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  • 1. REIS BOOKS DIGITAL

2. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSCULO POR VERSCULO Russell Norman Champlin, Ph. D. VOLUME V FILIPENSES COLOSSENSES I TESSALONICENSES II TESSALONICENSES I TIMTEO II TIMTEO TITO FILEMOM HEBREUS Impresso e Acabamento na Grfica da Associao Religiosa Imprensa da F So Paulo - SP - Brasil 9aReimpresso Setembro de 1995 10aReimpresso Dezembro de 1998 Direitos reservados 0Associao Religiosa EDITORA E DISTRIBUIDORA CANDEIA Rua Belarmino Cardoso de Almeida, 108 Cidade dutra Interlagos Cep: 04809-270 So Paulo - SP 1995 3. FILIPENSES INTRODUO I. AUTORIA II. DATA E PROVENINCIA III. MOTIVO E PROPSITO IV. INTEGRIDADE DA EPSTOLA V. TEMAS PRINCIPAIS VI. CONTEDO VII. BIBLIOGRAFIA A igreja crist de Filipe teve sua origem com os prprios esforos do apstolo Paulo, durante a sua chamada segunda viagem missionria, conforme o registro histrico de Atos 16:12-40. Tendo ouvido o chamado mstico Passa Macednia e ajuda-nos (Atos 16:9), Paulo alterou os seus planos tencionados de continuar labutando na sia Menor; e foi assim que nasceu a misso evangelista europia e a igreja crist no continente europeu. Posto que a segunda viagem missionria tem sido datada entre 48 e 51 d.C., a visita cidade de Filipos teria tido a necessidade de ocupar a poro inicial desse perodo. Policarpo, em sua epstola aos Filipenses (3:2), indicou que o apstolo dos gentios havia escrito diversas cartas para eles. No temos maneira de saber quantas dessas cartas foram escritas por Paulo, porm tem sido quase universalmente aceito que nossa epistola neotestamentria aos Filipenses representa uma ou mais das cartas genunas do apstolo Paulo quela comunidade crist. (Ver mais abaixo, Autoria, quanto autenticidade dessa epstola escrita por Paulo; e ver o ponto intitulado Integridade, acerca da discusso da possibilidade que temos na epstola aos Filipenses mais de uma epstola, que teria sido incorporada na formao da mesma). Embora Paulo houvesse sido encarcerado e tivesse sofrido vrias indignidades na cidade de Filipos, parece que esse apstolo nutria afeio toda especial pelos membros da igreja crist dali. A sua epstola aos Filipenses a mais pessoal e espontnea de todas as missivas que conhecemos, sadas da pena de Paulo. Nessa epstola transparece um afeto que parece jamais ter sido perturbado por conflitos e disputas, especialmente acerca da questo legalista, o que se verifica em diversas outras das epstolas paulinas. No obstante, podemos considerar a passagem de Fil. 3:1 e ss., que encerra uma advertncia acerca dos perigos do legalismo. Ordinariamente, Paulo se mantinha independente das igrejas locais, do ponto de vista financeiro, provavelmente devido ao fato que anteriormente havia perseguido a igreja de Cristo, o que o levou a acreditar que no deveria servir de fardo para os crentes, mas antes, deveria prestar-lhes um servio gratuito, abundante e voluntrio. No obstante, Paulo no rejeitou alguma ajuda financeira dos crentes de Filipos, mas recebeu, pelo menos por duas vezes, algum dinheiro, quando se encontrava na cidade prxima de Tessalnica. (Ver Fil. 4:10). Mais tarde, quando Paulo se encontrava aprisionado, os crentes filipenses se lembraram novamente do apstolo, e, atravs de Epafrodito, um dos membros daquela igreja, uma vez mais lhe enviaram uma demonstrao palpvel de seu amor cristo por ele. Foi assim que, no retorno de Epafrodito a Filipos, o apstolo lhes enviou a epstola aos Filipenses, a qual , essencialmente, uma missiva de agradecimento; mas Paulo tambm se aproveitou do ensejo para dissertar sobre vrios temas, que ele julgou serem benficos aos seus leitores, segundo se depreende de Fil. 2:25-28. I. AUTORIA Os quatro grandes livros clssicos de Paulo so'as epstolas aos Romanos, aos Glatas, I e II Corntios. Praticamente nenhum erudito tem duvidado da autenticidade desses quatro livros do N.T. como obras genuinamente paulinas. Elas so to semelhantes entre si, no que diz respeito ao estilo, ao vocabulrio, estrutura das sentenas e a todas as demais consideraes literrias que necessrio aceitar ou rejeitar juntamente todas elas. Por esse motivo que pouqussimos estudiosos tm provocado qualquer debate em torno da autoria dessas quatro epstolas. Alm dessas quatro, outras cinco epstolas tm sido aceitas como paulinas, com pouca disputa, a saber, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicen- ses e Fiiemom. Ver comentos gerais sobre o corpus paulino na introduo a Romanos, primeiros pargrafos, e seco II. Esta epistola aos Filipenses aceita como paulina por quase todos os eruditos, embora alguns deles pensem que ela representa mais de uma epstola, sendo realmente uma composio de peas da correspondncia paulina, mais ou menos como as epstolas de I e II Corntios so tidas como representantes de pelo menos quatro missivas, mas que chegaram at ns agrupadas em apenas duas epstolas. (No tocante a esse problema, no que se relaciona a epstola aos Filipenses, ver o ponto IV desta introduo, intitulado Integridade da Epstola). Dentre as dez a treze epstolas neotestamentrias aceitas como paulinas, sete delas foram escritas na priso, a saber, Filipenses, Efsios, Colossenses, Fiiemom, I e II Timteo e Tito, embora seja quase certo que nem todas as sete foram escritas da mesma cidade, e por ocasio do mesmo perodo de aprisionamento. (Quanto a notas expositivas sobre essa questo, ver a seco II da introduo a esta epstola, intitulada Data e Provenincia, bem como a introduo a cada uma dessas epstolas, sob o ttulo Provenincia). A prpria epstola aos Filipenses (1:1) reivindica a autoria paulina. Timteo ali apresentado como um de seus associados, o que sabemos estar de conformidade com a vida de Paulo (ver Fil. 1:1 e 2:19). Alm disso, as referncias ao seu aprisionamento concordam com aquilo que sabemos ser verdade, acerca dos sofrimentos de Paulo (Fil. 1:7). O autor tambm se refere, de forma muito natural sua anterior pregao na Macednia (ver Fil. 4:15), bem como ao fato que os crentes de Filipos lhe tinham enviado ddivas (ver Fil. 4:10 e 2:25-28), o que no um elemento que um forjador tivesse querido incluir, porquanto ordinariamente era costume de Paulo viver independentemente das igrejas, quanto ao aspecto financeiro. O contedo geral, o esto e o vocabulrio dessa epstola, tudo aponta para a autoria paulina. Os prprios assdios contra a integridade dessa epstola, ainda que consigam mostrar que nessa epstola est representada mais de uma missiva, no seriam capazes de provar que essa coleo no seria paulina. Contudo, os argumentos contrrios autoria paulina so os seguintes: 1. Uma suposta tentativa de mostrar afinidade para com as idias do gnosticismo. (Ver Fil. 2:5 e ss.). Entretanto, a trplice diviso celeste, terrestre e do submundo, no tem sido bem recebida pela maioria dos eruditos como uma prova de influncias gnsticas, porquanto tais idias podem ser encontradas tanto na teologia judaica como na teologia crist, correntes na poca de Paulo. 2. A passagem um tanto indelicada que aparece no terceiro captulo desta epstola, e que chama os opositores de Paulo de ces e de falsa circunciso, na opinio de alguns estudiosos, seria indigna do grande apstolo Paulo. Porm, se lermos a primeira epstola aos Corntios e a epstola aos Glatas, verificaremos que isso se transforma em uma prova favorvel autoria paulina, e no contrria a ela, pois Paulo 1 4. filipenses no hesitava em falar de forma ousada e mordaz. 3. O trecho de Fil. 4:15, na opinio de alguns eruditos, contradiria aos trechos de I Cor. 9:15 e II Cor. 11:9, sob a alegao que se refere coleta encabeada por Paulo para os santos pobres de Jerusalm, que no chegou s mos desse apstolo, ou que no foi levantada no comeo de seus labores na Macednia (conforme esta epstola aos Filipenses parece indicar), mas antes, no final de seus labores ali. Porm, essa dificuldade facilmente solucionada quando observamos que essa referncia no ao papel deles na coleta geral para os pobres de Jerusalm, pois Paulo se referia antes s ddivas pessoais que eles lhe tinham enviado; pois esta epstola aos Filipenses, pelo menos em parte, visou agradecer ao auxlio monetrio que os crentes de Filipos haviam enviado ao apstolo. O dcimo sexto versculo deste mesmo captulo deixa isso claro, onde se l que o dinheiro, no dizer de Paulo, fora ...o bastante para as minhas necessidades, e no para os santos pobres de Jerusalm. Todas essas trs objees, entretanto, no tm sido favoravelmente acolhidas pela grande maioria dos intrpretes, razo pela qual essa epstola tem continuado a ser considerada como genuinamente paulina. A autoridade e a canonicidade da epstola aos Filipenses tm sido questes fixadas desde os tempos antigos. Ela usufrui da mesma autoridade, quanto a esses pontos de vista, que os demais livros clssicos paulinos, e podem ser aplicadas aqui as introdues s epstolas aos Romanos, aos Gaiatas e a I e II Corntios, onde se ventilam as questes do cnon e da autoridade antiga. No houve nenhuma ocasio, na igreja crist primitiva, em que qualquer pronunciamento sobre o cnon tivesse sido efetuado, que no inclusse tambm a epstola aos Filipenses. Mrcion, um dos pais da igreja (150 d.C.), em seu cnon neotestamentrio de onze livros, que se constitua de dez das epstolas paulinas e de uma forma mutilada do evangelho de Lucas, inclua a epstola aos Filipenses. Todos os demais pais da igreja, aps Mrciom, que falaram a respeito da questo, jamais deixaram de incluir essa epstola. E antes mesmo da poca de Mrciom, Policarpo, em sua epstola aos Filipenses, mencionou a correspondncia que Paulo tivera com eles, citando o trecho de Fil. 3:11. Nessa coleo de epstolas paulinas, a epstola aos Filipenses evidentemente foi escrita antes de Colossenses e depois de Efsios. (Ver a introduo epstola aos Efsios, pargrafo 4,2). Essa igualmente a ordem como essa epstola aparece no cnon muratoriano. Os pais da igreja Incio, Irineu, Clemente de Alexandria, Orgenes, Tertuliano e Eusbio, todos citaram trechos desta epstola aos Filipenses. II. DATA E PROVENINCIA A data desta epstola aos Filipenses depende do lugar onde Paulo a redigiu, isto , do aprisionamento particular durante o qual ele a escreveu. Que o apstolo era um prisioneiro, quando a escreveu, bvio, segundo se v em Fil. 1:7,12. Sabe-se que Paulo sofreu aprisionamento em Jerusalm, em Cesaria, em Roma, e, na opinio de alguns, tambm em feso. As cidades de Roma, Cesaria e feso tm sido todas sugeridas como lugares de onde Paulo poderia ter escrito essa epstola. Sobre isso, convm que consideremos os seguintes pontos: 1. At relativamente h pouco tempo, o aprisionamento de Paulo em Roma, como lugar de onde ele escreveu esta epstola aos Filipenses, era a idia tradicional. As aluses casa de Csar (Fil. 1:13 e 4:22) e ao pretrio eram consideradas como conclusivas em favor da provenincia da capital do imprio. Entretanto, tm sido encontradas pela arqueologia vrias inscries que mostram que os funcionrios do governo e os representantes de Roma eram assim chamados, e que onde quer que eles residissem se tornava a casa de Csar. Esse termo era vinculado a muitas categorias de pessoas, como servidores, policiais, guardies, bem como altos oficiais do governo. E o pessoal administrativo romano, em toda a cidade importante do imprio, era conhecido pelo termo de pretrio, que inclua todos os funcionrios, os quais, em Roma ou fora dela, eram designados pela alcunha de servos de Csar. Portanto, essa expresso, que tradicionalmente se pensava dar apoio idia que Paulo escreveu esta epstola aos Filipenses quando estava aprisionado em Roma, na realidade perdeu grande parte de sua fora, pois o uso do termo por demais amplo. 