amanda economiabrasileira modulo5 002 o plano real parte 1

Upload: phjaqueira

Post on 10-Feb-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    1/45

    1

    O Plano Real Parte 1

    AULA 01

    Parte IV Gremaud, 2

    A estabilizao dos anos 90

    Anos 90 - Estabilizao reduo significativa das taxas de inflao

    Mas problemas e vulnerabilidades persistem:

    Crescimento econmico comprometido Aumento das taxas de desemprego

    Vulnerabilidade externa

    Dvida pblica com trajetria ascendente

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    2/45

    2

    Parte IV Gremaud, 3

    Pressupostos do Plano Real Inflao: carter inercial aproxima-se da

    proposta Larida (reforma monetria) Cuidado com erros anteriores:

    Adoo gradualista ; no congelamento massubstituio natural da moeda

    Problemas com dficit pblico, exploso do

    crescimento, crises externas Contexto diferente:

    Existncia de reservas, ambiente competitivo (aberturacomercial), possibilidade de financiamento externo

    Parte IV Gremaud, 4

    O Plano Real Plano Real: 3 fases:

    a) Ajuste fiscal prvio Corte de despesas (PAI), aumento de impostos (IPMF),

    diminuio de transferncias (FSE)

    b) Indexao completa da economia URV URV unidade de conta com paridade fixa com o dlar

    converso dos preos e rendimentos Sistema bi-monetrio, tentativa de simular efeitos deuma hiperinflao em um moeda sem prejudicar a outrae alcanar sincronia de preos

    c) Reforma monetria Real Quando preos urvizados troca URV por Real

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    3/45

    3

    Parte IV Gremaud, 5

    Plano Real: aspectos ortodoxos Plano Real em si preocupao com aspectos

    tendenciais da inflao. Necessrio impedir que novos choques se

    transformem em processos inflacionrios: Sinalizao de preocupao com controle de DA Metas (ancoras) monetrias no cumpridas

    Manuteno de juros elevados e entrada de recursos Ancora cambial e abertura comercial

    Na verdade existe um super ancora cambial pois entradade recursos externos fez com houvesse uma valorizaocambial principal aspecto na estabilizao ps Real

    Parte IV Gremaud, 6

    Impactos do Plano Real Queda rpida da inflao

    Mais lento que Cruzado

    Valorizao cambial (real e nominal), entrada de recursosexternos e abertura comercial camisa de fora para preos

    Bens tradeables x no tradeables trajetrias diferentes

    Crescimento da demanda: Consumo e Investimento Aumento do poder aquisitivo fim do imposto inflacionrio Recomposio dos mecanismos de crdito

    Demanda reprimida

    Aumento do horizonte de previso

    Iluso monetria

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    4/45

    4

    Parte IV Gremaud, 7

    Inflao Mensal (%)

    -20,00

    0,00

    20,00

    40,00

    60,00

    80,00

    100,00

    1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

    Cruzado

    Bresser

    Vero

    Collor 1

    Color 2

    Real

    IGP-DI mensal de Jan/85 Abril/97

    Parte IV Gremaud, 8

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    5/45

    5

    Parte IV Gremaud, 9

    Parte IV Gremaud, 10

    Taxa de crescimento real do PIB (1980 - 1995)

    -6

    -4

    -2

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    6/45

    6

    Parte IV Gremaud, 11

    Problemas com o Plano Real: aquesto externa

    Combinao apreciao cambial, abertura edemanda aquecida - aparecimento de dficitscomerciais

    Financiamento com queima de reservas e/ouentrada de recursos (endividamento externo)

    Brasil dois problemas: Pauta de importao: excesso de bens de consumo

    dificuldade com capacidade futura de pagamento dadvida

    Entrada de capital de curto prazo

    Parte IV Gremaud, 12

    Quadro 18.2 - Exportaes e Importaes, em US$ Mi lhes Acumuladosltimos 12 meses, Jan/94 a Dez/06

    20.000

    40.000

    60.000

    80.000

    100.000

    120.000

    140.000

    jan/94

    jul/94

    jan/95

    jul/95

    jan/96

    jul/96

    jan/97

    jul/97

    jan/98

    jul/98

    jan/99

    jul/99

    jan/00

    jul/00

    jan/01

    jul/01

    jan/02

    jul/02

    jan/03

    jul/03

    jan/04

    jul/04

    jan/05

    jul/05

    jan/06

    jul/06

    Exportaes Importaes

    Fonte: Banco Central do Brasil

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    7/45

    7

    Parte IV Gremaud, 13

    Tabela 18.2 Balano d e Pagamentos Brasil - Itens Selecionados : 1990-1998 (US$ milhes)

    Discriminao 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

    Balana Comerc ial 10.752 10.580 15.239 13.299 10.466 -3.466 -5.599 -6.753 -6.575

    Exportaes 31.414 31.620 35.793 38.555 43.545 46.506 47.747 5 2.994 51.140

    Im portaes 20.661 21.040 20.554 2 5.256 33.079 4 9.972 53.346 5 9.747 57.714

    Balana de Servios e Rendas -15.369 -13.543 -11.336 -15.577 -14.692 -18.541 -20.350 -25.522 -28.299

    Servios -3.596 -3.800 -3.184 -5.246 -5.657 -7.483 -8.681 -10.646 -10.111

    Rendas -11.773 -9.743 -8.152 -10.331 -9.035 -11.058 -11.668 -14.876 -18.189

    Saldo em TransaesCorrentes -3.784 -1.407 6.109 -676 -1.811 -18.384 -23.502 -30.452 -33.416

    Conta Capi tal e Financeira 4.592 163 9.947 10.495 8.692 29.095 33.968 25.800 29.702

    Investimentos Diretos 364 87 1.924 799 1.460 3.309 11.261 17.877 2 6.002Investimentos em Cartei ra 472 3.808 14.465 12.325 50.642 9.217 21.619 12.616 18.125

    Derivativos 1,8 2,7 2,5 5,3 -27,4 17,5 -38,3 -252,6 -459,8

    Outros inves timentos 3.753 -3.735 -6.482 -2.717 -43.557 16.200 673 -4.833 -14.285

    Resultado do BP 481 -369 14.670 8.709 7.215 12.919 8.666 -7.907 -7.970

    Reservas Internacionais 9.973 9.406 23.754 32.211 38.806 51.840 60.110 52.173 44.556

