notaer - fevereiro de 2015

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FAB enviou 11 militares para regiões de conflito nos últimos dois anos. Saiba quais as responsabilidades e os desafios destas missões. Pág. 06 Até que ponto é bom compartilhar material por redes sociais sem saber a procedência? Como a vida virtual pode influenciar a sua vida real. Pág. 14 MISSÃO DA ONU ALERTA NA REDE Quem é o militar que assume o posto mais alto da Força Aérea? Veja as ideias, as inspirações e o que move este oficial-general Conheça o novo comandante TRÁFEGO AÉREO Índice de pontualidade nos voos de fim de ano cresce 35% em relação a 2013. Pág. 07 FOTO: SGT REZENDE / CECOMSAER ISSN 1518-8558 www.fab.mil.br Ano XXXVIII Nº 02 Fevereiro, 2015

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Conheça o novo comandante

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Page 1: NOTAER - Fevereiro de 2015

FAB enviou 11 militares para regiões de conflito nos últimos dois anos. Saiba quais as responsabilidades e os desafios destas missões. Pág. 06

Até que ponto é bom compartilhar material por redes sociais sem saber a procedência? Como a vida virtual pode influenciar a sua vida real. Pág. 14

MISSÃO DA ONU ALERTA NA REDE

Quem é o militar que assume o posto mais alto da Força Aérea? Veja as ideias, as inspirações e o que move este oficial-general

Conheça o novo comandante

TRÁFEGO AÉREO

Índice de pontualidade nos voos de fim de ano cresce 35% em relação a 2013. Pág. 07

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ISSN 1518-8558www.fab.mil.br Ano XXXVIII Nº 02 Fevereiro, 2015

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Informação à tropa

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PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

CARTA AO LEITOR

Impressão e Acabamento:

Log & Print Gráfi ca e Logísti ca S.A

Expediente

Uso de dispositivos móveis

2 Fevereiro - 20152

CARTA AO LEITOR

Durante muito tempo, o mundo se preparou e se acostumou com a ideia de um escritório sem os limites fí sicos de uma sala, um local que pode estar virtualmente em qualquer lugar. Criou-se a expectati va de que, em qual-quer local e a qualquer hora fosse possível estar pronto para o trabalho.

A tecnologia necessária foi desenvolvida para suprir essa demanda por mobi-lidade. Os equipamentos têm ganhado cada vez mais performance, velocidade e capacidade de armazena-mento. Podem ser citados: os notebooks, tablets, discos rígidos externos, pen-drives, entre outros.

Esses dispositi vos primam por oferecer alta portabili-dade, baixo peso, pequenas dimensões e grande conec-tividade. Em contrapartida, apresentam grandes vulnera-bilidades, pois são atraentes para ladrões; são muito sus-cetí veis a danos, geralmente são uti lizados e armazenados

em locais sem proteção fí sica adequada e, no caso das mídias removíveis, facilmente furtadas ou extraviadas.

Os prejuízos com furto de equipamentos portáteis são crescentes e preocupam as grandes corporações. Perdas fi nanceiras e de propriedade intelectual são incalculáveis. As estatí sti cas apontam os furtos como os incidentes de s e g u r a n ç a mais fre-quentes, ao lado de ata-que de vírus.

Para as Forças Arma-das, os danos vão além das per-das materiais. Com o extravio de equipamentos portáteis, informações ines-ti máveis podem ser perdidas. Planos estratégicos podem ser comprometidos. Tudo como consequência da falta de cuidado no trato de infor-mações e no gerenciamento de dispositi vos móveis.

Para mitigar essas ame-aças, existe a segurança orgânica: conjunto de ações de proteção do conheci-mento que visam à preven-ção de ameaças, reduzindo as vulnerabilidades, e à obs-trução das ações adversas que tentem explorar essas vulnerabilidades.

Dentre as ações, destaca-se a sen-

sibilização das pessoas, com

acesso real ou potencial ao conheci-mento. Cada pequena ação

conta muito para a proteção

do conhecimento sensível, da sua própria

segurança e da segurança de seus familiares.

O trato de informações sigilosas em laptops não é aconselhável. Além disso, uma série de outras ati tudes podem ajudá-lo a evitar problemas:- Não os uti lize para proces-sar assuntos de serviço em

locais públicos; - Evite identi fi cá-los ostensiva-mente como propriedade da Força Aérea; - Nunca os deixe desacompa-nhados em locais públicos ou de grande aglomeração de pessoas; - Não os despache como bagagem, tanto em voos comerciais quanto em aero-naves militares. Transporte-os como bagagem de mão; - Proteja-os por meio dos recursos disponíveis, como senhas na inicialização, leito-res de impressões digitais ou outros recursos já integrados aos equipamentos; - Nunca devem ser deixados à vista no interior de veículos.

Os laptops não podem conter documentação sigilosa de serviço, mas as suas infor-mações parti culares também são sensíveis e merecem pro-teção adequada. Fotografi as, anotações e documentos par-ti culares podem ser protegi-dos com o uso de aplicati vos. Centro de Inteligência da Aeronáuti ca

A sucessão do Comando da Aeronáutica é o tema centra l desta ed ição . Nossa equipe entrevistou o Tenente-Brigadeiro Ros-sato para você conhecer as ideias, as origens e um breve resumo dos principais cargos ocupados pelo novo comandante ao longo dos 46 anos de carreira.

Este período de renova-ção de comando pelo Brasil também trouxe novidade à insti tuição que foi pioneira em acolher o quadro feminino na

Academia da Força Aérea. A FAB celebra agora a chegada da primeira mulher ao comando de uma unidade militar.

É importante destacar ainda o esforço da FAB na área de tecnologia e no inter-câmbio internacional. Depois da conquista do prêmio Qua-lidade Brasil, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno traça novas metas para meio ambiente e segu-rança do trabalho.

Conheça também o tra-balho de militares da FAB

como observadores da ONU em áreas de conflito que njeta experiência e novas perspecti vas na atuação mili-tar. Preparamos ainda uma reportagem sobre corrida. Especialistas nos dão dicas

para ti rarmos o melhor pro-veito deste esporte demo-cráti co que encontra muitos adeptos na FAB.

Boa leitura!Brig Ar Pedro Luís FarcicChefe do CECOMSAER

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic

Chefe da Divisão de Comunicação Inte-grada: Coronel Aviador Henry Munhoz Wender

Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Coronel Aviador André Luís Ferreira Grandis

Chefe da Seção de Produção: Major Avia-dor Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis

Chefe da Seção de Divulgação: Capitão Aviador Marco Aurélio Celoni

Chefe da Agência Força Aérea: Tenente Jornalista Humberto Leite

Editora: Tenente Jornalista Jussara Peccini (MTB 01975SC)Editora adjunta: Aspirante Jornalista Cyn-thia Fernandes (MTB 2607GO)

Repórteres: Ten JOR Evelyn Abelha, Ten JOR Gabrielli Dala Vechia, Ten REP Hele-na Vizza, Ten JOR Humberto Leite, Ten JOR Iris Vasconcellos, Ten JOR João Elias, Ten JOR Jussara Peccini, Ten REP Marcus Lemos, Ten JOR Mariana Mazza e Asp JOR Raquel Alves.

Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná.

Revisão: Cynthia Fernandes, Evelyn Abelha, Iris Vasconcellos, Marco Aurélio Celoni e João Elias.

Diagramação e Arte: SO SDE Cláudio Ramos, SO SDE Edmilson Maciel, 3º SGT Santi ago Moraes, CB Maclaudio Gomes e CB Pedro Bezerra

Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte.

Comentários e sugestões de pauta so-bre aviação militar devem ser enviados para: [email protected] dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

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3Fevereiro - 2015

DESPEDIDA

“Deixo um legado de harmonia”, avalia Tenente-Brigadeiro Saito

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Antes de deixar o cargo que ocupou por oito

anos, o Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, 72 anos, destacou ao Notaer momen-tos que marcaram sua gestão. O oficial-general que mais tempo permaneceu à frente da insti tuição planeja agora retornar a São Paulo, estado onde nasceu, e dedicar mais tempo à família.

Notaer – Qual o legado que o senhor deixa após oito anos de comando?

Sempre gostei de traba-lhar em equipe e de ouvir muito. Sempre temos algo a aprender, mesmo com aquele que tem ideias contrárias às nossas. Então, posso dizer que deixo um legado de har-monia. Aprendi a conciliar o ambiente, talvez por ser o fi lho mais velho. Por que isso é importante? Ninguém conse-gue trabalhar e produzir bem num ambiente em desarmo-nia. Valorizar o trabalho de cada um, receber sugestões, analisar e tirar sempre um norte. Todos têm muita liber-dade para falar e defender seu ponto de vista. Saio tran-quilo, com paz interior e sem mágoas. Só tenho a agrade-cer à Força Aérea por ter me proporcionado essa oportuni-dade ímpar de comandá-la.

Notaer – Os últi mos anos foram de muitos projetos e reaparelhamento...

Fizemos muita coisa, mas sempre com trabalho em equipe. Eu não fui o único responsável por isso. Todos os setores contribuí-ram para alcançar os objeti-vos da Força Aérea.

Notaer – Qua l o momento que mais marcou a sua gestão?

Do ponto de vista pro-fi ssional, o projeto dos caças

marcou muito. Estou saindo bastante feliz pela decisão. A Presidente teve um ato de coragem ao dar desti no a um assunto que estava em dis-cussão desde 1995. Eu come-cei a trabalhar nesse projeto quando ainda era Chefe do Estado-Maior do COMGAR [Comando-Geral de Operações Aéreas], porque os Mirages já estavam com a vida contada e era preciso substi tuí-los. Em um país de muitas prioridades como o Brasil, o assunto aero-nave de combate foi fi cando de lado. O importante era avião de transporte ou helicóptero para atender calamidades. Outro projeto que me deixa muito feliz é o KC-390. Mui-tos países estão interessados. Estamos incenti vando a nossa indústria de defesa. Qualquer país que se propõe a ser inde-pendente precisa de uma base industrial de defesa forte.

Notaer – O que o senhor tem a dizer sobre o novo comandante?

Eu o conheci no primeiro ano da Academia em 1972, em Natal, onde eu era instrutor. Mas tivemos oportunidade de conviver por mais tempo quando fomos criar o 3º/10º Grupo de Aviação em Santa Maria,Esquadrão Centauro [1979]. Eu era Major e estava na área de operações. Ele foi um dos candidatos designa-dos para compor a equipe. Foi quando pude ver a capaci-dade dele. Eu sempre digo que a gente conhece um oficial que tem potencial, não como coronel, mas como tenente. Trabalhamos lá dois anos na criação da unidade. Quando fui designado para ser instru-tor no Paraguai e poderia levar um ofi cial, tenente ou capitão, eu não tive dúvidas: convo-quei o Rossato para ir comigo.

Passamos sete meses minis-trando instrução com mais três sargentos. Desde então, acompanho a carreira dele. Trabalhou comigo na Base Aérea de Canoas, foi chefe do meu Estado-Maior no Catre [Comando Aéreo de Treina-mento] e depois no COMGAP [Comando-Geral de Apoio]. É um ofi cial brilhante. Ele era o mais antigo e foi isso que valeu. O Brigadeiro Rossato chegou no momento certo e na hora certa naquele lugar.

1. Em entrevista coletiva no anúncio do programa F-X2 em 2013. / 2. Em 2008, é recebido na terra dos seus ancestrais pelo príncipe japonês Naruhito. /3. Em visita a organizações militares na Amazônia,acompanhado de militares estrangeiros. / 4. Durante Operação Ágata, cumprimenta o ofi cial-general que o sucede.

Page 4: NOTAER - Fevereiro de 2015

ACONTECE

ANIVERSÁRIO

Centro de Medicina Aeroespacial - CEMAL

13/02 - 80 anos

Segundo Esquadrão do Séti mo Grupo de Aviação 2º/7ºGAV15/02 - 33 anos

Comissão Coorde-nadora do Programa Aeronave de Combate - COPAC 24/02 - 34 anos

Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte - 1º/1ºGT18/02 - 62 anos

Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação - 3º/3º GAV11/02 - 11 anos

Centro de Transporte Logísti co da Aeronáuti ca CTLA01/02 - 2 anos

Quer ver sua unidade no NOTAER? Mande sua notí cia pelo sistema Kataná. Não tem a senha? Cadastre-se pelo

e-mail: [email protected]

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Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Porto Velho (DTCEA-PV): Major Especia-lista em Controle de Tráfego Aéreo Ronaldo Francisco da Silva / Esquadrão Grifo (2º/3º GAV): Tenente-Coronel Aviador Eduardo Alexandre Bacelar / Esquadrão Guardião (2º/6º GAV): Tenente-Coronel Aviador Jorge Marques de Campos Junior / Quinto Serviço Regio-nal de Investi gação e Prevenção de Acidentes Aeronáuti cos (SERIPA V): Tenente-Coronel Aviador Luís Renato Horta de Castro / Grupo de Instrução Táti ca e Especializada (GITE): Tenente-Coronel Aviador Alexandre Salviatt o / Primeiro Grupo de Comunicações e Con-trole (1º GCC): Tenente-Coronel Aviador Jorge Maurício Mota / Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Pico do Couto (DTCEA-PCO): Tenente Engenheiro Pedro Henrique Morsch Mazzoni / Esquadrão Carcará (1º/6º GAV): Tenente-Coronel André Luiz Alvez Ferreira / Subdiretoria de Abastecimento (SDAB): Brigadeiro Intendente José Jorge de Medeiros Garcia / Esquadrão Carajá (4º ETA): Tenente-Coronel Aviador Sandro Rogério Delmonico / Base Aérea de Boa Vista (BABV): Tenente-Coronel Aviador Regis Augusto Azevedo Perola/ Base Aérea de Salvador (BASV): Tenente-Coronel Aviador Marcelo Lobão Schiavo / Base Aérea de Natal (BANT): Tenente-Coronel Aviador Antônio Santoro / Hospital de Força Aérea de Brasília (HFAB): Coronel Médico Eduardo Serra Negra Camerini / Base Aérea de Brasília (BABR): Coronel Aviador Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues.