2. Outros argumentos tm sido apresentados em favor da cidade de Roma, como o lugar de onde Paulo iredigiui esta epstola aos Filipenses. Essa epstola parece antecipar sua possvel morte (2:20-23), o que nos mostra que as acusaes feitas contra Paulo eram srias, e que o seu martrio poderia estar prximo. Ora, isso se harmoniza melhor com a situao de Paulo em Roma do que com qualquer outro perodo de aprisionamento. E isso se verifica especialmente porque, na qualidade de cidado romano, no provvel que, sob to adversas circunstncias, o apstolo Paulo no tivesse apelado para Csar, o que de fato fizera em Cesaria, quando tambm se encontrava em grande dificuldade. Esse o mais forte argumento em favor da cidade de Roma, embora se harmonize melhor com o segundo perodo de aprisionamento nessa cidade (conforme alguns eruditos tm postulado), e no com o primeiro perodo, porquanto o livro de Atos, em suas observaes finais, no nos transmite a impresso de que havia qualquer ameaa to sria como esta epstola aos Filipenses nos permite entender. Outrossim, Paulo pode ter enfrentado determinados perigos na cidade de feso ou em outra localidade qualquer, sobre o que no temos conhecimen to, e sob circunstncias que talvez no permitissem um apelo fcil a Csar. 3. Em favor do aprisionamento em Roma tambm tem sido aduzido o argumento que a igreja crist de Roma corresponderia, quanto ao tamanho e influncia, s aluses constantes em Fii. 1:2 e s., que parecem indicar uma comunidade crist considervel. Ora, outro tanto no se poderia atribuir facilmente a feso, e, menos ainda, a Cesaria. 4. A introduo de Mrciom, epstola aos Filipenses, identifica claramente a sua provenincia como a cidade de Roma. Mas possvel que isso no tenha passado da reiterao de uma opinio antiga, a qual pode estar equivocada visto que os escritos de Mrciom datam de cerca de cem anos que tais acontecimentos transpiraram. 5. Outros estudiosos tm postulado a hiptese cesariana. Desde 1731 que Oeder, de Leipzig, sugeriu que Cesaria teria sido o lugar onde a epstola aos Filipenses teria sido escrita. Essa idia, entretanto, no mais fcil de defender que a hiptese romana. Sobre isso, h algumas consideraes que precisamos averiguar: a. A custdia referida em Atos 13:35, jue descreve o aprisionamento do apstolo Paulo em Cesareia, no sugere qualquer perigo iminente de martrio, conforme esta epstola aos Filipenses d a entender por toda a parte. b. Outros estudiosos supem que o tamanho e o prestgio da igreja crist de Cesaria no corresponde quilo que descrito em Fil. 1:12 e ss. c. Quando Paulo se encontrava em Cesaria, esperava fazer ainda uma visita cidade de Roma, e no outra visita a Filipos, que era o seu desejo, quando ele escreveu esta epstola, conforme se verifica em Fil. 2:24 e ss. 6. H, finalmente, a hiptese efsia. Embora no haja qualquer certeza no que diz respeito a algum perodo de aprisionamento de Paulo em feso (a sua luta contra as feras, que teria ocorrido ali, mencionada em I Cor. 15:32, pode ser uma aluso alegrica, e no literal), essa idia tem ganho algum apoio em anos recentes, no somente como o lugar onde Paulo teria redigido esta epstola aos Filipenses, mas tambm como lugar onde ele escreveu as epstolas aos Efsios, aos Colossenses e a Fiiemom. Os seguintes argumentos so apresentados em favor dessa opinio: a. Sua referncia sua tencionada visita imediata se torna muito mais inteligvel, pois Efeso ficava muito mais perto de Filipos do que de Roma. Alm disso, com base na epstola aos Romanos sabemos que Paulo planejava fazer uma viagem missionria Espanha, depois deter passado por Roma, e no uma viagem ao territrio ja explorado da Macednia. Podemos considerar o trecho de Fil. 2:24, onde o apstolo Paulo estava preparado para reiniciar seu trabalho pastoral entre eles; tambm se pode considerar o trecho de Rom. 15:23-25, onde se l sobre intuitos inteiramente diferentes. Essa referncia da epstola aos Romanos mostra-nos que Paulo reputava completada a sua tarefa no oriente, e que agora queria visitar o ocidente. b. Existem evidncias, nesta mesma epstola aos Filipenses, de que foram feitas vrias visitas entre esses dois pontos (onde ele se encontrava aprisionado) e Filipos. Os crentes de Filipos ouviram falar do aprisionamento do apstolo e lhe enviaram Epafrodito com uma ddiva em dinheiro. Ento foram enviadas notcias a eles que seu mensageiro adoecera; e ele, por sua vez, recebeu uma mensagem que mostrava a preocupao daqueles irmos. Mais tarde Epafrodito foi enviado a eles, levando-lhes esta epstola aos Filipenses. 5. FILIPENSES 3 Timteo tambm foi envolvido nesses movimentos, de tal modo que, ao todo, precisamos pensar em quatro viagens pelo menos. Ora, Roma distava.quase mil e trezentos quUmetros de Filipos, ao passo que feso ficava a menos da metade dessa distncia; portanto, as idas e vindas muito mais provavelmente teriam ocorrido entre Filipos e feso do que entre Filipos e Roma, que ficava a muito maior distncia. (Ver Fil. 2:19-30). c. A meno da ddiva de que os crentes de Filipos haviam enviado a Paulo parece indicar a passagem de pouco tempo desde que Paulo estivera com eles, e no um intervalo de talvez dez anos, o que teria sucedido, se tal ddiva tivesse sido enviada para ele em Roma. d. possvel que a visita tencionada por Timteo (ver Fil. 2:19) deva ser identificada com a visita mencionada em I Cor. 4:17 e Atos 19:22. Nesse caso, a prpria revisita de Paulo quele lugar poderia ser identificada com o que se l em Atos 20:1-6, onde se veria ento o cumprimento do seu desejo de visit-los, conforme se l em Fil. 2:24. Contra a idia do aprisionamento de Paulo em feso, podem ser apresentados os seguintes argumentos: 1. Essa idia de natureza especulativa, porquanto nada pode ser provado nesse sentido, excetuando talvez a referncia isolada que h em I Cor. 15:32. 2. A ausncia de qualquer meno sobre a coleta para os santos pobres de Jerusalm parece ser um argumento forte quanto a isso, pois parece que Paulo estava obcecado acerca dessa questo, durante esse tempo. 3. A mais sria objeo contra essa idia pe a epstola aos Filipenses reflete um possvel iminente martrio. Nesse caso, por qual razo Paulo no apelou para Csar, o que realmente fez mais tarde, em Cesaria, quando viu as coisas contra ele? Para essa objeo realmente no h resposta. Essa questo, pois, permanece na dvida, porquanto nenhuma dessas idias pode ser defendida de maneira inteiramente bem-sucedida. Porm, afinal de contas, a questo no se reveste de importncia capital. Se porventura a epstola aos Filipenses foi escrita em feso, ento teramos de dat-la entre 53 e 54 d.C., o que significaria que foi escrita antes da primeira epstola aos Corntios. Por outro lado, se Paulo a escreveu em Cesaria, ento sua data teria sido entre 56 e 58 d.C. E, se porventura, ele a escreveu em Roma, ento deve ser datada depois de 58 d.C., que foi quando Paulo chegou pela primeira vez em Roma. No entanto, esta epstola aos Filipenses poderia ter sido redigida to tarde como 60 d.C., ou mesmo mais tarde, se supormos que o apstolo a escreveu quando de seu segundo perodo de aprisionamento, talvez to tarde como 64 d.C. Alguns eruditos datam a chegada de Paulo em Roma to tarde como o ano de 62 d.C., e, se porventura essa opinio correta, teria sido escrita esta epstola aos Filipenses de dois a quatro anos depois dessa data. III. MOTIVO E PROPOSITO Embora no possamos ter qualquer certeza, no tocante ao lugar onde Paulo escreveu esta epstola aos Filipenses, podemos determinar facilmente, com base na prpria epistola, quais os propsitos e as circunstncias imediatos sob os quais Paulo a redigiu: 1. A igreja crist de Filipos se preocupara com o bem-estar material do apstolo Paulo, porquanto ouvira que ele se encontrava aprisionado; e assim se iniciou uma troca de cartas entre o apstolo e aquela comunidade crist. Paulo estava prestes a enviar-lhes Timteo e Epafrodito, e essa epstola foi em parte mandada a fim de encorajar a boa acolhida a esses mensageiros. Parece que Paulo desejava desarmar qualquer crtica que talvez houvesse surgido com relao a Epafrodito, embora no se possa distinguir claramente por qual razo tais crticas tiveram incio. (Ver Fil. 2:19 e s.). 2. Havia algumas dificuldades na igreja de Filipos, quase todas provocadas por questes pessoais, e com os quais Paulo queria tratar. Isso transparece com clareza no trecho de Fil. 2:1-4,14. No trecho de Fil. 4:2 isso reiterado, sendo dados os nomes dos envolvidos na disputa. Paulo, pois, queria que a igreja se unisse, cessada a contenda, e aproveitou a viagem de Epafrodito at eles, a fim de cuidar do problema. 3. Os crentes filipenses, por diversas vezes, haviam enviado doaes pessoais ao apstolo (ver Fil. 1:5 e 4:10,14 e ss.), o que nos mostra que esta missiva, entre outras coisas, foi uma carta de agradecimento. 4. No teor da prpria epstola aos Filipenses h evidncias que sugerem que os crentes de Filipos vinham sendo perseguidos, e que precisavam de encorajamento. Por essa razo Paulo os animou a se manterem firmes, dando testemunho vivo em prol de Cristo. (Ver Fil. 1:27; 4:1 e 2:15). 5. O trecho de Fil. 3:1 e ss, na opinio de muitos eruditos, se ria fragmento de uma carta separada, pois parece inteiramente fora de sintonia com o restante da epstola. Trata-se de uma severa repreenso contra os legalistas de Filipos. Assim se pode dizer com certeza que a correspondncia com os filipenses, sem importar se nossa epstola aos Filipenses uma nica missiva ou representa uma pluralidade de cartas, incluiu o propsito de atacar o legalismo. Seja como for, esse problema provocou talvez a seco mais elevada da epstola, isto , aquela na qual Paulo mostra quais eram as razes que ele tinha de ufanar-se com um orgulho farisaico, mas como Cristo substitura toda essa ufania, permanecendo o Senhor como sua nica base de jactncia e seu alvo nico de perfeio. 6. Alguns estudiosos acreditam que havia um partido dos perfeccionistas naquela igreja, afirmando que eram superiores aos demais, devido ao orgulho espiritual. Por isso que esses estudiosos pensam que nesta mesma seco do terceiro captulo, onde Paulo mostra que nem ele mesmo pensa j haver atingido seus propsitos de perfeio em Cristo, seria um repdio indireto queles que pensavam j ter atingido a perfeio. 