    Fonte: Banco Central

    Parte IV Gremaud, 14

    Tabela 18.3

    Importaes Por tens Selecionados, 1992 a 2000

    (US$ milhes)

    Itens 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000

    Total 20.554 25.256 33.079 49.972 53.346 59.747 57.714 49.210 55.783

    Bens de Consumo 2.450 3.020 4.658 8.631 9.010 9.241 8.826 6.283 7.442

    Matrias-prim as 7.628 9.469 11.662 16.738 17.916 18.978 19.310 16.960 28.432

    Petrleo 4.141 4.398 4.069 4.712 6.142 6.021 4.314 4.817 6.358

    Bens de Capital 6.335 8.369 12.690 19.891 20.277 25.600 25.283 21.205 13.605

    Material de Transporte 1.283 2.103 3.396 5.935 4.499 6.389 6.793 4.651 4.926

    Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil,Abril/2001

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    8/45

    8

    O Plano Real Parte 2

    AULA 02

    Parte IV Gremaud, 16

    A Crise do Mxico Situao arriscada e insustentvel no longo prazo:

    depois das eleies primeiras tentativas de controle da DA

    Estanca-se a apreciao cambial e controle de entradade capitais

    Crise do Mxico: fim da 1 fase do Plano Real Desvalorizao tmida e gradativa (risco inflacionrio)

    Controle de demanda agregada: restries monetrias e creditcias,

    Elevao da taxa de juros

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    9/45

    9

    Parte IV Gremaud, 17

    O Plano Real ps crise do Mxico (1) Nova fase principal instrumento:

    poltica monetria Conter DA e evitar dficits comerciais expressivos

    Administrao da taxa de juros: conter atividade epromover ingresso de capital

    Efeitos: retrao da atividade econmica Inadimplncia e crise financeira

    Crise financeira combatida com Proer e Proes

    Parte IV Gremaud, 18

    O Plano Real ps crise do Mxico (2)

    Juros altos e entrada de recurso mas com novalorizao cambial ampliao de reservas

    Para evitar impacto monetrio esterilizao:ampliao da dvida pblica interna, dado que nose conseguia obter supervits fiscais

    A partir de ento define-se uma trajetria destopand go em que os condicionantes externos do oritmo da economia brasileira:crise externa aumento dos juros contrao econmicaalvio externo diminuio dos juros - crescimento

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    10/45

    10

    Parte IV Gremaud, 19

    Reservas Internacionais, em US$ milhes, Jan/93 a Fev/00

    0

    10.000

    20.000

    30.000

    40.000

    50.000

    60.000

    70.000

    80.000

    Jan/93

    Mai/93

    Set/93

    Jan/94

    Mai/94

    Set/94

    Jan/95

    Mai/95

    Set/95

    Jan/96

    Mai/96

    Set/96

    Jan/97

    Mai/97

    Set/97

    Jan/98

    Mai/98

    Set/98

    Jan/99

    Mai/99

    Set/99

    Jan/00

    Mxico sia Rssia

    Parte IV Gremaud, 20

    Taxa de Juros (Over/Selic), % a.a.

    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    60,0

    70,0

    Ago

    /94

    Out/94

    Dez/94

    Fev/95

    Abr/9

    5

    Jun/95

    Ago/95

    Out/95

    Dez/95

    Fev/96

    Abr/9

    6

    Jun/96

    Ago/96

    Out/96

    Dez/96

    Fev/97

    Abr/97

    Jun/97

    Ago/97

    Out/97

    Dez/97

    Fev/98

    Abr

    /98

    Jun/98

    Ago

    /98

    Out/98

    Dez/98

    Fev/99

    Abr/9

    9

    Jun/99

    Ago

    /99

    Out/99

    Dez/99

    Fev/00

    Mxico

    sia Rssia

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    11/45

    11

    Parte IV Gremaud, 21

    Problemas O Desequilbrio Fiscal

    Deteriorao da Situao Fiscal a partir de 1995: - Reduo do Supervit Primrio, apesar do aumento da

    carga tributria, com forte elevao das despesasprimrias (destaque para a previdncia)

    - Forte Elevao da Dvida Pblica ao longo do

    primeiro mandato de FHC - Fatores: reduo do supervit primrio, passivos

    contingentes (esqueletos, crise financeira, etc), elevadosgastos com juros (piora apesar da carga tributria e dosrecursos da privatizao)

    Parte IV Gremaud, 22

    Indicadores Econmicos Brasil: 1993/1999

    Varivel 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

    Tx. de Cresc do PIB - %a.a. 4,9 5,9 4,2 2,7 3,3 0,2 0,8

    Tx. de Desempr Aberto (IBGE) 5,3 5,1 4,6 5,4 5,7 7,6 7,6

    INPC IBGE 2.489,0 929,0 22,0 9,1 4,3 2,5 8,4

    NFSP Operacional (%PIB) -0,3 -1,3 4,9 3,8 4,3 7,5 3,2

    NFSP Primrio (%PIB) -2,7 -5,1 -0,4 0,1 1,0 0,0 -3,1

    Dvida Interna Lq/PIB (dez) 21,8 23,0 25,5 29,4 30,2 37,1 39,0

    Div. Externa Liq/PIB (dez) 16,8 8,6 5,7 3,9 4,3 6,6 10,4

    Dvida Total/PIB (dez) 38,6 31,6 31,2 33,3 34,5 43,7 49,4

    Fonte: Banco Central

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    12/45

    12

    Parte IV Gremaud, 23

    Da crise asitica desvalorizaobrasileira

    Crise asitica: Aumento dos juros e recomposio das reservas

    Pacote fiscal no cumprido

    Crise Russa: Tambm elevao juros e pacote fiscal, mas reservas

    no se recuperam

    Dificuldades no Brasil Elevao dos spreads

    Sustentao cambial difcil desvalorizao eminente

    Parte IV Gremaud, 24

    A mudana cambial

    Depois da crise russa desvalorizao eminente: duasressalvas para ela ocorrer: Calendrio eleitoral (reeleio FHC)

    Exposio do setor privado desvalorizao cambial (setorprivado com passivos em moeda externa)

    2 semestre 1998 preparao para desvalorizao Pacote com o FMI Governo assume risco cambial (d hedge para setor privado:

    mercado futuro e vista de dlar, dvida pblica interna comclausula cambial) socializao dos prejuzos

