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FACULDADE UNIDA DE CAMPINAS - FACUNICAMPS
CURSO DE PEDAGOGIA
ANA CLECYA MIRANDA DE ARAUJO TOLEDO
LAUANE PEREIRA BRAGA SOUSA
ROSIMEIRE BORGES MONTEIRO CARDOSO
O LÚDICO COMO MECANISMO NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
GOIÂNIA – GOIÁS
2019-1
2
ANA CLECYA MIRANDA DE ARAUJO TOLEDO
LAUANE PEREIRA BRAGA SOUSA
ROSIMEIRE BORGES MONTEIRO CARDOSO
O LÚDICO COMO MECANISMO NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como
requisito para nota da disciplina de TCC, necessária para a
graduação do curso de Pedagogia da Faculdade Unida de
Campinas – FacUnicamps.
Orientação do Prof. Lizandro Poletto
GOIÂNIA – GOIÁS
2019-1
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O LÚDICO COMO MECANISMO NO PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
THE LUDIC AS MECHANISM IN THE TEACHING PROCESS
LEARNING IN CHILDREN EDUCATION
ANA CLECYA MIRANDA DE ARAUJO TOLEDO 1
LAUANE PEREIRA BRAGA SOUSA 2
ROSIMEIRE BORGES MONTEIRO CARDOSO 3
LIZANDRO POLETTO4
RESUMO
O trabalho teve como objetivo principal buscar referenciais que conceituem jogos, brinquedos e brincadeiras, e
identificar seus impactos histórico-sócio-culturais no aprendizado da Educação Infantil, além de realizar um
breve histórico dos jogos e brincadeiras, relatar as concepções de Educação Infantil a partir da Constituição
Federal de 1988 e descrever a importância do lúdico como mecanismo no processo de ensino/aprendizagem para
a Educação Infantil. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, e para esta utilizaram-se de termos específicos,
como jogos e brincadeiras, história dos jogos, concepção de Educação Infantil, lúdico na Educação Infantil para
a indexação e filtração dos dados. A importância do lúdico como ferramenta primordial na socialização de
crianças na etapa da Educação Infantil foi ressaltada no trabalho, destacando ainda que, as concepções de
Educação Infantil, apesar de terem sido um processo longo e doloroso, vieram beneficiar as crianças de 0 até 5
anos de idade como sujeitos de direitos. O lúdico contribui para o aprendizado da criança de forma discreta,
evitando pressões corriqueiras, facilitando a captura de conhecimento pelo alunado, resultando em melhores
rendimentos escolares.
Palavras-Chave: Educação Infantil. Lúdico. Aprendizado. História.
ABSTRACT
The work had the principal object search referencials that constitute games, toys and plays, and indentify the
impacts historial-socio-cultural at the knowledge in the Childlike Education, beyond realize a brief historic of the
games and plays, report the conceptions of Childlike Education starting of the Federal Constitution of 1988 and
discribe the importance of the ludic like a mechanism in the process teaching/learning to Childlike Education.
Was realized bibliographic search, and for this were used specific terms, like games and plays, story of the
games, conception of the Childlike Education, ludic in the Childlike Education to the indexing and filter de
datas. The importance of ludic like primordial tool in the socialization of the kids in the stage of the Childlike
Education was highlighted at work, highlighting the conceptions of Childlike Education, although of had like a
long and hurting process, benefited the kids of 0 until 5 years old like subjects of rights. The ludic contribute to
the learning of the child discreetly, avoiding pressions, making easy the capture of knowledge for the class,
resulting in better school income.
Keywords: Childlike Education. Ludic. Learning. History.
1 Graduanda em Pedagogia da Faculdade Unida de Campinas-FACUNICAMPS. 2 Graduanda em Pedagogia da Faculdade Unida de Campinas-FACUNICAMPS. 3 Graduanda em Pedagogia da Faculdade Unida de Campinas-FACUNICAMPS. 4 Orientador: Prof. Mestre do corpo docente da Faculdade Unida de Campinas-FACUNICAMPS.
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1. INTRODUÇÃO
A intencionalidade deste trabalho é pesquisar e refletir a respeito do lúdico como
mecanismo no processo de ensino e aprendizagem na Educação Infantil. Realizando um breve
histórico dos jogos e brincadeiras, relatando como foram constituídas as concepções de
Educação Infantil ao longo da história até os dias atuais bem como a importância dos jogos e
brincadeiras no processo de ensino /aprendizagem para a Educação Infantil.
Na antiguidade a educação das crianças era uma responsabilidade da família ou do
grupo social no qual esta pertencia. Constatamos a partir de pesquisas que até o século XVIII
não existia nenhum conceito de Educação infantil, apenas propostas sistematizadas de
estudiosos da educação como; Froebel, Rousseau, Montessori, Décroly, dentre outros.
Somente a partir da Constituição Federal de 1988 é que surgem as primeiras concepções de
Educação Infantil na forma de lei e documentos (LDB, DCNS, PCNS, RCNEI, BNCC etc.).
Fazendo um breve percurso pela história dos jogos e brincadeiras, percebemos que o
lúdico está relacionado com a cultura de cada sociedade ou com fatores que contribuíram para
sua origem. Johann Huizinga fundou seus estudos na tese Homo Ludens, estabelecendo que os
jogos têm origem primitiva (ALBORNOZ, 2009, p.76). Objetos encontrados em escavações
arqueológicas evidenciam que as civilizações mais remotas já brincavam e jogavam.
Na antiguidade as crianças eram tratadas como adultos de tamanho reduzido e
participavam dos mesmos jogos e brincadeiras. Apesar de haver indícios que os jogos e
brincadeiras surgiram antes mesmo de algumas culturas, estudos apontam que foi na Grécia e
em Roma que o jogo surgiu no século XVI com a finalidade de ensinar letras.
Dada à importância do brincar para a criança partimos do pressuposto que o lúdico é
um mecanismo importantíssimo no processo de ensino aprendizagem na Educação Infantil,
pois a brincadeira é intrínseca a vida da criança, numa forma de reconhecimento de si mesma.
Quando a criança brinca com outra, ela estabelece relações sociais, testa sua liderança, pratica
a habilidade acordos e constrói novas possibilidades.
Para compreender a importância desse lúdico na etapa da Educação Infantil nos
processos de ensino e aprendizagem foi feita uma busca de referenciais que conceituem jogos,
brinquedos e brincadeiras, história política da Educação Infantil e história dos jogos num
esforço de identificar seus impactos histórico-sócio-culturais no aprendizado das crianças. As
fontes de pesquisa usadas na composição deste trabalho são variadas: livros, artigos
científicos e etc.