7. No sabemos a gravidade do perigo em que se encontrava Paulo, mas existem vrias indicaes que no seria de todo impossvel que a sua vida fosse tirada naquela oportunidade, embora seu aprisionamento talvez fosse em feso, e no em Roma. Ver Fil. 1:20, onde ele indica que a glria que poderia dar a Cristo viria pela vida ou pela morte, e que j havia o apstolo ajustado os seus pensamentos possibilidade distinta de sofrer aquela morte que, para ele, seria lucro. (Fil. 1:21). Quer vivo quer morto, conforme os homens mortais encaram a questo, o seu grande propsito era o de agradar a Cristo, embora o prprio Paulo desse sua preferncia morte, pois, segundo declarou ele, estar com Cristo , muito melhor. (Ver Fil. 1:23). No obstante, reconhecia a sua responsabilidade para com aqueles que havia gerado espiritualmente em Cristo e assim, por baixo de seu reconhecimento dos perigos que o ameaavam, parece que Paulo sentia intuitivamente que o seu ministrio se prolongaria mais algum tempo, e que ele ainda teria oportunidade de dar prosseguimento sua obra apostlica, at mesmo entre os crentes de Filipos (ver Fil. 1:24,25). Portanto, parece-nos que um dos propsitos de Paulo foi o de informar aos crentes de Filipos sobre os verdadeiros perigos que ele estava enfrentando, mostrando-lhes que se tivesse chegado o tempo dele sofrer o martrio, estava preparado para tanto, e que ele sentia que at isso seria bom para ele, e no seria uma tragdia, como outros penderiam por pensar sobre a questo. Esse tipo de informao tinha por intuito aliviar as mentes de seus leitores acerca de sua segurana, e, ao mesmo tempo, lhes dava coragem para enfrentar qualquer tribulao que fosse lanada contra eles, tribulao essa que esta epstola subentende que eles j estavam experimentando. Em tudo isso, pois, Paulo descreve qual deve ser a atitude crist apropriada para com os sofrimentos, os quais podem ser to severos que levem o crente ao martrio. IV. INTEGRIDADE DA EPSTOLA Policarpo, em sua epstola aos Filipenses (3:2), indicou que Paulo lhes havia escrito diversas cartas. No temos meios para determinar quantas foram essas missivas, embora seja universalmente aceito que nossa epstola aos Filipenses representa uma delas. Alguns eruditos crem que nesse livro ha fragmentos de mais uma crta. Assim, pois, se a integridade da epstola posta em dvida por alguns estudiosos, isto , se essa epstola representa uma nica missiva ou mais de uma, que teriam sido combinadas, formando a que atualmente conhecemos, por outro lado a autenticidade dessa epstola, como genuinamente paulina,. raramente foi posta em dvida. Assim sendo, a epstola aos Filipenses vista mais ou menos como I e II Corntios, as quais so aceitas por muitos eruditos como cartas compostas por pelo menos quatro epstolas, embora tivessem sido combinadas de uma forma a dar a entender que elas sejam apenas duas. Assim, podemos supor que houve uma correspondncia de Paulo com Corinto que envolveu vrias epstolas; e partes das mesmas, ou talvez a totalidade de uma ou duas, mais pores de outras, foram combinadas em duas epstolas compostas. As introdues a le 6. 4 FILIPENSES II Corntios explicam detalhadamente as vrias especulaes que h sobre essa questo. Por semelhante modo, alguns tm pensado ser a correspondncia de Paulo com Filipos. No que tange ao problema dessa epstola aos Filipenses, muitos eruditos acreditam que o terceiro captulo da mesma, ou pelo menos parte da mesma, pertenceria a uma epstola que Paulo escrevera anteriormente, que versaria sobre a controvr sia com os mestres judaizantes. De fato, esse captulo de esprito diferente do restante do livro. No primeiro captulo Paulo alude aos seus opositores com uma atitude de esplndida magnanimidade; porm, no captulo terceiro, ele os denuncia em termos severos e os mais violentos. Alm disso, esse terceiro capitulo parece ser uma espcie de concluso de uma epstola, e no um argumento que se possa colocar com naturalidade no meio de uma epstola, conforme aparece aqui em Filipenses. (Ver Fil. 3:1-4). Outros intrpretes, entretanto, asseveram que realmente havia dois grupos distintos, para os quais Paulo se referiu. Suas exortaes suaves teriam sido dirigidas para aqueles que ele considerava verdadeiros crentes, ao passo que as exortaes severas teriam sido feitas contra aqueles que Paulo reputava como falsos pastores, que precisavam de ser amargamente contrariados. possvel que entre esses estivessem alguns judeus hostis, que vaiavam aos crentes e os deixavam perplexos, embora esses no fizessem parte real da igreja de Filipos. Isso explicaria adequadamente a diferena de tonalidade, dentro dos limites de uma nica epstola. Outrossim, a palavra Finalmente, que aparece em algumas verses (em nossa verso portuguesa, que usamos como base textual deste comentrio, se l Quanto ao m ais...), no comeo do captulo terceiro desta epstola, no indica necessariamente que a epstola estava prestes a terminar. E mesmo que porventura tivesse sido assim, poderamos crer que outros pensamentos invadiram a mente de Paulo, o que t-lo-ia impedido de encerrar sua epstola, na ocasio precisa em que essa idia lhe ocorreu pela primeira vez. Qualquer pessoa que esteja acostumada a ouvir discursos ou sermes feitos porpessoas queno se atm a notas escritas, sabem como suas mensagens podem estender-se, mesmo depois do orador ou pregador ter afirmado que estava prestes a terminar o seu discurso. O trecho de Fil. 3:1 indica de forma definida que Paulo j havia escrito aos crentes de Filipos em outras ocasies, e que j havia dito nelas coisas que agora reiterava. Porm, a idia de que a nossa epstola aos Filipenses contm fragmentos de tal correspondncia, apesar de talvez expressar uma verdade, no facil de defender; e as defesas a essa teoria, - contrariamente ao caso de I e II Corntios, no so fortes. Assim que, entre aqueles que consideram certas pores do terceiro captulo desta epstola como interpolaes, no h acordo sobre a extenso das mesmas. Alguns estudiosos pem-lhe ponto final em Fil. 4:3 (como K. Lake), outros em Fil. 4:1 (conforme A.H. McNeile, C.S.C. Williams e F.W. Bear), e ainda outros sugerem Fil. 3:19 (como J.H. Michael). Bear considera a epstola como composta por trs elementos distintos, a saber, uma epstola de agradecimento, que reconhecia a ddiva dos Filipenses atravs de Epafrodito (Fil. 4:10-20), e um fragmento interpolado que denuncia o ensinamento falso dos missionrios judaicos e o antinominia- nismo de certos crentes gentios (Fil. 3:2- 4:1). Essa seco, na opinio de certos eruditos, teria sido dirigida a alguma outra igreja, mas que veio a ser viaculada nossa epstola aos Filipenses, mais ou menos da mesma maneira que o dcimo sexto captulo da epstola aos Pomanos, segundo dizem certos estudiosos, teria sido uma carta de introduo de Febe, dirigida no para Roma, mas para algum outro lugar, como feso. Alm disso, como terceiro elemento de nossa epstola aos Filipenses, haveria o arcabouo geral dessa epistola, constituda pelos trechos de Fil. 1:1- 3:1; 4:2-9,21-23. Vrios eruditos acreditam que essa foi a missiva final do apstolo Paulo igreja na terra, uma espcie de mensagem de despedida. Ainda outros estudiosos acreditam que o trecho de Fil. 2:5-11 seja pr-paulino ou ps-paulino, -composto por outrem, em nome do apstolo. H tambm aqueles que pensam que essa passagem seja uma espcie de hino cristolgico, acrescentado pelo prprio Paulo sua epstola, ou adicionado mais tarde por algum correspondncia entre Paulo e os crentes de Filipos. Embora algumas dessas especulaes possam parecer um tanto plausveis, a maioria dos eruditos, incluindo muitos de tendncias liberais, pensam que essas especulaes criam mais dificuldades do que resolvem; e esses eruditos tendem a considerar que a nossa epstola aos Filipenses representa essencialmente uma nica missiva de Paulo, a despeito de seus nveis e de sua complexidade de material. V. TEMAS PRINCIPAIS A epstola aos Filipenses no pode ser reduzida a uma apresentao de sequncia lgica, porque se trataria de uma composio de vrias missivas, de forma um tanto frouxa, que abordam diversos temas. Trata-se da mais pessoal das epstolas escritas por Paulo, a mais reveladora da emotividade do apstolo dos gentios. Temos aqui uma combinao de notas pessoais, exploses de advertncia, de ao de graas e de ternura, reflexes profundas e denncias extremamente amargas. 1. O tema da alegria aparece de maneira mais pronunciada nesta epstola do que em qualquer outro dos escritos de Paulo. Isso pode parecer-nos estranho, considerando-se as circuns tncias to adversas sob as quais essa epstola foi redigida, pois Paulo se encontrava aprisionado, e pairavam to graves ameaas sobre ele que ele j pensava que o martrio era uma forte possibilidade. Porm, no captulo final desta epstola Paulo diz-nos como j havia aprendido a estar contente, nas diversas vicissitudes da vida. Seria uma espcie de estoicismo cristo, produzido por uma vida de intensos e constantes sofrimentos, que o apstolo sempre atribua vontade de Deus, como acompanhamento necessrio tanto para a propagao do evangelho como para o desenvolvimento espiritual do crente. (Ver Fil. 1:3,4; 1:25; 2:1,2,16-18,28; 3:1,3; 4:1,4,5,10). 2. A razo dos sofrimentos e o triunfo deles sobre os mesmos outro dos temas centrais desta epstola. O martrio de Paulo era considerado como algo possvel, embora ele esperasse que o seu ministrio se prolongasse algum tempo mais, no para sua prpria vantagem e alegria, mas para vantagem deles. Sobre isso se manifesta a maior parte do primeiro captulo, alm dos trechos de Fil. 2:15,17 e 4:1. Paulo evidentemente pensava que os crentes de Filipos continuariam a enfrentar perigos similares queles que ele mesmo tinha de enfrentar, como perseguies e vrios sofrimentos e abusos, incluindo a prpria morte. (Ver Fil. 1:27-30). No obstante, Paulo diz que os sofrimentos dos crentes fomentam o progresso do evangelho. (Ver Fil. 1:12). 3. Paulo sustenta nesta epstola a sua esperana no retomo de Cristo Jesus para breve. Ele foi capaz de olvidar os seus sofrimentos em vista da f que aparousia (a segunda vinda de Jesus) haveria de apagar de vez a agonia do dio e da hostilidade dos homens, soerguendo os crentes ao nvel da glria de Cristo. Ele sabia que a sua morte ocorreria antes disso (ver Fil. 1:23), mas mesmo assim continuava embalando a esperana que a segunda vinda de Cristo se verificasse durante sua vida terrena. (Ver Fil. 1:6,10; 2:10,11,16; 3:20,21 e 4:5). 4. Havia ainda a necessidade de exortar a igreja dos crentes de Filipos coeso e humildade, que consiste da participao na atitude mental de Cristo; e isso levou Paulo a compor sua mais profunda declarao concernente humanidade de Cristo, sua misso humana, sua humilhao, ao seu triunfo em sua misso terrena e sua exaltao aos lugares celestiais, que redundar em sua supremacia sobre tudo quanto h na criao. Entre as epstolas de Paulo, essa a mais completa afirmativa sobre esse assunto. (Ver Fil. 2:1-11). Nenhuma outra passagem paulina pode comparar-se com essa, sobre a humanidade de Jesus Cristo. 5. A advertncia contra os legalistas ocupa a primeira poro do terceiro captulo desta epstola, sendo uma das declaraes mais amargas de Paulo acerca desses inimigos do evangelho, o que tambm constitua um dos principais problemas que havia na igreja crist primitiva. 