vitaminas e minerais
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VITAMINAS
(CONN & STUMPF, 1980; ANDRIGUETTO et al., 1986; LEHNINGER,
1986; VASCONCELLOS, 1993 e NUNES, 1998)
Substâncias essenciais ao metabolismo celular, porém até o inicio do
século vinte elas ainda não tinham sido identificadas.
Até essa época suspeitava-se que existiam alguns “fatores
nutricionais acessórios” além das proteínas, carboidratos, lipídios e
minerais.
Um indicativo da existência desses fatores nutricionais era o fato de
que algumas doenças como a beribéri, o escorbuto e a pelagra eram
curados quando se fornecia determinados alimentos.
Em 1912 o bioquímico polonês Casimir Funk demonstrou que o
fornecimento de arroz polido provocava polineurite em pombos, e
que o fornecimento da farinha integral de arroz curava essa doença.
Então sugeriu que havia uma amina vital presente no arroz integral
que era necessário para a cura da doença.
Mais tarde, em 1926 isolou-se, e em 1936 identificou-se essa
substância que foi chamada de Tiamina.
1- CARACTERÍSTICAS
1. Grupo de substâncias orgânicas heterogêneas;
2. Classificadas pelas funções e não pela natureza química;
3. Constituintes normais dos alimentos e essenciais à vida;
4. Eficientes em quantidades diminutas;
5. Essenciais ao metabolismo normal dos tecidos, não
participando como unidade estrutural da célula;
6. Não são desdobradas para produção de energia mas são
essenciais para obtenção de energia dos nutrientes;
7. Muitas são sintetizadas por microrganismos;
2- CONCEITO
“Atividade vitamínica é a remissão, reversão ou cura de lesão
específica ocasionada pela ausência no metabolismo de uma
substância orgânica definida, quando tal substância é adicionada
em quantidades mínimas à alimentação do animal” (NUNES,
1998).
3 - SÍNTESE
1. Substâncias inespecíficas c originam vitaminas e não-
vitaminas;
2. Pró-vitaminas c originam apenas vitaminas (betacaroteno, 7-
deidrocolesterol e ergosterol).
Vitamina Precursor Órgão
A (retinol) Betacaroteno Intestinos e fígado
D3 (colecalciferol) 7-deidrocolesterol Pele
D2 (ergocalciferol) Ergosterol Pele
C (ácido ascórbico) Glicose Fígado
Niacina Triptofano Fígado
Inositol Glicose Fígado
Colina Homocisteína Fígado
FONTE: NUNES (1998).
4 - CLASSIFICAÇÃO (MÉTODO DE ISOLAMENTO)
a) Lipossolúveis c possuem compostos sintéticos hidrossolúveis,
funções mais complexas e menos compreendidas;
b) Hidrossolúveis c a maioria do complexo B funciona como
coenzimas, funções mais simples.
Lipossolúveis Hidrossolúveis
Estocagem Sim Não ou muito pequena
Excreção Lenta (bile) Rápida (urina)
Controle Rígido (A e D) Quase ausente
Intoxicação Sim (A e D) Rara
Anafilaxia Não Sim (tiamina)
Funções Não enzimáticas Coenzimáticas
Hormonais Não hormonais
Estabilidade Muito baixa Variável
FONTE: NUNES (1998).
5 - NOMENCLATURA
Na medida em que iam sendo descobertas c letras como nomes
c logo seguidas de números (nova vitamina semelhante com outra
já existente) c posteriormente, recebia a denominação química.
Denominações anteriores c biocatalist, advitant, cataline,
ergen, ergon e hormônio exógeno, ainda nutrilite
(microrganismo);
Vitâmero c análogo vitamínico natural ou sintético, com atividade
típica da vitamina, em grau variável. Alguns são provitaminas. Ex.:
A1, A2, D2, D3, as 8 vit. E;
Vitagênio c características funcionais vitamínicas, ¹ por fornecer
energia e unidade estrutural celular (colina e inositol);
Fator de crescimento ou Bios c substância orgânica não produzida
por alguns microrganismos (necessárias). Ex. ácido lipóico.
Diferentes substâncias promotoras de crescimento ou fatores de
crescimento celular.
