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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Enfermagem IZAELE MARIA DA SILVA OLIVEIRA JÉSSICA APARECIDA GLÓRIA DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE CLINICA MÉDICA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Bragança Paulista 2015

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Curso de Enfermagem

IZAELE MARIA DA SILVA OLIVEIRA

JÉSSICA APARECIDA GLÓRIA

DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM

NA UNIDADE DE CLINICA MÉDICA DE UM HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO

Bragança Paulista

2015

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IZAELE MARIA SILVA OLIVEIRA- RA: 001201102629

JÉSSICA APARECIDA GLÓRIA - RA: 001201102488

DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM

NA UNIDADE DA CLINICA MÉDICA DE UM HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO

Monografia apresentada ao Curso de

Enfermagem, da Universidade São

Francisco, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em

Enfermagem.

Orientadora: Profa Ms. Gisleide Carvalho

Góes Fernandes

Bragança Paulista

2015

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Dedicamos esse trabalho a Deus por ter nos

ajudado a chegar até aqui, aos nossos

familiares que nos apoiaram em todos os

momentos e aos nossos professores que

fizeram muita diferença em nossas vidas.

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AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus por permitir que chegasse até aqui, pela minha

saúde e força para superar as dificuldades, sou grata a muitas pessoas pelo o carinho e

incentivo por chegar ao meu objetivo. Agradeço meus professores e a minha orientadora

Ms.Gisleide Carvalho Góes Fernandes pela a sua dedicação que com sabedoria soube

dirigir-me os passos e os pensamento para o alcance dos meus objetivos.

Aos meus familiares, minha avó Maria e meu avô Milton, agradeço

infinitamente por tudo por estar presente todos os dias na minha vida, por cada oração

com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa

de minha vida.

Minha mãe companheira para todas as horas obrigada por ser essa pessoa

incrível, por ter me educado, mesmo com dificuldades chegamos ao fim de mais uma

conquista, ao meu irmão Igor que sempre teve paciência e confiança, por ser esse

menino espetacular.

Ao meu pai Izaque mesmo não estando presente sou muito grata pela a sua

ajuda, e por me fazer uma pessoa mais madura, por ter orgulho de mim, durante esse

período de faculdade não foi fácil mais sempre que podia você me dava uma ajuda,

obrigada.

Não poderia de deixar de te agradecer João Antônio de Oliveira meu namorado,

amigo, sempre presente desde o inicio até aqui sempre me entendendo e

compreendendo a minha ausência em momentos comemorativos, pela a sua paciência e

dedicação.

Aos meus primos, amigos, e aos colegas de trabalho pela as trocas de plantões

sempre que precisava, em especial para duas amigas que fizeram diferença no ambiente

de trabalho, Maíra e Marilda muito obrigada por terem me ajudado, por não me

deixarem desistir quando tudo estava muito difícil e a Enfermeira Daniele Nunes Couto

que fez tudo para me ajudar me dando incentivo batalhou junto comigo nos momentos

até quando não estava a seu alcance, pode ter certeza que você é meu espelho que tenho

muito a te agradecer, apesar das dificuldades no trabalho superamos e nada e ninguém

vai destruir nossa amizade. A equipe de enfermagem da Santa Casa de Misericórdia de

Camanducaia nunca vou esquecer o que fizeram por mim.

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Chegando ao final vejo que vocês irão fazer muita falta nos meus dias sou

eternamente grata a vocês minhas amigas e companheiras Jéssica e Joselaine, por todos

os dias que fomos pra Bragança às rodagens na Fernão Dias, ainda bem que eu tenho

vocês porque se não seria mais difícil ainda, apesar de todo o cansaço a gente se

divertia. E a minha dupla do TCC Jéssica que sem você eu não teria chego ate aqui você

não foi uma amiga você é uma irmã obrigada pela sua dedicação e por entender os

plantões malucos que eu fazia, menina “amigas” obrigada por terem feito parte da

minha vida só assim pude ver o quanto vocês são especiais.

Hoje aqui no fim de uma grande conquista vejo que não foi nada fácil, tiveram

muitas dificuldades e pedras pelo o caminho mais eu venci e agradeço a todos que

contribuíram de alguma forma para a minha formação que Deus os abençoe e eu vou ser

eternamente grata.

Izaele Maria Silva Oliveira

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AGRADECIMENTO

Agradeço inicialmente a Deus que pela sua bondade, generosidade por permitir

trilhar esse caminho, e por não me desamparar. Agradeço a nossa orientadora Gisleide e

a todos os professores pela transmissão de conhecimento, pela paciência e por terem

contribuindo incomparavelmente para que chegássemos aqui, muito obrigado e que

Deus os abençoe.

E aos meus pais Benedito Glória e Maria Lúcia da Silva Glória que me

educaram e me ensinaram a nunca desistir dos meus sonhos, que não mediram esforços

para que eu concluísse esse curso, e mesmo quando surgiam as dificuldade sempre me

mostraram algo novo, vocês são a razão pela qual hoje concluo esse sonho, e em

nenhum momento vocês permitiram que eu sonhasse só, sempre tive vocês para sonhar

comigo, jamais terei como retribuí-los e jamais esquecerei o que faz por mim mãe.

Obrigado Pai e Mãe por serem à base da minha vida.

Aos meus queridos irmãos Juliana da Silva Glória e Sidiney Donizetti Glória,

vocês para mim são exemplos de coragem, determinação e fé, sempre me espelhei

muito em vocês, obrigado por todos os conselhos e ajuda nesse período. E vocês minhas

amadas sobrinhas, Luana Caroline Andrade, e Larissa Gabriele Matias, muito obrigada

pela compreensão da minha ausência e por todo amor que eu sempre recebo de vocês.

Ao meu amado esposo e amigo para todas as horas, Petri Toledo Nogueira pela

compreensão e paciência que teve comigo durante a conclusão desse curso, por toda

orientação e ajuda que recebi dele durante esse trabalho, por entender minhas ausências

e por sempre me mostrar que eu conseguiria por todas as orações muito obrigada vejo

que você dividiu comigo essa tarefa por isso foi mais fácil que eu chegasse até aqui.

Aos irmãos da comunidade Santa Maria por terem dividido comigo tantos

momentos importantes, por terem compreendido minha ausência na missão e por todas

as orações que recebi de vocês, que Deus os abençoe infinitamente hoje louvo a Deus

pela vida de cada um muito obrigada.

A minha equipe de trabalho ESF do Cruzeiro por terem sido mais que

companheiros de trabalhos, vocês foram grandes amigos que compreenderam minha

ausência em alguns momentos e sempre torcerem por mim, a minha querida chefe e

amiga enfermeira Angelita Streicher Abrascio por ter confiado tanto em mim nesse

período, ter me apoiado tanto e por ter compreendido momentos de ausência você não

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sabe o quanto me ajudou para que eu conseguisse chegar até aqui, muito obrigado,

carrego comigo inúmeros conselhos que recebi de você, Deus abençoe.

As minhas amigas Gabriely, Tatiane e Pâmela que mesmo de longe sempre

torceram por mim e principalmente a vocês Joselaine e Izaele que dividiram comigo

esses momentos, que sempre estiveram ao meu lado, por toda a ajuda que recebi de

vocês, como agradecer? Izaele minha dupla de TCC obrigada mesmo por tudo.

Sonhamos juntas dias e dias como seria concluir esse curso e hoje temos a oportunidade

de comemorar juntas, obrigada amigas, irmãs vocês foram peças fundamentais para

realização desse sonho.

A todos meu muito obrigada, que Deus abençoe infinitamente, essa jornada não

foi fácil, mais por existir um Deus grandioso que não me abandou e por e ter vocês eu

cheguei até aqui, isso tudo me mostra o cuidado de Deus comigo durante essa jornada

colocando em meu caminho pessoas que só contribuíram para que eu conseguisse,

enquanto não se inventa uma palavra que defina como sou grata a vocês, recebam meu

muito obrigado.

Jéssica Aparecida Glória

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A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte,

requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão

rigoroso, quanto à obra de qualquer pintor ou escultor;

pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore

comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de

Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das

artes!

Florence Nightingale,1871

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RESUMO

Titulo: Dimensionamento de pessoal de enfermagem na unidade de clínica médica de

um hospital universitário.

O dimensionamento de pessoal de enfermagem é um processo sistemático

cabível ao enfermeiro capaz de prever a quantidade adequada do pessoal para atender,

direta ou indiretamente às necessidades assistenciais do paciente. Os objetivos desse

estudo foram avaliar o processo de trabalho na unidade de internação da clinica médica

do hospital universitário do interior de São Paulo, averiguar a categoria de cuidado dos

pacientes internados no período de 30 dias e prever a quantidade necessária de

profissionais através da aplicação do cálculo de dimensionamento pessoal de

enfermagem. Tratou se de um estudo de campo descritivo exploratório. Os resultados

demostraram que a categoria de cuidado predominante na unidade no período foi a de

cuidados mínimos, houve uma diferença do preconizado pelo cálculo de

dimensionamento de pessoal de enfermagem pelo número de profissionais existentes na

unidade. Observou-se o subdimensionamento dos profissionais da categoria de

enfermeiros, e o superdimensionamento da categoria de técnicos e auxiliares de

enfermagem. Concluímos que o número adequado de recursos humanos é essencial para

estruturar e garantir a prática do cuidado no ambiente hospitalar e que o

subdimensionamento interfere na prática assistencial e na qualidade do atendimento

prestado, já o superdimensionamento aumenta os gastos da instituição. Acreditamos que

nossa pesquisa contribuirá para medidas de melhoria da assistência na clínica médica

desse hospital universitário e para estudos mais aprofundados sobre a necessidade de

recursos humanos nesse ambiente.

Palavras chaves: Dimensionamento, Clínica médica, Recursos Humanos, Assistência

de Enfermagem, Enfermagem.

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ABSTRACT

Title: Dimensioning of nursing staff in the medical clinic of a university hospital.

The dimensioning of nursing staff is an appropriate systematic process to nurses

able to provide adequate amount of staff to meet directly or indirectly to the welfare

needs of the patient. The objectives of this study were to evaluate the work process in

the inpatient unit of the medical clinic of the university hospital in São Paulo, ascertain

the care category of inpatients within 30 days and provide the necessary number of

professionals by applying the of nursing staff dimensioning calculation. Treated is a

study of descriptive and exploratory field. The results showed that the predominant care

category in the unit during the period was minimal care, there was a difference

recommended by sizing calculation of nursing staff by the number of professionals in

the unit. There was undersizing professional category of nurses, and the sizing of the

category of technicians and nursing assistants. We conclude that the appropriate number

of human resources is essential to structure and ensure the practice of care in the

hospital and that the undersizinginterferein care practice and quality of care, as

oversizing increases the expenses of the institution. We believe that our research will

contribute to improved measures of assistance in the medical clinic of this hospital and

university for further study on the need for human resources in this environment.

Key words: Design, Medical Clinic, Human Resources, Nursing Care, Nursing.