6. Essa necessidade de assim pronunciar-se contra o legalismo, levou o apstolo Paulo a expressar sua prpria dedicao suprema a Cristo, o seu alvo e os seus propsitos na vida, seus anelos espirituais mais profundos, tudo o que viera a fazer parte de sua vida, quando ele repelira o tipo de f religiosa que caracterizava os legalistas, os quais se orgulhavam em diversas relaes humanas, como a descendn cia fsica ou como as realizaes religiosas. E bem provvel que essa seja a mais famosa e a mais usada de todas as seces de todas as epstolas desse apstolo, quando os pregadores desejam apresentar sermes de ensino para suas igrejas. (Ver Fil. 3:4-16). No podemos ocultar que h certo aspecto 7. FILIPENSES apologtico nesta seco, porquanto Paulo repreendeu queles que continuavam confiando em uma forma de ufania humana, a qual anteriormente o caracterizara como intenso fariseu que ele fora. Essa atitude errnea agora parecia atrair a certos crentes, que se imaginavam perfeitos, assim enganando-se a si mesmos. Paulo nos mostra, na presente seco, que nem mesmo ele podia reivindicar qualquer coisa semelhante perfeio nesta vida; antes, continuava a esforar-se em direo ao alvo ideal e elevadssimo, que ainda no havia atingido. 7. O trecho de Fil. 4:10-20 constituiria a carta de agradecimento. Os crentes de Filipos, em mais de uma ocasio, em contraste com tantas outras igrejas da poca apostlica, haviam enviado algum dinheiro a Paulo, a fim de ajud-lo em suas situaes financeiras to estreitas. Portanto, aqueles crentes haviam dado o exemplo de como a igreja crist, em qualquer era, deve interessar-se por suprir ativamente s necessidades daqueles que vivem do evan gelho. O ideal do A.T. sobfe uma casta sacerdotal, que vivia das ofertas voluntrias do povo, aqui aprovado e confirmado; mas no como uma espcie de esmola, conforme essa prtica tem sido to frequentemente reduzida, e, sim, como dever da igreja local, interessada em obedecer aos mandamentos de Cristo, para que fosse por todo o mundo e pregasse o evangelho a toda a criatura. As doaes monetrias ao trabalho missionrio da igreja uma garantia de que Deus abenoar ao doador e lhe suprir as suas necessidades, conforme nos mostra a passagem de Fil. 4:19. 8. Paulo repreendeu tambm a contenda que surgira na igreja dos filipenses, resultante de certo orgulho e egosmo, por parte de membros que tinham aprendido a desprezar a outros. Paulo conclamava aquela igreja local unidade em Cristo, como meio seguro de eliminar desordens dessa natureza. (Ver Fil. 4:2,3). 9. A epstola de Paulo aos Filipenses contm uma das mais excelentes exortaes quanto pureza ntima, quanto maneira de pensar, quanto ao estado de conscincia, a qual deve resultar em aes externas piedosas. Ver Fil. 4:8, onde encontramos a exortao para que os crentes se concentrassem naquilo que honesto, justo, puro, amvel, de boa fama, virtuoso e digno de louvor. fato sobejamente conhecido que nossas aes procedem da maneira de pensar. Se tivermos de manter aes santas nesta vida, essas devem ter incio na fonte, isto , nos pensamentos. O crente est na obrigao moral de resguardar o santurio de sua mente e de sua alma, cultivando-o com a mensagem da graa de Cristo. Trata-se do mesmo conceito que foi desenvolvido em Rom. 12:1,2. Fica suposto que a vida interior dos pensamentos, se for O Interpreters Bible e cuidadosamente cultivada e resguardada, garantir uma vida de pureza e utilidade nas mos de Deus. .Naturalmente que essa uma idia central de Cristo, que afirmou que todos os grandes pecados tm sua origem na mente, nos motivos, que finalmente produzem as aes malignas e erradas. Isso o que tambm se aprende, em vrios trechos do Sermo do Monte (ver Mat. 5-7). Com isso concorda aquela expresso que diz O homem aquilo que pensa. V I. C O N T E D O I. Introduo (1:1-11) 1. Endereo e saudao (1:1,2) 2. Ao de graas, orao e confiana (1:3-11) II. Paulo, um prisioneiro cheio de esperana e alegria (1:12-26) III. O exemplo de Paulo era um consolo para os crentes que sofriam (1:27-2:18) IV. Caractersticas da vida crist (2:1-18) 1. Humildade, segundo o exemplo de Cristo (2:1-4) 2. A humildade e a encarnao de Cristo. Essa humilhao propiciou lugar para sua exaltao. Cristo tinha natureza humana verdadeira e foi exaltado por haver completado de forma magnfica a sua misso como homem (2:5-11). 3. O supremo exemplo de dedicao, deixado por Cristo, leva o crente a aceitar vrias obrigaes morais (2:12-18). V. Timteo e Epafrodito so enviados. Deveriam ser acolhidos como representantes de Paulo e tratados como tais (2:19-30). VI. A digresso contra os legalistas (3:1-21) 1. Contra os judaizantes (3:1-3) 2. Rejeio pessoal de Paulo aos legalistas e aos valores ditados pelo orgulho humano, paralelamente aos seus novos alvos espirituais em Cristo (3:4-16). 3. Necessidade de uma vida crist coerente (3:17-21) VII. Admoestaes finais variadas (4:1-9) VIII. A carta de agradecimento e consideraes sobre as ddivas crists (4:10-20) IX. Saudaes finais, encorajamentos, apreciaes (4:21-23) VII. BIBLIOGRAFIA Alm daqueles comentrios em srie que foram utilizados no decurso da exposio do N.T., como fontes informativas, dos quais se pode encontrar uma lista na introduo ao comentrio, recomendamos ainda os seguintes livros: Biggs, C.R.D ., The E pistle ofP aul the A postle to the Philippians, (The Churchmans Bible), Londres: Methuen and Co., 1900. Duncan, G.S., St. Pauls Ephesian Ministry, Nova Iorque: Charles Scribners Sons, 1930. Enslin, Morton Scott, TheLiteratureof the Christian Movement, N.Y: Harper and Brothers, 1956. Lightfoot, J.B., St. Paul's Epistle to the Philippians, Londres: Macmillan and Co. 1894. Michael, J. Hugh, The Epistle of Paul to the Philippians, (The Moffatt New Testament Commentary), Londres: Hodder and Stroughton, 1928. Titus, Eric Lane, Essentials of N.T. Study, N.Yi The Ronald Press, 1958. oda Abingdon-Cokesbuiy Press, Nashville. Desta obra, so citados, em Filipenses, os autores Emesfc F. Scott e Robert R. Wicks. Capitulo 1 Na introduo a este livro so apresentados assuntoscomo autoria, data, provenincia, motivos e propsitos da epistola, integridade, temas principais, contedo. E essas explanaes devem ser lidas no apenas por razo de interesse geral, mas tambm porque h importante material de pano de fundo, que ajuda o leitor na compreenso da mensagem que esta epstola nos expe. (Quanto a uma ordem cronolgica proposta, das epistolas de Paulo, ver a introduo epistola aos Romanos, em sua seco II). Quase todas as introdues e saudaes de Paulo, em suas epstolas, so similares, pelo que j foram comentadas em outros lugares. (Para pleno benefcio do leitor, as notas expositivas referidas deveriam ser consultadas. Ver os seguintes itens: 1. Quanto ao estilo do endereo e da saudao, comum nas cartas antigas, e que so ao menos parcialmente duplicadas nas epstolas do N.T., ver o primeiro pargrafo da introduo a Rom. 1:1. 2. Quanto a notas expositivas completas sobre Paulo, em seu passado, vida, doutrinas, etc., ver o artigo introdutrio ao comentrio intitulado A Importncia de Paulo. 3. Quanto s epstolas de Paulo, em sua cronologia e breves detalhes, concernentes coletnea paulina, ver a introduo epstola aos Romanos, em sua seco II. 4. Quanto explicao sobre o nome de Paulo, ver as notas expositivas em I Tes. 1:1. 5. Quanto ao fato que Paulo servo ou escravo de Cristo, ver Rom. 1:1. O tema inteiro de nossa relao com Cristo, na qualidade de seus escravos, desenvolvido ali. 6. Quanto a um poema sobre Paulo, como ministro de Cristo, ver tambm I Tes. 1:1. 7. Quanto a Paulo como apstolo, alm daquilo que discutido no artigo geral a seu respeito, ver as notas expositivas em Rom. 1:1. 8. Quanto ao fato que Paulo era apstolo pela vontade de Deus, tendo sido chamado por Deus, ver Rom. 1:1, e no tendo sido chamado pelos homens. Ver especialmente Glatas 1:1. Ver igualmente, no mesmo livro, o trecho de Gl. 1:11-16 em cujas notas expositivas se expande o tema do chamamento celestial de Paulo, e como tudo ocorreu atravs da vontade de Deus. Ver ainda I Cor. 1:1; II Cor. 1:1 e II Tim. 1:1 quanto a paralelos exatos da declarao de que seu apostolado era pela vontade de Deus. 9. As passagens de Rom. 1:1; I e II Cor. 1:1 tambm chamam Paulo, enfaticamente, de apstolo de Jesus Cristo.Quanto a notas expositivas sobre Jesus, ver Mat. 1:21, e, sobre o termo Cristo, ver Mat. 1:16. Quanto aos ensinamentos, a vida e 8. ao ministrio de Jesus Cristo, ver o artigo existente na introduo ao comentrio que versa sobre esse tema. A epistola aos Filipenses , essencialmente, uma epistola de grato reconhecimento pela quantia em dinheiro que lhe fora enviada pela comunidade crist de Filipos, a fim de aliviar sua necessidade e circunstncia, pois se achava aprisionado o apstolo, em alguma cidade como feso, Roma ou Cesaria. Esta epistola, pois, reflete as amigveis relaes entre aquela igreja local e seu pai espiritual, que era tanto seu pastor como apstolo. O livro transpira a devoo e a lealdade ardentes de Paulo a Cristo, e isso no que se transmite a outros. Seu tom sem ofcialidades,cheio de afeio, mas tambm solene e fervoroso. Esta a mais espontnea das epstolas de Paulo, sua produo mais destituda de elaboraes, escrita para uma congregao local onde no havia grandes problemas de doutrina e prtica, que se havia mostrado especialmente amigvel com ele. Tambm o documento mais intensamente humano e pessoal de todo o N.T.,escrito por um homem que experimentava grandes sofrimentos, apesar de suas experincias e sua estatura espiritual; e assim, grandes gemas de teologia surgem ali de forma espontnea, sem complicaes, apesar da epstola no ter o intuito de ser sistemtica e completa. Todavia, ali aparecem algumas das mais excelentes expresses da literatura, sagrada mundial. Por exemplo, o seu segundo captulo se equipara em importncia ao que h de melhor sobre o tema da humanidade de Cristo; o terceiro captulo uma das seces mais claras no tocante inquirio espiritual, para que sejamos semelhantes a Cristo. Paulo era algum que, por causa de Cristo, tinha sofrido a perda de tudo, por amor a Cristo; e, com tonalidades vividas, ele nos relata o que isso significou para si mesmo, e o que isso deveria significar para ns, se quisermos seguir o exemplo dele. A epstola mm m odelo de ensinamento e pregao vitais, sendo profunda e pessoal aomesmo tempo, no-sistemtica mas tm in verdades to fundamentais que chega a ser um documento bsico acerca da f e da prtica crists. Essa forma de jpggego deveria servir de modelo para todos, de tal maneira que, na igreja, haja o desejo de permanecer, de ouvir e de aprender, ao invs do desejo secreto de afastar-se dos caminhos santos do Senhor. Anthony Trollope, em sua obra Barchester Towers, lamenta a m qualidade e o tom da pregao pblica nas igrejas evanglicas, e suas observaes bem poderiam ser ponderadas por ns. Disse ele: Ningum, seno um clrigo pregador, neste reino, tem o poder de compelir sua audincia a sentar-se em silncio para ser atormentada. Ningum, seno um clrigo pregador, pode banquetear-se em declaraes comuns e incomuns, ao mesmo tempo' que recebe, como seu privilgio indisputvel, o mesmo tratamento respeitoso como se suas palavras se caracterizassem,por apaixonada eloquncia, por logica persuasiva, que caem de seus lbios...Que um advogado tente sem falar bem, e raramente poder faz-lo...Desejamos, sim, estamos resolvidos a desfrutar do consolo da adorao pblica; mas igualmente desejamos que possamos faz-lo sem o acompanhamento do tdio que ordinariamente a natureza humana no pode suportar pacientemente; a fim de podermos deixar a casa de Deus sem aquele anelo profundo de escapar, que consequncia comum dos sermes comuns. (I, 252). No seria erro, de forma alguma, se os pregadores comeassem a imitar ao apstolo Paulo na prdica, aprendendo seus sentidos profundos, expondo seus conceitos elevados e expressando sua devoo fervorosa. Isso melhoraria imensamente a qualidade da pregao na igreja e, como consequncia esperada, a qualidade da vida crist dos ouvintes. I. Introduo (1:1-11). 