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4 Fevereiro - 2015

Passagens de comandoApós oitos anos na

coordenação das viagens presidenciais, o Tenente-Bri-gadeiro do Ar Joseli Parente Camelo foi indicado para uma cadeira no Superior Tri-bunal Militar (STM).

A responsabilidade foi passada ao Brigadeiro do Ar Luiz Alberto Pereira Bianchi, que vai assumir as viagens da Presidente Dilma Rous-seff . Ele fi cará à frente da Secretaria de Coordenação e Assessoramento Militar do Gabinete de Segurança

Insti tucional da Presidência.O Brigadeiro Bianchi pilota

o avião presidencial há quatro anos, desde o início do pri-meiro mandato da Presidente Dilma. Ele é especializado em voos do Airbus A-319.

O Tenente-Brigadeiro Joseli deve ser sabatinado pelo Senado antes de assu-mir o cargo no STM.

Confira a seguir quem são os militares que assumi-ram o comando em janeiro de organizações militares em todo o País:

A Coronel Médica Carla Lyrio Marti ns é a pri-meira mulher a comandar uma organização da Força Aérea Brasileira (FAB). Com 25 anos de carreira mili-tar, a ofi cial assume a Casa Gerontológica Brigadeiro Eduardo Gomes (CGABEG), no Rio de Janeiro. A sole-nidade, realizada em 16 de janeiro, foi presidida pelo Comandante da Aeronáu-tica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, e con-

tou com a presença do Alto-Comando da FAB.

“As mulheres vieram para fi car nas Forças Arma-das. Espero que outras mulheres ocupem posição de destaque, não só em fun-ções de apoio, mas também combatentes, intenden-tes e aviadoras”, afi rmou o Tenente-Brigadeiro Saito.

Para a médica, a nova função é um reconheci-mento ao trabalho e dedica-ção ao longo da carreira. “A Força Aérea valoriza o traba-lho, independentemente de gênero, cor ou origem. Para mim, a carreira proporcio-nou muita satisfação pes-soal e aqueles que ti verem esse objeti vo vão encontrar na FAB o reconhecimento pelo seu esforço”, afi rmou a Coronel Carla.

Currículo - Ela é espe-cial ista em Medicina Aeroespacial, Hemato-logia e Hemoterapia. Possui Pós-Graduação em Vigilância Sanitária

e Epidemiológica, e em Desenvolvimento Gerencial na Gestão de Serviços de Saúde.

Médica é primeira mulhercomandante de unidade da FAB

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INOVAÇÃO

Veículo é a primeira central de telecomunicações móvel da FAB

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5Fevereiro - 2015

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Todos sabem da impor-tância do planejamento na vida pessoal e profissio-nal. Por isso, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) orienta que todos os Elos-SIPAER Militares da Força Aérea Brasileira ela-borem os seus Programas de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 2015, conhe-cido pela sigla PPAA. Trata--se do principal documento que estabelece a políti ca de segurança de voo, as ações e responsabilidades que visam alcançar um alto nível de segurança nas operações aéreas.

O CENIPA forma em seus cursos de prevenção os pro-

fi ssionais que serão os elos do Sistema de Investiga-ção e Prevenção de Aciden-tes Aeronáuticos (SIPAER). Dessa forma, o elo militar, também chamado Oficial de Segurança de Voo (OSV), é gerente da segurança de voo na sua organização. Esse cargo está diretamente subordinado ao Coman-dante, Chefe ou Diretor, por-que se trata de um assunto estratégico para o sucesso da missão operacional.

O PPAA deverá ser ela-borado com base na ativi-dade aérea desenvolvida ou apoiada, tendo como refe-rência a missão atribuída, os meios aéreos e de apoio, infraestrutura e pessoal, as

condições ambientais exis-tentes e outras variáveis que possam se apresentar como fator de interferên-cia na segurança de voo. O documento deve considerar também as análises estatí s-ticas de ocorrências aero-náuti cas dos anos anteriores e as metas pretendidas para o novo período. A maior autoridade da organização é quem vai determinar a con-fecção do PPAA, aprová-lo e supervisionar o cumprimento das ações propostas.

A elaboração do PPAA aplica-se aos Comandos--Gerais, aos Departamentos, aos Comandos Aéreos Regio-nais (COMAR), ao Comando de Defesa Aeroespacial Bra-

sileiro (COMDABRA), ao Gabinete do Comandante da Aeronáuti ca (GABAER), à Diretoria de Material Aero-náuti co e Bélico (DIRMAB), às Forças Aéreas (FAE), à Academia da Força Aérea (AFA), à Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), à Escola de Especialistas de Aeronáuti ca (EEAR), ao Cen-tro de Instrução e Adapta-ção da Aeronáuti ca (CIAAR), ao Insti tuto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), ao Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), aos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA), aos Parques de Material Aeronáutico (PAMA), às Bases Aéreas,

aos Grupos de Aviação (GAV) e às Unidades Aéreas, além dos Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) que possuam órgãos de controle de tráfego aéreo.

Para que o PPAA alcance os objeti vos, deve ser ampla-mente divulgado a todos os envolvidos, direta ou indi-retamente, com a ati vidade aérea nas organizações. A NSCA 3-3/2013, que trata da Gestão da Segurança de Voo na Aviação Brasileira, traz todos os detalhes sobre a confecção do PPAA e outras ferramentas de prevenção, e está publicada no site www.cenipa.aer.mil.br. (Centro de Investi gação e Prevenção de Acidentes Aeronáuti cos)

Veículo equipado vai atuar principalmente em missões humanitárias

Planejamento da segurança de voo

Para estabelecer comuni-cação com mais agilidade

principalmente em missões humanitárias, o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1°/ 1° GCC) desenvolveu um veículo que atua como uma central de telecomunicações.

O carro vai permiti r estabe-lecer comunicação de maneira rápida em qualquer lugar do país para suprir o comando das operações com informações que possam orientar a tomada de decisões.

