amanda economiabrasileira modulo5 002 o plano real parte 1
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7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1
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O Plano Real Parte 1
AULA 01
Parte IV Gremaud, 2
A estabilizao dos anos 90
Anos 90 - Estabilizao reduo significativa das taxas de inflao
Mas problemas e vulnerabilidades persistem:
Crescimento econmico comprometido Aumento das taxas de desemprego
Vulnerabilidade externa
Dvida pblica com trajetria ascendente
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Parte IV Gremaud, 3
Pressupostos do Plano Real Inflao: carter inercial aproxima-se da
proposta Larida (reforma monetria) Cuidado com erros anteriores:
Adoo gradualista ; no congelamento massubstituio natural da moeda
Problemas com dficit pblico, exploso do
crescimento, crises externas Contexto diferente:
Existncia de reservas, ambiente competitivo (aberturacomercial), possibilidade de financiamento externo
Parte IV Gremaud, 4
O Plano Real Plano Real: 3 fases:
a) Ajuste fiscal prvio Corte de despesas (PAI), aumento de impostos (IPMF),
diminuio de transferncias (FSE)
b) Indexao completa da economia URV URV unidade de conta com paridade fixa com o dlar
converso dos preos e rendimentos Sistema bi-monetrio, tentativa de simular efeitos deuma hiperinflao em um moeda sem prejudicar a outrae alcanar sincronia de preos
c) Reforma monetria Real Quando preos urvizados troca URV por Real
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Parte IV Gremaud, 5
Plano Real: aspectos ortodoxos Plano Real em si preocupao com aspectos
tendenciais da inflao. Necessrio impedir que novos choques se
transformem em processos inflacionrios: Sinalizao de preocupao com controle de DA Metas (ancoras) monetrias no cumpridas
Manuteno de juros elevados e entrada de recursos Ancora cambial e abertura comercial
Na verdade existe um super ancora cambial pois entradade recursos externos fez com houvesse uma valorizaocambial principal aspecto na estabilizao ps Real
Parte IV Gremaud, 6
Impactos do Plano Real Queda rpida da inflao
Mais lento que Cruzado
Valorizao cambial (real e nominal), entrada de recursosexternos e abertura comercial camisa de fora para preos
Bens tradeables x no tradeables trajetrias diferentes
Crescimento da demanda: Consumo e Investimento Aumento do poder aquisitivo fim do imposto inflacionrio Recomposio dos mecanismos de crdito
Demanda reprimida
Aumento do horizonte de previso
Iluso monetria
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Parte IV Gremaud, 7
Inflao Mensal (%)
-20,00
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997
Cruzado
Bresser
Vero
Collor 1
Color 2
Real
IGP-DI mensal de Jan/85 Abril/97
Parte IV Gremaud, 8
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Parte IV Gremaud, 9
Parte IV Gremaud, 10
Taxa de crescimento real do PIB (1980 - 1995)
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
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Parte IV Gremaud, 11
Problemas com o Plano Real: aquesto externa
Combinao apreciao cambial, abertura edemanda aquecida - aparecimento de dficitscomerciais
Financiamento com queima de reservas e/ouentrada de recursos (endividamento externo)
Brasil dois problemas: Pauta de importao: excesso de bens de consumo
dificuldade com capacidade futura de pagamento dadvida
Entrada de capital de curto prazo
Parte IV Gremaud, 12
Quadro 18.2 - Exportaes e Importaes, em US$ Mi lhes Acumuladosltimos 12 meses, Jan/94 a Dez/06
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
jan/94
jul/94
jan/95
jul/95
jan/96
jul/96
jan/97
jul/97
jan/98
jul/98
jan/99
jul/99
jan/00
jul/00
jan/01
jul/01
jan/02
jul/02
jan/03
jul/03
jan/04
jul/04
jan/05
jul/05
jan/06
jul/06
Exportaes Importaes
Fonte: Banco Central do Brasil
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Parte IV Gremaud, 13
Tabela 18.2 Balano d e Pagamentos Brasil - Itens Selecionados : 1990-1998 (US$ milhes)
Discriminao 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998
Balana Comerc ial 10.752 10.580 15.239 13.299 10.466 -3.466 -5.599 -6.753 -6.575
Exportaes 31.414 31.620 35.793 38.555 43.545 46.506 47.747 5 2.994 51.140
Im portaes 20.661 21.040 20.554 2 5.256 33.079 4 9.972 53.346 5 9.747 57.714
Balana de Servios e Rendas -15.369 -13.543 -11.336 -15.577 -14.692 -18.541 -20.350 -25.522 -28.299
Servios -3.596 -3.800 -3.184 -5.246 -5.657 -7.483 -8.681 -10.646 -10.111
Rendas -11.773 -9.743 -8.152 -10.331 -9.035 -11.058 -11.668 -14.876 -18.189
Saldo em TransaesCorrentes -3.784 -1.407 6.109 -676 -1.811 -18.384 -23.502 -30.452 -33.416
Conta Capi tal e Financeira 4.592 163 9.947 10.495 8.692 29.095 33.968 25.800 29.702
Investimentos Diretos 364 87 1.924 799 1.460 3.309 11.261 17.877 2 6.002Investimentos em Cartei ra 472 3.808 14.465 12.325 50.642 9.217 21.619 12.616 18.125
Derivativos 1,8 2,7 2,5 5,3 -27,4 17,5 -38,3 -252,6 -459,8
Outros inves timentos 3.753 -3.735 -6.482 -2.717 -43.557 16.200 673 -4.833 -14.285
Resultado do BP 481 -369 14.670 8.709 7.215 12.919 8.666 -7.907 -7.970