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LISTA DE TABELAS

TABELA 01: Distribuição dos pacientes da Unidade da Clinica Médica seguindo a

categoria de cuidados Bragança Paulista, 2015.................. ...................................................... 38

TABELA 02: Distribuição dos pacientes com idade superior a 60 anos do Hospital

Universitário Bragança Paulista 2015 ...................................................................................... 40

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 01: Distribuição dos pacientes da Unidade da Clinica Médica seguindo a

categoria de cuidados Bragança Paulista, 2015.................. ...................................................... 38

GRÁFICO 02: Distribuição dos pacientes com idade superior a 60 anos do Hospital

Universitário Bragança Paulista 2015 ...................................................................................... 40

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 01: Horas de enfermagem de acordo com a resolução 293/2004.................27

QUADRO 02: Número de profissionais de acordo com a categoria assistencial dos

pacientes..........................................................................................................................29

QUADRO 03: Escala de funcionários do mês de Janeiro e Fevereiro de 2015 da clínica

médica.............................................................................................................................42

QUADRO 04: Taxa de absenteísmos em dias dos meses de janeiro e fevereiro de 2015

na clínica médica.............................................................................................................43

QUADRO 05: Valores de KM de acordo com as horas semanais de trabalho

determinados pelo Cofen na resolução 293/2004 ..........................................................45

QUADRO 06: Distribuição dos profissionais segundo o cálculo de dimensionamento

pessoal de enfermagem...................................................................................................48

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

COFEN: Conselho Federal de Enfermagem

COREN: Conselho Regional de Enfermagem

DS: Dias da semana

IST: Índice de segurança técnica

INSS: Instituto Nacional do Seguro Social

JST: Jornada semanal de trabalho

KM: Coeficiente de Marinho

PCM: Pacientes de Cuidados mínimos;

PCI: Pacientes de cuidados intermediários;

PCSI: Pacientes de cuidados semi-intensivo;

PCIT: Pacientes de cuidados intensivos.

RT: Responsável técnico.

SCP: Sistema de Classificação de Pacientes.

SAE: Sistematização de assistência ao paciente.

TA: Taxa de absenteísmo

TB: Taxa de ausência de benefícios

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SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................... 9

ABSTRACT ............................................................................................................................. 10

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................. 11

LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................................ 12

LISTA DE QUADROS ............................................................................................................ 13

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .............................................................................. 14

SUMÁRIO ................................................................................................................................ 15

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 17

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 19

2.1. Gerenciamentos em Enfermagem .............................................................................. 19

2.2. Dimensionamento Pessoal de Enfermagem. .............................................................. 23

2.3. Sistema de Classificação de Pacientes. ...................................................................... 28

3. HIPÓTESE ........................................................................................................................ 31

4. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 32

5. OBJETIVOS...................................................................................................................... 33

5.1 Objetivo Geral ............................................................................................................ 33

5.2 Objetivos específicos ................................................................................................. 33

6. METODOLOGIA ............................................................................................................. 34

6.1 Tipo de Estudo ........................................................................................................... 34

6.2 Local do estudo .......................................................................................................... 34

6.3 Objetivo do estudo ..................................................................................................... 34

6.4 Critérios de Inclusão .................................................................................................. 34

6.5 Critérios de Exclusão. ................................................................................................ 35

6.6 Fonte de Dados .......................................................................................................... 35

6.6.1 Procedimento Ético-Legal ...................................................................................... 35

6.6.2 Procedimento de coleta de dados ........................................................................... 36

6.6.3 Procedimento de análise de dados .......................................................................... 36

7. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃODOS RESULTADO ................................................ 37

7.1 Características do hospital ......................................................................................... 37

7.2 Distribuição de funcionários segundo a escala de serviços da clínica médica de um

hospital universitário ............................................................................................................ 42

7.3 Dimensionamento de pessoal de enfermagem na clínica médica de um hospital

universitário. ......................................................................................................................... 43

8. CONCLUSÃO. ................................................................................................................. 52

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 53

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 55

ANEXO A ................................................................................................................................ 62

APÊNDICE B ........................................................................................................................... 63

APÊNDICE C ........................................................................................................................... 64

ANEXO D ................................................................................................................................ 65

APÊNDICE E ........................................................................................................................... 66

ANEXO F ................................................................................................................................ 66

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1. INTRODUÇÃO

O dimensionamento de pessoal de enfermagem é uma metodologia sistemática capaz

de prever a quantidade e qualidade adequada do pessoal para atender, direta ou indiretamente,

às necessidades de assistência de enfermagem ao paciente de acordo com o profissional, seja

ele: enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem (GAIDZINSKI, 1991). Para a utilização

dessa metodologia é necessário que se obtenha um conhecimento prévio da situação do

paciente, da instituição e do serviço de enfermagem.

Trata se de uma habilidade destinada ao profissional enfermeiro que envolve prever a

quantidade necessária do pessoal visando à qualidade no atendimento ao paciente. Com a

utilização desse método a instituição consegue prever aperfeiçoar a dinâmica de auxílio ao

paciente e conseguinte reduzir custos (INOUE e MATSUDA, 2009). Através de um

planejamento sistemático e uma avaliação do pessoal com objetivo de garantir condições

adequadas de assistência de enfermagem a um grupo de paciente de acordo com as normas da

instituição (GAIDZINSKI, FUGULIN e CASTILHO, 2005). Gaidizinski(1998) complementa

dizendo que essa ferramenta é valiosa no processo gerencial de enfermagem, relacionado aos

recursos humanos, qualidade assistencial, produtividade e processo orçamental. Criando um

parâmetro adequado no quadro de profissionais.

No que se diz respeito ao processo educacional e progresso nas condições de saúde da

população os hospitais universitários tem um importante valor. É conhecido como uma

instituição complexa que trabalha com diferentes tecnologias e profissionais.

Aproximadamente60% desses profissionais correspondem à enfermagem (DUTRA, 1983). A

enfermagem adotou a sua formação profissional através de seu desenvolvimento cientifico e

social conhecimentos referentes a outros saberes como o da administração. O enfermeiro

como administrador deve buscar meios para atender as necessidades dos pacientes

(KURCGANT, 1991). Para Gaidzinki (1998) a metodologia do dimensionamento de pessoal

de enfermagem trata-se de uma ferramenta que através da mensuração de variáveis possibilita

definir o número de profissional que garanta as necessidades e segurança dos pacientes.

No Brasil a crise no sistema de saúde e nas instituições hospitalares vem de longas

datas relacionadas à gestão e administração em saúde o que afeta diretamente os recursos

humanos gerando dificuldades assistenciais e gerenciais afetando o quantitativo e o

qualitativo de pessoal nas instituições. Segundo a Lei do Exercício Profissional, Resolução

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COFEN-293/2004 compete ao enfermeiro estabelecer o quadro quantitativo e qualitativo de

profissionais necessários para assistência de enfermagem (CECÍLIO, 1997).

Dentro dessas instituições a unidade da clínica médica presta assistência a pacientes

adultos internados necessitando de um número de profissionais adequados para suprir as

exigências. Considerando que a enfermagem é classe de profissionais mais numerosas em

uma instituição e com diferentes funções, torna se necessário o estabelecimento desse

processo sistemático que é dimensionamento de pessoal de enfermagem. Portanto, este

trabalho surgiu mediante a necessidade de conhecimento sobre a importância da ferramenta

de dimensionar a equipe de enfermagem. Considerando essa importante metodologia optou-se

em colocar em prática esse processo no Hospital Universitário São Francisco na unidade da

clínica médica.

Para isso, será utilizada a teoria de Classificação de Pacientes de Fugulin, que se trata

de uma classificação da dependência de um paciente em relação à equipe de enfermagem,

proporciona inclusive informação para o processo de tomada de decisão quanto à necessidade

de recursos humanos (GAIDIZINKI, 1994). Através da aplicação da fórmula de

dimensionamento pessoal de enfermagem será preestabelecido o número necessário de

profissionais por categoria para atender as demandas assistenciais do paciente de forma

apropriada.

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19

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1.Gerenciamentos em Enfermagem

Atualmente os serviços de saúde implantaram em seus ambientes a arte de

gerenciamento que visa alcançar um padrão aceitável de assistência ao pacientes e atender as

expectativas dos funcionários (ANTUNES e TREVIZA 2000).

Na enfermagem o enfermeiro deve incorporar o saber de várias ciências entre ela a

ciência da administração que contribui como uma parcela importante principalmente na

administração do pessoal em enfermagem (KURGANT, 1991).

Para Gaidzinski, Peres e Fernandes (2004), a gerência é método ou uma arte de

raciocinar, de agir, de fazer acontecer e obter os resultados. Trata-se de um processo de

interação humana que lhe confere, portanto uma dimensão psicológica, emocional e intuitiva.

O enfermeiro é o profissional da saúde que apresenta legalmente competência para

exercer esse serviço de gerência, cumprindo o que determina a Lei nº 7.498, de 25 de junho de

1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem no Brasil; em seu

artigo 11 determina que o enfermeiro exerça todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe

privativamente: a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da

instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem; b)

organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares

nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação,

execução e avaliação dos serviços de assistência de enfermagem.

A gerência pode ser compreendida como um projeto que atenda às necessidades da

população e que se volte de forma integral para um processo de mudança (WEIRICH,

MUNARI e BEZERRA, 2004).O gerenciamento em enfermagem é portanto uma ferramenta

da organização do processo de trabalho que tem como meta a oferta de uma assistência de

enfermagem universal, igualitária e integral (GRECO, 2004). Diante esse cenário destacamos

a importância do gerenciamento de enfermagem dentro de uma unidade de internação como

instrumento de cuidar, assistir, administrar, gerenciar, pesquisar e ensinar, dentre eles o cuidar

e o gerenciar são processos mais evidenciado no trabalho do enfermeiro (PERES e

CIAMPONE, 2006). O enfermeiro adquire um papel de líder e um papel decisivo de

empreendedor. Para Cunha e Neto (2006) o desempenho do enfermeiro como gerente da

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assistência de enfermagem prestada ao paciente requer o conhecimento, habilidades e atitudes

que possibilitarão com que exerça seu trabalho objetivando qualidade do cuidado prestado.

Portanto para o exercício da gerência, o enfermeiro precisa articular mobilizar de

maneira ativa desses princípios em toda e qualquer situação, sendo previsível ou não.

Kurcgant (2010) descreve que os componentes de trabalho gerencial do enfermeiro

são a organização do trabalho e os recursos humanos de enfermagem. Para realizar esse

processo é utilizado um conjunto de técnicas de gerência como planejamento,

dimensionamento, seleção e recrutamento de pessoal de enfermagem, educação continuada,

supervisão e avaliação do desempenho. Também se utilizam meios e instrumentos como a

força do trabalho, materiais, equipamentos e instalação.

Trevisan, et.al (2000) descrevem que a prática profissional do enfermeiro deve

prender-se ao levantamento da função gerencial centrada na assistência ao paciente, a qual

será guiada pela compreensão e pelo conhecimento do paciente como pessoa e de suas

necessidades exclusivas. Essa prática norteará o enfermeiro no sentido de planejar a

assistência de enfermagem.

Destacamos algumas funções gerenciais de responsabilidade do enfermeiro como

importantes instrumentos para garantia adequada de assistência ao paciente e ao funcionário.