“Temos condições de fechar o que a gente chama de enlace com diversos pon-tos. Eu posso fechar enlace de onde o veículo esti ver, por exemplo, com a minha sala técnica no esquadrão ou com outros destacamentos”, res-

salta o Tenente Especialista em Comunicações, Alexandre Estrela Sales.

Sobre a traseira da Mar-ruá foram adaptados compu-tadores, antenas, entre outros equipamentos, para realizar comunicação via satélite e prover serviços como telefo-nia, acesso a internet e intraer. O projeto foi concreti zado por uma empresa privada.

O carro está disponível para uso desde o fi m do ano passado. A comunicação é feita de forma imediata e os serviços passam a ser providos com rapidez, confi abilidade e segurança, sem que haja inter-ferência de outros meios.

O veículo dá mobilidade e agilidade para estabelecer a comunicação em locais onde este ti po de serviço não esteja

disponível. Quando os desli-zamentos de terra acabaram com todas as comunicações na região serrana do Rio de

Janeiro em 2011, por exem-plo, a única forma de comuni-cação via satélite foi montada pela FAB com o auxílio de

vários equipamentos. Sepa-radamente, eles precisaram ser transportados e depois instalados na localidade.

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6 Fevereiro - 2015

ACONTECEMISSÃO DA ONU

Observadores brasileiros trabalham nas missões de paz da ONU

Campo de refugiados na Eritreia: militar coordenou ajuda humanitária

Militares da FAB atuam em áreas de conflito Oficiais foram enviados como observadores para países como Sudão do Sul, Líbano e Haiti

O militar deve ser oficial dos quadros de Aviador, Intendência ou Infantaria, no posto mínimo de Capitão. Deve ter habili-tação na língua inglesa. A indicação acontece via cadeia de comando.

Após a escolha da área, o voluntário passa por uma pré-seleção do Centro de Inteligência da Aeronáuti ca (CIAER) e pela Comissão de Promoção de Oficiais (CPO). O pedido é enviado ao EMAER para aprovação.

Por último, o militar passa por um estágio de preparação para Missões de Paz do CCOPAB.

Como ser observador militar da ONU

Voluntariado. Esse é o pré-requisito básico

para o militar ser observa-dor da ONU em missões de paz ao redor do Mundo. A Força Aérea Brasileira con-tribui de forma significa-tiva com o número total de observadores brasileiros. Desde 2013, foram enviados cerca de 10 Oficiais para os mais diversos países, como o Sudão do Sul, o Líbano, e até o próprio Haiti, que possui uma missão de paz comandada pelo Brasil.

O observador militar faz parte de uma equipe com funções que variam de acordo com a situação política do país onde estão alocados. Eles devem moni-torar acordos de cessar-fogo, supervisionar ações de desar-mamento e dar assistência a referendos ou eleições. Em 2012, os observadores ti ve-ram papel fundamental no confl ito da Síria, quando ten-taram garanti r a aplicação do plano integral de seis pontos do enviado especial da ONU, Kofi Annan.

As resoluções pediam pela liberdade de movimento para a imprensa e pela garanti a da pronta-oferta de assistência humanitária, entre outros. O plano de seis pontos ti nha o

objeti vo de monitorar o fi m da violência armada em todas as suas formas. Na época, foram enviados 11 observadores brasileiros para a Síria.

As missões apresentam perigos devido à instabilidade local. Os militares são volun-tários para intermediar situ-ações de paz com lideranças locais, forças militares opo-nentes, agências militares da ONU e agências civis.

O Tenente-Coronel Avia-dor Gerson Aparecido Caval-canti de Oliveira já parti cipou de duas missões como obser-vador militar. Em 2006, ele foi deslocado para a região do confl ito entre Eritreia e Eti ó-pia, no conti nente africano; e em 2010, foi observador no Nepal, que vivia uma situa-ção de atrito interno com o exército maoísta. Para ele, a experiência com situações reais de confl ito e a bagagem cultural são as vantagens que fi cam para a Força Aérea ao enviar militares a missões de paz da ONU.

“Eu ti ve a oportunidade de trabalhar com diversos atores no setor de combate, como os Médicos Sem Fronteira. Tam-bém pude lidar com diversas etnias e culturas. Nossa visão de mundo se amplia e depois nós ficamos com a respon-

sabilidade de passar essas informações para os outros militares da FAB”, afi rmou.

Atualmente, a Organiza-ção das Nações Unidas possui 16 missões de paz em anda-mento ao redor do Mundo. Dessas, nove contam com a participação de brasileiros, militares ou civis. Entre 2013 e 2014, foram onze observa-dores da FAB em campo. Para 2015, serão três militares da Força Aérea. Um deles é o Major Aviador Thiago Cortat, que se prepara para integrar a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul – África.

Ele conta que é preciso preparação psicológica para lidar com a população que vive em situação de guerra. “É salutar estar bem cons-ciente do que poderemos ver nestas regiões, sobretudo as atrocidades que são causa-das às crianças, mulheres e idosos, civis refugiados e des-locados que são, em resumo,

os mais fragilizados quando ocorre um confl ito”, afi rmou.

Outros itens na prepa-ração são a habilitação na língua inglesa e o Curso de Preparação para Missões de Paz, que ocorre no Centro Conjunto de Operação de Paz do Brasil (CCOPAB) - Rio de Janeiro. Durante o curso, são realizadas as instruções teó-ricas e práti cas em ambiente semelhante ao que os futu-ros observadores e membros da equipe vão encontrar em suas missões. O militar tam-bém deve seguir protocolos sanitários da ONU, vacina-ções e inspeção de saúde.

Segundo o Major Cortat, apesar dos muitos desafi os, como o de fi car longe da famí-lia por um ano, o importante é a expectati va de representar bem a Força Aérea Brasileira, e o Brasil. “Acima de tudo, espero voltar com a certeza de ter contribuído para um mundo melhor”, fi naliza.

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O Brasil registrou pon-tualidade de 91,3%

nos mais de 100 mil voos domésticos e internacionais realizados no país entre 17 de dezembro de 2014 e 05 de janeiro deste ano.

De acordo com os dados do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), unidade da Força Aérea Brasileira responsável por gerenciar o fluxo de movi-

mentos aéreos, o índice em relação ao mesmo período do ano anterior apresenta crescimento de 35%.

Para o Chefe da Divi-são de Operações do CGNA, Tenente-Coronel Luiz Medei-ros, os intensos treinamentos realizados com todo o Sis-tema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro para a Copa contribuíram para a melhoria dos serviços. “Pode ser con-

siderado um dos legados da copa do mundo”, avalia.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), só é considerado atrasado o voo que ocorre em período superior a 30 minutos do horário previsto.