Reservas Internacionais 9.973 9.406 23.754 32.211 38.806 51.840 60.110 52.173 44.556
Fonte: Banco Central
Parte IV Gremaud, 14
Tabela 18.3
Importaes Por tens Selecionados, 1992 a 2000
(US$ milhes)
Itens 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Total 20.554 25.256 33.079 49.972 53.346 59.747 57.714 49.210 55.783
Bens de Consumo 2.450 3.020 4.658 8.631 9.010 9.241 8.826 6.283 7.442
Matrias-prim as 7.628 9.469 11.662 16.738 17.916 18.978 19.310 16.960 28.432
Petrleo 4.141 4.398 4.069 4.712 6.142 6.021 4.314 4.817 6.358
Bens de Capital 6.335 8.369 12.690 19.891 20.277 25.600 25.283 21.205 13.605
Material de Transporte 1.283 2.103 3.396 5.935 4.499 6.389 6.793 4.651 4.926
Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil,Abril/2001
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O Plano Real Parte 2
AULA 02
Parte IV Gremaud, 16
A Crise do Mxico Situao arriscada e insustentvel no longo prazo:
depois das eleies primeiras tentativas de controle da DA
Estanca-se a apreciao cambial e controle de entradade capitais
Crise do Mxico: fim da 1 fase do Plano Real Desvalorizao tmida e gradativa (risco inflacionrio)
Controle de demanda agregada: restries monetrias e creditcias,
Elevao da taxa de juros
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Parte IV Gremaud, 17
O Plano Real ps crise do Mxico (1) Nova fase principal instrumento:
poltica monetria Conter DA e evitar dficits comerciais expressivos
Administrao da taxa de juros: conter atividade epromover ingresso de capital
Efeitos: retrao da atividade econmica Inadimplncia e crise financeira
Crise financeira combatida com Proer e Proes
Parte IV Gremaud, 18
O Plano Real ps crise do Mxico (2)
Juros altos e entrada de recurso mas com novalorizao cambial ampliao de reservas
Para evitar impacto monetrio esterilizao:ampliao da dvida pblica interna, dado que nose conseguia obter supervits fiscais
A partir de ento define-se uma trajetria destopand go em que os condicionantes externos do oritmo da economia brasileira:crise externa aumento dos juros contrao econmicaalvio externo diminuio dos juros - crescimento
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Parte IV Gremaud, 19
Reservas Internacionais, em US$ milhes, Jan/93 a Fev/00
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
Jan/93
Mai/93
Set/93
Jan/94
Mai/94
Set/94
Jan/95
Mai/95
Set/95
Jan/96
Mai/96
Set/96
Jan/97
Mai/97
Set/97
Jan/98
Mai/98
Set/98
Jan/99
Mai/99
Set/99
Jan/00
Mxico sia Rssia
Parte IV Gremaud, 20
Taxa de Juros (Over/Selic), % a.a.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Ago
/94
Out/94
Dez/94
Fev/95
Abr/9
5
Jun/95
Ago/95
Out/95
Dez/95
Fev/96
Abr/9
6
Jun/96
Ago/96
Out/96
Dez/96
Fev/97
Abr/97
Jun/97
Ago/97
Out/97
Dez/97
Fev/98
Abr
/98
Jun/98
Ago
/98
Out/98
Dez/98
Fev/99
Abr/9
9
Jun/99
Ago
/99
Out/99
Dez/99
Fev/00
Mxico
sia Rssia
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Parte IV Gremaud, 21
Problemas O Desequilbrio Fiscal
Deteriorao da Situao Fiscal a partir de 1995: - Reduo do Supervit Primrio, apesar do aumento da
carga tributria, com forte elevao das despesasprimrias (destaque para a previdncia)
- Forte Elevao da Dvida Pblica ao longo do
primeiro mandato de FHC - Fatores: reduo do supervit primrio, passivos
contingentes (esqueletos, crise financeira, etc), elevadosgastos com juros (piora apesar da carga tributria e dosrecursos da privatizao)
Parte IV Gremaud, 22
Indicadores Econmicos Brasil: 1993/1999
Varivel 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Tx. de Cresc do PIB - %a.a. 4,9 5,9 4,2 2,7 3,3 0,2 0,8
Tx. de Desempr Aberto (IBGE) 5,3 5,1 4,6 5,4 5,7 7,6 7,6
INPC IBGE 2.489,0 929,0 22,0 9,1 4,3 2,5 8,4
NFSP Operacional (%PIB) -0,3 -1,3 4,9 3,8 4,3 7,5 3,2
NFSP Primrio (%PIB) -2,7 -5,1 -0,4 0,1 1,0 0,0 -3,1
Dvida Interna Lq/PIB (dez) 21,8 23,0 25,5 29,4 30,2 37,1 39,0
Div. Externa Liq/PIB (dez) 16,8 8,6 5,7 3,9 4,3 6,6 10,4
Dvida Total/PIB (dez) 38,6 31,6 31,2 33,3 34,5 43,7 49,4
Fonte: Banco Central
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Parte IV Gremaud, 23
Da crise asitica desvalorizaobrasileira
Crise asitica: Aumento dos juros e recomposio das reservas
Pacote fiscal no cumprido
Crise Russa: Tambm elevao juros e pacote fiscal, mas reservas
no se recuperam
Dificuldades no Brasil Elevao dos spreads
Sustentao cambial difcil desvalorizao eminente
Parte IV Gremaud, 24
A mudana cambial
Depois da crise russa desvalorizao eminente: duasressalvas para ela ocorrer: Calendrio eleitoral (reeleio FHC)
Exposio do setor privado desvalorizao cambial (setorprivado com passivos em moeda externa)
2 semestre 1998 preparao para desvalorizao Pacote com o FMI Governo assume risco cambial (d hedge para setor privado:
mercado futuro e vista de dlar, dvida pblica interna comclausula cambial) socializao dos prejuzos
Janeiro 1999 cambio flutuante e desvalorizao
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Parte IV Gremaud, 25
Quadro 18.5 - Dvida Externa Total, Setor Pblico e Setor Privado, US$milhes, 1994/05
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Total da Dvida Externa Setor Pblico Setor Privado
Fonte: Banco Central do Brasil
