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RabdomióliseGrupo 6
Disciplina de Farmacologia Aplicada IProfa. Paula Rubya
Componentes
• Ana Katarina
• Anny Reziery
• Fernanda Petrovich
• Igor Lôbo
• Lunna Borges
• Mariana Sarmento
• Rebecca Correia
• Tiago Diniz
Caso Clínico
• IDENTIFICAÇÃO: Homem, 47 anos da raça negra
• QP: Dor torácica, que começou 50 minutos depois de sua última dose de cocaína e crack.
• HDA: O paciente estava em uma “farra” de cocaína nos últimos três dias, perdido nas ruas e usando toda a cocaína que ele poderia comprar. Ele teve um episódio de dor torácica semelhante há dois anos, depois de usar cocaína.
Caso Clínico
• ANTECEDENTES PATOLÓGICOS: história pregressa de hipertensão arterial sistêmica (HAS), aneurisma de aorta abdominal (AAA), aneurisma de aorta torácica, trombose venosa profunda e embolismo pulmonar, estado pós câncer de cólon ressecação e colostomia, DPOC demência.
• HÁBITOS DE VIDA: Usuário de crack, cocaína e tabaco.
Caso Clínico
• EXAME FÍSICO: Sonolento, mas despertado e orientado. PA 177/101.
...POSTERIORMENTE...
Caso Clínico
• Internado no hospital, foi administrado ao paciente aspirina, O2, Nitroglicerina e Metoprolol (antes que ele contasse ao médico que ele tinha usado cocaína). Ele estava livre da dor torácica após a admissão.
• O exame toxicológico de urina foi positivo para a cocaína.
Caso Clínico
• Houve alterações inespecíficas no eletrocardiograma.
• CK voltou para maior do que 1800 U/L, CK-MB foi de 14 ng/µl (alto) e troponina foi negativa.
Rabdomiólise
• CONCEITO: síndrome caracterizada pelo comprometimento da integridade metabólica dos miócitos ocasionando a liberação de seus constituintes intracelulares para a circulação.
CAUSAS:
• lesão muscular direta;
• drogas e toxinas;
• desordens genéticas causando diminuição na produção de energia;
• infecções;
• atividade muscular excessiva;
• isquemia;
• distúrbios eletrolíticos, endócrino e metabólico;
• doenças imunológicas.
Rabdomiólise
CAUSAS TÓXICAS:
• Etanol, metanol, etilenoglicol e isopropanol
• Heroína e metadona
• Cocaína, barbitúricos, anfetaminas, MDMA (Ecstasy), LSD Monóxido de carbono
• Mordedura de serpentes, aranhas (viúva negra) e abelhas.
Rabdomiólise
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
• Mialgia em intensidades variáveis.
• Mioglobinúria (evidenciada clinicamente pelo escurecimento da urina).
• Elevações nos níveis séricos das enzimas musculares.
• Insuficiência Renal Aguda.
• Desequilíbrio eletrolítico.
Rabdomiólise
Rabdomiólise
Qual o diagnóstico mais provável? Dor torácica induzida por cocaína ou doença
arterial coronária por aterosclerose?
O diagnóstico mais provável é uma dor torácica induzida por cocaína
Ana Katarina
Rabdomiólise
Descartamos doença arterial coronariana por aterosclerose como causa da dor torácica por uma associação de fatores descritos no caso:
• O ECG apresentou alterações inespecíficas
• Troponina foi negativa
• Paciente em uso exagerado de cocaína nos últimos três dias
Ana Katarina
Rabdomiólise
Causas de elevações da troponina não relacionadas a infarto agudo do miocárdio:
• Embolia pulmonar aguda
• Pericardite aguda
• Miocardite
• Sepse
• Insuficiência Renal
Ana Katarina
Rabdomiólise
Dor torácica é frequente em usuários de cocaína, pois essa promove:
• Vasoconstricção coronária
• Aterosclerose prematura
• da agregação plaquetária
• Rutura de placa e a trombose coronária
Ana Katarina
Rabdomiólise
• Aumenta atividade simpática por bloqueio de captação de norepinefrina
o nível destes neurotransmissores
taquicardia, midríase , da temperatura, estado de alerta, diminuição do apetite, aumento da energia e vasoconstrição.
Ana Katarina
Rabdomiólise
• O aumento da CPK/CPK-MB decorrente a rabdomiólise crônica que está presente nos usuários crônicos de cocaína (o que aconteceu no paciente do caso/CK-MB elevada).
Ana Katarina
Rabdomiólise
• Qual o motivo da CK elevada?• Enzima reguladora do metabolismo de tecidos
contráteis.
• Liberada quando há morte de células musculares.
Fernanda Petrovich
Rabdomiólise
Lesão muscular
Influxo de cálcio
Contração persistente
Esgotamento das
reservas energéticas
Morte celular
Fernanda Petrovich
Rabdomiólise
Lesão muscula
r
- Recruta neutrófilos
- Produz/libera radicais livres
- Libera proteases
Reação inflamatória
miolítica
Fernanda Petrovich
Rabdomiólise
• Morte celular implica em aumento da CK sérica
• Marcador sensível, pouco específico
• CK aumenta 12h após a lesão inicial
• Duração 1-3 dias
Fernanda Petrovich
Que avaliação laboratorial você sugere?
