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  • 1. 0 ANTIGOTESTAMENTO INTERPRETADO

2. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSCULO POR VERSCULO por Russell Norman Champlin, Ph. D. Voiume 3 II REIS I CRNICAS II CRNICAS ESDRAS NEEMIAS ESTER J D igitalizao : P resbtero E d i o : E scriba D igital 2aEdio - 2001 DireitosReservados I4AGNOS Editora Hagnos Rua Belarmino Cardoso de Andrade, 108 So Paulo - SP - CEP 04809-270 - Cidade Dutra 3. Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Champlin, Russell Norman, 1933- O Antigo Testamento interpretado:versculo por versculo: II Reis, I Crnicas, II Crnicas, Esdras, Neemias, Ester, J, volume 3 / por Russell Norman Champlin. 2. ed. So Paulo : Hagnos, 2001. Bibliografia. 1. Bblia. A.T. - Crtica e interpretao I. Ttulo. 01-2009 CDD-221.6 ndices para catlogo sistemtico: 1. Antigo Testamento : Interpretao e crtica 221.6 ISBN 85-88234-17-3 Coordenao de produo Mauro WanderleyTerrengui Coordenadora editorial MarileneG.Terrengui Reviso Andrea Filatro ngela Maria Stanchi Sinzio Editorao, fotolito, impresso e acabamento Associao Religiosa Imprensa da F 1aEdio: Abril 2000 - 5000 exemplares 1a Edio Editora Hagnos: Julho 2001 - 3000 exemplares Publicado no Brasil com a devida autorizao e com todos os direitos reservados pela: EDITORA HAGNOS Rua Belarmino Cardoso de Andrade, 108 Cidade Dutra - So Paulo, SP CEP 04809-270 4. O Livro que Conta Histrias dos Reis de Israel e Jud 5. V A Disse o Senhor: Tambm a Jud removerei de diante de mimf como removi a Israel, e rejeitareiesta cidade deJerusalm... II Reis 23.27 II Reis 25 Captulos 719 Versculos 6. 1466 II REIS INTRODUO Esboo: I. Caracterizao Geral II. Antigas Formas Desses Livros III. Autoria IV. Fontes V. Data VI. Provenincia VII. Motivos e Propsito VIII. Cronologia IX. Cnon X. Contedo e Mensagem XI. Grfico dos Reis I. Caracterizao Geral Os livros de I e II Reis, que formavam um nico livro de acordo com o cnon hebreu, so livros histricos do Antigo Testamento, inclu dos entre os profetas anteriores, ou seja, os livros de Josu at II Re:s, que se seguem ao Pentateuco. Esses livros narram a histria de Israel desde a conquista da terra de Cana (sculo XIII A.C.) at a queda de Jerusalm, em 586 A.C. A histria sempre foi importante para os hebreus. Nesses livros h um autntico material histrico, conforme admitem at mesmo os mais liberais eruditos. Os livros de I e II Reis fornecem-nos a histria de Israel desde os ltimos dias de Davi e da ascenso de Salomo (cerca de 970 A.C.) at o aprisionamento do rei Jeoaquim, em uma priso na Babilnia, por Amel-Marduque, em cerca de 561 A.C. Muitos estudiosos crem, que esses livros, confor me os temos atualmente, incorporam duas edies, a primeira das quais teria sido publicada em cerca de 600 A.C., escrita por um histori ador deuteronmico e a segunda, que conteria material suplementar, relativo principalmente nao do norte, Israel, que teria sido produzi da cerca de cinqenta anos mais tarde (ver sobre Data, abaixo). Esses livros mencionam vrias fontes informativas, pelo que o autor sagrado, mesmo que tenha sido contemporneo de alguns dos eventos histri cos, foi, essencialmente, um compilador. Ver abaixo, sobre as Fontes Informativas. Os historiadores respeitam esses livros cannicos como obras srias, embora supondo alguns que ali h um certo colorido, com propsitos pessoais e teolgicos. Por serem complementares do livro de Deuteronmio, eles expem os grandes ideais da doutrina deuteronmica, como a centralizao de toda a adorao sacrificial no templo de Jerusalm, ou como a doutrina da retribuio divina segundo os feitos humanos, bons ou maus. Esses livros recebem seu nome devido palavra inicial, no texto hebraico, do livro de I Reis, wehammelek, isto , e o rei bem como devido ao fato de que essa poro das Escrituras trata principalmente da descrio dos feitos e do carter dos monarcas de Israel e de Jud. II. Antigas Formas Desses Livros Na Bblia em hebraico, esses dois livros formavam um nico volume, ou rolo. A diviso do livro em dois, ocorreu na Septuaginta, por razes prticas. O hebraico, que era escrito somente com as consoantes, ocupa muito menos espao do que o grego, que tem vogais como letras separadas. Quando esse livro foi traduzido para o grego, pois, ocupava tanto espao que no era prtico deix-lo sob a forma de um s rolo ou volume. Por isso, foi dividido em duas por es. A diviso no apareceu na Bblia hebraica seno quando Bomberg imprimiu a Bblia hebraica, em Veneza, em 1516-1517. Essa diviso tambm apareceu na Vulgata Latina impressa. Na Vulgata Latina e na Septuaginta, os livros de I e II Samuel, I e II Reis so tratados como uma histria contnua, pelo que ali temos os livros de I, II, III e IV Reis. Embora a diviso entre I e II Reis seja totalmente arbitrria, tem sido preservada nas verses das lnguas vernculas. Essa arbitrria diviso corta bem pelo meio a narrativa sobre o reina do de Acazias. O primeiro captulo de II Reis termina a narrativa sobre o seu governo. Ainda mais estranho que a histria do profeta Elias, e a uno de Eliseu, aparecem em I Reis; mas o final dramti co do ministrio de Elias aparece em II Reis. III. Autoria A tradio judaica piedosa, segundo refletida no Talmude (Baba Bathra 14b) diz que Jeremias foi o autor desses livros. Essa idia defendida por alguns estudiosos com base no fato de que parte desse livro (II Reis 25:27-30; atribuda por alguns a um outro autor, que teria comeado a escrever em II Reis 23:26) poderia ter sido escrita por Jeremias, para nada dizermos sobre a primeira poro, porquanto a tradio judaica afirma que Nabucodonosor levou esse profeta para a Babilnia, depois que aquele monarca conquistou o Egito, em 568 A.C. Na Babilnia, conforme prossegue a histria, Jeremias morreu quando j tinha mais de noventa anos de idade. Segundo esse ponto de vista, a compilao em duas pores fica justificada (ver sobre Fontes, quar to ponto). E a avanada idade de Jeremias teria sido suficiente para satisfazer a cronologia envolvida. Naturalmente, precisamos depender da tradio, a fim de encontrar apoio para essa posio. E muitos duvidam da preciso desta tradio. Por esse motivo, outros eruditos opinam que tenha havido dois distintos autores-compiladores, defen sores das tradies teolgicas do livro de Deuteronmio, pelo que foram chamados de autores deuteronmicos. A linguagem usada por Isaas, por Jeremias e pelo autor do livro de Deuteronmio assemelha-se dos livros de Reis, por conterem um tipo comum de admoestao, de exortao, de reprimenda e de encorajamento, reiterando os mesmos grandes temas da centraliza o da adorao, no templo de Jerusalm, e da doutrina da retribui o divina, juntamente com uma rgida avaliao espiritual das per sonagens descritas nesses escritos. Os eventos ali registrados co brem um perodo de quatrocentos anos; mas sabemos, com base nas fontes informativas usadas, que tudo foi um trabalho de compila o, em sua maior parte, e que o autor sagrado foi contemporneo apenas de uma pequena parte dos eventos registrados. Mesmo que Jeremias no tenha sido o autor, perfeitamente possvel que, pelo menos, uma parte dos eventos tenha ocorrido durante a vida do autor sagrado. Provavelmente esse autor foi um profeta, o que se reflete no esprito proftico com que esses livros foram escritos. Em cada gerao do povo de Israel, parece que os profetas mostraram-se ativos, sempre intervindo na poltica da nao, e no apenas no culto religioso de Israel. Houve um nmero muito maior de profetas que escreveram narrativas, do que aqueles cujos livros foram includos no cnon hebreu. Ver os comentrios sobre Fontes, quarto ponto. IV. Fontes Com base em informes nos prprios livros de Reis, sabemos que a poro maior de I Reis (pelo presumvel primeiro autor-compilador) dependeu pesadamente de fontes informativas j existentes: 1. O livro da histria de Salomo (I Reis 11:41). 2. O livro da histria dos reis de Israel (I Reis 14:19). 3. O livro da histria dos reis de Jud (I Reis 14:29). A primeira dessas obras era uma espcie de louvor a grandes homens, com o propsito de salientar a sabedoria, a magnificncia e o resplendor do reinado de Salomo. Trata-se de algo similar s memri as dos reis persas. Todos os detalhes foram arranjados de tal modo que fazem os adversrios de Salomo parecerem uns anes, em con traste com ele. As outras duas fontes informativas so mais histricas do que biogrficas e religiosas, provavelmente representando anais oficiais reais. Os hebreus sempre mostraram ser muito sensveis para com a histria, e esses anais foram cuidadosamente compilados. 4. Alguns eruditos propem que os captulos sexto a oitavo de I Reis constituam o reflexo de uma fonte informativa independente, provendo informaes sobre a construo do templo de Jerusalm, sua forma de culto e sua dedicao, embora outros duvidem que isso corresponda realidade dos fatos. 7. II REIS 1467 5. Parece que o autor sagrado tambm tinha acesso a algum tipo de coleo de livros a respeito de Isalas, narrando sobretudo o tem po quando ele era amigo e conselheiro de certos reis (II Reis 18:13-20 e capitulo dezenove). 6. A histria do reino sobrevivente de Jud, mediante a soltura, no exilio, do rei Jeoaquim (II Reis 18 25) que se aliceraria sobre uma fonte ou fontes informativas distintas, embora no identificadas. Grande parle dessa fonte deve ter sido constituda por narrativas de testemunhas pessoais, compiladas pelo prprio autor sagrado ou por aqueles cujo material escrito foi aproveitado. Os Profetas e seus livros. As diversas fontes informativas por trs dos livros dos Reis dizem-nos aquilo que tambm nos dito em outras fontes, ou seja, que houve uma grande atividade de crnica em Israel, com o envolvimento de vrios profetas, de cujos escritos o Antigo Testamento apenas uma representao parcial. Sabe-se da existncia de vrios livros de profetas como: a. Crnicas registradas por Samuel, o vidente (I Cr. 29:29). b. Crnicas de Gade, o vidente (I Cr. 29:29). c. Livro da histria de Nat, o profeta (II Cr. 9:29). d. A profecia de Aias, o silonita (II Cr. 9:29). e. Livro da histria de Ido, o vidente (II Cr. 12:15). f. Livro da histria de Semaas, o profeta (II Cr. 12:15). g. Histria do profeta Ido (II Cr. 13:22). h. Os atos de Uzias, escritos pelo profeta Isaas (II Cr. 26:22). V. Data Como bvio, todo o material tomado por emprstimo foi escri to antes de ter sido usado na compilao que h nos livros dos Reis. Como uma unidade, a data no pode ser anterior a 562 A.C., quando, ao que sabemos, Jeoaquim foi liberado de sua priso, na Babilnia (II Reis 25:27-30). Esse informe histrico fala sobre os favores que lhe foram prestados no fim de sua vida, pelo que o autor sagrado estava escrevendo alguns anos aps a soltura de Jeoaquim. possivel que a compilao final tenha ocorrido em cerca de 550 A.C. Entretanto, esse dado poae ter sido adicionado a uma composio escrita anterior. possvel que a poro maior desse livro tenha sido escrita durante o cativeiro babilnico, ou seja, entre 587 e 538 A.C. Alguns estudiosos, porm, acham que devemos pensar em uma data aps a morte de Josias (609-600 A.C.), pois supem que o autor sagrado tenha sido o primeiro a usar o material histrico derivado do recm-descoberto livro de Deuteronmio que, ao que se presume, apareceu em 621 A.C. A lei, sem-par, do santurio