Parte IV Gremaud, 26
Quadro 18.6 - ndice de Correo Ttulos Pblicos Federais, por Indexador, Jan/95 a Fev/01
0%
20%
40%
60%
80%
100%
jan/95
abr/95
jul/95
out/95
jan/96
abr/96
jul/96
out/96
jan/97
abr/97
jul/97
out/97
jan/98
abr/98
jul/98
out/98
jan/99
abr/99
jul/99
out/99
jan/00
abr/00
jul/00
out/00
jan/01
Prefixado Cmbio Over/Sel ic Outros
Fonte: Banco Central do Brasil
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Parte IV Gremaud, 27
Conseqncias da mudana cambial Desvalorizao- riscos :
volta da inflao - Mxico
contrao econmica sia
Brasil adota sistema de metas inflacionrias. Inflao pequena elevao no curto prazo mas no permanente
No grande contrao como sia no grande efeito patrimonial da desvalorizao
Existe alguma substituio de importaes, recuperao do crescimento reprimido por manuteno de juros elevados
Desvalorizao permite queda da taxa de juros mas inferior aoimaginado, juros mantidos altos em funo das dificuldadesexternas e da inflao
Parte IV Gremaud, 28
Ainda as consequncias dadesvalorizao cambial
Setor comercial externo recuperao lenta, maior sensibilidade no curto prazo ao crescimento econmico Tambm problemas com termos de troca Dificuldade em se recompor mecanismos exportadores
Problema nas Finanas Pblicas Efeitos patrimoniais da desvalorizao suportada por Governo
ampliao do endividamento pblico Para evitar exploso da dvida pblica necessrio gerao de
supervits fiscais primrios, tambm para compensarpagamentos de juros
expressivo aumento da carga tributria federal nocompartilhada e implementao da LRF
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O Plano Real
Exerccios
AULA 03
Questo de Concurso
(Petrobrs, Economista Pleno, 2005) O Plano Realconstituiu-se na experincia brasileira de ncoracambial. Entre as medidas fiscais inicialmenteadotadas, destacam-se:
(A) implementao do Plano de Ao Imediata (PAI),criao do Imposto Provisrio sobre MovimentaoFinanceira (IPMF) e do Fundo Social de Emergncia(FSE).
(B) implementao da Unidade Real de Valor (URV),criao do Imposto de Renda e do Fundo Social deEmergncia (FSE).
Parte III Gremaud, 30
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(C) implementao do Plano de Ao Imediata(PAI), do Fundo Social de Emergncia (FSE) eelevao dos gastos obrigatrios com educaoe habitaes.
(D) implementao da Unidade Real de Valor
(URV), fixao da taxa de cmbio em1R$/US$ e reduo das tarifas alfandegrias.(E) valorizao da taxa cambial, criao de
mecanismos modernos de arrecadao eprivatizao da previdncia.
Parte III Gremaud, 31
Questo de Concurso
(EPE, Analista Economia de Energia, 2007) Implementadodurante e aps 1994, o Plano Real de estabilizao daeconomia brasileira:
(A) congelou a taxa de cmbio R$/US$.(B) provocou profunda recesso na economia brasileira, paracombater a inflao.(C) provocou forte fuga de capital financeiro do Brasil.(D) criou transitoriamente uma nova unidade de valor no Brasil, a
URV.(E) levou a uma desvalorizao cambial imediata da nova moeda
nacional, o Real.
Parte III Gremaud, 32
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Questo de Concurso
(Petrobrs, Economista Junior, 2005) O Plano Real de 1994, nogoverno Itamar Franco, obteve um rpido xito naestabilizao dos preos, na economia brasileira.
Sua fundamentao se associou (ao):
(A) adoo de um modelo de ncora cambial, sem regime decmbio fixo.
(B) aplicao de um regime de conversibilidade plena do real aodlar.(C) reduo de juros reais e valorizao cambial.(D) congelamento de preos e medidas de conteno de gastos
pblicos.(E) estabelecimento das bases de uma caixa de converso.
Parte III Gremaud, 33
Questo de Concurso
(Termorio, Economista Junior, 2009) O Fundo Social de Emergncia(FSE), aprovado em fevereiro de 1994, tinha como objetivo
(A) reduziro dficit comercial do balano de pagamentosbrasileiro.(B) redistribuir renda para as classes sociais de menor poder aquisitivo.(C) aumentaros repasses de recursos para todos os estados e municpios.
(D) prover fundos para um aumento substancial do salrio dofuncionalismofederal.
(E) desvincular algumas receitas do governo federal da rigidez de gastosimposta pela nova Constituio.
Parte III Gremaud, 34
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Questo de Concurso
(IBGE, Anlise Socioeconmica, 2010) Alm do controle dascontas pblicas, para evitar os excessos de demandaagregada, o Plano Real procurou zerar a memriainflacionria, o que significa dizer que
(A) reduziu a correo monetria das taxas de juros nominais.(B) congelou a taxa de cmbio em relao ao dlar.
(C) aumentou a oferta agregada, incentivando as exportaes.(D) adotou um congelamento amplo dos preos e dos salrios.(E) adotou como meio de conta uma quase moeda cujo valor
variava diariamente em relao ao Cruzeiro Real.
Parte III Gremaud, 35
Questo de Concurso
(Petrobrs, Economista Junior, 2008) Na dcada de 1990, a partir de1994, o Brasil foi bastante afetado por trs crises no mercadofinanceiro internacional: a do Mxico, em 1994/95, a Asitica(Tailndia, Coria do Sul, Indonsia e Malsia), em 1997, e a daRssia, em 1998. Porque o pas, nesta ocasio, estava vulnervel scrises externas?
