notaer - novembro de 2014

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FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER www.fab.mil.br Ano XXXVII Nº 11 Novembro, 2014 ISSN 1518-8558 Brasil apresenta o KC-390 ao mundo Págs. 8 e 9 Missão Haiti Gripen NG Dia do Aviador Operação Amazônia Vinte e nove militares de uni- dades do Sul do país vão in- tegrar o 21º Contingente Bra- sileiro na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH). O embarque do Pelotão está previsto para o mês de novembro. Pág. 11 FAB assina com a empresa SAAB o contrato para aquisi- ção de 36 caças Gripen NG. As entregas começam em 2019. A indústria nacional vai partici- par no desenvolvimento e na fabricação das aeronaves no Brasil e na Suécia. Pág. 9 Várias atrações marcaram o Dia do Aviador e da For- ça Aérea Brasileira no Mês da Asa, comemorado em ou- tubro. Confira os eventos que foram destaque, como a entrega da Ordem do Méri- to Aeronáutico. Págs. 6 e 7 Mais de 4 mil militares da Ma- rinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira participaram da Operação Amazônia 2014, promovida pelo Ministério da Defesa. O exercício conjunto foi realizado no Amazonas e em Roraima. Pág. 4

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Brasil apresenta o KC-390 ao mundo

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www.fab.mil.br Ano XXXVII Nº 11 Novembro, 2014 ISSN 1518-8558

Brasil apresenta o KC-390 ao mundo Págs. 8 e 9

Missão HaitiGripen NGDia do AviadorOperação Amazônia

Vinte e nove militares de uni-dades do Sul do país vão in-tegrar o 21º Contingente Bra-sileiro na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH). O embarque do Pelotão está previsto para o mês de novembro. Pág. 11

FAB assina com a empresa SAAB o contrato para aquisi-ção de 36 caças Gripen NG. As entregas começam em 2019. A indústria nacional vai partici-par no desenvolvimento e na fabricação das aeronaves no Brasil e na Suécia. Pág. 9

Várias atrações marcaram o Dia do Aviador e da For-ça Aérea Brasileira no Mês da Asa, comemorado em ou-tubro. Confira os eventos que foram destaque, como a entrega da Ordem do Méri-to Aeronáutico. Págs. 6 e 7

Mais de 4 mil militares da Ma-rinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira participaram da Operação Amazônia 2014, promovida pelo Ministério da Defesa. O exercício conjunto foi realizado no Amazonas e em Roraima. Pág. 4

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Dispositivos suspeitos: Evil Twin Access Point

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PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

CARTA AO LEITOR

Impressão e Acabamento:

Log & Print Gráfi ca e Logísti ca S.A

ExpedienteO jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) direcionado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic

Chefe da Divisão de Comunicação Inte-grada: Coronel Aviador Max Luiz da Silva Barreto

Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Coronel Aviador André Luís Ferreira Grandis

Chefe da Seção de Divulgação: Major Aviador Bruno Pedra

Chefe da Seção de Produção: Major Aviador Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis

Chefe da Agência Força Aérea: Tenente Jornalista Humberto Leite

Editor: Tenente Jornalista João Elias (Re-gistro Profi ssional nº 8933 / RS)

Repórteres: Ten JOR Humberto Leite, Ten JOR Emille Cândido, Ten JOR Flávio Nishimori e Ten JOR Jussara Peccini.

Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná.

Diagramação e Arte: Ten FOT José Mau-ricio Brum de Mello, Sargento Emerson Guilherme Rocha Linares, Sargento Santiago Moraes Moreira, Sargento Marcella Cristi na Mendonça dos Santos e Cabo Pedro Henrique Sousa Bezerra.

Tiragem: 30.000 exemplares

Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte.

Comentários e sugestões de pauta so-bre aviação militar devem ser enviados para: [email protected] dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

A edição do NOTAER deste mês tem como matéria princi-pal a apresentação da aero-nave KC-390, a maior e mais moderna fabricada no Brasil.

O avião vai trazer novas perspectivas e mudanças signifi cati vas para a Aviação de Transporte da FAB, assim como para os esquadrões que irão operá-lo.

Uma outra boa notí cia é a assinatura do contrato de aqui-sição dos 36 caças Gripen NG.

Preparamos também uma retrospecti va dos prin-cipais eventos que marcaram o Mês da Asa em diversas lo-calidades do país.

Nossa cobertura também

se estende para fora do terri-tório nacional. Fizemos uma reportagem especial sobre a participação de 73 militares e cinco aeronaves da FAB no Exercício Salitre, em Antofa-gasta, no Chile. Ainda com re-lação às missões no exterior, ressaltamos, neste exemplar, o engajamento do 8º Pelotão de Infantaria da FAB para compor o 21º conti ngente da Missão de Paz no Haiti . A Força Aérea envia militares para esse ti po de operação desde 2011.

Finalmente, destacamos o trabalho incansável dos es-quadrões que transportaram as urnas eleitorais, tanto no primeiro quanto no segundo

turno. As missões foram re-alizadas em locais de difí cil acesso nas regiões de fron-teira com o Peru e Bolívia, onde só é possível chegar

por meio de helicópteros. A todos uma boa leitura!

Brig Ar Pedro Luís FarcicChefe do CECOMSAER

Novas perspectivas

Um ponto de acesso de rede sem fi o instalado com o objeti vo de explorar usuários é conhecido como Evil Twin Access Point (ETAP). Este apa-relho possui um conjunto de soft wares que realizam o ma-peamento de todos os apare-lhos que procuram por redes sem fi o em uma região. Com esta informação, os ETAPs são capazes de criar redes wifi com o nome (SSID) de rede que os aparelhos dos usuários estão procurando. Assim, um usu-ário que tenha permiti do que o aparelho celular estivesse procurando por redes sem fi o abertas, ou uma que já co-nhecia, poderá conectar a um ETAP, passando sua conexão por este dispositi vo malicioso.