    Janeiro 1999 cambio flutuante e desvalorizao

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    13/45

    13

    Parte IV Gremaud, 25

    Quadro 18.5 - Dvida Externa Total, Setor Pblico e Setor Privado, US$milhes, 1994/05

    0

    50.000

    100.000

    150.000

    200.000

    250.000

    1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

    Total da Dvida Externa Setor Pblico Setor Privado

    Fonte: Banco Central do Brasil

    Parte IV Gremaud, 26

    Quadro 18.6 - ndice de Correo Ttulos Pblicos Federais, por Indexador, Jan/95 a Fev/01

    0%

    20%

    40%

    60%

    80%

    100%

    jan/95

    abr/95

    jul/95

    out/95

    jan/96

    abr/96

    jul/96

    out/96

    jan/97

    abr/97

    jul/97

    out/97

    jan/98

    abr/98

    jul/98

    out/98

    jan/99

    abr/99

    jul/99

    out/99

    jan/00

    abr/00

    jul/00

    out/00

    jan/01

    Prefixado Cmbio Over/Sel ic Outros

    Fonte: Banco Central do Brasil

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    14/45

    14

    Parte IV Gremaud, 27

    Conseqncias da mudana cambial Desvalorizao- riscos :

    volta da inflao - Mxico

    contrao econmica sia

    Brasil adota sistema de metas inflacionrias. Inflao pequena elevao no curto prazo mas no permanente

    No grande contrao como sia no grande efeito patrimonial da desvalorizao

    Existe alguma substituio de importaes, recuperao do crescimento reprimido por manuteno de juros elevados

    Desvalorizao permite queda da taxa de juros mas inferior aoimaginado, juros mantidos altos em funo das dificuldadesexternas e da inflao

    Parte IV Gremaud, 28

    Ainda as consequncias dadesvalorizao cambial

    Setor comercial externo recuperao lenta, maior sensibilidade no curto prazo ao crescimento econmico Tambm problemas com termos de troca Dificuldade em se recompor mecanismos exportadores

    Problema nas Finanas Pblicas Efeitos patrimoniais da desvalorizao suportada por Governo

    ampliao do endividamento pblico Para evitar exploso da dvida pblica necessrio gerao de

    supervits fiscais primrios, tambm para compensarpagamentos de juros

    expressivo aumento da carga tributria federal nocompartilhada e implementao da LRF

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    15/45

    15

    O Plano Real

    Exerccios

    AULA 03

    Questo de Concurso

    (Petrobrs, Economista Pleno, 2005) O Plano Realconstituiu-se na experincia brasileira de ncoracambial. Entre as medidas fiscais inicialmenteadotadas, destacam-se:

    (A) implementao do Plano de Ao Imediata (PAI),criao do Imposto Provisrio sobre MovimentaoFinanceira (IPMF) e do Fundo Social de Emergncia(FSE).

    (B) implementao da Unidade Real de Valor (URV),criao do Imposto de Renda e do Fundo Social deEmergncia (FSE).

    Parte III Gremaud, 30

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    16/45

    16

    (C) implementao do Plano de Ao Imediata(PAI), do Fundo Social de Emergncia (FSE) eelevao dos gastos obrigatrios com educaoe habitaes.

    (D) implementao da Unidade Real de Valor

    (URV), fixao da taxa de cmbio em1R$/US$ e reduo das tarifas alfandegrias.(E) valorizao da taxa cambial, criao de

    mecanismos modernos de arrecadao eprivatizao da previdncia.

    Parte III Gremaud, 31

    Questo de Concurso

    (EPE, Analista Economia de Energia, 2007) Implementadodurante e aps 1994, o Plano Real de estabilizao daeconomia brasileira:

    (A) congelou a taxa de cmbio R$/US$.(B) provocou profunda recesso na economia brasileira, paracombater a inflao.(C) provocou forte fuga de capital financeiro do Brasil.(D) criou transitoriamente uma nova unidade de valor no Brasil, a

    URV.(E) levou a uma desvalorizao cambial imediata da nova moeda

    nacional, o Real.

    Parte III Gremaud, 32

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    17/45

    17

    Questo de Concurso

    (Petrobrs, Economista Junior, 2005) O Plano Real de 1994, nogoverno Itamar Franco, obteve um rpido xito naestabilizao dos preos, na economia brasileira.

    Sua fundamentao se associou (ao):

    (A) adoo de um modelo de ncora cambial, sem regime decmbio fixo.

    (B) aplicao de um regime de conversibilidade plena do real aodlar.(C) reduo de juros reais e valorizao cambial.(D) congelamento de preos e medidas de conteno de gastos

    pblicos.(E) estabelecimento das bases de uma caixa de converso.

    Parte III Gremaud, 33

    Questo de Concurso

    (Termorio, Economista Junior, 2009) O Fundo Social de Emergncia(FSE), aprovado em fevereiro de 1994, tinha como objetivo

    (A) reduziro dficit comercial do balano de pagamentosbrasileiro.(B) redistribuir renda para as classes sociais de menor poder aquisitivo.(C) aumentaros repasses de recursos para todos os estados e municpios.

    (D) prover fundos para um aumento substancial do salrio dofuncionalismofederal.

    (E) desvincular algumas receitas do governo federal da rigidez de gastosimposta pela nova Constituio.

    Parte III Gremaud, 34

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    18/45

    18

    Questo de Concurso

    (IBGE, Anlise Socioeconmica, 2010) Alm do controle dascontas pblicas, para evitar os excessos de demandaagregada, o Plano Real procurou zerar a memriainflacionria, o que significa dizer que

    (A) reduziu a correo monetria das taxas de juros nominais.(B) congelou a taxa de cmbio em relao ao dlar.

    (C) aumentou a oferta agregada, incentivando as exportaes.(D) adotou um congelamento amplo dos preos e dos salrios.(E) adotou como meio de conta uma quase moeda cujo valor

    variava diariamente em relao ao Cruzeiro Real.

    Parte III Gremaud, 35

    Questo de Concurso

    (Petrobrs, Economista Junior, 2008) Na dcada de 1990, a partir de1994, o Brasil foi bastante afetado por trs crises no mercadofinanceiro internacional: a do Mxico, em 1994/95, a Asitica(Tailndia, Coria do Sul, Indonsia e Malsia), em 1997, e a daRssia, em 1998. Porque o pas, nesta ocasio, estava vulnervel scrises externas?