(A) A dvida social impedia o governo de reduzir o dficitpblico.(B) O setor financeiro domstico estava vulnervel em termos de
ativospodres.(C) O processo de democratizao no havia ocorrido.(D) O Brasil adotava um regime cambial rgido e tinha dficits vultosos
em conta corrente.(E) O pas exportava apenas produtos de baixo valor agregado.
Parte III Gremaud, 36
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Questo de Concurso
(TJ ES, Analista Judicirio 2, Economia, 2010,CESPE) No final de 1993, comeou a serimplementado o Plano Real, que obteve xito emcontrolar o grave processo inflacionrio pelo qualpassava o Brasil. No que concerne ao Plano Real,
julgue os itens subsequentes.
Diferentemente de planos anteriores, o Plano Real noreconheceu a existncia de inflao inercial no Brasil.
Questo de Concurso
(TJ ES, Analista Judicirio 2, Economia, 2010, CESPE) Nofinal de 1993, comeou a ser implementado o Plano Real,que obteve xito em controlar o grave processo inflacionriopelo qual passava o Brasil. No que concerne ao Plano Real,julgue os itens subsequentes.
As ncoras cambial e monetria, que foram instrumentosalternativos de controle inflacionrio, responderam a problemasoperacionais na unidade real de valor (URP).
O Plano Real comeou a ser implementado no primeiro ano dogoverno de Fernando Henrique Cardoso.
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O segundo mandato de FHC
AULA 04
Parte IV Gremaud, 40
FHC 2 Mandato
Novo regime macroeconmico; trip: - taxa de cmbio flutuante
- metas de inflao
-supervit primrio
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Parte IV Gremaud, 41
Metas de Inflao
Poltica Monetria voltada para alcanar umadeterminada meta de inflao. Taxa de Juros passaa ser instrumento voltado para o controleinflacionrio Regra de Taylor aps orompimento da ncora cambial.
Inflao acima da meta eleva-se a taxa de juros; Inflao abaixo da meta reduz-se a taxa de juros; Autonomia Operacional do Bacen para buscar a
meta de inflao.
Parte IV Gremaud, 42
Desempenho da Inflao
Aps a desvalorizao verifica-se uma elevao dainflao, que logo se retrai.
Maiores elevaes nos bens transacionveis (aocontrrio da primeira fase do Plano Real I FHC)e nos chamados preos administrados.`Preoslivres que acabam segurando a inflao. No IIFHC cumpriu-se as metas nos dois primeiros anose descumpriu-se nos dois ltimos anos (em funode choques cambiais)
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Parte IV Gremaud, 43
Tabela 18.5 - ndices de preos - Variaes percentuais
Perodo IGP - DI IPA - DI IPC - BRASIL INPC IPCA IPC - FIPE
1999 19,98 28,90 9,12 8,43 8,94 8,64
2000 9,81 12,06 6,21 5,27 5,97 4,38
2001 10,40 11,87 7,94 9,44 7,67 7,13
2002 26,41 35,41 12,18 14,74 12,53 9,92
2003 7,67 6,26 8,93 10,38 9,30 8,17
2004 12,14 14,67 6,27 6,13 7,60 6,56
2005 1,22 -0,97 4,93 5,05 5,69 4,52
2006 3,34 3,51 2,22 2,71 3,26 1,66
Fonte: Boletim do Banco Central, Dez. 2006
Parte IV Gremaud, 44
Supervit Primrio e DesempenhoFiscal
Elevados supervits primrios, obtidos em funo da elevao dacarga tributria, destacando-se o crescimento das contribuies(COFINS, CPMF, PIS, etc) que refletem a deteriorao daqualidade do sistema tributrio; e elevao do ICMS em funodo efeito da desvalorizao sobre o preo de combustveis,energia e telecomunicaes;
Persistncia do crescimento das despesas (gastos vinculados);retrao dos investimentos pblicos;
Dvida pblica, estabilizada em 1999 e 2000; crescendo nos doisanos seguintes devido a efeitos patrimoniais da variao cambiale do comportamento da SELIC (composio da dvida).
Mudanas relevantes: Lei de Responsabilidade Fiscal, reformaprevidenciria (1198) e renegociao de dvidas estaduais.
-
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Parte IV Gremaud, 45
-6
-4
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2
4
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1986
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1990
1991
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1993
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1995
1996
1997
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2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Juros reais Operacional Primrio
Quadro 18.7 Necessidade de f inan ciamen to do setor pblic o: 1985-2006
Fonte: Ipeadata
Parte IV Gremaud, 46
Carga Tributria / PIB
Fonte: www.ibpt.org.br
Ano Carga tributria/PIB
1998 29,33
1999 31,64
2000 32,842001 33,68
2002 35,84
2003 35,54
2004 36,80
2005 37,82
2006 38,80
http://www.ibpt.org.br/http://www.ibpt.org.br/ -
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1991
01
1991
09
1992
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1993
01
1993
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1995
01
1995
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1997
01
1997
09
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1999
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2000
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2001
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2003
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2004
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2005
01
2005
09
2006
05
Quadro 18.8 Dvida lqu id a do seto r pbl ic o/P IB
Fonte: Ipeadata
Parte IV Gremaud, 48
Desempenho Externo
Reverso da tendncia de deteriorao do saldocomercial e do saldo em transaes correntes em1999 - reduo do dficit comercial em US$ 5 bi edo saldo em TC em US$ 8 bi.
Forte retrao das importaes e fracodesempenho das exportaes em 1999.
Recuperao lenta das exportaes a partir de2000.
Saldo comercial volta a ser superavitrio em 2001,tendo uma forte elevao em 2002.
