análise do conhecimento dos alunos da escola de ensino fundamental joão rocha fialho no município...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
MARIA LÍVIA GUEDES CÂNDIDO
ANÁLISE DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS DA ESCOLA DE ENSINO
FUNDAMENTAL JOÃO ROCHA FIALHO NO MUNICÍPIO DE IGUATU-CEARÁ
SOBRE A TRANSMISSÃO DE DOENÇAS ATRAVÉS DE ANIMAIS DE
COMPANHIA
IGUATU-CEARÁ 2012
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MARIA LÍVIA GUEDES CÂNDIDO
ANÁLISE DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS DA ESCOLA DE ENSINO
FUNDAMENTAL JOÃO ROCHA FIALHO NO MUNICÍPIO DE IGUATU-CEARÁ
SOBRE A TRANSMISSÃO DE DOENÇAS ATRAVÉS DE ANIMAIS DE
COMPANHIA
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Licenciado em Ciências Biológicas. Orientadora: Profa. Esp. Mayle Alves Bezerra
IGUATU- CEARÁ 2012
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Aos meus pais Francisco Guedes Duarte (In
Memoriam) e Luíza Cândido Sobrinho Guedes,
pelo amor e dedicação. As minhas irmãs
Lucilene e Francineuma, pela ternura e apoio
diante das muitas dificuldades encontradas
nesse percurso. A Zeuzinho meu amiguinho
que este ano foi brincar no céu; a Bolinha meu
fiel companheiro; a Loura e Louro, meus
bichanos manhosos.
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AGRADECIMENTOS
À Deus, minha fonte de inspiração, pela dádiva da vida.
À Nossa Senhora das Graças, minha fiel protetora.
Em especial, aos meus pais, Francimar (In memoriam) e Luíza, pelo eterno amor e
que mesmo diante de tantas dificuldades me ensinaram desde pequena que a maior
fortuna é o estudo.
As minhas irmãs e amores, Lucilene e Neuminha, que sempre me acolheram e me
incentivaram principalmente quando pensava em desistir.
Ao meu noivo Junior, pelo apoio e compreensão nas minhas ausências.
À Professora Especialista Môngolla Keyla Freitas de Abreu, pela dedicação na
elaboração do Projeto de Monografia.
À Professora Especialista Orientadora Maylle Alves Bezerra pelo apoio.
A todos os professores do Curso de Ciências Biológicas 2008.2, instrumentos
fundamentais para minha caminhada. Em especial a Professora Dra. Alana Cecília
de Menezes Sobreira.
Aos meus colegas de Curso, pelo apoio e companheirismo. Em especial aos meus
grandes e sinceros amigos João Victor e Thamires.
A todos os amigos que contribuíram, mesmo que de forma indireta, para a conquista
desse título.
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“Possua apenas o que você
pode levar consigo...
Deixe que a memória seja
a sua mala.”
Alexander Soljenitsi
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RESUMO
Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença. Determinadas doenças são causadas por agentes transmissores, tais como os animais. Quando há uma relação de transmissão de doenças entre humanos e animais, chamamos de zoonoses, naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e seres humanos. O objetivo do trabalho foi investigar o conhecimento empírico e científico dos alunos das turmas do 7º ano, “A” e “B”, da Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho no município de Iguatu-Ceará, sobre doenças transmitidas ao homem por animais de companhia. A pesquisa contou com uma amostra de 44 alunos em um universo de 56 estudantes na Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho localizada na Rua Geraldo Maia, Vila Gadelha, zona rural localizada a 12 Km do município de Iguatu-CE. A ferramenta utilizada para a coleta de dados foi um questionário, contendo perguntas objetivas e subjetivas sobre o conhecimento dos alunos a respeito das zoonoses. Após a aplicação do questionário e a análise dos resultados, houve apresentação de palestras sobre as zoonoses, dando enfoque às transmitidas por animais de estimação, enfatizando os riscos de transmissão, tratamento e prevenção. Em síntese, detectou-se que a maioria dos alunos possui um conhecimento empírico a respeito das zoonoses, principalmente os nomes populares de cada enfermidade; eles relataram que obtiveram tal conhecimento em suas casas, com familiares e vizinhos especialmente quando houve alguma ocorrência de zoonoses com seus animais de estimação. A minoria deteve-se a afirmar que tem um conhecimento cientifico sobre essas enfermidades, mostrando ter obtido esse saber em campanhas de ESF, na escola ou até mesmo no Centro de Zoonoses do município, sendo conhecedores do real nome da patologia, seus sintomas, tratamento e principalmente a prevenção para evitar essas doenças. É preocupante a situação da falta de conhecimento empírico ou cientifico dos alunos, uma vez que eles possuem em suas casas um considerável numero de animais de estimação, onde os mesmo encontram-se em contato direto com esses, sem conhecer os riscos a que estão expostos.
Palavras-chave: alunos, animais de companhia, zoonoses.
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ABSTRACT
Health is a state of complete physical wellbeing, mental and social, and not merely the absence of disease. Certain diseases are caused by transmitting agents, such as animals. When there is a relationship of disease transmission between humans and animals, called zoonoses, naturally transmitted between vertebrate animals and humans. The objective of this study was to investigate the empirical and scientific knowledge of students in the classes of 7th grade, "A" and "B", at the Elementary School João Rocha Fialho in the municipality of Iguatu-Ceará, about diseases transmitted to humans by animals company. The research involved a sample of 44 students in one universe of 56 students in the Elementary School João Rocha Fialho located on Rua Geraldo Maia, Vila Gadelha, rural area located 12 Km away from the city of Iguatu-Ce. The tool used to collect data was a questionnaire, containing objective and subjective questions about the students’ knowledge regarding zoonoses. After the questionnaire application and analysis of the results, there was presentation of lectures on zoonoses transmitted by pets, emphasizing the risks of transmission, treatment and prevention. In summary, it was found that most students have empirical knowledge about zoonoses, especially the popular names of each disease; they reported that had such knowledge in their homes, from relatives and neighbors especially when there was some occurrence of zoonoses with their pets. Therefore, the minority was limited to assert that has a scientific knowledge about these diseases, showing that they have obtained this knowledge from campaigns of PSF (Family Health Program), in school or even in the center of zoonoses of city, being aware of the real name of the condition, its symptoms, treatment and prevention primarily to prevent these diseases. The situation of lack of empirical or scientific knowledge of the students is worrying, since they have in their homes a considerable number of pets, where the same are in direct contact with these, without knowing the risks to which they are exposed.
