universidade tuiuti do parana -...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Alexander Rossi de Godoy
Felipe Gonzaacutelez Galvatildeo de Oliveira
Wesley Fabriacutecio de Lima
GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES
MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES
CURITIBA
2008
Alexander Rossi de Godoy
Felipe Gonzaacutelez Galvatildeo de Oliveira
Wesley Fabriacutecio de Lima
GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES
MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES
Monografia apresentada como requisito avaliativo para obtenccedilatildeo do grau de Tecnoacutelogo em Manutenccedilatildeo de Aeronaves da Faculdade de Ciecircncias Aeronaacuteuticas da Universidade Tuiuti do Paranaacute
Orientador Cyro de Moraes Campos Junior
CURITIBA
2008
TERMO DE APROVACcedilAtildeO Alexander Rossi de Godoy
Felipe Gonzaacutelez de Galvatildeo Oliveira Wesley Fabriacutecio de Lima
GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES
MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES
Essa monografia foi julgada e aprovada para a obtenccedilatildeo do titulo de Tecnoacutelogo em Manutenccedilatildeo de
Aeronaves da Universidade Tuiuti do Paranaacute
Curitiba 16 de Dezembro de 2008
Curso Superior de Tecnologia em Manutenccedilatildeo de Aeronaves Universidade Tuiuti do Paranaacute
Orientador Professor Cyro de Moraes Campos Junior UTP - Facaero
Resumo
Analise das asas de aviotildees monomotores e do Embraer 711 T- ST Corisco II suas construccedilotildees e as diversas partes que as compotildeem Apresenta criteacuterios sobre aerodinacircmica sustentaccedilatildeo e o fenocircmeno do voo Enfoca a importacircncia do cuidado que se deve ter ao se desmontar e ao montar novamente a asa Contempla ainda consideraccedilotildees sobre sua construccedilatildeo e as diversas partes que a compotildeem
Palavras-chave Construccedilatildeo partes praticas de manutenccedilatildeo
Lista de figuras
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa8
Figura 2 - Elementos de um perfil 12
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons 21
Figura 4 ndash Tipos de flapes23
Figura 5 ndash Comando do aileron 24
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem 29
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo30
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem32
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron 36
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 37
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron 39
Figura 12 ndash Balanceamento do aileron40
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape42
Lista de fotos
Foto 1 ndash Nervuras13
Foto 2 ndash Nervuras14
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15
Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17
Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18
Foto 8 ndash Letreiro do flape 19
Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20
Foto 11 ndash Aileron da asa direita22
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38
Foto 16 ndash Diedro positivo 44
SUMAacuteRIO
1 Introduccedilatildeo 7
2 A asa do aviatildeo 8
3 Componentes baacutesicos 10
4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10
5 Elementos de um perfil 11
6 Longarinas 12
7 Nervuras 13
8 Revestimento da asa 14
9 Janelas de inspeccedilatildeo 15
10 Pontos de amarraccedilatildeo 17
11 Letreiros e marcaccedilotildees 18
12 Drenos 20
13 Partes fixas e moveis da asa 21
14 Comandos de voo 23
141 Comandos do aileron 24
142 Flapes 25
15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26
153 Reparos estruturais 27
154 Reparos em termoplaacutestico 27
155 Remoccedilatildeo da asa 28
156 Instalaccedilatildeo da asa 31
16 Superfiacutecies de voo 36
161 Remoccedilatildeo do aileron 36
162 Instalaccedilatildeo do aileron 37
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39
164 Balanceamento do aileron 40
165 Remoccedilatildeo do flape 41
166 Instalaccedilatildeo do flape 42
17 Carga alar 42
18 Diedro 43
19 Conclusatildeo 45
7
1 Introduccedilatildeo
Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para
construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do
terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo
desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o
conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar
A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais
conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em
dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais
complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons
trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um
moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de
seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros
de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute
cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos
mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo
principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua
forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e
materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais
essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o
que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo
8
2 A asa do aviatildeo
O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e
vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o
descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de
movimento de fluidos
Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco
O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura
abaixo
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa
As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua
face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de
9
ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior
uma pressatildeo mais baixa
Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de
baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja
suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em
relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso
dado pela heacutelice
A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas
passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores
hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo
as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir
seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio
esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente
resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e
eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso
escamoteaacuteveis
Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em
lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo
de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais
condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que
manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de
degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este
sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos
monomotores natildeo possuem estes sistemas
10
3 Componentes baacutesicos
A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a
qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes
em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem
longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que
servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas
de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas
foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe
A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica
composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o
aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II
4 Construccedilatildeo e elementos da asa
As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma
aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas
removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e
tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em
cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas
principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem
e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da
fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e
trazeiras
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
Alexander Rossi de Godoy
Felipe Gonzaacutelez Galvatildeo de Oliveira
Wesley Fabriacutecio de Lima
GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES
MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES
Monografia apresentada como requisito avaliativo para obtenccedilatildeo do grau de Tecnoacutelogo em Manutenccedilatildeo de Aeronaves da Faculdade de Ciecircncias Aeronaacuteuticas da Universidade Tuiuti do Paranaacute
Orientador Cyro de Moraes Campos Junior
CURITIBA
2008
TERMO DE APROVACcedilAtildeO Alexander Rossi de Godoy
Felipe Gonzaacutelez de Galvatildeo Oliveira Wesley Fabriacutecio de Lima
GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES
MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES
Essa monografia foi julgada e aprovada para a obtenccedilatildeo do titulo de Tecnoacutelogo em Manutenccedilatildeo de
Aeronaves da Universidade Tuiuti do Paranaacute
Curitiba 16 de Dezembro de 2008
Curso Superior de Tecnologia em Manutenccedilatildeo de Aeronaves Universidade Tuiuti do Paranaacute
Orientador Professor Cyro de Moraes Campos Junior UTP - Facaero
Resumo
Analise das asas de aviotildees monomotores e do Embraer 711 T- ST Corisco II suas construccedilotildees e as diversas partes que as compotildeem Apresenta criteacuterios sobre aerodinacircmica sustentaccedilatildeo e o fenocircmeno do voo Enfoca a importacircncia do cuidado que se deve ter ao se desmontar e ao montar novamente a asa Contempla ainda consideraccedilotildees sobre sua construccedilatildeo e as diversas partes que a compotildeem
Palavras-chave Construccedilatildeo partes praticas de manutenccedilatildeo
Lista de figuras
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa8
Figura 2 - Elementos de um perfil 12
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons 21
Figura 4 ndash Tipos de flapes23
Figura 5 ndash Comando do aileron 24
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem 29
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo30
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem32
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron 36
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 37
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron 39
Figura 12 ndash Balanceamento do aileron40
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape42
Lista de fotos
Foto 1 ndash Nervuras13
Foto 2 ndash Nervuras14
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15
Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17
Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18
Foto 8 ndash Letreiro do flape 19
Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20
Foto 11 ndash Aileron da asa direita22
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38
Foto 16 ndash Diedro positivo 44
SUMAacuteRIO
1 Introduccedilatildeo 7
2 A asa do aviatildeo 8
3 Componentes baacutesicos 10
4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10
5 Elementos de um perfil 11
6 Longarinas 12
7 Nervuras 13
8 Revestimento da asa 14
9 Janelas de inspeccedilatildeo 15
10 Pontos de amarraccedilatildeo 17
11 Letreiros e marcaccedilotildees 18
12 Drenos 20
13 Partes fixas e moveis da asa 21
14 Comandos de voo 23
141 Comandos do aileron 24
142 Flapes 25
15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26
153 Reparos estruturais 27
154 Reparos em termoplaacutestico 27
155 Remoccedilatildeo da asa 28
156 Instalaccedilatildeo da asa 31
16 Superfiacutecies de voo 36
161 Remoccedilatildeo do aileron 36
162 Instalaccedilatildeo do aileron 37
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39
164 Balanceamento do aileron 40
165 Remoccedilatildeo do flape 41
166 Instalaccedilatildeo do flape 42
17 Carga alar 42
18 Diedro 43
19 Conclusatildeo 45
7
1 Introduccedilatildeo
Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para
construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do
terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo
desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o
conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar
A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais
conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em
dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais
complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons
trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um
moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de
seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros
de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute
cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos
mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo
principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua
forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e
materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais
essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o
que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo
8
2 A asa do aviatildeo
O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e
vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o
descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de
movimento de fluidos
Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco
O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura
abaixo
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa
As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua
face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de
9
ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior
uma pressatildeo mais baixa
Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de
baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja
suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em
relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso
dado pela heacutelice
A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas
passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores
hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo
as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir
seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio
esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente
resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e
eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso
escamoteaacuteveis
Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em
lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo
de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais
condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que
manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de
degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este
sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos
monomotores natildeo possuem estes sistemas
10
3 Componentes baacutesicos
A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a
qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes
em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem
longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que
servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas
de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas
foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe
A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica
composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o
aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II
4 Construccedilatildeo e elementos da asa
As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma
aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas
removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e
tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em
cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas
principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem
e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da
fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e
trazeiras
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
TERMO DE APROVACcedilAtildeO Alexander Rossi de Godoy
Felipe Gonzaacutelez de Galvatildeo Oliveira Wesley Fabriacutecio de Lima
GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES
MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES
