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1 TREINAMENTO RESISTIDO PROGRESSIVO MELHORA A CAPACIDADE FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON. Leon Claudio Pinheiro Leal Graduando do CEDF/UEPA [email protected] Erik Artur Cortinhas Alves Docente do CEDF/UEPA [email protected] Resumo A Doença de Parkinson (DP) é uma afecção neurodegenerativa com os seguintes sintomas: bradicinesia, tremor em repouso, instabilidade postural, rigidez muscular e articular, fraqueza muscular e fadiga. Os pacientes com DP que realizam treinamento resistido demonstraram melhoria na massa e função muscular. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do treinamento resistido progressivo na capacidade física e funcional de pacientes com DP. Foram selecionados 54 indivíduos adultos com DP (28 homens e 26 mulher) divididos igualmente em grupo controle e grupo intervenção, que realizaram Treinamento Resistido por 6 meses, realizando os seguintes testes para Aptidão física - dinamometria, banco de whells, resistência aeróbia, equilíbrio, velocidade máxima de andar e sentar e locomover-se pela casa. O teste de dinamometria, banco de wells, resistência aeróbia e equilíbrio aumentaram em 17%, 11%, 20% e 9%, respectivamente. Nos testes de caminhada e Levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa, o tempo diminuiu em 16% e 13%, respectivamente.. Os resultados do presente estudo indicam que o treinamento resistido progressivo melhora a capacidade funcional e física de pacientes portadores da DP. Palavras-chave: Doença de Parkinson, Treinamento Resistido, Capacidade Funcional

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TREINAMENTO RESISTIDO PROGRESSIVO MELHORA A CAPACIDADE

FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON.

Leon Claudio Pinheiro Leal

Graduando do CEDF/UEPA

[email protected]

Erik Artur Cortinhas Alves

Docente do CEDF/UEPA

[email protected]

Resumo

A Doença de Parkinson (DP) é uma afecção neurodegenerativa com os seguintes sintomas: bradicinesia, tremor em repouso, instabilidade postural, rigidez muscular e articular, fraqueza muscular e fadiga. Os pacientes com DP que realizam treinamento resistido demonstraram melhoria na massa e função muscular. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do treinamento resistido progressivo na capacidade física e funcional de pacientes com DP. Foram selecionados 54 indivíduos adultos com DP (28 homens e 26 mulher) divididos igualmente em grupo controle e grupo intervenção, que realizaram Treinamento Resistido por 6 meses, realizando os seguintes testes para Aptidão física - dinamometria, banco de whells, resistência aeróbia, equilíbrio, velocidade máxima de andar e sentar e locomover-se pela casa. O teste de dinamometria, banco de wells, resistência aeróbia e equilíbrio aumentaram em 17%, 11%, 20% e 9%, respectivamente. Nos testes de caminhada e Levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa, o tempo diminuiu em 16% e 13%, respectivamente.. Os resultados do presente estudo indicam que o treinamento resistido progressivo melhora a capacidade funcional e física de pacientes portadores da DP.

Palavras-chave: Doença de Parkinson, Treinamento Resistido, Capacidade Funcional

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1.Introdução

A doença de Parkinson (DP) é uma afecção neurodegenerativa caracterizada

pela fraqueza muscular, fragilidade musculoesquelética, desequilibro, dificuldade de

marcha, rigidez nos movimentos e bradicinesia (lentidão anormal dos movimentos)

(CRUISE et al. 2011). Estes sintomas diminuem a atividade física diária,

consequentemente ocorre aumento do comportamento sedentário, diminuição

progressiva da capacidade física e aumento do risco para doenças

cardiometabólicas (ex. obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes mellitus)

(SPEELMAN et al.,2011; CHUNG et al., 2015).

A DP afeta cerca de seis milhões de pessoas no mundo, sendo mais

prevalente nos grupos com idades mais avançadas, com o aumento do número de

casos após os 60 anos. A incidência da doença pela idade é estimada em 9,7 a 13,8

casos por 100.000 pessoas por ano. Espera-se que estes números aumentem nas

próximas décadas, devido o envelhecimento populacional ser considerado um

fenômeno mundial (UHRBRAND et al., 2015).