Isto é possível porque um aparelho que usa a tecnologia wifi (rede sem fi o) é feito para transmiti r pacotes que contém

informações sobre as conexões anteriormente realizadas. Se um usuário conectou seu aparelho celular, ou laptop, alguma vez em uma rede com o nome “aeronauti ca”, o apa-relho do usuário transmiti rá a mensagem: “O ponto de aces-so ‘aeronautica’ se encontra por aqui?”. Os ETAPs recebem essa mensagem e respondem: “Sim. O ponto de acesso ‘ae-ronauti ca’ sou eu”. Quando o usuário conectar seu dispositi -vo móvel no ETAP, o atacante terá a capacidade de monito-rar o tráfego do seu alvo e, até mesmo, modifi car o seu con-teúdo. Para que isto ocorra, o atacante precisa enviar um si-nal mais forte que o ponto de acesso (roteador) original.

Os ETAPs têm a aparência externa semelhante a um rote-ador. No geral, são pequenos, possuem antenas e pontos de

conexão USB e de rede (RJ45). Alguns modelos fazem uso de uma bateria externa. Muitos desses dispositi vos permitem a conexão com redes cabeadas e redes celulares (3G ou 4G), pos-sibilitando o controle remoto do dispositi vo.

O atacante instala esse ti po de aparelho nas proximi-dades do seu alvo de forma que o sinal seja mais forte que o ponto de acesso legítimo. Nesta hora vale a criati vidade do atacante. O ETAP pode ser colocado dentro de uma cai-xa, uma mochila, uma gaveta, uma lixeira, ou até mesmo, no estacionamento dentro de um automóvel. Com o uso de ante-nas direcionais o ataque pode ser feito inclusive a distância.

Há algumas maneiras de se proteger:

- as equipes de segurança podem realizar varreduras;

- os usuários podem usar conexões criptografadas, como por exemplo VPNs (Vir-tual Private Networks).

Hoje em dia existem apa-relhos que são capazes de imitar redes sem fio que os aparelhos dos usuários já “co-nheciam”, passando-se por eles, e roubando ou modifi can-do informações. Se você perce-ber a existência de algum pon-to de acesso irregular, informe ao ofi cial de inteligência de sua organização imediatamente. (Centro de Inteligência da Aeronáutica)

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PALAVRAS DO COMANDANTE

Um novo capítulo na história da FAB

Temos muito para nos or-gulhar. O mês de outubro

de 2014, mês do aviador, en-trou para a história da Força Aérea Brasileira. Dois marcos históricos foram alcançados: a apresentação ofi cial do KC-390 e a assinatura do contra-to do Gripen NG.

A partir de 2016, nossa Aviação de Transporte terá em seus pátios operacio-nais uma das aeronaves de transporte mais modernas do mundo. O KC-390 vai am-pliar a capacidade do Brasil em todas as missões hoje re-alizadas pelos C-130 Hércules. O número de aeronaves, 28, também consti tui uma frota à altura das dimensões e dos desafi os do Brasil.

Três anos depois, em 2019, aterrissarão por aqui os primeiros caças Gripen NG. Será a primeira vez na histó-ria da Força Aérea Brasileira que iremos operar uma aero-nave supersônica verdadeira-mente inédita no planeta.

Brasileiros irão parti cipar do término do desenvolvi-mento do Gripen NG e vão construir unidades na Suécia e no Brasil. Com a transferência de tecnologia e a efeti va atua-ção como parceiro do projeto, o País poderá, inclusive, lucrar futuramente com exportações de caças ou de componentes únicos. O Gripen NG brasi-leiro, por exemplo, terá um display de tela única, criado e produzido aqui.

Além dos ganhos econô-micos, essa visão conjugada entre aumento da capacida-de operacional e participa-ção da indústria brasileira representa, tanto no projeto do Gripen NG quanto do KC-390, a independência neces-sária e o completo domínio de aeronaves fundamentais para a defesa do País.

Já não somos mais ape-nas clientes ou espectadores do mercado internacional de aeronaves. Nesse mês do aviador, seguindo os passos de Alberto Santos Dumont, o Brasil deixou claro o seu pa-pel de protagonista.

Parabéns, Brasil!Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito

Comandante da Aeronáutica

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Na aldeia Califórnia, às margens do rio Envira, dois policiais federais integraram a equipe de segurança

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ELEIÇÕES 2014

OPERACIONAL

Helicópteros levam urnasa comunidades na fronteira com Peru e Bolívia

Forças Armadas participam da terceira edição da Operação Amazônia

Os Estados do Acre e A m a p á re c e b e ra m

apoio da Força Aérea Brasi-leira para a distribuição de urnas no primeiro e no se-gundo turno das eleições.

Os locais são de difícil acesso, como seringais, aldeias indígenas e comunidades ri-beirinhas. Dois helicópteros H-60 Black Hawk e um H-36 Caracal foram empregados.

Duas das localidades mais distantes atendidas foram as comunidades de Foz do Breu e Aldeia Cruzeirinho, no Acre, na fronteira do Brasil com o Peru. São as mais afastadas no ocidente brasileiro. Para se ter uma ideia, a cidade mais próxima, Marechal Taumatur-go, fi ca a dez horas de barco

Mais de 4 mil militares da Marinha, do Exér-

cito e da Força Aérea Brasi-leira (FAB) participaram da Operação Amazônia 2014, treinamento conjunto en-tre as três Forças Armadas, realizado em outubro no Norte do país.

Promovido pelo Minis-tério da Defesa, o exercício tem como uma das princi-pais característi cas o aper-feiçoamento da logísti ca e dos métodos operacionais aplicados de forma conjun-ta entre as forças. “Não há como negar a importância dessa região para o Brasil e para o Mundo. A dimensão

dessas localidades. “Não há como medir a distância por terra. Não há estradas. São comunidades longínquas. É raro os moradores saírem até os centros urbanos”, explica o Diretor-Geral do Tribunal Re-gional Eleitoral do Acre, Carlos Vinícius Ferreira Ribeiro.