    (A) A dvida social impedia o governo de reduzir o dficitpblico.(B) O setor financeiro domstico estava vulnervel em termos de

    ativospodres.(C) O processo de democratizao no havia ocorrido.(D) O Brasil adotava um regime cambial rgido e tinha dficits vultosos

    em conta corrente.(E) O pas exportava apenas produtos de baixo valor agregado.

    Parte III Gremaud, 36

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    19/45

    19

    Questo de Concurso

    (TJ ES, Analista Judicirio 2, Economia, 2010,CESPE) No final de 1993, comeou a serimplementado o Plano Real, que obteve xito emcontrolar o grave processo inflacionrio pelo qualpassava o Brasil. No que concerne ao Plano Real,

    julgue os itens subsequentes.

    Diferentemente de planos anteriores, o Plano Real noreconheceu a existncia de inflao inercial no Brasil.

    Questo de Concurso

    (TJ ES, Analista Judicirio 2, Economia, 2010, CESPE) Nofinal de 1993, comeou a ser implementado o Plano Real,que obteve xito em controlar o grave processo inflacionriopelo qual passava o Brasil. No que concerne ao Plano Real,julgue os itens subsequentes.

    As ncoras cambial e monetria, que foram instrumentosalternativos de controle inflacionrio, responderam a problemasoperacionais na unidade real de valor (URP).

    O Plano Real comeou a ser implementado no primeiro ano dogoverno de Fernando Henrique Cardoso.

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    20/45

    20

    O segundo mandato de FHC

    AULA 04

    Parte IV Gremaud, 40

    FHC 2 Mandato

    Novo regime macroeconmico; trip: - taxa de cmbio flutuante

    - metas de inflao

    -supervit primrio

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    21/45

    21

    Parte IV Gremaud, 41

    Metas de Inflao

    Poltica Monetria voltada para alcanar umadeterminada meta de inflao. Taxa de Juros passaa ser instrumento voltado para o controleinflacionrio Regra de Taylor aps orompimento da ncora cambial.

    Inflao acima da meta eleva-se a taxa de juros; Inflao abaixo da meta reduz-se a taxa de juros; Autonomia Operacional do Bacen para buscar a

    meta de inflao.

    Parte IV Gremaud, 42

    Desempenho da Inflao

    Aps a desvalorizao verifica-se uma elevao dainflao, que logo se retrai.

    Maiores elevaes nos bens transacionveis (aocontrrio da primeira fase do Plano Real I FHC)e nos chamados preos administrados.`Preoslivres que acabam segurando a inflao. No IIFHC cumpriu-se as metas nos dois primeiros anose descumpriu-se nos dois ltimos anos (em funode choques cambiais)

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    22/45

    22

    Parte IV Gremaud, 43

    Tabela 18.5 - ndices de preos - Variaes percentuais

    Perodo IGP - DI IPA - DI IPC - BRASIL INPC IPCA IPC - FIPE

    1999 19,98 28,90 9,12 8,43 8,94 8,64

    2000 9,81 12,06 6,21 5,27 5,97 4,38

    2001 10,40 11,87 7,94 9,44 7,67 7,13

    2002 26,41 35,41 12,18 14,74 12,53 9,92

    2003 7,67 6,26 8,93 10,38 9,30 8,17

    2004 12,14 14,67 6,27 6,13 7,60 6,56

    2005 1,22 -0,97 4,93 5,05 5,69 4,52

    2006 3,34 3,51 2,22 2,71 3,26 1,66

    Fonte: Boletim do Banco Central, Dez. 2006

    Parte IV Gremaud, 44

    Supervit Primrio e DesempenhoFiscal

    Elevados supervits primrios, obtidos em funo da elevao dacarga tributria, destacando-se o crescimento das contribuies(COFINS, CPMF, PIS, etc) que refletem a deteriorao daqualidade do sistema tributrio; e elevao do ICMS em funodo efeito da desvalorizao sobre o preo de combustveis,energia e telecomunicaes;

    Persistncia do crescimento das despesas (gastos vinculados);retrao dos investimentos pblicos;

    Dvida pblica, estabilizada em 1999 e 2000; crescendo nos doisanos seguintes devido a efeitos patrimoniais da variao cambiale do comportamento da SELIC (composio da dvida).

    Mudanas relevantes: Lei de Responsabilidade Fiscal, reformaprevidenciria (1198) e renegociao de dvidas estaduais.

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    23/45

    23

    Parte IV Gremaud, 45

    -6

    -4

    -2

    0

    2

    4

    6

    8

    1985

    1986

    1987

    1988

    1989

    1990

    1991

    1992

    1993

    1994

    1995

    1996

    1997

    1998

    1999

    2000

    2001

    2002

    2003

    2004

    2005

    2006

    Juros reais Operacional Primrio

    Quadro 18.7 Necessidade de f inan ciamen to do setor pblic o: 1985-2006

    Fonte: Ipeadata

    Parte IV Gremaud, 46

    Carga Tributria / PIB

    Fonte: www.ibpt.org.br

    Ano Carga tributria/PIB

    1998 29,33

    1999 31,64

    2000 32,842001 33,68

    2002 35,84

    2003 35,54

    2004 36,80

    2005 37,82

    2006 38,80

    http://www.ibpt.org.br/http://www.ibpt.org.br/
  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    24/45

    24

    Parte IV Gremaud, 47

    25

    30

    35

    40

    45

    50

    55

    60

    65

    1991

    01

    1991

    09

    1992

    05

    1993

    01

    1993

    09

    1994

    05

    1995

    01

    1995

    09

    1996

    05

    1997

    01

    1997

    09

    1998

    05

    1999

    01

    1999

    09

    2000

    05

    2001

    01

    2001

    09

    2002

    05

    2003

    01

    2003

    09

    2004

    05

    2005

    01

    2005

    09

    2006

    05

    Quadro 18.8 Dvida lqu id a do seto r pbl ic o/P IB

    Fonte: Ipeadata

    Parte IV Gremaud, 48

    Desempenho Externo

    Reverso da tendncia de deteriorao do saldocomercial e do saldo em transaes correntes em1999 - reduo do dficit comercial em US$ 5 bi edo saldo em TC em US$ 8 bi.

    Forte retrao das importaes e fracodesempenho das exportaes em 1999.

    Recuperao lenta das exportaes a partir de2000.

    Saldo comercial volta a ser superavitrio em 2001,tendo uma forte elevao em 2002.