central, que figura no dcimo segundo captulo de Deuteronmio, supostamente, seria o princpio avalia dor dos reis, conforme salientado nos livros dos Reis. Esses eruditos tambm afirmam que um segundo escritor deuteronomista acrescentou a narrativa sobre a liberao do rei Jeoaquim, que seria a seo de II Reis 25:27-30. Essas teorias, porm, no pas sam de especulaes, no havendo maneira histrica, digna de confiana, que nos permita confirm-las ou rejeit-las. VI. Provenincia J pudemos notar que os livros de Reis esto, intimamente rela cionados s atividades literrias dos profetas hebreus. Tendo sido esse o caso, provvel que esses livros tenham sido escritos em uma das cidades onde essa atividade aconteceu. Os centros profti cos estavam localizados nas reas fronteirias, entre as naes de Israel, ao norte, e Jud, ao sul. Lugares como Betei, Gilgal e Mizpa eram centros de ensino, nos dias de Samuel (I Sam. 7:16). Essas cidades, alm de Jeric, eram centros dessa natureza, nos dias de Elias e Eliseu. As duas capitais, Samaria (de Israel, ao norte) e Jerusalm (de Jud, ao sul) ficavam cerca de sessenta e cinco quil metros uma da outra, e as cidades das fronteiras eram suficiente mente distantes para que um profeta pudesse expressar idias, mas no to distantes que no tivesse informaes exatas sobre o que estava ocorrendo em ambas as capitais. Portanto, uma das cidades acima mencionadas pode ter sido o local da compilao de nossos livros de Reis. Entretanto, um lugar como cidade da Babilnia tam bm conta com pontos em seu favor, se os livros de Reis foram escritos durante o cativeiro babilnico. VII. Motivos e Propsito O autor da suposta primeira edio de livros dos Reis era aamirador do rei Josias, o modelo perfeito de rei aos moldes deuteronmicos. Ele tambm se entusiasmava diante da grandeza de Salomo, pelo que lanou mo da fonte que descrevia os resplendores do reinado salomnico. Porm, os livros de Reis no esto interessados em meros registros histricos. H ali tentativas para avaliar a espiritualidade dos reis envolvi dos, e, nossa avaliao, projetar aos leitores o tipo de lderes espirituais que convm ao povo. A espiritualidade sofreu um retrocesso, diante da diviso em duas naes, Israel e Jud, A correta adorao era aquela que se efetuava no templo de Jerusalm. As divises e hostilidades entre os homens servem como empecilhos aos propsitos divinos, felizmente transponveis. Os homens tm de pagar um preo por causa disso, porquanto Deus um rgido avaliador e juiz das aes humanas. O propsito do autor sagrado claramente revelado em I Reis 2:3,4, nas instrues finais dadas por Davi a Salomo: Guarda os preceitos do Senhor teu Deus, para andares nos seus caminhos, para guardares os seus estatutos, e os seus mandamentos, e o seus juzos, e os seus testemunhos, como est escrito na lei de Moiss, para que prosperes em tudo quanto fizeres, e por onde quer que fores; para que o Senhor confirme a palavra que falou de mim... H um s Deus, como tambm um riico santurio. Todos os homens so responsveis, diante de Deus. A lei da colheita segundo a semeadura haver de prevalecer. A vida dos homens prova esses fatos. Contudo, a misericrdia divina e o destino da alma tm prosse guimento. A narrativa da soltura de Jeoaquim no deve ser conside rada um mero apndice. Antes, uma nota de esperana. Deus, embora muito severo em seus juzos, nunca abanaonou o seu povo. Ele exilou o seu povo em razo de seus pecados; mas no deixou de restaur-los. A linha davdica no fora finalmente rejeitada. A histria da redeno tinha prosseguimento. VIII. Cronologia O leitor poder consultar o artigo sobre a Cronologia do Antigo Testamento. Ali fica demonstrado que as cronologias antigas no tinham a finalidade de serem exatas, historicamente falando. Havia outras foras por trs delas. Em primeiro lugar, h simetria. Anos foram adicionados ou subtrados, a fim de emprestar simetria s listas cronolgicas. Em segundo lugar, interesses pessoais, crenas, etc. podem ter alterado as listas. Um indivduo mpio, assim sendo, era eliminado de uma lista por razo de sua iniqidade. Em terceiro lugar, as cronologias, tal como as genealogias, eram apenas repre sentativas, e no absolutas. Especificamente, no que diz respeito aos livros de Reis, o perodo da monarquia dividida apresentado junta mente com um cuidadoso sistema de referncias cruzadas, entre os reis de Jud e de Israel. Apesar disso, evidentemente est em opera o a atividade simetrista, porquanto a soma dos anos de governo dos reis de Israel, em um dado perodo, no corresponde soma dos anos de governo dos reis de Jud, durante o mesmo perodo. O perodo desde a subida ao trono de Reoboo at a morte de Azarias aparece como noventa e cinco anos, mas o perodo correspondente em Israel, de Jeroboo at a morte de Joro, aparece como noventa e oito anos. Alm disso, o total de anos de governo desde Atalias at o sexto ano do reinado de Ezequias de cento e sessenta e cinco anos; mas, o mesmo perodo em Israel, de Je at a queda de Samaria, aparece como cento e quarenta e trs anos e sete meses. Parte dessa discrepncia pode ser explicada pela contagem de parte de anos como se fossem anos inteiros. Tambm h o problema da co-regncia, onde pai e filhos compartilhavam do trono por certo nmero de anos, embora esses anos fossem subseqentemente alis tados em separado, nos clculos cronolgicos. Ver os casos de Davi e Salomo (I Reis 1:34,35) e de Azarias e Joto (II Reis 15:5). 8. 1468 II REIS A isso podemos acrescentar o problema do uso de dois tipos de calendrio em Israel, o civil e o religioso que eram diferentes um do outro. Ver sobre o Calendrio, onde damos um grfico sobre o calendrio judaico, ilustrando a questo. Vrias obras descrevem em detalhes as razes possveis dessas discrepncias cronolgicas, sendo fcil negli genciarmos a mais grave delas, a saber, que os antigos autores simples mente, no se preocupavam com cronologias exatas, conforme os mo dernos historiadores fazem, pelo que nenhum exame e manipulao podem explicar as coisas que aparecem nessas genealogias bblicas. O artigo no Dicionrio ilustra abundantemente essa declarao. Seja como for, as listas e as datas dos reis de Israel e de Jud, incluindo as comparaes entre essas listas, aparecem no artigo sobre Cronologia, em seu quinto ponto, Perodos Bblicos Especfi cos. f. Da fundao do Templo de Salomo at a sua Destruio. IX. Cnon Provemos no Dicionrio um artigo sobre o assunto, no caso do Antigo e do Novo Testamento, onde oferecemos detalhes. A questo complexa, porquanto, em nosso cnon sagrado, h livros, de am bos os Testamentos, que por muito tempo no foram universalmente aceitos. Porm, no que tange aos livros de Reis, que, originalmente, eram apenas um rolo ou livro o cnon hebraico nunca os omitiu. De acordo com Josefo, o cnon dos judeus ficou completo por volta de 400 A.C., composto de vinte e dois livros, que correspondem exata mente aos trinta e nove livros do Antigo Testamento de edio pro testante, ainda que a ordem desses livros no seja a mesma na Bblia hebraica e na Bblia crist. Para os hebreus, os livros de Reis faz parte dos escritos dos profetas. Nos arranjos posteriores, porm, os nossos livros de Reis aparecem entre os livros histricos. X. Contedo e Mensagem 1. Salomo, o Rei (I Reis 1:1 11:43) a. Subida ao trono (1:1-53) b. Recomendaes de Davi (2:1-46) c. Casamento e sabedoria (3:1-28) d. Sua administrao (4:1-34) e. Suas atividades como construtor (5:1 8:66) f. Sua prosperidade e esplendor (9:1 10:29) g. Sua apostasia (11.43) 2. Reinados comparativos de reis em Israel e em Jud (I Reis 12:1-11 Reis 17:41) a. Reoboo-Josaf (I Reis 1 2 22) b. Jeoro-Acaz (II Reis 8 16) c. Ezequias-Amom (II Reis 18-21) d. Josias-Zedequias (II Reis 22 25) 3. Reis de Jud, aps a queda de Samaria, at a queda de Jerusalm (II Reis 18:1 25:26) a. Ezequias (18:1 20:21) b. Manasss (21:1-18) c. Amom (21:19-26) d. Josias (22:1 -2 3 :3 0 ) e. Jeoacaz (23:31-35) f. Joaquim (23:36 24:7) g- Jeoaquim (24:7-17 e 25:27-30) h. Zedequias (24:18 25:26) Julgamentos de Valor e Histria. O autor sagrado no temia fazer julgamentos de valores. Mostrou-se sempre cnscio das operaes de Deus entre os homens, bem como da responsabilidade dos homens dian te de Deus. Os principais aspectos de sua mensagem so bons para qualquer poca. H um s Deus. Deus severo e inflexvel em relao ao pecado. Para o autor sagrado, devemos ter uma viso testa de Deus, um Deus que galardoa e castiga. Deus imanente em sua criao. Ver no Dicionrio os artigos Tesmo, em contraste com o Desmo. O pecado uma questo sria, que resulta em desastre para a alma, conforme a histria dos livros de Reis o demonstra. A comunidade dos homens considerada responsvel, e no apenas o indivduo. H misericrdia divina e restaurao, porquanto Deus est esperando para acolher queles que se voltam para ele de todo o corao, de toda a alma (I Reis 8:48). O cativeiro foi revertido por meio do retomo. As realizaes religiosas dos reis parecem mais importantes para o autor sagrado, do que seus feitos polticos e militares. Dois desses reis, Onri e Jeroboo II, que obtiveram o maior sucesso econmico e poltico, merecem breves comentrios apenas. Os historiadores se culares, porm, ter-se-iam demorado mais sobre esses dois. Mas o autor dos livros de Reis no se interessou muito por eles. A Acabe e seus filhos foram dedicadas vrias pginas, no porque foram bons, como reis ou como homens, mas por causa de seus conflitos com Elias e Eliseu. E o autor sagrado anelava por contar essa histria com pormenores. Reis como Josaf, Ezequias, e Josias recebem descries entusiasmadas, porquanto lideraram movimentos de re forma religiosa. Teologicamente falando, esses livros complementam a narrativa da histria de Israel, sob a orientao divina, conforme vemos nos livros de xodo, Josu, Juizes e I e II Samuel. O autor sagrado deve ter sido um profeta-historiador, e o resultado de seus esforos foi uma histria de forte cunho religioso. XI. Grficos dos Reis ver 16.9 9. II REIS 1469 Ao Leitor Na Introduoa l-ll Reis, forneo ao leitor informaes sobre tpi cos como autoria, formas antigas do livro, fontes de informao, data, provenincia, motivos e propsitos, cronologia, cnon, contedo e um grfico dos reis. O leitor srio familiarizar-se- com esses assuntos antes de comear o estudo desses livros. Na Bblia hebraica, I e II Reis formavam um nico livro. Criei para eles uma introduo nica, pois, de fato, formam uma unidade que no foi sabiamente dividida. A diviso dos livros de Reis comeou na ver so da Septuaginta, e esse modo de manusear o material foi adotado pelas tradues modernas. Naquela verso, I e II Samuel so chama dos de I e II Reis, e I e II Reis so chamados de II e IV Reis. Titulo. Esses dois livros so chamados de Reisporque registram e interpretam os atos e os reinados de todos os reis de Israel (o reino do norte) e de Jud (o reino do sul), exceto o reinado de Saul. Os ltimos dias de Davi esto registrados em I Reis, ao passo que a maior parte de sua histria aparece em I e II Samuel. O ttulo Reis apareceu pela primeira vez na traduo latina de Jernimo, que surgiu na cena pbli ca cerca de seis sculos aps a Septuaginta ter sido publicada. Escopo. I e II Reis registram a histria de Israel desde o come o do movimento para levar Salomo ao trono, at o fim do reinado de Zedequias, o ltimo dos reis de Jud. Foi em seu tempo que ocorreu o cativeiro babilnico (cerca de 597 A. C.). O cativeiro assrio, que levou cativos do reino do norte para um pas estrangei ro, aconteceu em cerca de 722 A. C. Um remanescente voltou de Jud para comear tudo de novo, mas o cativeiro assrio ps fim absoluto ao reino do norte, excetuando aqueles que porventura se tinham mudado para o reino do sul. Ver no Dicionrio os verbetes chamados Cativeiros; Cativeiro Assirio; Cativeiro Babilnico; Israel, Reino de; Reino de Jud e Rei, Realeza, quanto a detalhes e grficos sobre os reis. Narrativas Paralelas. O autor sagrado dos dois livros de Reis apresentou relatos paralelos dos reis de Israel e de Jud, indo para Israel e depois para Jud, em uma ordem cronolgica aproximada. Ele no apresentou primeiramente todos os reis de Israel, e ento todos os reis de Jud. O autor sacro aplicou esse seu mtodo com considervel habilidade. II Reis continua a histria dos reinos at os cativeiros. Inclui a translao de Elias e o ministrio de Eliseu. Durante esse perodo, Ams e Osias profetizaram em Israel; e Obadias, Joel, Isaas, Miquias, Naum, Habacuque, Sofonias e Jeremias, em Jud... Os eventos registrados no livro (de acordo com Ussher) cobrem um perodo de cerca de trezentos e oito anos (Scofield Reference Bible, na introduo ao livro). A queda, tanto de Israel quanto de Jud, interpretada em termos do julgamento do Senhor (OxfordAnnotated Bible, introduo). Citaes no Novo Testamento: Marcos. 