Grupo Nome Anterior Nome Recomendado
Lipossolúveis
A Vit. A Genéricos
Vit. A1 Retinol
Retineno ou retinal Retinaldeído
Vit. A ácido Ácido retinóico
Vit. A2 ou 3-deidrorretinol Deidrorretinol
Retineno-2 ou 3-deidrorretinal Deidrorretinaldeído
D Vit. D2 ou calciferol Ergocalciferol
Vit. D3 Colecalciferol
E Vit. E Genéricos
K Vit. K1 ou filoquinona Filoquinona
Séries vit. K2 Mnaquinonas
Vit. K3, menadiona ou
naftaquinona
Menadiona
FONTE: NUNES (1998).
Grupo Nome Anterior Nome Recomendado
Hidrossolúveis
Complexo B Ácido fólico ou folacina Ácido petroilglutâmico
Ácido paraminobenzóico
(PABA)
PABA ou ácido
p-aminobenzóico
Ácido nicotínico ou niacina Ácido nicotínico
Amida do ácido nicotínico,
nicotinamida
Nicotinamida
Ácido pantotênico Ácido pantotênico
Vit. B1, aneurina, tiamina Tiamina
Vit. B2 ou riboflavina Riboflavina
Vit. B6, adermina, pridoxol Piridoxal
Piridoxamina Piridoxina
Vit. B12 ou cobalamina Piridoxamina
Vit. B12a, B12b ou
hidroxicobalamina
Cianocobalamina
Vit. B12c Hidroxicobalamina
Biotina Nitritocobalamina
C Vit. C ou ácido L-ascórbico Biotina
Ácido L-deidroascórbico Ácido ascórbico
Colina - Colina
Inositol Inositol ou meso-inositol Psi-inositol (Y-Inositol)
FONTE: NUNES (1998).
6 – FUNÇÕES:
fazem parte das enzimas;
são reguladoras;
desempenham funções catalisadoras;
promovem reações e aceleram processos bioquímicos;
favorecem a assimilação dos alimentos;
importante ao crescimento e manutenção das atividades vitais;
atuam na fixação do Ca, P, etc..
7 - INTENSIDADE DE ATUAÇÃO:
estado de saúde;
idade;
tipo de reprodução explorada;
alimentação adotada.
8 - ANTIVITAMINAS E ANTAGÔNICOS
Alteração da estrutura química;
Alteração da atividade e geração de substância antagônica;
Ações antivitamínicas:
a) Interferência na conversão da vitamina em coenzima;
b) Substituição da coenzima no sítio de combinação da parte
protéica da enzima;
c) Combinação com a proteína, tornando-a indisponível (avidina
– clara do ovo c biotina);
d) Quebrando a tiamina em 2 compostos inertes, como a
tiaminose I, presente na carne de peixe cru e na samambaia.
Compostos antivitamínicos:
1. Antivitamina K c anticoagulante sanguíneo;
2. Antivitamina complexo B c prevenção coccidiose (aves) e
tratamento malária (antagonismo ao ac. fólico – tratamento
protozooses);
3. Aminopterina (derivado do ac. fólico) c produz anemia e
leucopenia, inibe síntese ac. nucléico (tratamento de leucemia);
4. Antivitamina D c em fenos;
5. Tiaminases c fungos em pastagens;
6. Melaço (confinamento) c antitiaminas (polioencefalomalacia).
9 - SINERGIA E ANTAGONISMO c sinergismos (benefício não
suficientemente grande) <<< antagonismos (bastante notado e
importante economicamente – quantitativa como qualitativamente).
10 - HIPERVITAMINOSE
Ocasional e esporádico;
Erro de formulação (maioria das vezes);
Principalmente as lipossolúveis (A e D).
11- AVITAMINOSE, HIPOVITAMINOSE OU DEFICIÊNCIA
VITAMÍNICA
Avitaminose c ausência de vitamina na dieta;
Hipovitaminose ou Deficiência Vitamínica c avitaminas e/ou
substâncias antagônicas, deficiências nutricionais, problemas
patológicos (trato gastrintestinal, fígado, rins), defeitos
hereditários.
12 - SUPLEMENTAÇÃO VITAMÍNICA
1950 c óleo de fígado de peixe, subprodutos industriais e
ingredientes naturais;
Hoje c adição direta aos alimentos e/ou água, fins terapêuticos;
Recomendação c adição em excesso
1. Cálculo de rações de mínimo custo c redução do número de
ingredientes (remoção de fontes de vitaminas);
2. Nível variado de vitaminas nos alimentos c localização do
cultivo, estações do ano, adubações, genética e doenças das
plantas;
3. Destruição c processamento, estocagem e manufatura;
4. Formas ligadas c podem não estar disponíveis;
5. Absorção prejudicada c doenças ou interações com outros
componentes da dieta;
6. Síntese microbiana no IG c dificuldade de absorção;
7. Confinamento e gaiolas c exige a suplementação vitamínica;
8. Animais melhorados c crescimento mais rápido com menos
alimento;
9. Condições de estresse c redução da ingestão de alimentos;
10. Oferta comercial de vitaminas c suplementação segura e
econômica.