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2. EDUCAÇÃO INFANTIL: ALGUMAS CONCEPÇÕES
A Educação infantil é a etapa da educação básica que tem por finalidade inicial o
processo de socialização das crianças até aos cinco anos de idade, e a essas instituições é dada
os nomes de; jardim de infância, creches, maternal ou pré-escolas. Fazendo um breve
percurso pela história podemos perceber que não existia nenhuma concepção de educação
Infantil, a educação das crianças era considerada uma responsabilidade da família ou do grupo
social no qual pertencia. Não existia nenhuma instituição responsável pelo cuidado da criança,
estes cuidados e orientações eram destinados aos pais, avós ou a outro adulto designado pela
família aquela função.
Segundo Caldas citado por Pinto (2013, p. 9641):
[...] a infância constitui em uma realidade que começa a ganhar contornos a partir
dos séculos XVI e XVII [...]. As mudanças de sensibilidade que se começa a
verificar a partir do renascimento tendem a deferir a integração no mundo adulto
cada vez mais tarde, e a marcar, com fronteira bem definidas, o tempo da infância,
progressivamente ligado ao conceito da aprendizagem e de escolarização. Importa,
no entanto, sublinhar que se trata de um movimento lento, inicialmente bastante
circunscrito às classes mais abastadas.
As instituições de educação infantil devem seu surgimento ao nascimento da escola
e do pensamento pedagógico moderno, por volta dos séculos XVI e XVII. Vários fatores
contribuíram para o surgimento das creches e jardins de infância, dentre eles podemos
destacar; as transformações políticas, econômicas e sociais.
Nessa perspectiva podemos contar também com as grandes contribuições de vários
teóricos, filósofos, médicos, psicólogos, pedagogos e demais estudiosos ao longo da
história da educação dentre eles podemos destacar; Comenius, Rousseau, Pestalozzi,
Frõbel, Montessori, Décroly, Vygotsky, Piaget, Wallon, Dewey, dentre outros. Muitos deles
contribuíram com propostas sistematizadas para a Educação Infantil.
De acordo com Wajskop (1995, p.64);
As concepções de Educação Infantil que vêm sendo construídas historicamente têm
reiterado e/ou tomado de empréstimo as idéias propostas por esses teóricos de fins
do século XIX e início do século XX, ou seja, a inserção das crianças nas
brincadeiras, nos materiais pedagógicos e nos “treinos” de habilidades e funções
especificas.
No Brasil o ponto crucial foi a inserção das mulheres ao mercado de trabalho (a
partir da revolução industrial) e a desvalorização de outros modelos de educação da criança
anteriormente estabelecidos. Com a inserção da mulher no mercado de trabalho é alterado
esse modelo de educar e cuidar das crianças. A França foi um dos primeiros países a
instituir a creche por volta do século XVIII, e no Brasil no século XIX.
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De acordo com Paschoal e Machado (2009, p.81):
A partir da segunda metade do século XIX, o quadro das instituições destinadas à
primeira infância era formado basicamente da creche e do jardim de infância ao
lado de outras modalidades educacionais, que foram absorvidas como modelos em
diferentes países. No Brasil, por exemplo, a creche foi criada exclusivamente com
caráter assistencialista, o que diferenciou essa instituição das demais criadas nos
países europeus e norte-americanos, que tinham nos seus objetivos o caráter
pedagógico.
Com a implantação da Constituição Federal em 1988, começa a surgir varias
concepções de Educação Infantil, que passa a ser reconhecida como responsabilidade do
Estado na educação de crianças de 0 a 6 de idade, inicialmente em caráter assistencialista.
Ainda ficou estabelecido a partir da Constituição Federal que os pais a comunidade e o
poder público devem garantir e respeitar esses direitos. “[...] O dever do Estado para com a
educação será efetivado mediante a garantia de oferta de creches e pré-escolas às crianças
de zero a seis anos de idade” (BRASIL, 1988 Apud PASCHOAL; MACHADO, 2009,
P.85).
Em 1990 foi instituído o Estatuto da criança e do Adolescente (ECA) lei federal
8.069/ 1990 em seu Art. 1º Esta lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao
adolescente. O ECA veio reforçar a Constituição Federal no que se diz a criança como
sujeito de direitos, pois ele determina cada um dos diretos da criança e os princípios que
devem ser seguidos neste atendimento.
Segundo Paschoal e Machado (2009, p.85);
Dois anos após a aprovação da Constituição Federal de 1988, foi aprovado o
Estatuto da Criança e do Adolescente5 – Lei 8.069/90, que, ao regulamentar o art.
227 da Constituição Federal, inseriu as crianças no mundo dos direitos humanos. De
acordo com seu artigo 3º, a criança e o adolescente devem ter assegurados os
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil foram implantadas no
final do ano de 1990, porém em 2009 com a revisão das diretrizes da etapa da educação
básica sobre a resolução n.5CEB/CNE onde ficam definidas novas diretrizes para educação
infantil. Essas Diretrizes Nacionais Curriculares norteia as ações pedagógicas definidas pela
união.
Esse documento traz a concepção de Educação Infantil nos seguintes termos;
jornada, matricula e faixa etária. Ela também define os aspectos políticos e administrativos,
bem como sugere uma postura a ser considerada na preparação das propostas pedagógicas e
curriculares da Educação Infantil.
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De acordo com o Ministério da Educação, no Parecer CNE (Conselho Nacional de
Educação) e CEB (Câmara de Educação Básica) nº 20/2009 (2009, p.02) diz que:
Nesse contexto, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
elaboradas anteriormente por este Conselho (Resolução CNE/CEB nº 1/99 e Parecer
CNE/CEB nº 22/98) foram fundamentais para explicitar princípios e orientações
para os sistemas de ensino na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação
de propostas pedagógicas. Embora os princípios colocados não tenham perdido a
validade, ao contrário, continuam cada vez mais necessários, outras questões
diminuíram seu espaço no debate atual e novos desafios foram colocados para a
Educação Infantil, exigindo a reformulação e atualização dessas Diretrizes.
Em 1996 surgiu uma nova concepção de Educação Infantil a partir da Lei de
Diretrizes Bases da Educação (LDB) ou Lei número 9394/96 como ela também e
conhecida.
No qual ficou determinado que a educação infantil é a primeira etapa da educação
básica ofertado em creches (0 até 3 anos) e pré escolas (4 até 5 anos) tendo como objetivo
principal o desenvolvimento integral da criança até os 5 anos de idade, nos seus aspectos
psicológicos, social, físico, intelectual.
Portanto, as instituições de educação infantil deverão ter um plano pedagógico
criado pelos participantes envolvidos no processo educativo.