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25
Parte IV Gremaud, 49
Tabela 18.7 BP Brasi l : 1998-2002 (US$ m ilhes)
Discriminao 1998 1999 2000 2001 2002
Balana Comercial -6.575 -1.199 -698 2.650 13.121
Exportaes 51.140 48.011 55.086 58.223 60.362
Importaes 57.714 49.210 55.783 55.572 47.240
Balana de Servios e Rendas -28.299 -25.825 -25.048 -27.503 -23.148
Servios -10.111 -6.977 -7.162 -7.759 -4.957
Rendas -18.189 -18.848 -17.886 -19.743 -18.191
Saldo em Transaes Correntes -33.416 -25.335 -24.225 -23.215 -7.637
Conta Capital e Financeira 29.702 17.319 19.326 27.052 8.004
Investimentos Diretos 26.002 26.888 30.498 24.715 14.108Investimentos em Carteira 18.125 3.802 6.955 77 -5.119
Derivativos -459,8 -88,1 -197,4 -471,0 -356,2
Outros investimentos -14.285 -13.620 -18.202 2.767 -1.062
Resultado do BP -7.970 -7.822 -2.262 3.307 302
Reservas Internacionais 44.556 36.342 33.011 35.866 37.823
Fonte: Banco Central
Parte IV Gremaud, 50
Tabela 18.9 - Setor externo,servios e renda de capital: 1992 - 2005
(US$ milhes)
AnoServios Renda de Capital
Viagens Intern. Transportes Lucros e Dividendos Juros Lquidos
1992 -319 -1.359 -574 -7.253
1993 -799 -2.090 -1.831 -8.280
1994 -1.181 -2.441 -2.483 -6.338
1995 -2.419 -3.200 -2.590 -8.158
1996 -3.598 -2.717 -2.830 -8.778
1997 -4.377 -3.162 -5.443 -9.483
1998 -4.146 -3.261 -6.855 -11.437
1999 -1.457 -3.071 -4.115 -14.876
2000 -2.084 -2.896 -3.316 -14.649
2001 -1.468 -2.956 -4.961 -14.877
2002 -398 -1.959 -5.162 -13.130
2003 218 -1.590 -5.640 -13.020
2004 351 -1.986 -7.338 -13.364
2005 -858 -1.788 -12.686 -13.496
Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil, diversos.
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26
Parte IV Gremaud, 51
Atividade Econmica Expectativa: com a mudana cambial a expectativa era de uma
melhora da situao externa e a possibilidade de uma maiorqueda da taxa de juros levando ao crescimento do investimento,consumo e maior crescimento econmico, mas:
Crescimento mdio no II FHC: 2,1%a.a., abaixo do I FHC. 1999 fraco desempenho decorrente do processo de
estabilizao; 2000 maior taxa de crescimento 4,36%
2001 Crise energtica, crise argentina e ataques terroristas queda da taxa de crescimento
2002 crise cambial (eleitoral) e baixo crescimento Em termos setoriais, destaca-se o bom desempenho agrcola e o
fraco desempenho da indstria.
Parte IV Gremaud, 52
Tabela 18.10
PIB - Taxa de Crescimento
Perodo 1998 1999 2000 2001 2002
PIB 0,13 0,79 4,36 1,31 1,93
PIB - Agropecuria 1,27 8,33 2,15 5,76 5,54
PIB - Indstria 0,00 -2,22 4,36 2,15 4,81
PIB - Servios 0,91 2,01 3,80 1,75 1,61
Consumo final -0,05 0,27 3,24 0,63 0,05
Formao Bruta de Capital -0,62 -7,58 9,98 -1,14 -4,27
Importaes -0,28 -15,45 11,63 1,21 -12,30
Exportaes 3,71 9,25 10,59 11,24 7,90
Fonte: IBGE
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O segundo mandato de FHC
Exerccios
AULA 05
Questo de Concurso
(EPE, Analista Economia de Energia, 2007) Para orientar aao estabilizadora do Banco Central do Brasil, o governobrasileiro adotou um sistema de metas inflacionrias que:
(A) exige a obteno de uma nica e determinada taxa de inflao.(B) causador do superavit comercial do balano de pagamentos
brasileiro.(C) influencia e ordena as expectativas de inflao dos agentes
econmicos.(D) depende da receita oramentria do setor pblico.(E) determina o regime cambial escolhido para o Brasil.
Parte IV Gremaud, 54
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28
Questo de Concurso
(Petrobrs, Economista Junior, 2005) A crise cambial brasileira dejaneiro de 1999 determinou o fim do modelo de estabilizaoinflacionria do Plano Real. Em relao poltica monetria, amodificao realizada foi o(a):
(A) controle sistemtico do crdito domstico lquido determinado peloacordo firmado com o Fundo Monetrio Internacional.
(B) adoo de um regime de metas monetrias a partir do controle dos
meios de pagamentos.(C) expanso da oferta de ttulos cambiais com objetivo de garantir a
estabilizao da taxa de cmbio.(D) implementao do modelo de metas de inflao acordado com o
Fundo Monetrio Internacional.(E) reduo contnua da base monetria e da carteira de ttulos da dvida
mobiliria pblica federal.
Parte III Gremaud, 55
Questo de Concurso
(IBGE, Anlise Socioeconmica, 2010) Aps a consolidao doplano Real, no perodo de 1994 a 1999, via controle dademanda agregada e das contas pblicas, o governobrasileiro decidiu evitar ao mximo que as taxas de inflaoelevadas retornassem ao pas. Para isso, adotou o regimemonetrio de
(A) taxa de cmbio flutuante.(B) oramento pblico contingenciado.(C) deficitoramentrio zerado.(D) liberao da entrada de capitais externos.(E) metas de inflao.
Parte III Gremaud, 56
-
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29
Questo de Concurso
(Petrobrs, Economista Pleno, 2005) A poltica econmica ps-Real vem sendo caracterizada pela conjugao de umapoltica de metas:
(A) monetrias, cmbio flutuante e poltica fiscal expansionista.(B) monetrias, bandas cambiais e obteno de deficit nominal zero
pela poltica fiscal.