As estratégias de primeira linha para o tratamento dos indivíduos portadores

da DP são baseadas no uso de fármacos, como a combinação de L-Dopa e

carbidopa. Outros medicamentos também são associados, a fim de reduzir ou

eliminar a ocorrência das flutuações motoras e discinesias que podem ocorrer com o

tratamento inicial. Porém, muitos pacientes apresentam reações adversas ao

tratamento contínuo com essas drogas (TILLMAN et al.; 2015; FRITSCH et al.,

2012).

Outras formas coadjuvantes de terapia (não farmacológica) podem ser

utilizadas, como o exercício físico. Dentre os diversos tipos de exercício físico,

utilizados com o objetivo de prevenção e tratamento de doenças, o treinamento

resistido (TR) tem sido recomendado para este fim, uma vez que, promove

adaptações morfológicas e funcionais importantes, como: aumento da força, massa

muscular e melhora do tônus muscular. Auxiliando na melhora de muitos dos

sintomas da DP, atuando diretamente na fraqueza muscular e no retardo do avanço

dos sintomas neuromotores desta doença (EARHART et al., 2013; SCHILLING et al,

2010).

Por outro lado, torna-se necessário que a prescrição do TR se ajuste as

características individuais, respeitando os princípios biológicos do treinamento,

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assim como as possíveis manipulações das variáveis (ex. volume/intensidade). No

melhor de nosso conhecimento, poucos estudos científicos têm analisado os efeitos

crônicos do treinamento resistido progressivo em pacientes com DP (SALTYCHEV

et al., 2016). A hipótese de nosso estudo é que a intensidade moderada/alta pode

potencializar os benefícios morfofuncionais para esta população. Desta forma, o

objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do treinamento resistido progressivo na

capacidade física e funcional de pacientes com DP.

1.1 GENERALIDADE SOBRE DOENÇA DE PARKINSON

A DP foi primeiramente descrita pelo médico inglês James Parkinson, em

1817, no ensaio entitulado An Essay on the Shaking Palsy. Na segunda metade

do Século XIX o neurologista francês Jean-Martin Charcot deu uma melhor

definição à síndrome, identificando seus sintomas e, em tributo ao primeiro

médico a descrevê-la, denominou a doença com o nome de La maladie de

Parkinson – a doença de Parkinson (GOETZ, 2011).

A DP afeta cerca de seis milhões de pessoas no mundo, sendo mais

prevalente nos grupos com idades mais elevadas, com o aumento do número de

casos após os 60 anos. A incidência da doença pela idade é estimada em

9,7 para 13,8 casos por 100.000 pessoas por ano, com isso espera-se que

estes números aumentem ainda mais nas próximas décadas devido ao

envelhecimento da população (UHRBRAND et al.,2015).

A DP é a segunda doença neurodegenerativa mais comum após a doença

de Alzheimer (SCHRAG, SCHOTT, 2006). Considerando que DP é uma doença

que surge normalmente em uma idade avançada, com o aumento da expectativa

de vida, espera-se um aumento considerável na incidência e prevalência da DP no

futuro (WINKLHOFER; HAASS, 2010).A DP é uma doença crônica e progressiva

que é pensado para ser causado pela morte de dopaminérgica neurônios na

substância negra dos gânglios da base (KAKINUMA et.al, 1998).

Apresenta sintomas clássicos: tremor de repouso, rigidez, instabilidade

postural e bradicinesia. Estes sintomas geralmente surgem de forma assimétrica e

são responsivos ao tratamento com levodopa (L-Dopa) (BLESA et al., 2012;

DEXTER; JENNER, 2013). Porém, de uma maneira geral, a sintomatologia da DP

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representa uma intersecção de quatro áreas maiores: sintomas motores,

cognitivos, psiquiátricos e autonômicos(FRITSCH et al., 2012).

1.2 SINTOMAS E TRATAMENTO

A lentidão dos movimentos, o desequilibro, quedas frequentes associadas

a fraturas fazem com que parte da execução de atividades da vida diária

sejam dificultadas ou mesmo impossibilitadas, gerando perda de autonomia,

ansiedade e irritação do doente e das pessoas com eles

envolvidas.(DORSEY; CONSTANTINESCU; THOMPSON, 2007).

A maioria dos portadores de Parkinson mostra os efeitos do

descondicionamento musculoesqueléticos generalizado. Quanto mais grave o

sintoma, maior a inatividade e falta de condicionamento resultante. Entre esses

problemas temos as seguintes complicações secundárias: atrofia e fraqueza

muscular devido ao desuso; diminuição da capacidade articular

(artrose);alterações respiratórias; perda do equilíbrio e do movimento automático;

comprometimento das vísceras, pois da mesma forma que a rigidez se apresenta

nos músculos, se apresenta nos órgãos internos tornando-os mais lentos

(intestino, fígado e estômago). (NIJKRAKE et al. , 2007; VAN NIMWEGEN, 2011.

SHULMAN ; KATZEL ; IVEY, 2013). Opções de tratamento disponíveis para DP

incluem tratamento farmacológico (reposição de dopamina), cirurgia no cérebro

(estimulação cerebral profunda (DBS)) e exercício (DORSEY;

CONSTANTINESCU; THOMPSON, 2007).

O tratamento para a DP é a combinação de L-Dopa e carbidopa. Outros

medicamentos também são associados a fim de reduzir ou eliminar a ocorrência

das flutuações motoras e discinesias que podem ocorrer com o tratamento inicial.

Porém, muitos pacientes apresentam reações adversas ao tratamento contínuo

com essas drogas (TILLMAN et al., 2015; FRITSCH et al., 2012).

A DBS pode fornecer melhorias no equilíbrio e marcha em certa medida,

mas a sua eficácia é dependente da estimulação local no cérebro e medicamentos

co-efeitos e diminui ao longo do tempo (DIFRANCISCO-DONOGHUE, 2012).

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O exercício físico, caminhadas em esteiras com orientação e

alongamentos como foi demonstrado ser benéfico para as pessoas com doença de

Parkinson (GOODWIN et al, 2008).

Estas dificuldades levam a circulação diminuição dos níveis de atividade

em pessoas com doença de Parkinson o qual, por sua vez, dificulta ainda mais a

força e física de funcionamento. A força muscular prejudicada pode ser um

sintoma primário inerente DP (WORTH, 2013), porém permanece controverso

(CANO DE LA CUERDA et al , 2010) alterações periféricas do nervo ou músculo

é pouco provável para explicar a fraqueza. Há algum debate sobre se pode haver

leves alterações no aparelho neuromuscular em pacientes com doença de

Parkinson com a força prejudicada podem ser de origem central para o problema

(STEVENS-LAPSLEY, et al,2012), questionando o método em que se é avaliado a

força (DAVID, et al, 2012). Além disso, a fraqueza muscular pode contribuir para a

instabilidade postural e dificuldades de marcha (INKSTER et al, 2003;

NALLEGOWDA et al, 2004) e foi identificado como uma causa secundária para

bradicinesia em DP(BERARDELLI, 2008), em particular, TR foi mostrado para

melhorar a força, e algumas medidas das funções físicas e mobilidade em

pacientes com DP (BRIENESSE; EMERSON, 2013)

Demonstrou-se que o aumento de força muscular em resposta ao TR

são acompanhados por mecanismos adaptativos celulares como hipertrofia

muscular em pessoas com DP (KELLY, et al, 2014). O TR também pode ter um

efeito neuro-protetor retardando a progressão da doença(CORCOS, et al, 2013)

a evidência para estes efeitos benéficos decorre de uma ampla variedade de TR.

Atualmente, existem algumas diretrizes baseadas em evidências para TR para

pessoas com DP (FALVO, et al ,2008).

É importante destacar dois estudos (BLOOMER, et al, 2008; SCHILLING

et al, 2010) compararam TR isoladamente a um grupo controle sem intervenção,

mostrando a melhora de alguns sintomas em pacientes com DP e falando da

necessidade de mais estudos do TR isolados. O TR deve ser incluído em tais

intervenções porque, conforme é sugerido no estudo (ROEDER, et al, 2015), TR é

suscetível de melhorar a força muscular. Além disso, tem sido mostrado para

melhora muscular (PAUL, et al, 2014) , controle de equilíbrio e gravidade da

doença (CORCOS, et al, 2013).