16.9 (II Reis 2.11) Lucas'. 9.54 (II Reis 1.10) Apocalipse: 6.10 (II Reis 9.7); 9.21 (II Reis 9.22); 11.5 (ll Reis 1.10); 11.12 (II Reis 2.11); 19.2 (II Reis 9.7); 20.9 (II Reis MO) 10. 1470 II REIS Captulo Um Acazlas de Israel (1.1-18) Estes versculos registram o reaparecimento de Elias, a morte de Acazias e a subida de Jeoro ao trono de Israel" [Oxford Annotated Bible, vs. 1). II Reis 3.4-27 apresenta uma narrativa mais completa da tentativa malsucedida de Jeoro de reconquistar Moabe. Cf. I Reis 22.1-37. A chamada pedra Moabita nos d o prprio relato do rei Mesa sobre a revolta. Moabe revoltou-se contra Israel (que mantinha um pais em vassalagem), nos dias de Onri, pai de Acabe. Captulos 1 a 17. Esta seo de II Reis continua a histria de Israel e Jud, iniciada no captulo 12 de I Reis. Termina com o cativeiro assrio do reino do norte, Israel, em cerca de 722 A. C. (Thomas L. Constable, in loc.). 1.1 Depois da morte de Acabe, revoltou-se Moabe. Moabe tinha sido um vassalo de Israel. Mas no tempo do rei moabita, Mesa, Moabe rebelou-se contra o reino do norte, depois da morte de Acabe. Portanto, foi a morte de Acabe que encorajou Moabe rebeldia. Acabe foi um homem bom e forte, exceto em sua espiritualidade, pois era um idlatra corrupto. Militarmente, porm, ele sempre conseguiu vencer, mesmo contra adversrios muito superiores. O trecho de I Reis 16.29-22.40 conta- nos a histria desse rei de Israel. No era sbio tentar nenhum movimento de libertao mais importante enquanto ele vivesse. Mas sua morte apresentou tempos melhores para a revolta. As tentativas de Moabe no obtiveram sucesso inicialmen te, mas afinal as coisas melhoraram para os moabitas. Esta passagem cf. I Reis 16.21-24. Davi quem tinha reduzido pela primeira vez Moabe vassalagem (ver II Samuel 8.2; 23.20). Ver o artigo detalhado existente no Dicionrio intitulado Moabe. 1.2 E caiu Acazlas. A narrativa do breve dia e do governo desse rei de Israel teve incio em I Reis 22.52-53.1e II Reis, na Bblia hebraica, formavam um nico livro e, realmente, no havia nenhuma interrupo entre os dois livros. Portanto, aqui a histria desse homem, que era filho de Acabe e Jezabel, continua. Ver sobre ele no Dicionrio. Acazias estava amaldioado por maus pais. Ele foi criado na casa da cruel dade e da irreligiosidade. Acabe e Jezabel eram seus pais! Como podia um filho de tal casal fazer outra coisa seno ter um mau fim? Acazias andou pelo caminho de seu pai, e pelas veredas de sua me (I Reis 22.53). Ruskin observou que a histria de uma nao no se escreve por suas guerras, e, sim, por seus lares (Raymond Calking, in loc.). Na verdade, lares onde dominam a ganncia, a luxria, o materialismo, as indulgncias exageradas e a sensualidade so lugares apropriados para a criao de crianas perturbadas, pelo menos do ponto de vista espiritual. Apesar de no haver garantias bons pais, s vezes, produzem filhos maus um bom lar oferece a melhor esperana para que os filhos obtenham a virtude. A Queda de Acazias. Os cenculos (no hebraico, aliyyah) normalmente eram uma cmara sobre o teto de uma casa, construda sobre um porto da cidade (II Samuel 18.33), no canto de um telhado de casa (Neemias 3.31). Usualmente dispu nham de uma escadaria para acesso. O cenculo de Acazias era rodeado por alguma espcie de cerca. Ao que tudo indica, Acazias chegou perto demais; a cerca partiu-se e ele desabou. A queda no o matou instantaneamente, mas o feriu de tal modo que ele nunca mais se recuperou. Josefo (Antiq. IX. 2.1), entretanto, conjecturou que ele caiu quando comeava a descer pela escadaria. Ou ento havia uma grade protetora em uma larga janela aberta, que deixava entrar ar para ventilao. Acazias apoiou-se nessa grade, ela cedeu, e ele caiu. Buscando Ajuda Divina. A queda afetou muito a sade de Acazias. Talvez tenha havido infeces e hemorragias internas. Assim sendo, ele buscou ajuda em altar ou santurio do deus pago Baal-Zebube, uma das divindades do panteo de Ecrom. Esse culto no era para alguma obscura divindade local, conforme alguns tm pensado, mas antes, uma manifestao local do baalismo. (Ver sobre Baal, Baalismo, no Dicionrio. E ver tambm o artigo geral chamado Idolatria.) No altar ou santurio (ou talvez at templo) haveria sacerdotes capazes de receber orculos. Ver no Dicionrio os artigos chamados Orculos e Adivinhaes. Baal significa senhor, e Baal-Zebube quer dizer senhor das moscas, com referncia a seu alegado poder de livrar as pessoas das pragas de moscas. Entretanto, a maneira original de grafar a palavra era Baal-Zebul, que significa senhor exaltado. Entre seus muitos poderes estava, alegadamente, o seu poder de curar, sendo essa a razo pela qual ele foi consultado, em lugar de qualquer outro deus. Quanto a detalhes sobre essas questes, que no repito aqui, ver no Dicionrio o artigo intitulado Baal (Baalismo). Ecrom. Ver sobre esse nome no Dicionrio. A maioria das cidades antigas era centro de culto idoltrico. 1.3 O anjo do Senhor. Ver no Dicionrio o verbete chamado Anjos. Algumas vezes eles eram agentes de comunicao da vontade divina, dando mensagens especificas de orientao. Oh, Senhor, concede-nos tal graa! Cf. I Reis 19.5-9. Ver no Dicionrio o artigo chamado Desenvolvimento Espiritual, Meios do. Nossa vida espiritual deve transcender os caminhos deste mundo. Nossa mente deve estar sintonizada com o Ser divino, o que no fcil neste mundo caracterizado pela maldade, pelo materialismo, pelos cultos falsos e por uma psiquiatria pura mente secular. Tambm existem cincias pseudopsquicas, que prometem mais do que do. Elias, tesbita. Este homem estava de voita. Isso constitua ms notcias para qualquer membro da famlia de Acabe. A queda completa e a destruio da dinastia de Acabe haviam sido profetizadas. Ver I Reis 21.21,22,29. Elias tinha sido o agente dessas profecias, e agora Acazias tinha a m sorte de entrar em contato direto com esse temido profeta de Yahweh. Ver no Dicionrio o artigo chamado Elias. O anjo do Senhor falara a Elias, instruindo-o a interceptar os mensageiros de Acazias, que estavam a caminho para consultar Baal-Zebube (vs. 2). Uma dura mensagem de repreenso deveria ser dita. Havia o Deus verdadeiro em Israel para ser consultado, Yahweh-Elohim, o Deus Eterno e Todo-poderoso. Mas Acazias insistia em sua idolatria at em momentos de agonia e de morte provvel. Ele seguia os maus caminhos exemplificados por seus pais, Acabe e Jezabel (ver I Reis 22.52). Acazias, sem dvida, sabia que Elias sempre trouxera uma mensagem triste para seu pai (ver I Reis 22.17,18). Ele queria ouvir falar em esperana, e no em desespero; e Elias no era um bom profeta para dar-lhe esse tipo de palavra. Deus de Israel, ... todos os povos andam, cada um em nome do seu deus; mas, quanto a ns, andaremos no nome do Senhor nosso Deus para todo o sempre (Miquias 4.5). 1.4 O Orculo Espontneo. Acazias tinha mandado seus mensageiros obter uma mensagem de um orculo pago. Mas, antes que os mensageiros pudes sem chegar a Ecrom (vs. 3), um orculo verdadeiro lhes foi dado, o que constituiu uma surpresa. Yahweh foi a fonte originria da amarga mensagem. Acazias estava ento em seu leito de morte. Nenhuma recuperao era pos svel. Ver os vss. 16 e 17 quanto ao cumprimento dessa mensagem aterrorizante. A Razo. Talvez Acazias sobrevivesse aos efeitos de sua queda, se tivesse se voltado para Yahweh e Seu profeta. Mas a deciso do monarca de buscar ajuda em seu culto idlatra anulou qualquer oportunidade de misericrdia da parle de Deus. a cama, a que subiste, no descers. As pessoas literalmente subiam e desciam da cama, porque no Oriente as camas eram geralmente elevadas e havia degraus ou escadas que davam acesso a elas (Adrichom. Theatrum Ter. Sacnt. foi. 6.1). Alm disso, a cama de Acazias estava no cenculo, e isso tambm pode explicar essa expresso sobre subir e descer. Os mensageiros voltaram para o rei. Enquanto Elias voltava para casa, os mensageiros interromperam sua jornada para Ecrom, e retornaram a Samaria. Eles j tinham recebido o seu orculo. Por conseguinte, por que continuariam viagem? Quando um profeta verdadeiro nos fala, ns o sabe mos. Ademais, talvez tenham pensado que poderiam compartilhar a sorte triste de Acazias, se insistissem em consultar o orculo que Elias havia con denado. Coisa alguma poderia t-los convencido a prosseguir viagem para Ecrom. Embora Elias fosse desconhecido pessoalmente dos enviados, uma interposio to ameaadora certamente seria considerada uma advertncia divi na, que no poderia ser ignorada (Ellicott, in loc.). 1.6 Este versculo repete, pacientemente, todos os detalhes que j tnhamos visto nos versculos terceiro a quinto, uma longa explicao, dada ao rei, de por que os mensageiros tinham retornado to rpida e inesperadamente. Os men- 11. II REIS 1471 ros tinham de obedecer ao mandato real; eles precisavam ir; mas uma fora superior havia feito interveno, atravs do profeta de Yahweh. Por conse guinte, eles tiveram de obedecer ordem divina e voltar, esperando que Acazias no ordenasse a execuo deles por terem falhado em cumprir a sua ordem. 1.7,8 Identificando o Profeta que Predissera a Condenao. Acazias precisava saber quem tivera a audcia de mandar de volta os mensageiros reais. E Acazias logo compreendeu, devido descrio da figura do profeta, que se tratava do temido Elias. Ele era um homem vestido de plos, isto , uma capa feita de couro de bodes, com os plos voltados para o lado de fora. A King James Version faz Elias ser um homem peludo , presumivelmente dan do a entender seus prprios plos corporais; mas no esse o sentido das palavras. Alm disso, ele usava um cinto de couro. Pano tecido de plos era um tecido spero, e era chamado pano de saco (ver a respeito no Dici onrio). Tais vestes eram usadas em tempos de arrependimento e tristeza. Ver II Reis 6.30; Gnesis 37.34; II Samuel 3.31. Talvez o texto queira dizer que as roupas de Elias eram feitas de plos de cabra, e no de um couro de cabra com os plos voltados para o lado de fora. Seja como for, ficou bvio para Acazias que ele estava tratando com Elias, o inimigo de seu pai, que nunca lhe dissera uma palavra boa (ver I Reis 22.17,18). O pano de saco deste versculo cf. o caso de Joo Batista, em Mateus 3.4. Joo Batista tam bm usava roupas feitas de plos de camelos. Ver ainda Hebreus 11.37. 