notaer - edição de julho de 2012

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S1 Diego/ AFA Sgt Cícero Roberto/ BACG www.fab.mil.br Ano XXXV Nº 07 Julho, 2012 ISSN 1518-8558 Anhanguera I reúne 390 recrutas para exercício de campanha em Pirassununga (Pág 13) FAB prepara 4º contingente para o Haiti SOLIDARIEDADE TREINAMENTO BUSCA E RESGATE ASAS ROTATIVAS Dez toneladas de alimentos arrecadados em Portões Abertos beneficiam 42 endades em Cam- po Grande (Pág 12) RIO+20: Forças Especiais atuam na segurança da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Saiba como foi a participação da Força Aérea Brasileira (Pág 8 a 10) Formação técnica-profissional complementa treinamento de sol- dados em Brasília. Primeira fase do projeto “A Base da Base” oferece curso de auxiliar de escritório para 70 recrutras. (Pág 12) Esquadrão Puma realiza 95 mis- sões de busca e resgate durante manobra no litoral do Rio de Janeiro. Entenda por que o resgate na água é uma das modalidades mais compli- cadas (Pág 7) Esquadrão Po vence compeção de helicópteros de combate reali- zada em Campo Grande (MS). Seis esquadrões parciparam do Segundo Torneio de Asas Rotavas (II TAAR) (Pág 11) OPERAÇÃO Sgt Johnson/ CECOMSAER

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FAB prepara 4º contingente para o Haiti

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www.fab.mil.br Ano XXXV Nº 07 Julho, 2012 ISSN 1518-8558

Anhanguera I reúne 390recrutas para exercício de

campanha em Pirassununga (Pág 13)

FAB prepara 4º contingente para o HaitiSOLIDARIEDADE

TREINAMENTO BUSCA E RESGATEASAS ROTATIVAS

Dez toneladas de alimentos arrecadados em Portões Abertos benefi ciam 42 enti dades em Cam-po Grande (Pág 12)

RIO+20: Forças Especiais atuam na segurança da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Saiba como foi a participação da Força Aérea Brasileira (Pág 8 a 10)

Formação técnica-profissional complementa treinamento de sol-dados em Brasília. Primeira fase do projeto “A Base da Base” oferece curso de auxiliar de escritório para 70 recrutras. (Pág 12)

Esquadrão Puma realiza 95 mis-sões de busca e resgate durante manobra no litoral do Rio de Janeiro. Entenda por que o resgate na água é uma das modalidades mais compli-cadas (Pág 7)

Esquadrão Poti vence competi ção de helicópteros de combate reali-zada em Campo Grande (MS). Seis esquadrões parti ciparam do Segundo Torneio de Asas Rotati vas (II TAAR)(Pág 11)

OPERAÇÃO

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2 Julho - 2012

O jornal NOTAER é uma publicação men-sal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno

Chefe da Divisão de Comunicação Corpo-rati va: Coronel-Aviador Gustavo Alberto Krüger

Chefe da Divisão de Comunicação Inte-grada: Coronel-Aviador Antonio Pereira da Silva Filho

Chefe da Divisão de Apoio à Comunicação: Tenente-Coronel-Aviador Mário Sérgio Rodrigues da Costa

Chefe da Subdivisão de Produção e Divul-gação: Tenente-Coronel-Aviador JoãoCarlos Araújo Amaral

Chefe da Agência Força Aérea: Major-Aviador Rodrigo José Fontes de Almeida

Chefe da Seção de Divulgação: Capitão-Aviador Diogo Piassi Dalvi

Tiragem: 30.000 exemplares

Jornalista Responsável: Tenente Jussara Peccini (MTB 01975-SC)

Repórteres (JOR): Tenente Cesar Guerrero, Tenente Alessandro Silva, Tenente Marcia Silva, Tenente Gabriela Hollenbach (BAFL), Tenente Emília Cristi na (V COMAR), Tenen-te Flávio Nishimori, Tenente Humberto Leite, Tenente Glória (III COMAR), Tenente Roberta (VI COMAR), Tenente Willian Ca-valcati , Tenente Jussara Peccini, Tenente Jefferson (IV COMAR) e Neli Trindade (CENIPA).

Colaboradores: CIAER e SISCOMSAE (tex-tos enviados ao CECOMSAER, via Sistema Kataná, por diversas unidades)

Diagramação, Arte e Infográfi cos: Sargento Rafael da Costa Lopes e Cabo Lucas Maurí-cio Alves Zigunow

Revisão: Ten Cel Amaral, Maj Fontes e Ten NishimoriEstão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte.

Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: [email protected] dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

ExpedienteCARTA AO LEITOR

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

Impressão e Acabamento:

Log & Print Gráfi ca e Logísti ca S.A

Brig Ar Marcelo Kanitz DamascenoChefe do CECOMSAER

Ao longo do processo de planeja-mento e de execução da ação políti ca, os responsáveis pela decisão, em qual-quer nível hierárquico, necessitam de conhecimentos que lhes permitam identi fi car quais riscos podem infl uen-ciar o cumprimento dos objeti vos de sua organização.

Sendo assim, determinar os pon-tos vulneráveis e avaliar os possíveis impactos a serem causados no caso de um ataque contra os ati vos de uma OM é de fundamental importância para a implementação de medidas que possam reduzir os riscos a um valor aceitável.

Como parte desse processo, a Se-gurança Orgânica visa a obter um grau de proteção ideal, por meio da adoção efi caz e consciente de um conjunto de medidas desti nadas a prevenir e obs-truir as ações de qualquer natureza que ameacem a salvaguarda de da-dos, conhecimentos e seus suportes de interesse do COMAER.

Dessa forma, as medidas de Segu-rança Orgânica dedicam-se à proteção direta dos dados e de conhecimentos e atua objeti vamente sobre seus su-portes: o pessoal, a documentação, o material, os meios de tecnologia da informação e as áreas e instalações.

Como forma de assessorar os Comandantes, Chefes e Diretores, o CIAER é o responsável por realizar Inspeções de Segurança Orgânica desti nadas a identi fi car as vulnerabili-dades, as ameaças e a propor medidas e procedimentos para salvaguardar as áreas e os assuntos sensíveis e/ou sigilosos das Organizações do COMAER. Cada inspeção é composta por Analistas de Inteligência cujas experiências técnico-profi ssionais im-primem um caráter abrangente e com a profundidade adequada ao trabalho de assessoramento.

Ao final de cada Inspeção de Segurança Orgânica é elaborado um relatório contendo as medidas consa-

gradas pela Doutrina de Inteligência, cuja estrutura é subdividida em três partes, sendo que a primeira relata o aspecto observado sobre determina-do assunto, a segunda tece conside-rações sobre as possíveis implicações daqueles fatos, enquanto que a ter-ceira recomenda ações que podem minimizar ou, até mesmo, corrigir o eventual problema.

Cabe esclarecer que as Inspeções de Segurança Orgânica podem ser solicitadas diretamente ao CIAER, em qualquer época do ano, e que o relatório com o delineamento da situ-ação de Segurança Orgânica da OM é encaminhado única e exclusivamente ao solicitante.

Por fi m, considere que a forma mais efi ciente para se reduzir os ris-cos de sucesso de ações adversas é a parti cipação de todos os integrantes do COMAER na execução de medidas de Segurança Orgânica. (Centro de Inteligência da Aeronáuti ca)

Inspeção de Segurança Orgânica, para que serve?

A Rio+20 acabou, mas a experiên-cia que acumulamos com este evento mundial é algo importantí ssimo. Os números do balanço da operação que envolveu mais de cinco mil mili-tares da Força Aérea – no total foram mais de 20 mil militares e civis que trabalharam na segurança do evento - é um parâmetro para as grandes competi ções que o país sediará nos próximos anos, como a Copa 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Os números divulgados pelo Cen-tro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) comprovam que o esquema especial de gerenciamento conseguiu evitar impacto no tráfego aéreo. As nossas forças especiais

Experiência acumuladatrabalharam sem serem percebidas, o que faz parte da incumbência destes homens, para manter a segurança do evento.