Coordenar ações voltadas ao cuidado prestado ao paciente em suas necessidades

visando garantia da qualidade do serviço prestado.

Administrar e controlar os recursos materiais utilizados na unidade.

Gestão em recursos humanos.

A Gestão 2008-2011 do COREN-SP desenvolveu um projeto de competências e

descreveu as competências que tornam mais qualificados o gerenciar na assistência de

enfermagem com qualidade e livre de riscos. Dentre os descritos destacamos alguns como

mediador do projeto a ser desenvolvido.

Liderança

Habilidade de influenciar pessoas de forma a atingir ou superar os objetivos propostos

pela instituição, investindo no desenvolvimento profissional e respeitando as diversidades.

Destacamos algumas ações norteadoras da competência e descritas nesse projeto:

Influência para o desenvolvimento de uma visão de futuro da profissão e dos

profissionais;

Conhecimento dos diferentes tipos de liderança e adoção de estilo, de acordo com a

situação;

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21

Coordenação de ações gerenciais com incentivo da defesa de direitos individuais, com

a aceitação concomitante dos direitos dos outros;

Definição do perfil do profissional da equipe de trabalho, alinhada aos requisitos

técnicos, comportamentais e às expectativas da instituição;

Condução da equipe de trabalho (COREN SP, 2008).

Comunicação

Capacidade de usar o processo pelo qual ocorre a interação interpessoal no

compartilhamento de informações, conhecimentos, experiências, ideias e emoções expressas

de maneira verbal, não-verbal e para verbal (COREN SP, 2008).

Tomada de decisão

Capacidade de desenvolver um processo de escolha da melhor alternativa dentre as

existentes para solução adequada das situações e condições surgidas no dia a dia de trabalho,

baseada em conhecimentos e práticas, e considerando limites e riscos.

Destacamos algumas ações norteadoras da competência e descritas nesse projeto:

Percepção da abrangência do processo de tomar decisões e avaliar os riscos

envolvidos nos resultados desejados junto à equipe de trabalho;

Compreensão do processo de tomada de decisão com ações direcionadas ao alcance

de objetivos em tempo hábil;

Avaliação das situações diante de amplo conhecimento técnico, científico e humano

no processo de escolha de alternativas para a decisão (COREN SP, 2008).

Negociação

Capacidade de alcançar os resultados desejados nas relações entre partes, com o uso da

premissa do consenso e do conhecimento dos fatos, permeados pelos preceitos éticos, legais e

técnico-científicos (COREN SP, 2008).

Trabalho em equipe

Capacidade de desenvolver a habilidade de interagir com um grupo de pessoas,

articulando ações para alcançar objetivos comuns, respeitando os limites, necessidades e

diferenças individuais.

Destacamos algumas ações norteadoras da competência e descritas nesse projeto:

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Atuação eficiente, eficaz e efetiva no trabalho da equipe, com base em princípios,

processos e valores;

Condução dos profissionais, no sentido de alcançar os objetivos da clientela, da

equipe e da instituição no desenvolvimento do trabalho (COREN SP, 2008).

Flexibilidade

Capacidade de se adaptar a mudanças, ser receptivo a críticas e sugestões, rever

conceitos, mantendo o foco nos objetivos institucionais e preservando seus valores

profissionais (COREN SP, 2008).

Empreendedorismo

Capacidade de desenvolver habilidades para gerir e aproveitar oportunidades de

negócio, inventar e melhorar processos, de forma isolada ou na empresa em que trabalha

(COREN SP, 2008)

Criatividade

Capacidade de desenvolver ideias inovadoras na agregação de valor ao negócio,

transformando-as em ações facilitadoras das atividades cotidianas (COREN SP, 2008).

Visão sistêmica

Capacidade de compreender a instituição como um todo e a relação existente entre as

partes que a compõem.

Destacamos algumas ações norteadoras da competência e descritas nesse projeto:

Identificação, análise e correção, em tempo hábil, dos pontos críticos, com

conhecimento do todo que envolve a instituição (COREN SP, 2008).

Planejamento e Organização

Capacidade de planejar, organizar e priorizar atividades a serem desenvolvidas, nos

âmbitos estratégico, tático e operacional da instituição, conduzindo as ações de modo a

favorecer a continuidade dos processos de trabalho e desempenho da equipe.

Destacamos algumas ações norteadoras da competência e descritas nesse projeto:

Mapeamento dos processos no gerenciamento de riscos para segurança dos serviços

prestados;

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23

Desenvolvimento de projetos voltados para a relação custo/benefício frente às

necessidades da empresa;

Previsão e provisão de materiais permanentes e de consumo, com o propósito de

garantia de qualidade da assistência e minimização dos custos operacionais dos

procedimentos;

Oferta de ambiente de trabalho saudável e seguro em cumprimento estrito das normas

de biossegurança;

Implementação do dimensionamento de pessoal, no sustento de garantia da

quantidade de profissionais necessários à assistência de qualidade (COREN SP, 2008).

Nota-se que o gerenciamento de enfermagem tem como base coordenar os recursos

para atingir os objetivos do paciente, funcionário e instituição de saúde.

Enquanto processo de trabalho em enfermagem a gerência pode ser apreendida por

dois modelos:

Modelo racional: A tarefa nesse modelo é interpretar os objetivos propostos pela

organização e transformá-los em ação organizacional através do planejamento,

organização e direção (CHIAVENATO, 1985).

Modelo histórico social: A tarefa nesse modelo é gerenciar não somente através da

instituição, mas também através da apreensão e satisfação das necessidades de saúde

da população.

O cuidar e o administrar são atividades que se complementam e proporcionam ao

paciente um atendimento integral e com qualidade, o trabalho dos enfermeiros entrelaça entre

cuidar gerenciando e gerenciar cuidando (GARLET et.al, 2006).

2.2.Dimensionamento Pessoal de Enfermagem

O dimensionamento de pessoal de enfermagem é a etapa inicial de previsão de

quantidade adequada de funcionário para atender direta ou indiretamente as necessidades

assistenciais do paciente (KURCGANT, 1989). É um instrumento de administração, com

função gerencial e de responsabilidade legal ao enfermeiro conforme descrito na Resolução

COFEN - nº 293/2004: Que fixa e estabelece parâmetros para o dimensionamento do quadro

de profissionais de enfermagem nas unidades assistenciais das instituições de saúde e

assemelhados. Com essa resolução considera-se:

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A necessidade imediata, apontada pelos gestores e gerentes das instituições de saúde,

do estabelecimento de parâmetros como instrumento de planejamento, controle,

regulação e avaliação da assistência prestada;

Para garantir a segurança e a qualidade da assistência ao cliente, o quadro de

profissionais de Enfermagem, pela continuidade ininterrupta e a diversidade de

atuação depende, para seu dimensionamento, de parâmetros específicos.

É de competência ao Enfermeiro estabelecer o quadro quantiqualitativo de

profissionais, necessário para a prestação da Assistência de Enfermagem.

Para realizar o dimensionamento pessoal de enfermagem é necessário considerar a

fundamentação legal do exercício profissional (Lei nº 7.498/86 e Decreto nº 94.406/87), o

Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, Resoluções COFEN e Decisões dos

CORENs.

De acordo com o disposto no artigo 11 da Lei nº 7.498/1986 regulamentada pelo

decreto nº 94.406/1987, algumas atribuições são privativas do Enfermeiro, ou seja, não

poderão ser assumidas por mais nenhum outro profissional ou pessoal, quais sejam:

Art. 11- O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe:

I-Privativamente:

Organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e

auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;

Planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de e

assistência de enfermagem;

Consulta de enfermagem;

Prescrição de enfermagem;

Cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida;

Cuidados de enfermagem de maio complexidade técnica e que exijam conhecimento

de base cientifica e capacidade de tomar decisões imediatas;

II-Como Integrante de equipe de Saúde compete ao enfermeiro:

Participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;

Participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos

que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de enfermagem.

É necessário levar em consideração também os aspectos técnico-administrativos

descritos Resolução do Cofen Nº. 293/2004 Anexo III.

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25

Modelo gerencial: compreende as atividades administrativas desenvolvidas pelos

Enfermeiros nas unidades de serviço (Art. 3º da Lei nº 7.498/86 e Art. 2º do Dec. nº

94.406/87).

Modelo assistencial: metodologia estabelecida na sistematização da assistência de

Enfermagem (Art. 4º da Lei nº 7.498/86 e Art. 3º do Dec. nº 94.406/87.

Métodos de trabalho: relacionam-se à maneira de organização das atividades de

Enfermagem, podendo ser através do cuidado integral ou outras formas.

Jornada de trabalho: é diferente e varia nas diversas Instituições e Unidades

Assistenciais, com os valores típicos de 4 h; 5 h e 6 h, decorrentes de jornadas diárias

de 8, 10 e 12horas.

Carga horária semanal: Quantidade de horas trabalhadas no período de uma semana.

Índice de segurança técnica (IST): é um valor percentual que se destina a cobertura

das taxas de absenteísmo e de ausências de benefícios. Ela destina-se à cobertura das

ausências do trabalho, previstas ou não, estabelecidas ou não em Lei.

Taxa de absenteísmo (TA); são ausências não programadas ao trabalho, em um

determinado período (mês).

Taxa de ausência de benefícios (TB): são ausências não programadas ao trabalho, em

um determinado período (mês).

Indicadores de avaliação de qualidade de assistência: instrumentos que permitem a

avaliação da assistência de Enfermagem, tais como: sistematização da assistência de

Enfermagem; taxa de ocorrência de incidentes (iatrogenias); anotações de

Enfermagem quanto à frequência e qualidade; taxa de absenteísmo; existência de

normas e padrões da assistência de Enfermagem, entre outros.

Isto implica em dizer que o enfermeiro assume toda a responsabilidade pela gestão

técnica administrativa do setor, sempre cabendo lhe privativamente, distribuir tarefas de

enfermagem e as responsabilidades quanto as prioridade existentes, definindo, também o

quantitativo de pessoal de enfermagem necessário para garantir uma assistência de

enfermagem segura, livre de riscos e danos decorrentes de imperícia, negligência e

imprudência(Artigo 12 do código de Ética dos profissionais de enfermagem, resolução

COFEN 2007).

O dimensionamento pessoal de enfermagem enquanto instrumento gerencial para uma

assistência de qualidade necessita ser aplicado de forma que produza resultados que

possibilitem a conscientização do significado de um quadro de profissionais adequados para

os pacientes e a instituição (GAIDZINSKI, 1998).

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Com a aplicação da metodologia do dimensionamento de pessoal de enfermagem na

unidade de internação da clínica médica buscaremos alcançar a proposta de Gaidzinski(1998):

Identificação do perfil dos pacientes quanto à complexidade assistencial.

Determinação do tempo de assistência (de acordo com a categoria profissional).

Identificação da jornada efetiva de trabalho.

Para Gaidizinki (1998) a operacionalização do processo de dimensionar em

enfermagem requer a aplicação de um método capaz de mensurar as variáveis que interferem

na carga de trabalho da equipe de enfermagem.