1.9 Um capito de cinqenta com seus cinqenta soldados. Um pe queno destacamento foi enviado pelo rei, sob as ordens de um capito. A tarefa deles era alcanar Elias no caminho e pedir-lhe que fosse a Samaria visitar o rei. de presumir-se que o pobre capito tentasse fazer o profeta dar-lhe uma mensagem mais otimista. O rei no estava preparado ainda para morrer. Ainda era um homem jovem. Era rei. Tinha muitas coisas pelas quais deveria viver, planos a cumprir, cidades a fortificar, guerras a comba ter. Logo o grupo de soldados encontrou Elias, em alguma colina no identificada. Eles chamaram Elias de homem de Deus, e pediram que vol tasse com eles, a fim de entregar pessoalmente a mensagem ao rei. O rei tinha baixado uma ordem. Elia teria de cumprir. Caso contrrio, teriam de lev-lo ao rei fora. Mas a ameaa deles, apesar de velada, logo foi respondida com fogo descido do cu. possvel (embora no seja prov vel) que o verdadeiro intuito de Acazias fosse mandar executar o perturbador profeta Elias. Mais provavelmente, ele esperava conseguir uma cura espiritu al por meio dos poderes de Elias. Elias estava compreensivelmente temero so do rei (vs. 15). Mas o homem l em Samaria, com seu corpo alquebrado e enfermo, no queria fazer mal ao profeta. Estava apenas procurando aju da. 1.10 O Fogo Divino e Destruidor. O homem de Deus demonstrou seus pode res e imediatamente fez descer fogo do cu sobre o grupo de cinqenta sol dados, e destruiu todos. Essa foi a segunda vez que Elias tinha usado o fogo. A primeira vez ocorreu no monte Carmelo, quando ele contestara os sacer dotes de Baal (ver I Reis 18.38). Os crticos, naturalmente, vem embelezamentos diversos nessa descrio, adicionados por algum editor pos terior, ou o prprio autor original tivesse apelado para fantasias. Mas onde estiver o poder divino, coisas surpreendentes podem acontecer. Esta seo tem afinidades maiores com as histrias sobre Eliseu (cf. II Reis 2.23-25) onde a moral de reverncia pelo profeta instilada da forma mais crua, s vezes, s expensas de idias ordinrias de justia e humanida de (Norman H. Snaith, in ioc.). significativo, seja como for, que Jesus te nha rejeitado tais julgamentos de incrdulos como indignos do ofcio dos apstolos (ver Lucas 9.54-56): Vendo isto, os discpulos Tiago e Joo per guntaram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do cu para os con sumir? Jesus, porm, voltando-se os repreendeu [e disse: Vs no sabeis de que esprito sois]. [Pois o Filho do homem no veio para destruir as almas dos homens, mas para salv-las.] E seguiram para outra aldeia". O Novo Testamento, verdadeiramente, diferente. No somos informados sobre como a histria da matana dos cinqenta soldados chegou ao conhecimento do rei. Talvez tenha havido algum sobre vivente, ou a cena foi testemunhada por alguma outra pessoa. Explicao Natural. Um raio fortuito apenas caiu acidentalmente quando o profeta faiava com aqueles soldados! Mas dificilmente isso que o autor sagrado queria que entendssemos de seu relato. Problemas Morais. Conforme ficou entendido anteriormente, alguns le vantam perguntas sobre a moralidade do que aconteceu. Contra essa opinio, alguns tm sugerido as seguintes razes: 1 .0 mpio Acazias tinha de ser tratado severamente, pois ele havia continuado com os absurdos de seu pai, Acabe, e de sua me, Jezabel. 2. Aqueles mpios soldados estavam planejando executar Elias. Assim, recebe ram o que mereciam. 3. Yahweh foi a verdadeira fonte do fogo, e no Elias, portanto a vontade de Deus se cumpriu. Isso, naturalmente, reflete o voluntarismo, o que expliquei na Enciclopdia de Bblia, Teologia e Filosofia. A essncia do voluntarismo que poder direito, independentemente do que pensemos sobre questes mo rais. Os crticos respondem que aquilo que os homens dizem que Deus faz, e aquilo que Ele realmente faz so duas coisas diferentes. 4. O fogo no foi enviado para agradar Elias e para satisfazer algum capricho dele. Foram chamas de julgamento divino. 5. Elias havia sido investido da autoridade divina e no hesitou em us-la. O argumento fica com Deus. Os crticos, entretanto, dizem que o argumento est com o que os homens dizem a respeito de Deus. 6. Yahweh tinha de proteger o Seu profeta de homens mpios e desarrazoados, e Deus escolheu aquele mtodo para cuidar deles. 7. No tocante histria do Novo Testamento, em Lucas 9.54-56, podemos dizer que os dois casos (o de Elias e o de Jesus) foram diferentes. Era tarefa de Elias tentar acabar com a idolatria em Israel, mesmo com o emprego da violncia entre os seus mtodos. Jesus, por outra parte, era o Salvador dos homens. O julgamento de homens mpios e desarrazoados seria deixado para uma ocasio posterior. Os crticos, entretanto, respon dem que explicar as coisas dessa maneira perder de vista o intuito das palavras de Jesus. As palavras misericordiosas de Jesus visam a alertar nos para o fato de que o Novo Testamento, na realidade, trouxe um Novo Dia, uma mudana radical, misericrdia, amor e salvao. Jesus foi um tipo de profeta maior e diferente de Elias. Isso exatamente o que espera ramos ser demonstrado na revelao superior do Novo Testamento. 1.11,12 Estes dois versculos so repeties dos versculos nono e dcimo, cujas notas expositivas tambm se aplicam aqui. Nesta segunda vez, os cinqenta soldados enviados com seu capito, a fim de tentar persuadir o homem de Deus a vir a Samaria para falar com o rei, tambm foram mortos com fogo descido do cu. Quanto aos problemas morais do acontecido, ver as notas expositivas sobre o versculo 10 deste capitulo. 1.13 Outro (o terceiro) grupo de cinqenta soldados, com seu capito, foi enviado com idntico propsito dos dois primeiros grupos, conforme foi anotado nos versculos nono e dcimo. Mas esse terceiro grupo fez um apaixonado apelo pela vida deles, humilhando-se perante o profeta, pedindo para no serem consumidos por aquele terrvel fogo que descia do cu. Eles salientaram que a vida humana preciosa, e solicitaram que a vida deles fosse considerada dessa maneira pelo homem de Deus. Essa considerao salvou o terceiro grupo de cinqenta solda dos. Ps-se de joelhos diante de Elias. De fato, algumas vezes mais vantajo so para o indivduo ser humilde, especialmente quando sua vida depende disso. Ver no Dicionrio o verbete intitulado Humildade. A verdadeira humildade A mais nobre das virtudes, me delas todas. (Tennyson) A humildade o alicerce de todas as virtudes, e aquele que desce mais fundo prov para a maior segurana. (Philip J. Baley) 1.14,15 Lembrando. Fogo descido do cu havia consumido os dois primeiros grupos de cinqenta soldados, com seus capites. Assim, o capito do terceiro grupo pediu misericrdia, para que a vida dos homens fosse considerada preciosa aos olhos de Elias. O anjo do Senhor interveio, a fim de que no houvesse mais matanas. Elias tinha tido medo, conforme o versculo 15 nos diz; mas o anjo do Senhor havia retirado toda a ansiedade dele. No era seu destino sofrer s mos de Acazias. Alm disso, o rei era apenas uma pessoa enferma e alquebrada. Sua 12. 1472 II REIS inteno no era fazer mal ao profeta. Ele no tinha ambies no momento, alm de receber a cura divina. Quanto ao ministrio dos anjos, na comunicao de mensagens divinas, ver as notas sobre o versculo 3 deste captulo, onde o tema desenvolvido. Essa foi a sexta vez que Elias recebeu ordens para ir a algum lugar, a fim de cumprir alguma misso especifica. Ver tambm I Reis 17.3,9; 18.1; 21.18; II Reis 1.3. Elias haveria de cumprir a sua misso. Ele nada tinha para temer; nem tinha coisa alguma para lamentar-se. Este episdio reveste-se de importantes lies morais que no podemos negligenciar. Elias era a encarnao da conscincia moral que se levantava contra os males do seu tempo. Coisa alguma pode resis tir, finalmente, verdade incorporada na vontade de Deus. 1.16 Assim diz o Senhor. A reprimenda do profeta. Uma vez na presena do rei, Elias imediatamente o repreendeu, por causa de sua idolatria, em face da qual ele desprezara Yahweh, o verdadeiro Deus. Este versculo repete o que j tnhamos visto nos versculos 3 e 4 deste captulo, onde as notas expositivas tambm se aplicam aqui. Acazias tinha esperado alguma medida de misericrdia, mas era seu destino, que ele mesmo havia cultivado, no se recuperar da queda e de suas complicaes. 1.17 Assim, pois, morreu. Algumas vezes, a morte a nica coisa que pode solucionar certos problemas. Acazias foi libertado de suas agonias, e foi a respon sabilidade do Logos cuidar da alma dele, e penso que Ele o fez, em algum lugar, em algum tempo. Ver no Dicionrio o verbete chamado Mortos, Estado dos, onde esse problema examinado. H uma proviso salvatcia at para os mortos mpios" (ver I Pedro 4.6). Joro, seu irmo. Note o leitor que o texto no traz o comum seu filho. De fato, Joro, irmo de Acazias, subiu ao trono porque no havia outro herdeiro. A Septuaginta e a verso siraca que trazem as palavras seu irmo. Foi por pura coincidncia que Joro, irmo de trazem as, reinou paralelamente a Jeoro, filho de Josaf, rei de Jud. Foi assim que, durante algum tempo, o rei de Israel e o rei de Jud tiveram nomes muito parecidos. Ver II Reis 3.1 quanto ao fato de que Joro de Israel era filho de Acabe, e no de Acazias e, portanto, irmo deste ltimo. Relatos Paralelos. Foi plano do autor sagrado apresentar narrativas paralelas dos reis de Israel e de Jud, conforme uma ordem cronolgica aproximada. Quan to a esse mtodo de apresentao, ver I Reis 16.29 e suas notas expositivas. Esse Joro comeou a reinar no segundo ano do governo de Jeoro, rei de Jud. Ver no Dicionrio os artigos chamados Israel, Reino de; Reino de Jud e Rei, Realeza. Esses artigos alistam os reis de Israel e de Jud e tambm cont'm grficos para efeitos de comparao. O Joro deste texto reinou por volta de 854 a 843 A. C., ou seja, por cerca de doze anos. Joro era homem mau e corrupto. Muito espao devotado a contar a sua histria, visto que envolveu o ministrio de Eliseu, que narrado longamente. Ver o artigo sobre esse rei no Dicionrio, quanto a detalhes. O Jeoro de Jud, por sua vez, foi co-regente com seu pai, Josaf, por algum tempo, at que, finalmente, reinou sozinho em lugar dele. A Septuaginta (em alguns manuscritos) fala no dcimo oitavo ano de Jeoro de Jud, em lugar do segundo ano. possvel, pois, que o texto hebraico, neste ponto, esteja corrompido, ou ento que diferentes fontes informativas tenham sido segui das, dando margem a essa discrepncia. Mas note o leitor que foi no dcimo oitavo ano de Josaf (II Reis 3.1), que Joro, de Israel, comeou a reinar, e tambm no segundo ano do reinado de Jeoro. Josaf e Jeoro foram co-regentes por alguns anos. E isso pode explicar adequadamente a discrepncia. Teramos apenas de substituir Josaf em lugar de Jeoro, no presente texto, na Septuaginta, para conse guir a soluo possvel do problema cronolgico. Mas no h nenhuma soluo mais fcil para o problema, e nem ela necessria. 