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O treinamento de potência muscular por meio de exercícios resistido tem

sido proposto como estratégia de intervenção para melhorar a velocidade de

movimento em idosos.(DESCHENES, 2004) Programas de exercícios

caracterizados por contrações musculares concêntricas, executadas

rapidamente com cargas de aproximadamente 40% da resistência máxima,

demonstraram um aumento da potência muscular, atribuído a ganhos no

componente velocidade da potência. Tais resultados sugerem que a velocidade

pode ser treinada e pode contribuir para aumentar a agilidade dos indivíduos em

atividades que requerem sua maior contribuição, como na marcha e em situações

de instabilidade. Esses achados são instigantes e trazem uma nova perspectiva de

tratamento no contexto do tratamento para a DP.( HUNTER et al, 2004)

O TR utiliza contrações musculares realizadas contra resistências

graduáveis e progressivas, a resistência mais comum são os pesos. A eficiência do

TR em estimular a integridade e as funções do aparelho locomotor tem sido

demonstrada, e mais recentemente, os seus efeitos na saúde de pacientes

com doenças neurodegenerativas, apresentando um alto grau de segurança em

geral. ( GRAVES; FRANKLIN, 2001)

A segurança musculoesquelética e segurança cardiovascular dos

exercícios resistidos também têm sido demonstradas, mesmo diante de

cormorbidades. Os exercícios resistidos podem ser menos agressivos do que

caminhar. Atualmente um significativo corpo de evidências justifica a utilização dos

exercícios resistidos para promoção de saúde, terapêutica e reabilitação de

pacientes com doença de Parkinson. (BLOOMER et al, 2008; SCHILLING et al,

2010)

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2. Metodologia

2.1 População estudada

Foram selecionados 54 indivíduos adultos na associação de pacientes com

DP do Estado do Pará (28 homens e 26 mulher) divididos em 2 grupos,o grupo

controle (14 homens e 13 mulher) e o grupo intervenção (14 homens e 13 mulher),

com diagnóstico de DP ≥ 7 anos. Foram adotados os seguintes critérios de inclusão:

Idade ≥ 45 anos, um diagnóstico de DP e estágio 1-3 na escala Hoehn e Yahr.

Nenhum dos participantes tinha experiência prévia com treinamento resistido

progressivo. Foram excluídos os pacientes que não completaram pelo menos 75%

do protocolo de treinamento.

2.2 Aspectos éticos

O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade da Amazônia

(CAAE: 43624015.6.0000.5173) de acordo com normas da resolução 196/96 do

Conselho Nacional de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. Todos os sujeitos

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

2.3 Testes de aptidão física

Os testes de aptidão física foram realizados pelo mesmo avaliador antes e

após o treinamento resistido progressivo. Os pacientes foram avaliados quando se

encontrava no seu melhor ON e todos foram recomendados a manter seus horários

de medicação.

2.3.1 O teste de resistência aeróbia

O teste consistiu em uma marcha estacionária em que o paciente eleva os

joelhos até que os mesmos toquem um elástico que foi posicionado na altura do

ponto mesofemural de cada indivíduo. Este teste teve duração de 2 minutos. Para

aumentar a segurança os pacientes poderiam segurar-se em uma barra fixa

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horizontal caso eles perdessem o equilíbrio. Neste teste foi anotado o número de

vezes que o joelho direito tocava o elástico. (RIKLI & JONES, 1999).

2.3.2 Teste de equilíbrio

O avaliado ficou em posição unipodal, ao sinal do avaliador, o paciente elevou

o calcanhar de um dos pés do solo e se manteve em equilíbrio pelo maior tempo que

possível (PITANGA, 2004).