• Níveis de CK (H: 55-170 > 5x) – 1800U/L;• Mioglobinúria (não ocorre na ausência de
rabdomiólise);• Aldolase e anidrase carbônica III - origem
muscular esquelética da CK;• Hipocalcemia;• Hiperfosfatemia;• Creatinina e uréia séricos – complicações renais.
RabdomióliseAnny Reziery
Rabdomiólise
Qual é a precisão do teste de urina para a cocaína?
Teste de Cocaína
• Objetivo: Detecção qualitativa do metabólito da cocaína ( Benzoielcgonina);
• Sensibilidade: 300ng/mL de benzoielcgonina.
• Especificidade:
− 300ng/mL de benzoielcgonina;
− 500ng/mL de cloridrato de cocaína;
− 1000ng/mL de cloridrato de ecgonina.
Mariana Sarmento
RabdomióliseQuanto tempo permanece a cocaína ou outras
drogas na urina?
• Valores variáveis;
• A detecção depende: • Qualidade do produto;• Metabolismo de cada droga; • Superfície corpórea; • Uso concomitante de outras drogas;• Ingestão de alimentos;• Tempo de uso;• Doenças agudas e crônicas coexistentes.
Rebecca Correia
• Pode ser detectada de 2 a 8 horas depois do uso.
• Após este período, detecta um derivado da cocaína (benzoilecgonina) que permanece na urina de 2 até 4 dias após o uso.
• Cocaína• Uso ocasional: 2-4 dias• Uso crônico: 10-14 dias
RabdomióliseRebecca Correia
Rabdomiólise
Qual a frequência de rabdomiólise em usuários de cocaína?
A frequência de rabdomiólise em usuários de cocaína chega a até 50%.
Tiago Diniz
- Aspirina (ácido acetilsalicílico)
Anti-inflamatórios não-esteroides (AINE) - Anti-inflamatório - Antipirético - Analgésico
COX-1 (ou fisiológica)Plaquetas (tromboxana A2)Endotélio vascular (prostaglandina E2 - PGE2)
Igor Lobo
Metoprolol (betabloqueador)
• Receptores β1 Aumento do débito cardíaco Liberação de renina nas células
justaglomerulares. Lipólise do tecido adiposo.
• Bloqueio da ação tóxica noradrenalina sobre os miócitos cardíacos.
• Redução da liberação de noradrenalina nas sinapses cardíacas.
Igor Lobo
Nitroglicerina
Mecanismos
energéticos das células
Enzima que libera oxido nítrico (NO)
Relaxamento dos vasos
Igor Lobo
Tratamento
• Cocaína: análogo a catecolamina, com a habilidade de ativar o SNS. Estimula a liberação e inibem o bloqueio na recaptação, tanto no SNC como nas terminações simpáticas, de neurotransmissores como a noradrenalina e a dopamina.
Tratamento
• Efeito no SNC e cardiovascular.
• Intoxicaçao catecolaminérgica pode causar varias emergencias cardiovasculares: taquiarritmias, hipertensão, dor precordial, IAM, dissecção de aorta, AVE e morte súbita.
• O tratamento é de suporte cardiovascular.
Tratamento
• Metaprolol X Cocaína
• Evitar usar β- bloqueadores isoladamente em emergências relacionadas à cocaína, pois podem, paradoxalmente, piorar a vasoconstricção.
Tratamento
• Aspirina X Cocaína
• A administração de heparina, aspirina, ticlopidina não se assenta em estudos clínicos, mas sim no risco de a cocaína promover um estado pró-coagulante devido à ativação plaquetária.
Tratamento
• Nitroglicerina X Cocaína
• Deve ser associada em edema agudo de pulmão e nas síndromes coronarianas agudas.
• O uso de nitroglicerina visa a reverter os espasmos das artérias coronárias.
Tratamento
• Benzodiazepínicos: Como regra geral é o agente de escolha, não só para ansiedade, agitação, convulsões, mas também para as síndromes coronarianas, taquicardia e para as emergências hipertensivas.
Tratamento
• Rabdomiólise
• Objetivo: prevenção de fatores que potencializam a IRA, isto é, depleção de volume, obstrução tubular, acidúria e liberação de radicais livres.
• Hidratação vigorosa• Acalinização da urina: bicarbonato de sódio.• Manitol• Diálise
Obrigado!
Referências
• OGA, S. - Fundamentos de Toxicologia. Cannabis pg. 319-328. Ed Atheneu - São Paulo - SP 1996.
• AACC - Professional Practice in Toxicology: A Review. pg. 209 e 210. American Association for Clinical Chemistry - E.U.A 1994.
• Emergencia clinicas: abordagem pratica / herlon saravai martins. 7 ed. Rev e atual. Barueri, sp : manoel, 2012.
• Silva, penildo, 1921- farmacologia/ penildo silva. - 8 ed - rio de janeiro: guanabara koogan, 2010.
• Nasi L. Dor torácica de causa vascular não-coronariana. Rev AMRIGS. 2002; 46 (1,2): 13-16.
• ROSA, Nuno Guimarães et al. RABDOMIÓLISE. Acta Méd Port, Lisboa, v. 18, p.271-282, 2005. Bimestral.
• Goldman, D Ausiello (eds.) Cecil Tratado de Medicina Interna. Tradução da 22º ed. Rio de Janeiro: Elsevier editora, 2005.
Referências