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    25/45

    25

    Parte IV Gremaud, 49

    Tabela 18.7 BP Brasi l : 1998-2002 (US$ m ilhes)

    Discriminao 1998 1999 2000 2001 2002

    Balana Comercial -6.575 -1.199 -698 2.650 13.121

    Exportaes 51.140 48.011 55.086 58.223 60.362

    Importaes 57.714 49.210 55.783 55.572 47.240

    Balana de Servios e Rendas -28.299 -25.825 -25.048 -27.503 -23.148

    Servios -10.111 -6.977 -7.162 -7.759 -4.957

    Rendas -18.189 -18.848 -17.886 -19.743 -18.191

    Saldo em Transaes Correntes -33.416 -25.335 -24.225 -23.215 -7.637

    Conta Capital e Financeira 29.702 17.319 19.326 27.052 8.004

    Investimentos Diretos 26.002 26.888 30.498 24.715 14.108Investimentos em Carteira 18.125 3.802 6.955 77 -5.119

    Derivativos -459,8 -88,1 -197,4 -471,0 -356,2

    Outros investimentos -14.285 -13.620 -18.202 2.767 -1.062

    Resultado do BP -7.970 -7.822 -2.262 3.307 302

    Reservas Internacionais 44.556 36.342 33.011 35.866 37.823

    Fonte: Banco Central

    Parte IV Gremaud, 50

    Tabela 18.9 - Setor externo,servios e renda de capital: 1992 - 2005

    (US$ milhes)

    AnoServios Renda de Capital

    Viagens Intern. Transportes Lucros e Dividendos Juros Lquidos

    1992 -319 -1.359 -574 -7.253

    1993 -799 -2.090 -1.831 -8.280

    1994 -1.181 -2.441 -2.483 -6.338

    1995 -2.419 -3.200 -2.590 -8.158

    1996 -3.598 -2.717 -2.830 -8.778

    1997 -4.377 -3.162 -5.443 -9.483

    1998 -4.146 -3.261 -6.855 -11.437

    1999 -1.457 -3.071 -4.115 -14.876

    2000 -2.084 -2.896 -3.316 -14.649

    2001 -1.468 -2.956 -4.961 -14.877

    2002 -398 -1.959 -5.162 -13.130

    2003 218 -1.590 -5.640 -13.020

    2004 351 -1.986 -7.338 -13.364

    2005 -858 -1.788 -12.686 -13.496

    Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil, diversos.

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    26/45

    26

    Parte IV Gremaud, 51

    Atividade Econmica Expectativa: com a mudana cambial a expectativa era de uma

    melhora da situao externa e a possibilidade de uma maiorqueda da taxa de juros levando ao crescimento do investimento,consumo e maior crescimento econmico, mas:

    Crescimento mdio no II FHC: 2,1%a.a., abaixo do I FHC. 1999 fraco desempenho decorrente do processo de

    estabilizao; 2000 maior taxa de crescimento 4,36%

    2001 Crise energtica, crise argentina e ataques terroristas queda da taxa de crescimento

    2002 crise cambial (eleitoral) e baixo crescimento Em termos setoriais, destaca-se o bom desempenho agrcola e o

    fraco desempenho da indstria.

    Parte IV Gremaud, 52

    Tabela 18.10

    PIB - Taxa de Crescimento

    Perodo 1998 1999 2000 2001 2002

    PIB 0,13 0,79 4,36 1,31 1,93

    PIB - Agropecuria 1,27 8,33 2,15 5,76 5,54

    PIB - Indstria 0,00 -2,22 4,36 2,15 4,81

    PIB - Servios 0,91 2,01 3,80 1,75 1,61

    Consumo final -0,05 0,27 3,24 0,63 0,05

    Formao Bruta de Capital -0,62 -7,58 9,98 -1,14 -4,27

    Importaes -0,28 -15,45 11,63 1,21 -12,30

    Exportaes 3,71 9,25 10,59 11,24 7,90

    Fonte: IBGE

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    27/45

    27

    O segundo mandato de FHC

    Exerccios

    AULA 05

    Questo de Concurso

    (EPE, Analista Economia de Energia, 2007) Para orientar aao estabilizadora do Banco Central do Brasil, o governobrasileiro adotou um sistema de metas inflacionrias que:

    (A) exige a obteno de uma nica e determinada taxa de inflao.(B) causador do superavit comercial do balano de pagamentos

    brasileiro.(C) influencia e ordena as expectativas de inflao dos agentes

    econmicos.(D) depende da receita oramentria do setor pblico.(E) determina o regime cambial escolhido para o Brasil.

    Parte IV Gremaud, 54

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    28/45

    28

    Questo de Concurso

    (Petrobrs, Economista Junior, 2005) A crise cambial brasileira dejaneiro de 1999 determinou o fim do modelo de estabilizaoinflacionria do Plano Real. Em relao poltica monetria, amodificao realizada foi o(a):

    (A) controle sistemtico do crdito domstico lquido determinado peloacordo firmado com o Fundo Monetrio Internacional.

    (B) adoo de um regime de metas monetrias a partir do controle dos

    meios de pagamentos.(C) expanso da oferta de ttulos cambiais com objetivo de garantir a

    estabilizao da taxa de cmbio.(D) implementao do modelo de metas de inflao acordado com o

    Fundo Monetrio Internacional.(E) reduo contnua da base monetria e da carteira de ttulos da dvida

    mobiliria pblica federal.

    Parte III Gremaud, 55

    Questo de Concurso

    (IBGE, Anlise Socioeconmica, 2010) Aps a consolidao doplano Real, no perodo de 1994 a 1999, via controle dademanda agregada e das contas pblicas, o governobrasileiro decidiu evitar ao mximo que as taxas de inflaoelevadas retornassem ao pas. Para isso, adotou o regimemonetrio de

    (A) taxa de cmbio flutuante.(B) oramento pblico contingenciado.(C) deficitoramentrio zerado.(D) liberao da entrada de capitais externos.(E) metas de inflao.

    Parte III Gremaud, 56

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    29/45

    29

    Questo de Concurso

    (Petrobrs, Economista Pleno, 2005) A poltica econmica ps-Real vem sendo caracterizada pela conjugao de umapoltica de metas:

    (A) monetrias, cmbio flutuante e poltica fiscal expansionista.(B) monetrias, bandas cambiais e obteno de deficit nominal zero

    pela poltica fiscal.