De acordo com Machado (2000, p.16),
A mais importante e decisiva contribuição da LDB para com a educação infantil é a
de situá-la na educação básica (art.29). Ao afirmar que a educação infantil é a
primeira etapa da educação básica a nova lei não está apenas dando-lhe uma posição
cronológica na pirâmide da educação mas, principalmente, expressando um
conceito novo sobre esse nível educacional. Segundo o art.22 da LDB, a educação
básica é aquela que assegura ao educando a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornece-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) é um
documento elaborado a partir da LDB que foi desenvolvido e publicado pelo Ministério da
Educação e do Desporto em parceria com a Secretaria de Educação Fundamental
(MEC/SEF). Implantado em 1998 o RCNEI se trata de uma nova concepção de Educação
Infantil que foi concebido em 3 volumes para crianças de 0 até 5anos de idade.
No volume1: Introdução; sua intenção é servir de reflexão sobre as creches e pré-
escolas no Brasil, com objetivos gerais, conteúdos e orientações didáticas para os profissionais e
etc. Visando a qualidade educacional para a Educação Infantil, no intuito de desenvolver a
criança de forma integral. No volume 2: Formação pessoal e social; seu eixo de trabalho
prioriza os processos de construção da Identidade e Autonomia da criança. Volume 3:
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Conhecimento de mundo; seus eixos de trabalho são seis, orientados para a construção das
diferentes linguagens e para as relações que as crianças estabelecem com os objetos de
conhecimento: Artes Visuais, Natureza e Sociedade, Música, Linguagem Oral e Escrita,
Matemática e Movimento. Segundo MEC/SEF (1998, p.7):
A organização do Referencial possui caráter instrumental e didático, devendo os
professores ter consciência, em sua prática educativa, que a construção de
conhecimentos se processa de maneira integrada e global e que há inter-relações
entre os diferentes eixos sugeridos a serem trabalhados com as crianças. Nessa
perspectiva, o Referencial é um guia de orientação que deverá servir de base para
discussões entre profissionais de um mesmo sistema de ensino ou no interior da
instituição, na elaboração de projetos educativos singulares e diversos.
O primeiro Plano Nacional de Educação (PNE) foi criado em 1996 e Suas
prioridades sucedem de acordo com o que está determinado na Constituição Federal e na
LDB. Em 1998 o PNE atribui um novo destaque para a Educação Infantil, estendendo a
obrigatoriedade do ensino educacional público a todas as crianças de 0 a 6 anos de idade. E a
mais significativa das suas ações foi incluir a Educação Infantil na concepção de Educação
Básica. A legislação manteve ainda a diferença entre creches e pré-escolas nos atendimentos
por faixa etária. De acordo com o PNE (1998, p. 21);
A nova relevância assim atribuída a Educação Infantil corresponde ao
reconhecimento do papel crucial dos primeiros anos de vida no desenvolvimento
integrado das potencialidades psíquicas do ser humano, não apenas no que diz
respeito as suas dimensões intelectuais e cognitivas, mas também ao equilíbrio
emocional e a sociabilidade que são essenciais a formação da pessoa e do cidadão
O novo PNE (2014-2024) para a Educação Infantil (EI) tem como meta.1;
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 a 5 anos, e ampliar, até
2024, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos
em creches, até o final da sua vigência. Segundo o MEC/PNE (2014-2024, p. 21);
A consecução desses objetivos se respalda em 17 estratégias, que englobam
expansão na oferta de vagas, estruturação física de escolas e creches, políticas de
colaboração interfederativas, levantamento da demanda por creche, redução das
desigualdades econômicas e territoriais, políticas inclusivas, formação de
profissionais para a EI, busca ativa, ações de inclusão e valorização da diversidade,
entre outras.
Em 2006 foram implantados os Parâmetros Nacionais para a Qualidade da Educação Infantil,
volumes 1 e 2. Segundo o MEC (2006, p.9 e 10):
O primeiro aborda aspectos relevantes para a definição de parâmetros de qualidade
para a Educação Infantil no país. Apresenta uma concepção de criança, de pedagogia
da Educação Infantil, a trajetória histórica do debate da qualidade na Educação
Infantil, as principais tendências identificadas em pesquisas recentes dentro e fora do
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país, os desdobramentos previstos na legislação nacional para a área e consensos e
polêmicas no campo. No segundo, explicitam-se, inicialmente, as competências dos
sistemas de ensino e a caracterização das instituições de educação infantil a partir de
definições legais, entendendo que um sistema educacional de qualidade é aquele em
que as instâncias responsáveis pela gestão respeitam a legislação vigente.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil e um
documento de natureza normativo que foi elaborado a partir de audiências públicas em 2017,
pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Implantada em 2018 a BNCC é definida como
conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais, determinando o que todos os
alunos de escolas públicas e particulares de todo país devem desenvolver ao longo desta
etapa, assegurando seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento por faixa etária, em
conformidade com o que estabelece o PNE.
Nesta concepção a BNCC para a Educação Infantil considera esta etapa fundamental
para a construção da identidade e subjetividade da criança e determina seis direitos de
aprendizagem e desenvolvimento das crianças; conviver, brincar, participar, explorar,
expressar e conhecer-se.
A BNCC estabelece ainda cinco campos de experiências: O eu, o outro e o nós;
Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala pensamento e
imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Nesses campos de
experiências, ficam determinadas as finalidades de aprendizagem e desenvolvimento das
crianças organizadas em três grupos por faixa etária.
Segundo Campos e Barbosa (2015, p. 360):
Seguindo essa concepção, o documento da BNCC para a educação infantil é mais
do que uma lista de atividades e/ou objetivos a serem cumpridos, antes é um
documento que apresenta a defesa de uma determinada concepção de educação, de
uma função da educação infantil e de qual deve ser o currículo privilegiado.
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) na sua concepção sócio-interacionista o
desenvolvimento humano acorre dentro da dimensão histórica e cultural, na qual a essência
humana está inserida nas relações sociais estabelecidas e que o desenvolvimento do sujeito
ocorre de fora para dentro. Na sua concepção de Educação Infantil o professor tem um papel
de extrema relevância, que é a mediação da criança com o mundo. Garantindo assim que é por
meio da Zona de desenvolvimento Proximal que esta criança se apropriara do conhecimento
de forma integral, numa interação com o meio e com o objeto de estudo.
Segundo Pereira (2014, p.42) apud Vygotsky (1995);
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[...] a vida social cria a necessidade de subordinar a conduta do indivíduo às
exigências sociais e forma, ao mesmo tempo, complexos sistemas de sinalização,
meios de conexão que orientam e regulam a formação de conexões condicionadas no
cérebro de cada indivíduo. A organização da atividade nervosa superior cria a
premissa indispensável, cria a possibilidade de regular a conduta externamente.