Keywords: students, animals company, zoonoses.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................09
2. OBJETIVOS...................................................................................................11
2.1 Objetivo Geral...........................................................................................11
2.2 Objetivos Específicos................................................................................11
3. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................12
3.1. Saúde no Brasil .......................................................................................12
3.2. Zoonoses e Saúde Pública .....................................................................13
3.3. Zoonoses em Humanos Causadas por Animais de Estimação.............14
3.3.1. Zoonoses em Crianças .......................................................................15
3.4. Controle das Zoonoses ...........................................................................16
3.5. Zoonoses no Ensino de Ciências.............................................................17
4. METODOLOGIA ............................................................................................20
4.1 Tipo de Estudo ........................................................................................20
4.2 População e Amostra ..............................................................................20
4.3 Local do Estudo.......................................................................................20
4.4 Coleta de Dados......................................................................................21
4.5 Análise Estatística dos Dados ................................................................21
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS.....................................................23
5.1 Conhecimento dos alunos sobre as zoonoses.......................................23
5.2 Conhecimento empírico e científico dos alunos em relação às zoonoses.
......................................................................................................................25
5.3 Palestra em educação para a saúde como ferramenta pedagógica na
intervenção do aprendizado dos alunos......................................................28
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................30
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
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1 INTRODUÇÃO
A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua zoonoses como
infecções ou doenças infecciosas transmissíveis, em condições naturais, dos
animais vertebrados ao homem (BRASIL, 2011). A partir desse conceito entende-se
que ela não se limita somente a falta de alguma enfermidade, mas também a
condição em que o ser encontra-se relacionado a fatores ambientais, físicos e/ ou
emocionais.
Determinadas doenças são causadas por agentes transmissores, tais
como os animais. Quando há uma relação de transmissão de doenças entre
humanos e animais, chamamos de zoonoses, que segundo Hoeden (1964 apud
FONSECA, 2010) são doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre
animais vertebrados e seres humanos.
Vários estudos e pesquisas confirmam a existência de inúmeros tipos de
doenças transmitidas ao homem por meio dos animais. De acordo com Martins
(2008) existem mais de 200 doenças transmissíveis que se enquadram na definição
de zoonoses, sendo as de maior ocorrência em seres humanos. É possível citar
como exemplo, as zoonoses mantidas por animais de companhia que estão em
contato direto e constante com o homem, e principalmente com as crianças, sendo
elas, as mais propensas a contraírem tais zoonoses.
Além da proximidade com os animais de estimação há outros fatores que
contribuem significativamente para a transmissão das zoonoses como hábitos e
comportamentos relacionados à higiene. A carência de informação sobre hábitos de
higiene dentro de casa ou até mesmo no âmbito escolar favorece a obtenção de
diversas enfermidades, inclusive as zoonoses.
Campanhas são realizadas pelos centros de zoonoses e secretarias de
saúde, com a intenção de informar sobre a existência de doenças transmitidas ao
homem pelos animais. No entanto, o conhecimento sobre esses tipos de doenças,
limita-se a poucos, como, os estudiosos da área, pessoas que já contraíram algum
tipo das zoonoses ou os que conhecem casos que ocorreram com familiares ou
conhecidos. Muitos temas não são trabalhados em sala de aula por não constarem
nos livros didáticos do Ensino Fundamental, por isso há uma dificuldade do
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professor em enfatizar assuntos presentes em nosso cotidiano, que possuem grande
importância.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) pontuam que é preciso
educar para a saúde, enfatizando que o bem-estar físico, mental e social é criado
pelo próprio ser humano, que deve tomar medidas práticas de auto-cuidado em
geral, e especificamente, diante de situações de risco (BRASIL, 1997), enfatizando a
grande necessidade de informar desde cedo à ocorrência de tais doenças e
consequentemente seus riscos e formas de prevenção.
Diante da necessidade de informar os alunos sobre as zoonoses, os
riscos de transmissão e as formas de prevenção, tornam-se necessárias a
investigação a respeito do conhecimento popular em relação às doenças
transmitidas ao homem por animais, e consequentemente, a promoção da fusão
entre o conhecimento científico e o conhecimento empírico. Dessa forma, haverá o
aperfeiçoamento do conhecimento prévio dos alunos de Ensino Fundamental e uma
maior divulgação das informações sobre as doenças causadas por animais;
informações essas que serão estendidas às suas famílias, e posteriormente à sua
comunidade através da partilha do conhecimento.
Nesse sentido, é de fundamental importância valorizar o conhecimento
empírico dos alunos nas aulas de Ciências, como ferramenta pedagógica para uma
melhor aprendizagem acerca das zoonoses e consequentemente, a redução dos
riscos de transmissão causados pela falta de informação. Assim, esta pesquisa vem
identificar o conhecimento empírico e científico dos alunos do 7º ano, turmas “A” e
“B”, da Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho, situada no município de
Iguatu-CE acerca das zoonoses transmitidas ao homem através de animais de
estimação, bem como divulgar informações a respeito destas doenças através de
palestras.
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2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Investigar o conhecimento empírico e científico dos alunos das turmas do
7º ano, “A” e “B”, da Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho no município
de Iguatu-Ceará, sobre doenças transmitidas ao homem por animais de companhia.
2.2 Objetivos Específicos
Verificar o conhecimento dos alunos do 7º ano, turmas “A” e “B”, da
Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho em Iguatu-CE, a respeito das
zoonoses transmitidas através de animais domésticos;
Identificar se o conhecimento dos alunos do 7º ano, turmas “A” e “B”,
da Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho em Iguatu-CE, a respeito das
zoonoses transmitidas por animais de companhia é empírico ou científico;
Divulgar as formas de prevenção, tratamento e transmissão das
zoonoses causadas por animais de companhia para os discentes do 7º ano, turmas
“A” e “B”, da Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho em Iguatu-CE
através de palestras.
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Saúde no Brasil
No Brasil, na última década, vem se incorporando progressivamente à
cultura e à legislação, a concepção de que saúde é direito de todos e dever do
Estado, porém não é alcançado por grande parcela da população humana
(ARAÚJO; BRITO; NOVAES, 2008). Entretanto a Constituição de 1988 (art. 196)
define que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas. Há de tal modo, uma clara percepção de que a
qualidade de vida brota da convergência de um amplo leque de políticas, partindo do
saneamento, da habitação, da educação e da cultura até as políticas voltadas para a
geração de renda e emprego (BRASIL, 2010). As políticas públicas para o setor
favorecem a cultura de que a saúde se consolida mediante o acesso a serviços,
reservado ao tratamento médico. A implementação de modelos centrados em
hospitais, em consultas médicas e no incentivo ao consumo abusivo de remédios
vem resultando, historicamente, numa atenção à saúde baseada, sobretudo em
ações curativas, desencadeadas apenas quando uma doença já está instalada e o
indivíduo precisa de socorro (BRASIL, 1997).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997),
um passo considerado importante foi dado ao se promulgar a Constituição de 1988,
que presume a implantação do Sistema Único de Saúde — SUS que tem caráter
público, é formado por uma rede de serviços regionalizada, hierarquizada e
descentralizada, com direção única em cada esfera de governo e sob controle dos
usuários por meio do envolvimento popular nas Conferências e Conselhos de
Saúde.