No total, o Acre possui 101 localidades de difí cil aces-so. Urnas e mesários foram transportados para 42 seções eleitorais situadas em aldeias, seringais e comunidades rurais.

Os rios são a principal via de transporte na região. Nesta época, a maior parte deles está abaixo do nível normal ou seco, tornando a navegabilidade ruim, arris-cada ou impraticável.

da Amazônia e sua distância para os grandes centros exi-gem que estejamos prepa-rados constantemente para sua defesa efeti va. É nossa obrigação garanti rmos a mo-bilização das três Forças”, ressaltou o Ministro da De-fesa, Celso Amorim.

O Coronel João Bosco, re-presentante da FAB na Dire-ção do Exercício, destaca que o trabalho integrado entre os militares é fundamental para o sucesso das operações e para a soberania brasileira. “Nosso objeti vo é fortalecer a defesa do território nacional e a cada exercício melhoramos o adestramento conjunto en-

“Os moradores teriam que ir até as cidades e mui-tos não têm essa possibilida-de”, explica o diretor.

“A aldeia Cruzeirinho só tem acesso por um rio, que na Amazônia chamamos de

igarapé, e estamos na épo-ca de seca. O local fica no meio da mata bem fecha-da. Só vejo o acesso por helicóptero. Para conseguir pousar, tivemos que fazer três passagens. O acesso

era bem pequeno, um cam-po de futebol rodeado de casas cobertas com palha. O sopro do rotor poderia dani-ficá-las”, detalha o Tenente Maurício Rodrigues Maciel, piloto do helicóptero.

tre Força Aérea, Marinha e Exército. Isso multi plica nossa efi ciência, especialmente no que diz respeito ao Estado--Maior Conjunto das Forças

Armadas”, ressaltou.Nessa edição, a Operação

Amazônia aconteceu nas ci-dades de Manaus, Boa Vista e Normandia – localizada a cer-

ca de 180 km da capital de Roraima.

Para o exercício, a Força Aérea Brasileira destacou he-licópteros H-60 Black Hawk, o Segundo Grupo de Defe-sa Anti aérea, além de caças A-29 Super Tucano e do car-gueiro C-130 Hércules.

Entre as ações simuladas, houve controle de tráfego fluvial e proteção de estru-turas críti cas, como estações de energia e barreiras; ope-rações terrestres ofensivas e defensivas; lançamentos de paraquedistas; defesa anti a-érea; missões de interdição e de combate e coordenação do espaço aéreo.

Exercício reuniu mais de 4 mil militares das três Forças Armadas

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AÇÕES

Se durante a CRUZEX a For-ça Aérea Brasileira recebe

outros países para treinar, en-tre os dias 6 e 17 de outubro, foi a vez da FAB ir até o Chile para parti cipar, pela terceira vez, do Exercício Salitre, reali-zado em Antofagasta, no De-serto do Atacama. Sob a desig-nação de Força Aérea 204, a FAB contou com 73 militares, quatro caças F-5 do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1° GAVCA) e um KC-130 do 1°/1° GT (Esquadrão Gordo).

Ao lado de aeronaves F-16 e F-5 do Chile, A-4 da Ar-genti na, F-16 dos EUA e A-37 do Uruguai, pilotos de caça brasileiros treinaram mis-sões de defesa aérea em um contexto de coalizão inter-nacional. Antes e depois das missões, realizadas de acordo com o conceito de “pacote”, os tripulantes se reuniam para briefi ngs e debriefi ngs.

“A cada exercício são in-corporadas modifi cações que fazem com que alguns proce-dimentos sejam ajustados. E, certamente, no retorno para o Brasil, nós estaremos numa

situação melhor “, explica o Brigadeiro do Ar Mário Luís da Silva Jordão, Comandante da Terceira Força Aérea (III FAE) e, durante a Salitre, Comandante da Força Aérea 204.

Além de tripulações do Primeiro Grupo de Aviação de Caça, o efeti vo brasileiro incorporou militares dos Es-quadrões Pampa e Pacau. Ao lado dos militares da Terceira Força Aérea, eles irão ajudar a disseminar pelas unidades aé-reas de caça os conhecimen-tos adquiridos na Salitre 2014.

Na visita ao exercício, o Co-mandante-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), Tenente--Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, ressaltou a relevância desse ti po de treinamento.

“Essa operação, como outras que nós já parti cipa-mos do mesmo nível, traz um conhecimento inesti má-vel para a Força Aérea. As grandes modificações dos últimos anos foram decor-rentes desse ti po de exercí-cio. Podemos ver a diferença que ocorre na qualificação dos nossos pilotos”, afi rmou.

AÇÕESINTERNACIONAL

FAB exercita combate aéreo no Chile

Aeronaves registraram 95% de disponibilidadeOs quatro caças F-5EM

se destacaram pela dispo-nibilidade: das mais de 30 saídas planejadas, duas foram canceladas. O resul-tado é comemorado pelos 25 militares responsáveis pela manutenção e supri-mentos. “Nós somos o gru-po que, nos basti dores, faz o F-5 decolar e voar com segurança”, diz o Sargento Davi Machado.

Para isso, foi necessário adotar uma roti na exigente. Como os F-5EM cumpriram até duas missões por dia, as equipes de manutenção co-meçavam a trabalhar horas antes da primeira decolagem e terminavam só muito de-pois do últi mo motor ser de-sati vado.

“Fluiu bem a manobra”, comemora o Subofi cial Fer-nando Miranda. Segundo ele,

boa parte das peças de re-posição sequer foi usada. “Nosso consumo fi cou abai-xo do planejado”, explica.

Já o Subofi cial Paulo Ri-cardo Ferreira lembra que os Esquadrões da FAB estão acostumados a deslocamen-tos como o realizado para o Chile. “A gente se adapta muito bem ao clima devido às missões que nós fazemos durante o ano”, disse.