Maria Montessori (1870-1952) foi uma das primeiras mulheres a formar em medicina
em seu país foi também percussora no campo pedagógico e na autoaprendizagem do aluno.
Argumentava que as funções escolares proporcionam o desenvolvimento infantil conforme os
aspectos biológicos de cada indivíduo. De acordo com sua concepção, estímulos externos são
tão importantes quanto os internos. Os estímulos externos formam o espírito infantil,
acredita-se que são predeterminados biologicamente. Nesse contexto ela tinha a concepção
que a criança em sala de aula fosse livre para agir sobre os objetos do ensino. A base de sua
teoria está na individualidade, atividade e liberdade do aluno e enfatiza a educação para além
de acúmulos de informações.
De acordo com Duarte (2014, p.17e 18) citado por Busquets (2003);
O método se inicia pelo cultivo da atenção, despertando à vontade, articulando a
inteligência e a imaginação criativa para que a criança possa manipular o que está
ao seu redor. Montessori defende a auto-aprendizagem baseando-se na Organização
das classes como ambientes facilitadores.
Jean Piaget (1896-1980) sua teoria do conhecimento esta baseado no
desenvolvimento natural da criança e dividido em quatro estágios básicos do progresso
cognitivo de acordo com a idade (sensório-motor, pré-operacional, operacional concreto e
operacional formal). Esses estágios da infância ocorrem na mesma ordem em todas as
crianças, de todas as culturas e origens.
A teoria de Piaget começou por dois conceitos principais, acomodação e assimilação.
Para ele o sujeito não nasce predeterminado, nasce com uma bagagem hereditária e com a sua
interação no meio social se desenvolve. Ressalta ainda que a escola deva partir dos esquemas
de assimilação das crianças ao propor atividades desafiadoras na intenção de promover a
descoberta e a construção do conhecimento. Em sua concepção o aprendizado é construído
pelo próprio aluno e a partir de sua teoria surge o construtivismo. Segundo Carmo (2010,
p.10) apud Piaget (1976);
Cada ato de inteligência é definido pelo desequilíbrio entre duas tendências:
acomodação e assimilação. Na assimilação, a criança incorpora eventos, objetos ou
situações dentro de formas e pensamentos, que constituem as estruturas mentais
organizadas. Na acomodação, as estruturas mentais existentes reorganizam-se para
incorporar novos aspectos do ambiente externo. Durante o ato de inteligência, o
sujeito adapta-se ás exigências do ambiente externo, enquanto, ao mesmo tempo,
mantêm sua estrutura mental intacta. O brincar neste caso é identificado pela
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primazia da assimilação sobre a acomodação. Ou seja, a criança assimila eventos e
objetos a suas estruturas mentais.
Friedrich Froebel (1782-1852) o criador dos jardins-de-infância defendia um ensino
sem obrigações porque o aprendizado depende dos interesses de cada um e se faz por meio da
prática (FERRARI, 2008). Recebia em seus jardins-de-infância crianças de até 8 anos de
idade. Na sua concepção a criança pequena e como uma plantinha que tem que ter cuidados
para crescer e dar bons frutos. Ele foi um dos primeiros educadores a pensar na infância como
uma etapa determinante na formação do indivíduo.
De acordo com Kendziersk (2012, p.3) apud Dewey (1959) e Kishimoto (2007);
O reconhecimento, por parte de Froebel, da importância das aptidões inatas das
crianças, sua carinhosa atenção para com elas e seu influxo para induzir os outros a
estudá-las representam talvez a contribuição individual mais eficaz, na moderna
teoria educacional, para o reconhecimento amplo da ideia do desenvolvimento.
As concepções de Educação Infantil que se tem hoje foram constituídas ao longo da
historia da educação em diversos lugares do mundo. Nos últimos tempos passou por grandes
transformações, na busca de uma nova identidade procurando o atendimento da criança de
forma integral nos seus aspectos; físico, emocional, cognitivo e etc.
3. JOGOS E BRINCADEIRAS: UM POUCO DA SUA HISTÓRIA
O surgimento dos jogos e brincadeiras está relacionado com a cultura de cada
sociedade ou com fatores que contribuíram para a sua origem, ou seja, o lúdico de alguma
forma influenciou a formação da cultura de diversos povos. Acredita-se ainda que os jogos e
brincadeiras antecedam a cultura de determinadas sociedades, sendo eles elementos decisivos,
na formação de tais culturas. Os jogos apontam ainda aspectos culturais, sociais e
econômicos de sua respectiva sociedade.
Johann Huizinga fundou seus estudos na tese Homo Ludens, estabelecendo que os
jogos têm origem primitiva, e, segundo Albornoz (2009, p.76):
A tese central da obra Homo Ludens é a de que o jogo é uma realidade originária,
que corresponde a uma das noções mais primitivas e profundamente enraizadas em
toda a realidade humana, sendo do jogo que nasce a cultura, sob a forma de ritual e
de sagrado, de linguagem e de poesia, permanecendo subjacente em todas as artes de
expressão e competição, inclusive nas artes do pensamento e do discurso, bem como
na do tribunal judicial, na acusação e na defesa polêmica, portanto, também na do
combate e na da guerra em geral.
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Para Albornoz apud Huizinga (2009, p.76) O jogo é de fato mais antigo que a
cultura, pois esta, mesmo em suas definições mais rigorosas, pressupõe sempre a sociedade
humana; mas, os animais não esperaram que os homens os iniciassem na atividade lúdica.
Alguns manuscritos milenares comprovam a prática de jogos e brincadeiras centenas de anos
antes de Cristo (a.c) nas mais diversas regiões do mundo. De acordo com Carneiro (2014):
As sociedades nômades não deixaram registros de suas vidas e de suas culturas.
Havia poucas crianças, porque transportá-las diante das adversidades não era fácil.
Entre algumas civilizações clássicas foi possível obter mais informações sobre o
assunto por meio de objetos encontrados nas tumbas de adultos, em geral da nobreza
ou dos mestres das crianças, que, ainda assim, nem sempre se apresentavam
completos.
Apesar da pobreza de registros e informações em relação à história dos jogos e
brincadeiras, devido ao fato de que a princípio as sociedades eram nômades, objetos
encontrados em escavações arqueológicas evidenciam que as civilizações mais remotas já
brincavam e jogavam.
Segundo Santos citado por Souza (2016, p.7):
As marcas arqueológicas e as pinturas rupestres deixam claro que, na antiguidade, já
existiam alguns jogos que os gregos e romanos jogavam, como por exemplo, o pião
contemporâneo. As primeiras bonecas foram encontradas no século IX a.C em
túmulos de crianças. Nas ruínas Incas do Peru, arqueólogos encontraram vários
brinquedos infantis.