1.18 Quanto aos demais atos de Acazias. Encontramos aqui a nota de fim de vida, de algum rei de Israel ou de Jud, que o autor sacro empregou constantemen te. Quanto a essa maneira de terminar os relatos da vida dos reis, ver as notas em I Reis 14.19. No h nota de obiturio desse rei, como dormiu com seus pais. Essa declarao comentada em I Reis 1.21 e 16.28. Captulo Dois Eliseu Sucede a Elias (2.1-18) O prprio grande profeta Elias, finalmente, precisou abandonar o palco das realizaes. Por conseguinte, foi mister que um outro profeta verdadeiro tomasse o seu lugar, demonstrando os mesmos poderes que seu mestre. Israel era uma nao plena de profetas e videntes, mas a maioria deles no se qualificava como homens de Deus. Yahweh, porm, no ficaria sem uma testemunha, embora pouco tivesse sido realizado para levar Israel a ser restaurado ao yahwismo. A usual sndrome do pecado-calamidade continuou, arrebatando mais e mais vtimas, que no consegui am desvencilhar-se da teia da depravao de Israel, nao do norte. Elias Havia Terminado a Sua Misso. Eliseu insistiu em acompanh-lo a Gilgal. Por nada menos de trs vezes (em Gilgal, Betei e Jeric), Elias disse a Eliseu que ficasse para trs, mas de cada vez ele insistiu em acompanhar o homem mais velho. Elias agora estava prestes a ser arrebatado. Eliseu foi informado do que iria acontecer, e podemos estar seguros de que Eliseu queria estar no local, a fim de testificar esse evento estupendo. Eliseu, pois, apegou-se ao mestre, at que, de repente, de forma miraculosa, Elias foi removido deste mundo. Naquele momento, os poderes de Elias desceram sobre Eliseu, e at os profetas locais reconheceram que o homem mais novo era o legtimo sucessor de Elias. Literatura. Os crticos e os eruditos classificam este segundo captulo do segundo livro de Reis como um dos mais nobres captulos da Bblia. Este captulo (alm de ser uma literatura superior, com uma histria notadamente bem narrada) ensina elevadas lies espirituais. Tipologia. A translao de Elias um tipo daquilo que se espera para toda a Igreja (ver I Tessalonicenses 4.13 ss.; I Corntios 15.51 ss.). Ver na Enciclopdia de Bblia, Teologia e Filosofia os artigos chamados Parousia e Segunda Vinda, ponto oitavo. Ver tambm o artigo sobre o profeta, Arrebatamento de Elias, ponto quinto. Quanto a um arrebatamento moderno documentado de forma convincente, ver (tambm na Enciclopdia), o artigo Arrebatamento de Analee Skarin, no artigo chamado Eliseu, em seu sexto pargrafo. Elias partiu de Gilgal. Ver a respeito desse local, no Dicionrio, em seu segundo ponto. Por um redemoinho. As experincias msticas so usualmente inefveis. Portanto, termos literais e fsicos so usados para falar sobre os eventos espiritu ais. Esses modos de expresso so, naturalmente, muito inexatos e com freqn cia enganadores. Algo como um redemoinho", haveria de arrebatar o profeta de sbito, mas estamos falando sobre um acontecimento espiritual desconhecido que impossvel de descrever com quaisquer termos precisos. um erro reduzir tais eventos a meros acontecimentos fsicos, conforme fazem alguns intrpretes literalistas da Bblia. H boas evidncias em acreditarmos que Analee Skarin sofreu um moderno arrebatamento. Ver a introduo ao presente captulo quanto a informaes sobre onde se pode ler a histria dela. Conheci um missionrio evanglico que supunha que, se um homem pudesse atingir tamanho grau de espiritualidade, ele no morreria, mas seria (pessoalmente) arrebatado, escapan do assim morte fsica. Essa a doutrina que Analee Skarin ensinava. Talvez algo cofno isso exista realmente, e talvez no. Se tal possibilidade existe para alguns, ento podemos afirmar, mediante a observao, que poucos, de fato, tm atingido esse tipo de espiritualidade. Eliseu acompanhou fielmente Elias naquele dia, que seria seu ltimo dia na terra. Ento o evento estupendo teve lugar. Para todo acontecimento h um tempo apropriado. O dia em que o ministrio de Elias terminou foi o dia em que comeou o ministrio de Eliseu. Yahweh foi o planejador e a causa do evento. Portanto, nosso destino est em Suas mos. Redemoinho. A palavra hebraica aqui usada refere-se a um grande vendaval, com freqncia associado, nas Escrituras, vinda de Deus e Seus atos especiais, como aqueles de ira e de manifestao de Sua presena. Somente no Salmo 107.25 essa palavra hebraica usada para indicar uma tempestade ordinria. Cf. Isaas 29.6; 40.24; Ezequiel 13.11; Zacarias 9.14. A traduo que aparece na Vulgata Latina, turbo, deu origem traduo redemoinho em tradues posteriores. Mas devemos entender algum grande e dominador vendaval divino, algo parecido com um vendaval, mas tambm divino. Ver no Dicionrio o verbete intitulado Misticismo. Fica-te aqui. O arrebatamento no ocorreria em Gilgal. Elias foi enviado a Betei. A Gilgal associada com Elias e Eliseu no era a mesma da Galilia ou da fronteira de Jud. Ver no Dicionrio sobre Gilgal, ponto b. O local desconhecido, mas existem opinies plausveis. Talvez ficasse a seis quilmetros de Betei, con forme alguns supem. Eliseu recebeu ordens de ficar, por parte de Elias, mas ele recusou-se a isso. A ordem era idia de Elias, e no de Yahweh, de forma que Eliseu pde ignor-la com segurana. Eliseu sabia que o evento estupendo esta va prestes a acontecer, e ele no o perderia por coisa alguma deste mundo. Talvez a ordem de Elias tenha sido inspirada por sua incerteza se Eliseu deveria 13. II REIS 1473 testemunhar ou no o evento extraordinrio. Eiiseu, por sua vez, no haveria de permitir que a incerteza de Elias o detivesse. To certo como vive o Senhor e vive a tua alma... Temos aqui um solene juramento alicerado no Ser eterno de Yahweh, cujo nome significa o Eterno. A vida do profeta Elias tambm era preciosa e estava segura. Sobre esses fatores, Eliseu fez o juramento de que no deixaria o seu senhor por nenhuma razo. Cf. I Samuel 20.3 e II Reis 4.30. 2.3 Sabes que o Senhor hoje tomar o teu senhor... ? significativo que as notcias se tivessem propagado. Os profetas associados com Betei sabiam que Elias estava prestes a ser arrebatado. A histria pode ter-se espalhado at eles, proveniente de outra fonte, ou talvez eles tivessem recebido a notcia diretamente em suas prprias profecias. Seja como for, eles sabiam. Eliseu assegurou aos discpulos dos profetas que ele j sabia o que aconte ceria. e ordenou-lhes que no falassem sobre a questo. Verdadeiramente, seria um acontecimento maravilhoso, mas tambm o separaria de seu senhor, o que seria motivo de intensa tristeza. O valor humano renovado em outras esferas, pelo que jamais se perde. Mas a morte remove uma pessoa de nosso meio, portanto no mais podemos falar com ela. E nisso h tristeza. A translao de Elias no seria causada pela morte, mas quanto a esse aspecto agiria como se o fosse. Devoo. Uma lio que esta histria nos ensina a devoo a outros. A verdadeira amizade algo valioso e raro. Um amigo durante uma vida inteira j muito. Dois amigos j demais. Trs amigos quase impossvel. As amizades precisam contar com certo paralelismo de vida, comunidade de pensamentos e rivalidade de propsitos. (Henry Adams) As amizades multiplicam as alegrias e dividem as tristezas. (Henry G. Bohn) A nica maneira para tennos um amigo sendo um amigo. (Ralph Waldo Emerson) Escolas dos Profetas. Ver sobre esse assunto no Dicionrio. 2.4 Fica-te aqui. Outro adiamento no arrebatamento. Elias j estivera em Gilgal. Dali, fora enviado a Betei. Em seguida, Yahweh falou com ele e o enviou a Jeric. Novamente Elias ordenou que Eliseu ficasse em Betei. Mas Eliseu, uma vez mais, recusou-se a fazer isso, conforme anotei no segundo versculo deste captulo. Portanto, l se foram eles para Jeric. Esta ficava a pouco mais de seis quilme tros de Betei, portanto a jornada no foi muito longa. Quanto ao juramento de Eliseu, sobre a vida de Yahweh e de Elias, ver o ltimo pargrafo da exposio sobre o segundo versculo. Haveria um grande propsito para Eliseu estar ali. Ele sabia disso em seu corao, e no permitiria que as ordens de Elias perturbassem a sua mente. 2.5 Os discpulos dos profetas que estavam em Jeric. Em Jeric havia mais profetas, que tambm falaram com Eliseu sobre o vindouro arrebatamento de Elias. E lhe perguntaram se ele sabia disso. Eliseu replicou que sabia, e tambm ordenou que eles se calassem sobre o assunto. Este virtualmente igual ao terceiro versculo, exceto pelo fato de que o local mudara de Betei para Jeric. Ver as notas ali, que tambm se aplicam aqui. Embora Jeric tivesse sido reconstruda recentemente, a despeito da maldi o lanada contra seu reconstrutor, contudo, era um lugar abenoado por uma escola de profetas (John Gill, in kx., referindo-se antiga maldio de Josu sobre o lugar, em Josu 6.26). Nos dias do rei Acabe, Hiel tentou reconstruir a cidade. Por causa disso, ele perdeu dois filhos, e isso foi interpretado como conseqncia da maldio de Josu. (Ver I Reis 16.34.) Ver no Dicionrio o verbete chamado Escolas dos Profetas. 2.6 Fica-te aqui. As margens do rio Jordo. Pela terceira vez, Elias pediu que Eliseu deixasse de segui-lo. Em Gilgal, em Betei e agora em Jeric, Elias deu essa orderr para que Eliseu ficasse, mas sempre Eliseu se recusou a faz-lo. Era .portante continuar Eliseu j possua discernimento proftico suficiente para saber que estava envolvido em um acontecimento verdadeiramente importante, e no queria perd-lo. E assim continu aram a caminhada os dois profetas, e foram at as margens do rio Jordo. Pouco depois de atravessarem aquele rio, o grande evento ocorreria. No somente Eliseu, mas tambm as vrias escolas de profetas tinham conscincia do que estava prestes a acontecer. Os grandes eventos projetam suas sombras adiante deles, e algumas pesso as tm a capacidade de 1eresses eventos atravs das sombras que eles lanam. 2.7 Foram cinqenta homens dos discpulos dos profetas. Cinqenta no- mens dos discpulos dos profetas pararan a distncia, antecipando o eue estaria prestes a acontecer e observando cuidadosamente, de modo a no perder ne nhum episdio. Entrementes, os dois profetas maiores puseram-se beira do rio. Grande antecipao pairava no ar. Era conforme diz uma cano: Em um dia claro, pode-se ver para sempre. 