(C) de inflao, cmbio fixo e equilbrio oramentrio.(D) de inflao, cmbio flutuante e deficit primrio
necessariamente inferior a 3% do PIB.(E) de inflao, cmbio flutuante e obteno de supervit
primrios pela poltica fiscal.
Parte IV Gremaud, 57
O primeiro governo Lula
AULA 06
-
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Parte IV Gremaud, 59
2002 Crise Eleitoral
ltimo ano de FHC, contexto: baixo crescimentoeconmico e elevao do desemprego, fragilidade doajuste fiscal com aumento da dvida pblica apesar dosupervit primrio, presses inflacionrias (vindas da taxade cmbio), risco eleitoral.
Dominncia Fiscal: elevaes da taxa de juros para conter
a inflao, deterioravam a situao fiscal, ampliando orisco da dvida pblica (e o risco-pas), levando a fuga decapitais, desvalorizao cambial e novas pressesinflacionrias
Parte IV Gremaud, 60
2002
Soluo: necessidade de ampliao do supervitprimrio, para dentro dos parmetros decrescimento econmico, tamanho e perfil dadvida pblica e taxa de juros poder reverter a
tendncia de aumento da dvida pblica. Risco: partido com maiores chances de vitria,
tradicionalmente criticou o supervit primrio, opagamento da dvida e as taxas de juros,ampliando o risco
-
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31
Parte IV Gremaud, 61
2002
ltimo ano de FHC caracterizado por: Baixo crescimento econmico; Crescimento da Dvida pblica Forte desvalorizao cambial com
significativas presses inflacionrias Melhora do desempenho externo, com forte
contrao das importaes Vitria de LULA (PT) nas eleies
Parte IV Gremaud, 62
Quadro 18.9 - Taxa d e cmb io e risco-pas (C - b o n d )
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
199501
199506
199511
199604
199609
199702
199707
199712
199805
199810
199903
199908
200001
200006
200011
200104
200109
200202
200207
200212
200305
200310
200403
200408
200501
200506
Pontos
-base
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
R$/U
S$
C-Bond - spread Taxa de cmbio
Fonte: Banco Central do Brasil
-
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32
Parte IV Gremaud, 63
Quadro 18.10 - Balana Comercial 1990/2006 (US$ Milhes)
-10.000
20.000
50.000
80.000
110.000
140.000
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Importaes Ba lana comerc ia l Exportaes
Fonte: Ipeadata
Parte IV Gremaud, 64
Governo Lula
Primeiros passos antes mesmo da vitriaeleitoral e da posse Conquista da Credibilidade
Abandono das idias originais e defesa daestabilidade (Carta ao Povo Brasileiro) defesa doregime de metas de inflao, compromisso com amanuteno do supervit primrio e o pagamentoda dvida.
Indicao de Palocci para o Ministrio da Fazendae preservao da diretoria do Banco Central
-
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33
Parte IV Gremaud, 65
Governo Lula
Primeiras Medidas: apoio a renovao do acordo com oFMI, elevao da meta de supervit primrio para 4,25%do PIB para os quatro anos de governo, elevaes na taxade juros SELIC nas primeiras reunies do COPOM.
Conquista da credibilidade, com a preservao do tripde consistncia macroeconmica, leva a volta derecursos externos que combinados com profundos
supervits comerciais possibilitam a apreciao cambial Apreciao cambial mais o controle da demanda levou a
queda da inflao, que manteve-se dentro das metasdurante os quatro anos de governo com tendnciaconstante de reduo.
Parte IV Gremaud, 66
Governo Lula Estabilizao: queda da inflao a cada ano Preservao de elevadas taxas reais de juros Elevao constante dos supervits comerciais (forte
crescimento das exportaes devido ao bom desempenho daeconomia mundial) e volta de supervits em TransaesCorrentes que propiciou a reduo da Dvida Externa:melhora significativa dos indicadores externos e queda dorisco-pas, levando a forte valorizao cambial;
Melhora Fiscal: elevados supervits primrios e reduo dadvida pblica a partir de 2004, destaca-se a mudana do
perfil da dvida com o aumento dos ttulos pr-fixados.
-
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34
Parte IV Gremaud, 67
Atividade Econmica Taxa mdia de crescimento: 2,6%a.a; semelhante ao IFHC e um
pouco acima de II FHC; mas, ampliou-se a distncia em relaoao crescimento econmico mundial, ou seja, apesar do bomdesempenho da economia mundial, o Brasil no conseguiurelanar o crescimento econmico;
Fraco desempenho em 2003 para conseguir estabilizar aeconomia, 2004 foi o melhor ano liderado pelas exportaes, mas
presses inflacionrias levaram a retrao nos anos seguintes. Em termos setoriais, agricultura apresentou um desempenho
inferior ao do governo anterior, indstria apresentou taxasmaiores
Em termos de demanda crescimento puxado pelas exportaes,mas no ltimo ano destaca-se o consumo puxado pela expansodo crdito.
Parte IV Gremaud, 68
Qu ad r o 18 . 11 - E vo l u o d a M eta S e l i c an u n c i ad a p e l o C o p o m . 2000 - 2006
12
14
16
18
20
22
24
26
28
19/7/2000
19/11/2000
19/3/2001
19/7/2001
19/11/2001
19/3/2002
19/7/2002
19/11/2002
19/3/2003
19/7/2003
19/11/2003
19/3/2004
19/7/2004
19/11/2004
19/3/2005
19/7/2005
19/11/2005
19/3/2006
19/7/2006
19/11/2006
% a . a .