Os jogos de tabuleiro estão presentes desde o início das civilizações. De
acordo com pesquisas e artefatos arqueológicos encontrados, o jogo Senet ou Senat que
significa “Jogo de Passagem” foi encontrado no antigo Egito. Este é supostamente o mais
antigo entre todos os jogos de tabuleiro. Seguido pelo “Jogo Real de Ur” encontrado no
Iraque que data sua origem anterior a 2500 a.C., além do jogo de “Mancala” originário da
África, o jogo “Go” criado na China e o jogo de “Xadrez” sua origem ainda é incerta,
acredita-se que ele foi criado na China, dentre outros jogos em diversas partes do mundo,
De acordo com Romão (2008) o jogo Senet ou Senat:
Foram desenterrados restos do jogo nas tumbas da Pré-dinastia e da Primeira
dinastia, cerca de 3500 a.C. e 3100 a.C.. Foi encontrada também uma pintura na
tumba de Merknera (3300-2700 a.C.), assim como na tumba de Hesy (2686-2613
a.C.) e na tumba da rainha Nefertari (1295-1255 a.C.). O objetivo do jogo era tirar
todas as peças do tabuleiro.
Na Grécia arcaica, os jogos fúnebres era um ritual em honra a uma pessoa querida (ou
ilustre) recém falecida ou por data de sua morte. Esses jogos são considerados os mais antigos
da Grécia e continha uma extensa programação esportiva como duelos, corrida de cavalos e
carros, corrida a pé, dentre outros. Esta cerimônia era por meio de competições entre os mais
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bravos guerreiros da época como forma de homenagear o morto por sua bravura ou seus
feitos. Esses jogos deram origem aos jogos olímpicos da Grécia.
Para Garcia (2012, p. 49) apud Marrou (1990); Godoy (1996) e Yalouris (2004):
Registrados oficialmente a partir de 776 a.C. os jogos olímpicos eram realizados em
Olímpia (antiga cidade ou vilarejo da Grécia) com intervalos de quatro em quatro
anos. Advindo dos jogos fúnebres, os jogos olímpicos ocorriam com a participação
das mais diversas cidades-estado, porém Atenas e Esparta se destacavam, e
certamente os jogos Antiguidade foram entre os pan-helênicos, os mais conhecidos.
Em relação aos jogos da Grécia e Roma, Pimenta (2011) diz que as competições e
outros espetáculos públicos era uma característica da vida religiosa e social (PIMENTA,
2011, p.12). E ressalta ainda que os gregos participavam com frequência dos jogos e que a
competição entre atletas era o espetáculo principal. Enquanto que os romanos eram meros
espectadores, somente atletas profissionais, escravos e prisioneiros podiam participar dessas
competições, pois havia lutas até a morte e uso de feras.
Segundo Carneiro (2014):
Na Antiguidade, os gregos e os romanos deixaram grandes legados na perspectiva
da ludicidade, tais como a prática de atividades físicas e o uso de bonecas e animais
de barro, além de assobios como o Silreil existente ainda na Maiorca, ilha localizada
no arquipélago das Baleares, norte da Espanha.
Entre os fenícios, uma das heranças mais importantes foi o Jogo da Trilha, um
tabuleiro dividido em quatro áreas, representando cidades famosas pelo seu comércio, como
Biblos, Sidon e Tiro, famosas pelo seu comércio (CARNEIRO, 2014).
Os jogos e as competições sempre ocuparam um lugar muito importante nas mais
diversas culturas, independentemente de estarem ligados a diversão ou aos rituais – colheita,
morte, nascimento, e etc.
Para Bertoldo e Ruschel citado por Didonet (2000, p.2) afirma que:
Todas as culturas, desde as mais remotas eras, produziram e utilizaram brinquedos.
A boneca e a bola são dos mais antigos que se tem notícia e mais difundidos em
todas as culturas. Em túmulos egípcios de 4 a 5 mil anos atrás foram encontradas
bonecas. Nas civilizações andinas, as crianças eram enterradas com elas.
Os jogos e as brincadeiras quando são transportados para outros contextos históricos
e sócio-culturais de diferentes países não permanecem exatamente os mesmos, ou seja,
mudam suas atribuições. Antigamente o jogo e o brinquedo eram produzidos artesanalmente
Segundo Kiya (2014 p. 7) apud Brougère (1998) e Wittzorecki (2009):
[...] o jogo possuía, na Antiga Roma, um aspecto Religioso. [...] na Grécia Antiga os
jogos eram realizados em formas de lutas, concursos, combates, atividades
ginásticas, além de manifestações teatrais.” Ainda segundo o autor, os Astecas e
Maias também praticavam o jogo, em algumas situações, como ritos de sacrifício.
14
Para o povo asteca essa atividade assumia “importante função social”, pois através
do jogo “era possível conhecer a vontade dos deuses, recriar as situações de
competição da vida e conectar-se com o ritmo cósmico do universo.
Grande parte das brincadeiras e jogos populares que se tem hoje foram criados a
muitos séculos atrás, por diversos povos e nos dias atuais assumem um formato diferenciado
de acordo com o tempo e a cultura da sua sociedade.
Para Soares (2017) algumas brincadeiras são muito antigas e destaca a origem de seis
delas; O jogo da Cabra-cega (China), Cara ou coroa (Roma), a Amarelinha (Roma), o
Joquempô (China), O par ou ímpar (Roma) e o Jogo da velha (Roma).
Segundo Kishimoto (1994, p.4):
Dessa forma, enquanto fato social, o jogo assume a imagem, o sentido que cada
sociedade lhe atribui. É este o aspecto que nos mostra por que o jogo aparece de
modos tão diferentes, dependendo do lugar e da época. [...] Enfim, cada contexto
social constrói uma imagem de jogo conforme seus valores e modo de vida, que se
expressa por meio da linguagem.
De acordo com Almeida e Casarin (2002, p.1) “Na antiguidade, as crianças
participavam das mesmas brincadeiras dos adultos. Toda a comunidade participava das festas
e brincadeiras, com a finalidade de estreitar os laços afetivos”.
Segundo Rocha (2002, p.55) as brincadeiras eram elaboradas tendo como público-
alvo os adultos, sendo assim o que era destinado para os adultos era também para as crianças.
“[...] no mundo das fórmulas românticas, e até o fim do século XIII, não existem crianças
caracterizadas por uma expressão particular, e sim homens de tamanho reduzido” (ROCHA,
2002 apud ARIÈS, 198, p.51).
Com a descoberta da infância, os brinquedos e os jogos que, em épocas remotas,
eram utilizados em cultos e rituais religiosos e que integravam os laços coletivos da
comunidade passaram por transformações e tornaram-se monopólios do universo infantil
(BERNARDES, 2006, p.545apud ARIES).