O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) é formado por uma
rede descentralizada, hierarquizada e integrada, que funciona de forma horizontal e
universal, sendo elemento do sistema nacional de saúde (Sistema Único de Saúde -
SUS). Todos os 27 estados do Brasil têm laboratórios de saúde pública; existem 5
Laboratórios de Referências Nacionais e 51 Centros de Informações Estratégicas e
Vigilância da Saúde (CIEVS). As secretarias estaduais de saúde coordenam e
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avaliam as atividades no âmbito dos estados. As equipes situadas nos municípios
pesquisam os casos individuais e os surtos registrados pelo serviço de saúde e
programam medidas de controle relevantes (BARRETO et al. 2011).
Todos os casos de enfermidades de notificação compulsória (oriundas
dos serviços de saúde pública e privados) são incluídos na base do sistema nacional
de notificações, que está disponível para acesso na internet. As doenças infecciosas
são consideradas ainda como um problema de saúde pública no Brasil, muito
embora a proporção do total de mortes causadas por elas tenha caído de 50% para
5% ao longo dos últimos oitenta anos. Essa diminuição tem sido mais pronunciada
em algumas doenças infecciosas do que em outras (BARRETO et al. 2011).
3.2 Zoonoses e Saúde Pública
A Saúde Pública é conceituada como a arte e a ciência de promover,
proteger e restaurar a saúde dos indivíduos e da coletividade e buscar também obter
um ambiente saudável, por meio de ações e serviços resultantes de esforços
organizados e sistematizados da sociedade. O que se faz coletivamente para
assegurar as condições nas quais as pessoas podem ser saudáveis é o conjunto de
práticas e saberes que objetivam um melhor estado de saúde possível das
populações (PAIM; ALMEIDA, 2000 apud DEVENS, 2011).
Zoonoses por sua vez, são conceituadas como doenças comuns entre os
homens e outros animais, que se transmitem sob condições naturais. Ambos os
atores desempenham e cumprem, enquanto hospedeiros ou reservatórios ou como
fonte de infecção, importantes e fundamentais papéis na manutenção e persistência
desses agravos na natureza (BRASIL, 2009).
Segundo o Bogado, 1997 apud CORADASSI 2002, dentro dos diversos
campos de atuação direta na Saúde Pública, destaca-se além de outros, o campo
das zoonoses que em face da aproximação do homem com os animais, em função
das explorações intensivas e o contato continuado com os animais de esportes,
serviços e companhia, criam-se continuamente condições de transmissibilidade de
zoonoses.
As zoonoses estão entre os mais frequentes riscos de saúde sob os quais
a humanidade se defronta, principalmente nas regiões tropicais e subtropicais, onde
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vetores artrópodes desempenham um papel importante na transmissão destas
doenças. Há muitas razões para acreditar que a maioria das doenças infecciosas e
parasitárias da espécie humana tem origem nos animais. Os organismos
patogênicos se adaptaram ao ambiente do corpo humano, quer como parasitas ou
comensais, sendo essas associações eventualmente reversíveis (HOEDEN, 1964
apud FONSECA, 2010).
De acordo com informações fornecidas por Barreto et al.(2011), no ano
de 1953, com a criação do Ministério da Saúde, foi estabelecido um programa para
doenças ocorridas em zonas rurais, que levou a implementação sistemática de
medidas de controle de vetores.
3.3 Zoonoses em Humanos Causadas por Animais de Estimação
As pessoas convivem com animais de companhia desde os tempos
primórdios, e não existem relatos de culturas que viveram sem a presença deles.
Primeiramente, o homem caçava os animais, depois os domesticava e não existiam
animais apenas para propósitos funcionais, mas também para o desempenho do
importante papel de companhia (CORADASSI, 2002).
Acontece que o ser humano interfere no meio ambiente, alterando suas
características e introduzindo seus hábitos e métodos de vida, surgem reflexos
positivos ou negativos que se refletem em todos os indivíduos ali alojados. Os
animais de estimação se incluem nesse contexto e os métodos de manutenção
relacionam-se diretamente ao seu bem-estar e às suas condições de saúde e de
sobrevida (REICHMANN et al. 2000).
Vários fatores podem ser citados para ocorrência de zoonoses em
humanos transmitidas por animais de companhia, mas destaca-se o crescente
número de animais de estimação, principalmente, nos grandes centros, o que
consequentemente estreita o contato entre estes e o homem, aumentando a
exposição do ser humano aos agentes de zoonoses (SANTOS; CASTRO, 2006).
Os estudos realizados a respeito do parasitismo em animais de estimação
vêm despertando um grande interesse, frente à associação restrita e íntima entre o
homem e os animais e sua consequência em saúde pública (VASCONCELLOS;
15
BARROS; OLIVEIRA, 2006). Tal interesse surge a partir da identificação de que dos
1415 patógenos humanos existentes, 61,6% tem sua origem no reservatório animal
(CLEAVELAND apud MARTINS, 2008).
Vale salientar que várias zoonoses parasitárias estão associadas ao
contato humano com animais de companhia, principalmente cães e gatos (RAGOZO
et al. 2002 apud FERNANDES et al. 2008). Estes casos de zoonoses ocorrem, pois
o animal de companhia ou adorno é o que estabelece o grau máximo de
proximidade com os seres humanos e com isto cria o maior risco para a introdução
de zoonoses no próprio domicílio (VASCONCELLOS, 2001).
3.3.1 Zoonoses em Crianças
Atualmente, tanto nos centros das cidades quanto na periferia, muitas
famílias têm contato com animais domésticos, e um grande número de crianças
possui animais de estimação. O desenvolvimento do contato entre o homem e o
animal de companhia ocorre no âmago de uma modificação comportamental
importantíssima da própria sociedade, que passou a cultivar vários hábitos, tais
como: menor número de crianças e mais recursos em geral, conferindo ao animal de
companhia o status de membro da família, que passa a viver mais dentro de casa do
que fora ganhando seu espaço e incluindo-se no orçamento familiar passando a ser
assistido na vida e na morte (SANTANA; OLIVEIRA, s/d). Assim os animais de
companhia apresentam um papel crucial nas sociedades, pois contribuem para o
desenvolvimento físico, social e emocional de crianças e para o bem-estar de seus
donos (ROBERTSON et al. 2000 apud MATESCO, 2006).
A relação intensa dessas crianças com esses animais aliado a
comportamentos e hábitos relacionados com a higiene pode facilitar a transmissão
de inúmeras enfermidades denominadas zoonoses. Esse grupo de enfermidades
continua representando um problema de saúde, especialmente para as populações
menos favorecidas (PFUETZENREITER et al. 2011).
Muitas zoonoses são causadas pelos animais de companhia e sabe-se
também que podem ser prevenidas. Por este motivo, faz-se necessária a
disseminação de informações verídicas sobre as principais formas de prevenção,
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especialmente entre grupos mais vulneráveis, dentre eles as crianças (MEDITSCH,
2006 apud PFUETZENREITER. et al. 2011). Os animais ocupam uma posição de
grande interesse no universo de interação socioambiental das crianças, sendo
considerados como rico auxílio no trabalho pedagógico com crianças (GODOY;
DENZIN, 2007 apud PIRES et al. 2009).