    (C) de inflao, cmbio fixo e equilbrio oramentrio.(D) de inflao, cmbio flutuante e deficit primrio

    necessariamente inferior a 3% do PIB.(E) de inflao, cmbio flutuante e obteno de supervit

    primrios pela poltica fiscal.

    Parte IV Gremaud, 57

    O primeiro governo Lula

    AULA 06

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    30/45

    30

    Parte IV Gremaud, 59

    2002 Crise Eleitoral

    ltimo ano de FHC, contexto: baixo crescimentoeconmico e elevao do desemprego, fragilidade doajuste fiscal com aumento da dvida pblica apesar dosupervit primrio, presses inflacionrias (vindas da taxade cmbio), risco eleitoral.

    Dominncia Fiscal: elevaes da taxa de juros para conter

    a inflao, deterioravam a situao fiscal, ampliando orisco da dvida pblica (e o risco-pas), levando a fuga decapitais, desvalorizao cambial e novas pressesinflacionrias

    Parte IV Gremaud, 60

    2002

    Soluo: necessidade de ampliao do supervitprimrio, para dentro dos parmetros decrescimento econmico, tamanho e perfil dadvida pblica e taxa de juros poder reverter a

    tendncia de aumento da dvida pblica. Risco: partido com maiores chances de vitria,

    tradicionalmente criticou o supervit primrio, opagamento da dvida e as taxas de juros,ampliando o risco

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    31/45

    31

    Parte IV Gremaud, 61

    2002

    ltimo ano de FHC caracterizado por: Baixo crescimento econmico; Crescimento da Dvida pblica Forte desvalorizao cambial com

    significativas presses inflacionrias Melhora do desempenho externo, com forte

    contrao das importaes Vitria de LULA (PT) nas eleies

    Parte IV Gremaud, 62

    Quadro 18.9 - Taxa d e cmb io e risco-pas (C - b o n d )

    0

    500

    1.000

    1.500

    2.000

    2.500

    199501

    199506

    199511

    199604

    199609

    199702

    199707

    199712

    199805

    199810

    199903

    199908

    200001

    200006

    200011

    200104

    200109

    200202

    200207

    200212

    200305

    200310

    200403

    200408

    200501

    200506

    Pontos

    -base

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    3,5

    4,0

    4,5

    R$/U

    S$

    C-Bond - spread Taxa de cmbio

    Fonte: Banco Central do Brasil

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    32/45

    32

    Parte IV Gremaud, 63

    Quadro 18.10 - Balana Comercial 1990/2006 (US$ Milhes)

    -10.000

    20.000

    50.000

    80.000

    110.000

    140.000

    1990

    1991

    1992

    1993

    1994

    1995

    1996

    1997

    1998

    1999

    2000

    2001

    2002

    2003

    2004

    2005

    2006

    Importaes Ba lana comerc ia l Exportaes

    Fonte: Ipeadata

    Parte IV Gremaud, 64

    Governo Lula

    Primeiros passos antes mesmo da vitriaeleitoral e da posse Conquista da Credibilidade

    Abandono das idias originais e defesa daestabilidade (Carta ao Povo Brasileiro) defesa doregime de metas de inflao, compromisso com amanuteno do supervit primrio e o pagamentoda dvida.

    Indicao de Palocci para o Ministrio da Fazendae preservao da diretoria do Banco Central

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    33/45

    33

    Parte IV Gremaud, 65

    Governo Lula

    Primeiras Medidas: apoio a renovao do acordo com oFMI, elevao da meta de supervit primrio para 4,25%do PIB para os quatro anos de governo, elevaes na taxade juros SELIC nas primeiras reunies do COPOM.

    Conquista da credibilidade, com a preservao do tripde consistncia macroeconmica, leva a volta derecursos externos que combinados com profundos

    supervits comerciais possibilitam a apreciao cambial Apreciao cambial mais o controle da demanda levou a

    queda da inflao, que manteve-se dentro das metasdurante os quatro anos de governo com tendnciaconstante de reduo.

    Parte IV Gremaud, 66

    Governo Lula Estabilizao: queda da inflao a cada ano Preservao de elevadas taxas reais de juros Elevao constante dos supervits comerciais (forte

    crescimento das exportaes devido ao bom desempenho daeconomia mundial) e volta de supervits em TransaesCorrentes que propiciou a reduo da Dvida Externa:melhora significativa dos indicadores externos e queda dorisco-pas, levando a forte valorizao cambial;

    Melhora Fiscal: elevados supervits primrios e reduo dadvida pblica a partir de 2004, destaca-se a mudana do

    perfil da dvida com o aumento dos ttulos pr-fixados.

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    34/45

    34

    Parte IV Gremaud, 67

    Atividade Econmica Taxa mdia de crescimento: 2,6%a.a; semelhante ao IFHC e um

    pouco acima de II FHC; mas, ampliou-se a distncia em relaoao crescimento econmico mundial, ou seja, apesar do bomdesempenho da economia mundial, o Brasil no conseguiurelanar o crescimento econmico;

    Fraco desempenho em 2003 para conseguir estabilizar aeconomia, 2004 foi o melhor ano liderado pelas exportaes, mas

    presses inflacionrias levaram a retrao nos anos seguintes. Em termos setoriais, agricultura apresentou um desempenho

    inferior ao do governo anterior, indstria apresentou taxasmaiores

    Em termos de demanda crescimento puxado pelas exportaes,mas no ltimo ano destaca-se o consumo puxado pela expansodo crdito.

    Parte IV Gremaud, 68

    Qu ad r o 18 . 11 - E vo l u o d a M eta S e l i c an u n c i ad a p e l o C o p o m . 2000 - 2006

    12

    14

    16

    18

    20

    22

    24

    26

    28

    19/7/2000

    19/11/2000

    19/3/2001

    19/7/2001

    19/11/2001

    19/3/2002

    19/7/2002

    19/11/2002

    19/3/2003

    19/7/2003

    19/11/2003

    19/3/2004

    19/7/2004

    19/11/2004

    19/3/2005

    19/7/2005

    19/11/2005

    19/3/2006

    19/7/2006

    19/11/2006

    % a . a .