1. Endereo e saudao (1:1,2). X IlavXos Kai Tfj,Oeo Sovoi Xpiarov Irjoov Traiv rols yois iv Xpor) Irjaov t o l s o v o l v v 0 LL7n T O L S (TVV ilT lO K n T T O lS K d l S I C L K v O I S ' I (ovv e m o K . ] G V V C T T ia K . BCK a l r arm Chr) Vrios testemunhos, incluindo B (3) D (c) K muitosminsculos it (r) ara Crisstomo Eutlio Cassiodoro Teofilacto, dizem avveirLCTKTrovs (supervisores-colegas), Essa forma, que surgiu sem dvida de interesses dogmticos ou eclesisticos, deve ser rejeitada (1) por causa de: (a) a construo com o imperfeito, em que o a w - no tem referncia apropriada, e (b) a epstola obviamente tencionava dirigir-se a uma comunidade inteira ( t o T s y io L s . . t o X s o v g l v v tX7T7rots cf. 3:1; 4:1 e, especialmente 4:15). 1. Segundo Teodoro de Mopsuestiaj reconhecera (ver citao no aparato de Tischendorf, em sua 8a edio). 1l8 Timteo, servos de Cristo Jesus, . todos os santos em Cristo Jesus que ministrios> dependendo dos dons ministeriais que o Senhor levantasse em estoo em Filipos, com os bispos e diconos: cada comunidade crist. Esses ministros diferentemente dotados-apsto- Muitos elementos sao comuns nas introdues das epistolas paulinas, e , profetas, evangelistas, pastores e mestres, conforme Ef. 4:11 que sobre isso temos comentado algures, como os detalhes acerca do proprio supervisionavam a igreja, ainda que em diferentes capacidades. Assim Paulo, o fato de ser ele escravo de C risto seu nome seu apostolado ^ os < dew fiov errl Trarj rfj fiveq v/j,>v,a a a a 3 -4 a minor, a none, a minor: T R Bov Nes BF2 AV RV ASV RSV (N EB) T T (Zur) (Jer) (Seg) ([ a none, a minor, a minor: W H H a dash, a none, a dash: Luth 3 Evxap. Tia @io fiov Evnt iiev Kvpia) ijucov D*G Ambst ter o dever de ensinar as crianas a ler. T am bm havia aquele que dispensava as esmolas (papel assumido pelos diconos nas igrejas locais crists), embora tambm fosse um lder espiritual. Finalmente, havia o intrprete, uma espcie de mestre-escola, cuja funo era a de parafrasear os livros da lei e dos profetas, traduzindo-os para o aramaico vernculo, que se tornou o idioma popular na Palestina aps o exlio babilnico. Pode-se ver como, em termos gerais, a igreja crist tomou por modelo os oficiais das sinagogas judaicas. ...Timteo... Seu nome associado ao de Paulo aqui, na segunda epstola aos Corntios e nas duas epstolas aos Tessalonicenses. Timteo ajudou o apstolo na fundao da igreja de Filipos. (Ver Atos 16:1,13 e 17:14). Duas visitas de Timteo a Filipos so registradas, em Atos 19:22 e 20:3,4. Por esta altura dos acontecimentos, Timteo estava se preparando para fazer sua terceira visita ali. (Ver Fil. 2:19). Sua nica participao nesta epstola aparece na introduo e na saudao, e tambm em Fil. 2:19. (Vincent, in loc.). possvel que Timteo tenha sido o amanuense de Paulo nesta epstola, como tambm seu portador, embora a maioria dos eruditos atribua essas funes a Epafrodito (ver Fil. 4:18). Parece que nesse tempo Lucas se encontrava em companhia de Paulo (ver Col. 4:14), no sabendo ns por qual motivo ele no mencionado aqui. possvel que quando esta epstola foi escrita, ele j houvesse deixado a localidade. Lucas tambm estivera associado a Paulo em Filipos. Naturalmente, se a presente epstola foi escrita em uma priso diferente, em uma outra cidade, diferente daquela priso e cidade associadas escrita da epstola aos Colossenses, ento Lucas no estaria mais em companhia de Paulo, como provvel. Variantes Textuais: Os manuscritos que dizem ...Cristo Jesus... So P(46), Aleph, BDE; mas existem manuscritos que dizem Jesus Cristo, a saber, FSKL. A primeira dessas formas mui provavelmente a correta, estando apoiada nas autoridades textuais mais antigas. Ao invs do termo simples, ...bispos..., os mss B(3), DK dizem bispos-colegas. Mas isso representa uma modificao posterior, embora tenha sido a passagem citada desse modo por Crisstomo e Teofilacto. 2 R o 1.7; Ga 1.3; Phm 3 que aflige tanto o mundo como a igreja crist da era moderna: tratar-se-ia da m aneira crist de viver, estabelecida desde a eternidade, de conformidade com nossa transformao segundo a imagem de Cristo. 1. Isso requer entrega absoluta do ser e da personalidade prprias a Deus, uma viso contnua da grandeza do chamamento cristo. Por isso que somos escravos de Cristo Jesus e de Deus, nosso Pai. 2. Isso requer a manuteno da relao a uma comunidade mpar, a igreja, os santos que esto em Cristo, todos os quais tm comunho mstica com o Senhor. 3. H tambm o dom do poder e do amor, a saber, da graa que vem da parte de Deus, por intermdio de Cristo Jesus, em quem recebemos todas as bnos espirituais vindas de Deus Pai. 3 Ro 1.8; 1 Cor 1.4 1:3: Dou graas ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vs. Era comum, nas missivas antigas, que a saudao fosse seguida por alguma expresso de estima da parte do escritor pelos endereados da mesma, normalmente com alguma expresso de ao de graas aos cus ou aos deuses, por motivo da boa sade ou da fortuna dos endereados, com a expresso do desejo que essa situao perdurasse. Pode-se ver, pois, que Paulo usou essa forma literria; contudo, mostrou-se sincero, no querendo apenas copiar uma forma costumeira. E essa forma literria aparece ainda aqui, incluindo uma palavra geral de apreciao, dirigida a Deus e em memria aos leitores originais do apstolo, pois esses leitores lhe eram uma bno e eram reputados como importantes para ele. H aqui declarao de suas oraes fervorosas e contnuas por eles (ver o quarto versculo); h uma expresso de ao de graas pela comunho deles com ele, no evangelho, o que provavelmente inclui a idia das ddivas em dinheiro que lhe haviam enviado, estando ele na priso, a fim de aliviar seu estado de penria ali (ver o quinto versculo); h a confiana expressa quanto operao contnua de Deus neles, at estar ela completa, no dia de Cristo (ver o sexto versculo); h agradecimento por todas as suas circunstncias, porquanto participa vam da mesma graa divina, em Cristo, que cabia ao apstolo (ver o stimo versculo), h a indicao de seu grande amor por eles, de quanto sentia a falta deles, de quanto ansiava o apstolo por estar na companhia deles (ver o oitavo versculo); h o desejo que o amassem ardentemente, que lhe mostrassem sua generosidade, e que nisso abundassem mais e mais (ver o nono versculo); h o desejo que os sentidos espirituais deles se aguassem, a fim de que aprovassem as coisas realmente excelentes, e fossem santos, inculpveis e puros ao se encontrassem com Cristo (ver o dcimo versculo); e, finalmente, h a expresso do desejo que seus leitores contassem com ampla frutificao em sua vida crist, sob as bnos que h em Cristo, visando a glria e o louvor de Deus (ver o dcimo primeiro versculo). ...graas ao m eu D eus... Paulo acrescenta aqui o term o pessoal ...meu..., tal como o faz tambm em Atos 27:33; Rom. 1:8 e File. 4. Em seu isolamento, no crcere, ele se sentia mais cnscio ainda de suas relaes ntim as com Deus, bem como do quanto dependia do Senhor. o desenvolvimento espiritual que leva o crente a ter esse ponto de vista sobre Deus. Para a maioria das pessoas, a idia de Deus apenas um conceito abstrato. extremamente difcil algum amar a Deus dessa maneira. na pessoa de C risto, que se torna pessoal cada vez m ais para ns, que aprendemos a amar a Deus; e ento a alma pode subir de nvel, passando a contemplar e a amar a Deus diretamente; mas essa no uma experincia comum. Pelo menos todos os homens podem amar a outros homens; e isso uma maneira indireta de am ara Deus, conforme se aprende em Mat. 25:35 6 SS...por tudo... Tal forma de agradecimento, por tudo, incomum. A esmagadora maioria dos fundadores de igrejas locais e de seus pastores podem lembrar-se de muitas coisas desagradveis acerca das pessoas com quem tm estado associados, como suas desavenas, seus conflitos, suas maledicncias, suas crticas injustas, sua falta de apreciao, sua ausncia de dedicao e de busca espiritual verdadeiras. ...que recordo de vs... O grego diz ...em cada memria..., na forma nominal, embora algumas tradues digam em toda a minha memria, que encerra a mesma idia. Essa memria era daquilo que Paulo se lembrava daqueles crentes, e talvez aluda sua orao a Deus, na qual ele se lembrara de orar por eles. Dessa maneira que a frase usada em I Tes. 1:2. Alguns estudiosos asseveram que esse sentido s pode ocorrer quando o term o grego poieisthai precede tal expresso (resultando em fazer memria, ou seja, fazer meno), e se esse realmente o caso, o outro sentido deve ser preferido. Contudo, o quarto versculo deste captulo talvez indique que essa memria estava ligada orao, apesar dessa frmula estrita no ter sido usada. Qualquer dessas interpretaes melhor que aquela que pensa que Paulo dizia em toda a forma de lembrana que tenho de vs. Ainda outros eruditos opinam que devemos entender aqui por vossa gentil lembrana, como se Paulo quisesse fazer aluso ddiva que os crentes filipenses lhe tinham enviado; mas essa posio ainda menos provvel do que aquelas. (Isso pode ser comparado com Rom. 1:9 e Ef. 1:16, onde se v quo ampla era a vida de orao de Paulo, que inclua a outros em suas peties. Ver igualmente as notas expositivas em Ef, 6:18, acerca da necessidade de nos ajudarmos mutuamente em orao, a fim de que todos os soldados cristos sejam vitoriosos na batalha pelo bem e contra o mal, pois nenhum soldado pode ser vitorioso quando seus colegas esto sendo derrotados ao seu lado. Essa vitria crist precisa ser coletiva. A nota geral sobre a orao tambm oferecida nessa mesma referncia). Imagine-se aquelas pessoas comuns serem informadas de que o homem que suportava a carga inteira das primeiras igrejas m seu corao se sentia grato, em cada oportunidade que se lembrava delas. algo magnfico que 10. cada um de ns saiba que est sendo lembrado por alguma influncia inconsciente. Tal lembrana, ao invs de fomentar nosso orgulho tolo, tende antes por despertar em ns uma humildade agradecida, do que se originam uma nova coragem e uma nova aspirao. (Wicks, in loc.). Todos sabemos com que senso de gratido recebemos qualquer pequena recomendao de um ou de outro, o que evidencia o fato que tomaram conscincia de nossa existncia, e nela vem algo de importante. Quo 4 TrvroTe iv irar) SeTjcrei /xov vvp TrvTCv vp,>va /xer ^aps ttjv Srjoiv TTOtov/j,vos,a 1:4: fazendo sempre, em todai a< minhas oraes,splicas por todos vs comalegria (Quanto s oraes de Paulo por outros, ver tambm os trechos de Rom. 1:9 e Ef. 1:16. Quanto importncia do interesse mtuo e das oraes em favor uns dos outros, ver as notas expositivas sobre Ef. 3:18. nesta ltima referncia que damos a nota geral sobre a orao). Isso concorda com o fato que o crescimento e a maturidade espiritual devem envolver o corpo inteiro, visto que um membro no pode desenvolver-se sozinho, enquanto outros perm aneam na estagnao, porquanto isso produziria um a monstruosidade. (Ver Ef. 3:13,16, onde esse tema desenvolvido). Nada h de formal ou estudado acerca dessa forte nfase sobre o quanto o apstolo Paulo orava pelos crentes filipenses. Antes, h