Além disso, um fato desperta nossa atenção. O projeto dos alunos de um dos colégios manti dos pela FAB, apresentado na Conferência, mobilizou a comunidade escolar em torno de um propósito: a mudança de hábitos. Ao falar de uma conferência com alcance global, são as ati tudes de cada um que refl etem a consciência práti ca, as mudanças imediatas na nossa vida.

Um outro caso de experiência é a atuação da FAB no Haiti . O 4º conti ngente, sediado em Natal (RN)

já iniciou a preparação. No fi nal do ano, eles embarcam para contribuir com o país na missão de manutenção da paz.

Neste mês, o Notaer traz ainda matérias sobre segurança de voo, as novidades de Alcântara a parti r da retomada dos testes na nova platafor-ma de lançamento de satélites, o trei-namento dos militares em operações por todo o Brasil e a solidariedade do povo brasileiro, onde a FAB entra como coadjuvante na aproximação de instituições beneficentes e po-pulação.

Boa leitura!

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Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti SaitoComandante da Aeronáuti ca

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3Julho - 2012

PALAVRAS DO COMANDANTE

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Somos todos soldados

A Força Aérea é formada por ho-mens e mulheres de todos os

recantos deste país distribuídos em todos os postos e especializações. Cerca de 30 mil destes profi ssionais estão no primeiro posto da carreira militar: os soldados.

Ao abrir as portas para estes jo-vens, a FAB assume não só a tarefa de formar combatentes, mas também a responsabilidade de contribuir para a formação de mais cidadãos brasi-leiros. Porém, nossa preocupação vai além. Incenti vamos que estas pessoas conti nuem estudando, aperfeiçoando os conhecimentos, estabelecendo no-vas metas que levem ao crescimento pessoal e profi ssional.

Capacitar este militar é funda-mental. Ele está na linha de frente, em contato direto com a população. O leitor atento vai perceber que o militar na capa deste jornal é soldado. Ele está entregando às enti dades de Campo Grande alimentos que, com certeza, serão essenciais para a vida daquelas pessoas. É confi ada também aos soldados a responsabilidade de

manter as unidades em funciona-mento 24 horas por dia durante 365 dias do ano. Serviços essenciais, aos quais pouco prestamos atenção, mas que estão sempre à disposição dos usuários das unidades militares.

São soldados também os voluntá-rios que estão ajudando a abastecer os estoques de sangue em hemo-centros Brasil afora. Em poucos dias, os soldados na fase fi nal do curso preparatório durante a Operação Anhanguera estarão exercendo suas atividades nas unidades da região de São Paulo. Na maioria, também são soldados os militares que repre-sentam o Brasil e a FAB nas ruas de Porto Príncipe, no Haiti , na missão de manutenção de paz.

A história comprova que a per-severança, numa batalha diária ven-cendo adversidades, dos militares que iniciaram a carreira no primeiro degrau os levaram para postos mais elevados. E, acima de tudo, a doutrina que aprenderam nesta fase da vida os acompanha até hoje. É a garra de soldado presente no trabalho diário que constrói grandes homens. Temos que ter presente que as sementes plantadas hoje geram impacto nas futuras gerações.

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4 Julho - 2012

Envie as informações sobre a sua unidade via Sistema Kataná.

ACONTECE

Fazenda da Aeronáutica de Pirassununga (FAYS) – A fazenda, que completou 64 anos em 15/6, tem como mis-são ocupar produti vamente as áreas desti nadas à instalação da Academia da Força Aérea (AFA), ainda não uti lizadas, com ati vidades agroindustriais, de modo a apoiar a formação dos futuros ofi ciais da Força Aérea Brasileira (FAB). Atualmente, são produzidos, em média, 55 mil litros de leite por mês, que são processados na própria fazenda, em queijo minas, iogurtes e leite tipo A. Além dos lati cínios, a unidade culti va laranja, feno, soja, cana de açúcar, milho, e mantém um plantel de aproximada-mente 1.300 suínos, dos quais cerca de 200 são abati dos mensalmente. Os produtos abastecem regularmente as unidades subordinadas ao Quarto Comando Aéreo Regional (IV COMAR). Eventualmente, outras unidades da FAB também são atendidas com os produtos, como a Casa Gerontológica, no Rio de Janeiro.

Destacamento de Controle do Es-paço Aéreo de Canoas (DTCEA – CO) – Conhecido como Esquadrão Coruja, a unidade celebrou os 65 anos com uma solenidade militar. A missão do Esqua-drão é apoiar o tráfego aéreo, com

Recruta Sangue Bom - Após uma campanha de conscienti zação, 35 mi-litares da Base Aérea de Florianópolis (BAFL) doaram sangue ao Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC). A iniciativa faz parte das ati vidades do Projeto Recruta Sangue Bom 2012. Segundo a respon-sável pelo Setor de Captação de Doado-res do HEMOSC, Deise Vicente Oliveira Veloso, além de ajudar a manter os es-toques de sangue, o ato contribui para a conscienti zação de uma população mais solidária e parti cipati va.

Projeto multidisciplinar – Edu-cação fi nanceira, direitos sociais, ali-mentação saudável, direção defensiva, crimes e transgressões disciplinares, uso de álcool e drogas, mercado de

trabalho na contemporaneidade fo-ram os temas de palestras, dinâmicas de grupos, debates e apresentações realizadas para 299 soldados neste semestre no Rio de Janeiro. Eles inte-gram o Projeto de Atenção Integral aos Recrutas do Batalhão de Infantaria de Aeronáuti ca Especial do Rio de Janeiro (BINFAE-RJ), programa desenvolvido pelo Núcleo de Serviço Social do Rio de Janeiro (NUSESO- RJ) que contribui para o preparo dos jovens à vida militar, além de promover melhores condições de qualidade de vida no trabalho e pre-venção de situações sociais e de saúde inerentes à faixa etária dos recrutas.

França - O Insti tuto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) recebeu (de 28/5 a 6/6) a visita de alunos e instrutores da École du Personnel Navigant d’Essais et de Réception (EPNER), unidade de formação em ensaios em voo da França. O objeti vo principal do encontro foi proceder a

ANIVERSÁRIOS

SOLDADOS

INTERCÂMBIO

avaliação sumária da aeronave C-97 Brasília por parte dos futuros pilotos e engenheiros de prova, como exercício fi nal do curso de formação da escola francesa. Eles realizaram também voos de avaliação qualitativa nas aeronaves A-29 Super Tucano, AT-26 Xavante e Embraer Phenom 300. A Divisão de Formação em Ensaios em Voo (EFEV) do IPEV é a escola brasi-leira de ensaios em voo reconhecida internacionalmente pela Society of Experimental Test Pilots (SETP). Atualmente no mundo apenas EUA, França, Inglaterra, Índia e Brasil pos-suem escolas de ensaio em voo com reconhecimento.

China - Uma comiti va da Força Aé-rea Chinesa, liderada pelo Brigadeiro Wang Yisheng, vice-chefe do Estado Maior da Força Aérea da China, co-nheceu (5/6) as instalações da Base Aérea de Campo Grande (BACG) e os esquadrões sediados, demonstrando interesse, principalmente, pelo siste-ma de busca e resgate do Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV).

serviços de meteorologia, informações aeronáuti cas e comunicações às Uni-dades Aéreas sediadas, desdobradas, bem como às aeronaves em trânsito na Base Aérea de Canoas (BACO).

Troca da Bandeira Nacional - Doze pacientes do Hospital Sa-rah Kubitschek e seus familiares acompanharam a solenidade de substituição da Bandeira Nacional realizada em 01/7 na Praça dos Três Poderes, no DF. Eles fazem parte do Programa de Humanização da

instituição, que desde janeiro deste ano leva pacientes em processo de recuperação para assistirem a sole-nidade. Segundo um dos coordena-dores do programa, o psicólogo Ygor Lustosa, esta é uma oportunidade para os pacientes se reintegrarem a comunidade.

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CEN

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5Julho - 2012

SEGURANÇA DE VOO

Equipe vai atuar no aprimoramento da segurançaDe acordo com CENIPA, a nova assessoria tem papel fundamental para evitar falha humana como fator contribuinte

O Centro de Investi gação e Pre-venção de Acidentes Aeronáu-

ti cos (CENIPA) criou a Assessoria de Fatores Humanos que vai aprofundar a pesquisa e a análise de fatores humanos no contexto da segurança de voo. A nova estrutura é compos-ta por uma equipe multi disciplinar que inclui profi ssionais de medicina, psicologia e aspectos operacionais, como engenheiros e mecânicos.