    D at a d a r eu n i oFonte: Banco Central do Brasil

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    35/45

    35

    Parte IV Gremaud, 69

    Fonte: Banco Central

    Tabela 18.11 Balano de p agamentos Bras i l i tens selec ionados:2002-2006 (US$ m ilhes)

    Discriminao 2002 2003 2004 2005 2006

    Balana Comercial 13.121 24.794 33.641 44.748 46.074

    Exportaes 60.362 73.084 96.475 118.308 137.470

    Importaes 47.240 48.290 62.835 73.560 91.396

    Balana de Servios e Rendas -23.148 -23.483 -25.198 -34.113 -36.852

    Servios -4.957 -4.931 -4.678 -8.146 -9.408

    Rendas -18.191 -18.552 -20.520 -25.967 -27.444

    Saldo em Transaes Correntes -7.637 4.177 11.679 14.193 13.528

    Conta Capital e Financeira 8.004 5.111 -7.523 -9.593 17.277Investimentos Diretos 14.108 9.894 8.339 12.550 -8.469

    Investimentos em Carteira -5.119 5.308 -4.750 4.885 8.622

    Derivativos -356,2 -151,0 -677,4 -40,0 383,2

    Outros investimentos -1.062 -10.438 -10.806 -27.650 15.872

    Resultado do BP 302 8.496 2.244 4.319 30.569

    Reservas Internacionais 37.823 49.296 52.935 53.799 85.839

    Parte IV Gremaud, 70

    Q u ad ro 18 . 12 - T axa d e C m b i o No m i n a l e Def lac i o n ad a , Ju l /94 a De z / 06

    0,50

    1,00

    1,50

    2,00

    2,50

    3,00

    3,50

    4,00

    jul/94

    jan/95

    jul/95

    jan/96

    jul/96

    jan/97

    jul/97

    jan/98

    jul/98

    jan/99

    jul/99

    jan/00

    jul/00

    jan/01

    jul/01

    jan/02

    jul/02

    jan/03

    jul/03

    jan/04

    jul/04

    jan/05

    jul/05

    jan/06

    jul/06

    R$/U

    S$

    C m bio n om in al D eflac io nad o IG P D efla cion ado IP A

    Fonte: Ipeadata

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    36/45

    36

    Parte IV Gremaud, 71

    -5

    -4

    -3

    -2

    -1

    0

    1

    2

    3

    1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    An o

    Dficit em TC - %PIB

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    Dvida ExternaLquida

    Total /ExportaesT ra n s a es c or re n te s - lt im o s 1 2 m e s e s - A nu a l - ( % P IB ) D E LT /E xp or t

    Fonte: BCB - DEPEC

    Quadro 18.13 - Transaes Correntes (% PIB) e Pa rticipao da Dvida Ex ternaLquida nas Exportaes

    Parte IV Gremaud, 72

    Tabela 18.12 - Finanas pblicas. Final de perodo. 2002 - 2006

    2002 2003 2004 2005 2006

    NFSP Nominal (%PIB) 10,24 3,74 2,48 3,05 3,24

    NFSP Primrio (%PIB) -4,01 -4,38 -4,64 -4,82 -4,32

    NFSP Juros Reais (%PIB) 4,40 5,30 2,57 7,29 5,86

    Dvida Lquida do Setor Pblico (%PIB) 55,50 57,18 51,67 51,49 49,97

    Dvida por indexador - % no total da dvida

    Over/Selic 55,20 46,60 49,50 52,10 38,10

    Cmbio 20,30 20,50 4,90 2,60 1,20

    Pr-fixado 2,00 11,60 19,00 27,20 34,30

    Fonte: Conjuntura Econmica, Jan. 2007.

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    37/45

    37

    Parte IV Gremaud, 73

    Qu ad ro 18 .14 - n d ice d e C o r reo T t u lo s P b l ico s F ed era is , p o r In d exa d o r , F ev /01 a N o v/06

    0%

    20 %

    40 %

    60 %

    80 %

    100%

    fev/01

    jun/01

    out/01

    fev/02

    jun/02

    out/02

    fev/03

    jun/03

    out/03

    fev/04

    jun/04

    out/04

    fev/05

    jun/05

    out/05

    fev/06

    jun/06

    out/06

    P re fi x ad o C m b io O ve r/ S e li c O u t ro s

    Fonte : Banco Centra l do Bras i l

    Parte IV Gremaud, 74

    Tabela 18.13 - ndices de preo no Governo Lula. 2002 - 2006

    2002 2003 2004 2005 2006

    Meta de inflao (% a.a.) 3,50 4,00 5,50 4,50 4,50

    IPCA (% a.a.) 12,53 9,30 7,60 5,69 3,14

    IPCA - Preos Livres (% a.a.) 10,96 7,54 6,35 4,25 2,55

    IPCA - Preos Monitorados (% a.a.) 14,43 12,55 9,77 8,64 4,20

    IGP-DI (% a.a.) 26,41 7,66 12,13 1,23 3,80

    IPA - DI (% a.a.) 35,41 6,27 14,68 -0,96 4,32

    Taxa de cmbio mdia (R$/US$)* 2,920 3,077 2,925 2,434 2,175

    Taxa de cmbio fi nal de perodo (R$/US$)* 3,533 2,888 2,654 2,340 2,137

    * Taxa de cmbio comercial - com pra.

    Fonte: Ipeadata; Banco Central do Brasil

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    38/45

    38

    Parte IV Gremaud, 75

    Tabela 18.14 - Evoluo do PIB: Brasil x Mundo.

    Mundo Brasil Brasil/Mundo

    1961/2006 3,83 4,48 17,04%

    60s 4,88 5,76 18,00%

    70s 3,93 8,79 123,65%

    80s 3,16 3,02 -4,37%

    90s 3,15 1,80 -42,90%

    95/98 3,68 2,57 -30,03%

    99/02 3,50 2,10 -40,10%

    2003/06 4,85 2,62 -45,92%

    Parte IV Gremaud, 76

    Tabela 18.15 - Crescimento econmico: taxas de crescimento (% a.a.)