3.4 Controle das Zoonoses
Os programas de controle de zoonoses transmitidas por animais de
companhia, em sua maioria, usam a questão da posse responsável como
direcionamento para as ações de educação em saúde. Pois além de cuidar bem e
dar carinho ao animal de estimação é preciso criar medidas para que ele se
desenvolva com saúde e não seja foco de transmissão de doenças ao homem.
O combate a várias destas enfermidades envolve o controle da população
de animais nas cidades, principalmente os errantes, que representam maior risco
por estarem mais expostos a infecções, e não vacinados, tornando-se “depósitos” de
vários agentes patogênicos para a população humana, o que exige rigidez na
aplicação das normas sanitárias em vigor (VIANNA, 2003).
O conhecimento epidemiológico sobre as zoonoses é considerado
insuficiente, o que implica numa educação social, comportamental e sanitária para a
população visando à conscientização para os riscos que podem ser causados por
esses patógenos. É de fundamental valor a promoção de um controle zoonótico a
partir de vigilância sanitária em áreas de maior risco (OLIVEIRA et al. 2010).
Considerando que animais de estimação também são possuidores de
doenças parasitárias, é importante que seus proprietários verifiquem a saúde de seu
animal evitando a contribuição para a disseminação das zoonoses, colocando em
risco a sua própria saúde (MATTOS; VIOL, 2012). Outro meio de controle
considerado por muitos, “ato cruel”, é o trabalho desenvolvido pelos Centros de
Controle de Zoonoses, que muitas vezes, ao invés de tratarem o animal, recorrem à
eutanásia erradicando um grande número de animais. Os chamados Centros de
Controle de Zoonoses, também conhecidos como Carrocinhas, tem entre outras
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funções, recolher animais, também domésticos, com a justificativa de que são
transmissores de zoonoses para a população (MARTINS, 2006).
A prevenção, por sua vez, é realmente o ponto chave para o controle das
zoonoses, visto que sem a ocorrência da doença não há necessidade de
tratamentos e métodos de erradicação de animais contaminados, o que se considera
quase que impossível. Sendo assim é imprescindível a intensificação de medidas de
controle, principalmente nos fatores que dizem respeito à divulgação sobre os riscos
que as pessoas estarão expostas caso não cuidem de forma indicada de seus
animais de estimação.
3.5 Zoonoses no Ensino de Ciências
O conhecimento a respeito das zoonoses é fundamental para a saúde
pública, educação ambiental e o meio ambiente, uma vez que estas doenças podem
desencadear alterações consideráveis na fauna e na qualidade de vida em
determinados ambientes. É de fundamental importância tratar deste assunto desde
os primeiros anos escolares, pois é preciso estimular nas crianças a consciência
sobre as zoonoses, eliminando ou reduzindo os mitos e crendices (GAERTNER;
BRANCO, 2003). Entretanto, a identificação do nível de conhecimento, das atitudes
e práticas da população antes da implementação de qualquer trabalho educativo
sobre as zoonoses é imprescindível para que as ações possam ser direcionadas
para as reais necessidades do público-alvo (LAGES, 2009).
Nas escolas, o trabalho de promoção da saúde com os alunos, e também
com educadores e funcionários, precisa ter como ponto de partida “o que eles
sabem” e “o que eles podem fazer”, desenvolvendo em cada um a aptidão de
interpretar o cotidiano e atuar de modo a coligar atitudes e/ou comportamentos
adequados para a melhoria da qualidade de vida. Nesse processo, os alicerces são
as “forças” de cada um, no desenvolvimento da autonomia e de competências para
um pleno exercício da cidadania. Deste modo, dos profissionais de saúde e de
educação espera-se que, no desempenho das suas funções, assumam uma atitude
permanente de intercâmbio dos alunos, educadores e funcionários das escolas, o
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princípio básico da promoção da saúde (PORTUGAL, 2006; DEMARZO;
AQUILANTE, 2008 apud BRASIL, 2009).
Ampliar o entendimento sobre a promoção de saúde contribui para o
processo em que a comunidade aumenta a sua habilidade de solucionar seus
problemas de saúde com competência intensificando sua própria participação.
Atividades essas que podem ser desenvolvidas em diversos espaços, como as
escolas, por exemplo, que permitem a expansão e o fortalecimento da saúde da
população através de trabalho coletivo e participativo com a comunidade escolar
(FLORES; DREHMER, 2003 apud LIMA et al. 2010). A educação em saúde no
âmbito escolar é o processo pelo qual se pretende colaborar na formação de uma
consciência crítica nos alunos, que resulte na aquisição de práticas visando à
promoção, manutenção e recuperação da própria saúde e da comunidade da qual
faz parte (FOCESI, 1990 apud VIARO, 2008).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) regulamentam que a
saúde é, assim como o meio ambiente, um tema transversal no currículo escolar do
Ensino Fundamental. Portanto, nota-se que o assunto percorre várias áreas do
conhecimento, ou seja, não se limita a nenhuma série ou a uma única disciplina.
Deste modo, podendo ser vista em vários momentos através da interdisciplinaridade
e da contextualização com outros assuntos relacionados ao cotidiano dos alunos. Há
recomendações para que estes conteúdos sejam trabalhados estabelecendo-se
relações entre seres humanos e animais (BRASIL, 1997 apud FRAGA; CARDOSO;
PFUETZENREITER, 2009).
Mesmo com essas recomendações dos PCN’s, ainda nos dias de hoje o
ensino em saúde não consegue atender às necessidades da população, com
relação especialmente à saúde, devido a inúmeras causas. Dentre elas, podemos
mencionar a pedagogia vigente no ensino de Ciências de forma geral, denominada
por Freire (2001) como “pedagogia bancária”, na qual o aluno é visto pelo professor
como uma conta zerada, na qual irá depositar informações de maneira vertical. Esta
forma de ensino desconsidera que os estudantes chegam à escola com
conhecimentos chamados “pré-científicos”, ou seja, noções construídas a partir de
interações familiares, aspectos sociais, econômicos e culturais e que influenciam
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diretamente na maneira com a qual os alunos interpretam o conteúdo repassado
pelo professor (FRAGA, CARDOSO; PFUETZENREITER, 2009).
Vários programas de prevenção, controle e erradicação de enfermidades
são criados e divulgados. Entretanto para que seja difundido é preciso que as
pessoas informem-se, modifiquem seus hábitos e acima de tudo sejam difusores do
conhecimento. Para que isso ocorra à maneira mais eficaz é a educação, base de
todo o conhecimento.
Podemos citar como exemplo o PSE (Programa de Saúde na Escola),
instituído pelo Decreto Presidencial nº 6.286/2007. Esse programa surgiu como uma
política intersetorial entre os Ministérios da Saúde e da Educação, na perspectiva da
atenção integral (prevenção, promoção e atenção) à saúde de crianças,
adolescentes e jovens do ensino público básico, no âmbito das escolas e unidades
básicas de saúde, realizadas pelas Equipes de Saúde e Educação de forma
integrada (BRASIL, 2012).