2.8 Ento Elias tomou o seu manto. Surgia aaora o pequeno problema de como atravessar o rio Jordo, porque o arrebatamento deveria ocorrer no lado oposto do rio. Elias, que sempre vivera no Esprito, de maneira espetacular, resolveu : pequenc problema pelo milagre de fazer parar o fluxo do rio. Ele bateu nas guas com seu manto, e as guas se separaram. E assim ambos os profetas foram capazes de atravessar o rio a p enxuto. O mantopeludo de Elias parecia dotado de poder. Eliseu em breve teria a posse daquele manto miraculoso (vs. 13), e dali por diante o poder de Elias haveria de repousar sobre ele em dupla poro (vs. 9). Eliseu, ao exper'mentar o manto, obteve o mesmo resultado (vs. 14). O poder de Yahweh estava naquele objete. O manto no tinha nenhum poder por si mesmo. Mas era um item poderoso que pertencia ao oficio proftico, e o autor sagrado esperava que soubssemos que esse objeto fsico havia sido dotado de poder divino. Cf. o poder da vara de Moiss, ver xodo 14.16,21,22 e Josu 4.22 ss. 2.9 Pede-me o que queres que eu te faa. Eliseu tinha sido fiel seguidor, e agora era a sua estrela que se estava elevando. Elias logo seria soerguido para as alturas superiores. O homem mais novo t:nha ganho o direito de receber alguma grande bno, e Elias havia dito que daria qualquer coisa que ele qui sesse. Em sua sabedoria, como Salomo, ele no pediria coisas mundanas. Queria aquele poder miraculoso. De fato, ele queria uma poro dupla do poder miraculoso de Elias. um fato curioso que o nmero de milagres que Eliseu, finalmente, realizou foi mais ou menos o dobro daqueles realizados por Elias Ver o grfico que acompanha o presente texto para ilustrar esse fato. Alguns estudiosos, no sendo capazes de acreditar que Eliseu faria to fabulo so pedido, supem que a dupla poro do Esprito teria sido daaa em comparao com a de outros profetas, e no em comparao com a de Elias. Mas o texto sagrado contra essa suposio. No seria difcil (vs. 10) que esse fosse o sentido do que est aqui entendido. Antes, Eliseu era um filho espiritual primognito de seu pai espiritual (Elias), e sua herana no seria meramente o dobro aa dos profetas menores. Bem pelo contrrio, de alguma maneira, ele ultrapassaria o homem de mais idade. Ver Deuteronmio 21.17, quanto poro dupla dos filhos primognitos. Pede-me o que queres. Pensava-se, entre os hebreus, que um pai moribun do teria poder e autoridade em suas palavras finais. Sua bno era muito procu rada. Quaisquer profecias que ele pronunciasse em seu leito de morte eram segurssimas. Ver Gnesis 27.4 e suas notas expositivas quanto a isso. Elias no estava morrendo, mas sendo retirado da cena terrestre, um tipo de equivalncia. Eliseu queria bnos espirituais, e no materiais. Ele no estava pedindo para ser duplamente popular em relao a Elias... Ele estava pedindo para ser seu sucessor... para ter o privilgio de levar avante o ministrio de Elias sob Deus (Thomas L. Constable, in loc.). Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justia, e todas estas cousas vos sero acrescentadas. (Mateus 6.33). 2.10 Se me vires quando for tomado de ti, assim se te far. A condio. A fim de que a dupla poro do Espirite fosse concedida a Eliseu, ele teria de ser 14. 1474 II REIS testemunha ocular do arrebatamento de Elias. Ele teria de estar presente. Ver o poema ilustrativo nas notas sobre o vs. 14. Ento ele receberia o manto miraculoso, e seu pedido lhe seria proporcionado... Cf. o fato de que, no Novo Testamento, os apstolos de Jesus tinham de ser testemunhas oculares de Seus milagres e de Sua vida (Atos 1.21,22). Entrementes, Eliseu precisava ter olhosr para ver o arrebatamento de Elias. Nem todos os homens, mesmo que estivessem presentes, teriam tal viso espiritual (ver II Reis 6.17). Seria uma experincia mstica da mais elevada ordem, e no um acontecimento fsico. Ver o ltimo pargrafo das notas expositivas sobre o primeiro versculo deste cap tulo, e ver no Dicionrio os verbetes denominados Misticismo e Viso (Vises). Cf. o arrebatamento da Igreja. Ver na Enciclopdia de Bblia, Teologia e Filoso fia os artigos chamados Parousia e Segunda Vinda, em seu oitavo ponto. Ver tambm no Dicionrio o verbete Arrebatamento de Elias, especialmente a sua quinta seo. Coisas Difceis. O recebimento da dupla poro do Esprito no estava sujei to ao poder e autoridade de Elias conceder. Yahweh seria o agente ativo nessa concesso. No obstante, o profeta de mais idade teria o poder de pedir tal coisa, a qual, sem dvida, seria concedida a Eliseu. O milagre, portanto, no viria de Elias, iras fluiria atravs dele. 2.11 Um carro de fogo, com cavalos de fogo. Alguma manifestao grandiosa, acompanhada por um carro e por cavalos de fogo, foi o aspecto visvel do aconte cimento. No devemos pensar em termos de um redemoinho literal, e nem em termos de cavalos e de um carro literal. O acontecimento manifestou-se em ter mos que podiam ser compreendidos. As verdadeiras experincias msticas, em sua essncia, so inefveis. Para que depois os homens sejam capazes de falar a respeito, deve haver, por assim dizer, alguns elementos fsicos que possam ser descritos. A chave para a compreenso aqui o fogo. Esse fogo, porm, no foi literal. Esse fogo era apenas a conflagrao do cu manifestando-se sob formas que podiam ser comparadas a um carro de fogo e a cavalos de fogo. Quanto ao redemoinho, ver o pargrafo final das notas sobre o primeiro versculo deste captulo. Os crticos consideram esse acontecimento uma lenda, o que tambm dizem sobre o arrebatamento antecipado da Igreja. Ver as notas expositivas sobre o versculo anterior, sob o subttulo a condio", onde encontramos algumas informaes sobre o arrebatamento da Igreja. No obstante, temos razes que nos levam a crer que tais arrebatamentos podem ocorrer. H um paralelo moder no na experincia de Analee Skarin, poucos anos atrs, em Salt Lake City, estado de Utah, Estados Unidos da Amrica, onde nasci e fui criado. No conheci pesso almente a dama, mas conheci uma pessoa de confiana que atestou a realidade do acontecimento. Ver na Enciclopdia de Bblia, Teologia e Filosofia o verbete denominado Arrebatamento de Analee Skarin. Se compreendermos essas ques tes de maneira crassa e fsica, ento diramos isso uma lenda. Mas se as compreendermos em um sentido no-material, espiritual, ento confessaremos que eventos assim estupendos podem ocorrer e realmente ocorrem. As realidades espirituais no so discernidas pelo olho externo, mas so percebidas somente por aqueles que prestam ateno e se mostram sensveis a elas. So luminosas imediatamente apenas para os sensveis de corao, bem como dotados de intelecto arguto, e devotos de alma... Se no virmos essas realidades, no ser porque no esto ali para serem vistas, mas, antes, porque no possumos olhos capazes de v-las. A dificuldade no estar com a coisa a ser percebida, mas com quem no a percebe (Raymond Calking, in loc.). Supe-se que Elias tenha sido transformado em um ser espiritual para estar apto para viver no mundo das luzes. Dificilmente podemos pensar que seu corpo fsico poderia ter sido transportado para as dimenses celestiais. Tipologia. Cf. o arrebatamento da Igreja. Ver na Enciclopdia de Bblia, Teo logia e Filosofia os artigos chamados Parousia e Segunda Vinda (seo V). O presente texto cf. I Tessalonicenses 4.13 ss. e I Corntios 15.51 ss. Comparar a experincia de Eliseu a certa ocasio posterior, historiada em II Reis 6.17. 2.12 Eliseu viu a grande manifestao e clamou a Elias, quando este desaparecia de vista: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros!. Elias tinha-se ido para sempre. Eliseu, vencido pela emoo, rasgou suas vestes em dois pedaos. Foi uma reao inspirada por uma emoo avassaladora, e talvez marcada pela consternao, porque Elias se fora. difcil acreditar, entretanto, que tenha havi do alguma lamentao, no sentido em que nos lamentamos pelos mortos. Eliseu dificilmente pode ter pensado na ocasio como se fora uma morte. Cf. a ascenso de Jesus, em Atos 1.9,10. O evento, foi, de fato, a ascenso de Elias. Quanto ao rasgar das roupas, como um ato de lamentao, ver Gnesis 37.29,34; 44.13; Josu 7.6; Ester 4.1; J 1.20 e 2.12. Eliseu havia sofrido uma grande perda, e talvez ele tivesse se lamentado diante desse fato, apesar de a experincia como um todo ter sido esmagadoramente positiva e inspiradora. Nenhum outro fim da vida terrena de Elias poderia ter sido mais apropriado... Porquanto Elias foi um redemoinho, e a sua vida foi uma encarnao do fogo... Essa foi a lio final ensinada pela vida daquele majesttico profeta (Raymond Calking, in loc.). 2.13 Ento levantou o manto que Elias deixara cair. O manto ficou e agora estava disposio de Eliseu. Naquele momento, Eliseu recebeu a dupla poro espiritual que Elias tinha possudo. Ver os versculos 9 e 10 deste captulo. A fonte do poder era o Esprito de Deus, mas permeava aquele manto como se fora uma grande coisa viva. Equipado pelo poder divino, o profeta mais jovem retornou ao Jordo, e assim logo testaria sua autoridade como sucessor de Elias. O manto era o sinal de sua autoridade e ofcio proftico. 2.14 Onde est o Senhor, Deus de Elias? O primeiro teste. Este versculo, no texto massortico, repete a mensagem do versculo oitavo. Naquele versculo, fora Elias quem fizera as guas separar-se ao feri-las. Aqui, Eliseu, sucessor de Elias, demonstrou obter o mesmo sucesso, ao reatravessar o rio. Essa era a prova de seu poder e de sua autoridade como principal profeta de Israel, e tam bm prova de que o manto de Elias retivera seus poderes miraculosos. Variante Textual. A Vulgata, Luciano e um dos manuscritos da Septuaginta (Poliglota 1513-1517) do-nos a idia de que a primeira tentativa de Eliseu fracassou, quando ele experimentou dividir as guas, e teve que bater na gua uma segunda vez. Alguns crticos textuais supem que assim dizia o texto original, e o texto padronizado hebraico, o texto massortico, o tenha suaviza do, tornando este versculo 14 igual ao versculo oitavo. Digo aqui suavizou porque seria uma declarao difcil de que o grande Eliseu, com dupla poro do Esprito que controlava Elias, tivesse de bater na gua por duas vezes para obter o resultado desejado. Ver o texto massortico no Dicionrio intitulado Massora (Massorah); Texto Massortico. Ver tambm o artigo Manuscritos do Antigo Testamento, seo VII. No resta sobre a terra Nenhum homem vivo que conheceu (considerai isto!) Que viu com seus olhos ou tocou com suas mos, Aquele que era desde o principio, a Palavra da Vida. Como ser quando ningum puder dizer: Eu vil'' Yahweh-Elohim. Eliseu invocou o poder real que apenas flua de manei ra humilde atravs do manto que fora de Elias. Ele invocou o Deus Eterno e Todo-poderoso, a fonte dos milagres. Ver no Dicionrio o verbete intitulado Deus, Nomes Bblicos de. Por assim dizer, Eliseu submeteu a teste o Deus de Israel. Agora que Elias se tinha ido embora, haveria poder que restasse para fazer outros milagres? As guas do Jordo dividiram-se. A resposta foi sim. 2.15 Vendo-o... O espfrito de Elias repousa sobre Eliseu. Honra a quem honra. Os membros da escola dos profetas viram tudo, incluindo o fato de que o esprito de Elias repousara sobre Eliseu. Isso significava que Eliseu era o legtimo suces sor de Elias e levaria avante a sua misso. Isso requeria o respeito da parte de todos. Foi por essa razo que os profetas menores vieram e se prostraram diante do agora poderoso Eliseu. Elias tinha sido o mestre de todos. Naquele momento, Eliseu tomara o lugar de Elias como cabea da escola dos profetas. Ver no Dicionrio o artigo intitulado Escolas dos Profetas. Eliseu trazia o manto de Elias, o smbolo de sua autoridade. Os discfpulos dos profetas. Ou seja, os cinqenta profetas de Jeric (ver o stimo versculo deste captulo). Esses homens eram filhos espirituais de seus lderes, e que estavam sendo treinados para profetas. Eram profetas secundrios, ensinados por seus pais espirituais. 2.16 No os envieis. Dvidas. Algo de grande aparentemente tinha acontecido. Mas aqueles que estavam ao longe no tinham certeza do que era. Eles exigiram provas de que aquilo que acontecera (a translao de Elias) realmente tinha ocorrido. Portanto, quiseram enviar cinqenta homens fortes para fazer uma bus ca completa, certificando-se de que Elias no estaria oculto, nem havia realizado algum truque mgico para engan-los. Elias j havia desaparecido misteriosa mente antes daquela ocasio (ver I Reis 18.9-16) e, talvez, mediante algum trans porte divino, tivesse sido simplesmente transferido para algum outro lugar, no muito distante. 