Portanto será realizado através do dimensionamento de pessoal de enfermagem o

cálculo do pessoal, a estimativa de profissionais de enfermagem e dimensionado os recursos

humanos de enfermagem. De acordo com a resolução COFEN- nº 293/2004.

Segundo a resolução do artigo 2º o dimensionamento e a adequação quantiqualitativa

do quadro de profissionais de enfermagem devem se basear em características relativas:

I- A instituição/ a empresa: missão porte, estrutura organizacional e física, tipos de

serviços ou programas, tecnologia ou complexidade dos serviços e / ou programas,

política de pessoal de recursos materiais e financeiros, atribuições e competências dos

integrantes dos diferentes serviços e ou programas e indicadores hospitalares do

Ministério da Saúde.

O hospital universitário no qual pretendemos realizar o projeto apresenta a seguinte

organização.

Está localizado na cidade de Bragança Paulista e iniciou suas atividades no ano 1974.

Com mais de 35 anos de vida, é reconhecido como Hospital de Ensino pelo Ministério da

Saúde e da Educação.

É o Hospital Geral mais importante para as comunidades da região bragantina em

razão de suas atividades de alta complexidade, desenvolvimento de pesquisas e intervenções

de elevada especialização. É considerado referência regional para atendimento de urgência e

emergência, atendimento ambulatorial especializado, cirurgia cardíaca e parto de alto risco,

numa área com população de aproximadamente 500 mil habitantes. Conta com 169 leitos para

pacientes internados em tratamento clínico, cirúrgico e maternidade. Os pacientes ainda

contam com serviços de Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Assistência Social,

responsáveis por mais de 3.000 atendimentos e ações de apoio por mês. O Pronto-Socorro

está preparado para receber os casos mais graves e complexos da região, realizando mais de

4.500 atendimentos por mês. Os pacientes atendidos na urgência e emergência contam com a

infra-estrutura completa de um Hospital de grande porte. No atendimento ambulatorial, são

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mais de 4.400 atendimentos por mês, em diversas especialidades. Toda essa estrutura

funciona com o apoio de 760 funcionários, além de médicos, residentes, professores e alunos,

dedicados aos pacientes, seus amigos e familiares.

II- Ao serviço de enfermagem: Fundamentação legal do exercício profissional (Lei nº

7.498/86 e decreto nº 94.406/87), código de ética dos profissionais de enfermagem,

resoluções Cofen e decisões do Corens- Aspectos técnico-administrativos, dinâmica

de funcionamento das unidades nos diferentes turnos e indicadores de avaliação da

qualidade de assistência.

III- A clientela sistema de classificação de pacientes (SCP), realidade sócio-cultural e

econômica.

Art 3º O referencial mínimo para o quadro de profissionais de enfermagem incluindo

todos os elementos que compõe a equipe, referindo no Art 2º da Lei nº 7.498/86 para

as 24 horas na unidade de internação, considera o SCP, as horas de assistência de

enfermagem, os turnos e a proporção funcionário/ leito.

Art 4º Para efeito devem ser considerados horas de enfermagem, por leito, nas 24 horas:

Resolução 293/2004.

Quadro 1- Horas de enfermagem de acordo com a resolução 293/2004

• 3,8 horas de enfermagem por paciente, na assistência mínima ou autocuidado (PCM);

• 5,6 horas de enfermagem por paciente, na assistência intermediária (PCI);

• 9,4 horas de enfermagem por paciente, na assistência semi-intensiva (PCSI);

• 17,9 horas de enfermagem por paciente, na assistência intensiva (PCIt).

Tais quantitativos devem adequar-se aos elementos contidos no Art. 2º desta resolução:

2º O quantitativo de profissionais estabelecido deverá ser acrescido de um índice de

segurança técnica (IST) não inferior a 15% do total.

O cálculo é realizado através da fórmula abaixo referente à unidade de internação:

QUANTIDADE DE PESSOAL (QP) - é o número de profissionais de enfermagem

necessárias na unidade internação, com base no SCP e na TO.

Constante de Marinho (KM): Coeficiente deduzido em função de dias da semana,

jornada semanal de trabalho, e do IST.

KM= DST/JST x IST= 7/JST x IST= 7IST/JST

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Utilizaremos - se o coeficiente IST igual a 1,15 (15%) e substituiremos JST no

ambiente da clínica médica pelos seus valores assumidos 36h ou 40h. Para se encontrar o

valor de KM utiliza-se os resultados já pré calculados descritos na resolução do 293/2004 do

Coren e os valores respectivos serão:

KM(36) = 0,2236;

KM(40) = 0,2012.

TOTAL DE HORAS DE ENFERMAGEM (THE) - é o somatório das horas

necessárias para assistir os clientes com demanda de cuidados mínimos,

intermediários, semi - intensivos e intensivos.

Consideramos que:

THE = {(PCM x 3,8) + (PCI x 5,6) + (PCSI x 9,4) + (PClt x 17,9)}

E finalmente é substituído o total de horas de enfermagem e Coeficiente de Marinho

na equação abaixo obtemos a quantidade do pessoal de enfermagem:

QP= KM x THE

Ainda de acordo com a resolução COFEN- nº 293/2004 é determinado no:

Art. 6º - Cabe ao Enfermeiro o registro diário da(s):- ausências ao serviço de

profissionais de enfermagem; presença de crianças menores de 06 (seis) anos e de clientes

crônicos, com mais de 60 (sessenta) anos, sem acompanhantes; e classificação dos clientes

segundo o SCP, para subsidiar a composição do quadro de enfermagem para as unidades

assistenciais.

Art 7º- Deve ser garantida a autonomia do enfermeiro nas unidades assistenciais para

dimensionar e gerenciar o quadro de profissionais de enfermagem.

O método proposto para dimensionamento do pessoal de enfermagem compreende

então reconhecimento da situação, cálculo do pessoal, distribuição do pessoal, avaliação.

Observa-se a importância do instrumento de dimensionamento de pessoal de

enfermagem, tendo em vista que o número inadequado de profissionais lesa os pacientes no

seu no seu direito de assistência à saúde livre de riscos, podendo comprometer legalmente o

estabelecimento de saúde pelas falhas ocorridas na assistência (GAIDZINSKI,1991).

2.3.Sistema de Classificação de Pacientes.

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A classificação de pacientes surgiu no período de Florence Nightingale e a partir da

década de 1930, nos Estados Unidos, foi implantada em hospitais norte americanos com o

propósito de avaliar o paciente internado e a quantidade de recursos necessários para assisti-

los segundo o nível de gravidade e complexidade (LAUS e ANSELMI, 2004).

No Brasil, o SCP foi introduzido em 1972 e rapidamente incorporado como um

critério essencial para dimensionar pessoal de enfermagem (RIBEIRO, 1972).

É um meio de determinar o grau de dependência de um paciente em relação à equipe

de enfermagem com o objetivo de estabelecer o tempo despendido no cuidado bem como a

qualidade no atendimento (GAIDZINSKI,1994).

A utilização do SCP contribuirá na prática gerencial do enfermeiro uma vez que

evidência o tempo médio da assistência classificados por categorias e ajusta o serviço

prestado (GAIDZINSKI,1998).

Desde que iniciou sua utilização foram surgindo diversos modelos de instrumentos de

classificação de cuidados e necessidades dos pacientes para que a enfermagem possa ser

dimensionada de forma a atender a todos os pacientes mantendo a qualidade e proporcionando

um cuidado individualizado (PERROCA e GAIDZINSKI, 1998). A fim de se avaliar

necessidade de assistência Fugulin desenvolveu um instrumento de classificação de pacientes

(SCP). Esse sistema foi referendado pelo COFEN, na Resolução nº 189/96.

Utilizaremos o sistema de classificação de pacientes proposta por Fugulin que analisa

9 indicadores relacionados as necessidades do pacientes com a assistência de Enfermagem:

estado mental, oxigenação, sinais vitais, mobilidade, deambulação, alimentação, cuidado

corporal, eliminação e terapêutica.

A aplicação do cálculo proposto por Fugulin (1994) Anexo A e Cofen (2004) para o

dimensionamento da equipe de Enfermagem é embasado na Resolução do COFEN nº

293/2004. A distribuição percentual do total de colaboradores de acordo com o SCP está

apresentada no quadro abaixo:

Quadro 2- Número de profissionais de acordo com a categoria assistencial dos pacientes

Assistência mínima e intermediaria: de 33 a 37% são enfermeiros (mínimo de seis) e

os demais, Auxiliares e/ ou Técnicos de Enfermagem;

Assistência semi-intensiva: 42 a 46% são Enfermeiros e os demais, Técnicos e

Auxiliares de Enfermagem;

Assistência intensiva: 52 a 56% são Enfermeiros e os demais, Técnicos de

Enfermagem.

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Os pacientes são classificados segundo seu grau de dependências:

Pacientes de cuidados intensivos: Pacientes recuperáveis, com risco iminente de vida,

sujeitos à instabilidade de funções vitais, que requeiram assistência de enfermagem e

médica permanente e especializada (FUGULIN et.al, 1994).

Pacientes de cuidados semi-intensivos: Pacientes recuperáveis, sem risco iminente de

vida, sujeitos à instabilidade de funções vitais que requeiram assistência de

enfermagem e médica permanente e especializada. (FUGULIN et. al, 1994).

Alta dependência: Pacientes crônicos que requeiram avaliações médicas e de

enfermagem, estável sob o ponto de vista clínico, porém com total dependência das

ações de enfermagem quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas

(FUGULIN et.al, 1994).

Pacientes de cuidados Intermediários Pacientes estáveis sob o ponto de vista clínico e

de enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, com parcial

dependência de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas

(FUGULINet.al, 1994).

Pacientes de cuidados mínimos. Pacientes estáveis sob o ponto de vista clínico e de

enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, mas fisicamente

auto-suficientes quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas (FUGULIN

et. al, 1994).

Através da utilização do sistema de classificação de pacientes destacamos as

vantagens da utilização desse meio para os serviços de saúde:

Averiguar as necessidades dos pacientes e melhorar a competência da equipe;

Maior satisfação dos pacientes e equipe de enfermagem;

Maior efetividade e produtividade do pessoal de enfermagem.

Tanto no campo assistencial como no gerencial o suporte de classificação de paciente

serve para dar apoio no processo de tomada de decisão do enfermeiro (MARTINS, 2007).

Entendemos que utilização do SCP de Fugulin irá definir uma maneira de justificar a

necessidade de recursos humanos para atender as demandas da unidade e com tudo gerenciar

o trabalho de enfermagem na unidade de clínica médica de um hospital universitário.

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3. HIPÓTESE

Quais as características dos usuários atendidos na unidade de internação da clínica

médica, segundo o grau de dependência em relação ao cuidado de enfermagem?

Qual o quadro de profissionais de enfermagem necessário para assistir os pacientes

internados nas diferentes categorias de cuidados?

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4. JUSTIFICATIVA

A quantidade inadequada de profissionais em ambientes hospitalares é de nível nacional,

sendo uma preocupação para os enfermeiros e gerentes de unidades (GAIDSZINKI, 1998). A

falta de profissional prejudica a qualidade da assistência que se oferece ao paciente,

desmotiva a equipe que acabam sendo seriamente comprometidos com uma grande demanda

de pacientes e uma insatisfação por parte da equipe de profissionais.