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AÇÕESMÊS DA ASA

Comemorações marcam Dia do Aviador e da Força Aérea em todo o Brasil

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O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, reuniu-se com militares da ativa e da reserva para tratar das novidades da Força Aérea Brasileira. Os encontros foram realizados em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Com vários eventos nas mais diversas localidades do país, o Dia do Avia-dor e da Força Aérea Brasileira foi comemorado no dia 23 de outubro.

As unidades da FAB prepararam diversas atrações esporti vas, musicais e sociais. Destaque também para as palestras do Comandante da Aeronáuti -ca, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, aos militares da ati va e da reserva em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Acompanhe como foi o Mês da Asa.

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Mais de 1.400 pessoas presti giaram o concerto realizado pela Banda Sinfônica da Base Aérea de Brasília (BABR), em ho-menagem ao Dia do Aviador. O evento contou com a presença do Comandante da Aeronáuti ca, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito. Outras unidades militares também organizaram apresen-tações musicais em comemoração à data, como a Base Aérea do Recife (BARF) e a Base Aérea de Natal (BANT). Em São Paulo, a Banda da Base Aérea de São Paulo (BASP) e a Orquestra Ba-chiana Filarmônica SESI-SP se uniram em um lindo espetáculo para homenagear a Força Aérea Brasileira.

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O incentivo à prática esportiva também foi uma forma de celebrar o Dia do Aviador. Várias corridas foram realiza-das em todo o Brasil, como no Rio de Janeiro, que reuniu mais de 700 pessoas. Já em Fortaleza, cerca de 500 pessoas percorreram 6 km durante a 4ª Corrida da Asa. O evento, que ocorreu dentro da Base Aérea, foi marcado pelo lança-mento de paraquedistas e exposições de aeronaves, entre elas o C-95 Bandeirante, o A-29 Super Tucano e o H-50 Es-quilo. Em São Paulo, mais de cinco mil atletas participaram da 11ª edição da Corrida Santos Dumont. Em Matupá, no Mato Grosso, o destaque foi o atleta Geilton Bezerra da Sil-va, 40 anos. Em Recife, a Base Aérea também realizou cor-rida em comemoração ao Mês da Asa.

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Para aproximar a Força Aérea Brasileira do público, várias unidades militares do país promoveram os tradicionais “Por-tões Abertos”. No mês de outubro, os eventos foram realizados em Manaus (AM), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ), São José dos Campos (SP), Boa Vista (RO), Florianópolis (SC), Canoas (RS), Natal (RN) e Santa Maria (RS). Crianças e adultos pude-ram conferir de perto aeronaves, equipamentos militares e ou-tras atrações. No Parque de Material Aeronáuti co de São Paulo (PAMA-SP), mais de 500 crianças conheceram a unidade da FAB responsável pela manutenção das aeronaves de caça F-5.

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O Comando da Aeronáuti ca realizou em todo o país a en-trega da Ordem do Mérito Aeronáuti co (OMA). No Distrito Fe-deral, a solenidade ocorreu na Base Aérea de Brasília (BABR).

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3 A Base Aérea de Campo Grande (BACG) organizou uma exposição comemorati va aos seus 70 anos e, também, em co-memoração ao Dia do Aviador. As fotos expostas contam a história da Força Aérea na região e da BACG, desde sua criação, em agosto de 1944, com diversas curiosidades, como o regis-tro da onça pintada, que esteve por mais de 50 anos exposta numa jaula e que acabou se tornando a mascote da Organiza-ção Militar.

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REAPARELHAMENTO

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REAPARELHAMENTO

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Chegada do KC-390 mudará destinos da Aviação de Transporte

O avião existe. E é imen-so, avançado e um or-

gulho para o Brasil. O KC-390 foi apresentado no dia 21 de outubro na fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto (SP), e mostrou ser real o sonho de haver um produto brasileiro capaz de substi-tuir o C-130 Hércules.

A apresentação oficial, chamada de rollout, ocorreu sob olhares de representan-tes de 35 forças aéreas de todo o mundo, além da bra-sileira. O primeiro protóti po, construído com a parti cipa-ção da Argenti na, de Portugal e da República Tcheca, deve voar ainda este ano. Para 2016, está prevista a entrega da primeira de 28 unidades compradas pela FAB.

O KC-390 é seis centí me-tros mais baixo que o C-130 Hércules (11,84m X 11,90m) e tem suas asas enfl echadas (remete ao formato de uma fl echa) com uma envergadu-ra menor (35,05m X 39,70m). De resto, o avião supera todas as marcas do seu antecessor. Ele é mais comprido (35,20m X 29,30m), mais rápido (850

km/h X 671 km/h) e leva mais carga (23 ton X 20,4 ton).

Outras vantagens são o menor custo de manutenção e a autonomia. Um KC-390 poderá decolar de Brasília e chegar, sem escalas, a qual-quer capital brasileira com 23 toneladas de carga, sua capa-cidade máxima. Nas asas, o avião poderá levar até 23,2 toneladas de combustí vel.

A ideia é o KC-390 cumprir todas as missões hoje realiza-das pelos C-130, porém, mais rápido, com mais tecnologia e melhor capacidade de auto-defesa. Os dois motores a jato estão a cerca de dois metros do solo e passaram por vários testes, por exemplo, a inges-tão de pedras de gelo.

“Ele poderá operar tan-to na Amazônia quanto na Antárti ca. As turbinas a jato conferem bastante agilidade à aeronave, que cumprirá todas as missões, mas muito mais rápido e melhor”, afi rma o Comandante da Aeronáuti -ca, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito. “É um produto que vai marcar para sempre a capacidade da indústria brasi-

leira. Eu só posso parabenizar aqueles que trabalharam em prol desse projeto, como a COPAC (Comissão Coordena-dora do Programa Aeronave de Combate), o Alto-Coman-do da FAB e os engenheiros da Embraer”, completou.