aqui uma expresso espontnea. A orao se escuda na confiana que Deus entra em contacto com os homens, que Deus se interessa por eles, e que as circunstncias podem ser modificadas ou melhoradas atravs da orao; e a orao um ato criador, porquanto se vale dos poderes criadores de Deus, e no dos poderes hum anos. Paulo cria nesse fato real, no apenas de m aneira tericapor essa razo era homem de orao. ...por todos vs... No dizer de Scott (in loc.). Paulo declara a seus leitores, em linguagem enftica, que orava incessantemente em favor deles, e que jamais deixou de inclu-los em suas peties. Seu sentimento, ao lembrar-se deles diante de Deus, era de alegria. A expresso .. .todos vs... ocorre tambm no stimo versculo (por duas vezes) e no oitavo versculo deste captulo, ou seja, por nada menos de quatro vezes nesta breve seco, que enfatiza o quanto ele inclua a todos em seus pensamentos, em suas memrias e em suas oraes. Paulo no tinha um mundo apertado, mas ants, servia de bno espiritual para muitos; e isso fazia parte integrante de sua grandeza espiritual. Quando s sesses de doce e silente pensamento Recordo as lembranas das coisas passadas, Suspiro pela falta de muitas coisas que busquei, E com antigos ais, novos lamentos desperdiam meu tempo. Ento posso volver um olhar, desacostumado, Par amigos preciosos, ocultos na noite sem data da morte, Chorando de novo a tristeza do amor h muito cancelado, Lamentando a expanso de muitas vistas desaparecidas: Ento posso entristecer-me ante tristezas passadas, E de ai em ai, pesadamente, posso contar de novo A narrativa triste de lamentos passados, Que agora pago como se j no os tivesse pago. Mas, quando me lembro de ti, caro amigo, Todas as perdas so restauradas, todas as tristezas findam. (William Shakespeare). 5 tt rfj KOLvawa vjxjv ets r evayyXiov rr rrjs rrpdjTrjs rj/xepas &Xf> Tv vvv, 1:5: pela vossa cooperao a favor do evangelho desde o primeiro dia at agora; ...cooperao... E sta traduo portuguesa lim ita a comunho referida s ofertas em dinheiro que os crentes filipenses tinham enviado ao apstolo, e talvez tambm inclua o modo como haviam labutado ao seu lado. M as isso um conceito por dem ais lim itado. O term o grego koinonia, que tem o sentido bsico de compartilhar, e, portanto, de ter associao; mas tam bm envolve as idias de generosidade, de altrusmo, de onde se derivam ainda as idias de compartilhar de algo, como de uma oferta ou ddiva. (Ver Rom. 15:26, que tem exatamente esse significado). Posto que a epstola de Paulo aos Filipenses era essencialmente a expresso de sua gratido pela oferta em dinheiro que lhe tinham enviado (ver Fil. 4:10,14), evidente que essa idia est includa aqui, embora no seja a nica idia em foco. Pois os crentes filipenses tinham feito ainda mais em prol de Paulo do que isso, e a comunho deles com ele era mais do que meramente financeira. Portanto, alm de referir-se participao em suas possesses, ele alude aos seguintes pontos: 1. comunho que eles tinham uns com os outros, como crentes que eram. 2. com unho que tinham todos eles em Cristo. 3. E a como isso se manifestava na cooperao deles com ele, no evangelho, porquanto o ajudavam com suas ofertas em dinheiro e trabalhavam lado a lado com ele. ...desde o prim eiro dia at agora... A narrativa do dcim o sexto captulo do livro de Atos mostra-nos como Paulo nem bem iniciara seus labores em Filipos e j vrios ajudadores ardorosos se tinham aliado a ele. E aquele entusiasmo original no se baseava em algum capricho ou impulso passageiro. Os crentes filipenses conservaram a mesma atitude para com ele. Paulo obteve seus primeiros convertidos da Europa naquela cidade. At hoje o evangelho no desapareceu de todo naquela cidade. A graa de Deus, portanto, se mostrou permanente, honrado aos primeiros esforos de Paulo e de seus amigos de Filipos, juntamente com Silas. E note-se que Paulo reconhece o valor positivo daqueles crentes filipenses. Pois at mesmo pessoas com grandes defeitos de carter correspondem a um correto 6 Tre7TOid>s a v r tovto, otl 6 evapfievos iv vfilv epyov txyaOv emTeecrei a^pt rj[xepas XpiOTOv 'Irjaov- 6 vap l^evos. . .ya.B l Php 2.13 17/xpas X p ttrro v 'Irjirov 1 Cor 1.8; Php 1.10; 2.16 1:6: tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vis comeou a boa obra a aperfeioar ati o dia de Cristo Jesus, ...plenam ente..., no original grego, em bora a expresso grega seja As palavras .. .plenam ente certo.. . so traduo do term o grego suficientemente enftica para justificar essa traduo. peitho, que significa convencer, apelar para, e que na voz passiva quer ...de que... No grego original a expresso mais enftica do que aqui, dizer estar certo, estar convicto. No h palavra que corresponda a ou seja, disso mesmo, que..., e que no significa por essa razo, sendo I FILIPENSES mutuamente dependentes somos ns, uns dos outros! De fato, existe aquela redeno que nos leva de volta, atravs de amigos ntimos e entes amados, at Cristo, a quem podemos ver, e at Deus, a quem no podemos ver. (K ierkegaard, por W alter Lowrie, pg. 180). A interdependncia autntica, que vive na atmosfera das graas crists, especialmente na graa do amor, nos conduz de volta a Deus. ...splicas... oraes... A mesma palavra grega, deesis, usada como base para ambas essas palavras de nossa traduo portuguesa. A primeira meno se refere de modo geral a todas as oraes, e a segunda se refere particularmente aos pedidos especficos do apstolo. Pode-se observar o artigo definido, no original grego, que acompanha a segunda meno dessa palavra, definindo-a como pedidos especficos. Essa mesma distino entre geral e particular aparece no trecho de Ef. 6:18, embora ali figurem termos gregos diferentes. Uma splica, pois, um pedido especfico, contido dentro de uma orao. ...com alegria... Encontramos aqui uma das notas chaves da presente epstola. Bengel (in loc.) diz: A smula desta epstola : Regozijo-me, regozijai-vos. (Isso pode ser confrontado com os versculos dezoito e vinte e cinco deste captulo, bem como com os trechos de Fil. 2:2,17,18,28,29; 3:1 e 4:1,4,10). No original grego temos o vocbulo chara, alegria, estado de regozijo, que tam bm era usado p ara indicar um banquete ou um banquete festivo, como tambm para indicar a pessoa ou a coisa que causava alegria. (Ver Fil. 4:1, quanto a este ltimo sentido). No trecho de Heb. 12:2 vemos que Cristo suportou tudo quanto sofreu a fim de atingir esse estado de regozijo. O fato que a alegria uma das notas chaves desta epstola se torna ainda mais significativo quando nos lembramos que ela foi escrita estando seu autor encarcerado. Paulo e Silas entoaram hinos de louvor, estando aprisionados em Filipos (ver Atos 16:25). Mas, afinal de contas, a alegria um dos aspectos do fruto do E sprito Santo, um a graa crist, implantada pelo Esprito de Deus na alma crente. De conformidade com a definio neotestamentria, trata-se de um senso de bem-estar e felicidade, que independe de quaisquer condies terrenas e fsicas, sobre as quais circunstncias a alegria terrena norm alm ente se alicera. (Q uanto alegria como um dos aspectos do fruto do Esprito, ver as notas expositivas sobre Gl. 5:22. Quanto a notas expositivas detalhadas sobre a alegria, ver os trechos de Joo 15:11 e 17:13, onde tambm aparecem poemas ilustrativos). ...trs passos no desenvolvimento do pensamento: Primeiro, o apstolo jamais se lembrava delesseno com um senso de ao de graas; segundo, ele se recordava deles de cada vez que orava; e, terceiro, essa lembrana sempre foi uma fonte de alegria para ele mesmo, levando-o a mostrar-se grato para com Deus. (Hackett, no Comentrio de Lange). encorajamento, de niistura com reprimenda, se aquilo que bom nelas for reconhecido. No h indivduo que no necessite de encorajamento pelo louvor, e que no reaja positivamente a isso. Toda a crtica amarga, por outro lado, cria um deserto rido no corao de quem quer que seja. Mais do que isso ainda, Paulo se mostrava entusiasmado acerca de qualquer bem que encontrava nos crentes filipenses. Ora, todas essas coisas constituem lies concernentes atitude que deveram os ter no tocante a outras pessoas, e como essa atitude deveria governar nossas aes para com elas. A frase ...a t a g o ra ... denota a perseverana deles (dos crentes filipenses). O ra, sabemos quo rara a excelncia de seguir a Deus imediatamente depois de sermos chamados por ele, perseverando com constncia at ao fim. Pois existem muitoslentos e atrasados naobedincia, ao passo que h outros que ficam aqum atravs do descuido e da inconstncia. (Calvino, in loc.). ...no evangelho... No que concerne ao evangelho, conferindo apoio a seus ministros, cooperando com eles na propagao da mensagem crist, mantendo comunho com o mesmo Cristo acerca de quem fala o evangelho, perm itindo que essa m ensagem transform e seu ntim o. E ste ltim o pensamento aquele particularmente frisado no versculo seguinte, pelo que tambm Alford (in loc.) comenta essa expresso como segue: ...em prol dos propsitos do evangelho, isto , o aperfeioamento, acerca do qual Paulo passava a tratar. (Quanto a notas expositivas completas sobre o evangelho, ver Rom. 1:16 e Mat. 1:1. Quanto s diversas vezes em que os crentes filipenses ajudaram a Paulo, de diferentes modos, ver Fil. 4:15: quando ele estava na Macednia, enviaram-lhe ddivas; quando ele estava em C orinto, Silas e Tim teo vieram dali a fim de fortalec-lo em suas tribulaes, conforme se l em Atos 18:5. Ver igualmente o trecho de II Cor. 11:7-10, no que diz respeito a essa ajuda. E agora, estando Paulo encarcerado, sem im portar a cidade exata onde ele se encontrava, ajudaram-no novamente com suas ddivas (ver Fil. 4:10,14). 11. FILIPENSES 9 uma aluso cooperao passada no evangelho e ao avano passado deles no desenvolvim ento espiritual. A prpria coisa que Paulo diz aqui refere-se ao nosso aperfeioamento em Cristo, conceito esse que figura logo em seguida. No original grego, essas palavras se encontram no acusativo de respeito, o que nos permite entend-las como segue: No que diz respeito a isso, que passo agora a mencionar.... ...aquele que comeou..., ou seja, ...Deus, que iniciou... Os crentes filipenses deveriam estar familiarizados com os mistrios pagos, nos quais seus adeptos precisavam ser iniciados, a fim de se tomarem membros, atravs de ritos qualificadores. Aqueles que tivessem sido assim iniciados, pois, estavam preparados para entrar nas revelaes maiores, que tinham o intuito de aperfeio-los. M as, visto que Deus o iniciador e o aperfeioador dos crentes, e isso visando alvos reais, e no imaginrios, Paulo se enchia de santa confiana. Sim, o Senhor era a fonte da confiana de Paulo, quanto a si mesmo e quanto aos seus convertidos. A salvao uma realidade alta por demais para ser obtida pelo mrito e pelo esforo humanos. mister a interveno divina para tanto, desde seu comeo e durante todo o processo que nos leva perfeio. A perfeio absoluta o nosso alvo, para que compartilhemos da natureza moral de Deus Pai (ver Mat. 5:48) e para que participemos da plenitude de Deus (ver Ef. 3:19) e da plenitude de Cristo (ver Ef. 1:23). E isso se d mediante a nossa transformao segundo sua imagem (ver Rom. 8:29), o que nos leva a participar da prpria natureza divina (ver Col. 2:10). ...boa obra... A obra inteira da salvao aqui focalizada, a qual comea quando da converso e se estende pelo poder aperfeioador da santificao, terminando na glorificao. Est envolvido tudo quanto Deus faz pelo homem, em todas as suas dimenses. (Comparar isso com Ef. 2:10, que diz que somos feitura de Deus, criados em Cristo Jesus para as boas obras. Ver tambm Fil. 2:13, que reza: ...porque Deus quem efetua em vs tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade...). Esses versculos so corretamente usados para ensinar a eterna segurana do crente, que uma expresso teolgica tcnica, dando a entender que o remido no perecer finalmente. H outras pores bblicas, naturalmente, tal como o sexto captulo da epstola aos Hebreus e o trecho de I Cor. 9:27, que enfatizam a parte do homem nessa questo, a reao favorvel de seu livre-arbtrio, indicando que a boa obra da converso pode ser latentem ente desfeita. Contra A Auto-suficincia 1. S Deus independente. Todos os demais seres so dependentes. Isso se aplica a todos os aspectos da vida hum ana; e quanto m ais eterna salvao! 