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Jornal distribuído pelo Expresso. Venda interdita. P.17 AGUIAR DA BEIRA Cliente derrota “gigante” da EDP em milhares de euros 28 OUT. 2016 António Figueiredo Diretor Nº 759 SEMANÁRIO 6ªF INDEPENDENTE • PLURAL REGIONAL • INOVADOR AO CENTRO P.2 / REGIÃO P.6 / CULTURA P.31 / ENTREVISTA P.33 / DESPORTO P.34 / OPINIÃO P.37 / CRÍTICA P.39 P.2 AUTÁRQUICAS DÃO LAFÕES: ONDE MUITAS AUTARQUIAS PODEM MUDAR P.8 VISEU 20 PROSTITUTAS JÁ TRATADAS PELA “SAÚDE NA ESQUINA” P.30 PEDITÓRIOS BOMBEIROS FALAM DE CONCORRÊNCIA DESLEAL P.31 CULTURA CRIAÇÕES PRÓPRIAS PARA 14 MUNICÍPIOS Feira dos Santos MANGUALDE P.19 ESPECIAL MUDANÇA DE HORA Atrase 60 minutos o relógio às 02H00 de 30 de outubro Abaixo assinado reclama cartão de residente e “mais calma” à PSP Moradores e comerciantes do centro histórico contestam atuação da autarquia e da polícia P.6 VISEU P.33 ENTREVISTA Voleibol reclama investimento Artur Pombinho, Presidente da Associação de Viseu

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Jornal distribuído pelo Expresso. Venda interdita.

P.17 AGUIAR DA BEIRA

Cliente derrota “gigante” da EDP em milhares de euros

28OUT. 2016

António Figueiredo

Diretor

Nº 759SEMANÁRIO 6ªF

INDEPENDENTE • PLURAL REGIONAL • INOVADOR

AO CENTRO P.2 / REGIÃO P.6 / CULTURA P.31 / ENTREVISTA P.33 / DESPORTO P.34 / OPINIÃO P.37 / CRÍTICA P.39

P.2 AUTÁRQUICAS

DÃO LAFÕES:ONDE MUITASAUTARQUIAS PODEM MUDAR

P.8 VISEU

20 PROSTITUTAS JÁ TRATADAS PELA “SAÚDE NA ESQUINA”

P.30 PEDITÓRIOS

BOMBEIROSFALAM DECONCORRÊNCIADESLEAL

P.31 CULTURA

CRIAÇÕESPRÓPRIASPARA 14MUNICÍPIOS

• Abaixo assinado reclama cartão de residente e “mais calma” à PSP

Moradores ecomerciantes do centro histórico contestam atuação da autarquia e da polícia

P.6 VISEU

Feira dos SantosMANGUALDE

P.19 ESPECIAL

MUDANÇA DE HORAAtrase 60 minutos o relógio às 02H00 de 30 de outubro

• Abaixo assinado reclama cartão de residente e “mais calma” à PSP

Moradores ecomerciantes do centro histórico contestam atuação da autarquia e da polícia

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P.33 ENTREVISTA

Voleibol reclama investimento

Artur Pombinho, Presidente da Associação de Viseu

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AO CENTRO

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2017Texto Sandra Rodrigues

Os presidentes que se vão embora e os que querem voltar

O Jornal do Centro termina, nesta edição, o dossiê sobre as “Eleições Autárquicas de 2017”. Depois da análise das candidaturas que se avizinham nas sete cidades do distri-to de Viseu e de um olhar mais atento para os municípios do Douro, é agora vez de dar a conhecer os candidatos e os pré-candidatos nos municípios que integram a região

Dão Lafões

Nos municípios que inte-gram a Comunidade In-termunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões analisados nas próximas páginas (Mor-tágua não pertence a esta CIM, mas faz parte do dis-trito) há antigos presiden-tes de Câmara que querem voltar ao ativo depois de cumprirem um mandato de

“jejum”. Outros, como os de Oliveira de Frades e Sátão vão ser obrigados a cumprir o castigo, uma vez que es-tão a completar os 12 anos à frente das respetivas au-tarquias. As complicações começam quando é preciso escolher nomes para preen-cher “os vazios” ou quan-do há candidatos a mais para um só lugar. Há, para já, a intenção de avançarem duas candidaturas indepen-dentes – Oliveira de Frades e Sátão. Certa, parece já a coligação PSD/CDS em Pe-nalva do Castelo.O CDS reúne, entretanto, a 5 de novembro para prepa-rar o processo eleitoral, no-meadamente a avaliação de possíveis processos de co-ligação e a constituição de listas próprias

Concelhos analisados nesta edição

Concelhos analisadosnas edições anteriores

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AO CENTRO

Com a saída forçada de Alexandre Vaz (PSD e no terceiro mandato) da Câmara do Sátão, os restantes par-tidos vêm aqui uma oportunida-de para se chegarem à frente. Está também a ser preparada uma can-didatura independente que, dizem,

“vai fazer mossa”. A lista está a ser preparada e para a liderar perfilam-

-se dois candidatos: Geraldo Olivei-ra (enfermeiro no Centro de Saú-de e atual presidente da Freguesia de Avelal) ou António Carlos Xa-vier de Sá (médico). Nesta lista po-dem surgir nomes como os de Rui Miguel Loureiro Cabral, atual pre-

sidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos e filho do anterior pre-sidente de câmara, Luís Manuel Ca-bral. Por parte do PS, o nome que mais se fala é o de Acácio Pinto, ex-deputa-do na Assembleia da República. Este seria o candidato mais natural, mas, mesmo dentro do PS, existem algu-mas reservas, havendo quem defen-da que a lista deveria ser encabeça-da por Ricardo Santos (presidente da Comissão de Fiscalização da As-sembleia de Compartes da Freguesia de Ferreira de Aves) ou por António José Filipe Carvalho (presidente da

Junta de Sátão).Ao PSD, cabe encontrar um nome que mantenha o partido à frente da autarquia. Daniel Azevedo, gen-ro de Alexandre Vaz, é o nome ao qual o atual presidente gostaria de deixar a Câmara, mas a discussão do candidato ainda está em aberto. Dentro do partido, fala-se também em Carlos Albuquerque (médi-co), Carlos Paixão e Eugénia Duar-te, atual presidente da Assembleia Municipal.O candidato do CDS deverá ser Ma-nuel Oliva, o juiz jubilado que já se apresentou nas eleições de 2013.

SÁTÃOINDEPENDENTES QUEREM CONQUISTAR A CÂMARA

Contra tudo e contra todos, me-nos contra as orientações do Par-tido, Borges da Silva apresen-ta-se para um novo mandato à Câmara de Nelas. O atual presi-dente insere-se no perfil delinea-do pelo PS, já recebeu o apoio da Comissão Distrital, mas no con-celho que gere é que lhe falta o consenso. A Concelhia está divi-dida. Há quem esteja do lado de Borges da Silva e há quem gostas-se de ver um outro candidato so-cialista. Uma situação que tem le-vado a que os próprios plenários

deste órgão partidário acabem sem decisões. A divisão começou antes, ainda no seio do executi-vo. Ao vereador Alexandre Bor-ges, eleito pelo PS, foi-lhe retirada a confiança política por parte de Borges da Silva. De então para cá, as posições extremaram-se entre quem está contra e quem está por Borges da Silva. Com tantas divi-sões, quem está a aproveitar são as restantes forças partidárias. O vereador Alexandre Borges anda a ser sondado para ser candida-to por outros partidos, nomea-

damente pelo Bloco de Esquerda que já anunciou estar disposto a

“recebê-lo”.E enquanto o PS tenta arrumar-

-se, Manuel Marques já disse que é o candidato pelo CDS. O atual vereador garantiu até ter lista “pronta para ser entregue a qualquer momento”.Pelo PSD, avança Isaura Pedro. A ex-presidente da Câmara está disposta a deixar o seu manda-to de deputada na Assembleia da República. E nem o processo judicial em que esteve envolvida

por causa da instalação de umas bombas de combustível em Ne-las (e do qual foi ilibada) belis-cou a sua intenção de voltar ao cargo que ocupou durante dois mandatos, entre 2004 e 2013, ano em que perdeu para Borges da Silva que era, na altura, o seu vice-presidente.À semelhança de eleições an-teriores, PSD e CDS poderão avançar juntos. Manuel Mar-ques já esteve também no execu-tivo liderado por Isaura Pedro.

NELASOS BORGES: TÃO AMIGOS QUE ELES ERAM

O atual presidente da Câmara de Mortágua, Júlio Norte, diz que tem até ao final do ano para decidir se vai ou não recandidatar-se a mais um mandato. Vai consultar a fa-mília e depois anunciar. O autarca, eleito pelo PSD, diz que já foi son-dado, resta saber se também pelo PS, partido pelo qual já foi verea-dor (e vice-presidente) quando era presidente Afonso Abrantes (PS) que agora é presidente da Assem-bleia Municipal. Aliás, Mortágua é um dos municípios atípicos rela-

tivamente à composição partidária dentro dos órgãos autárquicos. No executivo municipal, a liderança é do PSD com quatro lugares, se-guindo-se o PS com três vereadores. Já na Assembleia Municipal os so-cialistas lideram com 10 deputados (a que se juntam mais cinco presi-dentes de Junta de Freguesia) con-tra nove do PSD (mais dois presi-dentes de junta, um dos quais em coligação com o CDS). O Partido Popular tem dois elementos eleitos.Agora, cabe ao PSD voltar a apostar

em Júlio Norte e ao PS lançar Afon-so Abrantes que deixou de se recan-didatar pela limitação de mandatos. João Pedro Fonseca, atual vereador, também é um nome que se posicio-na “naturalmente”. O CDS poderá avançar com Alexandre Porto, atual presidente da Concelhia. Há três anos, o candidato foi Filipe Valente. Em Carregal do Sal, os campos de batalha estão em “stand by”. PS e PSD aguardam pelas candidaturas de cada um para saberem com que nomes podem avançar. É que Rogé-

rio Abrantes, que ganhou a autar-quia há três anos pelos socialistas, ainda não decidiu se vai recandida-tar-se ou não. Apesar de ser o nome que o PS quer, o autarca só avan-ça se o partido resolver algumas

“questões pendentes”. Caso não o faça poderá avançar com candida-tura independente. O PS tem aqui o caso para resolver, mas o PSD também não está melhor. Francis-co António é o nome mais falado pelos sociais-democratas, mas não o mais consensual.

MORTÁGUA E CARREGAL DO SALOS CANDIDATOS DO PSD QUE JÁ FORAM DO PS

Há mais autarcas que depois de cumprirem um mandato de

“castigo” por causa de limitação de anos à frente de uma autarquia querem regressar à vida política

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AO CENTRO

O concelho de Oliveira de Frades chega ao fim de um ciclo, já que Luís Vasconcelos (PSD) não se pode recandidatar por limitação de mandatos. Assim sendo, cabe aos sociais democratas encon-trar um nome forte para que o PS não ganhe caminho. Mas esta não está a ser uma tarefa fácil. É que dentro do próprio PSD há “dissi-dentes” que até não se importam de ser candidatos pelo PS. Fala-se num partido “espartilhado” que, para já, tem como pré-candidato o atual vereador Paulo Antunes, mas cujo nome não terá agradado aos militantes da Concelhia e a al-guns presidentes de junta. A coli-gação PSD/CDS deverá manter-se.Já o PS quer aproveitar esta desor-

dem para avançar com nomes de peso e, ao que tudo indica, esse nome poderá ser um dos dissiden-tes sociais-democratas. Os socialis-tas estão a “avaliar as ofertas” e este é um dos municípios onde a aposta vai ser forte. Resta saber se vai a jogo com militantes de base ou com “no-mes consolidados” da oposição. Também para as autárquicas de 2017 está a ser preparada uma can-didatura de independentes. Para já, o grupo, que se apresentou nas redes sociais, diz que prefere o anonimato. “Este movimento é o único independente e não está li-gado a qualquer partido político. É um movimento de esquerda, es-sencialmente, preferimos para já o anonimato”, referiram.

OLIVEIRA DE FRADESPS AVALIA NOMES, PSD COM DISSIDENTES E GRUPO DE INDEPENDENTES QUER AVANÇAR

Rui Ladeira está pronto para as-sumir um segundo mandato à frente da Câmara de Vouze-la. Eleito pelo PSD, o nome para as autárquicas de 2017 é, ao que tudo indica, consensual. Já no PS, há várias hipóteses que se perfi-lam mas, segundo o coordena-dor autárquico com responsabi-lidades nos concelhos de Lafões, Pedro Mouro, está-se neste mo-mento a fazer “uma auscultação dos militantes e simpatizantes”. Outros nomes avançados são os de António Meneses (atual verea-dor) ou Agostinho Neves (presi-dente da Concelhia) “Ainda não estão definidos nomes. Espera-mos ter candidatos até ao final do ano”, disse Pedro Mouro. O

dirigente socialista lembrou ain-da que as orientações do partido são as de que todos os presiden-tes, sem limitação de manda-tos, têm a preferência para serem candidatos se assim o desejarem.

“É, pois, natural que em Castro Daire, por exemplo, seja Fernan-do Carneiro o candidato para as autárquicas de 2017”, anunciou. Mas, dentro do PS há vozes crí-ticas para com este candidato. Localmente, há socialistas que contestam a escolha, mas que preferem manter-se silenciosos porque, dizem, “quem controla isto é o presidente e a esposa”.Paulo Almeida, membro da As-sembleia Municipal, deverá ser o candidato do PSD.

VOUZELA E CASTRO DAIRERUI LADEIRA E FERNANDO CARNEIRO, OS CANDIDATOS NATURAIS DO PSD E PS

José Morgado, presidente da Câma-ra de Vila Nova de Paiva eleito pelo PS (e também o presidente da Co-munidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões) é o candidato socialista e prepara-se para assumir o terceiro mandato. Mas, a vida pode não fi-car assim tão facilitada. O PSD, em coligação com o CDS, deverá avan-çar com Manuel Custódio que quer regressar novamente à Câmara que já liderou. Ao que tudo indica, esta coligação estará fechada. Com Ma-

nuel Custódio, atual presidente da Concelhia, seguirá, em segundo lu-gar, Hugo Trindade, líder do CDS em Vila Nova de Paiva. O número três da lista de coligação poderá ser entregue a Cristina Santos que já foi vereadora do PSD com Manuel Custódio.Em Penalva do Castelo, os socialis-tas têm pela frente a tarefa de ten-tar manter a liderança autárquica com Francisco Carvalho. Mas tam-bém neste concelho, o PSD quer jo-

gar “com tudo o que tem” para des-tronar o PS. O social-democrata Carlos Santos é o candidato possí-vel, mas há quem receie que o atual vereador volte a perder para Fran-cisco Carvalho como aconteceu nas últimas eleições. Por isso, den-tro do PSD, há quem advogue que o candidato deveria ser de novo Ilí-dio Monteiro, que já foi presidente do município, agora que está a aca-bar de cumprir os seus quatro anos de “jejum”.

VILA NOVA DE PAIVA E PENALVA DO CASTELOANTIGOS “DINOSSAUROS” PODEM REGRESSAR PARA COMPLICAR VIDA AO PS

Nas eleições de 2013 foram feitas nove coligações entre o PSD e o CDS

O concelho não faz parte do distri-to de Viseu, mas engloba a Comu-nidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões. Aqui, Joaquim Bonifácio foi eleito pelo Movimento Independen-te com o apoio do PS. Agora, para as próximas eleições a dúvida é sa-ber se o atual presidente da Câma-ra avança, assumindo-se como o candidato socialista ou mantém-se

no Movimento, embora tenha dito na anterior campanha eleitoral que só estaria disponível para um man-dato. Dentro do PS há também Rita Mendes que nunca escondeu a von-tade de ser candidata. Os socialistas terão aqui de fazer escolhas que po-derão depender do candidato que o PSD apresentar.O nome natural dos sociais-demo-

cratas é o de Fernando Pires, atual vereador e o que foi enviado pela Concelhia para a Comissão dis-trital para ser homologado ou não pela Nacional. O nome do ex-presi-dente Fernando Andrade (que lide-rou a autarquia durante quase duas décadas) também é falado, mas poucos são os que acreditam num possível regresso.

AGUIAR DA BEIRAINDEPENDENTE JOAQUIM BONIFÁCIO DEVE AVANÇAR COMO CANDIDATO DO PS

São conhecidos, para já, duas candidaturas lideradas por movimentos independentes

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RICARDO BORDALOJornalista

OPINIÃO

PORTUGAL, PAÍS MARAVILHOSAMENTE

ABORRECIDO PENDURADO EM

VÍRGULAS

Visto à distância, Portugal é um país maravilhosamente aborreci-do pendurado em vírgulas.Quando aqueles tipos com ar infeliz, a troika, entraram pelo país a dentro, com um ar de quem se doutorou, com notas ex-cepcionais, em virgular a vidinha daqueles a quem, nos meios mais esotéricos, ainda são conhecidos por cidadãos, lembro-me de ter escrito que, de repente, sem saberem bem porquê, mais de 10 milhões de unidades tinham visto aqueles mesmos indivíduos a agri lhoar a sua ex istência, usando vírgulas.Estava convencido que, com a saída de cena dos melhores amigos das vírgulas por cá, o Go-verno PSD-CDS, o país ver-se-ia, finalmente, livre das grilhetas. Não foi assim.Estamos já tão profundamente dependentes das vírgulas que, sem elas, a vida deixa de fazer sentido. A geringonça está aí para provar que é como digo… se um dia não tiverem uma vírgula para colocar entre nós e eles, per-dem o viço… e o Norte.Mas a imagem também serve para parcelar o maravilhosamen-te aborrecido, calmo e pacífico país que é Portugal. Só que há uma vírgula para além da qual fica o essencial: é tudo verdade se se for turista e estrangeiro ou rico!Na parte inteira dos números, estamos nós. Embora queiram convencer a malta que não… com vírgulas, claro!P.S.: Com um esforço sem vír-gulas, consegui evitar escrever sobre o Palito de Aguiar da Beira. E ainda bem, porque isto está mesmo mauzinho. É aquela fase patética onde os jornais come-çaram a humanizar o indivíduo, como se, lá no fundo, fossemos todos iguais e despachar dois e tentar encurtar o sofrimento da existência a mais três, fosse apenas um pormenor, como não gostar de fotos de gatinhos lindos no facebook.

VISEUTexto Micaela Costa

ABAIXO ASSINADO CONTRA FALTA DE ESTACIONAMENTOS NO CENTRO HISTÓRICO DE UM MOMENTO PARA O OUTRO “ESTACIONAR NA ZONA HISTÓRICA VIROU UM VERDADEIRO INFERNO”. HÁ QUEM FALE EM “CAÇA À MULTA”, EM “IDEIAS MAL CONCRETIZADAS” E EM “ESQUECIMENTO DOS MORADORES”. OS ESTACIONAMENTOS, OU A FALTA DELES, JÁ LEVOU À CRIAÇÃO DE UM ABAIXO ASSINADO. CÂMARA E PSP REJEITAM ACUSAÇÕES E DIZEM ESTAR A CUIDAR DE UMA ZONA NOBRE DA CIDADE

Desde que a Câmara Munici-pal de Viseu anunciou que a zona história passaria a

estar livre de carros que o tema tem sido motivo de conversa nas ruas, ruelas, cafés e restaurantes do Cen-tro Histórico. Se há quem defenda a ideia, há também quem critique uma “mudança tão repentina”. O assunto dos estacionamentos já levou até à criação de um abaixo-as-sinado, da autoria de vários mora-dores daquela zona. No manifesto, que já foi assinado por algumas dezenas de pessoas, os subscritores referem que “devem ser respeitados e ter direito a poder executar as mais simples tarefas domésticas em condições de sossego e tranquilida-de e bem-estar, sem ter que andar a fugir da polícia”. Isto porque são muitos os que dizem já ter sido multados, a lguns por diversas vezes, “por parar o carro por alguns minutos só para deixar as compras ou as crianças”. O problema, contam, “já nem está em não poder estacionar mas na forma como as novas ideias estão a ser implementadas”. “É preciso

equi l íbrio nas decisões, não se pode mudar a vida de alguém de um momento para o outro. Pri-meiro criam-se soluções e depois aplicam-se as ideias”, frisou ao Jornal do Centro um morador que preferiu manter o anonimato. Ideia partilhada por Paulo Azevedo, um morador que já foi multado por quatro vezes, “em locais onde antes estacionava e não tinha problemas, nomeadamente à porta de casa”. “Têm sido prometidas “bolsas” de estacionamento para moradores e visitantes. Não são conhecidos ainda os contornos dessa solução. Mas acredito que, enquanto essa solução não estiver implementada no terreno, não se podem banir os locais de estacionamento. Porque desta forma os moradores não têm outra opção que não seja deixar os seus veículos a vários quilómetros de suas casas”, contou.No abaixo-assinado, os moradores deixam a lguns pedidos: “que a Câmara Municipal, não proceda a alterações no modo de estacio-namento dos moradores nem dos comerciantes até que encontre al-

ternativas; que proceda à criação do cartão de residente que entre outras vantagens daria acesso a bolsas de estacionamento para moradores, que seja criado, conforme o anun-ciado, o parque de estacionamento prometido dentro do Centro His-tórico; e que enquanto não houver alternativas, o senhor presidente da Câmara procure sensibilizar a PSP para que continue a respeitar os luga res que o costu me e as autoridades ao longo de dezenas de anos consignaram como espaço de estacionamento aos moradores e aos comerciantes”.

Comerciantes queixam-se da quebra no negócioPara além dos moradores também os comerciantes se queixam de to-das estas mudanças. O responsável pelo restaurante Colmeia é um des-ses exemplos e ao Jornal do Centro admitiu que “esta decisão tem-se feito sentir na redução dos clientes que por não terem estacionamento preferem não vir almoçar ou jantar ao restaurante”. Para o proprietário, “até pode não haver trânsito no

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Autarquia quer zona central de Viseu sem carros

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Quanto às acusações de que pode haver uma vontade por parte da autarquia em incentivar a “caça à multa”, o executivo frisou que “a com-petência do policiamento não é da câmara mas sim da PSP” e que a receita é também da PSP. “A PSP cumpre a sua função, a autarquia cumpre a sua, da mesma maneira que os cidadãos têm que cumprir as regras”, frisou ao Jornal do Centro, Almeida Henriques, presidente da Câmara Mu-nicipal de Viseu.O tema chegou a ser levantado na última reunião da Assembleia Municipal, por Filomena Pires. A deputada na Assembleia da CDU, referiu na sua intervenção que: “diariamente, entre as 13h00 e as 15h00, a PSP tem instruções da Câmara para multar todos os carros que se encontrem fora dos estacionamentos autorizados no Centro His-tórico. Coincidindo esta hora com a frequência para almoço dos restaurantes da zona, regra

geral a refeição dos incautos custa-lhes mais de 40 euros. Como dizem, com sorriso amarelo, por esse dinheiro vão comer aos restaurantes de luxo, em vez do Colmeia, da Mesa da Sé ou de muitos outros que por ali existem”. Versão que uma fonte da polícia também con� rmou ao Jornal do Centro, dizendo que “há ordens para multar”. Já Vítor Rodrigues, comandante da PSP de Vi-seu, nega as acusações e diz que há um cuidado com toda a cidade, especialmente em zonas que requerem mais atenção. “Temos um cuidado com toda a cidade mas em especial com aquela área por se tratar de uma zona histórica, com ruas estreias, de cargas e descargas, com algum trânsito e por isso temos que ter obrigatoria-mente algum cuidado com essa área”. Quanto às multas, Vítor Rodrigues a� rma que “a polícia não autua nenhuma viatura que esteja bem estaciona”.