Para a Chefe da Assessoria, Tenente-Coronel Laura Suely Caval-cante Marcolino da Silva, o trabalho consolida cada vez mais as diretrizes do Sistema de Investi gação e Pre-venção de Acidentes Aeronáuti cos (SIPAER). “Atuar em equipe signifi ca um ganho de autonomia que prio-riza o planejamento e a execução das ações de apoio de forma mais efi caz no contexto da investi gação e da prevenção”, esclarece ela.

Na aviação, a falha humana aparece com os maiores índices nos aspectos operacionais. De acordo com dados levantados pelo CENIPA, mais de 80% dos acidentes aéreos envolvem direta ou indiretamente

a parti cipação do homem. Dentre os fatores contribuintes que podem defl agrar o caos, há uma lista inter-minável de situações estressantes na aviação, tais como erro de jul-gamento, falha de planejamento, falta de supervisão ou ati tude, falha de comunicação, desatenção, falta de coordenação entre a equipe de tripulantes e outros.

A nova metodologia é uma for-ma de infl uenciar na melhoria da segurança aérea. Na concepção do Chefe do CENIPA, Brigadeiro do Ar Luis Roberto do Carmo Lourenço, a criação da Assessoria de Fatores Humanos reflete a importância dada à contribuição dos aspectos psicológicos, médicos e operacionais na aviação brasileira. A atuação de profi ssionais implica desenvolvimen-to de estratégias para resguardar os fatores humanos e miti gar os riscos na ati vidade aérea. “A intenção é le-var o bem-estar para as organizações de trabalho e aprimorar o desempe-nho do sistema aeronáuti co, pelos estudos e pesquisas na adoção de técnicas e ferramentas de prevenção

de acidentes, afi rma o Brigadeiro.A assessoria conta com oito psi-

cólogas: quatro em Brasília e quatro nos serviços regionais de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Belém. Embora as áreas de medi-cina e fatores operacionais estejam em fase de formação de seu quadro de pessoal, a assessoria apresenta

Equipe multidisciplinar atua para infl uenciar na melhoria da segurança de voo

Operação Salina testa integração do mock up com nova torre

várias frentes de trabalho em an-damento tais como o processo de formação e capacitação dos técnicos de segurança de voo, missões de vistorias de prevenção, supervisão das ati vidades dos Serviços Regio-nais (SERIPAS), revisão de normas e regulamentos de fatores humanos e o Plano de Trabalho Anual.

VLS-1 é testado na nova torre

O Centro de Lançamento de Alcân-tara (CLA), no Maranhão, realiza

até julho testes de integração do mock up (maquete em tamanho real) do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1) na nova Torre Móvel de Integração. Os ensaios fazem parte da Operação Salina realizada pelo Instituto de Aeronáuti ca e Espaço (IAE), do De-partamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

O principal objeti vo do exercício que marca a retomada das ati vidades operacionais na torre ( plataforma de lançamento) são os ensaios e simula-ções para a verifi cação da integração

fí sica, elétrica e lógica da torre e dos meios de solo do CLA, associados à preparação para voo do VLS-1.

De acordo com o Coordenador Geral da Operação IAE, Tenente-Coro-nel Engenheiro Alberto Walter da Silva Mello Junior, essa é a fase essencial do projeto. “Qualquer programa espacial envolve, antes do lançamento, testar as interfaces mecânicas porque as partes mecânicas são extremamente complexas. Com o término da ope-ração, vamos ter a certeza de que a torre, o CLA e o nosso pessoal estão em condições de realizar uma opera-ção real de lançamento”.

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REAPARELHAMENTO

O primeiro voo da aeronave de caça A-1 modernizada foi realizado

(19/6) na fábrica da Embraer, em Ga-vião Peixoto, no interior paulista. Na cerimônia de demonstração do pro-tóti po, o Comandante da Aeronáuti ca, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, explicou que o A-1 está recebendo sistemas modernos, semelhantes aos que já equipam outras aeronaves de caça brasileiras: F-5M e A-29.

“A similaridade entre os aviônicos destas aeronaves ajudará na adapta-ção dos nossos pilotos e representa uma padronização que oferece inú-meras vantagens operacionais, tais como o aprimoramento da doutrina de emprego da FAB e o melhor ren-dimento das horas de voo”, afi rmou o Comandante.

O contrato entre a FAB e a Embraer prevê a revitalização e a modernização de 43 caças subsônicos A-1, nas ver-sões A e B. As aeronaves que estão sendo modernizadas passarão por ensaios em voo, que incluem avaliação de desempenho e validação aerodi-nâmica, com teste das novas confi gu-

Caça A-1 modernizado voa pela primeira vez Aeronave, que recebeu novos sistemas eletrônicos e revitalização estrutural, agora vai passar por ensaios em voo

Embraer assina acordo de cooperação com a Boeing

Primeiro voo da aeronave de caça A-1 modernizado realizado em Gavião Peixoto, SP

Pela primeira vez desde que foi adquirida a aeronave de patrulha ma-ríti ma P-3AM Orion pôde ser vista por dentro. A foto do interior da aeronave foi realizada durante um dos voos de treinamento em diversas capitais do País. Segundo o piloto da aeronave

Projeto KC-390 FAB ganha reforço PATRULHA

rações de cargas externas (bombas e mísseis). Dez aeronaves já estão nas instalações da Embraer. Segundo a empresa, as primeiras entregas serão em 2013.

“Após cerca de 20 anos de opera-ção, o projeto do A-1 se revela como uma grande plataforma. Agora, com novos equipamentos, com capacidade de autodefesa maior e de transportar mais armamentos, é a confi rmação que ele conti nua moderno e capaz de cumprir as missões para as quais foi desenhado na década de 80”, afi rmou o presidente da Comissão Coordena-dora do Programa Aeronave de Com-bate (COPAC), Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Bapti sta Junior.

As aeronaves A-1 estão passando por uma revitalização estrutural e vão receber novos equipamentos, entre eles o radar SCP-01, com modos ar--ar, ar-solo e ar-mar. Serão manti das característi cas elogiadas da aeronave, como o raio de ação, a capacidade de reabastecimento em voo e os dois canhões de 30mm.

Além do radar, os caças serão

atualizados o sistema integrado de autodefesa com alerta de detecção de radar (RWR), contramedidas (AECM) e lançadores de iscas para mísseis (chaff e fl are), além do novo sistema de aproximação de mísseis (MAWS). Os A-1M também terão sistemas de reconhecimento e designação de alvos, além do Skyshield, que tem a

capacidade de bloquear e despistar radares de busca em solo.

Entrega de aeronaves - Na oca-sião, a Embraer entregou o 99º e últi mo A-29 Super Tucano e os dois últi mos caças F-5M do lote de 46 ae-ronaves modernizadas. Em breve, mais 11 F-5 comprados pela FAB da Jordânia deverão ser modernizados.

Criado pela Embraer a parti r de um requisito operacional da Força

Aérea Brasileira de um novo avião de transporte e reabastecimento em voo, o projeto do KC-390 conta agora com a parti cipação da Boeing. As duas empresas assinaram (26/6), em São Paulo (SP), um acordo de cooperação para troca de conhecimentos técnicos e avaliação conjunta de oportunida-des de mercado para o KC-390.

“Este acordo reforçará a posição de destaque do KC-390 no mercado global de transporte militar”, disse Luiz Carlos Aguiar, Presidente da Embraer Defesa e Segurança. O avião já conta hoje com cerca de 60 inten-

ções de compra do Brasil, Argenti na, Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca, mas a expectati va das em-presas é de alcançar mais vendas. “A Boeing tem grande experiência em aeronaves militares de transporte e reabastecimento em voo, assim como profundo conhecimento de clientes potenciais para o KC-390, em especial nos mercados que não foram inclu-ídos no nosso plano de marketing original”, completou Aguiar.