2.3.3 Hand grip strength

Para mensurar a força muscular estática foi utilizado o teste de preensão

manual, por meio de um dinamômetro manual (Kratos®, São Paulo, Brasil). O

paciente ficava em posição ortostática, segurando confortavelmente o dinamômetro,

alinhado ao antebraço e paralelamente ao eixo longitudinal do corpo, realizou uma

preensão manual com o máximo de força possível (CIMA et al, 2012; MATSUDO,

1987). O teste de preensão manual tem uma correlação com a força total.

2.3.4 Teste de Velocidade Máxima de Andar

Neste teste foi cronometrado o tempo em que o paciente percorria uma

distância de 6m. Foi solicitado ao indivíduo que ficasse em pé, com as pernas

unidas no início do percurso e quando lhe foi dado o comando verbal, ele percorria

andando, com a maior velocidade possível, porém sem correr, o trajeto demarcado.

O cronômetro era acionado quando o pé do avaliado ultrapassava a linha de início.

A partir dos tempos cronometrados, obteve-se a média para avaliação. (MATSUDO;

MATSUDO, 2003).

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2.3.5 Teste de flexibilidade

Para este teste, o avaliado sentou-se no chão com os joelhos estendidos e

apoiou os pés descalços no banco de Wells. As mãos ficavam sobrepostas com os

dedos indicadores unidos e apoiados sobre a superfície do banco de Wells. O

paciente projetava o tronco para frente, flexionando até a amplitude máxima, com a

cabeça ficando entre os braços (MARINS; GIANNICHI, 1998).

2.3.6 Teste de Levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa (LCLC)

Com uma cadeira fixa no solo, demarcou-se dois cones diagonalmente à

cadeira, a uma distância de três metros para os lados direito e esquerdo da mesma.

O indivíduo iniciou o teste sentado na cadeira, com os pés fora do chão, e ao sinal

de JÁ, ele se levantou, moveu-se para direita, circulou o cone, retornou para a

cadeira, sentou-se e elevou ambos os pés do chão e fez o mesmo para esquerda

(PITANGA, 2004).

3. Protocolo de treinamento resistido

Os voluntários foram submetidos a um programa de treinamento resistido

durante seis meses. Nas duas primeiras semanas ocorreu o treinamento de

familiarização aos exercícios. Após esta fase, a carga do treinamento foi ajustada

para garantir um esforço submáximo/máximo entre 8-12 repetição máxima (RM),

observando as seguintes características: tendência à falha concêntrica, redução do

ritmo, apneia e isometria. As cargas foram aumentadas entre 2-5% quando o sujeito

era capaz de realizar 12 repetições em todas as séries de um determinado exercício

em duas sessões consecutivas de treinamento.

O programa de treinamento resistido foi realizado para os principais grupos

musculares com cinco exercícios (supino sentado, remada unilateral, levantamento

terra, panturrilha em pé e abdominal), com um intervalo de 1-2 minutos para cada

serie. Os participantes completaram 24 semanas de treinamento resistido

progressivo. Antes de cada sessão, foi aferida a pressão arterial de repouso,

conforme as normas da Sociedade Brasileira de Hipertensão (CHUNG. et al, 2015).

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4. Resultados

Após seis meses de treinamento a carga para todos os participantes foi

triplicada. Houve uma melhora significativa em todos os aspectos relacionados a

capacidade funcional (Tabela 1). O teste de dinamometria, banco de wells,

resistência aeróbia e equilíbrio aumentaram em 17%, 11%, 20% e 9%,

respectivamente. Nos testes de caminhada e Levantar-se da cadeira e locomover-se

pela casa, o tempo diminuiu em 16% e 13%, respectivamente.

Tabela 01

Teste de aptidão física Controle TR p-Valor

Antes Depois Antes Depois

Força da mão direita (KgF) 23.9±6 23.3±5 23.7±7.7 27.7±6.5 0.0058

Força da mão esquerda (KgF) 24.2±5.3 23.9±4.2 22.6±7 26.6±6.2 0.0332

Flexibilidade (cm) 20.4±5.3 18.9±5.5 17.7±6.3 19.6±6.6 0.03

Resistência aeróbia 74.8±12 69±10.3 77.4±27.4 92.5±21 <0.0001

Equilíbrio (seg) 24±3.5 20.9±3.3 22.8±5.4 24.9±2.5 0.0002

Vel. Máx. de andar (seg) 6.8±1.4 7.1±1.4 6.25±1.5 5.25±1.25 <0.0001

Levantar-se da cadeira e locomover-

se pela casa (seg)

55.4±13 61.2±15.6 50.5±13.1 44.3±10.6 <0.0001

*p<0.05

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5. Discussão

O principal resultado deste estudo evidenciou que o treinamento resistido

progressivo melhora a capacidade funcional de pacientes com DP. Em nosso estudo

o TR progressivo foi realizado duas vezes por semana, entretanto, este volume foi

eficiente em promover melhoras nas capacidades físicas e funcionais.