CÂMARA E PSP NEGAM “CAÇA À MULTA”

Centro Histórico mas era preciso que primeiro se tivessem criado alternativas”, referindo ainda nunca foi alertado pela autarquia destas mudanças. “Se fosse hoje não tinha investido aqui o meu dinheiro”, concluiu.Adão Ra mos, responsável por outro espaço comercial, Irish Bar, também admitiu que a falta de es-tacionamento afasta alguns clientes. Para Sandra Oliveira, proprietária de um atelier no Centro Histórico há vários anos, e que admite sentir uma grande diferença no movi-mento de pessoas, uma das opções poderia passar pela criação de “uma política de estacionamento para verão e para inverno” ou “estacio-namentos pagos em qualquer sitio da zona historia mas com preços mais altos, um pouco à semelhança de cidades como Madrid, Zagreb, Viena ou Budapeste, onde parar o carro por uma hora pode custar 1,50 euros”. Gualter Mirandez, da Associação

Comercial do Distrito de Viseu, a� rmou que alguns comerciantes se têm mostrado preocupados e des-contentes. “Houve uma comissão [organizada pelos comerciantes] que nos abordou para que, em conju nto, sensibi l i zássemos a Câmara”, contou. Em toda a zona história contabilizam-se, segundo a Associação Comercial, perto de 400 comerciantes. Após várias reuniões, segundo o responsável, “as coisas ficaram mais esclarecidas”, ainda assim “os comerciantes reivindicam quatro lugares no largo D. Duarte”, em vez dos dois disponíveis. Há a inda a intenção, por par te da Associação Comercial em apelar à autarquia para que os estaciona-mentos pagos tenham um preço reduzido, pelo menos, durante a primeira hora, em vez da meia hora de� nida. “O que pretendemos é um equilíbrio entre todos e que haja � uidez e que os carros não estejam parados o dia todo nos mesmos locais”, alertou Gualter Mirandez.

Autarquia apresentou algumas ideias A Câmara Municipal de Viseu já fez saber que vão ser criadas bolsas de estacionamento para moradores, uma política de estacionamento gratuito para moradores e comer-ciantes, sobretudo no período da noite, o parque de estacionamento do Centro Comercial Académico, com 80 lugares, que podem ser alugados mensalmente, um parque – em fase de avaliação das propostas do concurso publico internacional a construir no logradouro atrás da Igreja da Misericórdia e outro junto ao Funicolar, na Rua Capitão Silva Pereira um parque disciplinado com ligação para a rua do Gonçali-nho e Rua Direita. E ainda manter o suttle (sobretudo à quinta, sexta e sábado, num horário mais tardio), dois autoca rros (“a zu l in hos”) elétricos que façam o percurso permanente do centro histórico, para além dos seis “amarelinhos” que vão fazer o circuito urbano (percurso de 7,5km).

DOMINGO, 30 DE OUTUBRO - 15H00

ACOMPANHE O JOGO

LEIXÕES SC - ACADÉMICO DE VISEU13ª Jornada

RELATO em 98.8 FMRádio Jornal do Centro/ Rede Mundial FM

SÁBADO, 29 DE OUTUBRO - 16H00

ACOMPANHE O JOGO

CD TONDELA - MOREIRENSE 9ª Jornada

RELATO em 98.8 FMRádio Jornal do Centro/ Rede Mundial FM

“Enquanto essa solução não estiver implementada no terreno, não se podem banir os locais de estacionamento. Porque desta forma os moradores não têm outra opção que não seja deixar os seus veículos a vários quilómetros de suas casas”

Moradores falam em “caça à multa”

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REGIÃO

VISEUTexto Irene Ferreira

“SAÚDE NA ESQUINA” APOIA 20 PROSTITUTASDESDE AGOSTO, O PROJETO “SAÚDE NA ESQUINA” ESTÁ NAS RUAS EM CONTACTO DIRETO COM AS PROFISSIONAIS DO SEXO A QUEM DISPONIBILIZA A REALIZAÇÃO DE EXAMES, CONSULTAS, APOIO PSICOLÓGICO E PRESERVATIVOS

Cerca de duas dezenas de mu-lheres do concelho de Viseu já foram alvo das consultas

médicas e mais de meia centena já tiveram informação disponibilizada pelo projecto “Saúde na Esquina” da Delegação Regional do Centro da Organização Não Governamental (ONG) Saúde em Português. A inicia-tiva tem como público-alvo mulheres trabalhadoras do sexo e arrancou em agosto. Segundo Inês Figueiredo, responsável pela delegação de Viseu, o projeto tem a duração de um ano, mas “pretendemos que o projeto possa vir a ser prolongado no tempo”. A equipa está na rua em contacto com as prostitutas duas vezes por mês. O objetivo é prestar apoio físico e psicológico através de consultas realizadas na Unidade Móvel de Saúde disponibilizada pela autarquia viseense. “Fazemos citologias de rastreio por causa do cancro do colo

do útero, promovemos hábitos de saúde saudáveis, distribuímos pre-servativos e vamos também fazer em parceria com o CAD Viseu (Centro de Aconselhamento e Deteção) testes de rastreio do HIV Sida”, adianta Inês Figueiredo que aproveita para fazer um balanço “muito positivo”. “ As senhoras aderiram muito bem ao projeto e está a correr muito bem”. A responsável refere-se à abordagem feita às mulheres da Quinta da Pomba (local conhecido por agregar um ele-vado número de prostitutas) porque, como diz, “a nível da prostituição de estrada a realidade é um pouco diferente e é mais difícil de chegar a elas por estarem numa situação mais vulnerável do que as mulheres que se prostituem em apartamento”. Em novembro, a organização avança com uma campanha de divulgação do projeto e pretende reforçar o tra-balho junto das profissionais de beira

de estrada. “Saúde na Esquina” conta com o apoio do município de Viseu na disponibilização da Unidade Móvel de Saúde, o ACES Dão Lafões na atribuição dos preservativos e o CAD Viseu. “São parcerias muito impor-tantes e que sem elas era impossível continuarmos a trabalhar”, conclui a responsável pela delegação de Viseu da Organização Não Governamental Saúde em Português. No âmbito do projeto é construída uma base de dados com a identificação dos principais fatores de risco, avaliação das mudanças de comportamento de risco e aferição do impacto do projeto na população-alvo. A ONG pretende, depois, fazer a apresentação dos resultados finais, nomeadamente o número de pessoas alcançadas. Delegação Regional do Centro da ONG Saúde em Português em ViseuA organização está também desde

Julho em Viseu com o projeto “Saú-de sem Teto”, consultas dirigidas aos sem abrigo. A iniciativa envolve voluntários da área da Saúde que, utilizando as suas competências pro-fissionais, recursos disponibilizados e experiência no terreno, intervêem, na saúde física e psicológica das pes-soas que vivem na rua. A delegação de Viseu criada em dezembro do ano passado pretende ainda desenvolver outras iniciativas, como a “Saúde na Prisão” e “Saúde Rural” que tem como missão “ levar médicos de família a freguesias com carências”. A Organização Não Governamental “Saúde em Português” existe há 22 anos e tem sede em Coimbra. Trabalha com bolsas de exclusão e tem sido reconhecida pelo trabalho voluntário nas comunidades dos países de língua portuguesa e em territórios de conf lito, guerra e catástrofes.

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REGIÃO

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POLÍTICA

RUAS VIU COM “ATENÇÃO” O BALANÇO DE ALMEIDA HENRIQUESNO DIA EM QUE OS ORGÃOS PARTIDÁRIOS LOCAIS DO PSD PEDIRAM A ALMEIDA HENRIQUES QUE SEJA O CANDIDATO ÀS AUTÁRQUICAS DE 2017, O AUTARCA FEZ UM BALANÇO DOS SEUS TRÊS PRIMEIROS ANOS À FRENTE DA AUTARQUIA VISEENSE. ANTECESSOR – FERNANDO RUAS - TAMBÉM ESTEVE PRESENTE E SUSTENTA QUE O QUE OUVIU FOI A APRESENTAÇÃO DE UM “DOCUMENTO PROVISIONAL”

O encontro que assinalou os três anos de Almeida Hen-riques à frente da Câmara

de Viseu serviu mais para fazer a apresentação de “um documento provisional” do que propriamente um balanço, classificou Fernando Ruas, antigo presidente da autarquia. O agora eurodeputado esteve pre-sente no encontro “Viseu Primeiro - Juntos há três anos”, promovido pela Comissão Política da Secção do PSD e que se realizou no dia em que se completaram três anos desde que Almeida Henriques passou a liderar a autarquia viseense deixada, precisamente, por Fernando Ruas. Conhecida a “distância” que existe entre atual e antigo autarcas, Ruas frisou que esteve presente enquanto militante e por ter sido convidado para o evento. Perante uma sala de centenas de

militantes e sobre o balanço que viu e ouviu, o eurodeputado disse ter-se sentido “à vontade” e até “orgulhoso” porque muitos dos projetos e ideias “poderiam ser subscritos por mim”. “Havia lá muito daquilo que � zemos, que deixámos”, salientou. Ainda segundo o ex-autarca, foi feito “um trabalho de powerpoint muito bom”, mas não considerou tratar-se propria-mente de um balanço o que aconteceu no encontro. “Um balanço faz-se de coisas concretas, de coisas feitas e uma boa parte ainda eram coisas a anunciar. Era mais um documento provisional, mas estive com atenção e vi tudo”, sustentou.Para Fernando Ruas, a sua presença no encontro foi “natural” e, embora não soubesse ao que ía, faria sempre questão de estar presente. “Sou mi-litante e fui convidado corretamen-te”, sustentou o eurodeputado que

explicou não ter ficado sentado nos primeiros lugares da sala, e para onde acabou por ser convidado, por achar que deveria ocupar o lugar pela ordem de chegada. No encontro de militantes do PSD, Almeida Henriques lembrou que quando saiu do Governo para se can-didatar à Câmara de Viseu apresentou um projeto para dez anos e que agora que “as sementes estão lançadas, é o tempo de as ir regando, de uma forma metódica, para colher os frutos”. “Queremos cada vez mais consolidar Viseu como o melhor concelho para viver. Não é só a cidade, é todo o concelho”, disse.Na altura, tanto a Concelhia como a Distrital de Viseu do PSD fizeram questão de deixar claro que Almeida Henriques é o candidato para liderar os destinos do concelho. “Todos hoje gostaríamos de ouvir o que eu já ouvi

no congresso nacional. Hoje, no nosso concelho, na nossa terra, gostaríamos de o ouvir dizer que está disponível para continuar a fazer o que tão bem tem vindo a fazer”, pediu Joaquim Seixas, vice-presidente da autarquia e presidente da Concelhia.Já para o presidente da Distrital, Pedro Alves, o atual autarca é “um homem de ação, um empreendedor que resiste às adversidades”, que é também um “gerador de redes” e que “tem sido ao longo destes anos a voz de Viseu no país”.Almeida Henriques disse que aquele não era o dia para apresentar a sua candidatura, “o momento certo será lá mais para a frente”. “Mas obvia-mente que sabem que estou disponí-vel e que serei candidato depois deste apoio que foi aqui trazido de viva voz, quer da concelhia, quer da distrital”, concluiu.

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REGIÃO

Mortágua é o município do distrito de Viseu que possui o melhor site na Internet,

de acordo com um estudo levado a cabo pela Universidade do Minho que avaliou as páginas online das 308 Câmaras Municipais portuguesas. Conteúdos e respetiva atualidade; acessibilidade, navegabilidade e facili-dade de utilização dos sítios; serviços online disponibilizados aos cidadãos e meios disponibilizados com vista à participação dos munícipes nos assuntos da edilidade foram os quatro critérios tidos em conta na investiga-ção que decorreu no ano de 2014. Mortágua é a Câmara do distrito melhor classi� cada no ranking, tendo de resto subido 276 posições face ao anterior estudo realizado em 2012. “Normalmente tem-se fama que as grandes Câmaras é que têm sites extraordinários e com dinâmica por-que são grandes, mas na verdade nós estamos a demonstrar que o nosso interior esquecido aqui com o IP3 e com outras coisas mais também tem coisas boas e tem sites de qualidade”, realça o autarca.S. João da Pesqueira é a segunda edi-lidade da região melhor posicionada, encontrando-se no lugar 45, menos 41 face à anterior investigação. Tabua-ço, que surge no lugar 63 do ranking, é a terceira autarquia do distrito melhor classi� cada, tendo subido 116 posições.O município da região com pior resultado é o de Aguiar da Beira que, embora pertença ao distrito da Guarda integra a CIM Viseu Dão Lafões. Entre as 308 autarquias analisadas, ficou no posto 300. Há dois anos o município tinha � cado no número 288 do ranking. O presidente da Câmara local, Joaquim Bonifácio, desvaloriza a posição alcançada, sublinhando que desde que está à frente dos destinos da edilidade a página da Internet foi sendo “apetrechada em termos de conteúdos, atualizada e as falhas ul-trapassadas”. O autarca confessa ainda não compreender os critérios tidos em conta na investigação efetuada pela academia minhota em 2014. Penedono ficou um lugar acima de Aguiar da Beira no lugar 299, 139 posições abaixo do que no estudo de 2012. Viseu não surge muito melhor classif icado e é mesmo das sete cidades da região a que se encontra na pior posição. O município da capital de distrito ocupa o lugar 297. Em 2012 encontrava-se no posto 196, tendo caído na tabela 101 lugares.

INFOGRAFIA Texto José Ricardo Ferreira / Infogra� a Tânia Ferreira

VISEU NO FUNDO DA TABELA DA INTERNET

CONCELHOSRanking global

Posições alcançadas pelas cidades do distrito

Posição em 2014 Município Posição em 201270 Santa Comba Dão 297182 Lamego 271220 Mangualde 77248 Tondela 579279 S. Pedro do Sul 282283 Tarouca 245297 Viseu 196

Posição em 2014 Município Posição em

20124 Mortágua 28045 S. João da Pesqueira 8663 Tabuaço 17970 Santa Comba Dão 29779 Resende 25891 Carregal do Sal 44116 Vouzela 89117 Armamar 79152 Sátão 81156 Moimenta da Beira 61177 Cinfães 207182 Lamego 271204 Oliveira de Frades 295220 Mangualde 77242 Vila Nova de Paiva 187248 Tondela 579258 Castro Daire 143267 Penalva do Castelo 252273 Sernancelhe 217279 S. Pedro do Sul 282283 Tarouca 245286 Nelas 121297 Viseu 196299 Penedono 160300 Aguiar da Beira 288

Três melhores sites do distrito

Posição em 2014 Município Posição em

20124 Mortágua 280

45 S. João da Pesqueira 86

63 Tabuaço 179

Três piores sites do distrito

Posição em 2014 Município Posição em

2012

300 Aguiar da Beira 288

299 Penedono 160297 Viseu 196

@www.cm-mortagua.pt(melhor site do distrito de Viseu)

As três maiores subidas

Posição em 2014 Município Posição em

20124 Mortágua 28070 S. C. Dão 29779 Resende 258

As três maiores descidas

Posição em 2014 Município Posição em

2012220 Mangualde 77286 Nelas 121299 Penedono 160

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As medidas para o Interior

Ajudas e apoios para a contratação de médicos, criação de centros para formar adultos, turmas mais

pequenas para combater o insucesso escolar e descentralização de serviç os e organismos da administraç ã o central são algumas das medidas do Programa Nacional para a Coesão Territorial apresentado pela Unidade de Missão de Valorização do Interior. Algumas delas já estão em curso, outras são para imple-mentar ao longo de 2017. A articulação interminesterial, bem como a coopera-ção com as autarquias locais, associações empresariais, instituições de ensino e comunidades intermunicipais são as bases para que as propostas cheguem efetivamente ao terreno. Em Portugal, existem 165 municípios do interior (assim classi� cados tendo em conta a densidade populacional, a demogra� a, o povoamento, as caraterí sticas fí sicas do territó rio, a socio-economia e as acessi-bilidades). Excepto o concelho de Viseu, todo o distrito é considerado território de baixa densidade.

DESTAQUE

Freguesias do concelho de Viseu de baixa densidade

Municípios do Interior

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Combater falta de médicos, insucesso escolar e promover a descentralização

São 164 as medidas que fazem parte do Pro-grama Nacional para a Coesão Territorial (PNCT) e que vão ser implementadas pelo

governo para combater a tendência de deserti-� cação do interior. Medidas que, entre outras, prevêem um quadro fiscal mais favorável e a reabertura de serviços públicos. O Jornal do Centro vai dar a conhecer, nas pró-ximas edições e em pormenor, as medidas que estão contidas nos cinco eixos em que se divide o programa (+coeso, +competitivo, +sustentá-vel, +conectado, +colaborativo). A primeira abordagem corresponde ao eixo + Coeso que, segundo o documento, tem como objetivos o de promover a inclusão social e a equidade e uma melhor articulação entre a

oferta de serviços urbanos e rurais. São 37 medidas que, entre outras, apontam para incentivos de 40% da remuneração base para colocação de médicos em zonas carenciadas e para a reativaç ã o de 20 tribunais encerrados e reclassi� caç ã o de 23 antigas secç õ es de proxi-midade. Propõe-se também a transferência de serviços públicos para territórios do interior, mas também, por exemplo, a criação de turmas mais pequenas e de centros Qualif ica ou a valorização dos centros de alto rendimento do interior.“Estas medidas pretendem aumentar a capa-cidade de atraç ã o dos territó rios do interior atravé s da garantia do acesso à prestaç ã o de serviç os de qualidade”, lê-se no documento.

O PNCT aprovado pelo Governo teve como base o trabalho de seis meses da Unidade de Missão de Valorização do Interior, coordenada por Helena Freitas.“Propomos uma nova abordagem de base local, mais colaborativa e mais pró xima, que promova uma participaç ã o ativa e um envolvimento empenhado de autarquias locais, comunidades intermunicipais, associaç õ es, empresas e pes-soas na construç ã o de um interior mais coeso, mais competitivo e mais sustentá vel”, realçou a coordenadora sobre o resultado � nal. Na apre-sentação, o ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, a� rmou que este é um programa de igualdade de acesso aos serviços e que procura mobilizar investimento privado para o interior.

MEDIDAS PARA A COESÃO DO TERRITÓRIO

Incentivos à fi xaç ã o de médicos em zonas carenciadas1Apoio de 40 por cento da remuneraç ã o base correspondente à primeira posi-ç ã o remunerató ria da categoria de as-sistente, da carreira especial mé dica ou da carreira mé dica. Aumento da du-

raç ã o do perí odo de fé rias (dois dias), acrescido de um dia de fé rias por cada cinco anos de serviç o, enquanto o mé -dico permanecer no estabelecimento cujo posto de trabalho foi identi� cado

como carenciado. Facilidade na parti-cipaç ã o em atividades de investigaç ã o ou desenvolvimento pelo perí odo de 15 dias por ano, com direito a ajudas de custo e de transporte.

PORTUGAL CONCENTRA CERCA DE 60% DA POPULAÇ Ã O NA FAIXA COSTEIRA, COM UMA DENSIDADE POPULACIONAL MÉ DIA A RONDAR OS 500 HAB./KM2. EM TODO O INTERIOR DE PORTUGAL, APENAS AS CIDADES CAPITAIS DE DISTRITO E ALGUMAS PEQUENAS CIDADES DE MÉ DIA DIMENSÃ O É QUE NÃ O SE ENQUADRAM EM REGIÕ ES RURAIS

2 Apoio à mobilidade geográ fi ca para desempregados

Apoios à mobilidade temporá ria, no caso de celebraç ã o de contrato de tra-balho com duraç ã o superior a um mê s e cujo local de trabalho diste, pelo me-

nos, 50 quilómetros da residê ncia do desempregado, e em caso de mudanç a de residê ncia e celebraç ã o de contrato de trabalho com duraç ã o igual ou su-

perior a 12 meses ou criaç ã o do pró prio emprego, cujo local de trabalho diste, pelo menos, 100 km da anterior resi-dê ncia do desempregado.

DESTAQUE

Ensino3Realização de um estudo de impacto orç amental (ao ní vel dos indicadores de abandono e insucesso escolar) tendo em vista reduzir o nú mero de alunos por turma e por forma a evitar a constituiç ã o de turmas compostas por vá rios anos letivos (1.º ciclo), pos-sibilitando, por concelho, a abertura de turmas por mais á reas curriculares.Para os adultos, é proposta formação e

educação através da cobertura integral dos territó rios do interior com centros Quali� ca.No ensino superior, reforço da inter-nacionalização das instituições do interior atravé s de programas espe-cí ficos para a captaç ã o de estudantes estrangeiros, fomentando ainda estra-té gias inteligentes de desenvolvimento econó mico de base local.

O pla no aponta a i nd a pa ra a ne-cessidade no desenvolv imento de competê ncias e especi� cidades de cada instituiç ã o polité cnica no contexto territorial, econó mico e social em que se insere, atravé s do apoio a atividades de investigaç ã o baseadas na prá tica, em estreita articulaç ã o com o tecido produtivo e social local e envolvendo os estudantes.

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4 Desporto

Valorizar a Rede de Centros de Alto Rendimento e os equipa-mentos hoteleiros, privilegiando os territó rios do interior para está gios de equipas regionais, nacionais e internacionais e suas competiç õ es.