O primeiro protóti po do KC-390 deve voar em 2014, e está prevista para 2016 a entrega das primeiras unidades. O desenvolvimento do projeto iniciou-se em 2009.

e chefe de operações do Esquadrão Orungan (1º/7º GAv), Major-Aviador José Henrique Kaipper, o treinamento é importante para verifi car como a aeronave se comporta nos diferentes pontos do País, com as mudanças climáti cas e geográfi cas.

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7Julho - 2012

OPERAÇÕES

O sucesso de uma operação de resgate depende da qualifica-

ção operacional e do entrosamento das equipagens. Quando a missão é realizada no mar, esses pré-requisitos tornam-se mais relevantes ainda. “O resgate no mar está entre os mais complicados de serem realizados”, afirma o Tenente-Aviador Pedro Felipe de Assis Silva, Ofi cial de comu-nicação social do Esquadrão Puma (3º/8º GAV).

“Por ser no mar, não há referên-cias. A visualização da víti ma é mais difí cil, temos que lançar sinalizadores na água e trabalhar com a posição do vento” explica o Ofi cial. A máquina também interfere. Num resgate na água, a autonomia do helicóptero Super Puma, que é em torno de 4h50, é reduzida para três horas por conta do peso do equipamento e da equipe.

É com esta missão que o Es-quadrão Puma realizou no início de junho, na Praia do Pontal, em Arraial do Cabo, região dos Lagos do Rio de Janeiro, o Exercício PABEFI XXI. O exercício reuniu 110 militares que cumpriram 95 missões. O objeti vo da FAB é manter os militares treinados para atuarem em caso de acidentes no mar ou desastres naturais.

As tripulações do esquadrão treinaram procedimentos do método inglês de içamento, mais conhecido como “Kapoff”. Este método pre-coniza a execução de fraseologia e circuitos de tráfego específi cos, com a fi nalidade de reti rar o sobreviven-te, por meio de alça de salvamento ou maca, reduzindo, sobremaneira, o tempo do socorro e a exposição da aeronave, equipe de resgate e sobrevivente.

Puma treina resgate no litoral cariocaFalta de referência no mar coloca a modalidade entre as manobras de resgate mais complicadas de serem realizadas

Exercício realizado no litoral do Rio reuniu 110 militares para cumprir 95 missões

O Exercício Operacional Delta 2012 (EXOP-2012) realizado em São

José do Rio Preto, aproximadamente 600 km da capital paulista, simula o combate ao narcotráfi co em região de fronteira do Brasil. Nesse cenário, a missão da Força Aérea Brasileira (FAB) é dar sustentação ao combate de grupos terrestres. O objetivo é proporcionar o aprimoramento da

DELTA - Combate ao narcotráfico na fronteira

capacidade de planejar, coordenar e executar a mobilização do Quarto Esquadrão de Transporte Aéreo (4º ETA), sediado em São Paulo. Parti ci-param do treinamento 88 militares, que encerrou em 4/7.

Aeronaves C-95 Bandeirante fi -zeram lançamento de suprimentos, voo a baixa altura, voo em formação táti ca, interação técnica e mecânica.

O Exercício Colina II realiza-do pelo Esquadrão Adelphi

(1º/16º GAV) no mês de junho treinou os militares para o emprego da aeronave como plataforma de armamento nos períodos diurno e noturno, para qualificar e medir a eficiência de suas equipagens. A

manobra para o emprego de arma-mento inerte foi realizada na área Saicã, próximo à cidade de Cacequi (RS), que fica a 130 km a oeste da cidade de Santa Maria (RS). O treinamento também contemplou o lançamento de bombas reais de emprego geral.

Adelphi treina emprego de armamento

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8 Julho - 2012

RIO + 20

Quem são os militares que receberam as autoridades Recrutas ficaram até 24horas de prontidão para receber 99 comitivas num único dia

Uma cena virou rotina na Base Aérea do Galeão (BAGL). Ao som

marcial da corneta, a tropa presta conti nência e anuncia a chegada da autoridade. Em minutos, a comiti va entra nos carros e segue para os compromissos na Conferência sobre Sustentabilidade da Organização das Nações Unidas, a Rio+20.

É nessa hora que o recruta Diogo de Souza, 19 anos, liga para a namo-rada. “Recebi o Chefe de Estado de tal país. Dá uma olhada se eu vou apa-recer na televisão”. O colega, Douglas Santos, 18 anos, liga para casa. “Mãe, eu recebi o Presidente de tal país. Ela sai comentando pra todo mundo”.

Os dois fazem parte do grupo de militares da Força Aérea responsáveis por fazer a Ala, honraria para o de-sembarque de autoridades em áreas militares da FAB. Eles se consideram privilegiados. Com tantos curiosos em busca de ver só por um instante os Chefes de Estado estrangeiros, os soldados da FAB fi cam perto deles. É por pouco tempo, mas o sufi ciente para encher de orgulho os recrutas.

“Depois que a comiti va vai embo-ra, a gente se afasta um pouquinho do avião e faz a foto para aparecer”,

conta Diego Figueiredo. É uma chance também de matar as saudades de amigos e familiares: na Rio + 20 eles já chegaram a passar 24 horas de pronti dão para receber os aviões dos Chefes de Estado.

Sonho - A chegada do Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan foi inesquecível. “Ele parou no tapete, olhou para cada um, prestou conti -nência de volta”, conta Diego. Mas um sonho perseguido por todos é fazer Ala para a Presidenta Dilma Rous-sef. “Já honramos muitos Chefes de Estado estrangeiros. Tinha vontade mesmo era de fazer isso pela nossa Presidenta”, sonha Douglas Silva.

Com menos de 20 anos, nenhum deles ti nha nascido ainda na época da Eco 92. Eles entraram na Aeronáuti -ca há menos de quatro meses, pelo Alistamento Militar, sem ter ideia de que trabalhariam no evento nem a importância das discussões ambien-tais que acontecem no Rio de Janeiro. Mas sabem que é alguma coisa im-portante. “O Sargento falou lá com a gente. É sobre sustentabilidade”. Já Diego torce para mais eventos assim: “Quanto mais autoridades vierem, mais Ala nós vamos fazer!”.

ALA: a honraria para o desembarque de autoridades é feita pelos soldados

Na formatura de Douglas Santos, Diego, Douglas Silva e Diogo, em 28/6, eles foram declarados Soldados da Força Aérea Brasileira. É a patente mais simples nas Forças Armadas, mas o suficiente para orgulhar a mãe. “Ver aquela criança crescendo, desde pequeninho acompanhando,

sabendo que um dia virou o que vi-rou, ser um grande homem, honrar a Bandeira Nacional... a minha mãe fi ca realmente muito orgulhosa”, diz Douglas Santos, já vestido de uni-forme azul e com capacete, luva e cinto, pronto para receber mais um presidente.

Com máscaras negras sobre o rosto e mantendo o anonimato, os homens do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS), unidade especializada em operações especiais da Força Aérea Brasileira (FAB) parti ciparam da Rio + 20 sem serem vistos, mas de olho nas aeronaves que transportaram 66 comiti vas estrangeiras ao Rio de Janeiro.

“Não basta só ter coragem. É preciso também estudar muito, ter conhe-cimento doutrinário, estar ligado nas mais recentes estratégias uti lizadas ao redor do mundo”, explica um capitão formado em Infantaria pela Academia da Força Aérea e com cursos de Comandos e Operações Especiais, paraque-dismo, mergulho, salto livre, ti ro de precisão (sniper), dentre outros.

Dependendo da missão, cada membro do grupo precisa uti lizar várias técnicas, armamentos e equipamentos que variam de acordo com a situação táti ca, como óculos de visão noturna (NVG).

Para entrar no grupo é preciso passar por um rigoroso processo seleti vo, que inclui avaliação das capacidades fí sicas e psicológicas.