O projeto desenvolvido será importante para os pacientes e para toda a classe da

enfermagem: Enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, reformulando o serviço

prestado diminuído a sobrecarga de trabalho para os profissionais e garantindo a qualidade no

atendimento ao paciente. Através de um instrumento de classificação de pacientes chamado

escala de Fugulin será determinando o grau de dependência dos pacientes pela equipe de

enfermagem. Os pacientes serão beneficiados obtendo a quantidade apropriada de

profissionais para atender suas necessidades o que vai garantir a assistência adequada durante

sua internação.

O projeto beneficiará os gestores da unidade com a obtenção de conhecimento sobre o

dimensionamento de pessoal de enfermagem e sua importância, provendo uma visão mais

ampla sobre o processo assistencial prestado pelos profissionais da enfermagem e a

dependência dos pacientes por eles e a importância do ajuste no quadro de profissionais

oferecendo condições para execução com qualidade das atividades previstas na assistência de

enfermagem ao paciente.

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5. OBJETIVOS

5.1 Objetivo Geral

Analisar o processo de trabalho na unidade de internação clínica médica.

5.2 Objetivos específicos

Avaliar o grau de dependência do pacientes internados aplicando SCP de Fugulin.

Aplicar a metodologia do dimensionamento de pessoal de enfermagem na unidade.

Determinar a quantidade adequada de profissionais no ambiente para garantia da

assistência prestada ao paciente.

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6. METODOLOGIA

6.1 Tipo de Estudo

A pesquisa caracterizou-se como descritiva exploratório, transversal, de abordagem

quantitativa. Foi um estudo de campo visando definir a qualidade da assistência de

enfermagem prestada ao paciente e o quantitativo profissional de enfermagem para melhor

atendê-los. Através do instrumento de classificação de pacientes de Fugulin foi determinado o

grau de dependência dos mesmos pela equipe de enfermagem.

A pesquisa desenvolvida possuiu aspectos teóricos foi realizada de forma adequada

dentro dos padrões. A realidade foi descrita conforme o conhecimento teórico. Segundo Filho

(2006) existe um trajeto metodológico a percorrer com materiais científicos totalmente

apropriados.

Portanto a metodologia foi desenvolvida após possuirmos um bom embasamento

teórico e após o estudo bibliográfico, assim adquirimos um bom conhecimento sobre o

assunto abordado, portanto nessa etapa foram definidos os objetivos, hipóteses e qual a coleta

de dados seria aplicada (MARCONI e LAKATOS, 1996).

Marconi e Lakatos, (1996) define a pesquisa de campo como a observação, e a

interação de pessoas em seu local de habitação um local determinado e específico fora dos

laboratórios.

.

6.2 Local do estudo

O estudo foi realizado em um Hospital Universitário do interior do estado de São

Paulo, localizado na cidade de Bragança Paulista, na unidade de internação da clínica médica.

6.3 Objetivo do estudo

Foram analisadas as anotações de enfermagem referente ao grau de dependência contido

nos prontuários de todos os pacientes que estiverem internados no setor da clínica médica de

um Hospital Universitário no período de realização da pesquisa.

6.4 Critérios de Inclusão

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Foram incluídos na pesquisa todos os prontuários dos pacientes internados na clínica

médica no período da pesquisa.

6.5 Critérios de Exclusão.

Paciente internados em outros setores.

6.6 Fonte de Dados

Como fontes de dados, utilizamos o instrumento de classificação de pacientes de

Fugulin (Anexo A) que considera os pacientes de acordo com o grau de dependência da equipe de

enfermagem sendo extremamente útil no dimensionamento de pessoal. Apoiados com

referências bibliográficas impressas ou virtuais como Lilacs, Scielo, além de periódicos e

livros. Assim foi possível desenvolver uma boa discussão, em cima de todas as informações

levantadas. Para a pesquisa no banco de dados foram utilizadas as seguintes palavras chaves:

Dimensionamento, Sistema de classificação de pacientes, Assistência de enfermagem, Clínica

médica e Recursos humanos.

6.6.1 Procedimento Ético-Legal

Para que a projeto fosse desenvolvido e inicia- se o trabalho em campo foi necessário

a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa – CEP da Universidade São Francisco – USF

sendo ele um órgão colegiado, de natureza técnico-científica, vinculado à Reitoria da

Universidade São Francisco e constituído nos termos da Resolução nº 196, do Conselho

Nacional de Saúde. (Apêndice E) Ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São

Francisco compete regulamentar, analisar e fiscalizar a realização de pesquisa envolvendo

seres humanos, seguindo as Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas

Biomédicas Envolvendo Seres Humanos (Conselho das Organizações Internacionais das

Ciências Médicas – CIOMS/OMS, Genebra, 1982 e 1983). Assim que autorizado pelo o CEP

iniciamos as seguintes etapas do trabalho.

Foi enviada ao Comitê de Ética em Pesquisa uma solicitação de despensa do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido, por se tratar essa pesquisa somente da análise das

anotações de enfermagem referente ao grau de dependência dos pacientes, contidas nos

prontuários daqueles internados na clínica médica no período da coleta de dados. (Apêndice

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36

C).

Este estudo, embora realizado por meio da análise dos prontuários dos pacientes, não

acarretou riscos à saúde física e mental dos mesmos, visto que não foi utilizada nenhuma

forma de intervenção.

6.6.2 Procedimento de coleta de dados

A coleta de dados foi realizada através de análise em prontuários, no período

vespertino entre os dias 12 de Janeiro de 2015 a 10 de Fevereiro de 2015 por 30 dias

consecutivos.

6.6.3 Procedimento de análise de dados

O trabalho foi anexado na plataforma Brasil (anexo D) e após a autorização do

hospital (anexo F) foram coletadas as informações, analisadas e apresentadas na forma de

tabelas e gráficos. Os dados obtidos através da aplicação do instrumento de classificação de

pacientes que determina e validam as necessidades de cuidado estão agrupados. As

informações estão descritas de uma forma que haja facilidade na interpretação dos resultados

alcançados.

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7. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃODOS RESULTADO

Entende-se que o dimensionamento pessoal de enfermagem é ponto de partida para prever

o número necessário de profissionais por categoria de cuidado, a fim de garantir as

necessidades de assistência prestada aos pacientes (GAIDZINSKI, 1998). Partindo desse

pressuposto e a fim de avaliar a categoria de profissionais internados na unidade no período

de 12 de janeiro a 10 de fevereiro de 2015 totalizando 30 dias foi realizado o cálculo do

dimensionamento de pessoal de enfermagem na unidade da clínica médica de um hospital

universitário do interior de São Paulo.

Para concepção dos resultados foi utilizado o instrumento de classificação de pacientes

proposto por Fugulin, esse instrumento foi legalizado pelo COFEN na resolução nº 293/04.

Trata- se de uma ferramenta que facilita o trabalho do enfermeiro quanto gestor. Permite

nortear o grau de dependência dos pacientes pela equipe de enfermagem garantindo assim a

prestação de um serviço de qualidade aos pacientes. Através desse foi possível classificar o

grau de dependência dos pacientes internados na unidade.

7.1 Características do hospital

O hospital de estudo iniciou suas atividades em 1974 e hoje possui mais de 35 anos de

existência. Atualmente é reconhecido pelo Ministério da Saúde e da Educação como Hospital

de ensino.

Realiza atividade de alta complexidade, desenvolvimento de pesquisas e intervenções

elevadas como cirurgia cardiovascular e transplante renal.

É considerada referência regional para atendimento de urgência e emergência,

atendimento ambulatorial especializado, cirurgia cardíaca e parto de alto risco, em uma área

com população de aproximadamente 500 mil habitantes.

O hospital conta com 169 leitos para pacientes internados em tratamento clínico,

cirúrgico e maternidade. A instituição destaca-se na região pela competência acadêmica e

técnica de seu corpo clínico, formado por 220 profissionais que atuam em 38 especialidades.

Nossa coleta de dados foi realizada no setor da clínica médica desse hospital

universitário, é composto por 24 leitos. No total foram analisados 625 prontuários de

pacientes internados na clínica médica em período de 30 dias consecutivos no período de 12

de Janeiro de 2015 a 10 de Fevereiro de 2015.

A tabela a seguir mostra o número de pacientes segundo a categoria de cuidados.

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38

Tabela 1- Distribuição dos pacientes da Unidade da Clínica Médica seguindo a categoria de

cuidados Bragança Paulista, 2015.

Conforme a tabela e o gráfico 1 foram identificados 625 pacientes internados destes

432 (69,12%) pertenciam a categoria de cuidados mínimos, 105 (16,8%) cuidados

intermediários. Alta depêndencia corresponde a 62 (9,92%), 23 (3,68) eram de semi

intensivos seguido de 3 (0,48%) como intensivos.

Gaidzinki, Fugulin e Castilho (2005) revelam que os pacientes devem ser classificados

diariamente uma vez ao dia sendo que o resultado da classificação diária dos pacientes

fornecem a média diária dos mesmo de acordo com a depêndencia pela equipe de

enfermagem.

Gráfico 1- Distribuição dos pacientes da clínica médica seguindo a categoria do cuidado em

um Hospital Universitário de Bragança Paulista, 2015.

A porcentagem maior de pacientes refere-se a pacientes de cuidados mínimos. Os

pacientes classificados nessa categoria segundo o a Resolução 293/2004 do COFEN são

aqueles que estão estáveis sob o ponto de vista clínico e de enfermagem, e fisicamente auto-

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

%

CATEGORIA DE CUIDADO DE PACIENTES INTERNADOS NA CLINICA MÉDICA

Nº % Média

Mínimo

432 69,12 14,4

Intermediário 105 16,8 3,5

Alta dependência 62 9.92 2,06

Semi-intensivo 23 3,68 0,76

Intensivo 3 0,48 0.1

TOTAL 625 100% 20,82

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39

suficientes quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas, ou seja, dependo menos

da equipe de enfermagem

Abaixo será apresentado a definição de cada cuidado segundo o grau de depêndencia

conforme proposto por Fugulin, et.al (1994):

Pacientes de cuidados mínimos. Estáveis sob o ponto de vista clínico e de enfermagem

que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, mas fisicamente auto-suficientes

quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas (FUGULIN et.al, 1994).

Pacientes de cuidados Intermediários: Estáveis sob o ponto de vista clínico e de

enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, com parcial

dependência de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas

(FUGULIN et.al, 1994).

Pacientes de cuidados intensivos: Recuperáveis, com risco iminente de vida, sujeitos à

instabilidade de funções vitais, que requeiram assistência de enfermagem e médica

permanente e especializada (FUGULIN et.al, 1994).

Pacientes de cuidados semi-intensivos: Recuperáveis, sem risco iminente de vida,

sujeitos à instabilidade de funções vitais que requeiram assistência de enfermagem e

médica permanente e especializada (FUGULIN et.al, 1994).