5 Justiça

Reat ivaç ã o dos 20 t r ibunais encerrados, reclassi� caç ã o de 23 antigas seç õ es de proximidade, configuraç ã o de quatro antigas secç õ es de prox i m idade em juí zos. Desdobramento de sete juí zos de famí l ia e menores. Neste campo, estão ainda pre-vistos o alargamento e reorga-nização da rede de julgados de paz. Para arrancar já em 2017, e s t á a ser de senvolv ido u m projeto de â mbito nacional de empregabilidade de reclusos e ex-reclusos na atividade privada e na administraç ã o local. Con-tidas já no programa Simplex, estão anunciadas medidas para diversi� car e aumentar a oferta de serviç os de registo em todas as Lojas do Cidadã o, ou, onde estas nã o estejam instaladas, nas conservató rias, nomeadamente disponibilizando serviç os como o Balcã o de Heranç a e Divó rcios com Partilha +, Espaç o Óbito e Casa Pronta +.

Das 122 cidades portuguesas, apenas 10 tê m mais de 100 mil habitantes

Descentralização6O governo pretende identif icar nos vá rios ministé rios as competê ncias dos serviç os e organismos da administra-ç ã o central com potencial de execuç ã o a partir das delegaç õ es do interior, replicando outros casos de sucesso, nomeadamente das conservató rias. Nos M i n i s té r ios d a A g r ic u lt u r a , Florestas e Desenvolvimento Rural e do Ambiente, a contrataç ã o de novos funcioná rios, nos pró ximos 10 anos, será efetuada preferencialmente para as delegaç õ es localizadas fora das á reas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Será ainda expandida a rede “Balcã o Cidadã o Mó vel” a partir da experiê ncia piloto que será realizada na Comu-nidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela - 15 unidades mó veis de serviç os pú blicos da Administraç ã o Local e Central com as caracterí sticas de Balcã o do Cidadã o, integrando a prestaç ã o de cuidados de saú de e outros serviç os de proximidade aos cidadã os. O futuro, aponta ainda o plano, aponta para uma uniformizaç ã o dos vá rios “mapas” administrativos (saú de, ensi-no, agricultura, CIM, etc.).

7Segurança e Proteção Civil

Deslocalizaç ã o parcial da gestã o do processo contraordenacional rodo-viá rio para os territó rios do interior, com a promessa da manutenção dos postos da Guarda Nacional Republica-na ou esquadras da Policia de Seguran-ç a Pú blica nos concelhos do Interior. A formaç ã o necessá ria aos bombeiros

será preferencialmente ministrada nos polos distritais, com exceç ã o da forma-ç ã o especializada que exija a utilizaç ã o de equipamentos unicamente existentes em Sintra. A criaç ã o de Equipas de Intervenç ã o Permanente ocorrerá também preferen-cialmente nos concelhos do Interior.

ENTRE 1981 E 2011, A POPULAÇ Ã O JOVEM REGREDIU 11%, A POPULAÇ Ã O ATIVA AUMENTOU SENSIVELMENTE 1%, E A POPULAÇ Ã O IDOSA CRESCEU QUASE 10% NO CONJUNTO DOS CONCELHOS DE PORTUGAL CONTINENTAL

Juventude8Promoç ã o da habitaç ã o jovem no interior, por via do reforç o dos progra-mas de habitaç ã o já existentes (Porta 65 - Jovem», Reabilitar para Arrendar - Habitaç ã o Acessí vel). Criaç ã o de bolsas de habitaç ã o para arrendamento

jovem, garantindo habitaç ã o a custos acessí veis a partir da valorizaç ã o de ha-bitaç õ es devolutas e da reabilitaç ã o de patrimó nio degradado ou abandonado, envolvendo municí pios, Comunidades Intermunicipais e proprietá rios.

Nos ú ltimos 5 anos, o paí s perdeu 1808 estabelecimentos de ensino, dos quais 1027 foram no territó rio do interior. As maiores perdas veri� caram-se nos ní veis de

ensino pré - escolar e bá sico.O ensino secundá rio registou um aumento de 30 estabelecimentos no paí s, todavia o

territó rio do interior perdeu três. Relativamente à s unidades de saú de de proximidade (extensõ es de saú de), o paí s perdeu cerca 117 unidades, 50 das quais nos territó rios do interior. No distrito de

Viseu, destacam-se os concelhos de Carregal do Sal, Lamego, Resende, Santa Comba Dã o e Tarouca com perdas efetivas superiores a 20 estabelecimentos de ensino.

DESTAQUE

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REGIÃO

Um grupo de utentes do con-celho de Carregal do Sal de-nunciou o que considera ser “a

total degradação e abandono do Cen-tro de Saúde” local. Num comunicado intitulado “Ao cuidado de alguém… que queira cuidar de nós!” e que foi distribuído pela população, os cida-dãos chamam a atenção para o facto de “os poucos profissionais” que ali trabalham serem “insuficientes para prestar cuidados com um mínimo de qualidade, apesar do esforço que fazem para o conseguir, da melhor forma possível”. No documento, os utentes afirmam ainda que “os médicos são poucos para uma população a rondar os 11 mil cidadãos, as filas de espera para uma consulta são uma realidade, e se até aqui, ir à meia-noite para a porta do Centro de Saúde era uma opção, com o aproximar da invernia, tal hipótese, é confrangedora”.As denúncias são várias e ainda segundo a mesma nota, “a médica da especialidade de Saúde Oral , há

CARREGAL DO SALTexto Clemente António Pereira

UTENTES DESAGRADADOS COM “CAOS” NO CENTRO DE SAÚDEDIRETOR EXECUTIVO DO ACES DÃO LAFÕES E COORDENADORA DO CENTRO DE SAÚDE CONTESTAM DENÚNCIA DE UM GRUPO DE UTENTES QUE FALA EM CAOS NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO DEVIDO À FALTA DE MÉDICOS E ASSISTENTES OPERACIONAIS

quase seis meses que não trabalha. O principal motivo resulta da cadeira estar avariada”.“A imagem exterior é de completo abandono, lixo e incúria a montes, até parece uma casa desabitada e sem nada para dar. A falta de material é uma constante e a frustração dos pro-fissionais abnegados é bem notória”, continua a ler-se no manifesto.

Responsáveis negam problemaO diretor do Executivo do ACES – Dão Lafões, Luís Botelho,e a

coordenadora do Centro de Saúde, Ana Araújo, negam as acusações e as denúncias que consideram ser “exageradas”. Os responsáveis garantem que “tudo está resolvido”. Luís Botelho assegura que, atual-mente, na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados do Centro de Saúde existem seis médicos, seis enfermeiros e cinco assistentes técnicos.“Os recursos humanos são mais do que suficientes para assegu-rar o atendimento dos utentes com qualidade e sempre que necessário”,

afirma. Sobre a avaria da cadeira do Gabinete de Saúde Oral, admitiu que este equipamento “tem muitos anos de serviço, mas mantém-se funcional, embora com algumas deficiências pontuais, devido a algu-mas peças que avariam e que já não se fabricam”.Em virtude desta realidade, Luís Bo-telho diz que estão a avaliar a situação “no sentido de adquirir uma nova cadeira, mais moderna, e que custa 20 mil euros, uma verba que neste momento” não está disponível.

Mortágua, Mealhada e Penacova vão criar a Grande Rota da Mata e Serra do Buçaco, um percurso pe-destre e de BTT (bicicletas de todo o terreno) que será coordenado pela fundação Mata do Buçaco.A Grande Rota terá início na Mata do Buçaco, com uma extensão superior a 30 quilómetros, e vai estender-se pelo território dos três municípios associados, que vão disponibilizar ao longo do percurso diversos pórticos, mesas de inter-pretação ambiental e espaços de descanso e lazer.A Grande Rota da Mata e Serra do Buçaco será objeto de uma candidatura a fundos comunitários com uma verba de 100 mil euros,

no âmbito do programa By Nature, através do consórcio regional da Estratégia de Eficiência Coletiva Provere iNature - Turismo Susten-tável em Áreas Classificadas.Coordenado pela Agência de De-senvolvimento Gardunha XXI, o consórcio é um parceiro privilegiado da Comissão de Coordenação e De-senvolvimento Regional do Centro (CCDR) e abrange sete comunidades intermunicipais e 16 grupos de ação local, num total de 224 entidades de 12 áreas classificadas da região Cen-tro: Serra da Estrela, Tejo, Gardunha Malcata, Côa, Mata do Buçaco, Açor, Vouga-Caramulo, Sicó-Alvaiázere e Aire e Candeeiros.O consórcio conduziu recentemente

a candidatura a fundos europeus que suportam f inanceiramente a contratação de uma empresa espec ia l i z ad a que coordena a candidatura da Mata do Buçaco a Património Mundial da UNESCO.O presidente da Fundação Mata do Buçaco, António Gravato, sublinha que “a Grande Rota é um exemplo para o país de uma iniciativa supra-municipal, que resulta da visão dos presidentes dos três municípios, que souberam perceber que se unissem esforços poderiam dar escala e dimensão a este projeto”.António Gravato adianta que o traçado final será sustentado e defi-nido com base no trabalho conjunto desenvolvido pelos técnicos das três

autarquias, que levarão em conta não só as belezas naturais da serra e mata do Buçaco, mas também os abundantes registos históricos rela-cionados com as invasões francesas.No Buçaco travou-se durante a Terceira Invasão Francesa uma batalha decisiva, em setembro de 1810, durante a qual o exército de Napoleão saiu derrotado pelas forças anglo-lusas comandadas pelo visconde de Wellington.“Logo que o traçado for homologa-do pelos presidentes dos três muni-cípios avançaremos para o terreno”, conclui António Gravato, que fez votos para que a Grande Rota possa ser inaugurada na primavera de 2017.– CAP

TURISMO

MORTÁGUA ADERE AO PERCURSO PEDESTRE E DE BTT GRANDE ROTA DA MATA DO BUÇACO

Cidadãos chamam a atenção para a falta de meios no Centro de Saúde

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REGIÃO

VOUZELATexto José Ricardo Ferreira

AINDA HÁ QUEM ESTEJA À ESPERA DO PAGAMENTO DOS TERRENOS ATRAVESSADOS PELA A25

INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL CONTINUA A PAGAR MONTANTES EM ATRASO, MAS EM VASCONHA, BALDIOS E POPULARES AINDA NÃO VIRAM A “COR DO DINHEIRO” QUE DIZEM SER SEU POR DIREITO

Uma década depois de ter sido concluída a A25, autoestrada que liga Aveiro a Vilar For-

moso, uma família de Confulcos, Cambra, no concelho de Vouzela recebeu na última segunda-feira (24 de outubro) da Infraestruturas de Portugal (IP) a recetiva indeminiza-ção por a via de comunicação passar nos seus terrenos. António Giestas, um dos três irmãos a quem a antiga Estradas de Portugal entregou o cheque, não tem razões de queixa em relação à empresa pública. Garante que foi a sua família que teve culpa neste atraso do pagamento das expropriações porque nunca entregou a documentação necessária para receber o dinheiro. “Eles é que nos pressionaram para apresentar os documentos que faltavam. O nosso processo deve ter ficado concluído em agosto e recebemos agora. Não temos nada a apontar à Infraestruturas de

A Câmara de Tabuaço está no terre-no a avaliar as necessidades da po-pulação com vista a criar um Banco de Voluntariado. Numa fase ainda embrionária, Carlos Carvalho, au-tarca tabuacense, garante que esta ação de cariz social pretende dar respostas às carências alimentares ou até mesmo criar projetos que visem o acompanhamento social em todas as faixas etárias.Ainda a reunir o grupo de volu-

tarios e a delimitar as áreas de ação, Carlos Carvalho garante que “queremos criar a lgo com uma forte estrutura e que permite ser uma resposta rápida e eficaz para as nossas populações”. O Banco de Voluntariado pode ainda compor-tar uma loja social, onde podem ser adquiridos vestuário, alimen-tos ou até mesmo equipamentos de apoio médicos, como cadeiras de rodas.

TABUAÇO

BANCO DE VOLUNTARIADO EM MARCHA

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Portugal”, afirma. O presidente da União de Freguesias de Cambra e Carvalhal de Vermi-lhas diz desconhecer a existência na localidade de mais habitantes com montantes em dívida. António Ferreira também ficou sem alguns terrenos por causa da passagem da autoestrada, mas antes mesmo de via estar concluída auferiu tudo aquilo a que tinha direito. Como ele muitas outras pessoas receberam.

Em Vasconha tudo na mesma Mas nem todos “se podem queixar do mesmo”. Na aldeia de Vasconha, freguesia de Queirã, também no concelho de Vouzela, meia dúzia e populares e os Baldios da terra conti-nuam, tantos anos depois, à espera de ver “a cor do dinheiro”. Os compartes são provavelmente os que têm mais verbas a haver. Ao todo 150 mil euros por parcelas, entre os nós da Boaldeia e de Ventosa. José Macário, presidente do conselho diretivo, lamenta que dez anos depois da conclusão da autooestrada tudo permaneça na mesma. Em causa, um processo que estará desde essa altura a correr no Tribunal de Almada e que ainda não teve desfecho. A ação terá sido interposta pelo Instituto de Con-servação da Natureza e das Florestas

por a empresa que construiu a A25 não lhe ter pago cerca de 20 mil euros resultante da venda de lenha que exis-tia nos espaços florestais atravessados pela estrada. Como esse montante nunca foi retribuído à tutela, o caso acabou na justiça. José Macário não compreende as razões de tanta demora do tribunal, quando se fala do “simplex” e até já “desconfia” que o dinheiro em causa possa já ter sido desviado. “Às vezes ponho-me a pensar, será que alguém lá dentro da Estradas de Portugal já não açambarcou o dinheiro para ele? Estou com essa dúvida, já vi tantas coisas aqui por um lado e outro”. Por causa desta situação, os Baldios de Vasconha ponderam recorrer à prove-doria de justiça e fazer uma queixa à

tutela. O responsável pelos compartes só quer que a justiça se pronunce de uma vez por todas sobre este caso. Se a reposta for positiva, os 150 mil euros já têm destino. Serão aplicados na reconstrução dos caminhos florestais da localidade que se encontram dani-ficados e no arranjo do telhado da as-sociação da terra que ainda tem uma cobertura em fibrocimento e onde chove. A coletividade foi construída já há largos anos com o dinheiro resultante da construção do IP5, que também rasgou os terrenos baldios, mas nessa altura antes mesmo da construção da via as expropriações foram logo pagas. O Jornal do Centro solicitou expli-cações à IP, todavia até ao fecho de edição não recebemos quaisquer respostas.

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REGIÃO

AGUIAR DA BEIRATexto Micaela Costa

TRIBUNAL DÁ RAZÃO A CLIENTE DA EDP

OS ÚLTIMOS MESES DE 2014 FORAM UMA VERDADEIRA DOR DE CABEÇA PARA VÁRIOS MORADORES E EMPRESAS DO CONCELHO DE AGUIAR DA BEIRA. FATURAS DE VALORES ELEVADOS QUE MUITOS CONSIDERARAM “IRREAIS”. O CASO FOI A TRIBUNAL E DOIS ANOS DEPOIS FOI CONHECIDA A DECISÃO

O Tribunal deu razão a Manuel Costa um cliente da EDP que havia apresentado uma queixa

“por faturas com valores elevados e ir-reais”. O caso remonta ao � nal do ano de 2014 quando, em Aguiar da Beira, as contas da EDP dispararam para números que muitos consideravam “exorbitantes”.Na altura, vários clientes mostra-ram-se indignados e Manuel Costa decidiu mesmo avançar com uma queixa na justiça. No caso deste cliente, proprietário de um restaurante em Valverde - e que na altura chegou a liderar o “movimento” que reuniu alguns casos de pessoas que se sentiam “injustiçadas” - todos os meses lhe era descontado um valor que rondava os 400 euros, por ter o que a EDP chama

de “conta certa”. No dia 5 de agosto de 2014 recebeu uma fatura que lhe dava um crédito de 1.314,26 euros, ou seja, dos 6.061 euros que iria pagar, relativo ao período entre 3 de agosto de 2013 e julho de 2014, pagaria apenas 4.746,84 euros. Até aqui tudo bem, ainda que Manuel Costa já achasse que os valores eram elevados, mas o mais estranho foi quando, meses depois, recebeu uma nova fatura de 5.644,92

euros, com o período de faturação de 3 de agosto a 4 de setembro de 2014.Esta conta que acabou por ser a gota de água e que levou a várias recla-mações junto da EDP. Para Manuel Costa, alguma coisa não estava bem pois era um “valor demasiado alto e que nunca poderia ter sido gasto no restaurante, no período de um mês”. Segundo o cliente, “não houve mu-danças de máquinas e, pelo contrário, até estava a pagar menos de eletricida-de do que em anos anteriores”. Na altura queixou-se junto da EDP, to-davia as respostas “nunca foram muito concretas”. “Inicialmente diziam que era o que tinha consumido, depois já diziam que poderia ser uma descarga de eletricidade para o solo, mas nunca foram conclusivos”. Manuel Costa chegou a pedir uma vistoria à EDP que acabou por não a fazer por ter um custo associado de 88 euros. Foi então que decidiu reunir vários casos e apresentar a queixa junto da advogada. “A EDP ainda tentou que as coisas fossem feitas de forma “amigá-vel”, mas nunca deu uma explicação concreta do que tinha acontecido e foi por isso que decidi levar o caso a tribunal e onde vai � car até as coisas se resolverem”, disse na altura Manuel Costa ao Jornal do Centro.Agora, praticamente dois anos de-pois, a justiça veio dar razão a este cliente “alegando que o consumo não foi real”. Para provar que estava certo, Manuel Costa registou todas as leituras de eletricidade durante um ano, de janeiro 2015 a janeiro de 2016, mostrando assim que nos anos anteriores (de 2009 a 2015) os valores não poderiam ser reais. O tribunal acabou por lhe dar razão. Com esta sentença favorável, Manuel Costa � ca isento de pagar a tal fatura de quase 5700 euros e das custas judiciais.

A ideia do concurso “Delícia de Maçã” visa promover e dinamizar a produção da maçã Bravo Esmolfe e ao mesmo tempo incentivar a criatividade na área da doçaria tra-dicional e regional através de produ-tos locais (endógenos) que “ajudam também a promover e diversi� car a oferta da gastronomia local”, como fez questão de sublinhar o presidente da Câmara Municipal, Francisco Carvalho. Foi com base neste argumento que o município de Penalva do Castelo,

integrado no programa da XXI Feira da Maçã Bravo de Esmolfe, promoveu o IIº concurso com o objetivo de criar ou reinventar um doce ou bolo típico para o concelho.A concurso estiveram sete “magnífi-cos doces/bolos”, em que o ingrediente principal e obrigatório era a maçã Bravo de Esmolfe.O júri, constituído pelo chefe Paulo Cardoso do restaurante “Parador Casa da Ínsua”, pelo chefe Henrique Sampaio do restaurante “Passo dos Cunhas” e pelo professor Mário Dias,

diretor da Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas, teve grande dificuldade em eleger os vencedores, dada a qualidade e variedade apresen-tada pelos concorrentes.Do concurso resultou a seguinte classi� cação: 1º - “Bolo de Maçã Bra-vo de Esmolfe” da autoria de Maria Ilda Martins Pires; 2º - “Caramujo de Bravo” dos alunos de restauração do Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo e em 3º lugar o doce “Floribravo”, do restaurante “O Telheiro”.

PENALVA DO CASTELO

BOLO BRAVO ESMOLFE CONQUISTA CONCURSO “DELÍCIA DE MAÇÔ

CASO DE MANUEL COSTA NÃO FOI ÚNICOForam várias as faturas com valores “duvidosos” um pouco por todo o concelho de Aguiar da Beira, relatados na altura ao Jornal do Centro. Contas que habitualmente eram de 40 ou 50 euros dispararam para 900 euros. Na freguesia do Eirado havia clientes com contas de mais de 1200 euros. Uma empresa de produção animal, no Soito, com um valor de 2.253,25 e uma habitação em Cortiçada com uma fatura de 958 euros. Só Manuel Costa avançou para tribunal.

Durar muitos anos, foi uma grande conquista da nossa sociedade, e é bom, se tivermos saúde, qualidade de vida, projetos para o futuro

“O QUE VAMOS FAZER A TANTOS IDOSOS?”

Caro leitor, ainda que seja um otimista militante, e, ainda que cá não � que para ver, deve ser, e, em minha opinião preocupação da nossa sociedade, re� etir sobre o aumento explosivo do número de idosos. A esperança média de vida, (tempo médio provável dos anos que vamos viver quando nascemos), tem aumentado ver-tiginosamente, cerca de 3meses/ano, e , neste momento, e no nosso país é de 83,9 anos para as mulheres, e de 78,2 anos para os homens. Como tal, é de todo provável, que os nossos � lhos ou netos, nascidos depois de 2000, viverão em média 100 anos. Com cada vez menos filhos para nos cuidarem, com uma Segurança Social, que não vai poder supor-tar tão prolongadas aposentações (mais tempo de reforma do que de t raba lho), com os ba i xos rendimentos da maior par te da população, com os custos acrescidos com os problemas de saúde inerentes á idade, etc., é tempo de ref letir sobre o tema, e tentar encontrar novas formas de organização social, que pos-sam minimizar e absorver este impacto, e que ultrapassem de forma rápida a forma habitual de recurso ao depósito em Lares, solução que tem de ser adiada até ao limite do possível, pois que a assim não ser vai ser rapidamente insuficiente, e não há dinheiro para pagar. Durar muitos anos, foi uma grande conquista da nossa sociedade, e é bom, se ti-vermos saúde, qualidade de vida, projetos para o futuro, se formos amados, independentes e capazes de termos alguma utilidade. É por aí que devemos caminhar pois que se assim não for pode ser tempo de sofrimento, e não se esqueça que a sua velhice está já ao virar da esquina.

FIDALGO DE FREITASMédico Psiquiatra

OPINIÃO

Há dois anos Manuel Costa mostrava as faturas com valores elevados

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REGIÃO

SANTA COMBA DÃOTexto Clemente António Pereira

TRIBUNAL DÁ RAZÃO A FUNCIONÁRIOS E ANULA AVALIAÇÃO FEITA PELO MUNICÍPIOAVALIAÇÃO EFETUADA AO CHEFE DE SERVIÇOS DO ESTALEIRO MUNICIPAL FOI ANULADA PELO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO E FISCAL DE VISEU POR NÃO TEREM SIDO CUMPRIDOS ALGUNS REQUISITOS TÉCNICOS

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu (TAFV) acaba de dar razão a dois

trabalhadores da Câmara Muni-cipa l de Santa Comba Dão que resolveram contestar a “Avaliação de Desempenho” referente ao bié-nio 2013/2014 e que lhes apontava falhas no desempenho.Os dois trabalhadores queixaram-se de não terem tido qualquer contacto funcional como o avaliador, mas o presidente da Câmara indeferiu a pretensão.Porém, em resultado de uma ação interposta pelos trabalhadores com

recurso e apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Públ ica (STAL), a sentença do TAFV anula o despacho da Câmara Municipal que indeferiu a reclama-ção dos visados, cabendo agora ao Município retomar o processo de reavaliação, se assim o entender.