Para Nallin (2005, p.3) o jogo com o intuito de ensinar ocorreu no século XVI:
O jogo advém do século XVI, e os primeiros estudos foram realizados em Roma e
Grécia, destinados ao aprendizado das letras. Esse interesse decresceu com o
advento do cristianismo, que visava uma educação disciplinadora, com
memorização e obediência. A partir daí, os jogos são vistos como delituosos, que
levam à prostituição e à embriaguez.
Com o surgimento da Companhia de Jesus (jesuítas) pelo mundo os jogos voltam a
serem utilizados no processo educativo. A chegada dos Jesuítas ao Brasil foi em 1549 e com
15
eles um novo recurso de ensino. Os índios, portugueses e negros foram os responsáveis pela
constituição do lúdico brasileiro.
Os jogos e brincadeiras que temos hoje são originários dessa miscigenação que
ocorreu nesse período, mas é incerto afirmar de qual povo exatamente seriam suas origens
(SANT’ANNA; NASCIMENTO, 2011, p.23).
De acordo com Nallin (2005, p.3);
A introdução à brincadeira em seu contexto infantil, inicia-se, timidamente, com a
criação de jardins de infância, fruto da proposta de Froebel (1782-1852 - primeiro
filósofo a ver o uso de jogos para educar crianças pré-escolares) que considera que a
criança desperta suas faculdades próprias mediante estímulos. Esta proposta
influenciou a educação infantil de todos os países.
No Brasil os jogos e brincadeiras tradicionais recebem grande influência do folclore a
partir dos contos, lendas e histórias passado de geração a geração, por meio dos portugueses,
africanos e indígenas. Quando os portugueses chegaram ao Brasil os índios já jogavam um
jogo por nome “Pe’teka” que significa “bater” em tupi que consistia em uma trouxa de folhas
e pedras presa a uma espiga de milho onde eles atiravam uns para os outros. A influência
negra (pião e papagaio) e a dos portugueses no nordeste (badocada e reizinhos).
(SATURNINO, 2014).
Segundo Alves (2003, p.12 e 13) apud Kishimoto (1993) diz que dentre os chamados
“jogos tradicionais brasileiros”, estão;
Queimado/caçador; Carniça; Pique; Cabra-cega; Mamãe posso ir; Peteca;
Amarelinha; Chicotinho queimado; Pau de sebo; Cabo de guerra; Totó/Pebolin;
Bambolê; Ciranda, cirandinha; Futebol de botão; Peão; Passa anel; Estátua;
Palitinhos; Malmequer; Boca de forno; Reco-reco; Escravos de Jô; Papagaio, Pipa,
Arraia.
Em 1894 o inglês Charles Miller trouxe para o Brasil a primeira bola e
consequentemente os primeiros jogos de futebol no país. E em 1895 acontece a primeira
partida de futebol oficial no Brasil entre os ingleses que aqui moravam. A bola é muito antiga:
há relatos que os japoneses e chineses já se divertiam com bolas de diversos materiais. Os
gregos e romanos utilizavam bexiga de boi (SATURNINO, 2014). Inicio do século XX as
brincadeiras eram nas ruas.
No ano de 1970 os jogos de tabuleiros ficaram famosos (War, Jogo da vida, dentre
outros). Seguido pelos autoramas, ferroramas e Jogos de RPG’s (role-playing game), que se
trata de um jogo colaborativo onde os personagens são imaginários em um mundo irreal. Em
1990 inovação técnica, vários tipos de brinquedos e jogos vão surgindo. Ainda em 1990 se
instala a era dos videogames (Atari, Nintendinho, Sega, Playstation 1, dentre outros.
16
Ano 2000 o Playstation e o Xbox lideram o mercado. Nesta inovação tecnológica
estão também os jogos Minecraft e Angry Birds sensação entre as crianças. Não se
esquecendo dos jogos on-line em celulares, tablet’s, computadores e por fim os óculos de
realidade virtual. Segundo Zanolla (2007, p.1337);
Com o aperfeiçoamento dos microcomputadores, a criação da televisão a cabo e do
telefone celular, do DVD e da Internet, aliados à implantação dos bancos
eletrônicos, o nível do desenvolvimento técnico ganha proporções gigantescas. Esse
contexto muda diretamente a vida das crianças, sua organização escolar e formas de
lazer.
Apesar da gigantesca evolução dos jogos e o distanciamento das crianças nas
brincadeiras tradicionais é possível o resgate cultural desse lúdico, por meio de atividades que
impulsionem os alunos a querer participar. A tecnologia quando usada de forma adequada nos
processos da aprendizagem ela se torna uma aliada importantíssima na aquisição dos
conhecimentos. Um grande exemplo disso são os jogos on-line educativos onde o aluno se
depara com as mais variadas situações, proporcionando desde o aprendizado dos conteúdos ao
desenvolvimento integral do aluno.
4. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A palavra lúdico vem do latim ludus, sendo um adjetivo masculino, que remete a
jogos e divertimento, incluindo o brinquedo. Platão, em meados de 367 a.C. ressaltou a
importância do lúdico no desenvolvimento do aprendizado das crianças (SANT’ANNA;
NASCIMENTO, 2011, p.20).
Ao brinquedo é reservado o significado de objeto com que as crianças brincam ou
instrumento lúdico que auxilia na diversão (jogo ou brincadeira). No entanto, o brinquedo tem
a função de fazer brotar o imaginário da criança dando sentido e significado a seu universo.
Para os bebês, o brinquedo trás o conhecimento por meio dos seus sentidos (audição,
tato, paladar, visão e olfato) na sua exploração e livre manipulação dos objetos. “O brinquedo
torna-se fundamental, através dele a criança se comunica com o seu mundo, pelo brincar ela
expõe seus sentimentos, pensamentos e descobre um mundo diferente ao seu redor” (BÕHM,
2015, p.12). Os brinquedos podem ser estruturados (de fabricação industrial) e não
estruturados (paus, pedras, etc), são objetos que se transformam em brinquedos nas mãos de
uma criança.
A brincadeira é uma atividade lúdica caracterizada por não possuir regras, podendo
então a criança, ao brincar, recriar a realidade no qual está inserida a partir de suas vivências.
17
Isso não significa que todas as brincadeiras não possuem regras, pois mesmo aquelas que são
livres e não estruturadas em algum momento necessitarão de regras dependendo do contexto
em que ela se encontra.
De acordo com Cordazzo e Vieira (2007, p.91):
O brinquedo tem como princípio estimular a brincadeira e convidar a criança para
esta atividade. A brincadeira é definida como uma atividade livre, que não pode ser
delimitada e que, ao gerar prazer, possui um fim em si mesma.
