicardia? ( ) Sim ( ) Não

g) Sente dor nas pernas ao caminhar? (claudicação intermitente) ( ) Sim

( ) Não

___________________________________________

Assinatura

Petrolina – PE, ______ de ________________ de 20 _____

Page 58: TREINAMENTO RESISTIDO DINÂMICO VERSUS ......Araujo, Flavio de Souza A663t Treinamento resistido dinâmico versus isométrico: efeitos na pressão arterial e capacidade funcional de

57

ANEXO B - COMITÊ DE ÉTICA E DEONTOLOGIA EM ESTUDOS E PESQUISAS