Presidente admite erros processuais Confrontado com a decisão do TAFV, o presidente da Câmara Municipal, Leonel Gouveia, escla-receu que esta avaliação “resulta de um entendimento dos serviços que

justificou esse tipo de avaliação” face ao comportamento profissional e laboral dos dois trabalhadores visados nesse processo.O autarca reconheceu o erro e acrescentou que agora “os servi-ços vão reanalisar a anulação do processo de avaliação e vai ter que se encontrar uma nova solução que pode passar por uma outra reavaliação dos trabalhadores, ou então, optar por outro método para avaliar os dois trabalhadores e que poderá passar por uma avaliação curricular”.Leonel Gouveia esclareceu ainda

que “o facto de a ava l iação ter sido anulada pelo Tribunal, isso, não se deveu a nenhuma questão relacionada com erros de avaliação, mas sim com procedimentos e formalismos processuais que não foram cumpridos na sua totalida-de”. Digamos que “não é porque a avaliação esteja errada, mas sim, pelo fato de alguns dos seus crité-rios, como por exemplo, alguns dos requisitos técnicos e formalismos processuais que não terem sido devidamente seguidos e cumpridos, como supostamente deveriam ter sido considerados”.

S. Pedro do Sul é agora uma “Terra de Culinária”. O prémio, instituído pela Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia, em parceria com o Turismo de Portugal e a Dire-ção Geral de Agricultura e Desenvol-vimento Rural, foi atribuído ao mu-nicípio sampedrense no 3.º Congresso Nacional de Turismo e Culinária em Oliveira de Azeméis, que decorreu há precisamente uma semana (21 outubro). O galardão resulta de uma candidatura apresentada pela autar-quia, tendo por base os eventos anuais

promovidos no concelho e que estão ligados à gastronomia e aos produtos endógenos, como a Feira da Vitela de Lafões e o Festival do Feijão. A vereadora com o pelouro da cultura na Câmara Municipal, Teresa Sobri-nho, acredita que este prémio para além de ajudar a promover ainda mais os produtos locais, traz também mais responsabilidade das forças vivas do concelho que “terão de uma vez por todas unir esforços para tentar cata-pultar esta série de eventos a um nível mais alargado”. “Queremos conversar

com os restaurantes e com os produ-tores, sentarmo-nos todos a uma mesa porque agora temos de apresentar um projeto no âmbito deste prémio. A ideia é estabelecermos várias parcerias no sentido de promover o escoamento dos produtos endógenos e que os restaurantes tenham sempre esses produtos nas suas ementas. É [uma iniciativa] para arrancar em janeiro de 2017”, avança a responsável. Para além deste projeto, a vereadora tem ainda em mente outras ideias que quer colocar no terreno, mas

que se escusa a revelar por ainda não as ter discutido com os eventuais parceiros. São muito variadas as iguarias produzidas no concelho de S. Pedro do Sul que fazem as delícias dos turistas, mas também dos habitantes locais. A vitela de Lafões, o cabrito da Gralheira (duas marcas certifica-das), os enchidos, as diversas varie-dades típicas e únicas na região de feijão, a maçã, o mel e a castanha são alguns dos produtos característicos do concelho.

S. PEDRO DO SUL

AGRICULTORES E RESTAURANTES VÃO PROMOVER PRODUTOS ENDÓGENOS

Decisão que reverte avaliação de funcionários foi tomada no Tribunal de Viseu

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Feira dos SantosMANGUALDE

especial

Gastronomia, artesanato, indústria, agricultura e o que de melhor é produzido no concelho de Mangualde e na região está em destaque no primeiro fi m de semana de novembro. A Feira dos Santos reúne milhares de pessoas e atrai cada vez mais espanhóis

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20 especial

Feira dos Santos

A mudança de local, do espaço multiusos para o centro da cidade, é uma aposta ganha?Essa decisão política de há seis anos de mudarmos a feira do espa-ço multiusos para a cidade foi de-terminante para o sucesso da fei-ra dos santos, que é a feira de todos nós.

Milhares de pessoas são sempre recebidas em Mangualde e cada vez mais espanhóis?Sim, nós já no ano passado senti-mos a presença de muitos espa-nhóis na Feira dos Santos e tam-bém acredito que é uma aposta ganha com a vinda do turismo es-panhol. Vamos continuar a fazer com que isso aconteça. A Feira dos Santos tem uma moldura de mui-tas sensações e de muitas pessoas de todo o país e do estrangeiro.

Como evento secular que é neces-sita de inovações de ano para ano. Como é que o município o tem tor-nado mais atraente? Com novas apostas nas várias áreas, desde os produtos endóge-nos à indústria automóvel, à indús-tria do transporte, ao artesanato, à cultura, ao recreio e ao lazer. É uma mistura de boas sensações. Nós cada vez acrescentamos mais qua-lidade e esse acréscimo de qualida-de é fundamental para que a Feira dos Santos seja cada vez mais um momento afi rmativo para Man-gualde, para a região e para o país.

E quanto ao futuro…como o mu-nicípio vai programar a Feira dos Santos?Não há nenhum momento em que possamos dizer que a Feira dos Santos está encerrada em termos de qualidade e de satisfação por parte das pessoas. É processo pro-gressivo e vamos acrescentando qualidade ano após ano, natural-mente, dentro de todo um ambien-te e um contexto do território por-que vamos acrescentando mais espaço até um dia, daqui a muitos toda a cidade fi car ocupada. A feira já contou com dois dias, atualmente são três (sexta feira, sábado e domingo).

“O MELHOR DO CONCELHO E DA REGIÃO”

JOÃO AZEVEDO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL MANGUAL-DE, CONSIDERA ESTE EVENTO UM “EX-LIBRIS” DO CONCELHO

A Feira dos Santos é um ex-libris da região e um ponto de encontro de milhares de pessoas? Sim, é um grande momento para a região e para o país. Temos a opor-tunidade de ter aqui um certame com dezenas de milhares de pes-soas e acreditamos que cada vez mais temos qualidade na feira, te-mos mais condições de segurança, temos mais sugestões acrescen-tando este ano mais temas. Acre-dito que quem vier visitar Man-gualde nesta altura certamente vai fi car muito satisfeito e vai querer voltar a Mangualde. É para nós um orgulho organizar esta feira dos Santos.

Sexta feira (dia 4 de novembro) ao fi nal do dia temos a abertura ofi -cial da feira depois com um mo-mento mais ligado à gastronomia, à enologia, a todos os produtos en-dógenos com momentos musicais e culturais, momentos de cozinha especializada para podermos tam-bém oferecer essa modernidade à Feira dos Santos. Começa na sexta feira e termina no domingo à noite.

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Feira dos Santos

Foi nos finais do século XVIII, sobretudo por ação dos fabricantes de lanifícios da Covilhã, de Gouveia e de Seia, que come-çando a colocar em Mangualde (nas suas feiras) os seus produtos, e, já nos inícios do Século XX, com o estabelecimento de armazéns, no aproveitamento da Estação da linha férrea da Beira Alta, que um ex-traordinário fôlego impulsiona a vila de Mangualde. Na realidade, todos queriam ganhar com a pujança das feiras e mercados em Man-gualde: os locais, os vizinhos e inclusiva-mente os Condes Paes do Amaral que se reservaram o direito de edificar barracas, lojas e outras obras.A Feira atingia o seu apogeu e o desenvol-vimento era crescente. Com o Liberalis-mo e as suas reformas, foi a partir de 1834 que Mangualde viu contempladas várias medidas de desenvolvimento, nomeada-mente a criação e reforma das vias de co-municação. Com a inauguração da linha da Beira Alta, Mangualde é definitiva-mente catapultado para o progresso que viu até aos dias de hoje.Dos textos e documentos históricos não percebemos quando nasce a Feira dos Santos. Sabe-se sim que a Feira do primei-ro domingo de novembro era assim deno-minada e em meados do Século XIX tinha já atingido uma importância excecional no panorama das feiras.Por deliberação da Câmara Municipal,

esta feira, passou a ter 3 dias de duração para todos os géneros e negócios. Os dias destinados foram sexta-feira, sá-bado e domingo. As alterações na periodicidade das fei-ras e mercados de Mangualde foram-se sucedendo e foi a partir de junho de 1948 que deixaram de se efetuar aos domingos, com exceção da Feira dos Santos que pas-saria a realizar-se nos primeiros sábado e domingo de novembro. Hoje ainda preva-lece essa deliberação de 1948.Realizada nas artérias do centro da vila (actual cidade), em finais da década de 1990 é acantonada para um espaço peri-férico, facto que lhe retira a tradicional pujança. Foi o actual executivo quem, no ano de 2011, a faz regressar ao centro da cidade, recuperando a tradição e incre-mentado a modernidade, lhe devolve o vi-gor e robustez assentes numa história de cerca de 300 anos.

António TavaresArqueólogo e historiador da CM Mangualde

A FEIRA DAS FEBRAS: A ORIGEM

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Dia 4 Mercado Municipal Dr. Diamantino Furtado Abertura Oficial da Feira dos Santos 2016 Horário: Sexta 19h30

Dia 4 Sede da Sociedade Filarmónica de Tibaldinho II Encontro Nacional de Produções Artesanais certificados Horário: 10h00 às 18h00

Dia 4/5 Mercado Municipal Dr. Diamantino Furtado Dão Wine Party Barman Show, coktails com Vinhos do Dão Produtores de Vinho de Mangualde e degustação de produtos locais Horário: Sexta 22h00 - Abertura 22H30 - Showcooking Chef Diogo Rocha e Sub-Chef Inês Beja 00h00 - Encerramento Sábado 22h00 - Abertura 22h30 - Showcooking Chef Diogo Rocha e Sub-Chef Inês Beja 01h00 - Encerramento

Dia 4/5/6 Mercado Municipal Dr. Diamantino Furtado “Santos da Casa Fazem Milagres” Showcookings (degustação de produtos locais) Horário: Sábado 16h00, 18h00 / Domingo 11h00, 14h00, 16h00 Chefs: Hélio Loureiro / Ivo Loureiro

Dia 5/6 Mercado Municipal Dr. Diamantino Furtado III ExpoVinhos Mangualde Produtores de Vinho do Dão de Mangualde Horário: Sábado 09h00 às 20h00 Domingo 09h00 às 20h00

Dia 4/5/6 Largo Dr. Couto Mostra das Freguesias de Mangualde Promoção local das freguesias do concelho Horário: Sexta 15h00 às 20h00 / Sábado 09h00 às 20h00 Domingo 09h00 às 20h00

Dia 4/5/6 Largo Dr. Couto Mangualde Regional Exposição e venda de produtos regionais do concelho de Mangualde Horário: Sexta 15h00 às 20h00 / Sábado 09h00 às 20h00 Domingo 09h00 às 20h00

Dia 4/5/6 Largo Dr. Couto Manguald´Arte XI Mostra de Artesanato Nacional Exposição e venda de artesanato nacional Horário: Sexta 15h00 às 20h00 / Sábado 09h00 às 20h00 Domingo 09h00 às 20h00

Dia 4/5/6 Restaurantes aderentes (identificados com selo alusivo) Feira dos Santos à Mesa Restaurantes aderentes com ementa regional dedicada à Feira dos Santos Enchidos da região; Rojões à Moda de Mangualde; Febras à Feira dos Santos; Requeijão com doce de abóbora; Queijo da Serra; Vinho do Dão

Dia 4/5/6 Largo Dr. Couto Espaço Recordação Fotográfico Eu estou na Feira dos Santos de Mangualde!

Dia 4/5 Quinta do Alpoim AgroMangualde Exposição de máquinas e alfaias agrícolas Mostra agropecuária com representação de espécies predominantes na região Horário: Sábado 09h00 às 20h00 / Domingo 09h00 às 20h00

CERVAS / Associação Aldeia Dinamização do espaço de divulgação da fauna selvagem da região Horário: Sábado 09h00 às 20h00 17h00 – Devolução à Natureza de um animal recuperado Domingo 09h00 às 20h00

Dia 5/6 Rua 1º de Maio e Rua Dr. José Marques Mangualde Motor Exposição de veículos das marcas Citroën, Seat, Toyota e Opel Horário: Sábado 09h00 às 20h00 / Domingo 09h00 às 20h00

Dia 5/6 Rua 1º de Maio Mangualde Indústria Exposição do tecido empresarial do concelho. Horário: Sábado 09h00 às 20h00 / Domingo 09h00 às 20h00

Dia 5/6 Rua Dr. Valentim da Silva Mangualde Transporte - ANTRAM Exposição de algumas marcas e modelos de camiões Horário: Sábado 09h00 às 20h00 / Domingo 09h00 às 20h00

Dia 5/6 Mercado Municipal Dr. Diamantino Furtado e Largo Dr. Couto Artes & Ofícios Pintura ao ar livre Horário: Sábado 09h00 às 20h00 / Domingo 09h00 às 20h00

Dia 5/6 Várias artérias da cidade Animangualde Animação de rua nas várias artérias da cidade Horário: Sábado 09h30 - Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Mangualde (artéria principal da cidade) 14h30 - Grupo Zés Pereiras “Os Parentes de Teivas” (todas as artérias da feira) 15h00 - Mega Lua (Rua 1º de Maio) Todo o dia - Art & Manhã (todas as artérias da feira) Todo o dia - Concertinas Domingo 09h00 - Grupo Zés Pereiras “Os Parentes de Teivas” (todas as artérias da feira) 14h00 - Programa Somos Portugal em Direto de Mangualde (Largo Dr. Couto) Todo o dia - Art & Manhã (todas as artérias da feira) Todo o dia - Concertinas

Programa ANIMAÇÃO | SHOWCOOKINGS | WINE PARTY | EXPO VINHOS | ARTESANATO | INDÚSTRIA| AGRICULTURAWORKSHOPS | SEMINÁRIO | EXPOSIÇÕES | GASTRONOMIA | MÚSICA | EXPO FREGUESIAS

4, 5 e 6 novembro / Mangualde visite-nos!

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SÁTÃOTexto Micaela Costa

OBRAS DO LAR DE SAMORIM A “50 POR CENTO”

PARTE DA CONSTRUÇÃO DEVERÁ FICAR CONCLUÍDA DENTRO DE ALGUNS MESES. FUTURO LAR ESTÁ ORÇADO EM UM MILHÃO E 200 MIL EUROS E JÁ FORAM INVESTIDOS 500 MIL EUROS. QUESTÕES FINANCEIRAS TÊM ATRASADO A FINALIZAÇÃO DO PROJETO SOCIAL

Dentro de alguns meses deverá estar terminada a primeira fase de construção do Lar

de idosos de Samorim, em Sátão. “Este ano é difícil, mas dentro de alguns meses queremos ter parte do edifício completo”, frisou Armando Cunha, responsável pela Casa do Povo de Sátão, instituição encar-regue pela construção da valência. Segundo Armando Cunha, esta fase inicial visa deixar prontos “alguns quartos e espaços de atendimento e refeitórios”. Ao todo são oito quartos (que poderão albergar perto de 16 pessoas), secretaria, refeitório, sala comum e outros espaços que deixam a obra a “50 por cento”.“Com o serviço domiciliário e o cen-tro de dia da Casa do Povo sentimos que são precisos espaços para os nossos utentes e por isso queremos deixar pronta esta parte do edifício”,

explicou Armando Cunha.Para já foram investidos perto de 500 mil euros, numa obra que está orçada em um milhão e 200 mil. A questão � nanceira, ou a falta de verbas como explicou Armando Cunha, tem atrasado a conclusão dos trabalhos e têm sido realizadas iniciativas para angariação de fundos. “O lar não está a avançar com a rapidez que gostáva-mos, mas não é possível que seja de outra forma porque as verbas não são muitas. Não estamos a falar de uma obra � nanciada pelo Estado”, alertou o responsável. Jantares, peditórios, apoio da autarquia - que, segundo Alexandre Vaz, presidente da Câ-mara Municipal de Sátão, ronda os 75 mil euros – e a doação de uma satense, Eduarda Encarnação Rodri-gues, têm ajudado ao andamento do projeto social cujas obras arrancaram em 2013.A D. Eduarda, como era conhecida, morreu em fevereiro deste ano, aos 97 anos, mas em vida fez questão de deixar este apoio para que o Lar de Idosos, uma obra com que sempre sonhou, arrancasse o quanto antes. Para além de doar o terreno onde está a ser construída a infra-estru-tura, apoiou com 300 mil euros. A benfeitora chegou a receber, em agosto do ano passado, a medalha de ouro atribuída pela Câmara Munici-pal de Satão.

ISABEL MAIADiretora Clínica do Hospital Veterinário de Viseu

ESTERILIZAÇÃO/CASTRAÇÃO EM CÃES E

GATOS:DÚVIDAS?

É VERDADE QUE PROLONGA A VIDA?-SIM. Proceder à esterilização por ovariohisterectomia (remoção dos ovários e útero) precocemente, DUPLICA A ESPERANÇA média DE VIDA (evita tumor mamário, uterino, ovárico, infeções nestes órgãos, ...);A S F Ê M E A S D E V E M T E R C R I A S A N T E S DE SE R E M ESTERILIZADAS?-NÃO. Podem até ser esterilizadas antes do primeiro cio de modo a eliminar a possibilidade de apare-cimento de tumor mamário;QUANDO ESTERILIZAR?-Posso esterilizar em qualquer idade, sendo ideal POR VOLTA DOS 6 a 7 MESES (variando com a espécie, raça, sexo e indivíduo);A ESTERILIZAÇÃO PREDISPÕE À OBESIDADE?-SIM, mas existem alimentos pró-prios para animais esterilizados que evitam tal situação;ESTA INTERVENÇÃO CIRÚR-GICA É SEGURA?-SIM. Hoje em dia este tipo de intervenção pode ser realizada sob escrupulosas medidas de seguran-ça. É importante a opção por um local com bloco cirúrgico dedicado e bem equipado, assim como uma equipa cirúrgica experiente. Deve ser realizada consulta pré cirúrgica onde é feito um rigoroso exame físico, de modo a conhecer bem a mascote e poder realizar a aneste-sia geral e procedimento cirúrgico com toda a con� ança;QUE CUIDADOS DEVO TER COM A MASCOTE APÓS A CIRURGIA?-Na 1ª semana deve haver REPOU-SO e VIGILÂNCIA/DESINFE-ÇÃO da LINHA DE SUTURA/ACESSO. Poderá também haver medicação para casa. A ALIMEN-TAÇÃO PASSA A SER PARA ESTERILIZADOS; Quais os PRIN-CIPAIS BENEFÍCIOS da esteriliza-ção/castração PARA os MACHOS? -DIMINUI o risco de FUGAS, reduz a incidência de lesões por diminuição de LUTAS, DIMINUI OU ELIMINA comportamentos de MARCAÇÃO DE TERRITÓ-RIO, DIMINUI a incidência de TUMORES prostáticos, elimina a possibilidade de tumores testicula-res, diminui a AGRESSIVIDADE, AUM EN TA A ESPER A NÇA média DE VIDA;

O risco de encerramento das Extensões de Saúde de Carvalhal Redondo e de Santar está a cau-sar grande preocupação entre a população destas duas unidades integradas na rede da Unidade Saúde Familiar (USF) Estrela do Dão ( Nelas).As duas extensões asseguram o atendimento a cerca de quatro mil utentes. A situação é preocu-pante, referem os utentes. A Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro já fez sa-ber que não prevê nem pretende encerrar as extensões de saúde de Carvalhal Redondo e de Santar, mas as dúvidas continuam. Para clarificar esta situação, a ARS explicou que a situação ve-ri� cada na USF, que viu durante alguns dias ser reduzido o seu horário por falta de funcionários, levantou no meio local rumores de que as extensões de saúde corriam o risco de fecharem por-tas. Perante este quadro, a ARS Centro garante que os serviços “vão estar a funcionar de forma normal, como sempre aconteceu até aqui”.O problema que pode vir a afetar as duas extensões de saúde levou também a que a deputada e anti-ga autarca do PSD, Isaura pedro, tenha abordado o assunto na Comissão Parlamentar de Saúde. Aproveitando a presença do ministro da tutela, a parlamentar questionou como é que o governo vê a formação de unidades de saúde familiar que “excluem ex-tensões de saúde, contrariando o princípio de respeito pelos direi-tos dos utentes, e pela igualdade e equidade de acesso a cuidados de saúde integrados”Isaura Pedro, que é já candidata anunciada à Câmara de Nelas, entende que “casos como estes deveriam merecer intervenção dos ACES ou das ARS, levando a uma reformulação destas uni-dades de saúde, salvaguardando os interesses dos utentes das extensões de saúde, que na sua maioria, são idosos com patolo-gia crónica, e por conseguinte mais vulneráveis”. – CAP

NELAS

EXTENSÕES DE SAÚDE DE CARVALHALREDONDO E SANTAR PODEM FECHAR

OPINIÃO

REGIÃO

Obras arrancaram em 2013

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TAROUCATexto Iolanda Vilar

SEMENTES MONÁSTICAS DÃO VIDA A CENTRO COMERCIAL CHINÊS

ERVAS AROMÁTICAS E PRODUTOS HORTÍCOLAS “MADE” NO CONCELHO DE TAROUCA SÃO UM DOS MOTIVOS DE ATRAÇÃO DE MILHARES DE VISITANTES NUM CENTRO COMERCIAL EM DALIAN, NA CHINA. A PARCERIA QUE EXISTE COM A ASSOCIAÇÃO INOVTERRA, QUE ACONTECE DESDE 2015, PRETENDE SER UMA TROCA DE SABERES ENTRE OS DOIS PAÍSES E UMA FORMA DE PROMOVER A AGRICULTURA BIOLÓGICA

“Sabemos que a China procura novas formas de produção sustentável e nada melhor

que o Horto Monástico em modo de produção biológico para ensinar o que fazer para a sustentabilidade”, ex pl icou José Br u no Ca rdoso, presidente da Inovterra, associação que agarrou este projeto há um ano. É assim que surge na China, num centro comercial, uma pequena réplica com plantas que são origi-nárias do Horto Monástico de S. João de Tarouca.