13) ESTABILIDADE
Indústrias de premixes, alimentos e farmacêutica;
Pontos desfavoráveis: umidade, oxidação, temperatura, pH,
minerais, redução, luz, tamanho da partícula, solubilidade,
agressões físicas e tempo de estocagem;
Técnicas de proteção: coberturas de gelatina, CHO’s e
antioxidantes, formas físicas (spray seco).
14) PREMIXES DE VITAMINAS
Vitaminas c individualmente ou em misturas (vitaminas e
minerais, vitaminas com medicamentos);
Descrição por classe ou espécie animal;
Vitaminas lipossolúveis c estabilizante ou antioxidante;
Vitaminas hidrossolúveis c destruição pelo calor ambiente ou
fervura;
Mistura em rações c pré-mistura c mistura final.
15 - FONTES DE VITAMINAS
Vit. A:
1. Caroteno c plantas verdes (b-caroteno), bons fenos, certos
vegetais e seus óleos (cenoura, dendê, buriti, batatinha
amarela, batata-doce);
Caroteno (provitamina) c Vit. A (no organismo animal)
2. Retinol c somente em produtos animais (óleos de peixes –
bacalhau, cação, tubarão – e farinha de fígado).
Vit. D:
1. Ergocalciferol ou D2 c plantas e leveduras. Eficiente apenas
em mamíferos;
Ergosterol c Vit. D2 (luz ultravioleta)
2. Colicalciferol ou D3 c tecidos animais (peixes e fígados).
Eficiente em mamíferos e aves.
7-deidrocolesterol c Vit. D3 (luz ultravioleta)
Vit. E:
Germens de grãos (farinha e óleo de gérmen de trigo), plantas
verdes, fenos bem curados (alfafa).
Vit. K:
Forragens verdes, bons fenos (alfafa) e sementes inteiras.
Sintetizada adequadamente no trato gastrointestinal sadio de
todas as espécies.
Riboflavina:
Subprodutos do leite, farinha de fígado, leveduras secas, fenos
de gramíneas e folhas de leguminosas.
Niacina:
Presente em muitos alimentos, exceção certos cereais (milho);
Relação triptofano:niacina 50:1 c síntese de 20 mg de niacina.
Ácido Pantotênico:
Quantidades variadas, baixo no milho.
Colina:
Quantidades variadas. As melhores fontes são as de origem
animal (gema de ovo).
Vit. C :
Frutas c acerola ou cereja-do-pará ou –das-antilhas (3 a 5 g/100
g), caju, etc..
16 - LITERATURA CITADA
1. ANDRIGUETTO, J.M.; PERLY, L.; MINARDI, I.; et al.. Nutrição animal – As
bases e os fundamentos da nutrição animal – Os alimentos. Volume 1, 4a edição,
2a impressão. São Paulo-Nobel. 1986. 395 p..
2. COELHO DA SILVA, J.F. & LEÃO, M.I. Fundamentos de nutrição dos
ruminantes. Piracicaba, Ed. Livroceres, 1979. 380 p..
3. CONN, E.E. & STUMPF, P.K. Introdução à bioquímica. São Paulo, Edgard
Blücher, 1980. 525 p..
4. LEHNINGER, A.L. Princípios de bioquímica. São Paulo-SARVIER, 1986. 725
p..
5. NUNES, I.J. Nutrição animal básica. 2. ed. Ver. Aum. Belo Horizonte: FEP-MVZ
Editora, 1998. 388 p..
6. VASCONCELLOS, P.M.B. Guia prático para o confinador. São Paulo:Nobel,
1993. 226 p..
MINERAIS
(UNDERWOOD, 1981; EUCLIDES, 1985; e NUNES, 1998)
1 - MINERAIS NA CROSTA TERRESTRE
Ordem Elemento % Ordem Elemento %
1 Oxigênio 49,2 10 Titânio 0,6
2 Silício 25,7 11 Cloro 0,2
3 Alumínio 7,5 12 Fósforo 0,1
4 Ferro 4,7 13 Manganês 0,1
5 Cálcio 3,4 14 Carbono 0,09
6 Sódio 2,6 15 Enxofre 0,05
7 Potássio 2,4 16 Bário 0,05
8 Magnésio 1,9 Demais elementos 0,51
9 Hidrogênio 0,9
FONTE: NUNES (1998).