Alta dependência: Pacientes crônicos que requeiram avaliações médicas e de

enfermagem, estável sob o ponto de vista clínico, porém com total dependência das

ações de enfermagem quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas

(FUGULIN et.al, 1994).

Para os pacientes com idade superior a 60 anos, sem acompanhante, classificado pelo

SCP com demanda de assistência intermediária ou semi-intensiva é necessário que seja

acrescido 0,5 às horas de enfermagem conforme constam na Resolução N° 293/2004 do

Cofen.

A seguir apresentamos o quantitativo de pacientes maiores de 60 anos e sua classificação

de cuidado.

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40

Tabela 2- Distribuição dos pacientes com idade superior a 60 anos do Hospital

Universitário Bragança Paulista 2015.

PACIENTES INTERNADOS NA CLÍNICA MÉDICA COM IDADE SUPERIOR A

60 ANOS

%

Cuidados Mínimos 82

79,6

Alta dependência 15

14,6

Intensivo

3

2,9

Intermediário 3

2,9

Sem acompanhantes 5

4,8

Total 103 100%

De acordo com a tabela 2, e o gráfico 2 pode se observar 103 pacientes com idade

superior a 60 anos. Dos 103 somente 5 (4,8%) não tinham acompanhantes. Sendo eles 3

(2,9%) da categoria assistencial de cuidados mínimos 1 (0,97%) de cuidados intermediários e

1 (0,97%) de cuidados semi-intensivos.

Foi possível analisar que a minoria (4,9%) dos pacientes com idade superior a 60 anos

não ficaram com acompanhantes durante o período de internação.

Gráfico 2: Número total de pacientes x quantidade de pacientes idosos com idade superior a

60 anos

A lei nº 10.741 de 1º outubro de 2003 no artigo 16 descreve o direito o pacientes

internados com idade superior a 60 anos de ficar um acompanhante durante sua permanência

no hospital.

Sabe- se que durante a velhice o risco de hospitalização aumenta devidas situações

agudas ou crônicas, os idosos constituem a faixa etária que mais utiliza os cuidados

0

100

200

300

400

500

600

700

1 2

PACIENTES:

IDOSOS > 60 ANOS

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hospitalares. Para Carvalhais e Sousa (2007) a internação de idosos envolve questões

especiais como psicológicas de medo da internação ou da morte e maior dependência pela

equipe de enfermagem.

Diante desse cenário observamos a importância do apoio dos familiares e da equipe de

enfermagem no processo assistencial desses pacientes. Cleveland (1994) refere que os

familiareas são considerados uma necessidade de auxilio no tratamento do paciente.

Lautert, Echer e Unicovsky(1998) relatam que durante a internação o paciente

atravessa uma fase difícil e a presença dos familiares junto a eles interfere de forma positiva

no tratamento, os familiares são responsáveis pelo apoio emocional aos pacientes e ajudam na

prestação de cuidados beneficiando os mesmo. Os pacientes quando recebem alta hospitalar

necessitam de cuidados específicos no ambiente doméstico e esse período de internação o

acompanhante deve ser habilitados, ou seja, orientados e treinados pelos profissionais para os

cuidados a serem prestados em casa.

Para Laus e Anselmi (2004) a presença de familiares juntos aos pacientes com idade

superior a 60 anos deve influenciar no tempo de cuidados prestados pela equipe de

enfermagem, porém para esses autores a maioria dos acompanhantes não possui preparo

suficientes e adequados para colaborar com o cuidado dos pacientes e com equipe de

enfermagem durante a permanência dos mesmos no hospital.

Segundo Carvalhais e Sousa (2007) o enfermeiro desenvolve um papel fundamental

em relação aos idosos dentro das instituições hospitalares, pois prestam assistência 24 horas a

esses pacientes que de certa forma são mais dependentes da equipe de enfermagem quando

comparado a pacientes mais novos por apresentarem mais dificuldades na realização de

atividades funcionais.

Um estudo realizado em junho de 2009 em uma UTI do Sul do Brasil com 11 técnicos

de enfermagem revelou que os acompanhantes também são uma causa de sobrecarga aos

técnicos, uma vez que os técnicos devem explicar todos os procedimentos aos familiares, os

familiares não possuem suporte emocional para ficarem no ambiente, os familiares são muitos

e sempre trocam os acompanhantes. Segundo a pesquisa realizada por Luz, et.al (2009) a

presença do acompanhante pode ser considerada a sobrecarga de trabalho que referem

técnicos e auxiliares de enfermagem.

A equipe de enfermagem incluindo os enfermeiros técnicos e auxiliares são

responsáveis pela assistência aos idosos durante seu período de internação hospitalar para isso

é necessário o desenvolvimento de uma prática qualificada e resolutiva distribuindo o tempo

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42

adequado para as tarefas visto que essa faixa etária depende diretamente da equipe de

enfermagem (HAGUETTE, 1995).

7.2 Distribuição de funcionários segundo a escala de serviços da clínica médica

de um hospital universitário

Para Silva, Souza e Freitas, (2011) é dever do enfermeiro da unidade a realização da

escala mensal e diária dos funcionários, como gerente deve integrar o dimensionamento e a

distribuição do pessoal de enfermagem.

De acordo com Rangel e Évora (2007) a elaboração de uma escala de trabalho é uma

tarefa difícil aos enfermeiros, pois além de complexa demanda muito tempo dos profissionais.

Na realização dessa escala devem ser levados em considerações pelo enfermeiro diversos

fatores como, por exemplo: nº de funcionários, carga horária, grau de dependência dos

pacientes, licença médica, férias, produtividade dos funcionários escala dos, com objetivo da

garantia da assistência aos pacientes.

No quadro abaixo está apresentado a escala de funcionários dos profissionais do

hospital estudado, dos meses de Janeiro e Fevereiro que correspondem aos meses que

realizamos a coleta de dados.

Quadro 3:Escala de funcionários do mês de Janeiro e Fevereiro de 2015 da clínica médica.

JANEIRO / FEVEIREIRO

DIVISÃO

DE

PLANTÃ

O

CATEGORIA

PROFISSIONAL

Nº DE

FUNCIONÁRIOS

NA ESCALA TRABALHANDO FÉRIAS

LICENÇA

INSS

Plantão par Diurno

Técnicos auxiliares

de enfermagem 7 / 7 4-5 / 3-4 0 / 0 0 / 0

Plantão

ímpar Noturno

Técnicos auxiliares

de enfermagem 8 / 7 4-5 / 5-6 1 / 1 0 / 0

Plantão

impar Diurno

Técnicos auxiliares

de enfermagem 5 / 6 4-5 0 / 1 0 / 0

Plantão par Noturno

Técnicos auxiliares

de enfermagem 7 / 6 3-4 1 / 1 1 / 1

Enfermeiros 5 / 6 1 -(Coordenadora)

1 - (Por

plantão) 1 - folga

(Fev)

A ausência do trabalho causa um impacto econômico e na produção operacional,

aumentam os custos, reduzem eficiência no trabalho e são causas de sobrecarga de trabalho

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aos profissionais, pois acabam executando tarefas dos ausentes (QUICK, LAPERTOSA,

1982).

O absenteísmo é a ausência do empregado ao trabalho no período em que os mesmo

deveriam estar trabalhando normalmente, essas ausências podem ser faltas, licença médicas,

ou dispensa para cursos, congressos ou suspensão disciplinar são consideradas as ausências

não previstas (CHIAVENATO, 2002).

No quadro abaixo está demonstrado separadamente o número de falta dos

profissionais de enfermagem no mês de janeiro e fevereiro. Esse dado foi coletado com a

enfermeira coordenadora da clínica médica do hospital em estudo.

Quadro 4- Taxa de absenteísmos em dias dos meses de janeiro e fevereiro de 2015 na clínica

médica.

TAXA DE ABSENTEÍSMO DOS MESES DE JANEIRO E FEVEREIRO

PLANTÃO

JANEIRO

FEVEREIRO

TOTAL

Diurno par 5 2 7

Diurno ímpar 5 3 8

Noturno par 20 30 50

Noturno ímpar 12 10 22

Total mês 32 45 72

O quadro 5 mostra o número de faltas em dias nos meses de janeiro e fevereiro dos

técnicos, auxiliares e enfermeiros que trabalham na unidade da clínica médica.

7.3 Dimensionamento de pessoal de enfermagem na clínica médica de um

hospital universitário.

Para realizar o cálculo de dimensionamento de pessoal de enfermagem seguiram-se as

orientações proposto pela Resolução Cofen N° 293/2004.

Os resultados estão demonstrados em forma de gráficos de tabelas. Realizamos a

classificação dos pacientes diariamente e encontramos o perfil dos pacientes internado nesse

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período na unidade. Segundo o artigo 2° da Resolução COFEN n° 293/2004 o

dimensionamento e a adequação quantiqualitativa do quadro de profissionais de enfermagem

devem basear-se em características relativas à instituição, ao serviço de enfermagem e à

clientela.

No estudo foi apresentado:

Taxa de ocupação da unidade

Total de horas de enfermagem – THE (de acordo com o cálculo presente na Resolução

Cofen N° 293/2004).

Definição da quantidade da quantidade de pessoal preconizada pela Resolução Cofen

N° 293/2009.

Definição do percentual do quantitativo médio diário de profissionais de enfermagem.

Para a Associação Paulista de Medicina e o Conselho Regional de Medicina de São

Paulo(1992) a taxa de ocupação hospitalar é um indicador utilizado para avaliar o

desempenho da instituição. Pode se considerar um instrumentos de gestão para estimar a

assistência prestada, a quantidade e tipo de recursos envolvidos, controle dos custos

gerados na produção dos serviços e grau de resolutividade. Trata-se da relação percentual

entre o número de pacientes dia, e o número de leito dia em determinado período.

Para se determinar a taxa de ocupação é necessário realizar a seguinte fórmula:

𝑇𝑂 = 𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑎𝑜 𝑑𝑖𝑎

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑎𝑜 𝑑𝑖𝑎∗ 100

Número de Leitos-dia: Os leitos-dia correspondem a leitos operacionais ou disponíveis,

incluídos os leitos extras com pacientes internados acima de 24 horas, o que significa que o

número de leitos-dia pode variar de um dia para o outro de acordo com o bloqueio e

desbloqueio de leito e com a utilização de leitos extras.

Calculamos essa taxa de ocupação usando o total da média diária conforme consta na

tabela 1, dividimos pelo número de leitos disponíveis na clínica e multiplicamos por 100.

𝑇𝑂 = 20,82

24∗ 100

𝑻𝑶 = 𝟖𝟔, 𝟕𝟓

Para dar início ao cálculo de dimensionamento de pessoal de enfermagem foi

necessária a aplicação do sistema de classificação de pacientes. Existem vários sistemas de

classificação de pacientes (SCP) que foram criados na tentativa de melhor retratar a realidade

das unidades hospitalares, entretanto, apesar de abranger diferentes serviços, não existe

nenhum instrumento específico para ser aplicado na unidade da clínica médica tendo em vista

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a rotatividade do setor em relação ao número de paciente e categoria assistencial. A

Resolução n° 293/2004, não faz citação contrária ao uso de qualquer SCP do mesmo modo

que a Resolução n° 189/1996, sugere a utilização do SCP proposto inicialmente por Fugulin,

et.al(1994).Portanto para classificação dos pacientes internados na unidade em que realizamos

a coleta de dados utilizamos o sistema de classificação de pacientes proposto por Fugulin.