O comparti mento de car-ga tem 18,54 metros de com-primento, um pouco maior que uma quadra de vôlei. A largura é de 3,45 metros e a altura é de 2,95 metros. O espaço é suficiente para acomodar equipamentos de grandes dimensões, além de blindados, peças de arti lharia,

armamentos e até aeronaves semidesmontadas. O blindado Guarani e o helicóptero H-60 Black Hawk, por exemplo, cabem dentro do comparti-mento de carga do KC-390. Também poderão ser levados 80 soldados em uma confi gu-ração de transporte de tropa, 64 paraquedistas, 74 macas mais uma equipe médica ou, ainda, contêineres.

No lugar de um grande número de janelas na cabine, como no C-130, o KC-390 tem um para-brisa de quatro ja-nelas de grandes dimensões. O cockpit foi projetado com

equipamentos de alta tecno-logia e as aeronaves adquiri-das pela FAB vão incluir sis-temas de autodefesa, como RWR, MAWS e lançadores de chaff e fl are. São sistemas semelhantes aos disponíveis, por exemplo, no A-1 moder-nizado e no Gripen.

O KC-390 será o primeiro avião de transporte da FAB que poderá ser reabastecido em voo. A aquisição das 28 aeronaves será também um aumento signifi cati vo da ca-pacidade de reabastecimento em voo da FAB, hoje realizada pelo KC-130.

A grande diferença do KC-390 em relação a outros pro-jetos já desenvolvidos pela indústria nacional é que, des-sa vez, o avião já nasce com expectati vas claras de expor-tação. Argenti na, Portugal e República Tcheca parti cipam

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do projeto, e outros países já manifestaram interesse na aquisição. Hoje, a frota mun-dial de C-130 Hércules é de aproximadamente 2.400 uni-dades em 70 países.

“O KC-390 representa para a Força Aérea Brasileira

e para a indústria nacional o ápice, o coroamento da nos-sa capacidade de emiti r re-quisitos e, principalmente, a capacidade de desenvolver um produto aeroespacial de última geração”, ressalta o Brigadeiro do Ar José Augusto Crepaldi Aff onso, Presidente da COPAC, responsável pela condução do projeto.

Assim como o A-29 Su-per Tucano, o KC-390 surgiu a parti r de requisitos da Força Aérea Brasileira. Foram inves-ti dos R$ 12,1 bilhões, sendo R$ 4,9 bilhões para o desen-volvimento da aeronave e R$ 7,2 bilhões para a aquisição das 28 unidades.

caças Gripen NG, sendo 8 bi-postos e 28 monopostos.

A primeira aeronave de-verá ser entregue em 2019 e a últi ma em 2024.

te-Brigadeiro do Ar Alvani Adão da Silva, Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

A aeronave incorpora tec-nologias como o radar Raven ES-05, capaz de identificar alvos aéreos ou de superfí-cie a um ângulo de 100 graus da sua antena, um sensor de busca infravermelho e data-link, que possibilita a troca de informações entre caças sem o uso de rádio.

Quando entrar em ati-vidade na FAB, o Gripen NG também será o único caça do Hemisfério Sul capaz de voar a velocidades supersônicas por longas distâncias, o cha-mado supercruzeiro.

“Há mais de 18 anos nós esperamos por esse momen-to que, com certeza, vai inau-

O primeiro protóti po deve voar ainda este ano. A FAB receberá a primeira unidade em 2016

gurar uma nova era operacio-nal para a aviação de caça no Brasil”, disse o Tenente-Briga-deiro do Ar Alvani.

As 36 aeronaves multi-missão serão utilizadas pela Força Aérea Brasileira em defesa aérea, policiamento do espaço aéreo, ataque e reconhecimento.

A primeira unidade aé-rea a receber o novo mode-lo deverá ser o 1° Grupo de Defesa Aérea, com sede em Anápolis (GO).

Gripen C/DApós a assinatura da aqui-

sição dos novos Gripen NG, prosseguem as negociações da FAB com a Força Aérea da Suécia para a cessão temporá-ria de caças nas versões C/D. O plano seria uti lizar os Gripen C/D até o recebimento das ae-ronaves novas.

No dia 24 de outubro, um dia após o Dia do Avia-

dor, a Força Aérea Brasileira assinou com a SAAB o con-trato para a aquisição de 36

A primeira aeronave deverá ser entregue em 2019, e a última em 2024

O contrato envolve o trei-namento de pilotos e mecâ-nicos brasileiros na Suécia, o apoio logístico e a trans-ferência de tecnologia para indústrias brasileiras. O in-vesti mento total será de apro-ximadamente R$ 13 bilhões.

“Nós iremos transferir tecnologia e a capacidade de projetar e construir ca-ças”, afirmou Hakan Buskhe, presidente da SAAB, empre-sa fabricante do Gripen NG.

A Embraer irá assumir um papel de liderança na fabricação local dos aviões, mas haverá também a parti-cipação de outras empresas brasileiras, como a SBTA, AEL, Akaer e Atech.

“Vai ser um salto, não apenas para a Embraer, mas para a nossa indústria em geral”, completou o Tenen-

Assinado contrato para a aquisição dos 36 caças Gripen NG

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10 Novembro - 2014

MÍDIAS DA FAB

Veja as imagens enviadas pelos Elos do Sistema de Comunicação Social da FAB (SISCOMSAE) publicadas em nossas mídias sociais:

Durante mais um salvamento realizado pela #FAB, o Tenente Aviador Takeo registrou o momento do resgate efetuado pelo Esquadrão Falcão, publicado em nosso Facebook.

Essas fotos foram enviadas pela Tenente Jornalista Emília, do V COMAR, no Rio Grande do Sul, mostrando uma ação de apoio ao Outubro Rosa, campanha de pre-venção ao câncer de mama. Elas foram publicadas em nosso Instagram.

A Tenente Relações Públi-cas Simone registrou a encena-ção da história de Santos Du-mont, realizada no IV COMAR, em São Paulo.