    2002 2003 2004 2005 2006

    PIB Brasil 1,93 0,54 4,94 2,28 2,86

    PIB Indstria 2,57 0,07 6,18 2,52 2,96

    PIB Agropecuria 5,54 4,49 5,29 0,77 3,22

    PIB Servios 1,61 0,61 3,32 2,03 2,36

    Consumo das famlias -0,37 -1,47 4,06 3,14 3,77

    Consumo da Administrao Pblica 1,36 1,31 0,12 1,56 2,07

    Formao bruta de capital fixo -4,16 -5,13 10,92 1,61 6,26

    Exportaes 7,9 8,95 17,99 11,62 5,05

    Importaes -12,3 -1,68 14,33 9,45 18,06

    Fonte: Ipeadata

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    39/45

    39

    Parte IV Gremaud, 77

    Q uad r o 18 .15 - E m p r s ti m os do S FN - % d o P IB

    -

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    jun/88

    jun/89

    jun/90

    jun/91

    jun/92

    jun/93

    jun/94

    jun/95

    jun/96

    jun/97

    jun/98

    jun/99

    jun/00

    jun/01

    jun/02

    jun/03

    jun/04

    jun/05

    jun/06

    F o n te: Bacen

    %P

    I

    Livre s D irec io nad os T otal

    Parte IV Gremaud, 78

    Consideraes Finais Pas conseguiu estabilizar, mas, Trs ltimos governos baixas taxas de

    crescimento, apesar da estabilizao e da melhorada economia mundial;

    Vrias reformas foram realizadas sem que issolevasse a retomada sustentvel do crescimento;

    Questo, quais variveis travam o crescimento:baixa poupana pblica, problemas de infra-estrutura, maior taxa de juros real do mundo,volatilidade do crescimento, enfim, o objetivo

    bsico do pas RETOMAR o CRESCIMENTO.

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    40/45

    40

    O Brasil e o Fluxo de Capitais: DvidaExterna, sua Crise e Reinsero nos

    anos 90.

    AULA 07

    Parte IV Gremaud, 80

    Recurso ao capital externo

    O capital estrangeiro, de uma forma ou outra,historicamente se fez presente em todas as fases denossa economia

    Na Repblica Velha, o mercado de capitaisinternacional era uma fonte importante de recursos

    O PSI s seria possvel com o recurso ao capitalestrangeiro, para poder financiar os dficits recorrentesem transaes correntes

    a partir do governo JK a industrializao se vale derecursos externo por meio da entrada dasmultinacionais

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    41/45

    41

    Parte IV Gremaud, 81

    Evoluo da Dvida Externa Brasileira 1900 - 1999(bilhes de dolares - escala logartmica)

    0,1

    1

    10

    100

    1000

    1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990Fonte: IBGE e Conjuntura Econmica

    Parte IV Gremaud, 82

    Endividamento externo no perodo militar

    o processo recente de endividamento externo brasileiroinicia-se principalmente em 1968.

    justificativa para o endividamento era a necessidade depoupana externa para viabilizar as altas taxas de

    crescimento do milagre.

    cenrio internacional: liquidez e euromercado

    inicialmente captao privada: Res. 63 e lei 4131

    Depois do choque do petrleo recursos externosnecessrios para contornar problemas no BP

    Dcada de 70: estatizao da dvida externa brasileira

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    42/45

    42

    Parte IV Gremaud, 83

    Crise da dvida externa Fim dos anos 70: alterao da poltica dos EUA

    Aperto monetrio e elevao dos juros

    Encarece dvida anteriormente contratada pelo Brasil comtaxas de juros repactuadas (flutuantes)

    EUA passam a a atrair os recursos, diminuindo possibilidadedo Brasil angariar fundos

    Situao se complica com insolvncia da Polnia e Argentina

    e moratria do Mxico no entra mais recursos no Brasil Brasil: transferncia de recursos ao exterior para

    pagamento da dvida externa anteriormente contrada Recesso e desvalorizao para a gerao de mega supervits

    comerciais

    Parte IV Gremaud, 84

    Transformaes no CenrioInternacional

    Globalizao Financeira: Ressurgimento do mercado de capitais at ento

    essencialmente bancrio

    Crescente interligao dos sistemas financeirosinternacionais

    Desregulamentaes e liberalizaes das balanas decapitais

    Inovaes informacionais

    Inovaes financeiras: securitizao das dvidas

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    43/45

    43

    Parte IV Gremaud, 85

    A Reinsero Brasileira a partir destas transformaes que, em fins dos anos

    80, vrios pases voltam a receber recursos externos,sendo que no Brasil este processo iniciou-se em 1991

    Importante: securitizao e renegociao da dvidaexterna brasileira

    As principais formas de captao so: o lanamento de ttulos no exterior commercial papers,

    floating rates notes, asset backed securities, eurobonds etc. o lanamento de aes de empresas nacionais no exterior

    ADR (American Depository Receipt)

    investimento direto e dos fundos de investimento no mercadonacional (Bolsa).

    Parte IV Gremaud, 86

    Abertura Financeira Incio: fim dcada 80, acelera nos anos 90

    liberalizao cambial ampliao da conversibilidade da moedanacional fim do mercado negro

    Flexibilizao do ingesso/sada de recursos externos naeconomia brasileira

    Mecanismos Unificao mercado cambial regime flutuao

    Ampliao dos limites de aquisio de divisas e permisso paramanter divisas e ativos denominados em moeda externa Possibilidade de efetuar transferncias e investimentos no

    exterior Resoluo 1832 - Anexo IV: permisso para investidores

    estrangeiros acessarem mercado de aes e de renda fixabrasileiros

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    44/45

    44

    Parte IV Gremaud, 87

    Abertura financeira: consequncias Abertura financeira + elevao da taxa de juros no

    Brasil = entrada de recursos externos no pas =ampliao da dvida externa nacional

    Brasil se aproveita deste fluxo para financiar balanade transaes correntes

    Poupana externa = crdito relativamente barato

    Problemas: Vulnerabilidade aos fluxos e Instabilidade dos fluxos

    Efeitos contgios e transmisso das crises entre os pases

    Perda de liberdade na conduo da poltica interna

    Parte IV Gremaud, 88

    Conta Capital e Dvida externa Brasil (1978 - 1999)

    -10

    -5

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    1978 1983 1988 1993 1998

    Co

    ntaCapital

    -50

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    Div

    idaexterna

    Conta Capital Divida externa

  • 7/22/2019 Amanda Economiabrasileira Modulo5 002 O Plano Real Parte 1

    45/45

    Questo de Concurso

    (BNDES, Economista, 2011, Cesgranrio) Durante os anos1990, houve mudanas substanciais na economia brasileira.Nos primeiros anos dessa dcada, em comparao com a suasegunda metade, a(o)

    (A) taxa de inflao foi maior.(B) taxa de juros nominal foi menor.

    (C) valor em dlar das importaes foi maior.(D) valor das reservas em divisas estrangeiras foi o mesmo.(E) deficit na conta-corrente do balano de pagamentos foi maior.

    Parte III Gremaud, 89