Movimentação – A sexta-feira (19/12) que antecedeu a comemoração natalina foi o dia de maior movimento quando foram

No mês de janeiro, a Base Aérea de Florianópolis

(BAFL) recebeu 60 alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) da capital catarinense para a 19ª edição da Colônia de Férias “Voo Livre”.

Durante quase três semanas, o grupo participou de atividades com música, dança, jogos e passeios com o objetivo de reforçar os vínculos e subsidiar o pro-cesso educativo e de inclu-são social. Os participantes ficaram hospedados nos alojamentos e vivenciaram experiências para ampliar o espírito de grupo, solida-riedade, cooperação, dig-nidade e respeito. A Base Aérea também proporciona o apoio médico e logístico para as diversas atividades culturais da programação.

Uma aeronave P-3AM da Força Aérea Brasileira

realizou em janeiro buscas a um homem perdido no mar a 2.825 km de distância da costa brasileira. O avião cobriu uma área de 888,3 km na sexta--feira (16/01) e no sábado (17/01). Nada foi localizado.

A missão de busca envol-veu também navios mercan-tes que estavam na região. O pescador teria caído do navio Xiadas Duos, de ban-deira hispânica.

Com total de 22 horas e 15 minutos de voo, a missão tornou-se um desafi o para o

Pessoas com necessidades especiais participam de colônia de férias na Base de Florianópolis

realizadas 5.805 operações. No ranking, o segundo dia com pico de movimentação foi a primeira segunda-feira (05/01) após a virada de ano em que muitos passageiros retornaram para suas casas. Na ocasião houve 5.746 voos. A menor movimenta-ção nos aeroportos ocorreu no dia 1° de janeiro, com 4.377 movimentos, entre pousos e decolagens.

Esquadrão Orungan, de Sal-vador (BA). O ponto inicial para busca, nas coordenadas 24°45’ Sul e 14°30’ Oeste, está bem no meio do Oceano

Atlânti co, entre a África e o Brasil. A distância do local até a costa do Brasil, 2.825 Km, é comparável ao trecho entre Rio de Janeiro e Manaus.

“Todos os fatores tive-ram que ser cuidadosamente estudados. Tais como tempo, altitudes de deslocamento e de busca na área, o comporta-mento da aeronave, os diver-sos fatores climáti cos da região e possíveis alternativas de pouso no conti nente africano, caso houvesse a necessidade”, explicou o Capitão Aviador Lenilson Fortes de Oliveira.

Capaz de realizar voos de longa duração, o P-3AM é a principal aeronave da FAB para missões deste ti po sobre o mar. A frota de aviões opera a parti r de Salvador.

P-3AM busca pescador a 2.825 km da costa brasileira

Aeroportos registram pontualidade de 91,3% no fim de ano

Índice cresce 35% em relação ao ano anterior

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8 Fevereiro - 2015

Tenente-Brigadeiro Rossato defende melhora na administração e na estrutura organizacional da FAB

Com 46 anos de carreira dedicados à Força Aérea

Brasileira, o Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, 63 anos, assume o Comando da Aeronáuti ca ciente das neces-sidades e virtudes da insti-tuição. “Precisamos de mais efi ciência, melhorar a produ-tividade. A parte operacio-nal está no nível do que tem de melhor no mundo. Talvez não em quanti dade, mas em conhecimento”, afi rma.

Atento às sugestões (já escreveu sete páginas de ações que podem ajudar a melhorar a insti tuição), acredita no tra-balho em equipe, na deter-minação, força de vontade e na priorização das ati vidades-fins da FAB. “Temos que ter confiança e aceitar desafios. Vamos trabalhar, vamos aper-feiçoar”, argumenta.

As palavras assertivas sobre caminhos ainda a serem trilhados não são à toa. A traje-

tória profi ssional deste militar está repleta de exemplos de implantação de projetos ou conceitos e desenvolvimento de novas ideias. Para exem-plificar, acompanhou a cria-ção do Esquadrão Centauro (3º/10º GAV), instrução na Força Aérea Paraguaia, a trans-formação do Esquadrão Joker (2º/5º GAV) em esquadrão de caça, a implantação do Centro Conjunto de Comando de Ope-rações Aéreas no COMDABRA.

“Toda inovação tem riscos. Você tem que brigar por coisas novas”, aponta.

O novo comandante des-taca a importância da integra-ção entre Marinha, Exército e Aeronáutica. “Se quiser-mos ter o conceito de Forças Armadas modernas temos que realmente trabalhar com a interoperabilidade. E isso é igual casamento. Temos que saber ouvir, discuti r e ceder”, avalia, o ofi cial-general.

Personalidade é marcada por valores familiaresO garoto “miudinho” e tí mido

do interior do Rio Grande do Sul, que chegou à Barbacena em 1969 com 17 anos, assume agora o posto mais alto na carreira de um oficial-gene-ral da Força Aérea Brasileira. Nivaldo Luiz Rossato nasceu em São Gabriel, a Terra dos Marechais, e cresceu em Santa Maria. Apaixonado por aviões e barcos, ironicamente estava

COMANDO DA AERONÁUTICA

Eficiência na gestão é meta para novo comandante

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9Fevereiro - 2015

1. Turma da EPCAR de 1969 se reencontra na Base Aérea de Natal em 2012. / 2. Recebe prêmio na Regata 24h em Brasília. / 3. Taifeiro recebe cumprimentos durante cerimônia no EMAER. / 4. Ao lado da esposa Rosa, com quem é casado há 34 anos. / 5. Cumprimenta soldados durante operação. / 6. Homenagem de graduado padrão.

longe do mar e dos aviões. “Eu via revistas em quadrinhos de faroeste e na nossa região chegava muita propaganda da Escola de Especialistas de Aeronáuti ca”, lembra.

Terceiro entre oito irmãos, filho de produto-res de arroz, traz no sangue a persistência e a coragem dos antepassados, descen-dentes de italianos que colo-nizaram o estado gaúcho, para conquistar seus sonhos. “No início de 1900, quando eles [imigrantes italianos] chegaram, viviam sozinhos naquelas linhas. As casas ali-nhadinhas. Eles se uniram, conseguiram se impor na vida”, acredita.

Preza pelos hábitos gaú-chos do chimarrão diário e do churrasco aos domingos. De casa, herdou a disciplina, onde café da manhã, almoço e jantar em família eram sagrados. “E ai de quem não esti vesse sen-tado à mesa. Família italiana, sabe como é!”, expressa.