15. II REIS 1475 0 Espirito do Senhor. Esse era o agente de tais transportes. Ver no Dicio nrio o artigo chamado Espirito de Deus. Cf. I Reis 18.12. Eiiseu Proibiu os Profetas de Ir Atrs de Elias. Ele sabia que tal ato seria ridculo e apenas diminuiria a magnitude do que tinha acontecido. No havia nenhum truque de magia envolvido, nem algum transporte divino; tinha acontecido algo muito maior. 2.17 Enviai. Finalmente, Eliseu precisou ceder s exigncias deles, porque se mostra ram to insistentes que ele se envergonhou por ter de dizer No! no! por tantas vezes. Ele estava sendo um pai severo para com eles; mas tal como os pais severos podem ser mudados pelas lgrimas de seus filhos, assim tambm Eliseu cedeu diante do pedido de seus filhos. O resultado foi que eles procuraram por Elias, com diligncia, por trs dias, examinando cada esconderijo possvel, cada colina conspcua, cada vale, cada bosque por toda parte! Eles precisavam confirmar a verdade da questo. No acharam Elias. De fato, Elias havia sido arrebatado. Todas as dvidas foram assim removidas. Algumas vezes tambm precisamos investigar a fim de remover nossas dvidas ou edificar-nos na f. Eliseu no era to destitudo de corao a ponto de negar a seus discpulos a chance de buscar e saber. Erasmo de Roterd certamente tinha razo quando insistia em que a lingua gem humana no pode aprisionar o infinito. Ele certamente tinha razo quando defendeu, com vigor, a liberdade da investigao. 2.18 No vos disse que no fsseis? Confirmao. Eliseu no precisava de confirmao. Ele estava presente quando Elias foi arrebatado. Ele era o homem que sabia. Mas seus filhos, os discpulos dos profetas, tiveram de confirmar isso por meio da investigao. No h muitas pessoas semelhantes a Eliseu. A maioria de ns pode tirar proveito da investigao das coisas, para adicionar conhecimento nossa f, pelo mtodo cientfico ou pela experincia e lies que ela nos ensina. A busca seria um empreendimento infrutfero para Eliseu, naquela ocasio. Mas para os seus filhos, isso produziu um fruto significativo. Fez deles crentes! Alm disso, ainda recentemente, Eliseu havia submetido a teste os seus poderes, quando bateu nas guas do rio Jordo, para ver se elas se dividiriam (vs. 14). Da covardia que teme novas verdades, Da preguia que aceita meias verdades, Da arrogncia que pensa saber toda a verdade, Senhor! Livra-nos! (Arthur Ford) Houve outro bom fruto que aquela investigao produziu: doravante, os pro fetas secundrios mostrar-se-iam mais ansiosos por obedecer a Eliseu, sem colo car em dvida a sua palavra. Portanto, foi um dia glorioso em Israel, aquele quando Elias foi transladado. A Ti, Esprito Eterno, seja o louvor! O qual, desde os dias antigos, at os nossos, Atravs de almas de santos e profetas, Senhor, Tem enviado Tua Luz, Teu Amor, Tua Palavra. (Richard W. Gilder) Purificao do Manancial de guas em Jeric (2.19-22) Na parte inicial deste segundo captulo de II Reis, aprendemos que Eliseu se tornou o sucessor de Elias, tomou posse de seu manto e de seu poder, e agora tinha uma dupla poro de seu Esprito miraculoso (vss. 9 e 10). Ele se tornou o cabea das escolas dos profetas, pelo menos daquelas que ainda adoravam a Yahweh. Havia ento muitos profetas apstatas em Israel. En quanto isso, Eliseu j havia submetido a teste os seus poderes de dividir as guas do rio Jordo (vs. 14), imitando o ato de seu mestre, Elias (vs. 8). E agora passamos para as histrias das maravilhas. deveras curioso que Eliseu tenha realizado quase o dobro do nmero dos milagres efetuados por Elias, o que ilustrado no grfico que acompanha este texto (perto do nono versculo). Todas essas histrias de maravilhas servem para enfatizar o poder do ho mem de Deus, como Seu agente especial. O propsito dessas maravilhas era levar os homens a retornar a Yahweh, a fonte de todos os milagres, bem como o respeito a Seu profeta. Eliseu ainda estava em Jeric, e assim a qualidade inferior da gua do lugar deu-lhe outra oportunidade para demonstrar a autoridade de Yahweh. 2.19 As guas so ms. A maravilha da purificao das guas poludas ocorreu em Jeric, onde Eliseu ficou por algum tempo, imediatamente aps a translao de Elias (vs. 15). Tirando vantagem da presena do profeta Eliseu, as autoridades resolveram testar suas habilidades. De modo geral, a situao de Jeric era agradvel, mas a gua era de pssima qualidade. As guas ms estavam cau sando mortes e abortos espontneos (vs. 21). Talvez houvesse alguma poluio bacteriolgica, ou algum agente envenenador. O autor sagrado no sabia qual era a causa de tal condio, de forma que tambm nem se aventurou a arriscar um palpite. Josefo diz-nos que tudo ali era infrutfero, as mulheres, os animais, as rvores (De Bello Jud. 1.4, cap. 8, sec. 3). Tudo quanto entrava em contato com aquelas guas sofria com a experincia. A fonte daquele lugar (identificada com a moderna Ain es-Cultan) tinha e continua tendo a reputao de causar abortos, nos seres humanos e nos animais. Reuss (um autor citado por Ellicott, in loc.) falava sobre a superstio" que dizia que diferentes guas tm diferentes poderes, pois algumas encorajariam a concepo, e outras provocariam abortos. No h razo alguma para duvidarmos de que havia alguma verdade por trs dessa superstio. 2.20,21 A Cura das guas por Meio do Sal. Pr sal na gua era apenas algo a ser feito, como quando as pessoas tomam aspirinas, esperando que elas curem qualquer coisa. O ato foi apenas um gesto. No tinha nenhum poder em si mes mo, a menos, naturalmente, que Yahweh tenha posto algura espcie ae virtude curadora no sal, para destruir as bactrias ou para anular algum elemento vene noso. Sabemos que o sal tem algum valor medicinal, mas isso no explica o que aconteceu. Ver o artigo geral chamado Sal, no Dicionrio, quanto a seus usos e significados literais e metafricos. Os crentes devem ser o sal da terra" (ver Mateus 5.13), opondo-se s suas corrupes e contribuindo para as virtudes curadoras. Em um sentido metafrico, podemos imitar a risso proftica de Eliseu mostrando-nos virtuosos e teis entre homens mpios e desarrazoados, a fim de modificarmos as condies morais e espirituais deles Um prato novo. Novo porquanto seria um instrumento especial de cura, e realizaria aquela tarefa necessria. Poderia j ter sido corrompido por algum uso anterior, comum ou poluidor. Cuanto ao sal como um agente purificador nos sacrifcios, ver Lev. 2.13. A fonte continuou pure e tornou-se um lembrete perp tuo dos poderes de cura de Deus, bem como de Sua graa e amor. A morte, a infertilidade e os abortos das mulheres e dos animais cessaram. Houve assim evidncia abundante de que Eliseu era um profeta verdadeiro do nico Deus, Yahweh, e essa a lio que nossas histrias maravilhosas, relata das na Bblia, queriam ensinar. Ver a introduo ao versculo 19 deste captulo. 2.22 At ao dia de hoje. At mesmo alguns milagres requerem mais de uma aplicao do poder divino. Tambm verdade que as curas efetuadas por pode res psquicos e espirituais no so necessariamente permanentes. Mas o manan cial de Jeric ficou permanentemente limpo. Yahweh foi quem fez a purificao. O povo sabia disso e continuaria sabendo. Eliseu era o profeta do Senhor, e o povo sabia disso e continuaria sabendo. O manancial, pois, tornou-se um memorial de espiritualidade positiva. Os Meninos Pequenos e as Ursas (2.23-25) Temos aqui outra das histrias maravilhosas que cercaram Eliseu. Quanto s histrias maravilhosas, ver a introduo ao versculo 19 deste captulo. O autor sacro nos fornece uma srie de histrias de milagres para provar que Eliseu era um profeta do Deus verdadeiro, Yahweh. Esses elementos eram necessrios ao apostatado povo de Israel. Estava em pauta a restaurao de Israel. Essa restaurao nunca aconte ceu, mas Eliseu trabalhou a questo com todo o seu corao. Alguns meninos pequenos mostraram-se rudes para com o profeta. Eliseu sentiu-se ofendido e amaldioou as crianas que, logo foram atacadas por ursas e mortas. Quarenta e duas crianas morreram! A histria ilustra o respeito que um verdadeiro profeta de Yahweh exigia. Os crticos, porm, censuram a moralidade do episdio. Naturalmente, completamente diferente das atitudes do gentil Jesus, que nos recomendou: Abenoai aqueles que vos amaldioarem (Mateus 5.44). Os comentadores recorrem aqui a toda espcie de contores para tornar a histria aceitvel aos gostos cristos. Na verdade, porm, ela no resiste ao exame de nenhuma perspectiva moral (Norman H. Snaith, in loc). Alguns dizem que no devemos pensar em crianas pequenas e, sim, em adolescentes; mas difcil ver como isso faria diferena. Thomas L. Constable sugeriu que esses jovens eram profetas falsos, idlatras e, portanto, mereciam o que receberam; mas no h nenhum indcio disso no texto sagrado. Outros comentadores trans formam-nos em filhos rebeldes, os quais, mediante a lei, mereciam morrer. E 16. 1476 II REIS assim a Eliseu coube a tarefa de elimin-los, em lugar de seus pais, que deveriam t-lo feito (ver Deuteronmio 21.18 ss.). Mas o texto sagrado tambm no indica nada semelhante. Alguns sugerem que o julgamento foi de Yahweh, e no de Eliseu, tornando assim a punio aceitvel. Mas isso reflete apenas o voluntarismo (ver a respeito na Enciclopdia de Bblia, Teologia e Filosofia). Ou seja, poder direito", independentemente da moralidade que h no caso. Alguns crticos consi deram a histria um mito, uma histria maravilhosa lendria, que era aceitvel moralidade da poca, diferente da nossa. Outros comentadores dizem que o ataque das ursas foi uma coincidncia, no devendo ns ser atribudo nem a Yahweh, nem a Seu profeta, Eliseu. 2.23 Quanto essncia e aos significados da histria, ver a introduo, anterior mente. Uns rapazinhos. Diz a King James Version: crianas pequenas. Diz a fevised Standard Versiorr. meninos pequenos. A palavra hebraica aplica-se a uma grande faixa etria. Mas notemos aqui a palavra rapazinhos", um diminutivo, indicando que se tratava de jovens que ainda no haviam atingido toda a sua estatura. Sem dvida, devemos pensar em jovens no comeo da adolescncia. Sobe, calvo; sobe, calvo! A mentalidade dos hebreus encontrava algo de patolgico na calvcie, pois eles no tinham nenhuma teoria gentica a respeito. A calvcie chegava a ser associada lepra (Lev. 13.43). Seja como for, era uma marca de reprimenda (ver Isaias 3.17; 15.2). Julgamos que Eliseu era realmente calvo, de forma que os rapazinhos fizeram pouco dele e, de modo geral, no demonstraram respeito pelo grande homem. Eliseu estava subindo" ao santurio no Carmelo, tendo partido de Jeric, pelo que foi usada pelos rapazinhos a pala vra sobe". Eles trataram o profeta de Deus com desprezo" (Thomas L. Constable, in loc.). Eliseu, embora jovem (ele viveu cinqenta anos depois desse incidente; II Reis 13.14), pode ter ficado calvo prematuramente (Ellicott, in loc.). 