2 - PRIMEIROS EXPERIMENTOS COM MINERAIS
1. 1791 (Fordyce - Inglaterra) c pássaros (terra calcárea);
2. 1847 (Boussingault) c vacas leiteiras (sal comum);
3. 1850-54 (Chatin - França) c homens e animais (iodo – bócio).
3 - PRINCIPAIS FONTES DE MINERAIS
Alimentos (animal, vegetal, mineral, etc.), água e ar;
Cinzas c óxidos, carbonatos e sulfatos.
4 - MINERAIS NO ORGANISMO ANIMAL (superior)
Orgânicos c C, H, N e O c 96% PCV animal;
Inorgânicos c 40 minerais c 4% restante (mensuráveis);
105 elementos naturais e artificiais c 10 essenciais (C, Cu,
S, P, H, Mg, N, O, K e Zn) e + 20 não comprovadamente
essenciais.
Elemento Concentração no Corpo Animal (μ)
Porcentagem (%) Grama (g)
Oxigênio 65,0 45.500
Carbono 18,0 12.600
Hidrogênio 10,0 7.000
Nitrogênio 3,0 2.100
96
Cálcio 1,5 1.050
Fósforo 1,0 700
Potássio 0,35 245
Enxofre 0,25 175
Sódio 0,15 105
Cloro 0,15 105
Magnésio 0,05 35
3,45
Ferro 0,004 3
Manganês 0,0003 0,2
Cobre 0,0002 0,1
Iodo 0,00004 0,03
FONTE: NUNES (1998).
5 - MINERAIS ESSENCIAIS
Critérios:
1. presente em concentrações aproximadamente constantes nos
tecidos sadios dos animais (pequenas variações entre
espécies);
2. deficiência em dietas balanceada resulta em anormalidades
estruturais e/ou fisiológicas reproduzíveis;
3. a adição em dietas específicas evita ou recupera as
anormalidades estruturais e/ou fisiológicas;
4. as anormalidades induzidas por deficiências minerais devem
ser acompanhadas por alterações bioquímicas específicas,
sendo prevenidas ou revertidas com a remoção da deficiência.
Classificação c quantidade presente no corpo animal.
Macroelementos Microelementos
Cátions Cálcio (Ca) Cobalto (Co) Manganês (Mn)
Magnésio (Mg) Cobre (Cu) Molibidênio (Mo)
Potássio (K) Cromo (Cr) Níquel (Ni)
Sódio (Na) Estanho (Sb) Selênio (Se)
Ânions Cloro (Cl) Ferro (Fe) Silício (Si)
Fósforo (P) Flúor (F) Vanádio (V)
Enxofre (S) Iodo (I) Zinco (Zn)
FONTE: NUNES (1998).
Macro c g/kg, %;
Micro c ppm (mg/kg), micrograma/grama (mg/g) ou 10-6 e ppb
ou nanogramas/grama (ng/g) ou 10-9 (I, Cr, Ni, V);
Número e funções = espécies animais (exceto Co -
herbívoros).
6 - MINERAIS POSSIVELMENTE ESSENCIAIS
Evidências experimentais de alguma função essencial;
Necessidade da comprovação científica da essencialidade c
satisfação dos critérios (arsênio, bário, bromo, cádmio e
estrôncio).
7 - MINERAIS NÃO ESSENCIAIS
Encontrados em proporções apreciáveis no corpo animal sem
papel metabólico;
Presença acidental c alimentos consumidos (alumínio,
antimônio, bismuto, boro, chumbo, germânio, mercúrio, ouro,
prata, rubídio e titânio)
8 - MINERAIS POTENCIALMENTE TÓXICOS
Todos c quantidade e período de consumo;
Variação nas quantidades tóxicas c elemento, composto
químico, espécie e idade do animal que o consome;
Ocorrência c naturalmente ou contaminação nos alimentos,
água e ar.
9 - FUNÇÕES GERAIS DOS MINERAIS
Maneiras de atuação:
1. Constituinte das estruturas esqueléticas
cálcio e fósforo os principais, presentes nos ossos e dentes;
rigidez e resistência (hidroxiapatita – Ca10(PO4)6(OH)6);
relação se mantêm no limite aproximado de 2:1;
COMPOSIÇÃO DOS OSSOS
Componentes Frescos, % Secos e desengordurados, %
Água 45 -
Gordura 10 -
Proteína 20 45
Cinzas 25 55
Cálcio - 36
Fósforo - 17
Magnésio - 0,8
FONTE: NUNES (1998).