“Esta é a parceria perfeita para o desenvolv imento de interesses conjuntos entre a região do Vale do Varosa e algumas províncias chi-neses”, salientou o dirigente asso-ciativo, lembrando que a Inovterra aposta na agricultura sustentável e por um futuro saudável, “modos de vida” que estão em voga em algumas regiões chinesas, onde os

níveis de poluição atingem valores alarmantes.As espécies selecionadas para a exe-cução deste projeto são aromáticas, medicinais e hortícolas, num total de 12 plantas diferentes. A saber: couve portuguesa ou couve-galega, a batata, o feijão e a malagueta. As espécies aromáticas e medicinais escolhidas foram a segurelha, os orégãos, a hortelã-pimenta, o poejo, a salva, o tomilho vulgar, o tomilho bela luz e o alecrim. Os produtos que podem ser apreciados são também as espécies que estão inse-ridas num projeto de recuperação agrícola e histórica no Mosteiro de São João de Tarouca denominado

“Horto Monástico”.O original, em Tarouca, agrega o cultivo de 35 espécies, cinco das quais nascem espontaneamente nos terrenos sagrados deste local. Foram estas mesmas sementes que parti-

ram para a distante China e deram forma a uma ideia fora do comum para mostrar o que de melhor o concelho duriense pode oferecer.Tanto em Portugal como na China, estas plantas são bastante uti li-zadas na alimentação e para fins medicinais.Segundo o presidente da Inovterra, a associação no âmbito da parceria, envia técnicos para a China para montar os Hortos Urbanos Bio-lógicos com alusão a Portugal e à Inovterra e, em troca, os chineses promovem Portugal, com visitas à região do Vale do Varosa para apreciarem o horto original.Para 2017 há já muitos projetos internacionais a serem estudados. No entanto, Bruno Cardoso la-menta que “o poder político ainda não tenha reparado no potencial da Inovterra e ainda não a apoia condignamente, temos que ir tra-

balhando dentro daquilo que é o nosso orçamento”.O futuro passa por difundir esta forma de “fazer” agricultura bio-lógica a outros países da Europa, pois, segundo Bruno Cardoso, a internacionalização do projeto vai permitir “agregar mais visitas e mais turismo a Portugal e, em simultâneo, permitir que outros países cooperem connosco no que toca ao desenvolvimento agrícola e dinamização do turismo”.A Inovterra foi criada em 2012 para dar resposta à crescente necessida-de de uma intervenção civil para in-verter na situação de abandono dos meios rurais. A sua área de atuação abrange todo o Douro Sul e Vale dos rios Távora e Varosa (Armamar, Cinfães, Lamego, Moimenta da Beira, Penedono, Resende, S. João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço e Tarouca).

A pintora naïf Maria Vilaça vai ceder ao Museu Mu nicipa l de Resende um quadro int itu lado “Nata l em Resende”. A art ista, natural de Valongo, é uma cons-tante presença nas exposições

realizadas naquele local de cultu-ra. Apaixonada pelas belezas do Douro, a artista decidiu deixar a sua marca naquela vila duriense recriando na expressão naïf um momento dedicado ao Natal.

A obra será incluída na exposição que decor rerá no Museu pa ra comemorar os seus 10 anos de ex istência e que contara a inda com obras de todos os ar t istas que já divulgaram nesse local os

seus trabalhos. O Museu Munici-pal de Resende está localizado na antiga cadeia e foi recuperado em 2003 e alberga um vasto espólio etnográf ico e arqueológico do concelho.

RESENDE

MARIA VILAÇA CEDE OBRA A MUSEU

Plantas adornam centro comercial

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OLIVEIRA DE FRADESTexto José Ricardo Ferreira

INAUGURADA SEDE DO CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DE S. JOÃO DA SERRA EDIFÍCIO CUSTOU 600 MIL EUROS. OBRA FOI PAGA COM A AJUDA DA COMUNIDADE E DA CÂMARA MUNICIPAL

O Centro Social e Paroquial de S. João da Serra, no concelho de Oliveira de Frades, é inau-

gurado este sábado (29 de outubro) mais de um ano depois do que estava previsto. A cerimónia de inauguração está agendada para as 15h00, numa cerimónia que será presidida pelo Bispo de Viseu. No imóvel para além dos dois serviços prestados pela Ins-tituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) funciona igualmente a Casa Pastoral da paróquia.A organização presta apoio domi-ciliário a 15 pessoas, tendo acordo com a Segurança Social (SS) para oito utentes. Esta valência entrou em funcionamento há mais de um ano. Já o Centro de Dia vai abrir portas este sábado justamente na inauguração do Centro Social e Paroquial, sendo o único serviço do género no concelho oliveirense. Para esta resposta social já se inscreveram cerca de uma dezena de pessoas. Para já ainda não há ne-nhum acordo com a SS, mas o centro tenciona obter comparticipação esta-tal para algumas vagas. “Avançámos com esta nova valência sem a certeza que vamos ter qualquer tipo de apoio porque esta é uma necessidade. O que procuramos combater é o isolamento. As nossas aldeias estão deserti� cadas, as pessoas estão tendencialmente e cada vez mais isoladas, há muita emi-gração, e portanto o que procuramos é dar às pessoas condições que não teriam em casa e também o convívio, o poderem estar com os seus pares, com pessoas amigas”, frisa o padre

Internacionalização de empresas vai ser o mote para um workshop organizado pela AIRV- Associação Empresarial de Viseu, em parceria com a Câmara Municipal de Castro Daire.O encontro tem lugar no dia 4 de no-vembro no auditório da Assembleia Municipal de Castro Daire e pretende sensibilizar e dinamizar o tecido em-presarial da região para as questões da internacionalização e dos apoios existentes para as empresas interessa-das em desenvolver esta valência.

Em Castro Daire existem já algumas empresas que exportam grande parte do que produzem, em alguns casos “escoam para outras empresas parcei-ras que depois dinamizam as vendas e fazem a exportação”, segundo a caracterização da associação empre-sarial local. O segmento dos granitos com forte implantação no concelho é exemplo disso e constitui já uma forte alavanca no tecido empresarial local, criando emprego ao sutentabilizar um dos recursos naturais de maior importância no concelho. Os granitos

e seus derivados são considerados em alguns países artigos de luxo na construção civil e na produção de mobiliário e compostos de cozinha e banho. Outros setores de atividade vão estar certamente em foco, sendo prestadas todas as informações aos empresário interessados em desenvol-ver atividades nesta área. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas nos serviços da Câmara Municipal de Castro Daire ou da Associação Empresarial da Região de Viseu.

CASTRO DAIRE

INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS EM DEBATE

Cristóvão Cunha, presidente do Cen-tro Social e Paroquial.

Comunidade apoia projectoO edifício onde funciona a instituição social custou 600 mil euros. A obra está completamente paga e não sofreu “qualquer derrape � nanceiro”. O pro-jecto foi comparticipado a 30 por cen-to por fundos comunitários através da ADDLAP. A Câmara Municipal de Oliveira de Frades ajudou com 200 mil euros e o restante montante foi suportado pela instituição, que contou com o apoio da comunidade que ao longo de largos meses organizou várias iniciativas, como peditórios e jantares convívio, com vista a anga-riar fundos para a causa.

Atraso na abertura A empreitada está pronta desde o � nal de 2014, dentro dos prazos pre-vistos, mas só agora o Centro Social e Paroquial vai ser inaugurado. O padre Cristóvão Cunha justi� ca esta demora com algumas carências “do

ponto de vista logístico e institucio-nal” que adiaram a abertura da sede da IPSS. O presidente da Junta de S. João da Serra, Armando Ferreira, não esconde a satisfação por organização estar � nal-mente a funcionar em pleno, ainda que lamente que poucas pessoas tenham mostrado vontade de usufruir do apoio prestado. “Quando as coisas não exis-tem toda a gente diz que faz falta, mas quando existem, quando é para pagar, é um bocadito mais complicado. [As pessoas] ficam um bocado reticentes em ir para o centro e [usufruir do] apoio domiciliário porque, pensando que não, nestes meios pequenos uma reforma em casa às vezes dá mais jeito aos � lhos que os idosos”, refere. Para o autarca, agora, em S. João da Serra, só fica a faltar um lar para os idosos, eles que representam 80 por centro da população da freguesia. Armando Ferreira espera que as entidades estatais ajudem a pôr em marcha dentro de alguns anos esta nova aspiração.

Nos termos do n.º 2 do artigo 403º do Código do Trabalho, pre su me -s e o aba ndono do trabalho em caso de ausência do trabalhador ao serviço durante, pelo menos, dez dias úteis segui-dos, sem que o empregador tenha recebido comunicação do motivo da ausência. Esta presunção é ilidível, ou seja, pode ser afastada pelo trabalhador, mediante prova da ocorrência do motivo de força maior, impeditivo da comunica-ção da ausência.Assim sendo, para que haja aban-dono do trabalho não basta a não comparência prolongada ao serviço do trabalhador. É neces-sário que a sua ausência indicie a vontade do trabalhador de pôr termo ao contrato de trabalho, por exemplo, ter celebrado um contrato de trabalho no estran-geiro ou estar a trabalhar por conta própria. Este comporta-mento por parte do trabalhador corresponde a uma denúncia tácita do contrato de trabalho.O empregador, para a legar o abandono no intuito de fazer cessar o contrato, terá de comu-nicar ao trabalhador os factos que o sustentam ou da presunção do mesmo, por carta registada com av iso de receção para a última morada conhecida deste. Ainda assim, o trabalhador pode contestar o abandono presumido se demonstrar que foi por motivo de força maior que não comuni-cou a causa da ausência.Caso se prove o abandono do trabalho, o trabalhador � ca obri-gado a indemnizar o empregador nos mesmos termos em que � caria se denunciasse o contrato sem aviso prévio, ou seja, deve pagar uma indemnização de va-lor correspondente a um ou dois meses de retribuição base e diu-turnidades, consoante a sua an-tiguidade seja igual ou inferior a dois anos ou superior a dois anos. Para além desta indemnização, o trabalhador poderá responder, igualmente, nos termos gerais da responsabilidade civil, pelos danos eventualmente causados pelo facto de ter abandonado o trabalho sem qualquer aviso.

ABANDONO DO TRABALHO

ÂNGELA FIGUEIREDO SANTOS Advogada

CONSULTÓRIO JURÍDICO

REGIÃO

Centro de Dia abre portas depois de já estar a funcionar o apoio domiciliário

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REGIÃO

Entre 11 e 13 de novembro, Pene-dono recebe o Mercado Magriço um evento que pretende dar a co-nhecer as atividades empresariais e comerciais do concelho.Durante todo o fim de semana, esta iniciativa, segundo fonte da edilidade, pretende “congregar todas as atividades que emergem no nosso quotidiano e que urge, cada vez mais, af irmar como pedras basilares do tecido eco-nómico concelhio”, frisando que esta ação tem como “verdadeiro estandarte o empreendedorismo penedonense”.Ainda sem programa divulgado, o Mercado do Magriço é visto como um espaço vocacionado à promoção turística e cultural de Penedono, aliada à Feira Medieval que se realiza nos meses de verão.

PENEDONO

“MAGRIÇO” PROMOVE TECIDO EMPRESARIAL

TONDELATexto Sandra Rodrigues

E AGORA É A VEZ DA JUNTA DE FREGUESIA DE MOLELOS AVANÇAR PARA TRIBUNALCONFRONTO ENTRE MEMBROS DA JUNTA DE MOLELOS E ELEITO DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA ESTÁ LONGE DE TER UM FIM. ARGUMENTOS E DÚVIDAS SÃO DEBATIDOS E DECIDIDOS EM TRIBUNAL E FORA DELE. CASO DAS GRAVAÇÕES DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA JÁ SE ARRASTA HÁ QUASE UM ANO

A Freguesia de Molelos, em Tondela, vai avançar com um processo no Tribunal

Administrativo e Fiscal de Viseu para impedir que Luís Figueiredo grave as sessões da Assembleia de Freguesia.Uma decisão tomada depois do Tribunal ter dado como “ improcedente” a prov idência cautelar apresentada pelo órgão autárquico. Em causa, o conf lito por causa da gravação e recolha de imagens de reuniões e que coloca

A construção de um heliporto em São João da Pesqueira continua sem avançar devido ao bloqueio das ver-bas vindas do Norte 2020, lamenta José Tulha, presidente da Câmara Municipal. A obra, segundo o autarca, tem projeto aprovado desde 2012 mas aguarda que os 800 mil euros previstos para a recuperação do espaço sejam disponibilizados pelo próximo quadro comunitário de apoio.O heliporto, que neste momento funciona no improvisado campo de futebol à saída da vila pesquei-rense, segundo o edil, “não reúne as condições ideais para que os meios de socorro aéreos possam efetuar o seu trabalho”. Localizado perto das instalações do Centro de Saúde, este novo equipamento daria “uma resposta segura e conveniente em termos de socorro médico rápido e eficaz”, sublinhando ainda o autarca que “poderia funcionar como meio de transporte de empresários em negócios, bem como dar apoio a algumas quintas da região que assim comodamente poderiam fazer chegar os seus hóspedes, evitando que per-corressem estradas sinuosas”.O projeto, além do heliporto, inclui ainda a recuperação do espaço da feira.

S. JOÃO DA PESQUIERA

HELIPORTO CONTINUA PARADO POR FALTA DE VERBAS

frente a frente a Junta e o membro da Assembleia de Freguesia e ao mesmo tempo que toma o lugar

A situação que opõe os “protagonistas” já levou a várias sentenças em tribunal, ao pedido de esclarecimentos a várias entidades

de eleito. A situação que opõe os “protagonistas” já levou a várias sentenças em tribunal, ao pedido de esclarecimentos a várias entidades e a tomadas de posição por parte da própria Entidade Reguladora para a Comunicação Social.Perante a persistência de Luís Figueiredo em comparecer nas reuniões com os mesmos prossu-postos, a Junta tinha avançado com uma providência cautelar para o impedir.“Por a sentença ainda não transitar em julgado, uma vez que ainda corre o prazo legal de recurso, o tribunal julgou a providência im-procedente. E julgou também im-procedente o pedido de litigância de má-fé, bem como improcedente o pedido de indemnização que foi apresentado por Luís Figueiredo”, sa l ientaram em conferência de imprensa os membros da Junta de Freg ue s ia . Pa r a a Ju nt a , o Tribunal é claro quando diz que a providência é improcedente por “os procedimentos cautelares não serem meios adequados a definir direitos mas apenas a acautelar e proteger d i reitos”. Por i sso, anunciaram, vão avançar agora com outros meios, recorrendo ao Tribunal Fiscal.“Ao contrário do que o requerido pretende fazer valer, a mesma [de-cisão do tribunal] não se pronuncia, em lugar algum, que o requerido pode gravar ou colher imagens na sua qualidade de equiparado a jornalista e quando em simultâneo exerce as funções e eleito local. A mesma foi sim improcedente porque o Tribunal entendeu, entre outras questões de direito, que a pretensão da Freguesia não carece de obter uma decisão cautelar”, explicaram.Os membros da Junta lembram ain-da que a mesma decisão refere que “cabe ao presidente da Assembleia de Freguesia assegurar o regular f u nc iona mento d a s reu n iõe s , recorrendo às entidades policiais se necessário e conceder as autoriza-ções que entenda por necessárias, sendo que aqueles que se sentirem lesados podem recorrer aos meios próprios”. “Vamos cumprir na íntegra a decisão do tribunal, de-signadamente este último ponto”, avisaram.

Assembleias de freguesia tem sido consecutivamente suspensas

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REGIÃO

LAMEGO

NOVO EQUIPAMENTO PARA O HOSPITAL NÃO AFASTA RECEIO DE UNIDADE FICAR VAZIA DE VALÊNCIAS

AUTARCA DIZ QUE “RESPOSTAS” DO MINISTÉRIO NÃO O DESCANSAM PERANTE A POSSIBILIDADE DE UM “VAZIO DE VALÊNCIAS” NO HOSPITAL DE LAMEGO

O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, deixou bem claro que não

aceitará encerramentos de serviços no Hospital local e que o “caldo fi-cará entornado” se tal vier a aconte-cer. Mesmo perante as declarações do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que em Lamego disse que não haverá deslocalização de serviços e que a cirurgia de am-bulatório continuará a ser a imagem de marca do Hospital de Lamego, o autarca avisou que vai “acompa-nhar a par e passo a evolução do hospital”.O edil relembra que “continuaremos preocupados com uma possível

perda de valências, serviços e falta de equipamentos que a nossa uni-dade hospitalar sofre”, ainda que o representante do governo, na sua

“primeira deslocação a Lamego, tenha prometido a instalação de uma TAC (tomografia axial computarizada)”. Recorde-se que a visita de Manuel Delgado aconteceu na sequência de inúmeras reclamações das popula-ções pelo atendimento moroso e falta de valências médicas, num hospital que foi inaugurado em 2012.O edil assegura que “o caldo estará entornado caso o nosso hospital venha a encerrar serviços”. Fran-cisco Lopes assume que ao longo dos anos tem acompanhado “com preocupação a de� nição de balizas de trabalho e de serviços manter e a colocar em Lamego” e garante que

“tudo irei fazer ao nosso alcance para que o hospital não seja apenas um edifício vazio de valências”.Para dar “um voto de con� ança” às populações e ao novo conselho de administração que tomou posse no Centro Hospitalar Trás-os-Montes

e Alto Douro (a qual pertence a uni-dade de Lamego), Manuel Delgado reconheceu estar a “seguir sema-nalmente a evolução deste hospital”. Sublinhou que esta primeira visita serviu para se inteirar das necessi-dades e do modo de funcionamento do hospital.

“Compreendemos a frustração das populações, mas tudo faremos ao nosso a lcance para melhorar o acesso aos cuidados de saúde”, disse Manuel Delgado que nega uma possível desmobilização do serviço de cirurgia e de medicina interna do serviço de urgência. “Não faria qualquer sentido acabar com a cirurgia de ambulatório quando é precisamente a imagem de marca deste hospital, seria matá-lo”.Na sua passagem pelo Hospital de Lamego o Secretário de Estado da Saúde garantiu ainda o reforço dos cuidados na área de reabilitação, bem como a criação de uma consul-ta de oncologia devidamente articu-lada com o Centro Oncológico de Vila Real. – IV

VANDA COELHOEngenheira Civil – Melom Nice&Easy

VANDA COELHO

DICAS AO CENTRO

CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DA

HABITAÇÃO

Numa habitação, podemos ter defeitos e anomalias, vulgarmente designados como patologias de construção ou não conformida-des. Podem ser de duas origens: Humana (projecto mal executado, escolha errada de materiais, mão de obra de� ciente); Natural (varia-ções de temperatura; intempéries e catástrofes naturais…). Os defeitos mais visíveis a olho nu, para qualquer leigo na matéria acabam sempre na fissuração e nas humidades! Aparentemente o que pode ser uma simples “racha”, uma pequena ef lorescência ou bolor, na realidade pode ser já o culminar de problemas complexos, mas para os quais existem sempre várias soluções. Hoje o nosso tema centra-se na minimização de algumas patologias da construção para prolongar a vida útil da nossa habitação e torná-la mais saudável:Diariamente/semana lmente – limpeza das diversas divisões e arejamento da casa durante o dia (bastam 5 minutos com as janela abertas);Mensalmente – l impeza mais profunda dos vidros e caixilhos, louças sanitárias, tectos, paredes e pavimentos;Semestralmente - limpeza de co-bertura e caleiras e veri� cação dos � ltros das torneiras;Anualmente – desinfestação e des-ratização da casa e do lixo, revisão das ferragens e mecanismos das caixilharias e das portas, revisão das juntas e anilhas das torneiras; limpeza e revisão dos queimadores das caldeiras, limpeza do filtro e a� nação do extractor da cozinha, revisão dos extintores e limpezas das chaminés;Cada dois anos – verificar a es-tanquidade da tubagem de gás, verificar os radiadores, substituir silicones, rever as juntas dos azule-jos, veri� car os vernizes no exterior.Cada cinco anos – verificar a pin-tura exterior e os elementos me-tálicos e rever as instalações de água, electricidade, esgotos, gás e incêndios.Caso necessitem de uma melhor elucidação para poder distinguir e corrigir as patologias que afectam o vosso imóvel, causando também a sua desvalorização, devem sem-pre contactar um pro� ssional.

Os munícipes de Armamar que este sábado (29 de outubro) se inscreve-rem ou renovaram a sua inscrição nas Piscinas Municipais cobertas vão ter direito a um desconto de dez por cento na mensalidade. Esta redução no preço só está disponível neste dia e surge a propósito da realização de um Open Day, uma

iniciativa que já não era realizada pelo equipamento há algum tempo. Este dia aberto arranca às 09h30 e termina às 19h00. Durante esse per íodo todos os interessados poderão experimentar de forma gratuita quer as piscinas quer o ginásio. Ao longo do dia vão ainda realizar-se várias atividades com

o intuito de levar os habitantes a experimentar os serviços dispo-nibilizados pela infraestrutura e ainda a praticar exercício físico como: hip-hop, natação para be-bés, taekwond, yoga, ballet, pilates, hidroterapia, cycling, localizada, total workout, zumba, hidroginás-tica e aquapower.

ARMAMAR

OPEN DAY DÁ DESCONTO EM MENSALIDADES NAS PISCINAS

Manuel Delgado, secretário de Estado da Saúde em Lamego

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SERNANCELHETexto Iolanda Vilar

FESTA DA CASTANHA ESGOTA HOTELARIACERTAME DECORRE A PARTIR DE HOJE ATÉ DOMINGO. CÂMARA ESTÁ COM EXPECTATIVAS ELEVADAS

A hotelar ia está lotada em Sernancelhe e em todos os concelhos limítrofes este � m

de semana. A garantia é dada por Armando Mateus, vereador da au-tarquia, que “culpa a festa dedicada à castanha por este súbito acréscimo da taxa de ocupação hoteleira.Moimenta da Beira, Aguiar da Beira, Trancoso e Penedono são os municípios vizinhos que vão acolher os milhares de visitantes que querem

entre sexta feira e domingo (28,29 e 30 de outubro) saborear as primeiras castanhas da época, num concelho reconhecido como grande produtor de castanha.“As expetativas são elevadas, tendo em conta os indicadores vindos das agências de viagens, o número de excursões previstas chegar ao nosso concelho, os pedidos de alojamento e as inscrições em eventos desportivos que fazem parte da festa”, assume

Armando Mateus.Ao longo dos dois dias cerca de 80 stands, três restaurantes e três tasquinhas vão promover a castanha que será rainha e senhora. Para além dos expositores todos relacionados com a produção ou transformação da castanha, o Exposalão será uma janela de promoção também para as juntas e associações locais e despor-tivas. O evento conta ainda com um passeio pedestre e BTT.