Os testes utilizados em nosso estudo mimetizam as atividades da vida diária

dos pacientes com DP. O teste de flexibilidade, flexibilidade de ombro, resistência

aeróbia, velocidade máxima de andar, LCLC, equilíbrio e força (preensão manual),

são reconhecidos mundialmente e utilizados em diversos estudos para a análise da

funcionalidade e aptidão física.

A progressão da DP reduz a funcionalidade do paciente afetando a

capacidade de realizar as atividades de vida diária, além de reduzir sua autonomia,

gerando dependência de um cuidador. O paciente com DP nesse nível tem maior

chance de desenvolver outras doenças, como por exemplo a depressão.

Os resultados obtidos em nosso estudo corroboraram com os de Hass et al

(2012), que avaliaram os efeitos do TR (duas séries de 8-12 repetições) em 10

pacientes com DP, com frequência de duas vezes por semana. Foi evidenciado que

após 10 semanas os pacientes melhoraram o equilíbrio, a marcha e a força

muscular. A principal hipótese para o aumento da velocidade de marcha e força

muscular está relacionada com melhora da coordenação intramuscular

(sincronização, frequência e quantidade de unidades motoras recrutadas) e

intermuscular (ativação mais coordenada dos músculos agonistas e menor ativação

dos antagonistas) (referência).

Outros estudos demonstraram que o TR progressivo é capaz de melhorar as

atividades da vida diárias, flexibilidade e equilíbrio (CORCOS et al, 2013;CRUISE et

al, 2011). A melhora do equilíbrio está relacionada com a redução considerável do

risco de queda de acordo com o estudo de McGinley et al., (2012).

Os benefícios funcionais e físicas obtidas neste estudo são importantes uma

vez que, os pacientes com DP apresentam os efeitos do descondicionamento

musculoesqueléticos generalizado. Quanto mais grave o sintoma dessa doença,

maior é a inatividade e menor o condicionamento físico. O estado sedentário está

associado a diversas complicações secundárias: atrofia e fraqueza muscular devido

principalmente ao desuso (NIJKRAKE et al., 2007); diminuição da capacidade

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articular (artrose); alterações respiratórias (VAN NIMWEGEN, 2011); perda do

equilíbrio e do movimento voluntário (SHULMAN ; KATZEL ; IVEY, 2013).

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6. Conclusão

Os resultados do presente estudo indicam que o treinamento resistido

progressivo realizado com uma frequência de dois dias semanais obteve melhora a

capacidade funcional e física de pacientes portadores da DP.

Ressaltamos a importância de novos estudos sobre treinamento resistido

progressivo com as mesmas ou com novas varáveis para uma melhor comprovação

cientifica sobre a eficácia desse exercício físico, assim como realização de novos

estudos sobre treinamento resistido e suas mais variadas formas de aplicabilidade.

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Gráficos

0

5

10

15

20

25

30

35

Antes Depois Antes Depois

Força da mão direita (KgF)

0

5

10

15

20

25

30

Antes Depois Antes Depois

Força da mão esquerda (KgF)

16

17

18

19

20

21

22

Antes Depois Antes Depois

Flexibilidade (cm)

0

20

40

60

80

100

120

Antes Depois Antes Depois

Resistência aeróbia

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20

0

10

20

30

40

50

60

70

Antes Depois Antes Depois

Levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa (seg)

0

5

10

15

20

25

30

Antes Depois Antes Depois

Equilíbrio (seg)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Antes Depois Antes Depois

Velocidade máxima de andar (seg)

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