FORÇAS ESPECIAIS NA RIO+20

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Arte: CB Zigonow/ CECOMSAER

9Julho - 2012

RIO+20

Colégio apresenta projeto em Conferência da ONUA coleta de óleo de cozinha usado contribui para a mudança de hábitos na escola mantida pela Força Aérea

Projeto apresentado na Rio+20 indica modifi cações de hábitos

As alunas Natália Werneck, Ales-sandra Lemos, Laisa Bitt encourt,

Letí cia Feitosa, Jhéssica Naiara Mar-ti ns e Lawrraine Passos foram as res-ponsáveis por representar o Colégio Brigadeiro Newton Braga (CBNB), insti tuição de ensino manti da pelo Comando da Aeronáuti ca no Rio de Janeiro, durante a Feira de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia da Rio+20. O evento realizado no Arma-zém 4, no Pier Mauá, entre os dias 12 e 14 de junho, reuniu dois mil proje-tos sobre sustentabilidade.

Elas apresentaram o projeto “Co-leta do óleo usado: preservar o meio ambiente e adquirir melhores alter-nati vas para a saúde” desenvolvido desde março deste ano na insti tuição de ensino. “A fi nalidade é promover a sustentabilidade, a consciência com relação à saúde, além da preservação do meio ambiente”, disse a aluna

Letí cia Feitosa.O projeto, coordenado pelo pro-

fessor de Química do CBNB, Subofi cial Marcelo Delena Trancoso, mobili-zou toda a escola. Segundo ele, a quanti dade de óleo coletado indica modifi cações de hábitos. Em quatro meses, a escola contabilizou 152 litros de óleo coletado. “As pessoas estão colaborando, evitando reutilizar o óleo. Também não estão jogando na pia ou no solo, contribuindo ati -vamente para melhoria da saúde e conservação do meio ambiente”, avalia o professor.

Parte do óleo arrecadado e que não foi transformado em sabão, foi doado para uma cooperativa disk--óleo usado, que em troca forneceu materiais de limpeza, como panos de chão, vassouras e desinfetantes. Os sabonetes produzidos foram desti na-dos para o uso do colégio.

DEFESA AÉREA NA RIO+20 Garanti r a segurança de aeroportos e do espaço aéreo. Essa foi a missão da Força Aérea Brasileira na Conferência Rio + 20, que reuniu no Brasil representantes de mais de 90 países. Ao longo de duas semanas, em junho, foram implementadas áreas com restrição para voos. Aeronaves de combate vigiaram os céus do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que tropas especiais cuidaram da segurança nos aeroportos que receberam as delegações estrangeiras. Veja algumas das ações efetuadas:

1. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) emiti u informações-avisos sobre as regras de segurança do espaço aéreo no Rio de Janeiro, para o período de 8 e 23 de junho. Foram defi nidas áreas de sobrevoo proibido e outras com restrições.

2. Houve um planejamento para que a operação nos Aeroportos do Galeão e Santos Dumont não fosse prejudicada. O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) acompanhou todos os voos, e, ao lado de representantes da Infraero, ANAC e empresas aéreas, ajustou o volume de tráfego.

3. A parti r da Base Aérea de Santa Cruz, caças F-5M e A-29 Super Tucano fi caram de pronti dão para inteceptar eventuais voos que descumprissem as áreas de restrições de voo.

4. Na Base Aérea dos Afonsos, helicópteros da FAB, do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e de órgãos de segurança pública apoiaram o esquema de segurança. Os H-60 Blackhawk e AH-2 Sabre da FAB ti veram como missão específi ca a defesa do espaço aéreo contra alvos de baixa velocidade.

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10 Julho - 201210

BALANÇO DA RIO +20

SAÚDE

Quais os cuidados para evitar as doenças de inverno?Saiba o que fazer quando caem as temperaturas no Sul e a umidade no Planalto Central

O inverno, que iniciou em 21/6, é uma estação discrepante entre

as regiões brasileiras. No Planalto Central, o clima seco é responsável por fazer adultos e crianças mani-festarem doenças respiratórias. No Sul do Brasil, as temperaturas que caem abaixo de zero grau provocam o aparecimento de resfriados e viroses. Veja o que fazer para prevenir o corpo dos efeitos do inverno:

Planalto Central – O clima seco não ati nge só o Distrito Federal. Quem vive nos estados de Tocanti ns, Mato Grosso e Goiás também sofre as con-sequências da umidade relati va do ar baixa. A esti agem e a temperatura na casa dos 12°C provocam o apa-recimento de doenças respiratórias. “Infecções das vias aéreas superiores, resfriados comuns, gripe, rinite alérgi-ca e desidratação são comuns nessa época do ano”, explica o Tenente Mé-dico Gustavo Cunha, do Sexto Serviço

Regional de Saúde (SERSA-6).Alguns sintomas, como tosse, la-

crimejamento, irritação e congestão nasal, mal-estar, cansaço, são comuns e, se não forem tomados os cuidados necessários, pequenos resfriados e alergias podem se converter em doenças mais graves. Para prevenir, adote em suas roti nas diárias alguns hábitos, como ”tomar bastante água, comer muitas frutas, umedecer o ambiente e colocar colírio nos olhos”, explica o médico.

Quem também sente as fortes consequências do clima seco é a nossa pele. Mais ressecada, chega a apresentar rachaduras nas partes mais sensíveis, como os lábios e face. “Os cuidados devem ser diários. Usar bastante hidratante na pele e nos lá-bios, sabonete com hidratante e fi ltro solar sempre, pois mesmo no inverno, o sol de Brasília é muito forte”, explica a Capitão Médica Dermatologista Lú-

cia Lyra Santos, do Hospital de Força Aérea de Brasília (HFAB). A médica também indica que os banhos devem ser rápidos e com água morna para fria.

Sul - O inverno na região Sul é a estação mais rigorosa. As tempera-turas baixas, o aumento da umidade relati va do ar, o excesso de vento e a procura por locais fechados propiciam o aparecimento de problemas respi-ratórios, urinários e dermatológicos.

Segundo a Aspirante Médica Priscila Soares Martins, do Quinto Serviço Regional de Saúde (SERSA -5), de Canoas (RS), as patologias que acometem os habitantes das regiões frias do país podem ser evitadas ao serem adotadas algumas medidas de prevenção, como: manter a prá-ti ca de ati vidades fí sicas, mesmo nos meses com temperaturas mais baixas, hidratação abundante, evitar locais fechados com grande quanti dade de

pessoas, deixar janelas abertas para não haver proliferação de fungos (mofo). “A higiene pessoal deve ser rígida. Devemos lavar as mãos a cada espirro ou tossida, para não transmi-tar o vírus através de aperto de mão ou uso de algum material contamina-do”, explica a médica.

O esquema especial, montado para gerenciar o tráfego de ae-

ronaves para os aeroportos do Rio de Janeiro durante a Rio+20 obteve sucesso e fl uiu conforme o previsto. O índice de atrasos de voos no pe-ríodo da Conferência foi até menor que o registrado regularmente. Entre 16 e 23 de junho, período de maior movimento de aeronaves de delegações, 9,3% dos voos do Galeão e 8,4% dos voos do Santos Dumont ti veram atrasos superiores a 30 minutos. Os números da Infra-ero apontam que o índice médio de atraso nesses aeroportos é de 12,1% e 13,1%, respecti vamente.

De acordo com o chefe do Cen-tro de Gerenciamento da Navegação

Aérea (CGNA), Tenente-Coronel--Aviador Ary Bertolino, em nenhum momento esses aeroportos opera-ram acima de 80% da sua capacida-de, conforme recomenda a Organi-zação da Aviação Civil Internacional ,como norma de segurança. “Os aviões que parti ciparam do evento foram totalmente absorvidos no aeroporto do Galeão”, explica.

A coordenação do tráfego aéreo durante a Rio+20 também pôde ser considerada um treinamento do setor para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. “Foi criada uma Sala de Operações, nos mesmos moldes uti lizadas nas manobras militares, que se mostrou bastante adequada”, afi rmou.

Balanço: gerenciamento evita impacto no tráfego aéreoNúmeros3.042 pousos e decolagens do aeroporto do Galeão entre 18 e 24 de junho

118 pousos e decolagens de voos oficiais de comitivas estrangeiras

74 aviões de comitivas estrangeiras passaram pela Base Aérea do Galeão

63 Chefes de Estado desembarcaram e embarcaram na Base Aérea do Galeão

121 voos regulares com autoridades

40 movimentos aéreos em uma hora - pico de opera-ção no aeroporto do Galeão, às 21h de 20 de junho

3.200 militares da FAB somente na Base Aérea do Galeão

Lembre-se: caso venha a ser contami-nado por qualquer patologia, procure um médico. Evite a automedicação, pois isso acaba por prolongar os sintomas e difi cultar o diagnósti co e o consequente tratamento.