O assunto zoonoses, por sua vez, deveria ser divulgado com maior
frequência e intensidade na disciplina de Ciências, pois trata da relação entre saúde,
ser humano e animais. Entretanto na disciplina de Ciências do Ensino Fundamental
as doenças causadas por animais são tratadas de forma superficial, com o foco na
maioria das vezes, ao estudo de enfermidades parasitárias, havendo a omissão do
termo zoonoses. Considerando também que, um grande número de professores
desta disciplina não possui conhecimento adequado sobre zoonoses, das suas
interferências no meio ambiente e na educação ambiental (KRASILCHIK, 1995 apud
GAERTNER; BRANCO, 2003).
Devido ao grande potencial de influência sobre seus alunos, o professor é
considerado um elemento primordial do sistema educacional por está em contato
direto com os alunos. Podendo ser de grande valia sua atuação no que diz respeito
à educação em saúde, ensinando hábitos de higiene e de prevenção de doenças
(MAGALHÃES, 1996). Portanto as zoonoses podem ser tratadas em sala de aula a
partir da relação professor/aluno, utilizando como ferramenta o conhecimento tanto
de um quanto do outro para a disseminação de informações a respeito destas
enfermidades.
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4 METODOLOGIA
4.1 Tipo de Pesquisa
O trajeto metodológico utilizado para o desenvolvimento da pesquisa foi
um levantamento, utilizando a abordagem quantitativa, de caráter descritivo e
exploratório.
4.2 População e Amostra
A população definida para a realização da pesquisa foi composta pelos
alunos regularmente matriculados no 7º ano, turmas “A” e “B”, sendo 28 alunos em
cada turma, totalizando 56 discentes, ambas no turno da manhã, da Escola de
Ensino Fundamental João Rocha Fialho, localizados na Vila Gadelha em Iguatu-Ce.
Os alunos receberam informações sobre os objetivos da pesquisa e
estiveram livres para decidir a respeito da participação no presente projeto através
da resolução de um questionário (Apêndice C), sendo para isso necessário o
consentimento dos pais. A escola, por sua vez, também recebeu uma notificação
solicitando o desenvolvimento do referido Projeto de Monografia (Apêndice A).
4.3 Local de Estudo
O estudo foi realizado na Escola de Ensino Fundamental João Rocha
Fialho localizada na Rua Geraldo Maia, Vila Gadelha, zona rural localizada a 12 Km
do município de Iguatu-CE. A escola atende a crianças e adolescentes de várias
comunidades circunvizinhas, totalizando 339 alunos regularmente matriculados nos
turnos manhã e tarde.
A Vila Gadelha, lugar onde se encontra instalado o campo de estudo,
localiza-se a 12 km de seu município, Iguatu. Há na Vila Gadelha duas escolas,
sendo uma para Educação Infantil e outra para o Ensino Fundamental. Iguatu possui
95.011 habitantes e situa-se ao norte de Acopiara e Quixelô, ao leste de Orós e Icó,
21
ao sul de Cedro e Cariús e ao oeste de Jucás e Acopiara. Localiza-se a 388 km da
capital cearense, Fortaleza (IBGE, 2010).
4.4 Coleta de Dados
A ferramenta utilizada para a coleta de dados foi um questionário
inominado, que apresentou perguntas objetivas e subjetivas sobre o conhecimento
dos alunos a respeito das zoonoses, bem como a identificação se tal conhecimento
é científico ou empírico através da análise dos resultados. Este instrumento de
investigação foi usado em dias letivos na própria escola em que foi realizado tal
estudo.
Após a aplicação do questionário e a análise dos resultados, houve
apresentação de palestras sobre as zoonoses, dando enfoque às transmitidas por
animais de estimação, enfatizando os riscos de transmissão, tratamento e
prevenção.
A palestra foi ministrada no dia 19 de outubro de 2012 as 8:30h na
Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho com as duas turmas de 7 ano da
referida escola.
Inicialmente foi apresentado o objetivo da palestra e em seguida o
assunto foi explicado com a utilização de slides para facilitar a compreensão dos
alunos, pois há um grande número de imagens de animais e pessoas vítimas das
zoonoses e acredita-se que o uso de imagens facilitou a compreensão do
conhecimento.
4.5 Análise Estatística dos Dados
Após a aplicação do questionário, os dados foram apresentados através
da estatística descritiva dos dados.
Este é o momento em que os dados obtidos através do questionário
aplicado junto aos alunos do 7º ano, turmas “A” e “B”, da Escola de Ensino
Fundamental João Rocha Fialho, situada na Vila Gadelha em Iguatu-CE, foram
convertidos em informações úteis à comunidade científica, favorecendo com o
22
desenvolvimento de projetos futuros que possam vir colaborar com a comunidade
local. Na abordagem quantitativa foram utilizados recursos e técnicas estatísticas
(tabelas).
23
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
A pesquisa foi aplicada em duas turmas de 7º ano, "A" e "B", da Escola de
Ensino Fundamental João Rocha Fialho que contam com um total de 56 alunos
regularmente matriculados. Destes, apenas 12 não participaram da pesquisa, pois
não foram autorizados, pelos pais, a responder o questionário. Sendo assim a
pesquisa contou com uma amostra de 44 alunos. Algumas falas dos alunos foram
destacadas com o propósito de enriquecimento na discussão. Eles foram
identificados com nome de cores.
5.1 Conhecimento dos alunos sobre as Zoonoses
Em relação ao conhecimento da população analisada sobre as zoonoses,
foram abordadas duas questões relevantes que versavam sobre os conceitos,
aquisição de informações, tipos e animais causadores dessas doenças.
A partir daí, foi observado que, 25 alunos conhecem a definição de
zoonoses, 9 alunos nunca ouviram falar sobre esse assunto e 10 deles já ouviram
falar no nome mas não sabem o que é ao certo. Como mostra a tabela 1:
Tabela 1: Distribuição (%) dos alunos a respeito da definição de zoonoses.
Se conhecem a definição de zoonoses
% de alunos
Sim 56,81%
Não, nunca ouviram falar 20,45%
Já ouviram falar, mas não sabem ao certo
22,74%
A partir das respostas, podemos observar que dos 44 alunos
questionados, 25 conhecem a definição de zoonoses, apenas 9 nunca ouviram falar
24
sobre o assunto e 10 alunos já ouviram falar de zoonoses mas não sabem ao certo o
que significa. Os alunos conhecedores da definição de zoonoses e os que afirmaram
ter ouvido falar sobre o assunto mas não lembram o que é ao certo adquiriram essa
informação em lugares totalmente distintos, como em cidades vizinhas, no Centro de
Zoonoses de Iguatu, em livros, na UBS da comunidade, na escola, e principalmente
em casa com familiares e vizinhos.