2. A salvao vem pela graa divina por tratar-se de uma elevadssima realidade, completamente alm dos poderes humanos. 3. Nosso avano cientfico tende a iludir-nos, levando-nos a imaginar-nos capazes de realizar qualquer tarefa. Porm, a cincia humana est escapando a nosso controle, e est inevitavelmente nos empurrando para a destruio atmica. 4. Deus ordena que o homem use o seu livre-arbtrio, a fim de aceitar e cultivar a sua obra divina. Dessa maneira, a vontade do homem coopera com a realizao divina (e a torna possvel), segundo distintam ente asseverado em Fil. 2:13. A entrada da vontade humana nesse quadro, significa que a queda possvel, conforme se aprende em I Cor. 9:27 e outros trechos bblicos. Mas essa possibilidade de queda relativa quanto ascenso para novos nveis espirituais, podendo caracterizar um crente por algum tempo. A restaurao do tal inevitvel, entretanto e, em razo disso, a segurana do crente absoluta. Esse conceito longam ente comentado em Rom. 8:39, e de modo mais sucinto em Col. 1:23. Somente Deus pode levar a vida eterna perfeio, conferindo-nos a salvao completa. As pginas do N.T. ensinam-nos que isso obra de suas m os. Podem os observar a narrativa sobre o rico que derrubou seus armazns a fim de construir depsitos maiores. Ele era o capito de sua prpria alma. Mas uma voz superior se fez ouvir dos cus, dizendo-lhe: Louco... (Luc. 12:19-20). O comeo e o fim do destino humano esto nas mos de Deus. O homem no se criou a si mesmo, e nem pode salvar-se a si prprio; pois isso uma nova criao. Tudo isso, entretanto, requer a 7 kclOcos ec rriv h i K a i o v e/jco t o v t o (frp o vetv v v p ir a v r c o v v p . )v , r e r o t 8 e a p ,o l s p .o v K a l i v r f j a T r o X o y a K a l f ie f i a u x je i t o v ypiTO S T r v r a s v p , s v r a s . 1:7: como tenho por justo sentir isto a respeito de vs todos, porque vos retenho em meu corao, pois todos vis sois participantes comigo da graa, tanto nas minhas prises como na defesa e confirmao do evangelho. As palavras ... ju sto ... assinalam um a definio m ais clara da confiana sobre a qual Paulo acabara de falar. Paulo estava vinculado queles crentes por laos de amor, por profundo e puro afeto; e atravs disso pode-se perceber quo correta era a confiana que votava neles. Embo ra estivesse separado deles, tinha um sentimento tranquilo e confiante que justificava aquela sua atitude para com eles. Eles tinham contribudo para a formao dessa atitude mediante seus atos de cooperao e interesse por ele, sem importar se Paulo estivesse presente com eles ou ausente deles, pois a despeito de quaisquer condies, mostravam-se constantes no apoio que lhe davam. como se o apstolo tivesse raciocinado que os crentes que possuem essas qualidades so aqueles que perseveram, prosseguindo at chegarem perfeio em Cristo. Talvez Paulo no pudesse dizer outro tanto acerca dos crentes da Galcia, que estavam enamorados por doutrinas falsas; ou a respeito dos crentes de Corinto, que se tinham deixado enredar por diversas falhas mundanas. No entanto, Paulo podia fazer tal declarao confiante acerca cooperao da vontade humana; e nesse ponto' que o divino entra em contacto com o que humano. No obstante, o homem pode recusar-se a cooperar com a graa divina, e ento a obra de salvao permanece .por fazer. As mentes modernas, insufladas pelas idias de avano cientfico, gostam de manter a noo da auto-suficincia; mas at mesmo agora o prprio avano cientfico serve de ameaa de destruio do homem, e no de meio de salvao. Em seu orgulho, o hom em gosta de pensar que ele naturalm ente bom; m as toda a histria da hum anidade nega isso redondamente, clamando de mos dadas com a teologia crist verdadeira que O homem um ser decado e depravado. O homem caiu para bem longe de Deus, e a estrada de retorno extremamente longa. Todavia, o caminho de volta foi preparado na pessoa de Cristo. Alguns pensam que a bondade natural do homem estragada pelo meio ambiente; outros pensar que ela revertida devido a foras subconscientes ocultas; ainda outros pensam que essa bondade natural entravada por opresses polticas e sociais, conforme dizem os psiclogos, os historiadores e os revolucionrios. Mas a verdadeira resposta reside no fato que o homem um ser espiritual, tendo cado de sua autntica esfera espiritual e agora precisa de ajuda divina definida, na pessoa do Filho de Deus, Jesus Cristo, para poder voltar ao seu legtimo lar. E disso que nos fala a redeno que h no Senhor Jesus. ...h de complet-la..., isto , h de aperfeio-la. No grego temos o verbo epiteleo, que significa levar ao trmino, 'terminar, realizar completamente, aperfeioar. A perfeio absoluta o alvo da redeno humana, a participao na perfeita natureza moral e metafsica de Jesus Cristo, para que os remidos sejam o que ele e possuam o que ele possui, da mesma natureza que um corpo humano tem a mesma natureza que sua cabea. Isso envolve ainda a possesso de toda a plenitude de Deus (ver Ef. 3:19). (Ver tambm as notas expositivas nessa referncia, onde esse tema desenvolvido). Completos, Mas Ainda No Completos 1. A obra divina ser conduzida ao estgio da perfeio, do estado completo. Somente Deus realmente completo ou perfeito; pelo que esses termos, quando empregados s criaturas, sempre assumem sentido relativo. 2. Quando assumirmos a natureza de Cristo (ver I Joo 3:2), isso ser a perfeio, o estado completo; e isso suceder quando da segunda vinda de Cristo, conforme este versculo continua esclarecendo. 3. Porm , quando receberm os a im agem e a natureza de C risto, avanaremos para outros estgios de perfeio fantasticamente elevados, atravs do poder transformador do Esprito (ver II Cor. 3:18). Esse processo jamais chegar a um ponto final, e nunca ser absoluto, pois o seu alvo a infinita plenitude de Deus (sua natureza e os atributos acompanhantes/. Nossa participao em sua natureza, contudo, ser sempre finita, embora v crescendo constantemente, por toda a eternidade. Deus d incio ao seu trabalho de aperfeioamento do crente desde o momento da converso; e isso prosseguir sem qualquer interrupo at parousia ou segunda vinda de Cristo. ...dia de Cristo..., ou seja, a parousia, o segundo advento de Cristo. (Ver as notas expositivas sobre o arrebatamento da igreja, em I Tes. 4:15. E ver sobre a segunda vinda de Cristo, em Apo. 19:11). Paulo esperava que isso ocorresse durante o seu perodo de vida' terrena, antes de sua morte fsica, conforme se depreende de I Cor. 15:51 e I Tes. 4:15. J nas suas cham adas epstolas da priso ele m ostra que aguardava a m orte, parecendo ter perdido a esperana de um arrebatamento imediato; mas, ainda assim, esperava tal acontecimento para bem breve, sem ter tido a idia de uma prolongada era da igreja ou era da graa, que j separa o primeiro advento de Cristo de ns pelo espao de mais de mil e novecentos anos. (Ver os trechos de I Tes. 5:4 e I Cor. 3:13, onde Paulo fala acerca da parousia como aquele dia). A expresso aquele dia aparece tanto ali como em II Tes. 1:10; mas dia de Cristo a expresso de Fil. 1:10 e 2:16, ao passo que dia do Senhor figura em I Cor. 5:5; I Tes. 5:2 e II Tes. 2:2, ao passo que dia de nosso Senhor Jesus (Cristo) se encontra em I Cor. 1:18 e II Cor. 1:14. Todos esses casos, entretanto, apontam para o retorno breve de Cristo, pois os cristos primitivos esperavam para bem dentro em breve o reaparecimento glorioso de Cristo, quando ele vir em grande majestade e poder. S i r exLV Z-16 e'v Tf K a p S ia v/xs, ev evayyelov ovyKOvcovovs p - o v t rjs dos crentes filipenses, os quais, acima de tudo, mantinham para com ele uma relao afetuosa. ...p en se... No grego original phronein, ter certa disposio mental. Neste ponto essa palavra denota a atitude mental de Paulo, e no apenas algum pensamento fugidio e passageiro. E essa disposio geral se refere quela confiana sobre a qual acabara de falar. ...de todos vs..., ou seja, de todos os crentes filipenses, coletivamente, tal como no versculo seguinte tambm, ainda que aqui a expresso aparea por duas vezes. Os filipenses eram crentes unidos, dotados de excelentes qualidades. O apstolo dos gentios no precisava atac-los, como tivera de fazer no caso dos crentes corntios, que estavam divididos entre si. ...porque vos trago no corao... Isso reflete o profundo afeto pessoal de Paulo por eles. Eles se encontravam no centro de suas emoes, como se pudessem penetrar em sua prpria alm a. Na linguagem bblica, ...corao... geralm ente fala da alm a, podendo frisar os aspectos intelectuais ou emocionais do ser essencial. Neste ponto se destaca mais a expresso em ocional da alm a. A boa expectao de Paulo, acerca do aperfeioamento dos crentes filipenses em Cristo, estava assegurada para ele devido aos laos de amor que devem caracterizar a todos os irmos na 12. FILIPENSES >pode ser confrontado com o trecho de I Joo 3:14, que que j passamos da morte para a vida, porque amamos s kaos: aquele que no ama permanece na morte. Paulo aceitava a realidade da comunidade de participao na graa, devido comunidade da participao no amor. E isso uma suposio correta. Ouvi de certa feita um professor de um seminrio evanglico dizer que, quando ainda era um jovem crente, tinha confiana no poder salvador de Deus porque sentia amor pelos outros crentes, e, particularmente, por certo amigo intimo. E Deus quem derrama esse amor em nossos coraes, pelo seu Santo E sprito (ver Rom . 5:5). P ortanto, o am or sinal da possesso do Esprito de Deus, que o agente do nosso aperfeioamento (ver II Cor. 3:18; ver tambm II Cor. 7:3, onde Paulo se refere ao fato que aqueles crentes estavam em seu corao, ainda que lhe tenha sido mister repreend-los severamente). O versculo oitavo deste captulo define o amor de Paulo e o seu anelo por aqueles crentes filipenses como uma comunho com Cristo. Essa a esfera do amor mtuo, onde este nasce, nutrido e prospera. *--.se}a nas minhas algemas... H aqui uma expresso tcnica no grego, desmois, algemas, referindo-se a uma pessoa conservada prisioneira. A p alm a que aparece pouco mais adiante, neste mesmo versculo, tombem u n vocbulo tcnico no grego, apologia, dando a entender sua rirfrsa form al perante as antoridades civis romanas; e logo em seguida P u lo emprega ainda uma outra palavra tcnica confirmao (no grego, hfhains), que denota uma defesa fortalecida com vrias evidncias. Considerados juntamente, esses termos tcnicos denotam que o apstolo passou por uma srie de acontecimentos, que envolveram a defesa de sua causa e a exposio cuidadosa de vrias evidncias, que comprovavam a sua inocncia, pois as acusaes contra ele no tinham fundamento e haviam sido distorcidas. A Participao Nos Conflitos 1. Os crentes de Filipos compartilhavam das lutas de Paulo, em seu ministrio. Ele atravessara inmeras dificuldades e testes, nesse ministrio. Os filipenses o acompanhavam nessas adversidades, compartilhando delas. Assim, confirmavam em si mesmos o ministrio de Paulo. 