ROGÉRIO MATIAS Professor

OPINIÃO

DIFERENÇAS...

No âmbito do chamado Pro-grama Nacional para a Coesão Territorial, o Governo decidiu atribuir alguns incentivos aos médicos que optem por trabalhar no interior, como forma de os atrair para as regiões onde há falta de clínicos. De acordo com o que foi noticiado, entre outros estão os seguintes:- acréscimo de 40% no salário (cerca de mais 1100 euros brutos por mês);- possibilidade de o cônjuge ou pessoa com quem v ivam em união de facto os acompanhar, pois terão preferência no preen-chimento do primeiro posto de trabalho para o estabelecimento de saúde, desde que possuam quali� cações para o cargo.O tratamento dado pelo Estado a outros funcionários públicos está longe de ser sequer comparável.É o caso dos professores do ensino básico e secundário, por exemplo. De facto,- durante muitos anos têm de a nda r com a casa às costas , ficando a saber para onde vão (quantas vezes para escolas a centenas de quilómetros da sua residência) com apenas uns dias de antecedência;- não só não têm qualquer espécie de incentivo para deslocação ou residência como ainda têm de supor ta r todos os gastos inerentes (financeiros, físicos e psicológicos).Acresce que - o seu vencimento, em início de carreira, é pouco superior ao incentivo que vai ser dado aos médicos;- o seu horário real de trabalho ultrapassa, muitas vezes, o esti-pulado legalmente, sem qualquer contrapartida.É o tratamento dado aos médicos que é criticável? Não. É o dado aos professores. Provavelmente haverá razões plausíveis para este desequilíbrio e eu é que não as vislumbro. Se não fosse assim, os professores, nomeadamente os seus representantes (os sindica-tos, normalmente tão reivindi-cativos mas nos últimos tempos praticamente moribundos), já se teriam manifestado.Este artigo pode ser lido e comentado em www.rogeriomatias.com/blogue

Um investimento superior a 100 mil euros está previsto para a requali-ficação de estradas no concelho de Cinfães. O conjunto de obras adju-dicadas pelo município vai melhorar as acessibilidades como o caminho do Estádio ao Sampaio, em Cinfães; a Estrada Municipal da E.N. 321 a Marcelim, em Tendais; o caminho Municipal à ETAR da Zona Alta de Souselo – 2ª fase, em Souselo; a Estrada Municipal da Bouça da Eira, em Moimenta, e a Estrada Municipal do Ladário – Sarabagos, em Fornelos. Um investimento global que ronda os 168 mil euros e que se junta ao

montante já investido nesta área e que só em 2016 já ultrapassa 1 milhão e 500 mil euros.“Requali� car as vias municipais tem sido uma das minhas preocupações” disse Armando Mourisco, presidente da Câmara.O autarca reafirmou ainda a sua preocupação no que toca à E.N. 225, uma via sinuosa que atravessa várias freguesias no concelho, e que para a qual “há uma necessidade de uma intervenção de fundo com a reti� ca-ção do traçado”, defendendo ainda a execução de proteções ao nível das bermas e valetas. Armando Mourisco

reivindica ainda o alargamento da curva na E.N.222, debaixo da Igreja de Souselo, uma zona muito estreita que apresenta muita perigosidade tanto para automobilistas como para os peões. Em curso está também a consignação pela Infraestruturas de Portugal de obras de estabilização da plataforma rodoviária e reposição das condições de circulação na EN211, no troço situado na zona de Porto Antigo em Cinfães. Um abatimento do piso ocorrido ali há cinco anos deixou uma cratera na via que, recorda a CDU, “tardava em ser tapada”.

CINFÃES

RECUPERAÇÃO DAS ESTRADAS AVANÇA NO CONCELHO

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VILA NOVA DE PAIVATexto Pedro Pontes

PAIS LANÇAM ABAIXO ASSINADOA REIVINDICAR LUGAR ONDE DEIXAR OS FILHOSDEPOIS DE TOMADA A DECISÃO DA CASA DO POVO DE VILA NOVA DE PAIVA EM ENCERRAR O SERVIÇO DE ATL, PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO ASSINARAM UMA PETIÇÃO A SUGERIR A INCLUSÃO DAS CRIANÇAS EM ATIVIDADES EXTRACURRICULARES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS

A polémica está lançada em Vila Nova de Paiva. A Casa do Povo encerrou o serviço

de ATL a funcionar em instalações de creche cedidas pela ASSAP- As-sociação de Solidariedade Social do Alto Paiva. A direção refere que a permanência das crianças naquelas instalações não poderia continuar por estarem sujeitos “a prestar um serviço ilegal”. Uma ilegalidade a juntar às deficientes instalações da Casa do Povo para onde poderiam ser deslocadas as crianças mas “que não reúnem requisitos para o efeito”. Depois da direção da Casa do Povo “ter informado a segurança social e a Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva” do eventual encerramento do serviço, “se não fossem tomadas me-didas”, não surgiu nenhuma solução em tempo útil.Certo é que a Casa do Povo encerrou a valência e agora os pais e encarre-gados de educação não sabem o que fazer com as crianças, uma vez que não existe na vila outro local para o efeito. A alternativa passa agora pela inclusão das crianças nas atividades extracurriculares do primeiro ciclo, ou então nas atividades de apoio à família. O documento “em abaixo-as-sinado” corre pela vila a solicitar isso mesmo. Se não forem encontrados outros locais para estas crianças, a solução pode passar também em deslocá-las para instituições fora do concelho em regime de ocupação de

tempos livres, que, entretanto, os pais e encarregados de educação já estão a ponderar. A Casa do Povo queixa-se da falta de apoios das instituições para dar conti-nuidade ao serviço. Apesar de receber cerca de “40 euros mensais da Segu-rança Social” para manter as crianças em ATL; a impossibilidade de conti-nuar com instalações emprestadas da ASSAP, de não ter condições em casa própria e não ter encontrado apoio na câmara municipal para o efeito, “ditou o encerramento do serviço”. Ao Jornal do Centro, o presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva já tinha mostrado preocupação com o sucedido. José Morgado disse “que a Casa do Povo tem um protocolo de cooperação com a autarquia para onde são transferidas verbas pelos de serviços prestados com refeições a crianças e pelas atividades desportivas desenvolvidas”. Por outro lado, o presidente da direção da Casa do Povo lamentava a situação e a falta de apoio nesta e noutras situações. Alfredo Afonso dava como exemplo a intenção em adquirir uma nova carrinha de trans-porte de crianças e jovens, “em que a autarquia não apoiou”. Facto negado pelo autarca de Vila Nova de Paiva, já que José Morgado garantiu “poder apoiar metade do valor total da parte que caberia a Casa do Povo”, já que o veículo seria comparticipado em metade pela Segurança Social.

ATL da Casa do Povo de Vila Nova de Paiva deixou de receber crianças

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MANGUALDETexto Irene Ferreira

BOMBEIROS CONTRA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE VETERANOS DE GUERRA NUMA ALTURA EM QUE A ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS DE MANGUALDE SE PREPARA PARA MAIS UM PEDITÓRIO ANUAL A REALIZAR DURANTE O FIM DE SEMANA DA FEIRA DOS SANTOS, O PRESIDENTE DOS VOLUNTÁRIOS QUEIXA-SE DE CONCORRÊNCIA DESLEAL POR PARTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE VETERANOS DE GUERRA

O presidente da Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Man-

gua lde não vê com bons olhos que colaboradores da Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra percorram o concelho e o país com a venda de bilhetes para um sorteio nacional com o objetivo da aquisi-ção de uma ambulância. João Soa-res realça o facto dos “veteranos” se apresentarem com fardas idênticas às dos bombeiros. “Se são vetera-nos que se vistam de verde para não serem confundidos com os bom-beiros. Estes senhores arranjam forma de se camuf lar com fardas vermelhas muito idênticas aos bombeiros, contesta. O presidente dos Voluntários de Mangualde diz mesmo que não tem dúvidas que as pessoas ao serem abordadas pela Associação de Veteranos de Guerra contribuem a pensar que estão a ajudar os bombeiros.Esta semana o grupo esteve uma vez mais na cidade mangualden-se e, segundo João Soares , “os bombeiros fora m contactados por algumas pessoas a dar conta do peditório feito por indivíduos vestidos à bombeiro ou muito pa-recido e que o nome dos bombeiros

O trabalho do campo e os produtos que a terra dá estarão em destaque no domingo durante a Festa das Co-lheitas, em Vila da Rua, Moimenta da Beira.“É na época de colheitas - época da

apanha da maçã, da uva e da cas-tanha também - que a freguesia de Rua celebra em festa o trabalho do campo”, refere a autarquia.No espaço da feira, ao longo do certame estarão abertos expositores

com produtos locais e uma tasqui-nha com gastronomia típica. O pro-grama desta festa começa às 10h00 com a abertura simbólica da feira de produtos locais. Segue-se, às 11h00, a realização de uma eucaristia das

colheitas. Para as 12h30 está mar-cado um almoço. Da parte da tarde, às 14h30 realza-se o “Concerto das Vindimas” pelo quarteto de clarine-tes “Shawm Quartet”. Às 15h30 é a atuação da Tuna de Tabuaço.

MOIMENTA DA BEIRA

FESTA DAS COLHEITAS ASSINALADA COM FEIRA E MÚSICA

foi invocado para alcançarem o objetivo”. Para o responsável, a ini-ciativa nesta altura em Mangualde só se justifica porque a Associação de Veteranos “deve saber que nós fazemos o nosso peditório na Feira dos Santos, o que não está correto”. “Eu sou perfeitamente contra esse tipo de peditórios, mas eles têm autorização para o fazer e nós não podemos fazer nada para os impe-dir”, conclui João Soares. Uma po-sição do presidente dos Bombeiros Voluntários de Mangualde que vai ao encontro de outras associações humanitárias do distrito de Viseu e do país. Aliás, esta situação levou já os Bombeiros Voluntários de Viseu a terminaram com os peditórios de rua.Contactada a Associação Portu-guesa de Veteranos de Guerra, o vice presidente rejeita as críticas. Francisco Carneiro Martins la-menta que “as pessoas compliquem. Não há necessidade nenhuma de complicar porque o espaço chega para toda a gente”. O responsável

refere que a Associação realiza o sorteio nacional desde há quatro anos e que o mesmo é autorizado pelo Ministério da Administração Interna, sendo que os colabora-dores se apresentam devidamente credenciados e identificados com crachás e coletes e que como diz, nada tem a ver com a farda dos bombeiros. Francisco Martins diz não entender a revolta até porque, adianta, “a carrinha que transporta os colaboradores também está identificada como sendo da Asso-ciação Portuguesa de Veteranos de Guerra”.

Peditório no primeiro fim de semana de novembroTodos os anos os Voluntários saem à rua e abordam os milhares de pessoas que passam no certame. As verbas conseguidas têm servido como reforço de tesouraria para fazer face às ações de socorro. “Não podíamos deixar de aproveitar esta oportunidade numa altura em que Mangualde recebe milhares

de pessoas e que nos têm demons-trado solidariedade e carinho”, refere João Soares, o presidente dos bombeiros que espera que a iniciativa corra “da melhor forma e que consigamos alcançar os nossos objetivos”. As verbas conseguidas nos peditórios da Feira dos Santos têm rondado os oito mil euros, um valor que segundo o responsável se tem mantido. Para João Soares, “o dinheiro é necessário para a pres-tação do socorro, quer seja para o investimento em novas viaturas quer seja para as despesas diárias, para uma gestão que é necessário fazer e que implica muitos milhares de euros”.

“Se são veteranos que se vistam de verde para não serem confundidos com os bombeiros

Representantesda associação de Veteranos de Guerra são confundidos com bombeiros

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CIM APRESENTOU CANDIDATURA PARA REDE CULTURALTexto Sandra Rodrigues

CRIAÇÕES ÚNICAS EM CIRCULAÇÃO POR 14 MUNICÍPIOSO TRABALHO DE TRÊS ANOS E QUE ENVOLVEU VÁRIOS AGENTES CULTURAIS DA REGIÃO VISEU DÃO LAFÕES CULMINOU NA APRESENTAÇÃO DE UMA CANDIDATURA PELA COMUNIDADE INTERMUNICIPAL PARA CRIAÇÃO DE UMA REDE CULTURAL

A reativação de salas e cinetea-tros e sessões de cinema ao ar livre nos 14 municípios que fa-

zem parte da Comunidade Intermu-nicipal (CIM) de Viseu Dão Lafões é uma das propostas que está na candi-datura que esta entidade apresentou a fundos comunitários e que visa im-plementar uma rede de programação cultural. Este é um dos contributos do Cine Clube de Viseu, uma das estru-turas que engloba a candidatura. As outras são o Teatro Viriato, a ACERT, o Teatro Regional da Serra de Mon-temuro e a associação Binaural/No-dar. Cada um destes agentes culturais irá criar programas para desenvolver em todo o território nos próximos três anos.“Temos uma proposta diversi� cada que envolve uma programação de ci-nema para passar pelas salas, algumas delas sem atividade. Pode ser cinema, mas também podem ser outras inicia-tivas. Há também a intenção de pro-mover sessões pelas praças e outros espaços dos 14 municípios”, contou Rodrigo Francisco, membro do Ci-ne Clube, que destacou a importân-cia de se fazer um trabalho em rede e que envolve as comunidades em cada território.Também Miguel Torres, da ACERT, salientou todo o processo que culmi-nou nesta candidatura, um trabalho que, lembrou, foi de três anos. “O que pretendemos fazer, e que corresponde àquilo que é a nossa matriz, é a partir

dos nossos recursos e do trabalho com as comunidades, usar a cultura como ferramenta de desenvolvimento, de aproximação das comunidades aos hábitos de fruição cultural. É isto que

nos importa valorizar, a todos os que estamos neste projeto”, disse.Esta é também a matriz da Binaural. Luís Costa explicou que irão ser de-senvolvidas criações artísticas nas áreas em que a associação trabalha há dez anos e que envolve a recolha so-nora e antropológica dos recursos na-turais dos territórios. “Temos todos um trabalho desa� ante pela frente”, concluiu.

Rede para três anosA candidatura agora apresentada tem um investimento elegível que ronda os 1,3 milhões de euros e tem um fundo comunitário associado de 1,1 milhões de euros.Com este projeto, a CIM Viseu Dão Lafões propõe a implementação de uma rede de programação cultural que agrega os 14 municípios. Além de criar uma rede de programação cul-tural de eventos e atividades, preten-de ainda cimentar esta região enquan-to território de excelência na área da criação e programação artística, para além de reforçar a promoção turística.José Morgado, presidente da CIM, ex-plicou que se trata de uma candida-tura “devidamente formatada com todas as companhias ou indústrias criativas do território de referência, e que foi devidamente aprovada por unanimidade com base numa estra-tégia cultural apresentada no Conse-lho Intermunicipal onde têm assento os 14 municípios”.

CULTURA

SEMPRE CHEGAMOS AO SÍTIO AONDE NOS

ESPERAM

Escreveu José Saramago em “A Viagem do Elefante”, e é isso que nos orienta. Essa ilusão de que no � nal alguém nos espera pa-ra nos confortar, seja qual for a viagem...

Não temos ilusões sobre as di� culdades que enfren-

tamos. Se o fazemos de pei-to aberto e alma tranquila me-lhor vamos lidando com as di� culdades.

A viagem é longa, rica e cheia de coisas que contar. Sem

fronteiras, dogmas ou balizas vamos avançando tendo a cer-teza que partilhamos com os companheiros dessa mesma via-gem uma enorme convicção do que fazemos e construímos em conjunto.

Reaprendemos juntos, vive-mos juntos, sem certezas

que não a da solidariedade da-queles com quem vamos e do projeto que construímos para os que nos rodeiam. Sim, para os que nos rodeiam, tendo mui-to presente que é esse o objetivo da viagem.

Fomos ao longo do caminho cruzando identidades e com

isso fortalecendo a nossa. En-traram no conjunto outras for-mas de ver e fazer, outras formas de miscigenação que constroem melodias que nos embalam nas curvas do percurso. Algumas delas de tão belas fazem-nos so-nhar, sonhar com festas e ale-grias comunitárias de fogo, luz e cor. São essas as etapas da via-gem que nos permitem avançar, sempre, rumo a um futuro que construímos em conjunto e que desejamos ardentemente. Alguém nos espera! Será seguramente o futuro.

MIGUEL TORRESAnimador Cultural

OPINIÃO

NOVA REDE, NOVO FORMATOEm 2014, foi criado o projeto Comum – Rede Cultural, dinamizado pela ACERT e pelo Cine Clube de Viseu. Integrava sete concelhos dos distritos de Viseu, Guarda e Aveiro. Tinha como objetivo uma programação em rede. Até 2006, altura em que entrou em “pausa”, a rede levou espetáculos a 30 freguesias e foram realizadas 90 atividades em espaços não convencionais, como escolas, ruas, bibliotecas, associações locais e igrejas.“Não estamos a fazer uma reativação deste projeto. Não nos importa repetir formatos. Mas é óbvio que partilha muitos princípios deste projeto, desde logo a circulação em rede, a economia de escala, o trabalho e fortalecimento com as comunidades e a partilha de experiências e ideias entre criadores. Esta candidatura envolve novos territórios, novos atores e novas formas de fazer”, salientou Miguel Torres.

Candidatura da CIM à rede cultural foi apresentada em Tondela

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Esta é a semana de festa para a co-munidade académica de Viseu. De 29 de outubro a 2 de novem-bro decorre o “Acolhe’16” que se inicia este sábado com a presença de Diogo Piçarra que atua no Pa-vilhão Multiusos. Antes, na aula magna do Instituto Politécnico dá-se início ao encontro de tunas. David Antunes ( a 30 de outubro), Yves Larock (a 31 de outubro) são os nomes que se seguem num cartaz programado pela Federa-ção Académica de Viseu. É tam-bém na segunda-feira que decor-re, à tarde, o tradicional des� le da Latada.A festa continua, a 1 de novem-bro, com o dj Putzgrilla, termina-do no dia seguinte com a atuação do grupo Bezegol.

VISEU

SEMANA DA LATADA COM DIOGO PIÇARRA

DE 2 A 5 DE NOVEMBRO

CINEMA DOCUMENTAL E INSUBMISSO NO CARMO’81FILMES DE FICÇÃO E DOCUMENTÁRIOS ABORDAM TEMAS COMO OS REFUGIADOS OU AS MIGRAÇÕES. ALÉM DA EXIBIÇÃO, O ESPAÇO RECEBE AINDA LANÇAMENTO DE FANZINE SOBRE AS DESIGUALDADES SOCIAIS NO BRASIL

O Carmo’81, em Viseu, recebe es-te ano uma extensão do “Deso-bedoc” mostra de cinema “in-

submisso” que começou há três anos no Porto. Durante quatro dias, entre 2 e 5 de novembro, vão passar por este espaço alguns � lmes e documentários que abordam temas como as migra-ç õ es; os refugiados; o direito à cidade, ao trabalho e ao emprego; a igualdade e as conquistas que desa� am o patriar-cado. O festival de cinema documental arrancou em 2014, numa iniciativa do Bloco de Esquerda. Em Viseu, nesta mostra de quatro dias, a direção do Carmo’81 avisa que vai ser exercido “o direito à memó ria e à ima-ginaç ã o”. “Num paí s onde o Minis-

CULTURA

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té rio da Cultura é quase uma inexis-tê ncia, damos o nosso contributo para a oferta cultural da cidade e do inte-rior”, salienta. Filmes como “Viridiana” de Bunuel ou “Black Film” de Zelimir Zilmik vão ser exibidos, assim como os documentá-rios, entre outros, “Fora de Vida” de Filipa Reis e João Miller Guerra ou “Lampeduza in Winter” do austríaco Jakob Brossmann.Paralelamente à mostra de cinema documental, o Carmo’81 disponibili-za ainda um espaço para uma mostra de livros e fanzines, estando marcada para 5 de novembro a apresentação de “Nada a Temer”. Trata-se de um traba-lho crí tico do artista plá stico Sama, que

usa a banda desenhada como arma de consciencializaç ã o polí tica. Nesta obra, faz uma viagem aos acontecimentos dos ú ltimos anos no Brasil, usando o cartoon e a BD reportagem como for-ma de abordar as discrepâ ncias sociais e de gé nero no maior paí s de lí ngua o� cial portuguesa. O livro conta com a participaç ã o de diversos autores por-tugueses. Carlos Tê , Joana Lopes, Luí -sa Sequeira ou José Soeiro “sã o pessoas com quem sinto a� nidade, que conhe-cem muito bem a realidade brasileira e que questionam o pensamento con-temporâ neo”, explica o autor. A festa do cinema documental encer-ra com a presença do dj “A Boy Named Sue”.

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ENTREVISTA

ARTUR POMBINHO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE VOLEIBOL DE VISEUTexto Micaela Costa

Autarquias desafiadas a investir no VoleibolCom 30 anos de existência, a

Associação de Voleibol de Viseu (AVV) integra per-

to de 500 atletas. Com sede em La-mego, um dos concelhos do distrito com mais tradição na modalidade. Recentemente o organismo reali-zou duas provas de cariz nacional que trouxeram ao distrito as me-lhores equipas nacionais. Ainda que o voleibol tenha crescido nos últimos anos, Artur Pombinho, presidente da AVV diz que é preci-so mais... mais atletas e mais apoio

Duas provas nacionais em duas se-manas no distrito. O voleibol está em crescimento?Foram duas semanas trabalhosas: primeiro, em Lamego, o Torneio das Vindimas onde estiveram as quatro principais equipas do nacional [Ben-fica, Fonte de Bastardo, Sporting de Espinho e Castelo da Maia] e depois com a Supertaça, a primeira em Vi-seu e fizemos para que Viseu tam-bém pudesse usufruir de uma pro-va deste tipo com a presença de duas equipas fortes, o Benfica segundo na classificação e vencedor da Taça de Portugal e o primeiro classificado, Fonte de Bastardo.

A vinda destes clubes é também uma forma de atrair mais atletas?A intenção é dar visibilidade à mo-dalidade. Viseu não tem muita tradi-ção no voleibol embora que a Esco-la Alves Martins já tem duas equipas na terceira nacional (uma feminina e uma masculina) e tem mais duas equipas de formação. Há ainda o Cardes que tem três equipas na for-mação. Já começam a dar os primei-ros passos, mas é ainda muito pouco para o que pretendemos. Queremos que o andebol no concelho de Viseu comece a andar com mais força.