Acompanhe os canais oficiais de informação da Força Aérea Brasileira e saiba tudo em primeira mão.

Veja aqui:

Sintonize a rádio Força Aérea FM no seu computador. Notí-cias e entrevistas sobre a Força Aérea Brasileira. Música para embalar o seu dia.

Youtube/portalfab - Toda sema-na um novo vídeo é publicado para você acompanhar o traba-lho da Força Aérea Brasileira. Aproveite e confira.

Flickr/portalfab - Uma nova ima-gem no papel de parede do seu computador?! Imagens em alta re-solução de aeronaves, operações e missões da FAB para você baixar.

Twitt er/portalfab - As principais notí cias da FAB na palma da sua mão. Siga o perfi l e saiba tudo o que acontece no universo FAB.

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No mês da Asa, confi ra no Blog Ofi cial da Força Aérea matéria so-bre a missão feita no deserto do Atacama, no Chile.

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HAITI

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11Novembro - 2014

Militares do Sul embarcam para Missão de PazVinte e nove militares do

Pelotão Falcão, compos-to por ofi ciais, graduados e praças das unidades de Ca-noas (RS), Florianópolis (SC) e Santa Maria (RS), vão compor o 21º Conti ngente Brasileiro na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH). O embarque do grupo para Porto Príncipe, capital haiti ana, está previsto para este mês de novembro.

“A expectativa é fazer uma boa missão. Será uma experiência nova e uma oportunidade de mostrar o trabalho da Força Aérea Bra-sileira no exterior”, explica o Tenente de Infantaria Bru-no Becker, comandante do Pelotão Falcão.

A escolha dos militares se-guiu um processo de seleção que incluiu inspeção de saúde, teste de avaliação do condi-cionamento fí sico e avaliação psicológica. A preparação tam-bém ocorreu no 19º Batalhão de Infantaria Motorizado, do Exército Brasileiro, em São Le-opoldo (RS).

A primeira etapa, deno-minada Módulo de Adapta-ção, teve duração de seis se-manas. O objeti vo foi nivelar os conhecimentos dos mili-tares do Pelotão em táticas, técnicas e procedimentos a fim de permitir sua integra-ção ao batalhão brasileiro de Força de Paz.

No mês de outubro, as instruções foram centrali-

zadas em Santa Maria (RS). Nesta fase foram realizados os estágios básico e avança-do de operações de paz. Os militares receberam tam-bém o gorro azul, símbolo da ONU que identifica os militares envolvidos em mis-sões de paz no exterior.

No Haiti, o pelotão da Aeronáutica vai realizar pa-trulhas a pé e motorizada, escolta de comboio e con-trole de distúrbios.

“Estamos todos mui-to motivados para cumprir essa missões”, ressalta o Te-nente Becker.

Esse será o oitavo conti n-gente de Infantaria da Aero-náuti ca a parti cipar da missão de paz. Atualmente, 27 milita-

res do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial de Belém (BINFAE-BE) e dois do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) compõem o efeti vo da FAB no Haiti .

O pelotão da Aeronáutica vai realizar patrulhas, escoltas e agir no controle de distúrbios

O primeiro foi compos-to por militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial do Recife (BINFAE--RF), enviado ao Haiti em fevereiro de 2011.

Page 12: NOTAER -  Novembro de 2014

Projeto aprimora o processo de compras e serviços entra em vigor no próximo ano

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12 Novembro - 2014

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Novas ferramentas garantem mais segurança em licitações

Projeto que aprimora o processo de compras e serviços entra em vigor no próximo ano

A partir de Janeiro de 2015, entra em vigor

no âmbito do Comando da Aeronáutica o projeto “Sal-vaguardas da Despesa Pú-blica”. As unidades militares gestoras executoras de re-cursos orçamentários terão novas ferramentas à dispo-sição para impedir contrata-ções de empresas inidôneas e inibir a ocorrência de irre-gularidades nos certames li-citatórios. O pioneirismo do projeto advém da integra-ção on line de informações cadastrais dos fornecedores provenientes de diferentes órgãos públicos.

O projeto vai permiti r que os pregoeiros, por exemplo, tenham à disposição mais in-formações sobre quem são os fornecedores. “Os principais benefí cios são inibir irregula-ridades, economizar recursos, melhorar a qualidade do ser-viço e do suporte aos nossos gestores”, explica o coordena-dor do projeto, Coronel Avia-

dor Maxneif Cabral Mendes de Castro.

Uma das ações foi a ela-boração da Instrução do Co-mando da Aeronáuti ca (ICA 12-23) para regular as ati-vidades relacionadas à fis-calização e ao recebimento de bens e de serviços. Além de condensar as legislações pertinentes ao processo, o documento prevê a aplica-ção de eventuais sanções administrati vas aos licitantes e aos fornecedores de bens e de serviços. A ferramenta do Cadastro Técnico de For-necedores (CADTEC) vai per-miti r o registro, a avaliação e o compartilhamento de informações de fornecedores por todas as organizações do Comando da Aeronáuti ca por meio de soft ware. O Sistema de Informações Estratégi-cas de Economia e Finan-ças (SIEFA), gerenciado pela SEFA, também é oriundo do projeto. O sistema permite correlacionar dados e infor-

mações internas e externas ao Comando da Aeronáuti ca.

Execução orçamentáriaA SEFA também implantou

novo sistema digital que agiliza as respostas às unidades gesto-ras no âmbito do Comando da Aeronáuti ca sobre solicitações de descentralização, remane-jamentos e alterações dos cré-

ditos. Os relatórios de retorno dos pedidos, enviados por meio de mensagem no Sistema Integrado de Administração Fi-nanceira (SIAFI), do governo federal, ou pleiteados no sis-tema A-5 da SEFA, são dispo-nibilizados diariamente no site intraer da unidade (www.sefa.intraer). “Estamos melhorando

o controle, o acompanhamen-to e, principalmente, agilizan-do o feedback às solicitações de crédito. Isso facilita a co-municação entre a SEFA e as unidades gestoras”, explica o Chefe da Divisão de Créditos da SEFA, Coronel Intendente Paulo Maurício Jaborandy de Matt os Dourado.