Segundo Gaertner e Branco (2003), em um estudo sobre o conhecimento
de zoonoses pelos alunos da sexta série do Ensino Fundamental, sua ligação com o
meio ambiente e educação ambiental realizado em escolas das redes, municipal,
estadual e particular em Camboriú, SC, viu-se que ao perguntar sobre a definição de
zoonoses a maioria dos alunos, 63% de todas as escolas pesquisadas, assinalaram
o item que afirmava que eles tinham conhecimento sobre o significado de zoonoses
demonstrando que pelo menos na teoria conhecem a definição de zoonoses.
De acordo com Ribeiro (2010), em uma pesquisa a respeito da análise do
conhecimento sobre leishmaniose visceral e outras zoonoses, de docentes dos três
primeiros anos do Ensino Fundamental em escolas da região noroeste de Belo
Horizonte, Minas Gerais, percebeu que uma pequena parcela dos entrevistados
caracterizou corretamente o termo zoonoses como doenças transmitidas e/ou
manifestadas por animais que podem ocasionalmente acometer os seres humanos.
Sendo assim, o referido autor afirma que a grande maioria dos entrevistados
respondeu apenas que zoonoses são doenças transmitidas e/ou manifestadas
apenas por animais e outros apontaram zoonoses como uma instituição ou uma
prestação de serviços.
Em uma pesquisa sobre Conceitos de zoonoses em alunos de ensino
básico de Piraquara, área de proteção ambiental da região metropolitana de
Curitiba, a maioria das crianças respondeu corretamente o conceito de zoonoses
(68,5%), entretanto 26,3% responderam incorretamente e 5,2% deixaram em branco
O autor supõe que como esse foi o primeiro conceito trabalhado durante a palestra
pode ter passado despercebido, por falta de concentração inicial das crianças, ou
talvez o termo zoonoses remeta à palavra “animal” pelo seu prefixo e tenha
confundido os alunos (AMARAL, et al 2009).
25
Ao serem questionados sobre o conhecimento de algum tipo de doença
causada por animais de estimação, vimos que apenas 2 dos 44 alunos entrevistados
dizem conhecer o nome de algumas doenças e os possíveis sintomas que ela
causa. Entretanto 33 alunos afirmaram conhecer alguns tipos de doenças, sem
definir nome e sintomas e 9 alunos optaram pelo item que afirma não conhecerem e
nem ao menos ouviram falar desses tipos de doença. Podemos observar através de
algumas respostas dadas por eles:
“Eu não sei o tipo de doença e nem o que fez meu cachorrinho
ter ela e ele morreu” (AMARELO)
“Ele estava magro com os olhos cheios de remela”(AZUL)
“Ele tava escumando e vomitando e eu limpei ele” (LILÁS)
“Minha mãe disse que foi calazar” (CINZA)
Diante das respostas dadas por alguns alunos, pode-se observar que eles
detêm certo conhecimento sobre as zoonoses. Entretanto há uma acentuada
divergência no nível de conhecimento deles, o que endossa a afirmação do pouco
conhecimento adquirido em escolas, campanhas na ESF, entre outros, e sim que
cada um traz consigo um saber de casa, de sua vivência, um conhecimento popular.
5.2 Conhecimento empírico e científico dos alunos em relação às zoonoses
Em relação à forma de obtenção de conhecimento dos alunos a respeito
das zoonoses viu-se que dentre os 44 alunos que responderam tal questionário, dos
25 que afirmaram conhecer o significado, 20 deles, e os 10 que já ouviram falar, mas
não lembram ao certo obtiveram essa informação principalmente em conversas
informais com vizinhos e familiares, visto que também asseguraram ter aprendido
sobre essas doenças causadas por animais de estimação quando de alguma forma
o seu animal adquiriu algum tipo de zoonoses. Conhecimento esse considerado
popular (empírico), pois ao responderem algumas questões mostraram conhecer
apenas nomes populares desses tipos de doenças causadas por animais de
estimação. Entretanto, apenas 5 alunos disseram ter conhecido sobre esse assunto
de forma científica, ou seja, pelo real nome da patologia, seus sintomas, tratamento
26
e principalmente a prevenção para evitar essas doenças. Esses alunos que dizem
ter um mínimo conhecimento científico sobre as zoonoses obtiveram tal
conhecimento em campanhas da ESF na própria escola ou até mesmo no Centro de
Zoonoses do município. Dos 44 alunos, 35 citaram também ter obtido conhecimento
sobre essas doenças em meios de comunicação principalmente em épocas de maior
incidência das mesmas, mesmo os alunos que conhecem o significado quanto os
que apenas já ouviram falar sobre o termo. (Tabela 2)
Tabela 2: Distribuição (%) dos alunos a respeito das formas de obtenção de conhecimento
sobre as zoonoses
Onde os alunos foram informados sobre
as zoonoses
% de alunos
Escola 29,54%
Televisão 52,27%
Rádio 0%
Internet 18,18%
Panfletos 4,54%
Obs.: Alguns alunos assinalaram mais de uma alternativa.
As fontes de aquisição de conhecimento apresentadas nessa questão são
as mais acessíveis aos alunos visto que a escola fica localizada na zona rural, a
facilidade de acesso a certos meios de comunicação é limitado e os locais existentes
em que se podem difundir informações são a escola da comunidade e na Unidade
Básica de Saúde.
Vale destacar que embora haja uma falta de conhecimento empírico ou
científico dos alunos em questão a respeito das zoonoses, há uma conscientização,
por parte dos mesmo que animais domésticos podem transmitir doenças aos seres
humanos.
De acordo com Lima et al (2010) em um estudo a respeito da percepção
sobre o conhecimento e profilaxia das zoonoses e posse responsável em pais de
alunos do pré-escolar de escolas situadas na comunidade localizada no bairro de
Dois Irmãos na cidade do Recife (PE), quando aplicadas às questões referentes ao
27
conhecimento sobre zoonoses, 28,21% (11/39) dos entrevistados da escola
particular e 28% (07/25) da escola municipal disseram já ter ouvido falar no termo
zoonoses. A autora citada anteriormente afirma que esse resultado pode ser
explicado bastando apenas observar alguns livros didáticos do Ensino Fundamental,
revistas, o dia a dia dos noticiários, programas de televisão e rádio. Termos técnicos
como zoonoses não são observados nesses meios e apenas que seja objeto de
pesquisa por parte de professores, ou pelos meios de comunicação, os alunos e a
população dificilmente terão acesso aos significados deste ou de outros termos
técnicos.
Ao indagar se os alunos já tinham sido informados sobre os riscos de
transmissão, as formas de prevenção e o tratamento de doenças causadas por
animais de estimação eles demonstraram através das respostas que o principal
lugar onde ouviram sobre a doença, foi na sua própria casa, enfatizando que houve
a ocorrência de um animal doente e mesmo com poucas informações tiveram os
cuidados necessários tanto com o proprietário como também com o animal de
estimação. Alguns, por sua vez, afirmam ter sido informado em sala de aula, em
campanhas na Unidade Básica de Saúde. Diante da quantidade de alunos
questionados um número razoável nunca ouviu falar em nenhum lugar sobre os
riscos de transmissão, as formas de prevenção e o tratamento de doenças causadas
por animais de estimação. (Tabela 3)
Tabela 3: Distribuição (%) dos alunos que foram informados ou não e onde obtiveram essas informações sobre os riscos de transmissão as formas de prevenção e o tratamento de doenças causadas por animais de estimação.