À semelhança de Lamego e do Colé-gio, que há muito anos pôs o andebol do distrito no mapa?De facto Lamego tem muita tradi-ção na modalidade. No Torneio das Vindimas homenageamos a Irmã Elisete, uma grande figura do volei-bol nacional e distrital que foi vice-

-campeã internacional, falamos nos anos 68/69, na altura pelo Colégio Imaculada Conceição. Mas temos um outro colégio, o Colégio de La-

mego, que também já foi campeão nacional na formação. Nesta altu-ra temos o Liceu Latino Coelho que está com cinco equipas de formação. Ainda não conseguimos que façam uma equipa para a terceira nacional e têm matéria prima para isso, mas isso traz outros encargos.

As questões financeiras atrapalham a modalidade?Atrapalham e muito. As questões financeiras são o principal fator de não haver muito mais evolução no distrito de Viseu. As inscrições, por exemplo, na formação são mais ca-ras do que na terceira divisão onde a Federação as suporta. As desloca-ções, as refeições e até dormidas ta-bém têm encargos.

Não há apoios?O que há é só a nível local, a Fede-ração já não pode apoiar mais do que o que já apoia e a Associação de Viseu também não pode aju-dar muito porque não tem recursos para isso, mas vai ajudando de ou-tras formas.

Há mais ou menos atletas do que há uns anos?Há muitos mais. Quando entramos para a Associação [julho de 1986] eram muito poucos, hoje são perto de 500 atletas. A Associação de Vi-seu englobava também Vila Real e Bragança, recentemente foi criada a Associação de Trás-os-Montes, mas Vila Real e Régua acabaram por fi-car em Viseu.

E no Gira Volei, quantos atletas?Temos Gira Volei em praticamente todos os concelhos, rondam mais de mil atletas. O Gira Volei é onde começam a dar os primeiros toques na bola e que pode ir dos 8 aos 80.

São mais ou menos os que conti-nuam na modalidade após o Gira Vo-lei, muitas vezes associado ao perío-do escolar?São muitos mais o que ficam. Mas também é verdade que há muitos que começam no Gira Volei e que depois continuam para o voleibol. Há até muitas meninos e rapazes também que do Gira Volei passa-ram para as seleções, como é o caso de uma jogadora do Cardes, por exemplo.

O voleibol tem “pernas para andar” no distrito ou é preciso fazer mais?É sempre preciso fazer mais. E dei-xava um desafio às Câmaras Mu-nicipais, pois são quem pode aju-dar neste projeto, para que invistam no voleibol e na educação física das crianças. E falo nas Câmaras por-que é com as AEC’s que podemos lançar o fermento.

Atualmente não ajudam?Não digo que o façam propositada-mente, mas a verdade é que não tem havido a resposta que pretendemos.

A realização da Supertaça em Viseu foi de alguma forma para descentra-lizar e levar a modalidade a outros concelhos?Sim, o objetivo também foi esse. Mas já temos feito, com o Gira Volei, o campeonato distrital, em Viseu, em Sátão, em Vila Nova de Paiva, em Cinfães e entre outros concelhos mas mostrar as pessoas que a mo-dalidade existe e movimenta muita gente. Só em atletas apurados que depois vão às competições nacio-nais falamos em 400, só do distrito de Viseu.

Decorreram eleições recentemente. Que atividades estão pensadas para este novo mandato?Pensamos tudo ano a ano. Vamos continuar a trabalhar como até aqui, tem dado frutos e por isso vamos continuar esta caminhada para que cada vez mais consigamos levar o voleibol mais longe.

Ouça a entrevista na integra na Rádio Jornal do Centro, esta tarde, dia 28, pelas 19h00 e amanhã às 3h00 e 7h00. Sintonize em 98.8 ou em www.jornaldocentro.pt

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DESPORTO

P J V E D1 Portimonense 30 12 9 3 02 Santa Clara 26 12 8 2 23 Ben� ca B 24 12 7 3 24 Desp. Aves 23 12 6 5 15 Cova da Piedade 22 12 6 4 26 Vizela 19 12 4 7 17 Pena� el 19 12 5 4 38 Académica 19 12 5 4 39 Sporting B 17 12 5 2 5

10 Gil Vicente 16 12 3 7 211 FC Porto B 16 12 4 4 412 Fafe 15 12 3 6 313 U. Madeira 14 12 3 5 414 Braga B 13 12 2 7 315 Varzim 13 12 3 4 516 Famalicão 13 12 3 4 517 Ac. Viseu 11 12 2 5 518 Sp. Covilhã 11 12 2 5 519 Guimarães B 10 12 3 1 820 Leixões 9 12 1 6 521 Freamunde 8 12 1 5 622 Olhanense 1 12 0 1 11

13ª JORNADAFC Porto B 28/10 – 19h00 FafeOlhanense 29/10 – 11h15 Sporting BGuimarães B 29/10 – 15h00 FamalicãoFreamunde 29/10 – 16h00 Braga BU. Madeira 30/10 – 11h15 Ben� ca BAcadémica 30/10 – 15h00 Gil VicenteSp. Covilhã 30/10 – 15h00 Cova da

PiedadeLeixões 30/10 – 15h00 Ac. ViseuPena� el 30/10 – 16h00 VarzimPortimonense 30/10 – 16h00 VizelaSanta Clara 30/10 – 16h00 Desp. AvesDesp. Aves 5/3 - 15h00 Freamunde

1- A obra estava feita, as obras continuam. Até parece que não existiu câmara municipal ante-rior! Sinceramente, o que havia a� nal estava tudo mal! Campos de jogos inadequados. Pavilhão inadequado. Feira de S. Mateus inadequada. Pavilhão multiusos inadequado. Parque linear desa-dequado. Pista de atletismo de-sadequada, etc. Nada estava bem ou pelo menos esteve sempre in-completo. O nosso Presidente da Câmara fez o balanço público do seu mandato, referindo um au-mento de emprego, reabilitações, revitalizações, milhões de euros nas freguesias, milhões até 2020, mais emprego, mais empresas (mesmo aquelas que já existiam) um conjunto de iniciativas e rea-lizações sem igual. Só não enten-do como é que as instituições de solidariedade têm cada vez mais pessoas a irem levantar alimen-tos, confecionados ou não e con-tinuamos abstraídos de tamanha indignidade. 2- No desporto é que é sempre o mesmo. 4700 atletas jovens fede-rados, 2100 seniores na atividade desportiva e daí não passamos. Agora é o Viseu Arena, estrutu-ra que apenas serviu para expo-sições e pouco mais. Agora é que vai ser, aquilo que pouco tivemos terá um novo rumo e ritmo (sin-ceramente, assim o esperamos). No desporto é como a tartaruga, lá chegaremos, devagar devagari-nho, sem grandes pressas ou ala-ridos e pode ser que algum clube suba à primeira divisão para de-pois se publicitar como deve ser. 3- Esperamos que no “guião para o futuro”” se pense num plano a médio e longo prazo para o des-porto viseense. Mais e melho-res estruturas, melhores condi-ções, para todas as camadas de praticantes.4- Termino com um lamento que se prende com notícias avança-das pelo órgão de comunicação social acerca da vinda de um jo-gador de andebol, nomeadamen-te o ex-jogador Carlos Galambas, que iria integrar os quadros do andebol viseense. A� nal nada se passou, ninguém mais falou em nada e em surdina vão andando para não acordar os mais incau-tos para ver se o tempo leva as memórias. Lamentável!

PAULO CAVALEIRO

OPINIÃO

Decorre esta noite, pelas 21h00, a Gala do Atletismo de Viseu. A ceri-mónia, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu, visa homena-gear atletas, juízes e dirigentes, que se destacaram na última época. A iniciativa vai � car ainda marcada pela apresentação do livro que con-ta a história do atletismo na região, da autoria do professor Raimundo Esteves.

ATLETISMO

GALA DE HOMENAGEM NO IPV

A seleção nacional feminina vai marcar no Campeonato da Europa do próximo ano, depois de, a meio da semana, ter empatado na Romé-nia (1-1), resultado que carimbou a passagem, pela primeira vez na his-tória da equipa lusa, a um europeu.Um golo de Andreia Norton, no � -nal da primeira parte do prolonga-mento, acabou por ser determinan-te para eliminar a Roménia que, aos 111’, ainda empatou com golo de Rus.As jogadoras lusas, orientadas por Francisco Neto, natural de Mortá-gua, conseguiram assim fazer histó-ria e seguem rumo à Holanda onde, entre 16 de julho e 6 de agosto de 2017, se joga o Campeonato da Europa.

FUTEBOL FEMININO

SELEÇÃO NACIONAL NO EUROPEU

Lusitano, Mortágua, Cinfães e Moimenta da Beira jogam este do-mingo a oitava jornada. Jogos que decorrem todos fora de portas. Na série C, o Cinfães vai a Oliveira de Azeméis defrontar o Cesarense e o Moimenta da Beira a Gondomar, onde pela frente tem o Sousense, terceiro classi� cado. O Cinfães, com seis pontos é sétimo e o Moi-menta, com cinco pontos, é nono e penúltimo classi� cado. Na série D, o Lusitano desloca-se à Pampi-lhosa e o Mortágua a Gouveia. Os trambelos ocupam a quarta posi-ção, com 11 pontos, os mesmos que o Águeda. Já o Mortágua é sexto com nove pontos.

CAMPEONATO DE PORTUGAL

EQUIPAS DO DISTRITO JOGAM FORA

8ª JORNADABen� ca 28/10 – 19h00 Paços Ferreira

Nacional 28/10 – 21h00 SportingTondela 29/10 – 16h00 Moreirense

V. Setúbal 29/10 – 18h15 FC PortoBoavista 29/10 – 20h30 Estoril PraiaArouca 30/10 – 16h00 MarítimoRio Ave 30/10 – 18h00 V. GuimarãesBraga 30/10 – 20h15 Belenenses

Chaves 31/10 – 20h00 Feirense

P J V E D1 Ben� ca 22 8 7 1 02 FC Porto 19 8 6 1 13 Sporting 17 8 5 2 14 Braga 17 8 5 2 15 V. Guimarães 14 8 4 2 26 Chaves 12 8 3 3 27 Rio Ave 11 8 3 2 38 Marítimo 10 8 3 1 49 Feirense 10 8 3 1 4

10 Paços Ferreira 9 8 2 3 311 V. Setúbal 9 8 2 3 312 Boavista 9 8 2 3 313 Belenenses 9 8 2 3 314 Nacional 7 8 2 1 515 Estoril Praia 7 8 2 1 516 Tondela 6 8 1 3 417 Moreirense 5 8 1 2 518 Arouca 5 8 1 2 5

SEGUNDA LIGA

FORA DAS TAÇAS ACADÉMICO FOCADO NO CAMPEONATOO Académico de Viseu desloca-se este domingo a Matosinhos, para jo-gar com o Leixões, em jogo da 13ª jornada da Segunda Liga.Depois do afastamento da Taça da Liga, a meio da semana, ao perderem na Póvoa do Varzim (2-0) o foco é ago-ra no campeonato, única competição que os viseenses têm até � nal da tem-porada. E este domingo o Académico não tem tarefa fácil já que pela frente vai encontrar uma equipa que em casa não facilita a vida aos adversários. Nos seis jogos que realizou no Estádio do Mar, o Leixões apenas perdeu uma vez, e foi no seu campo que registou a úni-ca vitória neste campeonato. Já o Aca-démico viaja até Matosinhos à procura da segunda vitória fora de portas, esta época, depois de ter arrecadado os três pontos nos Açores, frente ao Santa Cla-ra, há duas jornadas. André David, técnico dos viseenses, deverá voltar a chamar os “11” habi-tuais depois de terem “descansado” no jogo de quarta-feira, casos dos defesas Park, Bura e Ricardo Ferrei-ra (na Póvoa substituídos por Tiago Gonçalves, Bruno Miguel e Stepha-ne) e ainda Paná, Luisinho e Yuri.

PRIMEIRA LIGA

TONDELA RECEBE MOREIRENSE

O Estádio João Cardoso em Tondela recebe amanhã, dia 29, uma impor-tante jornada para os da casa. Os au-riverdes defrontam o Moreirense, e pontuar pode deixar a equipa de Petit mais afastada do fundo da tabela, ou pelo menos com uma maior diferença pontual para os adversários mais di-retos, casos dos “cónegos” e também do Arouca, atual último classi� cado. Depois do empate frente ao Sporting, o Tondela quer voltar a somar pon-tos, desta vez em casa e frente a um adversário que, a meio da semana, � -cou apurado para a fase de grupos da Taça da Liga (ao vencer o Estoril por 1-0), competição de onde os auriver-des já haviam sido afastados no início do mês, em casa do Feirense (3-0). Hélder Tavares deverá ser uma das baixas nas opções do Tonde-la, já que sofreu uma rotura mus-cular e enfrenta uma paragem de, no mínimo, duas semanas. Carlos Xistra será o árbitro da partida de amanhã, acompanhado dos auxi-liares Jorge Cruz e Bruno Jesus.

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CELEBRAÇÃO DOS 20 ANOS

MELHORES ANOS 2016O jantar dançante “Os Melhores Anos” (OMA), o maior evento social da Região Centro, reuniu, no passado sábado, cerca de mil pessoas

numa edição apadrinhada pelo cineasta português António-Pedro Vasconcelos e pela cantora Madalena Iglésias. Com um cartaz musical de luxo, exclusivamente constituído por bandas portuguesas, o OMA encheu-se de moda, brilho e glamour e contou com a presença de várias � -

guras públicas dos mais diversos quadrantes da sociedade.

Almeida Henriques e Cristina Almeida Henriques

Catarina Duarte, João Paulo Rebelo, Maria Manuel Leitão Marques, Vitalino Canas, Edite Estrela e Rui Vieira

Maria de Deus e Fernando Ruas

Fortunata Coelho e Jorge Coelho

Pedro Machado, � lho e esposa

Fernando e Paula Nunes (familia do grupo Visabeira)

Pedro Vasconcelos

José Alberto Carvalho

Marques Mendes e Rosa Salazar

EVENTOS

Luís Duarte, Catarina Duarte, Manuel Mirandez e João paulo RebeloJoão Cotta e Catarinal Sobral

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OFERTAS DE EMPREGO

Para Joana Afonso, “a missão do SGA da Enterprise Europe Net-work está centrada em contribuir

para o desenvolvimento e competitivi-dade das PME e outras organizações no sector do ambiente através da me-diação de parcerias, exploração de re-sultados de investigação e mecanismos de suporte nas áreas do comércio, tec-nologia e I&D. As atividades são imple-mentadas através de um amplo espec-tro de serviços, que vão desde o forne-cimento de informações a eventos es-pecí� cos e aconselhamento individual. Este encontro vem reforçar o trabalho em curso e estreitar laços entre as dife-rentes entidades que o compõem”.O SGA pretende, através deste encon-tro, reforçar os objetivos de coorgani-zar iniciativas e programas, e contribuir para a integração de serviços para PME da área do ambiente e providenciar fee-dback das PME para a Comissão Euro-peia, assim como comunicar as políti-cas da UE para o grupo-alvo. Além das PME, universidades e centros/institui-ções de I&D estão também a reforçar este Sector Grupo. O foco recai sobre os

subsectores do ambiente, como a gestão da água e resíduos, ar e poluição do solo, tais como outras questões ambientais de interesse para o grupo.“Ambicionamos um alto nível de com-prometimento e pro� ssionalismo que contribua para a curva da aprendiza-gem e expertise especializado na área do ambiente para a participação dos membros e organizações, assim como providenciar serviços de valor acres-centado neste segmento particular”, acrescenta Joana Afonso.Fazem parte do SGA prestigiadas ins-tituições como Exemplas Holding Li-mited, Oxford Innovation Services Li-mited, Ministério dos Assuntos Econó-micos dos Países Baixos, Fundação de Desenvolvimento e Tecnologia de Hel-las-Grécia, Euresearch-Suíça, Berlin Partner for Business and Technology, impulse.brussels e Swerea-Suécia.O encontro em Edimburgo marca o início de liderança deste sector grupo, uma vez que o CEC/CCIC, representa-do por Joana Afonso, continuará a ser responsável pelo Sector Grupo Am-biente durante os próximos dois anos.

ESPAÇO PME EUROPA

ENTERPRISE EUROPE NETWORK: CEC/CCIC PRESIDE O SETOR GRUPO DO AMBIENTE

DONA LIMPEZA232 429 154

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Decorreu em Edimburgo na Escócia, nos dias 18 e 19 de outubro, a primeira reunião do Setor Grupo do Ambiente (SGA) coordenada pelo CEC – Câmara de Comércio e Indústria do Centro, através de Joana Afonso, responsável nacional do SGA da Enterprise Europe Network que foi recentemente eleita para presidir este setor grupo. A Enterprise Europe Network é uma rede de serviços criada pela Comissão Europeia para ajudar as empresas a inovar e a competir melhor no espaço europeu

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FICHA TÉCNICA

Diretor António Figueiredo, C.P. n.º 2153 - a.� [email protected] • Redação ([email protected]) / Micaela Costa, C.P. n.º 10054 - [email protected] // Sandra Rodrigues, C.P. n.º 4367 - [email protected] • Cartoonista Ricardo Ferreira [email protected] • Correspondentes / Colaboradores José Ricardo Ferreira, C.P. n.º8624 // Pedro Pontes // Clemente António Pereira, C.P. n.º 9053 // Irene Ferreira, C.P. n.º 6350 // Iolanda Vilar [email protected] • Departamento Comercial ([email protected]) / Luís Duarte [email protected] T. 967 475 664 / Daniela Cardoso ([email protected]) T. 969 331 055 // • Departamento Grá� co ([email protected]) / Projeto Grá� co DPX Design /Paginação Tânia Ferreira • Impressão Coraze - Oliveira de Azeméis T. 910252676 / 910253116 / [email protected] • Distribuição Vasp • Tiragem 5.300 ex. / edição • Sede e Redação Av. Alberto Sampaio, 132 - 2º, 3510-028 Viseu • Contatos T. 232 431 311 / 969 331 031 / [email protected] • Propriedade Legenda Transparente, Lda. / Contribuinte Nº 510 803 636 / Capital Social €10.000 / Depósito Legal Nº 44 731 - 91 / Título registado na ERC sob o nº 124 008 • Gerência João Rebelo Cotta / Francisco Rebelo dos Santos • O Estatuto Editorial do Jornal do Centro está disponível em www.jornaldocentro.pt

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DATA DA OFERTA PROFISSÃO (M/F)CONCELHO / FREGUESIA

EMPRESA CATEGORIA

 24-10-2016 Precisa-se de motorista    Viseu cincargo-

transportes unipessoal, lda

 Transportes / Logística

 24-10-2016 Técnico de Orçamentação.   Viseu  movecho -sa Gestão de

Empresas / Economia

 24-10-2016 gestão de projeto   Viseu  movecho -sa Gestão de

Empresas / Economia

 23-10-2016 Médico (m/f) - Medicina do Trabalho - VISEU   Viseu  MT

 Saúde / Medicina /

Enfermagem

 23-10-2016Procura-se Explicadores de Física e Química - Ensino Secundário

  Viseu  bloco de notas  Educação / Formação

 23-10-2016Procura-se Explicadores de Matemática - Ensino Secundário

  Viseu  bloco de notas  Educação / Formação

 23-10-2016Precisa-se Pedreiros e Serventes zona Lamego (Urgente)

Lamego

 REHUS - Empresa de

Trabalho Temporário,

Lda

 Construção Civil

 23-10-2016Procura-se Explicadores de Base de dados - Ensino Superior

  Viseu  bloco de notas  Educação / Formação

 23-10-2016 Admite-se Comercial para o Distrito de Viseu   Viseu  gazetas e

silhuetas, lda. Comercial /

Vendas

 23-10-2016 Doméstica em regime interno - Sta Mª Feira   Viseu  esfera social  Limpezas /

Domésticas

 23-10-2016 Instrutor Fitness - MANGUALDE

 HELPIDEZ - ATIVIDADE FÍSICA, LDA

 Desporto

 23-10-2016Formador/a de Auditores Internos de Gestão de Energia ISO 50001 - Viseu

  Viseu Bestcenter - Formação e Consultoria

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 23-10-2016 Client Manager (m/f) Viseu   Viseu  Free 2000 S.A  Comercial / Vendas

www.emprego.sapo.pt

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OPINIÃO

CARTOON

RICARDO FERREIRACartoonista

As últimas semanas foram “intensas” para as forças políticas do denominado centro-direita cá do burgo. PSD e CDS esforçaram-se por fazer prova de vida, quando estamos já a menos de um ano das próximas autárquicas. Bem, em abono da verdade, mais pre-cisado e mesmo necessitado de o fa-zer estava o CDS. Sem rumo traçado e a navegar à vista, o CDS procura, dois anos depois, com Carlos Cunha, pas-me-se ou não, recuperar do adormeci-mento letárgico a que esteve votado por falta de comparência de uma comissão política concelhia, eleita por um voto de diferença para com o vencedor de agora, por sinal lista única e, desta fei-ta, com beneplácito do Presidente da Distrital. Resta saber se Carlos Cunha e seus valorosos guerreiros ainda vão a tempo de obstar ao óbvio… O óbvio, esse, aconteceu lá para os lados do Rossio. Em sessão de comemoração

dos 3 anos de mandato de António Al-meida Henriques, Joaquim Seixas, pre-sidente da estrutura concelhia laranja, lançou o repto para que António assu-misse perante os seus o que já em Abril pretérito a� rmou no congresso do seu partido, que era candidato a re-candi-dato nas autárquicas de 2017. Após ou-vir o mesmo da boca do líder da dis-trital, a Almeida Henriques não restou alternativa senão assumir o óbvio, está disponível, será candidato, mas no ti-ming que decidir. Ou seja, desta vez, o ”jogo” vai ser “ by the António rules”, uma diferença substancial em relação às últimas autárquicas...Com o PSD, desta vez, controlado, com o CDS desaparecido, julga-se que em combate e um PS desnorteado e à procura de um(a) voluntário(a) para a emulação, António arrisca-se a con-quistar o óbvio, acrescido do jackpot…De qualquer forma, a um ano de dis-

tância das próximas autárquicas, reco-menda-se a (re)leitura do denominado documento estratégico “Viseu Primei-ro 2013/2017”. A� nal, está tudo lá…