Diariamente foi aplicado o instrumento proposto por Fugulin e avaliado o paciente internado.

No final da coleta pode-se observar que a categoria predominante de cuidados da clínica

médica no período da coleta foi de cuidados assistenciais mínimos conforme apresentado na

tabela 1.

Para que haja um atendimento com garantia das necessidades física e psíquica do

paciente é preciso que o dimensionamento de pessoal de enfermagem seja adequado com as

exigências evidenciada em cada paciente pelo grau de cuidados comprovado no sistema de

classificação de pacientes (OLIVEIRA et.al. 2011).

Para Fugulin, et. al. (2012) como a resolução COFEN nº293/04 não referendou a

categoria de cuidados alta dependência de Enfermagem, que compõe o instrumento de

classificação de pacientes de Fugulin os pacientes classificados nessa categoria de cuidados

devem ser considerados, para efeito de cálculo, como pertencentes à categoria de cuidados

semi-intensivos, uma vez que o perfil de dependência de cuidados de enfermagem dessas duas

categorias é semelhante.

Para resolução do cálculo de dimensionamento de pessoal de enfermagem

consideramos os pacientes de alta depêndencia como semi-intensivo tendo em vista a

resolução do COFEN nº 293/2004.

Para realização do cálculo foi utilizado a fórmula a seguir:

𝐾𝑀 = 𝐷𝑆 ∗ 𝐼𝑆𝑇

𝐽𝑆𝑇

Onde:

KM = Constante Marinho

Para encontrar o valor de KM utilizam-se os resultados já pré-calculados descritos na

resolução 293/2004 do Cofen, conforme mostra o quadro abaixo:

Quadro5: Valores de KM de acordo com as horas semanais de trabalho determinados pelo

Cofen na resolução 293/2004:

Coeficiente de Marinho Horas Semanais Resultado

Km (20) 0,4025

Km (24) 0,3354

Km (30) 0,2683

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Km (32,5) 0,2476

Km (36) 0,2236

Km (40) 0,2012

Km (44) 0,1828

O quadro 6 mostra os valores pré calculados disponíveis na resolução do Cofen

293/04, o valor que utilizamos é de 36 horas semanais.

KM (36h) = 0,2236;

DS = dias da semana = 7

JST = jornada semanal de trabalho 36h

IST = Índice de segurança técnica = 15% = 1.15. Segundo a resolução do Cofen 293/2004,

quando 60% ou mais do total de profissionais de enfermagem, que atuam nas unidades de

internação, estiver com idade acima de 50 anos, aumentar mais 10% ao IST da unidade, ou

seja, 25% (IST mínimo 15% +10% =25%). Não foi necessário, pois na unidade onde

realizamos a coleta de dados somente 01 funcionária tem idade superior 50 anos.

O total de horas de Enfermagem (THE) é o somatorio das horas necessárias para

assistir os clientes com demanda de cuidados mínimos, intermediários, semi-intensivo e

intensivo.

Para realização do cálculo do total de horas de enfermagem foi utilizado a fórmula a

seguir, conforme conta na resolução Cofen 293/04:

𝑻𝑯𝑬 = {(𝑷𝑪𝑴 ∗ 𝟑, 𝟖) + (𝑷𝑪𝑰 ∗ 𝟓, 𝟔) + (𝑷𝑪𝑺𝑰 ∗ 𝟗, 𝟒) + (𝑷𝑪𝑰𝒕 ∗ 𝟏𝟕, 𝟗)}

Onde:

PCM: Número de pacientes de cuidados mínimos;

PCI: Número de pacientes de cuidados intermediários;

PCSI: Número de pacientes de cuidados semi-intensivo;

PCIT: Número de pacientes de cuidados intensivos.

Para se encontrar o THE é necessário antes de fazer o cálculo multiplicar o número de

pacientes por categoria de cuidados por 86.75% que é referente à taxa de ocupação conforme

descrito na resolução abaixo:

𝑇𝐻𝐸 = {(𝑃𝐶𝑀 𝑥3,8) + (𝑃𝐶𝐼 𝑥 5,6) + (𝑃𝐶𝑆𝐼 𝑥 9,4) + (𝑃𝐶𝑙𝑡 𝑥 17,9) }

𝑇𝐻𝐸 = (14,4𝑥3,8) + (3,5 𝑥5,6) + (2,82𝑥9,4) + (0,1𝑥17,9)

𝑇𝐻𝐸 = {(14,4𝑥 86,75% 𝑥 3,8) + (3,5 𝑥 86,75% 𝑥 5,6) + (2,82 𝑥 86,75% 𝑥 9,4) + (0,1𝑥 86,75% 𝑥 17,9)}

𝑇𝐻𝐸 = (47.4696) + (17.003) + (22.99569 + 0.5) + (1.552825 + 0.5)

𝑻𝑯𝑬 = 𝟗𝟎. 𝟎𝟐𝟏𝟏𝟓

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O valor acrescentado de 0,5 de horas ao cuidados semi intensivo e intensivo é

referente aos pacientes com idade superior a 60 anos sem acompanhante conforme consta na

resolução N° 293/2004 do Cofen.

E finalmente é substituido o total de horas de enfermagem (THE) encontrado e o

Coeficiente de Marinho (valor pré estabelecido) na equação abaixo onde obtemos a

quantidade do pessoal de enfermagem:

QP: Quantidade de Pessoal de Enfermagem

KM: Coeficiente de Marinho ( utilizamos o valor já pré calculado conforme a

resolução do Coren de 293/2004 para 36 horas semanais de jornada de trabalho): 36horas =

(0,22).

THE: Total de Horas de Enfermagem: Valor encontrado com a resolução da equação

descrita acima). THE: 90.02115

𝑄𝑃 = 𝐾𝑚 𝑥 𝑇𝐻𝐸

𝑄𝑃: 0,22 𝑥 90.02115

𝑸𝑷: 𝟐𝟎

Segundo a resolução do COFEN n° 293/2004 a distribuição percentual do total de

colaboradores deve ser de acordo com o SCP ( sistema de classificação de pacientes)

Essa mesma resolução refere que a distribuição de profissionais por categoria deverá

seguir o grupo de pacientes de maior prevalência, no nosso caso foi os pacientes de cuidados

mínimos.

Assistência mínima e intermediária: de 33 a 37% enfermeiros (mínimo de 6 e os

demais auxiliares e ou técnicos de enfermagem)

A seguir calculamos a quantidade necessária de enfermeiros com base nas equações já

realizadas acima, conforme é estipulado pela formula do dimensionamento pessoal de

enfermagem.

A quantidade de pessoal encontrada na fórmula é de 20 (QP), o que corresponde a

100% dos colaboradores de enfermagem. Sendo que 33 a 37% desses colaboradores deverão

ser enfermeiros.

Abaixo a resolução do cálculo da quantidade necessária de enfermeiro na unidade de

clínica médica do hospital universitário onde realizamos nossa coleta de dados:

20 100%

𝑋 35%

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100 𝑥 = 700

100

𝒙 = 𝟕 𝒆𝒏𝒇𝒆𝒓𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔

Os demais colaboradores correspondem ao número de técnicos e auxiliares de

enfermagem.

Técnicos e Auxiliares de Enfermagem = 13. Esse número de colaboradores é

correspondente às 24 horas de assistência.

A seguir está demonstrado no quadro 5 a quantidade de colaboradores necessários na

unidade de clínica médica segundo o cálculo de dimensionamento pessoal de enfermagem.

Quadro 6: Distribuição dos profissionais segundo o cálculo de dimensionamento pessoal de

enfermagem. Bragança Paulista 2015

CATEGORIAS

Plantão

Par

Plantão

Ímpar

Plantão

Ímpar

Plantão

Par

TOTAL

Diurno Noturno Diurno Noturno

Enfermeiro 2 1 2 1 6

Coordenadora 1 1

Técnico e

auxiliares 3 e 1/2 3 3 e ½ 3 13

O quadro 6 mostra a distribuição do número de profissionais dimensionados por

categoria, conforme proporção estabelecida na Resolução Cofen nº 293/2004 em um período

de 30 dias.

Comparando o número de profissionais disponíveis no setor com o número

determinado pelo cálculo de dimensionamento pessoal de enfermagem podemos observar que

o número de enfermeiros disponíveis no setor não está de acordo com o que demanda o

cálculo. Através do cálculo notamos que para o setor seria necessário 07 enfermeiros para as

24 horas de assistência e o número de enfermeiros disponíveis é de 5.

Silva e Marziale (2000) referem que o número inadequado de profissionais de

enfermagem pode interferir negativamente no processo de trabalho da equipe, uma vez que

reflete na sobrecarga de trabalho, descontentamento dos profissionais e na diminuição da

qualidade do cuidado com o paciente.

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49

Um estudo realizado em 2004 em um hospital de ensino do Distrito Federal que teve

por objetivo identificar as atividades que enfermeiros realizam em diferentes unidades de

internação inclusive na clínica médica, evidenciou que os enfermeiros tem se ocupado mais

com as atividades administrativas. Para os autores são necessário que os enfermeiros não se

prendam somente as funções administrativas devem planejar o tempo e atuar também na

assistência aos pacientes buscando a melhoria da qualidade assistencial (COSTA, 2004).

A função de enfermeiro dentro uma instituição hospitalar é complexa e de grande

importância requer muito tempo dos profissionais, os quais são responsáveis pela unidade

hospitalar em seus mínimos detalhes, analisando o pessoal, materiais, normas e rotinas,

averiguando antecipadamente o que fazer, quem fazer e a maneira de fazer (ANTUNES,

1993).

Diante desse cenário observarmos a importância do dimensionamento correto na

unidade, um número adequado de profissionais permite que se possa cumprir aquilo que é de

sua função.

Para Gaidzinski (2005), avaliar a quantidade adequada do profissional enfermeiro

pode ser considerado como parte efetiva do gerenciamento, pois interfere na humanização da

assistência e na qualidade do serviço prestado pela equipe. Esses mesmos autores

complementam dizendo que o quantitativo adequado de profissionais de enfermagem reflete

no padrão de cuidados que pretendem oferecer os serviços de saúde.

Segundo a resolução do Cofen Nº 458 de 29/07/2014, artigo 10, inciso III é atribuição

dos enfermeiros RTs:

Realizar o dimensionamento de pessoal de Enfermagem, conforme o disposto na

Resolução Cofen nº 293/2004 informando, de ofício, ao representante legal da

empresa/instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem.

Para que se adeque o quadro insuficiente de profissionais dentro uma instituição o

enfermeiro RT deve realizar dimensionamento de pessoal de enfermagem tendo em vista que

o número adequado de enfermeiro permite estruturar os processos de trabalho, implantar

todos os passos da Assistência de Enfermagem (SAE), para melhor segurança do paciente e

diminuição de sobrecarga de trabalho. E entre eles o desenvolvimento de trabalho gerencial

que também é função do enfermeiro (COFEN nº358/2009).