2. Manutenção e regulação de algumas propriedades do sistema
coloidal da matéria orgânica c viscosidade, difusão, pressão
osmótica;
3. Regulação do equilíbrio ácido-base:
Alimentos vegetais (folhas e frutos) c cinzas compostas de Na, K,
Ca, Fe e Mg (caráter alcalina);
Alimentos cereais e carnes c cinzas predominam Cl, P e S (caráter
ácido).
4. Componente ou ativador de enzimas e unidades dos sistemas
biológicos c citocromo oxidase (Fe), tiocinase (Cu), tiroxina
e triiodotironina (I), hemoglobina (Fe), etc..
10 - ABSORÇÃO DOS MINERAIS
Simples difusão ou mecanismos específicos de transporte:
1. Mecanismos exatos para todos os minerais c não determinados;
2. Detalhes exatos dos mecanismos já determinados c não
funcionam para todas as circunstâncias;
Quelação
quelação de metais com aas;
formando compostos de coordenação;
torna os elementos mais reativos e facilita a absorção intestinal;
suplementação mineral animal;
H2C-NH2 O Fórmula geral
O:C M C:O-H2O Composto de
coordenação
O H2-C-NH2 Elemento mineral (M)
Ligantes ou intrínsecos aos alimentos c prejudicam a absorção.
11 - BIODISPONIBILIDADE
“Biodisponibilidade biológica pode ser definida como a proporção
de um nutriente presente no alimento que é absorvida pelo animal e
utilizada nas funções biológicas.”
Biodisponibilidade real ou verdadeira c determinação com
marcadores radioativos (separação do elemento ingerido e em
teste daquele do organismo);
Biodisponibilidade relativa c comparação do alimento teste
com outra fonte do elemento de disponibilidade conhecida (Ç).
12 - MINERAIS X DOENÇAS
Deficiência e excesso de minerais c alterações patológicas
específicas;
Pouco conhecimento c minerais x doenças infecciosas;
1. Deficiência de minerais interfere com o sistema imunológico c
Zn, Fe, Cu e Se (È na capacidade imunológica animal e/ou
alteração da função leucocitária);
2. Infecção interfere com o metabolismo dos minerais c perda de
Mg, K PO4, Zn, S, Fe e Cu.
Sistemas intensivos de criação c obtenção de ótimo
desempenho produtivo, reprodutivo, sanitário e ambiental
(estresse).
DOENÇAS E LESÕES TÍPICAS – DEFICIÊNCIAS
MINERAIS
Elementos Doenças por Deficiência
Ca, P Raquitismo, osteomalacia
Mg Tetania
Fe, Cu Anemia
Cu, K Ataxia
Zn Paraceratose
I Hipotireoidismo
Mn Perose
Se Hepatose dietética, distrofia muscular
nutricional, microangiopatia, edema
FONTE: NUNES (1998).
DOENÇAS E LESÕES TÍPICAS - EXCESSOS MINERAIS
Elementos Doenças por Excesso1
Ca Paraceratose (Zn)
Cu Icterícia, anemis (Fe, Se)
Fe Raquitismo, DMN (P, Se)
Se Alkali disease (As)
Na Hipertensão (K)
Zn Artrite, gastrite (Cu)
As Eritema, ataxia (Se)
Cd Anemia, dermatite (Fe, Zn)
Co Anemia (Fe)
F Hipoplasia, do esmalte dentário, hiperostose (Ca, P)
Pb Ataxia, anemia (Fe)
Hg Ataxia, cianose, poliúria (Se)
Al Raquitismo (P)
1Há interações com os elementos entre parênteses.
DMN = distrofia muscular nutricional.
FONTE: NUNES (1998).
13 - LITERATURA CITADA
1. EUCLIDES, V.P.B. Minerais para ruminantes em pastejo em regiões tropicais.
CNPGC-EMBRAPA. Campo Grande, MS. 1985. 90 p..
2. MARTIN, L.C.T. Nutrição mineral de bovinos de corte. São Paulo – Nobel.
1993. 173 p..
3. NUNES, I.J. Nutrição animal básica. 2. ed. Ver. Aum. Belo Horizonte: FEP-
MVZ Editora, 1998. 388 p..
4. UNDERWOOD, E.J. Los minerales en la nutrición del ganado. 2. ed. Editorial
Acribia. Zaragoza (España). 1981. 210 p..