D at a d a r eu n i oFonte: Banco Central do Brasil
-
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35
Parte IV Gremaud, 69
Fonte: Banco Central
Tabela 18.11 Balano de p agamentos Bras i l i tens selec ionados:2002-2006 (US$ m ilhes)
Discriminao 2002 2003 2004 2005 2006
Balana Comercial 13.121 24.794 33.641 44.748 46.074
Exportaes 60.362 73.084 96.475 118.308 137.470
Importaes 47.240 48.290 62.835 73.560 91.396
Balana de Servios e Rendas -23.148 -23.483 -25.198 -34.113 -36.852
Servios -4.957 -4.931 -4.678 -8.146 -9.408
Rendas -18.191 -18.552 -20.520 -25.967 -27.444
Saldo em Transaes Correntes -7.637 4.177 11.679 14.193 13.528
Conta Capital e Financeira 8.004 5.111 -7.523 -9.593 17.277Investimentos Diretos 14.108 9.894 8.339 12.550 -8.469
Investimentos em Carteira -5.119 5.308 -4.750 4.885 8.622
Derivativos -356,2 -151,0 -677,4 -40,0 383,2
Outros investimentos -1.062 -10.438 -10.806 -27.650 15.872
Resultado do BP 302 8.496 2.244 4.319 30.569
Reservas Internacionais 37.823 49.296 52.935 53.799 85.839
Parte IV Gremaud, 70
Q u ad ro 18 . 12 - T axa d e C m b i o No m i n a l e Def lac i o n ad a , Ju l /94 a De z / 06
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
jul/94
jan/95
jul/95
jan/96
jul/96
jan/97
jul/97
jan/98
jul/98
jan/99
jul/99
jan/00
jul/00
jan/01
jul/01
jan/02
jul/02
jan/03
jul/03
jan/04
jul/04
jan/05
jul/05
jan/06
jul/06
R$/U
S$
C m bio n om in al D eflac io nad o IG P D efla cion ado IP A
Fonte: Ipeadata
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36
Parte IV Gremaud, 71
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
An o
Dficit em TC - %PIB
0
1
2
3
4
5
Dvida ExternaLquida
Total /ExportaesT ra n s a es c or re n te s - lt im o s 1 2 m e s e s - A nu a l - ( % P IB ) D E LT /E xp or t
Fonte: BCB - DEPEC
Quadro 18.13 - Transaes Correntes (% PIB) e Pa rticipao da Dvida Ex ternaLquida nas Exportaes
Parte IV Gremaud, 72
Tabela 18.12 - Finanas pblicas. Final de perodo. 2002 - 2006
2002 2003 2004 2005 2006
NFSP Nominal (%PIB) 10,24 3,74 2,48 3,05 3,24
NFSP Primrio (%PIB) -4,01 -4,38 -4,64 -4,82 -4,32
NFSP Juros Reais (%PIB) 4,40 5,30 2,57 7,29 5,86
Dvida Lquida do Setor Pblico (%PIB) 55,50 57,18 51,67 51,49 49,97
Dvida por indexador - % no total da dvida
Over/Selic 55,20 46,60 49,50 52,10 38,10
Cmbio 20,30 20,50 4,90 2,60 1,20
Pr-fixado 2,00 11,60 19,00 27,20 34,30
Fonte: Conjuntura Econmica, Jan. 2007.
-
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Parte IV Gremaud, 73
Qu ad ro 18 .14 - n d ice d e C o r reo T t u lo s P b l ico s F ed era is , p o r In d exa d o r , F ev /01 a N o v/06
0%
20 %
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60 %
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100%
fev/01
jun/01
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jun/02
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fev/03
jun/03
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fev/04
jun/04
out/04
fev/05
jun/05
out/05
fev/06
jun/06
out/06
P re fi x ad o C m b io O ve r/ S e li c O u t ro s
Fonte : Banco Centra l do Bras i l
Parte IV Gremaud, 74
Tabela 18.13 - ndices de preo no Governo Lula. 2002 - 2006
2002 2003 2004 2005 2006
Meta de inflao (% a.a.) 3,50 4,00 5,50 4,50 4,50
IPCA (% a.a.) 12,53 9,30 7,60 5,69 3,14
IPCA - Preos Livres (% a.a.) 10,96 7,54 6,35 4,25 2,55
IPCA - Preos Monitorados (% a.a.) 14,43 12,55 9,77 8,64 4,20
IGP-DI (% a.a.) 26,41 7,66 12,13 1,23 3,80
IPA - DI (% a.a.) 35,41 6,27 14,68 -0,96 4,32
Taxa de cmbio mdia (R$/US$)* 2,920 3,077 2,925 2,434 2,175
Taxa de cmbio fi nal de perodo (R$/US$)* 3,533 2,888 2,654 2,340 2,137
* Taxa de cmbio comercial - com pra.
Fonte: Ipeadata; Banco Central do Brasil
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Parte IV Gremaud, 75
Tabela 18.14 - Evoluo do PIB: Brasil x Mundo.
Mundo Brasil Brasil/Mundo
1961/2006 3,83 4,48 17,04%
60s 4,88 5,76 18,00%
70s 3,93 8,79 123,65%
80s 3,16 3,02 -4,37%
90s 3,15 1,80 -42,90%
95/98 3,68 2,57 -30,03%
99/02 3,50 2,10 -40,10%
2003/06 4,85 2,62 -45,92%
Parte IV Gremaud, 76
Tabela 18.15 - Crescimento econmico: taxas de crescimento (% a.a.)
2002 2003 2004 2005 2006
PIB Brasil 1,93 0,54 4,94 2,28 2,86
PIB Indstria 2,57 0,07 6,18 2,52 2,96
PIB Agropecuria 5,54 4,49 5,29 0,77 3,22
PIB Servios 1,61 0,61 3,32 2,03 2,36
Consumo das famlias -0,37 -1,47 4,06 3,14 3,77
Consumo da Administrao Pblica 1,36 1,31 0,12 1,56 2,07
Formao bruta de capital fixo -4,16 -5,13 10,92 1,61 6,26
Exportaes 7,9 8,95 17,99 11,62 5,05
Importaes -12,3 -1,68 14,33 9,45 18,06
Fonte: Ipeadata
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Parte IV Gremaud, 77
Q uad r o 18 .15 - E m p r s ti m os do S FN - % d o P IB
-
5
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15
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25
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jun/88
jun/89
jun/90
jun/91
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jun/94
jun/95
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jun/97
jun/98
jun/99
jun/00
jun/01
jun/02
jun/03
jun/04
jun/05
jun/06
F o n te: Bacen
%P
I
Livre s D irec io nad os T otal
Parte IV Gremaud, 78
Consideraes Finais Pas conseguiu estabilizar, mas, Trs ltimos governos baixas taxas de
crescimento, apesar da estabilizao e da melhorada economia mundial;
Vrias reformas foram realizadas sem que issolevasse a retomada sustentvel do crescimento;
Questo, quais variveis travam o crescimento:baixa poupana pblica, problemas de infra-estrutura, maior taxa de juros real do mundo,volatilidade do crescimento, enfim, o objetivo
bsico do pas RETOMAR o CRESCIMENTO.
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O Brasil e o Fluxo de Capitais: DvidaExterna, sua Crise e Reinsero nos
anos 90.
AULA 07
Parte IV Gremaud, 80
Recurso ao capital externo
O capital estrangeiro, de uma forma ou outra,historicamente se fez presente em todas as fases denossa economia
Na Repblica Velha, o mercado de capitaisinternacional era uma fonte importante de recursos
O PSI s seria possvel com o recurso ao capitalestrangeiro, para poder financiar os dficits recorrentesem transaes correntes
a partir do governo JK a industrializao se vale derecursos externo por meio da entrada dasmultinacionais
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Parte IV Gremaud, 81
Evoluo da Dvida Externa Brasileira 1900 - 1999(bilhes de dolares - escala logartmica)
0,1
1
10
100
1000
1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990Fonte: IBGE e Conjuntura Econmica
Parte IV Gremaud, 82
Endividamento externo no perodo militar
o processo recente de endividamento externo brasileiroinicia-se principalmente em 1968.
justificativa para o endividamento era a necessidade depoupana externa para viabilizar as altas taxas de
crescimento do milagre.
cenrio internacional: liquidez e euromercado
inicialmente captao privada: Res. 63 e lei 4131
Depois do choque do petrleo recursos externosnecessrios para contornar problemas no BP
Dcada de 70: estatizao da dvida externa brasileira
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Parte IV Gremaud, 83
Crise da dvida externa Fim dos anos 70: alterao da poltica dos EUA
Aperto monetrio e elevao dos juros
Encarece dvida anteriormente contratada pelo Brasil comtaxas de juros repactuadas (flutuantes)
EUA passam a a atrair os recursos, diminuindo possibilidadedo Brasil angariar fundos
Situao se complica com insolvncia da Polnia e Argentina
e moratria do Mxico no entra mais recursos no Brasil Brasil: transferncia de recursos ao exterior para
pagamento da dvida externa anteriormente contrada Recesso e desvalorizao para a gerao de mega supervits
comerciais
Parte IV Gremaud, 84
Transformaes no CenrioInternacional
Globalizao Financeira: Ressurgimento do mercado de capitais at ento
essencialmente bancrio
Crescente interligao dos sistemas financeirosinternacionais
Desregulamentaes e liberalizaes das balanas decapitais
Inovaes informacionais
Inovaes financeiras: securitizao das dvidas
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Parte IV Gremaud, 85
A Reinsero Brasileira a partir destas transformaes que, em fins dos anos
80, vrios pases voltam a receber recursos externos,sendo que no Brasil este processo iniciou-se em 1991
Importante: securitizao e renegociao da dvidaexterna brasileira
As principais formas de captao so: o lanamento de ttulos no exterior commercial papers,
floating rates notes, asset backed securities, eurobonds etc. o lanamento de aes de empresas nacionais no exterior
ADR (American Depository Receipt)
investimento direto e dos fundos de investimento no mercadonacional (Bolsa).
Parte IV Gremaud, 86
Abertura Financeira Incio: fim dcada 80, acelera nos anos 90
liberalizao cambial ampliao da conversibilidade da moedanacional fim do mercado negro
Flexibilizao do ingesso/sada de recursos externos naeconomia brasileira
Mecanismos Unificao mercado cambial regime flutuao
Ampliao dos limites de aquisio de divisas e permisso paramanter divisas e ativos denominados em moeda externa Possibilidade de efetuar transferncias e investimentos no
exterior Resoluo 1832 - Anexo IV: permisso para investidores
estrangeiros acessarem mercado de aes e de renda fixabrasileiros
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Parte IV Gremaud, 87
Abertura financeira: consequncias Abertura financeira + elevao da taxa de juros no
Brasil = entrada de recursos externos no pas =ampliao da dvida externa nacional
Brasil se aproveita deste fluxo para financiar balanade transaes correntes
Poupana externa = crdito relativamente barato
Problemas: Vulnerabilidade aos fluxos e Instabilidade dos fluxos
Efeitos contgios e transmisso das crises entre os pases
Perda de liberdade na conduo da poltica interna
Parte IV Gremaud, 88
Conta Capital e Dvida externa Brasil (1978 - 1999)
-10
-5
0
5
10
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25
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1978 1983 1988 1993 1998
Co
ntaCapital
-50
0
50
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150
200
250
Div
idaexterna
Conta Capital Divida externa
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Questo de Concurso
(BNDES, Economista, 2011, Cesgranrio) Durante os anos1990, houve mudanas substanciais na economia brasileira.Nos primeiros anos dessa dcada, em comparao com a suasegunda metade, a(o)
(A) taxa de inflao foi maior.(B) taxa de juros nominal foi menor.
(C) valor em dlar das importaes foi maior.(D) valor das reservas em divisas estrangeiras foi o mesmo.(E) deficit na conta-corrente do balano de pagamentos foi maior.
Parte III Gremaud, 89