Saiba mais: pele ressecada: é causada pela diminuição da sudorese (suor) nos meses de frio, agravada com a exposição ao vento e banho com água muito quente. Mesmo pessoas com pele oleosa necessitam fazer uso de hidratantes, nesses casos, sem óleo (oil free). Hidratação abundante também evita o ressecamento de lábios, mãos e corpo.

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11Julho - 2012

ASAS ROTATIVAS

Helicópteros de ataque competem em Campo GrandeEsquadrão Poti vence torneio que reuniu 12 aeronaves e cerca de 200 militares de seis esquadrões

Os helicópteros da Força Aérea Brasileira H-60 Black Hawk, AH-2

Sabre, H-34 Super Puma, H-50 Esquilo e H-1H se concentraram na Base Aérea de Campo Grande (BACG) durante seis dias para o Segundo Torneio de Aviação de Asas Rotati vas (II TAAR). O evento organizado pela Segunda Força Aérea (FAE II) reuniu 12 aeronaves e cerca de 200 militares de seis esqua-drões de diversos estados brasileiros. O campeão geral foi o Esquadrão Poti (2º/8º GAV), que conquistou as com-peti ções terrestres e aéreas.

Na cerimônia de encerramento da competição, o Comandante da FAE II, Brigadeiro do Ar José Alberto de Mattos, ressaltou que todas as provas do torneio, diretamente ou indiretamente, ti veram por premissa o emprego em combate. Durante o torneio, a FAE II pode avaliar o grau de operacionalidade das unidades aéreas de Asas Rotati vas, bem como o empre-go coordenado entre os tripulantes.

Durante as competições, foram colocadas em prática táticas e téc-nicas de emprego dos helicópteros com a realização de provas aéreas e terrestres focadas em condições simuladas de combate. O contexto

Prova de fuga e evasão simula uma missão de Combate SAR onde o tempo é essencial

Corrida rústica inclui transposição de curso d’água e pista de obstáculos, entre outros

das provas aéreas permite observar a condição de emprego em missões de ataque, de resgate em ambientes hosti s (Combate SAR) e de infi ltração ou reti rada de tropas. Este ano foram disputadas as seguintes modalidades: navegação à baixa altura e ti ro aéreo, provas terrestres de ti ro de combate, corrida rústi ca, fuga e evasão (para militares das equipes de resgate que simulam a fuga de um território inimi-go) e provas de conhecimento teórico sobre as aeronaves empregadas pela Aviação de Asas Rotati vas.

Como funcionam as competi çõesCorrida rústica - A prova abriu

as competi ções do torneio. Os com-peti dores enfrentaram uma pista de obstáculos, com transposição de curso d’água, falsa baiana, fosso, ponte de cordas, rastejo, entre outros.

Prova de fuga e evasão - Simulou uma ati vidade anti aérea hosti l que, após incursão dos helicópteros em território inimigo, resultou num pouso forçado. Em decorrência disto, o co-mando acionou uma missão de Com-bate SAR para resgatar a tripulação da área de confl ito. Com 3,5 quilômetros de extensão, com terrenos variados, incluindo alagadiços, a pista foi mon-

tada numa fazenda localizada a 20 quilômetros da Base Aérea de Campo Grande. Para prover o apoio de infor-mações, alimentos e medicamentos, uma linha de apoio à fuga também foi montada. Cada equipe foi lançada no ponto inicial do circuito, com 45 minutos de intervalo. Para progredir no terreno, os militares ti veram que uti lizar habilidade e o auxílio de bús-sola e GPS. Em cada ponto de controle, eles receberam novas informações até ati ngirem a área de resgate, de onde foram reti rados pela missão CSAR, no menor tempo possível.

Percepção Visual de Objeti vos - A prova simulou o reconhecimento visu-al de helicópteros, aviões de combate, radares e peças de anti aérea, durante a realização de uma missão em am-biente hosti l. Cada unidade aérea par-ti cipou com duas equipes, somando 56 competi dores. A avaliação constou de 75 questões projetadas ininterrupta-mente no telão. O tempo de exposição das projeções foi de cinco segundos para cada imagem e de dez segundos para o preenchimento da resposta no caderno de questões.

Navegação aérea a baixa altura -

Todas as etapas de um voo operacional são importantes: a manutenção dos helicópteros, a correta instalação do armamento, informações meteoroló-gicas precisas, a localização das tropas hostis que representam ameaça à nossa integridade. Todos esses itens fazeram parte das duas provas de na-vegação a baixa altura. A competi ção culminou no emprego de armamento de cano em alvos táti cos ou padrões, dependendo da fase.

Esquadrões parti cipantes:Falcão (1º/8º GAV), sediado na

Base Aérea Belém (PA); Poti (2º/8º GAV), sediado na Base

Aérea de Porto Velho (RO); Puma (3º/8º GAV), sediado na

Base Aérea do Afonsos (RJ);Pantera (5º/8º GAV), sediado na

Base Aérea de Santa Maria (RS) Harpia (7º/8º GAV), sediado na

Base Aérea de Manaus (AM); Gavião (1º/11º GAV), unidade

Aérea onde são formados os pilotos de Asas Rotati vas da FAB, com sede na Base Aérea de Natal (RN), subor-dinado à Primeira Força Aérea (I FAE).

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12 Julho - 2012

QUALIFICAÇÃO

Soldados participam de treinamento profissionalProfissionalização é foco do projeto desenvolvido pela Base Aérea de Brasília em parceria com o Sistema ‘S’

O curso profi ssionalizante de auxi-liar administrati vo trouxe nova

perspecti va para o soldado Felipe Sousa, 21 anos. Ele trabalha na Base Aérea de Brasília (BABR) e está pre-ocupado com seu futuro. “As aulas são dinâmicas, os professores criam situações que remetem o aluno ao mercado de trabalho, procurando identi fi car problemas e buscar solu-ções”, avalia o militar que iniciou o curso no início de junho e pretende conti nuar estudando, pois o mercado de trabalho é muito competi ti vo.

Felipe integra a turma dos pri-meiros 70 soldados que integram o projeto “A Base da Base” e, em três meses, serão formados no curso de Auxiliar Administrati vo, ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendiza-gem Comercial (SENAC). O projeto social tem o objeti vo de propor a

integração, descobrir novos talen-tos e aperfeiçoar o cidadão durante o serviço militar obrigatório, além

Soldado Felipe já está utilizando os conhecimentos do curso na sua seção de trabalho

SOCIAL

“No nosso armário só ti nha um pa-cote de arroz. Esses alimentos

vão garanti r a nossa alimentação por vários dias”. A afi rmação é de Maria Santana da Silva, responsável pelo Cen-tro Cultural Maria Catarina, ao receber 300 quilos de donati vos. A comida para alimentar as 160 pessoas, entre crian-ças e pessoas idosas assisti das pelo insti tuto já estava no fi m.

A insti tuição é uma das 42 enti -dades fi lantrópicas de Campo Grande (MS) benefi ciadas, como a APAE, Lar das Crianças com AIDS (Afrangel), ABRAPEC, que trata de pessoas com câncer, entre outras. A entrega das cerca de 10 toneladas de alimentos foi realizada em 22/6.

Os alimentos foram doados pelas 40 mil pessoas que visitaram a Base Aérea de Campo Grande (BACG) nos

Portões Abertos. A coleta e distribuição de donati vos recolhidos pelos militares durante o evento é feita há 11 anos. Ao longo desse tempo, mais de 100 tone-ladas de alimentos foram arrecadadas e distribuídas

Marcos Ricci, que trabalha com ex--detentos numa casa de apoio, também recebeu os donati vos. “Com essa ação promovida pala Base Aérea, consegui-mos dar um pouco mais de dignidade aos que saem da cadeia e não tem para onde ir. Proporcionar uma boa alimen-tação já é um passo importante e esses alimentos doados hoje, certamente serão muito bem recebidos”, explica.