Por outro lado o jogo pode ser facilmente confundido com uma brincadeira por se
tratar de uma atividade que proporciona diversão e prazer. No entanto, diferentemente das
brincadeiras, os jogos possuem regras que devem ser respeitadas e não podem ser alteradas, o
que o configura como uma brincadeira estruturada.
No brincar e principalmente no jogo do “faz de conta”, a criança expressa
exatamente o que ela sente e observa no seu dia a dia, reproduzindo posteriormente seus
anseios e frustrações de forma espontânea e natural.
Para Kishimoto (2011, p.150):
As brincadeiras de faz-de-conta são mais duradouras, com efeitos positivos no
desenvolvimento, quando há imagens mentais para subsidiar a trama. Crianças que
brincam aprendem a decodificar o pensamento dos parceiros por meio da
metacognição, o processo de substituição de significados, típico de processos
simbólicos. É essa perspectiva que permite o desenvolvimento cognitivo.
Segundo Freitas (2010, p.146) citado por Piaget (2002) no estágio pré-operatório se
dá o surgimento da função simbólica e a criança se mostra por meio de símbolos, através de
ações como a imitação diferida, imagem mental, jogo simbólico, linguagem e desenho.
Para Joenk (2007, p.8) citado por Vygotsky (1999) a aquisição do conhecimento se
dá por meio da zona de desenvolvimento proximal, ou seja, é a distância entre o nível de
desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial. No nível do desenvolvimento
real a criança consegue a solução de problemas sem a necessidade da intervenção de outra
pessoa mais experiente. Já no desenvolvimento potencial esta mesma criança necessitará da
orientação de um adulto ou de uma criança mais experiente na solução de problemas.
O professor deve proporcionar situações no qual seu aluno tenha interesse em
participar das atividades e consequentemente em aprender. Ao se trabalhar com o lúdico na
Educação Infantil, é uma convocação que o educador faz ao seu educando para um momento
de prazer, diversão e aprendizado. Proporcionando à criança sua autonomia, estimulando
novas aquisições no sentido cognitivo e emocional.
Ao propor jogos e brincadeiras no processo de ensino aprendizagem é extremamente
necessário que o educador leve em conta a sua importância na formação do sujeito, pois por
18
meio deles é possível o reconhecimento de si próprio e dos outros, nos aspectos: sociais,
afetivos, culturais e cognitivos. Para Sant’Anna e Nascimento (2011, p.22):
A utilização do lúdico na educação tem também, além do objetivo de desenvolver o
aprendizado de forma mais atrativa para o aluno, o objetivo do resgate histórico-
cultural dessas atividades. É um ótimo momento para o reconhecimento do seu
histórico familiar e de sua cultura regional. Adquirimos desde criança as mais
diferentes formas de conhecimento: seja popular, cientifico, cultural, religioso.
De acordo com Bueno (2010, p, 23) apud Piaget (2003) o brincar de natureza
educativa julga favorecer o desenvolvimento integral do indivíduo, de forma física, intelectual
e moral, contribuindo para formação do caráter e personalidade do indivíduo.
Cada indivíduo tem suas particularidades e é pensando nelas que o professor deve
basear sua metodologia de ensino ao propor suas atividades, pois a criança aprende enquanto
brinca. A brincadeira é uma ação natural da criança no qual espontaneamente ela se expressa
e se apresenta ao mundo.
Segundo Oliveira (2002, p.160):
Ao brincar, afeto, motricidade, linguagem, percepção, representação, memória e
outras funções cognitivas estão profundamente interligados. A brincadeira favorece
o equilíbrio afetivo da criança e contribui para o processo de apropriação de signos
sociais.
Quando o lúdico é inserido no processo de ensino e aprendizagem, novas aquisições
no sentido cognitivo e emocional do indivíduo são estimuladas. Na etapa da Educação Infantil
é onde se dá a construção do sujeito, pois é ali que a criança estabelece suas relações com o
meio, e com os outros, alcança sua independência, constrói sua identidade, amplia seu
desenvolvimento motor e sócio-afetivo. O brincar contribui para o desenvolvimento da
linguagem, que funciona como instrumento de pensamento e ação. Auxilia ainda no
desenvolvimento progressivo da maturação e aprendizagem do ser humano. Ele concebe
prazer, reforça as habilidades e promove a aquisição de novas.
Para Souza e Zóia (2013, p.195)
O jogo e as brincadeiras além de ensinar ajudam desenvolver corpo/mente com
saúde e ainda, favorecem uma socialização entre professor/aluno e aluno/aluno.
Assim os recursos usados para as aulas devem ser de natureza lúdica e prazerosa.
Por meio do lúdico a criança pode experimentar as mais variadas emoções e
sensações como alegria, prazer, tristeza, raiva, dentre outras. E é devido a isso que muitos
educadores têm receio em proporcionar jogos que estimulem a competição para crianças
muito pequenas, pois ainda não compreendem a questão do perder e ganhar, temem prejuízos
com relação a autoestima do discente.
19
Para Nallin (2005, p.13):
O jogo carrega em si um significado muito abrangente. É construtivo porque
pressupõe uma ação do indivíduo sobre a realidade. É carregado de simbolismo,
reforça a motivação e possibilita a criação de novas ações e o sistema de regras, que
definem a perda ou o ganho. Nem todos os jogos e brincadeiras são sinônimos de
divertimento, pois a perda muitas vezes pode ocasionar sentimentos de frustração,
insegurança, rebeldia e angústia.
Contudo, existem várias maneiras de se propor um jogo ou brincadeira que não
estimule a competição e sim a cooperação, ou seja, a colaboração entre os participantes para
que se cheguem ao objetivo final a que se propõe, sem perdas significativas para os alunos.
Portanto, é essencial que o professor fique atento e proíba as competições exacerbadas que
buscam a vitória a qualquer preço, ressaltando que o jogo ou brincadeira de natureza
educativa é um mecanismo importantíssimo na construção de valores éticos e morais.
Almeida e Casarin (2002, p.4) destacam a importância de o professor conhecer a
teoria de Vygotsky e afirma que:
As brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo com a zona de
desenvolvimento em que ela se encontra. Existem brincadeiras que devem ser
estimuladas e outras que exigem um desenvolvimento diferente.
A criança quando brinca com outra, ela estabelece relações sociais, testa sua
liderança, pratica a habilidade de fazer acordos e constrói novas possibilidades de ação. Tanto
a brincadeira quanto o jogo são considerados formas de inclusão, pois ela respeita a
diversidade cultural, social, gênero, etnia, religiosidade, etc. “Ao brincar exercemos o direito
à diferença e a sermos aceitos mesmo diferentes ou aceitos por isso mesmo” (FORTUNA,
2008, p.465).