Se já foram informados ou não e onde obtiveram essas informações sobre os riscos de transmissão, as formas de prevenção e o tratamento de doenças causadas por animais de estimação. % de alunos
% de alunos
Sim, em sala de aula 15,90%
Sim, em casa 47,72%
Sim, em palestras ou projetos na escola 6,81%
Sim, em campanhas na UBS 4,54%
Não, em nenhum local 25%
28
Diante da contradição de alguns alunos citarem a escola como fonte de
pesquisa e outros nunca terem ouvido falar sobre o tema, questionou-se a
professora de Ciências e a diretora acerca de projetos realizados pela escola em
questão que favorecesse o conhecimento sobre as zoonoses, entretanto elas
afirmaram nunca ter sido desenvolvido algum tipo de projeto sobre o tema em
questão e nunca trabalharam em sala de aula de maneira específica. As causas
mais prováveis para a divergência é que a escola atende crianças de várias zonas
rurais e essas são oriundas de escola diferentes, podendo os alunos terem citado
projetos dessas outras escola pelas quais já passaram.
5.3 Palestra em educação para a saúde como ferramenta pedagógica na intervenção do aprendizado dos alunos
A fim de contribuir com a ampliação do conhecimento acerca das
zoonoses, foi realizada uma palestra logo após a análise dos questionários com a
finalidade de divulgar as formas de prevenção, tratamento e transmissão das
zoonoses causadas por animais de companhia.
No decorrer da palestra os alunos fizeram muitos questionamentos sobre
as doenças e se surpreendiam, ao perceber que seus conhecimentos acerca das
zoonoses fugiam do real significado do termo. Eles manifestaram muito entusiasmo
e curiosidade sobre assunto principalmente quando foram mostradas as imagens
onde apareciam pessoas e animais vítimas das zoonoses, essa exposição de
imagens facilitou a compreensão dos alunos sobre o assunto.
De acordo com Filho e Silva (2004), os resultados obtidos com o Projeto
Palestras nas Escolas Municipais para alunos do Ensino Fundamental da 5ª a 8ª
série vêm mostrando os seus frutos através do crescimento pessoal de cada aluno
que assistiu à palestra, com um estímulo para que cada um se torne um
multiplicador dos temas abordados. Percebemos o entendimento dos alunos através
das discussões promovidas durante a exposição da palestra dentro da sala de aula.
Instigamos a participação dos alunos para facilitar o entendimento dos temas
abordados.
29
Entende-se assim que a palestra se torna uma ferramenta essencial no
aprendizado dos alunos, uma vez que, é uma forma de disseminar o conhecimento
de forma dinâmica e de fácil fixação pelos alunos que adquirem de maneira mais
integra e precisa o conhecimento a partir do conteúdo explicado, baseando-se em
trabalhos de outros autores que já discutiram a temática em questão.
30
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho mostrou que há uma grande diferença entre alunos
conhecedores das zoonoses e alunos que não reconhecem esse termo. Portanto a
maioria dos alunos mostrou possuir um conhecimento empírico em relação às
zoonoses, especialmente os nomes populares de cada doença, e que adquiriram tal
conhecimento em suas casas, com familiares e vizinhos especialmente quando
houve alguma ocorrência de zoonoses com seus animais de estimação. A minoria
afirmou que tem um conhecimento cientifico sobre essas enfermidades, mostrando
ter obtido esse saber em campanhas de ESF na escola ou até mesmo no Centro de
Zoonoses do município, sendo conhecedores do real nome da patologia, seus
sintomas, tratamento e principalmente a prevenção para evitar essas doenças.
É preocupante a situação da falta de conhecimento seja ele, empírico ou
cientifico, uma vez que eles possuem em suas casas um considerável numero de
animais de estimação, onde os mesmo encontram-se em contato direto com esses,
sem conhecer os riscos a que estão expostos.
Diante disso percebeu-se que há uma grande deficiência de
disseminação de informações sobre as zoonoses e que são de extrema importância,
pois contribui para uma melhor qualidade de vida. Portanto é necessário investir em
projetos na escola que envolva tanto os alunos quanto os pais e posteriormente a
comunidade para que a incidência de zoonoses no município de Iguatu seja
diminuída.
31
REFERÊNCIAS
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35
APÊNDICE A - TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DA
PESQUISA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ORIENTADORA: PROFª ESP. MAYLE ALVES BEZERRA PESQUISADORA: MARIA LÍVIA GUEDES CÂNDIDO
Eu, Maria Lívia Guedes Cândido, estou realizando um estudo com o
intuito de ampliar o conhecimento acerca das zoonoses. Essa pesquisa investigará
sobre o conhecimento de tais doenças, especificamente as causadas por animais de
estimação, em alunos do 7º ano, turmas “A” e “B” da Escola de Ensino Fundamental
João Rocha Fialho, situada na Vila Gadelha em Iguatu-CE. O presente trabalho tem
como finalidade coletar a informações mencionadas acima, bem como discutir os
resultados.
Desse modo, solicitamos por meio deste, a autorização para a realização
da pesquisa anônima, intitulada: “Análise do Conhecimento dos Alunos da
Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho no Município de Iguatu-
Ceará Sobre a Transmissão de Doenças Através de Animais de Companhia” à
Direção Geral da Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho localizada na
Rua Geraldo Maia, s/n, Vila Gadelha, Iguatu-CE.
Eu, __________________________________________________ RG n°
______________________________ ciente das informações recebidas, concordo
com a coleta de dados da pesquisa intitulada: “Análise do Conhecimento dos
Alunos da Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho no Município de
Iguatu-Ceará Sobre a Transmissão de Doenças Através de Animais de
Companhia” que será realizada sob responsabilidade de Maria Lívia Guedes
Cândido, graduanda do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação,
Ciências e Letras de Iguatu – FECLI, sob orientação da Pof.ª Esp. Mayle Alves
Bezerra.
36
Estou ciente também de que os resultados encontrados no estudo serão
usados apenas para fins científicos. Fui informada de que a instituição não terá
nenhum tipo de despesa ou gratificação pela referida participação nesta pesquisa.
Tendo exposto, concordo voluntariamente em autorizar a execução da
pesquisa na Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho.