A farda chegou à sua vida por meio de um amigo das rodas de futebol de botão. O irmão do amigo estudava em Barbacena. Entre uma con-versa e outra, Rossato resol-veu se inscrever. O livreto usado na preparação para o concurso, com capa ilustrada por um F-8 Gloster, é guar-dado até hoje. “Na época, meu pai estava construindo uma casa, onde mora hoje. Eu fi cava estudando debaixo de uma árvore nas tardes quen-tes de verão”, conta o novo

Comandante da Aeronáuti ca. Ele considerou fácil a prova

de português e matemática prestada em Canoas. Semanas depois, recebeu por telegrama o aviso para apresentar-se em Porto Alegre para os exames de saúde. Em seguida, mudou--se para a cidade mineira, onde conheceu amigos que o acompanham até hoje. “Eu era garoto que jogava bola, tomava banho em açude e tí mido”, descreve.

A vida simples sempre foi agregada a muita deter-minação e vontade de fazer, características que perma-necem arraigadas até hoje, seja no aspecto profi ssional, pessoal ou no lazer. “Sempre fui determinado. Não voltava atrás. Eu gosto de fazer as coi-sas. Já construi casa, barco...”, revela. Por isso, foi com sur-presa que recebeu a notí cia de que faria o voo com 16 aviões em formatura na Aca-demia da Força Aérea. “Eu sempre tive um comporta-mento humilde. Eles coloca-vam nessa missão os cadetes que voavam bem”, lembra. Depois veio a indicação para a aviação de caça. A vida operacional não parou mais, assumindo chefi as e coman-dos de unidades da FAB.

Da navegação a vela, o esporte predileto, vem os ensinamentos aplicados no dia a dia profissional. “Vele-jar é um prazer e um grande desafio. Você tem que estar bem com todo mundo da tripulação”, explica.

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10 Fevereiro - 2015

GESTÃO

PRÊMIO

O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI)

recebeu dois importantes prêmios nacionais na área de gestão da qualidade: o Quality 2014, recebido em dezembro, e o Qualidade Brasil 2014, em outubro – disti nção entregue pela primeira vez a uma unida-de da Força Aérea Brasileira.

De acordo com o Chefe da Seção de Gestão Integra-da do Centro, Capitão Eusélio Pereira, os prêmios são resul-tados dos esforços iniciados em 2006, com o processo que rendeu ao CLBI a certi fi cação ISO 9001 em 2009.

O CLBI encampou mudan-ças nas ações e processos ro-

ti neiros do efeti vo de mais de 300 servidores militares e civis que foram desde a documen-tação das ati vidades até inova-ções nas missões operacionais mais complexas do Centro – rastreios e lançamentos de engenhos espaciais. “Em um lançamento, por exemplo, a

CLBI busca certificações de meio ambiente e segurança do trabalhogestão de qualidade atua des-de o briefi ng inicial, realiza mo-nitoramento como parte da cronologia, e, principalmente, gera a análise críti ca da missão e se preocupa em mapear e ajudar a corrigir inconformida-des”, explica o Capitão Eusélio. Metas para 2015

Até o fi nal deste ano, o CLBI se prepara para reque-rer outras duas certi fi cações internacionais: a ISO 14001, ligada à gestão ambiental e a OHSAS 18001, voltada para a área de segurança e saúde ocupacional.

Para isso, o CLBI imple-mentou em 2011 um plano de gerenciamento de resídu-os sólidos, onde passou a re-alizar coleta seleti va de lixo e desti nar materiais recicláveis `a cooperati vas de catadores do Rio Grande do Norte. O Centro também possui uma parceria cientí fi ca com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em que pesquisadores desenvol-

vem estudos sobre a fauna e fl ora dos 1800 hectares de mata atlânti ca que está sob administração da unidade.

Uma das ações mais co-nhecidas na gestão ambien-tal é a parceria com o projeto TAMAR, que possui uma de suas bases de monitoramento sediada nas dependências do Centro para estudar a desova das tartarugas marinhas que fazem seus ninhos na praia.

Ações voltadas à atenção da segurança e da saúde no trabalho também já foram implementadas, a parti r da criação de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Cada setor teve seus riscos de acidentes mapeados e divul-gados. Em 2014, foram três, todos eles envolvendo uso de motocicletas no trajeto até o local de trabalho. Tam-bém foi criada uma brigada contra-incêndio e realizadas simulações de acidentes em operações de lançamento para treinar as equipes.

Projeto Tamar é um dos parceiros do CLBI que estuda o processo de desova das tartarugas marinhas à beira mar

A foto de um A-29 Super Tucano da Força Aérea

Brasileira aparece na lista das 25 melhores imagens do mundo, selecionadas a par-ti r da rede social Flickr. Cap-tada pelo Sargento Johnson Barros, a imagem é a única da América Latina entre as escolhidas em um universo de “centenas de milhões” de imagens postadas em 2014, segundo os administradores da página.

Batizada de “Fim de Tarde”, a foto foi realizada no aeroporto de Maringá (PR) durante a Operação Ágata.

O A-29 Super Tucano estava naquela cidade para cumprir a missão de defesa aérea na região de fronteira. “A ima-gem representa o fi m do dia. Todos nós, militares, temos um dia cansativo, fazendo nossos atributos. E ali era jus-tamente para mostrar que a gente trabalha até o últi mo momento do sol, às vezes até à noite, para de manhã cedo voltar a trabalhar”, explica o Sargento Johnson.

Com 20 anos de serviço, o Sargento Johnson é espe-cialista em manutenção de aeronaves. Ele trabalhava no

1° Grupo de Defesa Aérea, em Anápolis (GO), e come-çou sua carreira de fotó-grafo registrando os Mirage III. Hoje, serve no Centro de Comunicação Social da Aero-náuti ca (CECOMSAER).

“Muitos adoram a Aero-náutica, outros desconhe-cem, mas quando veem a fotografi a começam a se inte-ressar”, conta o militar.

Veja e baixe outras ima-gens produzidas por fotó-grafos da FAB:

Imagem da FAB entre as 25 melhores do mundo

fl ickr.com/portalfab

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11Fevereiro - 2015

TECNOLOGIA

O AESP-14 é o primeiro na-nossatélite totalmente

projetado, produzido e testado com tecnologia nacional. Ele foi lançado ao espaço a parti r de Cabo Canaveral, nos EUA, em 10 de janeiro deste ano.

O projeto é uma iniciati va de estudantes de graduação, pós-graduação e professores

do Insti tuto Tecnológico de Aeronáuti ca (ITA) e levou três anos desde sua concepção até o lançamento. O nanos-satélite, que também pode ser chamado de cubesat, de-vido ao seu formato e dimen-sões, pesa apenas 764g, foi lançado no foguete cargueiro Falcon-9 - que levou 2,5 tone-

De jaleco azul, alunos do ITA realizam testes de compatibilidade eletromagnética na câmara anecóica do Laboratório de Integração e Testes do INPE

Produto com fi ns pedagógicos foi 100% desenvolvido no Brasil

ladas de carga para a Estação Espacial Internacional. “Nos-so satélite chegou à estação espacial dois dias após o lan-çamento e vai permanecer lá, na parte japonesa, até abril, quando deve acontecer o se-gundo estágio do lançamen-to, em que um braço mecâni-co vai ejetá-lo e colocá-lo em órbita”, explica o mestrando do ITA Cleber Toss. O projeto, fi nanciado pela Agência Es-pacial Brasileira (AEB), tam-bém contou com parcerias com o Insti tuto Nacional de

Pesquisas Espaciais (INPE) e com a Agência Japonesa de Exploração Espacial (JAXA).