RUI RODRIGUES DOS SANTOSMilitante do CDS

CDS/PP

TEMPO DE VÉSPERAS…

MANUEL VEIGAEleito na Assembleia Municipal de Tondela

CDU

ORÇAMENTO 2017

Sobre o Orçamento do Estado para 2017, o PCP pronunciou-se já salien-tando que este OE con� rma e conso-lida os avanços consagrados no OE 2016, incorpora medidas de reposi-ção de rendimentos e direitos e con-templa diversos aspectos positivos que importa valorizar.Neste processo, o PCP valoriza, em particular, as propostas do Parti-do que este projecto de OE inclui, as que só parcialmente foram con-templadas e aquelas que não ten-do sido acolhidas deixam aberta a possibilidade de defesa e eventual inclusão em sede de discussão na especialidade.O registo de avaliação dos aspectos positivos não ilude o facto da Pro-posta de Orçamento do Estado ser um orçamento da responsabilidade do governo do PS, vinculado ao seu Programa, com limitações e insu-

� ciências inseparáveis das opções e constrangimentos que impedem ir mais longe. Constrangimentos bem evidenciados quer no plano � scal, onde prevalece a resistência da ade-quada tributação sobre os lucros e di-videndos do grande capital e da espe-culação � nanceira, quer na adopção de metas orçamentais associadas aos ditames e exigência da União Euro-peia e dos seus instrumentos de do-minação económica e orçamental. Como referiu o camarada Jerónimo de Sousa «se há lição a tirar desta nova fase da vida política nacional é de que quanto mais força o PCP tiver, quanto maior for a sua orga-nização e in� uência, quanto mais homens e mulheres apoiarem o Par-tido e os seus aliados da CDU, em melhores condições estaremos não só para derrotar aqueles que que-rem o regresso à política do Pac-

to de Agressão, como para avançar no caminho da justiça social e do desenvolvimento»

Neste processo, o PCP valoriza, em particular, as propostas do Partido que este projecto de OE inclui, as que só parcialmente foram contempladas e aquelas que não tendo sido acolhidas deixam aberta a possibilidade de defesa e eventual inclusão em sede de discussão na especialidade

Com o PSD, desta vez, controlado, com o CDS desaparecido, julga-se que em combate e um PS desnorteado e à procura de um(a) voluntário(a) para a emulação, António arrisca-se a conquistar o óbvio, acrescido do jackpot…

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OPINIÃO

A palavra “inclusão” tornou-se tão ba-nal que, por vezes, parece apenas uma palavra bonita com um signi� cado profundo mas afastada da realidade ou, diria antes, afastada das práticas.Na semana passada, o Secretário de Estado da Educação, João Costa, tor-nou Pública a intenção do Ministério da Educação em rever/alterar a legis-lação que regulamenta a Educação Es-pecial (DecretoLei3/2008). Mas, a� nal o que está assim tão mal na Educação Especial? Estarão estas crianças/jo-vens“ integradas” na escola ou apenas “incluídas”? Todas as crianças/jovens em Portugal têm direito a frequentar a escola até aos 18 anos (idade limite da escolaridade obrigatória) e à salva-

guarda da sua frequência efectiva. As-sim, não poderão existir “barreiras” que impeçam essa frequência (falta de recursos físicos, materiais, huma-nos…). Todas as escolas têm que es-tar preparadas para receber crianças/jovens com necessidades especí� cas e que precisam de cuidados especiais. Todo o apoio especializado necessário deverá ser centrado na criança/jovem em questão e sempre no sentido da sua inclusão plena na turma a que perten-ce. É urgente alterar o que se passa numa grande parte das escolas, onde estas crianças/jovens passam a maior parte do seu tempo lectivo/não lectivo nos espaços das “unidades especializa-das” e excluídas da sua turma. Aliás, o

Comité da ONU sobre os Direitos das Pessoas com De� ciência, num relató-rio divulgado em Abril, refere que, em Portugal estas crianças/jovens estão muito tempo nestas unidades fora do contexto da turma. É óbvio que cada caso é um caso e que é fundamental haver respostas mais individualizadas, mas estas devem estar sempre lado a lado com as que são comuns a toda a turma. Mais professores e professoras de apoio em contexto de sala de aula, menos alunos e alunas por turma, � e-xibilização de currículos, menos carga horária…é longa a lista para promo-ver o sucesso educativo de TODAS AS CRIANÇAS/JOVENS.Haja vontade de mudar!

Na passada semana, Lamego rece-beu a visita do Secretário de Esta-do da Saúde, juntamente com a pre-sença do Presidente da ARS Norte, o Conselho de Administração do Cen-tro Hospitalar de Trás-os-Montes e dos Deputados Marisabel Moutela, António Borges e Francisco Rocha do Partido Socialista.Esta iniciativa enquadrou-se na co-municação da introdução de um conjunto de valias que irão equipar o Hospital de Lamego, por forma a servir melhor as populações da sua proximidade e dar resposta mais ca-bal para a prestação de serviços com-plementares que estão em falta desde sempre nesta nova unidade hospi-talar. Assim foi comunicado que o Hospital de Lamego será equipado com uma unidade de TAC, terá um

centro de reabilitação para doentes que sofreram AVC s, ou doenças do foro cardíaco, terá uma nova uni-dade de análises clínicas, dotada de mais e melhores métodos analíticos, evitando viagens especi� cas a Vila Real ou outros Centros Hospitalares, bem como a drenagem de análises de outras unidades de saúde para este novo sistema. Haverá também um reforço no que respeita às consultas de especialidade por forma a garan-tir uma maior proximidade com a população e evitar o estrangulamen-to de Vila Real.Desta forma � naliza um ciclo de mais de 5 anos com falta de inves-timento na unidade hospitalar de Lamego, permitindo aumentar as escolhas e os cuidados quer aos la-mecenses, quer a toda a população

do Douro Sul que drena e drenava para Lamego.O papel desempenhado pelos de-putados da Nação que representam a nossa região, eleitos pelo Partido Socialista, tem sido fundamental na defesa das melhorias dos serviços no Douro Sul e concretamente em La-mego, colocando as questões da saú-de pública no centro das preocupa-ções, ao invés de outros que nada � zeram e nada disseram, cumprindo apenas o papel de servir de capacho ao desgoverno da direita, assessora-dos pela inercia da Câmara Munici-pal de Lamego.Finalizo agradecendo pessoalmente o papel do Dr. Alexandre Ho� mann, neste processo de viragem do Hospi-tal de Lamego, sempre pautado por pro� ssionalismo e elevação.

INCLUSÃO OU FAZER PARTE?

NA DEFESA DOS SERVIÇOS NO DOURO SUL

PEDRO TORRESEngenheiro do Ambiente e Membro da CP

da Federação do PS Viseu

PS

MANUELA ANTUNES Membro da Coordenadora Distrital do BE

BE

A autora escreve de acordo com a antiga ortogra� a

Seria incontornável na crónica desta se-mana não abordar a temática do Orça-mento de Estado para 2017, a que preferi chamar-lhe “O Estado do Orçamento”. A opção pelo tema, prende-se com a im-portância que ele tem para Portugal e so-bretudo para vida de cada um de nós, mas também porque o que aí vem, não é mais austeridade…o que aí vem é criação de mais receita para o estado…são coisas diferentes! Em primeiro lugar este orçamento da geringonça vai ser um orçamento com uma nova página de austeridade, impos-tos diretos e indiretos, mantendo impos-tos já existentes e criando outros novos.Um orçamento marcado por uma estra-tégia ilusória e ao mesmo tempo eleitora-lista. Cria a ilusão de que os rendimentos vão ser repostos, cumprindo as promes-sas eleitorais, mas na verdade eles vão ser repostos aos poucos ao longo do ano, en-quanto os impostos e o agravamento da austeridade entram já em vigor a partir do dia 1 de Janeiro de 2017, fazendo crer dar com uma mão, mas retirando efeti-vamente com outra mão. É importante que todos os contribuin-tes, trabalhadores, pensionistas e bene� -ciários das reposições, saibam, que com

este orçamento irão pagar mais IRS ao longo do ano, por via da atualização dos escalões.Mas há mais… é vergonhoso veri� car que por opção política dos partidos afetos ao governo e às esquerdas, aqueles que se dizem donos da sensibilidade social, as-sumirem que as pensões mais baixas, as pensões mínimas, as pensões dos mais pobres e portanto daqueles que mais pre-cisam, não serão aumentadas, ser-lhes-á negado um aumento de 10 euros, com o argumento ridículo de que já foram au-mentadas pelo governo anterior.As injustiças sociais e a promoção das desigualdades são uma das pedras de to-que deste orçamento, porque, na verda-de, os impostos indiretos irão afetar mui-to mais os mais pobres.Sem ter graça, mas que dá vontade de rir, veri� ca-se uma sobrecarga de impostos em setores onde se tem veri� cado algu-ma recuperação económica, como por exemplo no setor do turismo, fazendo lembrar os investidores dos mercados bolsistas… atentos, quando os mercados estão favoráveis, toca a investir, no caso vertente, a cobrar.Mas temos de ser justos, este orçamento mantém a coerência, ou seja, mantém o

rumo do orçamento de 2016, a economia a não crescer, estagnada, criando incerte-za, falta de con� ança dos mercados e sem perspetivas para o futuro. Foi no passa-do, em 2015, a existência dessa con� ança que permitiu que o investimento cresces-se, pois, sem o investimento crescer, não há sustentabilidade para o crescimento do médio e do longo prazo. A desculpa do enquadramento externo para o não crescimento e, portanto, que é uma inevitabilidade, não corresponde á verdade, pois, este facto não afeta ape-nas a economia portuguesa. No entanto, vemos a nossa vizinha Espanha a crescer acima dos 3% e a Irlanda a crescer acima dos 4%. A diferença e a causa está exata-mente nas opções, nas más opções políti-cas, levando-nos a concluir, infelizmente para Portugal e para os portugueses, que a estratégia macroeconómica do atual governo falhou.Falhou no passado e, o Estado do Orça-mento para 2017 mostra que nos irá con-tinuar a conduzir ao falhanço no futuro, espelhando ser um orçamento desenha-do para cumprir objetivos de sobrevi-vência política e satisfazer a clientela da geringonça, em vez de se preocupar com o futuro de Portugal e dos portugueses.

O ESTADO DO ORÇAMENTO

JOSÉ GOVERNOProfessor

PSD

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CRÍTICA

O autor escreve de acordo com a antiga ortogra� a

O autor escreve de acordo com a antiga ortogra� a

FILIPE CARMO MANUELA BARRETO NUNES

MÚSICA CINEMA LEITURAS IDEIAS

PEDRO COUTINHOJOSÉ PEDRO PINTO

FALTYDL – HEAVEN IS FOR QUITTERS

CAFÉ SOCIETY, DE WOODY ALLEN

LER: LIVROS & LEITORES

ROBÔS SEM ROSTO?

Já todos vimos este filme do Woody Allen, e era bem melhor – só que na altura chamava-se Annie Hall (1977), ou Manhattan (1979)

Ter um emprego é uma das partes da vossa vida. Se ele preenche mais de um terço das 24 horas do dia, alguma coisa está muito errada

Em 2013 a editora Ninja Tune pro-movia FaltyDL (Drew Lustman) como um eclético virtuoso do hou-se, a par de favoritos como Four Tet e Floating Points. “Hardcourage”, o álbum que FaltyDl lançou esse ano, apoiava essa narrativa, conjugando as tendências erráticas da sua mú-sica sob uma visão acessível. No en-tanto acessibilidade nunca foi uma prioridade do nova-iorquino, e no ano seguinte libertou-se desse cons-trangimento. “In � e Wild” surgiu em 2014 como uma a� rmação ar-tística e pessoal aclamada pela críti-ca. Com uma épica lista de 17 faixas, FaltyDL deambuleia através de hú-midas atmosferas jazz e escaldantes desertos de guitarras western, num trilho imprevisível pavimentado por música bass, house, techno, garage e drum n’ bass. O seu sucessor, “� e Crystal Cowboy”, foi lançado em 2015 e contém alguns dos momen-tos mais brilhantes do artista. Desta vez FaltyDL foca-se em usar o estilo musical jungle como se fosse plasti-cina, maleando-o em contorções re-tro ou agressivamente futuristas; em construcções metálicas frenéticas ou em densas almofadas de suaves tex-turas e lounge enfumaçado. “Heaven Is For Quitters” foi lançado este mês sob o peso de grandes expectativas. Se o objectivo era criar um conjun-to das mais belas faixas da sua car-reira, é um enorme sucesso. Embora a variedade musical seja outra vez de salientar, surgindo desta vez estrutu-ras pop e r’n’b, é a esmagadora sen-timentalidade do álbum que forma uma obra coesa e recompensadora. Os momentos mais deslumbran-tes pairam tenuemente entre pura tristeza e puro extâse, guiados por melodias deceptivamente simples e su� ciente abrasividade e energia de modo a nunca serem ingénuos. Tudo soa genuíno e cru. FaltyDL permanece, anualmente, numa das marés de sucesso mais empolgantes da música.

Bobby Dorfman (Jesse Eisenberg) é um jovem judeu desajeitado e ner-voso que parte para Hollywood em busca da sua quota do sonho ame-ricano. Pelo caminho, apaixona-se por Vonnie (Kristen Stewart), uma jovem bela e inteligente com quem partilha uma repulsa irónico-afe-tuosa pela futilidade da alta socie-dade americana. O problema dele é que ela está apaixonada por ou-tro homem, um conhecido íntimo de Bobby – e o problema dela é que esse homem é casado.Alterando os nomes e géneros das personagens, e mudando o cenário de Hollywood por Nova Iorque, é uma sinopse que se adequa a me-tade dos filmes de Woody Allen. De facto, escusado será dizer que os sentimentos de Bobby, Vonnie e do outro homem são voláteis, e que esse triângulo amoroso assumirá várias configurações – e até outras formas geométricas – antes do fim do filme. Digo que é escusado por-que já todos vimos este filme do Woody Allen, e era bem melhor – só que na altura chamava-se Annie Hall (1977), ou Manhattan (1979), e estas estratégias narrativas soa-vam a preocupações genuínas, e não a mecanismos narrativos para preencher 90 minutos.Nada de novo, e nada de preocu-pante. Ao ritmo de um � lme por ano, o realizador já nos habituou a esperar uns trabalhos desinspira-dos de vez em quando, e nos cin-quenta anos desde a sua primeira longa-metragem, nunca fez um � l-me fraco que não fosse seguido por um trabalho de mestre daí a poucos anos. Agora com 80 anos, é possí-vel que não se siga nenhum grande � lme na carreira de Woody Allen, mas eu não contaria com isso. Até porque seria de mau gosto prenun-ciar a morte do artista quando três das suas melhores comédias fo-ram feitas nos últimos cinco anos, quando passou pela Europa.

Estimado leitor: há que começar a crónica de hoje por um pedido de desculpas pelo imperdoável lapso que, há 15 dias, fez aparecer uma tra-vessia dos Alpes onde deveriam estar os Pirinéus. A escrita tem destas coi-sas, e acontece a geogra� a perder-se nas curvas, quiçá revelando o desejo de alguma viagem mais além.Retornando a este jardim à beira mar plantado, não se esqueça de re-parar se já chegou ao seu quiosque o número de Outono da Revista Ler. Fundada em 1987, é dirigida pelo escritor Francisco José Viegas e sai com as estações do ano. Tem um be-líssimo gra� smo, e surpreende-nos a cada edição com reportagens, entre-vistas, crónicas e sugestões de leitu-ra que nos trazem novas do mundo através da literatura.Neste número � cará a conhecer me-lhor o trabalho de João Bicker, o de-signer que é responsável por algumas das mais lindas capas de livros da edição portuguesa e que nesta entre-vista se revela um apaixonado da ti-pogra� a, essa bela arte. Num ensaio de Tatiana Salem Levy encontrará as memórias de infância de uma des-cendente de judeus sefarditas em busca do reconhecimento da nacio-nalidade permitida por recente legis-lação. Deliciar-se- á com o artigo de Filipa Martins sobre a relação entre Fernando Ribeiro de Mello e Natália Correia, a propósito da edição e sub-sequente censura da Antologia da Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, um grande escândalo no Portugal dos anos 60 do século 20. Leia ain-da o texto sobre a América vista pe-las escritoras americanas e � que a conhecer um olhar quase sempre oculto nos anais da grande história, espreite o artigo sobre os 150 anos de Raul Brandão, ouça Maria Velho da Costa, e divirta-se com o Resumo do trimestre. E não � ndam aqui os mo-tivos de interesse deste número, que nos deixa a desejar a rápida publica-ção do próximo.

Recordo-me do medo que a robo-tização do mundo exercia na mi-nha mente de miúdo nos inícios dos anos oitenta. Falava-se que as pessoas seriam substituídas por máquinas e que isso poderia tra-zer problemas, pois deixaria de haver emprego para todos, geran-do-se grandes convulsões sociais. Estranhamente, hoje não há assim tantas máquinas como se sonha-va na altura, mas houve coisas que mudaram na mesma. Assumiu-se uma outra robotização: começá-mos a ensinar os nossos jovens a serem máquinas. Falo em particu-lar das inculcações marqueteiras do início do século com os para-digmas da mobilidade e das � exi-bilidades. É bom trabalhar a partir de casa ou do carro? Sinceramente não sei. É bom trabalhar a qualquer hora? Sei que não. Aliás, pergunto--me todos os dias sobre quem é esta gente que acha isto normal. Será uma nova normalidade, mas muito parda e oca.Os valores essenciais ligados à lei do trabalho foram fortemente abalados e hoje é recorrente vermos patrões a suprimir folgas e a aumentar as ho-ras de trabalho “porque isto está di-fícil” e “se não quer, há mais quem queira”. Àqueles que ingressam agora no mundo do trabalho: não aceitem que o vosso talento e capacidades sejam explorados pelas “trends” dos novos nómadas. Ter um emprego é uma das partes da vossa vida. Se ele preenche mais de um terço das 24 horas do dia, alguma coisa está muito errada. E mais errada está quando alguém vos propõe 530 euros por essa destrui-ção dos melhores anos da vossa vida. O discurso mediático da di� culdade deverá ser urgentemente substituído pelo discurso da qualidade e da justa remuneração, sejam lá quais forem as conjunturas. As utopias são objecti-vos e não falácias. A falácia é a robo-tização da humanidade.

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Jornal do Centro

OPINIÃO

2 QUA.

21º / 12º

28 SEX.

25º / 16º

29 SÁB.

23º / 16º

31 SEG.

23º / 11º

30 DOM.

22º / 13º

1 TER.

22º / 11º

TEMPO

3 QUI.

20º / 10º

NÚMEROS NETSONDA

(Fonte: Michael Page)

24%Proporção de portugueses que chega atrasado ao emprego

(in Der Spiegel)

2030Ano a partir do qual a Alemanha deixará de fabricar automóveis a gasolina e a gasóleo

(in DN)

$100.000.000Valor de uma pérola que um pescador das Filipinas guardou debaixo da cama durante 10 anos até perceber o seu valor

Olho de GatoJOAQUIM ALEXANDRE RODRIGUES

GARGANTAS FUNDAS

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1. António Costa, à semelhança do que fez no anterior or-çamento de estado, há-de ter deixado entre trinta a qua-renta milhões de ossos, perdão, de euros, para ATL dos deputados na próxima discussão na especialidade do OE.Para já, a ideia mais ridícula pertence à socialista Helena Roseta, que quer criar um subsídio para senho-rios pobres impedidos por lei de subir as rendas. Os de-putados, para fazerem prova de vida, costumam ligar o complicómetro: em vez de subsídios às rendas, subsí-dios aos senhorios.Outras ideias esdrúxulas como esta vão jorrar daque-las cabeças.

2. Corria pacato o mês de Julho, quando o jornal Público titulou, na primeira página e em letras grandes: “Cavaco estraga unanimidade do Conselho de Estado sobre sanções”. A notícia veio a revelar-se falsa, o ex-PR não referiu nunca as putativas sanções.Como se sabe, as sessões do Conselho de Estado são à porta fechada e os seus membros têm o dever de sigilo. Alguém embarretou o jornal mas este não pediu des-culpa aos leitores, nem revelou, como devia ter feito, o nome da sua garganta funda aldrabona.Semanas depois, igual barrete calhou ao Jornal de Notícias ao ter publicado informação falsa acerca de um juiz que tinha decidido uma providência cautelar a fa-vor dos colégios privados.Este caso não se passou na Venezuela, passou-se em Portugal: uma “fonte ligada ao governo” (assim o re-conheceu o jornal em editorial) conspirou contra um juiz, ainda por cima com aldrabices. O JN pediu descul-pa aos leitores e ao visado, mas também não divulgou o nome da garganta funda mentirosa.Esta semana o El País divulgou o audio de várias inter-venções feitas, à porta fechada, na importantíssima ses-são do comité federal do PSOE que decidiu deixar pas-sar um governo Rajoy.Neste caso a garganta funda do El País não mentiu. Limitou-se a ter as pilhas carregadas do gravador de bolso para mostrar aos aparelhistas dos partidos que já não há o “cá dentro” e o “lá fora”.

NO MUNDO

DE PENALVA DO CASTELO PARA LONDRES EM BUSCA DE UM SONHO

Francisco Sales

Francisco Sales é de Penalva do Castelo e como diz nasceu “numa família ro-deada de músicos”. “A minha primei-ra recordação é a de ter a certeza que ia querer ser músico. Tive a sorte de ter nascido com uma guitarra em casa”, re-fere. Francisco Sales destaca a importân-cia do pai na escolha da música e chegou à conclusão que era o que queria fazer na vida. O músico que se dedica à gui-tarra explica que sentiu que “para viver só da música teria de se dedicar mui-to mais” e foi quando decidiu sair de Penalva do Castelo e ir à procura de “no-vos horizontes”. O destino escolhido foi Londres, onde está há três anos. O pe-nalvense justi� ca a escolha da capital britânica por ser um sítio onde “te sen-tes livre para fazeres o que quiseres, para descobrires a tua essência, ninguém te critica, ninguém te julga.” “Na altura foi a minha vontade de ir à procura do des-

conhecido e tentar encontrar o caminho que sempre sonhei”, a� rma o músico. O tempo “cinzento” da cidade inglesa aborrece Francisco Sales mas como diz “nada é perfeito”. O artista prefere fo-car-se “nas coisas positivas” que lhe per-mitiram chegar “onde tinha sempre so-nhado”. O guitarrista tem viajado pelo mundo inteiro em digressão com a ban-da que integra, os Incognito. A solo lan-çou já o álbum Valediction que fala do momento de transição do músico, em que opta por sair de Portugal para se en-contrar com a música. “A minha músi-ca fala das minhas vivências e foi um de-sa� o para mim conseguir construir um concerto a solo”, sublinha. Chegar ao co-ração das pessoas é o objectivo do mú-sico penalvense. “Não interessa que seja em Portugal, nos Estados Unidos ou Tóquio. A arte só faz sentido se for par-tilhada”, conclui.