_______________________________________
Direção Geral da Escola de Ensino Fundamental
João Rocha Fialho
_______________________________________
Maria Lívia Guedes Cândido
37
APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ORIENTADORA: PROFª ESP. MAYLE ALVES BEZERRA PESQUISADORA: MARIA LÍVIA GUEDES CÂNDIDO
Caro(a) Sr(a):
Eu, Maria Lívia Guedes Cândido, sou concludente do Curso de
Graduação em Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de
Iguatu, pela Universidade Estadual do Ceará e estou desenvolvendo um estudo sob
orientação da Prof.ª Esp. Mayle Alves Bezerra, que busca investigar o conhecimento
dos alunos da Escola de Ensino Fundamental João Rocha Fialho, na Vila Gadelha,
situada em Iguatu-Ceará sobre a transmissão de doenças através de animais de
companhia por meio da aplicação de um questionário aos alunos regularmente
matriculados no 7º ano desta instituição de ensino.
Assim, solicito sua autorização para que seu filho possa participar dessa
pesquisa, que tem como título: “Análise do Conhecimento dos Alunos da Escola
de Ensino Fundamental João Rocha Fialho no Município de Iguatu-Ceará
Sobre a Transmissão de Doenças Através de Animais de Companhia”. Sua
autorização será muito importante para a elaboração desse estudo, pois se espera
com ele, contribuir para a disseminação de conhecimentos para toda a comunidade
acadêmica e setor da saúde pública.
Mas para isso, preciso de sua autorização para aplicar o questionário que
não constará de identificação do nome do aluno e que terá interrogações a respeito
do conhecimento dos alunos sobre as zoonoses causadas por animais de
estimação. Desde já, dou-lhe a garantia de que as informações que estou colhendo
serão apenas para a realização do meu trabalho e, também, lhe asseguro que a
qualquer momento terá acesso às informações sobre o estudo, inclusive para
38
resolver dúvidas que possam ocorrer. O aluno tem o direito de aceitar ou não a
participar do estudo, bem como deixar de participar do mesmo a qualquer momento,
não vindo a sua desistência acarretar qualquer prejuízo no seu direito a receber
assistência nessa instituição.
Ainda informo-lhe que os dados serão apresentados ao Curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras
de Iguatu da Universidade Estadual do Ceará, FECLI/UECE, podendo ser utilizado
também em eventos científicos, sendo mantida em sigilo a identidade do
participante.
Caso precise entrar em contato comigo, informo-lhe que meu telefone é
(88) 9292-6298.
CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIMENTO
Tendo sido satisfatoriamente informado pela pesquisadora e ter entendido
o que me foi explicado, concordo em permitir a participação do aluno, cujo nome
está citado logo abaixo.
Iguatu,_______ de_________2012.
________________________________
Nome do Aluno
_______________________________
Assinatura do Responsável
_______________________________
Assinatura da Pesquisadora
39
APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ORIENTADORA: PROFª ESP. MAYLE ALVES BEZERRA PESQUISADORA: MARIA LÍVIA GUEDES CÂNDIDO
TEMA: Análise do Conhecimento dos Alunos da Escola de Ensino
Fundamental João Rocha Fialho no Município de Iguatu - Ceará Sobre a
Transmissão de Doenças Através de Animais de Companhia.
Este questionário tem por finalidade a obtenção de respostas objetivas
para diagnóstico do conhecimento dos alunos do 7º ano, turmas “A” e “B”, da Escola
de Ensino Fundamental João Rocha Fialho, localizada na Vila Gadelha em Iguatu-
CE, acerca das zoonoses causadas por animais de estimação.
1. Informações Pessoais:
Idade _________
Sexo__________
Turma_________
2. Qual(is) animal(is) você considera de estimação?
( ) Gato
( ) Cachorro
( ) Papagaio
( ) Pássaros
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( ) Todos citados anteriormente
( ) Alguns que não foram citados (outros)
3. Em sua casa existe algum tipo de animal de estimação?
( ) sim ( ) não
3.1 Se sim, informe quantos animais de estimação você tem em sua
residência.
_______________ animais de estimação
4. Qual(is) animal(is) de estimação você tem em casa?
( ) Gato
( ) Cachorro
( ) Passarinhos
( ) Papagaio
( ) Periquito
( ) Coelho
( ) Todos citados anteriormente e outros
( ) Não foram citados
4.1 Caso tenha outros animais que considere de estimação, cite-os
abaixo.
5. Com que frequência tem contato com animais de estimação?
( ) Todos os dias
( ) Três vezes por semana
( ) Menos de três vezes por semana
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( ) A cada quinze dias
( ) Tem contato em intervalo de tempo maior do que quinze dias
( ) Não tem contato com animal de estimação
6. Em sua casa, já houve ocorrência de animal(is) doente(s)?
( ) sim ( ) não
6.1. Se sim, informe quantas vezes tiveram esta ocorrência.
( ) Uma vez
( ) Duas vezes
( ) Três vezes
( ) Mais de três vezes
6.2 Você sabe qual foi o tipo (nome) da doença?
( ) Sim.
( ) Sim. Mas não lembro
( ) Não sei o nome
6.3 Se sim, cite o nome da doença e onde adquiriu o conhecimento
sobre o nome desta doença.
_______________________________________________________________
7. Você conhece pessoas que contraíram doenças causadas por animais de
estimação, mas que não sejam seus familiares?
( ) Sim ( ) Não
7.1 Se sim, informe quantas pessoas você conhece que já contraíram
essas doenças?
( ) Sim, duas pessoas
42
( ) Sim, mais de duas pessoas
8. Você sabe o que são zoonoses?
( ) Sim
( ) Não,nunca ouvi falar
( ) Já ouvi falar, mas não sei o que é ao certo
8.1 Se sim, informe onde adquiriu esta informação.
_________________________________________________________________
9. Você conhece algum tipo de doença causada por animais de estimação?
( ) Sim, conheço alguns tipos
( ) Sim, conheço o nome e sintomas das doenças
( ) Não, nunca ouvi falar
10. Como você foi informado sobre essas doenças?
( ) Escola
( ) Televisão
( ) Rádio
( ) Internet
( ) Panfletos
11. Você já foi informado sobre os riscos de transmissão, as formas de prevenção e
o tratamento de doenças causadas por animais de estimação?
( ) Sim,em sala de aula
( ) Sim,em casa
( ) Sim, em palestras ou projetos na escola
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( ) Sim, em campanhas no Posto de Saúde
( ) Não, em nenhum local
12. Na sua escola há algum projeto sobre doenças causadas por animais de
estimação?
( ) Sim ( ) Não
13. Você conhece o trabalho do Centro de Controle de Zoonoses?
( ) Sim ( ) Não
13.1 Se sim, informe como teve conhecimento sobre o Centro de Controle
de Zoonoses e qual a função deste órgão público.
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APÊNDICE D - FOTOS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ORIENTADORA: PROFª ESP. MAYLE BEZERRA PESQUISADORA: MARIA LÍVIA GUEDES CÂNDIDO
TEMA: Análise do Conhecimento dos Alunos da Escola de Ensino
Fundamental João Rocha Fialho no Município de Iguatu - Ceará Sobre a
Transmissão de Doenças Através de Animais de Companhia.
1. Assinatura da autorização para o desenvolvimento da pesquisa
Foto: Luciana Alves de Carvalho
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2. Palestra
Foto: Elisângela Alves Trajano