De acordo com o coor-denador do curso de Enge-nharia Aeroespacial do ITA,

professor Pedro Lacava, a parceria com o Japão e o lan-çamento em dois estágios foram úteis para a missão pedagógica do projeto, pois diferentes testes e estudos precisaram ser feitos para comprovar que o nanossa-télite era seguro. “Além de profi ssionais na área de saté-lites, que ainda é muito nova no Brasil, a turma 14 – que dá nome ao projeto, pôde se envolver em todas as etapas do desenvolvimento de um sistema, desde o modelo de engenharia, passando pela qualifi cação e chegando ao voo”, explica o professor.

O AESP-14 foi concebido para ter uma missão cien-tí fi ca no espaço: levar aco-plado um equipamento que é capaz de medir bolhas na ionosfera. O dispositi vo não foi usado neste primeiro lan-çamento. O satélite também vai testar o envio de men-sagens para radioamadores.

Atualmente, no Brasil, há diversos projetos integrado-res de nanossatélites, o dife-rencial do AESP-14, do ITA, é seu caráter desenvolvedor. “Ele é um demonstrador de tecnologia, é prova de que podemos desenvolver um produto usando apenas tec-nologia, componentes, mão de obra e estrutura labora-torial brasileira”, analisa o professor Lacava.

Lançamento do nanossatélite foi realizado em janeiro a partir de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos.

Primeiro nanossatélite 100% brasileiro foi lançado ao espaço em janeiro

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ESCOLAS

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12 Fevereiro - 2015

Para compor o quadro de 125 instrutores de voo

do 1º e 2º Esquadrões de Ins-trução Aérea (EIA), 32 novos ofi ciais aviadores se apresenta-ram à Academia da Força Aérea esse ano e realizam o Curso de Preparação de Instrutores de Voo (CPIV). Em três semanas de curso e aproximadamente 20 horas de voo cada, os novos instrutores conhecem os pro-cessos de padronização de ins-trução e avaliação do cadete, com o objeti vo de melhorar a efi ciência da avaliação e diri-mir a sua subjeti vidade. Todos os instrutores, que já foram cadetes, são responsáveis pela formação de voo dos cade-tes aviadores do segundo e quarto ano, período em que realizam, respecti vamente, o

treinamento primário com o T-25, no 2º EIA e o básico com o T-27, no 1º EIA. Ao todo, cada instrutor realiza aproximada-mente 300 horas de instrução de voo por ano. No mesmo curso, aqueles que já são ins-trutores de voo ministram as instruções aos novos ou rea-lizam elevação operacional, como tornar-se líder de esqua-drilha ou de elemento. “Todos que já foram um dia cadetes e se formaram têm a oportuni-dade de retornar à AFA e de ser instrutor para a nova geração de militares. O curso é funda-mental para que todos sigam os mesmos padrões de instru-ção e de avaliação”, explica o Capitão-Aviador Alberto Faria dos Santos, instrutor de voo na AFA desde 2010.

AFA prepara novos instrutores de voo Novos cadetes Especialização em Natal

Futuros sargentos

Pareorenatum occi int. Ra rei intiam inprium stuus inc furorem, que

Os futuros cadetes da AFA, que ingressaram por meio do exame de admissão, realizaram a matrícula em 15 de janeiro. Eles se instalaram nos aloja-mentos e deram início ao con-tato com a roti na militar. No dia 21 de janeiro, juntaram-se ao grupo os alunos vindos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR). Em fevereiro, ao receberem as plati nas, eles deixam de ser chamados de estagiários para serem consi-derados Cadetes do 1º Esqua-drão do Corpo de Cadetes da Aeronáuti ca.

A Escola de Especialis-tas da Aeronáuti ca (EEAR), localizada em Guarati nguetá (SP), recebeu em janeiro 611 jovens que farão parte do Curso de Formação de Sar-gentos (CFS), do Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (EAGS) e do Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento – Modalidade Especial (EAGS-ME).

Os 118 Aspirantes a Ofi -cial iniciaram em janeiro o Programa de Especialização Operacional (PESOP) da Pri-meira Força Aérea, unidade responsável pela especializa-ção dos aviadores da Força Aérea Brasileira, em Natal (RN). Nas primeiras nove sema-nas, eles realizam o Curso de Táti ca Aérea, que apresenta o emprego das unidades aéreas. Após este período, os aspiran-tes cumprirão Estágio Funcio-nal e o Curso de Especialização Operacional nas aviações de Asas Rotati vas, Caça, Patrulha e Transporte.

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ESPORTE É SAÚDE

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13Fevereiro - 2015

Evite lesões com a corridaEspecialistas recomendam atenção com tênis e respeito aos limites do próprio corpo

O expediente começa às sete da manhã. Mas às

5h40 a Tenente Isabel Oha-ta já está no Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR), em Brasília, para dar os pri-meiros passos de sua corri-da diária. O prazer pela prá-ti ca de esportes iniciou na infância, incenti vada pelos pais. Hoje, a nutricionista e ex-atleta de triatlon corre para manter hábitos saudá-veis. “Ao invés de ir ao hos-pital vou aos treinos. Meu medicamento é o exercício”, revela a militar colecionado-ra de medalhas.

Considerado um espor-te democráti co, a corrida conquista adeptos pelo baixo custo e benefí cios à

saúde. Porém, não basta ape-nas colocar um tênis e sair

Até três horas antes da corrida é recomendada a in-gestão de carboidratos, en-contrados em pães e massas integrais, que darão a ener-gia necessária à ati vidade. Pouco antes de correr, a nu-tricionista Tenente Rafaela de Oliveira sugere alimentos mais leves e em pouca quan-ti dade, como frutas secas e sucos de melancia e melão. “Para evitar desconfortos intesti nais não consuma fi -bras, grãos, proteínas e ali-mentos gordurosos próximo da corrida”, explica.

Se a corrida durar mais de uma hora é necessário le-

Dez minutos de cami-nhada, trote ou exercício de coordenação devem ser feitos antes da corrida. Para um melhor desempenho, a educadora fí sica, Tenente Patrícia de Jesus de Souza Silva, aconselha também exercícios de fortalecimento. “A práti ca da musculação é fundamental para o desen-volvimento do corredor, per-miti ndo uma boa manuten-ção da sua estrutura neuro-

muscular e evitando lesões”. A professora recomenda aten-ção especial aos alongamen-tos. “O momento mais impor-tante para o alongamento é no pós-treino, fase em que o exercício ajuda a relaxar e a re-cuperar a musculatura”.