2. Este versculo tem um significado mais especfico: Paulo agora estava aprisionado. Apresentaria sua defesa formal ou apologia, ou na presena de Nero, ou ento (se no o fizera em Roma), diante de algum outro oficial romano. Agora aguardava pelo veredito a seu respeito. A confirmao aqui referida, pode significar as evidncias apresentadas por Paulo em sua defesa do evangelho. Mediante sua simpatia (e, talvz, de outras maneiras no especificadas aqui), os filipenses haviam compartilhado dessa defesa formal e da apresentao das evidncias. ...defesa... No grego apologia, que com frequncia era palavra usada tecnicamente, referindo-se a alguma defesa formal e jurdica. (Ver Atos 25:16 e II Tim . 4:16; com parar com o fam oso dilogo de Plato, a Apologia de Scrates, sua defesa em A tenas). T am bm palavra empregada em um sentido mais frouxo, indicando qualquer defesa. (Ver I Cor. 9:3; II C or:7:ll; Fil. 1:16; I Ped. 3:15). Parece que Paulo usa a palavra em um duplo sentido, conforme destacamos nas notas expositivas acima. ...confirmao... No grego, bebaiosis, que figura somente aqui e em Heb. 6:16, em todo o N.T. Esse termo tcnico indicava a exposio de provas em defesa de algum. Tais evidncias, claro, eram apresentadas 7TL7To 6 gJ para confirmar a inocncia do ru. Mas, nesta passagem, o sentido desse vocbulo tambm duplo, exatamente como no caso do uso da palavra defesa. Paulo apresentava evidncias no apenas perante as autoridades civis romanas, mas tambm em toda a sua vida, lutando em prol da verdade do evangelho. Desejava ele estabelecer, confirmar a veracidade da boa mensagem de Cristo. i...p a rticip a n tes da graa com igo... Essas palavras podem ser confrontadas com o quinto versculo, onde se l que os crentes Filipenses tinham comunho com Paulo no evangelho. Neste ponto eles aparecem como colegas participantes da mesma graa, contida no evangelho. Isso se evidenciava atravs do apoio que lhe davam, em todas as circunstncias, sem hesitaes. Pois sempre exibiam seu amor a ele, o que demonstrava que tambm se achavam no estado de graa evanglica. (Ver o trecho de Ef. 2:8 acerca de notas expositivas completas sobre a graa). Neste ponto est em foco a idia do favor salvador de Deus. isso que leva um homem aos ps de Cristo, que inicia e ento aperfeioa a obra de salvao no mesmo. No devemos reduzir o termo ...graa..., neste ponto, a um eufemismo para aflio, como se fosse isso que estivesse na mente de Paulo as aflies so um a das maneiras pelas quais Deus nos confere o seu favor. verdade que as tribulaes podem ter esse resultado, e h um a nota expositiva, em Atos 14:22, que salienta as consequncias benficas das perseguies e provaes. M as tais adversidades, que redundam em bnos para o crente, nunca so chamadas de graas. A Participao Na Graa Divina 1. Eles desfrutavam da comunht) na graa que o evangelho propicia aos homens (conforme se v no quinto versculo deste captulo). 2. Alguns eruditos reduzem aqui a palavra graa, a mero sinnimo eufem stico de aflies. verdade que tem os o privilgio de sofrer juntamente com Cristo (ver Col. 1:24), e que sofrimentos e tribulaes podem redundar em muitos bons resultados (ver as notas sobre isso em Atos 14:22); mas no muito provvel que esse seja, neste passo, o sentido da palavra graa. 3. Pelo contrrio, a graa evanglica, o favor divino que nos leva salvao, que est em pauta. (Ver notas completas sobre esse conceito, em Ef. 2:8). Desse favor divino qe os filipenses participavam, juntamente com Paulo. A graa divina im pelia queles crentes a aliviarem as durezas do aprisionamento de Paulo, cooperando com ele na defesa e propalao do evangelho, bem como sofrendo por sua causa. (Vincent, in loc.). Tudo isso bem ilustrado pela famosa declarao de Tertuliano: O sangue dos mrtires a semente da igreja. Mas aquele sangue sagrado, Mantenedor da honra de Deus, Ser qual semente Que produz descendncia. 8 [xpTvs yp jxov 6 des, al: om ;p46vg(i) ]Xp. I. XABD*GP al it; R] I. Xp. KL^>m/vg : Xp. D c sa(i) fa eth no amor de Cristo, na comunho mstica da qual desfrutavam juntamente com ele. ...na terna m isericrdia de Cristo Jesus... No grego, ...tern a m isericrdia... splagchnois, que pode ser traduzido por terna misericrdia, afeto, mas que, literalmente, se refere aos rgos vitais, como o corao, o fgado, os pulmes, as entranhas mais nobres, e que os antigos consideravam a sede das emoes, das paixes, mais ou menos conforme usamos hoje em dia o termo corao. A origem desse uso mui provavelm ente foi a observao que as emoes fortes podem afetar fisicamente esses rgos, levando o corao a bater mais rpido, fazendo os intestinos se contrarem, etc. Algumas vezes esse vocbulo grego era usado para indicar os intestinos, e at mesmo a madre ou tero; mas usualmente indicava os rgos da cavidade superior do trax. Sua forma verbal, que vem da mesma raiz, significa compadecer-se, e, ainda sob outra forma, significa comer as partes internas. Paulo via a si mesmo e aos crentes filipenses to intimamente unidos, em comunho mstica com Cristo que seus anelos por eles eram, ao mesmo tempo, os anelos de Cristo. As qualidades morais so compartilhadas pelo Cabea e pelos membros do corpo, correspondendo-se mutuamente umas s outras. No dizer de Bengel (in loc.): Em Paulo, no era Paulo quem vivia, mas Jesus Cristo. Sim, o amor que o apstolo devotava queles crentes era, ao mesmo tempo, dele e de Cristo, sem que se pudesse fazer qualquer clara distino. Paulo se associou com eles em sua devoo a Cristo, sentindo que o amor que lhes tinha era inspirado por Cristo, pertencente mesma qualidade do amor de Cristo pelo seu povo. (Scott, in loc.). O amor de Paulo por eles no era humano e carnal...m as era cristo e espiritual; com um amor proveniente de Cristo, em imitao ao dele, por estarem eles em Cristo, sendo amados por ele, pertencendo a ele e sendo crentes nele...era...como aquela terna considerao que Cristo tinha por eles, e que fora despertada nele. (John GUI, in loc.). Todo o verdadeiro amor espiritual apenas uma poro do grande am.or 13. FILIPENSES 11 com que C risto nos am ou, e que vive e anela em todos quantos esto vitalmente unidos a ele. (Alford, in loc.). Essas declaraes concordam com o conceito do amor como um dos aspectos do fruto do Esprito, segundo se v nas notas expositivas sobre Gl. 5:22. (Ver tambm os trechos de Joo 14:21 e 15:10, sobre o tema do amor como principio normativo da famlia de Deus). A passagem de Gl. 2:20 ilustra a ntima unio de Paulo com Cristo, sendo til como ilustrao desta verdade. Oh! quo infinitamente Cristo amou!...E nisso Paulo era um seguidor de Cristo; e todos os bons ministros deveriam'ter "por alvo a mesma atitude. No deveramos amar com terna compaixo aquelas almas pelas quais Cristo demonstrou to grande amor e tem a compaixo? (Matthew Henry, in loc.). ...uma emanao, desmaiada mas veraz, proveniente do prprio Jesus Cristo, que habitava em Paulo. (Barry, inloc.). ...estou pronto para ser oferecido por libao sobre o sacrifcio e servio da vossa f (ver Fil. 2:17). (Adam Clarke, in loc.). O evangelho de Jesus Cristo....fala-nos sobre um Deus que no somente satisfaz nosso desejo de saber a verdade, mas que , ele mesmo, a fonte desse desejo, o qual no somente a resposta para as nossas indagaes, m as tam bm o autor das m esmas em nosso interior, o fim de nossa inquirio pelo bem e igualm ente a sua origem. (A lan R ichardson, Christian Apologetics). Trata-se de excelente comentrio, que expande as idias contidas nest versculo, mantendo-se fiel ao esprito do mesmo. As Misericrdias De Deus 1. As m isericrdias de Deus! que tem a p ara o meu cntico! A misericrdia um sinnimo virtual do amor. As misericrdias de Deus so aqueles favores que ele nos faz, devido ao seu amor. 2. exigido da parte do homem espiritual, que ele imite a Deus, na dispensao da misericrdia. (Ver Col. 3:12). 3. Esses atos misericordiosos devem ser realizados com alegria (ver Rom. 12:8). Se assim se fizer, a pessoa que exercer misericrdia ser beneficiada por sua vez (ver Pro. 11:17). A bem-aventurana flui desse tipo de ao (ver Mat. 5:7). 4. Os hipcritas so despidos de misericrdia (ver Mat. 23:23), mas esta caracteriza os santos (ver Sal. 37:26). fcau tovto Trpocrevxop,aL, ndorj alodrjoei, "va rj yTrrj v/jlwv Vi p,XXov Kal pXXov Trepiuuevrj iv emyvccxet Kal b 9 b minor: T R Bov Nes BF! AV RV-ASV NEB T T Ziir Luth Jer Seg // 6 none: W H RSV 1:9 1 isso peo em orao: que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento. (Essas palavras podem ser comparadas com Ef. 3:16-21, que lhe so notavelmente semelhantes. Pode-se observar que ali, o amor o de Cristo, conforme tambm se d no caso do versculo anterior deste mesmo captulo. Tambm se pode notar que o conhecimento vinculado ao amor, como verdade bsica de sua expresso. Essa a autntica gnosis crist, to diferente dos sentimentos gnsticos, to repletos de orgulho). O verdadeiro conhecimento se caracteriza pela presena do amor de Cristo, o qual se manifesta em direo a outros, pois disso que consiste a autntica sabedoria. E o amor a estrada de retorno, mais curta para Deus, pelo que tambm aquele que envereda por ela realmente sbio. O amor, segundo Paulo insiste no dcimo terceiro captulo da primeira epstola aos Corntios, o dom espiritual que inclui a todos os outros; e consiste, ao mesmo tem po, de am or a Deus e de am or aos nossos semelhantes. Mas neste ponto o apstolo adverte aos seus convertidos no sentido que esse amor no deve ser indiscriminado. Talvez nada seja to prejudicial como a natureza fcil e boa que se dispe a tolerar tudo; e isso, com frequncia, tomado erroneamente como se fosse a correta disposio m ental crist. O am or deve apegar-se a coisas que so dignas de ser am adas, m as nunca poder faz-lo enquanto no for sabiam ente orientado. (Scott, in loc.). ...o vosso amor... O amor que tendes como crentes, o amor mtuo, de uns pelos outros. Mas tambm est em foco o princpio geral do amor, do amor a Deus, do amor a Cristo. .. .aumente mais e m aii... Trata-se de um acmulo de palavras a fim de frisar a extenso sobre a qual se deve fundamentar o amor, sendo exercido m ediante o conhecim ento e o discernim ento. No original grego, ...aumente... traduo do verbo grego perisseuo, exceder, ser m uito abundante, ao que os tradutores da B blia em portugus adicionaram as palavras ...mais e mais... Paulo gostava muito de frases acumulativas, para efeito de nfase. (Ver I Tes. 4:9,10, cuja mensagem um paralelo direto do presente versculo. Ver tam bm as frases acumulativas do versculo vigsimo terceiro deste captulo, de II Cor. 4:17 e de Ef. 3:20). . O amor, tal c