Uma equipe multi disciplinar da Subdiretoria de Cultura

do Insti tuto Histórico-Cultural da Aeronáuti ca (INCAER) tem realizado Visitas de Assesso-ramento Técnico (VAT) para di-fundir o Sistema de Patrimônio Histórico e Cultural do Coman-do da Aeronáuti ca (SISCULT) às organizações da Força Aérea em todo o país.

O objeti vo é orientar os elos do Sistema quanto à

produção de álbum fotográ-fi co, cadastro histórico, livro histórico, fi cha anual de fatos históricos, organização de es-paços culturais, dentre outras alternati vas de se preservar e difundir o patrimônio cultural material e imaterial do Co-mando da Aeronáuti ca.

O SISCULT foi criado em 2010 com o propósito de pla-nejar, orientar, coordenar e controlar as ati vidades cultu-

rais no âmbito do COMAER, de forma integrada ao Sistema Nacional de Cultura. As visitas visam não só conscienti zar os segmentos militares e civis quanto à importância da pre-servação, da pesquisa e da di-fusão do patrimônio cultural, assim como capacitar os recur-sos humanos envolvidos para realizarem uma gestão efi cien-te dos bens de valor cultural para a Força Aérea Brasileira.

As ati vidades do SISCULT abrangem patrimônio mate-rial e imaterial, museologia, heráldica, documentos histó-ricos, literatura, música, ar-quitetura, produções artí sti -cas, tombamento, crenças e valores, tradições, usos, cos-tumes, cerimonial e ações históricas coti dianas.

As primeiras visitas de 2014 ocorreram no Centro de Lançamento de Alcântara

(CLA), no Batalhão de Infan-taria de Aeronáuti ca Especial do Rio de Janeiro (BINFAE-RJ) e na Base Aérea de Santa Cruz (BASC). As próximas estão previstas para Base Aérea de Campo Grande (BACG), Base Aérea de Brasília (BABR), Nú-cleo da Base Aérea de Santos (NuBAST), Escola Preparató-ria de Cadetes do Ar (EPCAR) e Escola de Especialistas da Aeronáuti ca (EEAR).

Equipe orienta organizações para a preservação cultural

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ANIVERSÁRIO

Parabéns

13Novembro - 2014

Investi gar para prevenir. A fi nalidade do trabalho do Cen-tro de Investi gação e Preven-ção de Acidentes Aeronáuti cos (CENIPA) foi resultado de uma evolução mundial. Neste mês, em que completa 43 anos, va-mos revisitar as origens da se-gurança de voo no Brasil.

A aeronáuti ca militar co-meçou a operar em 1920. Aviões em movimento, risco natural de acidente. O primei-ro da história da aviação bra-sileira vitimou o Tenente do Exército Juventi no Fernandes da Fonseca. Especializado em aeroestação na França, ele vo-ava em um balão de 250m³ de hidrogênio, no Rio de Janeiro, como demonstração, quando morreu após uma queda.

A válvula de gás do ba-lão teve problemas e o mi-litar não conseguiu conter a subida do aparelho por cau-sa do vento forte. Uma aná-lise apontou que o fator* material contribuiu para o acidente: válvula de gás em mau estado.

Nesse começo da avia-ção brasileira, os acidentes ocorridos com aeronaves das Forças Armadas eram apu-rados em Inquérito Policial Militar (IPM), com sanções previstas. Em alguns casos, a promoção post mortem era negada ao militar que houvesse cometi do a trans-gressão que levou ao aciden-te. A apuração de culpa ou responsabilidade, prati cada

entre as décadas de 1920 e 1950, teria o seu fi m de-cretado pela Convenção de Aviação Civil Internacional.

Para regulamentar o transporte aéreo interna-cional, um grupo de 700 delegados, representantes de 52 países, reuniu-se em Chicago, em 1944. O Bra-sil participou desse debate e se tornou signatário da Convenção. O Anexo 13, adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro em 1951, é o documento que justifica o motivo pelo qual o CENIPA só investiga acidentes para fortalecer a prevenção.

Em 11 de maio de 1959, foi insti tuído o SIPAER - Serviço de Investigação e Prevenção de

Acidentes Aeronáuticos. Em 1971, quando o CENIPA se tor-na organização militar, a sigla SIPAER passa a designar Siste-ma de Investi gação e Preven-ção de Acidentes Aeronáuti cos.

O Manual do SIPAER (Siste-ma) foi aprovado em 1972. Foi o CENIPA quem sugeriu à Orga-nização de Aviação Civil Inter-nacional (OACI) a substi tuição, em seus documentos, do termo inquérito (inquiry) por investi -gação (investi gati on).

A ideia era diferenciar a investi gação de acidentes re-alizada com o objeti vo exclu-sivo de prevenção, eliminan-do a associação judicial que a palavra inquérito traz. Essa proposta foi aceita e adotada pela OACI desde 1974.

É importante esclare-cer que a investigação com fins preventivos não confli-ta com a investigação poli-cial. Ou seja, a culpa deve ser apurada, mas não pela autoridade que investiga, conforme os protocolos do Anexo 13. Dessa forma, a decisão de estabelecer um procedimento exclusivo para a prevenção de aciden-tes acelerou o progresso da aviação mundial. (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)

*Fator Material, Huma-no e Operacional: base para a investigação de acidentes aeronáuticos. Correspon-dem ao HOMEM, ao MEIO e à MÁQUINA.