Os corredores podem op-tar pela ati vidade na rua ou na esteira. Os benefí cios para o corpo são semelhantes nos dois casos, mas existem sim prós e contras. Na esteira há maior comodidade, seguran-ça, menos impacto e infl u-

ência dos fatores externos como vento e desníveis no solo. A rua permite maior gasto calórico e funciona como uma terapia ao ar li-vre, mas tem alto impacto. O rendimento e resultados da corrida dependerão da fre-quência dos treinos e do bio-ti po de cada pessoa. “Quan-do se fala de gasto calórico, em qualquer ati vidade, de-ve-se levar em conta fatores como idade, peso corporal, estatura e nível de condicio-namento”, completa.

Rua ou esteira?

Como escolher um tênis?

Alimentação e hidratação

A escolha errada do tênis pode causar unha encrava-da e até fraturas. O ortopedista orienta sobre a necessi-dade de identificar o tipo de pisada - supinada, prona-da ou neutra. A baropodometria é o exame que mede a pressão na planta dos pés, tanto em posição estática quanto dinâmica. O médico recomenda comprar os tênis no fim do dia. “Neste horário os pés estão mais incha-dos. Prove os dois tênis e caminhe”, explica. Ele também indica comprar um número maior da medida habitual. O comprimento do pé aumenta de 4 a 8 mm na fase de apoio durante caminhadas e corridas.

var um sache de mel ou car-boidrato. A doutora em nutri-ção ressalta ainda que após o treino a alimentação deve ser mais completa.

Com relação à hidratação, uma hora antes da ati vidade o corredor deve beber entre 400 e 600 ml de água. Duran-te o exercício é preciso ingerir pelo menos 150 ml a cada 15 ou 20 minutos. Para as corri-das de longa duração, as be-bidas isotônicas são bem vin-das, com moderação. “Uma das dicas mais importantes é não correr em jejum e nem esperar senti r sede para se hi-dratar”, revela a nutricionista.

correndo. “Antes de prati car qualquer esporte deve-se fazer uma avaliação médica. Isso reduz muito os riscos de lesões”, alerta o ortopedista Tenente-Coronel Maurício Ribeiro Braga. Respeitando esta orientação, não há con-traindicações para a corrida.

O uso de tênis adequado é importante, pois absorve o impacto nas arti culações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos. Respeitar o limite do próprio corpo também faz parte do treino. “Se durante a corrida senti r arrepios, fadiga, tontura ou palpitação, pare e busque ajuda. Ao senti r dor muscular, interrompa a ati vi-dade, aplique gelo no local e procure seu médico”, indica.

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14 Fevereiro - 2015

MÍDIAS SOCIAIS

Compartilhar material pode expor usuário desnecessariamente

Os internautas brasileiros são ávidos comparti lha-

dores. Segundo um estudo da agência de comunicação Ogivily, o Brasil é o 3º país que mais comparti lha conte-údo nas redes sociais. O dado indica alto potencial de socia-lização e presença digital dos brasileiros. Porém, preocupa em relação à segurança e cre-dibilidade da informação.

“Na era do comparti lha-mento, os usuários repassam conteúdo imediatamente, sem questi onar a fonte e a credibilidade da mensagem”, explica a Tenente Relações Públicas Mariana Vizza. Essa atitude pode prejudi-car o próprio usuário, sob

o risco de propagar infor-mações erradas, divulgar dados pessoais próprios ou de outros e até expor-se a possíveis ameaças e ata-ques de vírus maliciosos.

Para evitar ser vítima de golpes cibernéticos ou situações constrangedoras, atente-se para o grau de informações disponibiliza-das nas redes de relaciona-mentos e as ferramentas que você usa. Parti lhar uma foto por whatsapp, por exem-plo, é algo simples, mas que pode comprometer o usuá-rio. Lembre-se que ao com-partilhar ou publicar uma informação, mesmo em um grupo pequeno, ela torna-

-se pública imediatamente e tem potencial para ser disse-minada no meio digital, inde-pendente de autorização do emissor.

Esse mesmo processo vale para quaisquer redes como facebook, instagram e até e-mail. Por isso, se esti ver na dúvida quanto a disponibi-

lizar ou postar algo na inter-net, pergunte-se: “Esse dado pode comprometer a mim ou a outras pessoas ao ser publi-cado?”. O questionamento nos ajuda a manter uma vida digital saudável e livre para explorar o que há de melhor na rede mundial de computa-dores. O mundo virtual pode infl uenciar muito a sua vida real.

Evite dores de cabeça:- Proteja suas informa-

ções pessoais: não divulgue datas e instituições pelas quais já estudou ou traba-lhou;

- Nunca acesse a rede social de dispositivos des-conhecidos ou públicos. Os

equipamentos podem conter soft wares maliciosos;

- Crie senhas diferen-ciadas e atualize-as com frequência. Compartilhe conteúdos relevantes sobre assuntos que te interessam;

- Compartilhe arquivos que você saiba a procedência sem comprometer você ou outros usuários;

Consulte o termo de uso de mídias sociais da FAB:

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15Fevereiro - 2015

ENTRETENIMENTOENTRETENIMENTO

Jogo dos seis errosCaça palavrasA campanha institucional da FAB para 2015 tem como tema os projetos estratégicos. Em negrito, os nomes de alguns dos projetos para você localizar abaixo:

1. PESE / 2. MONITORAMENTO ESPACIAL / 3. SENSORIAMENTO REMOTO / 4. ATI-VIDADES ESPACIAIS/ 5. PROPULSÃO / 6. LINK BR / 7. AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA / 8 . MÍSSIL TÁTICO / 9. A-DARTER / 10. ARTILHARIA ANTIAÉREA / 11. ARMAMENTO INTELIGENTE / 12. CAÇA MULTIPLO EMPREGO / 13. CARGUEIRO / 14. MODERNIZAÇÃO / 15. RADAR.

Resposta da Edição anterior

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Além

de atualizar a frota de helicópteros das Forças A

rmadas, o projeto H

-XBR do Ministério da

Defesa fom

enta a indústria nacional, permite desen-

volvimento e capacitação tecnológica de recursos

humanos. N

a Força Aérea Brasileira, a aeronave cha-m

ada de H-36 Caracal é em

pregada pelo Esquadrão Falcão (1º/8º G

AV), em

Belém (PA

), desde 2011. As

seis unidades entregues também

atuam em

missões

de ajuda humanitária na região am

azônica.

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