Para chegar ao número de profissionais adequados de técnicos e auxiliares de

enfermagem após a classificação de pacientes realizados através do sistema de Fugulin

realizamos o cálculo de dimensionamento de pessoal de enfermagem que além de determinar

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50

o número adequado de enfermeiros nos permitiu analisar o número adequado de técnicos e

auxiliares de enfermagem para a unidade em questão.

Os técnicos de enfermagem são profissionais com formação de nível médio regulado

pela Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. Esses profissionais compõem a equipe de

enfermagem juntamente com o enfermeiro e auxiliar de enfermagem.

Para categoria de técnicos e auxiliares de enfermagem o cálculo de dimensionamento

determinou a necessidade de 13 técnicos para 24 horas de assistência. Na escala da unidade

existe uma média de 27 técnicos nesse período. Observa-se que na unidade em questão existe

um número superior de técnicos e auxiliares de enfermagem do que preconizado pelo cálculo

de dimensionamento de pessoal.

Devemos considerar que no hospital que realizamos a coleta de dados existe uma

grande rotatividade de pacientes, exatamente nesses meses de coleta a maioria deles foram

classificados como cuidados mínimos dependendo menos de equipe de enfermagem; porém

não existe um perfil fixo da categoria de cuidado que se encontra na clínica médica desse

hospital. Essa questão fica evidente através dos relatos dos profissionais e do que observamos

na unidade, meses depois da coleta de dados em visita notamos que o perfil dos pacientes

internados já mudou dependendo mais da equipe de enfermagem.

Almeida e Rocha (1997) descrevem que a sobrecarga de técnicos e auxiliares pode ser

relacionada com diversos fatores, não somente ao número diminuído de funcionários que

trabalham no setor, pode estar relacionado com turno de trabalho, remuneração entre outros.

Sabe-se que a enfermagem ao longo de sua jornada vem se modificando na dimensão do

processo de trabalho, profissionais da enfermagem vivenciam uma rotina de trabalho

estressante e sem planejamento operacional de suas atividades cotidianas o que ocasiona uma

sobrecarga devido a uma longa jornada de trabalho.

O número de profissionais de enfermagem interfere diretamente no cuidado

assistencial, segundo a resolução 293/2004 do COFEN entre diversos indicadores de

qualidade refere à sistematização de enfermagem (SAE). A SAE é considerada um importante

instrumento para os enfermeiros e técnicos de enfermagem que prestam cuidados

constantemente aos pacientes e serve como uma maneira de organizar o processo de trabalho.

É necessário que os técnicos e auxiliares de enfermagem tenham conhecimento sobre a

importância desse instrumento que é desenvolvido pelo enfermeiro. Esse instrumento

permitirá que os técnicos e auxiliares estruture seu trabalho e planeja suas atividades,

garantindo aos pacientes uma assistência de qualidade (LEADEBAL, FONTES e

SILVA2010).

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Cucolo e Perroca (2010) descrevem que a sobrecarga de trabalho da equipe de

enfermagem pode comprometer a prática assistencial aumentando índices de morbidade e de

mortalidade dos pacientes e o aumentando o tempo de internação.

Sabendo disso e tendo em vista que o processo de enfermagem é concebido como um

instrumento para organizar a assistência e prescrever os cuidados de enfermagem, melhorando

a qualidade da assistência, foi realizado um estudo no ano 2013 sobre o entendimento dos

profissionais de nível técnico de enfermagem de um hospital de ensino sobre o processo de

enfermagem e evidenciou que apesar do pouco conhecimento sobre o processo de

enfermagem demonstrado pela equipe pesquisada de técnicos e auxiliares, percebeu-se que a

visão desses profissionais de nível médio está ampliada em relação ao papel do instrumento,

notam eles que esse instrumento serve para estruturar a prática do cuidado e organizar o

tempo da equipe de enfermagem (SOUSA, et.al. 2013).

Por isso é tão importante analisar o número adequado de profissionais de enfermagem

inclusive os fatores que podem estar prejudicando uma assistência de qualidade aos pacientes.

Para se adequar o número de profissionais de enfermagem a unidade deve avaliar

demandas do trabalho de enfermagem, as tarefas a eles atribuídas, deve considerar as

atividades que deverão ser realizadas, a dependência de enfermagem a clientela, os recursos

materiais disponíveis, as características trabalhadores que compõem o quadro funcional

(CHENSO, 2004).

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8. CONCLUSÃO

O presente estudo buscou evidenciar a importância da aplicação do cálculo de

dimensionamento de pessoal de enfermagem na unidade de clínica médica de um hospital

universitário do interior de São Paulo e analisar o processo de trabalho dos profissionais de

enfermagem. Através desse estudo foi possível analisar a característica de pacientes

internados, o número necessário de profissionais para garantia de assistência aos pacientes e

comparar o número determinado pelo cálculo de dimensionamento de pessoal de enfermagem

pelo número existente na unidade. Abaixo podemos notar as seguintes conclusões encontradas

com o estudo:

No período da coleta de dados foram identificados 625 (100%) pacientes, 432

(69,12%) foram classificados como categoria de cuidados mínimos, 105 (16,8%)

intermediários, 62 (9,92%) de alta dependência, 23 (3,68%) de semi-intensivo e

3(0,48%) de cuidados intensivos.

O maior número de pacientes internados na clínica médica no período da coleta de

dados foi pacientes de cuidados mínimos, são aquele que estão estáveis sob o ponto de

vista clínico e de enfermagem, e fisicamente auto-suficientes quanto ao atendimento

das necessidades humanas básicas. Dependendo menos da equipe de enfermagem,

segundo a Resolução 293/2004 do COFEN.

Com idade superior a 60 anos havia 103 pacientes. Dos 103(100%) somente 5 (4,8%)

não ficaram com acompanhantes.

A taxa de ocupação da unidade onde realizamos a coleta de dados foi de 86,75.

A quantidade de pessoal (QP) encontrada pelo cálculo de dimensionamento de pessoal

de enfermagem foi de 20 profissionais sendo eles: 07 enfermeiros e 13 técnicos e

auxiliares de enfermagem. Atualmente no setor existem 05 enfermeiros para as 24

horas de assistência o que mostra um subdimensionamento por parte destes

profissionais. Em relação aos técnicos e auxiliares de enfermagem a unidade

atualmente conta com 27 técnicos para as 24 horas de assistência comparando esse

número pelo determinado pelo cálculo observamos que existe um

superdimensionamento na categoria desses profissionais.

Este estudo foi importante, pois auxilia no processo de gerenciamento, planejamento e

na melhoria da assistência de enfermagem, contribuindo para o bem estar dos pacientes

internados.

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante nosso estudo podemos observar a importância de ter um número adequado de

profissionais de enfermagem no ambiente hospitalar para garantir a qualidade da assistência

prestada.

Segundo Inoue e Matsuda (2009) para alcançar os níveis assistenciais adequados é

indispensável à gestão de pessoas na área de enfermagem.

Quando se tem o número adequado de profissionais de enfermagem é possível que o

enfermeiro realize o trabalho assistencial e de gerenciamento que cabe a ele e juntamente com

os técnicos e auxiliares garantam a eficácia no cuidado prestado aos pacientes e promovam o

andamento do setor.

Percebemos que a função do enfermeiro é complexa, destacamos que dentre tantas

funções ele é o responsável pelos cuidados assistenciais e por gerenciar os números

adequados de recursos humanos para que os pacientes recebam a um atendimento

diferenciado já que prática do cuidar é função da equipe de enfermagem.

O processo de trabalho na clínica médica do hospital do estudo é um dos aspectos que

sugerimos estudos mais aprofundados, uma vez que notamos que o grau de dependência dos

pacientes é muito relativo, existe uma rotatividade na categoria assistencial dos pacientes que

internam, tem meses que são menos dependentes da equipe e em outros dependem mais,

sugerimos que a classificação dos pacientes seja feitas em um período superior a 30 dias, para

que se consiga avaliar melhor as características dos pacientes que internam nesse ambiente.

Se bem estruturado o processo de trabalho e o número de funcionário de acordo com o que o

demanda o setor é possível que seja alçado o nível máximo em eficiência no cuidado com o

paciente.

Analisar o quantitativo de profissionais da unidade nos permitiu concluir que para

garantir uma assistência de qualidade aos pacientes são necessárias adequações do quadro de

profissionais. Segundo Gaidzinki (1994) a percepção do quadro insuficiente, embora dentro

dos parâmetros preconizados, indica a necessidade da realização de estudos mais

aprofundados, referentes às horas de assistência de enfermagem

Portanto a sobrecarga de trabalho que notamos durante a pesquisa para a categoria de

técnicos de enfermagem pode também esta relacionada a outros fatores não somente ao

número de funcionários.

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De uma forma geral acreditamos que nosso estudo poderá contribuir positivamente

para o setor na clínica médica desse hospital uma vez que adequarmos o número de

enfermeiros e analisarmos o porquê da sobrecarga de trabalho dos técnicos a qualidade

assistencial prestada pela equipe de enfermagem será mais eficiente, diminuirá o tempo de

internação dos pacientes assim a instituição diminuirá custos.

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ANEXO A

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APÊNDICE B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem na Clínica Médica de um Hospital Universitário

Eu,...................................................................................................................................................RG..............

..................., abaixo assinado, dou meu consentimento livre e esclarecido para participar como voluntário

do projeto de pesquisa supra-citado, sob a responsabilidade do(s) pesquisador(es) Gisleide de Carvalho

Góes Fernandes, Izaele Maria da Silva Oliveira e Jéssica Aparecida Glória Curso de Enfermagem da

Universidade São Francisco.

Assinando este Termo de Consentimento estou ciente de que:

1 - O objetivo da pesquisa é verificar o processo de trabalho na unidade de internação clínica

médica

2- Durante o estudo usaremos um sistema de classificação dos pacientes e será realizada no mês

de Janeiro diariamente com carga horária de 15 horas semanais.

3- Será aplicado um questionário que visa avaliar a satisfação do paciente quanto a assistência

prestada pela equipe de enfermagem da unidade.

4 - Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a minha

participação na referida pesquisa;

5- A resposta a este (s) instrumento(s)/ procedimento(s) não causam riscos conhecidos à minha

saúde física e mental

6 - Estou livre para interromper a qualquer momento minha participação na pesquisa, o que não me

causará nenhum prejuízo;

7 – Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos na pesquisa serão

utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho, expostos acima, incluída sua publicação na

literatura científica especializada;

8 - Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco para apresentar

recursos ou reclamações em relação à pesquisa pelo telefone: 11 - 24548981;

9 - Poderei entrar em contato com o responsável pelo estudo Gisleide de Carvalho Góes Fernandes,

sempre que julgar necessário pelo telefone número (011) 90000-0000

10- Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá em meu poder

e outra com o pesquisador responsável.

Local:_________________________ Data__/__/__

Assinatura do Sujeito de Pesquisa ou

Responsável:______________________________

Assinatura do Pesquisador

Responsável:_____________________________

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APÊNDICE C

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ANEXO D

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ANEXO E

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ANEXO F