A prevenção tem História

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Comando-Geral de ApoioCOMGAP

18/11 - 45 anos

Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Con-trole do Espaço Aéreo CINDACTA IV23/11 - 9 anos

Clube dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáuti ca de Brasília - CASSAB

10/11- 35 anos

Destacamento de Con-trole do Espaço Aéreo: Tabati nga - DTCEA/TT

14/11 - 41 anos

Primeiro Esquadrão do Décimo Sexto Grupo de Aviação - 1º/16º GAV

07/11 - 26 anos

Centro de Investi gação e Prevenção de Acidentes Aeronáuti cosCENIPA19/11 - 43 anos

Terceiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação3º/10º GAV

10/11 - 36 anos

Casa Gerontológica de Aeronáuti ca - CGABEG

07/11 - 30 anos

Esquadrão Aeroterrestre de SalvamentoPARA-SAR

23/11 - 51 anos

Primeiro Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação 1º/6º GAV

20/11 - 63 anos

Parque de Material Aero-náuti co de Recife PAMA-RF

12/11 - 68 anos

Comissão de Promoção de Ofi ciais - CPO

20/11 - 73 anos

Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação 1º/8º GAV

10/11 - 42 anos

Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáuti ca CFIAE

12/11 - 35 anos

Primeiro Esquadrão do Séti mo Grupo de Aviação 1º/7º GAV

08/11 - 67 anos

Base Aérea de SalvadorBASV

05/11 - 72 anos

Segundo Centro Integra-do de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aé-reo - CINDACTA II01/11 - 32 anos

Quer ver sua unidade no NOTAER? Mande sua notí cia pelo sistema Kataná. Não tem a senha? O Ofi cial de comunicação pode se cadastrar pelo e-mail: [email protected]

Page 14: NOTAER -  Novembro de 2014

SAÚDE

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14 Novembro - 20141414

Antes do treino (1 a 3 horas): Prefi ra alimentos de fácil digestão, como uma ba-nana. Os carboidratos com moderado índice glicêmico são digeridos rapidamente e fornecem energia. Evite os ricos em lipídeos e proteínas.

Durante o treino (maior que 1 hora): O ideal é o uso de soluções contendo água, eletrólitos e 4-8% de car-boidratos (glicose, frutose, sacarose, dextrose e malto-

dextrina). Visando aumen-tar o rendimento e retardar a fadiga muscular durante o exercício físico, a água de coco é uma boa solução.

Após o treino (30 mi-nutos a 1 hora): A ingestão de proteínas e carboidra-tos simples, com alto ín-dice glicêmico, recuperam o estoque de glicogênio e otimizam a recuperação muscular, evitando o cata-bolismo. Uma dica é comer

um sanduíche de pão in-tegral com queijo cottage e peito de peru acompa-nhado de 1 copo de suco de frutas natural.

Hidratação - É essencial em todas as etapas do trei-namento. Mantenha inges-tão diária de pelo menos 2 litros de água, sendo 150-200ml de água a cada 15-20 minutos de ati vidade e 1,5L para cada Kg de peso perdi-do após a ati vidade fí sica.

Veja algumas dicas importantes para organizar a alimentação antes, durante e depois dos treinos:

Nutrição esportivaA nutrição adequada aju-

da a evitar a fadiga, oti miza o período de recu-peração, diminui o risco de lesões, além de garanti r a reposição dos estoques de energia dos atletas.

Para aqueles que prati-cam alguma ati vidade fí sica com regularidade, como os militares, a alimentação é um fator fundamental. “Deve ser variada, equilibrada e completa, permiti ndo que o corpo realize todas as suas funções adequadamente e alcance um bom desempe-nho”, explica a Tenente Ra-quel Magalhães, nutricionista da Comissão de Desportos da Aeronáuti ca (CDA).

Por outro lado, não al-cançar as necessidades nu-tricionais adequadas pode prejudicar a recuperação pós-treino e comprometer a saúde dos indivíduos.

Na elaboração de uma orientação nutricional devem ser considerados rotina de treino, ti po de ati vidades, há-bitos alimentares, histórico fa-miliar de doenças, percentual de gordura e massa muscular, entre outros. “É indispensá-vel o acompanhamento de um nutricionista para avaliar quais nutrientes deverão ser inseridos, para que o esporti s-ta alcance seus objeti vos sem desenvolver uma carência nu-tricional”, explica a profi ssional.

Atletas da Escola de Especialistas participam do mundial master de corrida de orientação

Três atletas do Clube de Orientação da Escola de

Especialistas da Aeronáuti ca (COESPA) parti cipam, entre os dias 1 e 8 de novembro, do Campeonato Mundial Master de Orientação para competi dores com mais de 35 anos. O torneio será rea-lizado nas cidades de Porto Alegre, Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul, e deve reunir 1.590 corredores do Brasil e de outros países, sendo 440 da Suécia, 210 da Finlândia e 200 da Noruega.

A equipe do COESPA é formada pelo Major R1 José Carlos Gomes e pelos

Sargentos Cláudio José dos Reis e Ueverson Dionísio de Souza. “Estamos treinando bastante. Vai ser uma com-peti ção difí cil. Os atletas nór-dicos são os maiores adver-sários. No entanto, o clima pode ser um fator positi vo a nosso favor”, explica o Major Gomes. “O esporte tem se desenvolvido muito aqui na Escola de Especialistas. No mínimo formamos 30 atle-tas por semestre, que vão se tornar os disseminadores em suas unidades de trabalho”, complementa o ofi cial.

Saiba mais - A corrida de orientação é um esporte ori-

ginário do norte da Europa e consta de uma corrida onde o atleta recebe um mapa de um local desconhecido no qual estão marcados entre 12 a 30 pontos de passagem obrigatórios, chamados de pontos de controle. Vence aquele que completar seu percurso, passando por to-dos os pontos de controle na ordem crescente, no menor tempo. O atleta dispõe ape-nas de uma bússola como auxílio e corre sozinho. A parti da é individual e há um tempo mínimo na largada de 3 a 5 minutos entre compe-ti dores da mesma categoria.

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15Novembro - 2014

ENTRETENIMENTO

Jogo dos sete erros

Confira o resultado da edição anterior:

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Encontre os nomes de algumas das especialidades dos graduados da FAB

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