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (2019) na primeira etapa da
Educação Básica e de acordo com os eixos estruturantes da Educação Infantil (interações e
brincadeira), são assegurados seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, para que as
crianças tenham condições de aprender e se desenvolver (conviver, brincar, participar,
explorar, expressar, conhecer-se).
A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) ainda estabelece cinco campos de
experiências no qual são definidos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento organizados
em três grupos por faixa etária. Partindo das orientações BNCC, fica evidente a importância
do lúdico como ferramenta no processo da aquisição de novas aprendizagens e a
responsabilidade do professor em criar situações significativas para que isso ocorra.
Ao brincar a criança é inserida numa espécie de mini-sociedade no qual começa a se
relacionar com outras crianças e adultos que possuem as mesmas intencionalidades. Esse
20
brincar implica numa tarefa coletiva que possibilita a sociabilidade, a integração, atitudes de
respeito, aceitação, confiança, conhecimento mais amplo da sua realidade cultural e a
percepção para sua representação natural do mundo.
Para Dalmolin e Piovani (2014, p.8) apud Moyles (2002) o valor do brincar em
relação à realidade social do aluno e a aquisição de seus saberes estão nas chances que este
tem em:
[...] praticar, escolher, perseverar, imitar, imaginar, dominar, adquirir competência e
confiança, adquirir novos conhecimentos, habilidades, pensamentos e entendimentos
coerentes e lógicos, de criar, observar, experimentar, movimentar-se, cooperar,
sentir, pensar, memorizar e lembrar, comunicar, questionar, interagir com os outros
e ser parte de uma experiência social mais ampla em que a flexibilidade, a tolerância
e a autodisciplina são vitais, conhecer e valorizar a si mesmo e as próprias forças, e
entender as limitações pessoais, ser ativo dentro de um ambiente seguro que
encoraje e consolide o desenvolvimento de normas e valores sociais.
A brinquedoteca de uma instituição de Educação Infantil é um lugar lúdico e
importante para o favorecimento da aprendizagem. Ali estão concentrados os mais diversos
tipos de brinquedos e jogos, possibilitando à criança o desenvolvimento de diversas
brincadeiras, uma ação intrínseca à vida infantil.
O professor como o facilitador no processo de ensino-aprendizagem deve aproveitar
espaços e oportunidades para que as aprendizagens ocorram de forma divertida e sem estresse
para o aluno. Nas interações sociais, a criança entra em contato com uma diversidade de
parceiros e experiências o que aprimora seu desenvolvimento.
E a brinquedoteca por se tratar de um espaço comum a todas as crianças, com idades
diferenciadas, ele se torna ideal para o desenvolvimento de normas, valores sociais e éticos, a
partir da “zona de desenvolvimento proximal” de Vygotsky. De acordo com Almeida e
Casarin (2002, p.3):
No processo da educação infantil, o papel do professor é primordial, pois é aquele
que cria espaços, oferece os materiais e participa das brincadeiras, ou seja, media a
construção do conhecimento. O professor é mediador, fazendo parte da brincadeira,
ele terá oportunidade de transmitir valores e a cultura da sociedade. O professor
estará possibilitando a aprendizagem da maneira mais criativa e social possível.
Na pedagogia assumimos o compromisso de educar com a responsabilidade de
formação e transformação da realidade do aluno, criando possibilidades de que este perceba o
mundo a sua volta e tente modificá-lo. A criança deve se sentir segura ao errar e é no trabalho
com o lúdico que podemos perceber uma ação transformadora que possibilita o educando a
aprender e se desenvolver com confiança. Possibilitando ainda o desenvolvimento da
linguagem, raciocínio lógico e psicológico do indivíduo.
Segundo Souza e Zóia (2013, p.192) citado por Antunes (1998):
21
É nesse contexto que o jogo ganha um espaço como a ferramenta ideal da
aprendizagem, na medida em que propõe estímulo ao interesse do aluno [...] e
desenvolve níveis diferentes de sua experiência pessoal e social. O jogo ajuda-o a
construir suas novas descobertas, desenvolve e enriquece sua personalidade e
simboliza um instrumento pedagógico que leva o professor a condição de condutor,
estimulador e avaliador da aprendizagem.
As instituições de ensino infantil e professores têm como função promover as
aprendizagens de forma tranquila e significativa para o aluno. É essencialmente importante
que se proponha atividades lúdicas na Educação Infantil, visando o bem estar da criança, o
seu desenvolvimento e pensando nela como um ser em construção, pois a escola deve ser um
elemento de transformação da sociedade. Pensando no tipo de cidadãos que se pretende
formar é que se torna indispensável o uso dos jogos e brincadeiras como mecanismos no
processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil, pois é brincando que a criança se
desenvolve e forma sua identidade.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo foi realizado por meio de busca bibliográfica na tentativa de justificar a
importância do lúdico como ferramenta primordial na socialização de crianças na etapa da
Educação Infantil. Ressaltando ainda que as concepções de Educação Infantil apesar de ter
sido um processo longo e doloroso veio beneficiar as crianças de 0 até 5 anos de idade no
processo de escolarização. Deixando para trás uma história de abandono e não
reconhecimento da criança como um ser que pensa tem vontades e necessidades.
Ao final deste estudo podemos constatar que os documentos que hoje rege a
Educação Infantil foram de extrema importância para que a criança começasse a ser vista
como sujeitos de direitos e que precisa se desenvolver integralmente nos seus aspectos fisico,
cognitivo, social, psicológico, emocional dentre outros.
Constatamos ainda que o lúdico na educação infantil seja uma ferramenta essencial
no processo de desenvolvimento da criança, pois tem grande relevância no que se refere à
aquisição de conhecimento e desempenho no âmbito escolar. A partir deste estudo tornou-se
possível compreender melhor a ação dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento integral da
criança. Principalmente quando entendemos que o jogar e o brincar são um influxo natural do
ser humano e que desde as eras mais primitivas as civilizações já jogavam e brincavam.
Esperamos que este trabalho possa servir de fundamentação para que professores que
queiram inovar sua prática pedagógica tenham o lúdico como aliado permanente, propiciando
22
às crianças uma forma de desenvolver as suas habilidades de forma prazerosa e participativa.
Uma vez que os jogos e brincadeiras são de grande contribuição para o processo de ensino e
aprendizagem para aja a construção do conhecimento.
As múltiplas possibilidades de autoconhecimento possibilitadas pelos jogos e
brincadeiras contribuem para tornar a criança mais segura, autoconfiante, consciente de seu
potencial e de suas limitações, e etc.
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