2.24 E os amaldioou. O profeta no demonstrou pacincia. Ele no abenoou queles que o amaldioavam. Ele no fez o bem para aqueles que abusaram dele desprezivelmente (ver Mateus 5.44). Ele, na verdade, pertencia a outra era, uma era da moralidade pr-crist. Quanto aos elementos morais da hist ria, ver a introduo ao versculo 23. Os vagabundos mostraram-se irreverentes, insultuosos, malcriados, mesmo como jovens adolescentes. Eles chegaram as sim a um mau fim. A histria ilustra o respeito que um verdadeiro profeta de Yahweh requeria, porquanto ele estava ali para cumprir a vontade do nico verdadeiro Deus, Yahweh, Ursas. Alguns intrpretes imaginam que no houve nenhuma conexo de causa entre a maldio de Eliseu e as ursas, que massacraram os jovens. Mas, como bvio, o autor sacro queria que vssemos uma situao de causa e efeito em sua histria. A natureza, pois, rebelou-se contra os rebeldes. Ver o uso de animais selvagens utilizados em julgamentos divinos, tambm ilustrado em I Reis 13.24. Feras eram comuns na Palestina, e havia muitas mortes de pessoas a cada ano. Ver Osias 13.8; Provrbios 17.12; Ams 5.19 (e cf. II Reis 17.25). Quarenta e dois jovens foram atacados e mortos pelas ursas. Um urso um animal to poderoso que pode matar um homem com um simples golpe de sua pata, mas usualmente ele prefere ficar em seu estado pacifico. Algumas espcies so bastante pacficas, a menos que sejam provocadas, mas outras, como o urso marrom, matam imediatamente, sem nenhum aviso prvio. Ver no Dicionrio o verbete chamado Urso, quanto a notas expositivas completas so bre esse animal. 2.25 Dali foi ele para o monte Carmelo. Uma vez consumado o terrvel inciden te, Eliseu continuou sua jornada para o monte Carmelo e para o santurio que havia ali. Ele estava ocupado em algum negcio espiritual. Havia ali uma escola de profetas e, visto que agora era o lder espiritual (o pai) dos profetas, mantinha- se em contato com eles, oferecendo instrues sobre a sagrada profisso. Dali ele foi para Samaria, provavelmente em uma misso de denncia contra o pecado e a idolatria. Portanto, Eliseu mantinha-se em circuitos em Israel, cumprindo a sua misso proftica. Samaria ficava a cerca de cinqenta e dois quilmetros de Carmelo. Esses primeiros milagres, no ministrio de Eliseu, identificavam-no como um porta-voz especial de Deus, dotado da autoridade e do poder de Elias, algum digno do maior respeito. Ele era o representante do Deus vivo (Thomas L. Constable, in loc). Captulo Trs Campanha Moabita de Joro (3.1-27) Tendo terminado, pelo momento, seu relato das histrias maravilhosas asso ciadas vida de Eliseu, o autor sagrado nos leva de volta a questes de poltica e de guerra, que eram as principais atividades dos reis de Israel e de Jud. Seu assunto, agora, passa a ser Joro (ver a respeito dele no Dicionrio), rei de Israel. Jud tinha tambm um rei de nome extremamente parecido, Jeoro (ver I Reis 22.51). Mas Joro era filho da temida Jezabel e de seu mpio marido, Acabe. Ele era sucessor de seu irmo, Acazias, que tinha morrido ainda jovem, devido a um acidente, e no deixara filhos. Ver II Reis 1.2 ss. Joro foi o nono rei de Israel e governou pelo espao de doze anos (ver II Reis 1.18,3.1). Ele governou entre 853 e 842 A. C. Ver no Dicionrio o artigo denominado Israel, Reino de, onde h uma lista dos reis de Israel, com breves descries. Ver tambm ali o verbete chamado Rei, Realeza, onde h uma lista comparativa dos reis de Jud e de Israel, com os reis de pases circunvizinhos, tudo ilustrado mediante um grfico. Narrativas Paralelas. O autor sagrado no nos fornece primeiramente uma lista e uma descrio dos reis de Jud, e, depois, dos reis de Israel. Antes, ele pula para o norte e para o sul, apresentando os reis em uma ordem cronolgica aproximada. Quanto a esse modo de apresentao, ver as notas em I Reis 16.29. Jeoro, rei de Jud, j nos foi apresentado (ver II Reis 1.17). Mas agora o Joro de Israel ocupa a nossa ateno. Esse rei era um mpio, embora no tenha atingido a degradao extrema de seu pai, Acabe. Joro, de Israel, comeou a reinar no dcimo oitavo ano do rei Josaf, rei de Jud. Quanto a narrativas paralelas dos reis de Jud e de Israel, ver acima e em I Reis 16.29. Joro teve um reinado curto e relativamente mau, desperdiando doze anos com seus pecados. Meu artigo sobre ele, no Dicionrio, oferece deta lhes. Cf. II Reis 1.17 e a alegada discrepncia dos nmeros envolvidos. Aquele versculo fala em segundo ano, em lugar de dcimo oitavo ano. Mas, mediante alguma manipulao, podemos fazer o dcimo oitavo ano de Josaf equivaler ao segundo ano de Joro. No h soluo certa quanto ao problema cronolgico, e alguns estudiosos desesperam-se de encontrar essa soluo. Os informes deri vam-se de dois sistemas cronolgicos irreconciliveis" (Oxford Reference Bible, sobre II Reis 3.1). Discrepncias. Seja como for, essas discrepncias s parecem problemti cas para duas classes de pessoas: os cticos, que se deleitam em encontrar algum problema para debater; e os fundamentalistas extremados, que fazem qual quer esforo para tentar explicar os problemas, mesmo s expensas da honesti dade. Mas a f religiosa e a espiritualidade no repousam essas questes. So mente uma mente infantil lhes d grande importncia. Cf. II Reis 8.16. Fez o que era mau perante o Senhor. Joro era impio e operou a iniqida de, embora no tenha chegado ao padro de impiedade estabelecido por seu pai, Acabe, e por sua me, Jezabel. Chegar quele padro s seria possvel mediante alguma ajuda especial do diabo. Quanto ao lado positivo, esse rei derrubou a coluna de Baal, que Acabe mandara levantar. Ele no eliminou a idolatria em Israel, mas realmente a dimi nuiu. Ele aboliu parte do culto a Baal. Mas apesar de ter-se livrado da coluna particular mencionada neste versculo, de modo geral suportava a adorao a Baal (ver II Reis 10.18-28). E continuou as normas polticas de seu impio pai, Acabe (ver I Reis 12.26-33; 13.33). Talvez ele tenha iniciado uma reforma que no chegou, afinal, a coisa alguma. Seu nico ato de reforma, porm, no teve nenhum efeito duradouro. Ele enfrentou oposio e logo abandonou essa questo de reformas. Continuou a adorao ao bezerro de Jeroboo (ver o terceiro versculo), pelo que tinha muitos pecados em sua conscincia. Nem como sua me. Jezabel viveu por todo o reinado de Joro (II Reis 9.30), o que talvez explique por que ele no erradicou a adorao a Baal (II Reis 10.19-28) (Ellicott, in loc.). Talvez Joro tenha institudo algumas reformas para agradar a Josaf, a fim de que o rei de Jud o ajudasse em sua campanha militar contra os moabitas. Aderiu aos pecados de Jeroboo. Joro diminuiu o baalismo, mas no o erradicou (ver II Reis 10.19-28), e tambm participou plenamente na adorao ao bezerro que Jeroboo havia estabelecido em Betei. Ver I Reis 12.26 ss. quanto aos atos e s normas polticas idlatras de Jeroboo. Ver no Dicionrio 17. A DUPLA PORO Eliseu solicitou uma poro dupla do poder milagroso de Elias, cujo poder era obra do Esprito Santo. Ver II Reis 2.9-10. curioso que Eliseu tenha efetuado numericamente quase, exatamente, o dobro de milagres de Elias. 1. Elias alimentado por corvos (I Reis 17.2 ss.) 1. O rio Jordo separado (II Reis 2.14 ss.) 2. A comida da viva multiplicada (I Reis 17.8 ss.) 2. As guas perto de Jerico so purificadas (II Reis 3. Ressurreio do filho da viva (I Reis 17.17 ss.) 2.19 ss.) por 3. O leo da viva multiplicado (II Reis 4.1 ss.) 4. O filho da sunamita levantado dos mortos (II Reis por 4.31 ss.) 5. A sopa venenosa purificada (II Reis 4. 38 ss.) 6. A comida do profeta multiplicada (II Reis 4.42 ss.) 7. Naam curado da lepra (II Reis 5.1 ss.) 8. Geazi punido com lepra (II Reis 5.20 ss.) 9. O machado flutua (II Reis 6.1 ss.) 10 A proteo de um exrcito celestial em Dot (II Reis 6.17 ss.) 11. Soldados inimigos cegados (II Reis 6.18 ss.) 12. Pstumo: um homem ressuscitado quando to cou nos ossos de Eliseu (II Reis 13.20-21) UM PEDIDO INCOMUM Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faa, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peo-te que me toque por herana poro dobrada do teu esprito. Tornou-lhe Elias: Dura cousa pediste. Todavia se me vires quando for tomado de ti, assim se te far... O espirito de Elias repousa sobre Eliseu. II Reis 2.9,10,15 MILAGRES NA BBLIA A Bblia contm milagres que so chamados divinos. Esto includos milagres efetuados por meio de agentes e no apenas aqueles feitos diretamente por Deus. Os dois tipos so milagres verdadeiros, embora um possa ser mais dramtico. Na verdade fez Jesus diante dos discpulos muitos outros sinais que no esto escritos neste livro. Estes, porm, foram registrados para que creiais que Jesus o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. 4. O altar e o sacrifcio de Elias consumidos fogo (I Reis 18.25 ss.) 5. Acazias e seus 102 soldados consumidos fogo celestial (II Reis 1.2 ss.) 6. O rio Jordo separado (II Reis 2.7 ss.) 7. O arrebatamento de Elias (II Reis 2.11 ss.) Joo 20.30,31 18. 1478 II REIS o artigo Baal (Baalismo) quanto s muitas variedades de formas desse culto pago. Guerra contra Moabe (3.4-27) Moabe se tinha rebelado contra a vassalagem a Israel (ver II Reis 2,1 e suas notas expositivas). Acazias deveria ter feito alguma coisa a respeito, mas seu acidente, no comeo de seu reinado, impossibilitou-o. Foi ento que seu irmo e sucessor, Joro, assumiu a sua causa. Acabe, embora moralmente corrupto, foi um rei forte e capaz. Sua morte encorajou os moabitas a rebelar-se. 3.4 Mesa... era criador de gado. A economia de Moabe estava alicerada, essencialmente, na criao de gado mido, utilizando-se de sua carne e de sua pele. Mesa, rei dos moabitas, estava muito envolvido nesse negcio. A cada ano, conforme nos diz o Targum, cem mil cordeiros e a l de cem mil carneiros tinham de ser entregues a Israel; um pesado tributo, verdadeiramente. Israel ficava com os animais, sua carne e sua l. A guerra, portanto, era inevitvel. A famosa pedra Moabita nos conta a histria dessa guerra sob o ngulo de Mesa. Ver no Dicion rio o artigo chamado Pedra Moabita. Cordeiros. No hebraico, naqad, referindo-se a um tipo menor e inferior de carneiro. Essa espcie, entretanto, fornecia l em abundncia. Ams era criador desse tipo de carneiro (Ams 1.1). Na antiguidade, animais e produtos de animais representavam grande parte das fortunas e dos tesouros de indivduos e de governos, portanto o comrcio era intenso, e o tributo era pago com esses produtos. As verses caldaica e rabe tambm mencionam os bois como parte desse tributo, mas isso parece no estar baseado em fatos. 3.5 Tendo, porm, morrido Acabe. Acabe, o homem forte e mpio, estava mor to. Isso encorajou os moabitas revolta, conforme j dissemos. Acazias sofreu uma morte prematura (ver II Reis 1.2 ss.), e Joro, da noite para o dia, foi elevado ao trono, presumivelmente despreparado para o cargo. Mesa, pois, tirou vanta gens das condies incertas e inseguras de Israel. 3.6 Fez revista de todo o Israel. Muito provavelmente, tratou-se de um recense amento militar. Joro precisava saber de quanta fora militar potencial dispunha. Ele estava sendo forado a guerrear. Poderia ele abafar a revolta de Moabe? Ele deve ter decidido que no seria capaz de faz-lo sozinho, pelo que imediatamente comeou a formar alianas. Israel lanar-se-ia guerra como aliada de Jud e de Edom, uma combinao improvvel. 3.7 Mandou dizer a Josaf, rei de Jud. Devemos lembrar-nos de que Jud, na oportunidade, no era muito mais do que um reino vassalo do reino do norte, Israel. Acabe tinha pedido a ajuda de Josaf contra a Sria, e ele tivera de cooperar. Ver I Reis 22 ss. Foi nessa batalha que Aca