Base Aérea de Campo Grande distribui dez toneladas de alimentosForam beneficiadas 42 instituições assistenciais que cuidam de pessoas com câncer e crianças com AIDS

Dez toneladas de alimentos arrecadados durante o evento

Portões-Abertos benefi ciam 42 entidades fi lantrópicas de

Campo Grande (MS).

de prepará-lo para o mercado de trabalho.

De acordo com o Comandante

da Base Aérea de Brasília, Geraldo Corrêa de Lyra Junior, a intenção é ex-pandir a formação para outras áreas, como hotelaria, logísti ca, motoristas, gastronomia e padaria. “A Base da Base atuará como uma relevante complementação da formação mili-tar, preparando os jovens para a vida profi ssional. A parti r dessas ações, forneceremos subsídios para que os militares aproveitem da melhor for-ma o seu tempo de serviço na FAB”.

Além do curso, o programa prevê para 2012 a seleção de soldados para realização de outros cursos técnicos e de qualifi cação profi ssional, parce-rias com o Sistema “S” (SENAC, SENAI e SEST SENAT), realização de cursos específi cos em diversas áreas, pales-tras de conscienti zação profi ssional e a interação com o Núcleo de Serviço Social – NUSESO.

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A Operação Anhanguera I realiza-da na Academia da Força Aérea

(AFA) em Pirassunungua (SP) de 27 a 29/6 é o exercício de campanha da primeira turma de soldados de 2012 do Quarto Comando Aéreo Regional (IV COMAR), do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP), da Base Aérea de São Paulo (BASP) e do Núcleo da Base Aérea de Santos.

Os 390 recrutas iniciaram o exercício com uma marcha de 10 quilômetros até a área do acampa-mento. No local, receberam instru-

ções sobre ofidismo, camuflagem, abrigos, bivaque (abrigo improvi-sado), orientação diurna/noturna e nós e amarrações, entre outras. A atividade teve como objetivo treinar os soldados da FAB para exercerem a função de combatente básico em campanha, de treinar os oficiais de Infantaria no planejamento e no co-mando de tropa e os graduados da especialidade serviço de guarda e segurança a atuarem em campanha, além de testar os meios de apoio logístico a uma tropa deslocada.

O exercício contou ainda com a participação de cadetes do 4º ano do curso de formação de Oficiais de Infantaria desempenhando as funções de Comandante de Pelotão e ministrando as instruções de nós e amarrações.

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13Julho - 2012

O Pelotão de Infantaria da Aeronáu-ti ca (PINFA 17), composto por mili-

tares das Guarnições de Aeronáuti ca de Natal, Recife, Fortaleza e Salvador, deve embarcar no fi nal de novembro para in-tegrar a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH). O grupo, composto por 27 militares, vai substituir o Pelotão de Aeronáutica Especial de Brasília (BINFAE-BR), no Haiti desde março deste ano.

A preparação é realizada pelo Batalhão de Infantaria da Base Aérea de Natal (BINFA-22). Os treinamentos também ocorrem no 16º Batalhão de Infantaria Motorizada (16º BIMTz), unidade do Exército Brasileiro, localiza-da em Natal. A primeira etapa desses preparati vos iniciou no dia 11 de junho com um período de adaptação e pros-segue até o dia 24 de agosto. Depois, os militares passarão por etapas de instru-ção comum e especializadas, previstas

para o período de 27 de agosto a 9 de novembro.

“Os militares estão muito moti va-dos por essa oportunidade ímpar. As expectati vas, tanto profi ssionais quan-to pessoais, são muito grandes”, explica o Major de Infantaria Fábio Silveira de Lima, comandante do BINFA- 22.

Além das instruções fí sica, militar e psicológica, a BANT é responsável por aplicar as vacinas para o pelotão, como hepati tes A e B, dift eria, tétano, febre ti fóide, sarampo, rubéola e caxumba.

Entre as missões do PINFA 17 na ruas de Porto Príncipe, capital haiti ana, estão a escolta de comboio, controle de distúrbios, além de patrulhas a pé e motorizada.

O PINFA 17 é o quarto conti ngente de Infantaria da Aeronáuti ca a parti ci-par dessa missão de paz. O primeiro foi composto por militares do BINFAE-RF e de unidades de Infantaria das Bases

MISSÃO DE PAZ

Base Aérea de Natal treina 4º contingente da FABO grupo composto por 27 militares já iniciou a preparação. Eles devem embarcar no final de novembro deste ano

Aéreas de Fortaleza e Natal e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, enviado ao Haiti em fevereiro de 2011. O segundo Pelotão da Aeronáuti ca a

integrar a MINUSTAH foi formado por militares do Batalhão de Infantaria de Aeronáuti ca Especial de Manaus (BINFAE-MN).

Academia da Força Aérea sedia Operação Anhanguera I

Ao lado, os recrutas aprendem técnica de camufl agem utilizando a pintura no rosto.Acima, militar durante treinamento de exercício de campanha.

TREINAMENTO

Militares realizam preparação antes do embarque para a missão de paz no Haiti

O exercício de campanha da primeira turma de soldados da região do IV COMAR reuniu 390 recrutas

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14 Julho - 2012

A armadilha do subdesempenho satisfatório

O irrefreável avanço tecnológico que temos presenciado nos leva a acre-

ditar, cada vez mais, que todo invento será rapidamente superado, por algo melhor, ou mais adequado.

A indústria que não lança novos produtos, a loja que não reinventa sua vitrine, a escola que não recicla profes-sores, ou o arti sta que não muda o visual, certamente viverão por pouco tempo o sucesso alcançado, não importa sua magnitude.

Essa constatação, que não é no-vidade, se aplica a qualquer tipo de organização. No mundo atual, onde ser competi ti vo é um dos principais atributos para o sucesso, o binômio criati vidade e ousadia na defi nição dos novos produtos ou serviços, bem como a agilidade em materializar uma boa ideia, tem sido a estratégia para obter resultados mais rápidos.

Assim, vivenciamos não apenas um torvelinho de novos lançamentos no mercado, mas também os “sucessos efêmeros”, notados em todas as áreas empresariais.

Controlar o ciclo de um produto no mercado é relati vamente fácil. Basta usar indicadores numéricos que avaliem clara e conti nuamente seu desempenho, tais como dados sobre lucro, tendência das vendas, custos e etc.

No entanto, nem todas as organi-zações podem uti lizar tais indicadores, principalmente as prestadoras de serviço, sem fi ns lucrati vos, como é o caso das insti tuições governamentais.

Em consequência, é muito comum verifi carmos organizações que desempe-nham sua missão até de forma sati sfató-ria, mas que fi cam muito aquém da me-lhor performance, quando comparamos, por exemplo, o Centro de Custo (tudo que se gasta para realizar o trabalho) com o serviço fornecido. Ou seja, os custos são demasiados em relação à qualidade ou quanti dade de serviço prestado.

A isso podemos chamar de subde-sempenho sati sfatório.

São diversas as razões que podem levar as insti tuições a caírem nessa arma-dilha - que pode nela se instalar, mesmo de forma involuntária.

Entre as principais causas, podemos citar:

a) Defi ciências na administração - principalmente pela ausência de Plano de Metas factí vel, objeti vo e claro, junta-mente com a falta de estrutura adequada para fi scalizar e controlar os cronogramas esti pulados. A consequência é o descon-trole e o desvio dos objeti vos principais.

b) A prolongada escassez de recursos conduz à perda da cultura em investi r e implantar novas idéias na organização. Desse modo, os funcionários acabam se acostumando com determinado ti po, ou nível de desempenho, que pode até ser sati sfatório, mas insustentável pelo o que custa ou pelo esforço que se realiza.

c) A falta de competência, de recicla-gem ou de moti vação do pessoal facilita os integrantes a adotarem uma postura de letargia em buscar novos rumos para solucionar os problemas, quando não, a assumirem a indesejada ati tude de rea-gir a qualquer tentati va de mudança no status quo da organização. O resultado é a estagnação.

d) Defi ciente engajamento políti co, ou seja, a políti ca de qualidade, de ino-vação e de melhorias não permeia todas as camadas da estrutura da organização, provocando, entre elas, desarmonia nos níveis de desempenhos, originando con-fl itos internos insolúveis e a perda do foco no cumprimento da missão. Um sintoma dessa ocorrência é o desconhecimento, entre os integrantes, acerca dos reais objeti vos e da estratégia adotada pela Instituição para cumprir a missão, ou pior: as pessoas não identi fi cam, sequer, a importância do seu trabalho na conse-cução dos objeti vos da organização.

e) A falta de comprometi mento com a missão gera, além da inércia na execu-ção das tarefas e confusão nas ordens emanadas, a delegação indevida de responsabilidades dos níveis superiores para os inferiores da cadeia administrati -va, ou o mais grave: os níveis superiores assumem tarefas de níveis inferiores, por inépcia destes. O resultado é o acú-mulo de trabalho em níveis hierárquicos errados, complicando o ciclo natural do Planejamento, Execução, Controle e Avaliação de resultados (PDCA), o que

pode comprometer, definitivamente, uma organização.

f) A acomodação - significando a antí tese da coragem de pensar, ousar e de trabalhar na constante melhoria das coisas ao seu redor. Um fato tí pico é o excesso de terceirização, que acaba por aumentar os custos e facilitar a corrup-ção, devido ao afastamento progressivo dos gerentes e fi scais das suas ati vidades específi cas. O auge do excesso se verifi ca quando enti dades - que deveriam ser as responsáveis e capazes de defi nir requisi-tos para melhorar seu desempenho, aca-bam por contratar outras empresas para defi nir o que elas “deveriam QUERER”.

Identi fi car se um setor, ou a organi-zação como um todo está sofrendo um processo de subdesempenho sati sfatório é muito simples.

Por meio de respostas, “sim e não”, a poucas perguntas, é possível obter um rápido diagnósti co. São elas:

a) A formação do pessoal atende às expectati vas da sua organização para o que já se vislumbra no futuro?

b) Os integrantes da organização pos-suem ati tude de “eternos inconformados com seus procedimentos e performan-ces”? Cada um está produzindo o máximo no trabalho?

c) Todos realizam as tarefas previstas para seu nível de responsabilidade? Há delegação ou assunção de tarefas inde-vidamente?

d) Os recursos disponíveis estão sendo canalizados para o cumprimento da missão?

e) Há adequada comunicação e co-ordenação entre os níveis de hierarquia e da estrutura organizacional para a consecução das tarefas?

f) Existe um Plano de Metas ou de Gestão que oriente o cumprimento das tarefas? Nele é possível identi fi car pro-gramas moti vacionais?

g) Todos os integrantes conhecem os objeti vos da organização? Eles iden-ti fi cam a importância do trabalho que realizam para a consecução da missão?

h) Há ouvidos para as sugestões?i) A liderança exercida pelas chefi as

é do ti po proati va? As inovações partem das camadas superiores da administração

(top-down)?j) A percepção que os componentes

possuem acerca do cumprimento da missão se coaduna com a das chefi as imediatas ou dos níveis superiores da administração?

E a pergunta orientadora a adicionar ao fi nal de cada resposta negati va é: por-que é assim e porque está assim?

Esse rápido teste pode ser feito por meio de formulários ou de pesquisa de opinião, para serem respondidas por pessoas isentas. Analise as respostas. Se alguma resposta dessas for negati va, é bom agir rápido.

Se a função em que esti ver exercen-do é em nível de alto gerenciamento, insti tua pequenos grupos de análise e proposta de solução para os problemas encontrados. Uti lize pessoas de diversas áreas e não somente os especialistas. Você irá se surpreender com as boas ideias latentes nas cabeças das pessoas que podem estar ao seu lado. Basta insti gá-las com um bom desafi o.

Implemente um programa de quali-dade. Eles estão disponíveis no SEBRAE, no Governo Federal e existe vasta orien-tação na Internet.

Dessa forma, muitos dos problemas advindos de alguns “des” (descompro-misso, desqualifi cação, desinformação, descaso, desmoti vação e outros) sumirão da sua sala.

Por outro lado, alguém pode estar pensando: “Ah - mas essa responsabili-dade é da Chefi a! Eu nem tenho subor-dinado!”

Que óti mo!Faça então essas perguntas a você

mesmo, como se fora o sujeito da frase e note que excelente ferramenta ganhou para melhorar sua atuação como profi s-sional e como pessoa, em benefi cio de si próprio.

Faça isso amigo, e muitos colegas e também sua querida família, certamente, agradecerão.

Boa Sorte!

Tenente Brigadeiro do Ar Antonio Franciscangelis Neto - Secretário de Economia e Finanças da Aeronáuti ca

ARTIGO:

Page 15: Notaer - Edição de julho de 2012

15Julho - 2012

Esclarecimento sobre identidade militar expedida pelo COMAER

O Decreto nº 29.079, de 30 de dezembro de 1950, durante 56

anos assegurou fé pública aos car-tões de identi dade expedidos pelos Ministérios e órgãos subordinados à Presidência da República. Todavia, em 2006, esse instrumento foi revogado pelo Decreto nº 5.703, de 15 de fe-vereiro, gerando uma lacuna na base jurídica para a emissão e validade das cédulas de identi dade, produzidas no âmbito do Comando da Aeronáuti ca (COMAER) para os militares da reser-va remunerada, reformados, pensio-nistas e seus dependentes.

Em virtude das peculiaridades que envolvem a carreira militar, dentre elas as prerrogati vas e res-ponsabilidades inerentes às funções desempenhadas, além de missões ofi -ciais, obrigações e outras situações, nas quais o alcance da identi fi cação militar seja requerida ou necessária, o Comando da Aeronáuti ca e o Mi-nistério da Defesa (MD) não podem prescindir do amparo de lei para a expedição de seus documentos de identi dade.

Dessa forma, com o objetivo de regulamentar a situação acima exposta, o MD formulou a proposta de Projeto de Lei nº 188, de 2010, acrescentando a possibilidade de

emissão de carteira de identi dade por parte do próprio Ministério, através das respecti vas Forças Singulares. A proposta foi vetada em sua totalidade pela Presidenta da República, tendo em vista que o Poder Executi vo está atuando no senti do de implementar o número único de Registro de Iden-ti dade Civil (RIC).

No propósito de solucionar o im-passe, o MD manteve entendimentos com a Casa Civil da Presidência da República e com o Ministério da Jus-ti ça, buscando alternati vas possíveis para o caso. Inicialmente, cogitou-se estabelecer um Decreto para prover sustentação jurídica para a emissão de carteiras de identi dade militar pelo MD. Todavia, após uma análise mais profunda dos envolvidos, decidiu--se que seria apresentado um novo Projeto de Lei.

Diante do acima descrito, vale ressaltar que as cédulas de Identi da-de Militar, emiti das pelo Comando da Aeronáuti ca, AOS MILITARES DA ATIVA, possuem fé pública estabele-cida pelo Decreto nº 5.703, de 2006, conforme transcrição abaixo:

“Art. 1º Terão fé pública em todo território nacional, para os seus efei-tos específi cos, os cartões de iden-ti dade funcional expedidos para os

agentes públicos militares e civis em exercício nos Ministérios e em órgãos da Presidência e Vice-Presidência da República”.

Para que a validade seja inequívo-ca, foi solicitado à Diretoria de Admi-nistração do Pessoal (DIRAP) – Órgão responsável pela regulamentação de identi dade no âmbito do COMA-ER - que a referência ao “Decreto 5.703/2006” seja impressa na cédula de identi dade dos militares da ati va.

Nesse contexto, o Ministério da Defesa, em coordenação com as três

Forças, a Casa Civil da Presidência da República e o Ministério da Jus-ti ça, está conduzindo o processo de encaminhamento de Projeto de Lei ao Congresso Nacional, com vistas à aprovação da regulamentação que solucione o assunto defi niti vamente, abrangendo a situação dos militares da reserva remunerada, reformados, pensionistas e dependentes.

Estado-Maior da Aeronáuti ca

IMPORTANTE:

A nova identidade traz impresso o número do decreto que dá fé pública ao documento

Page 16: Notaer - Edição de julho de 2012

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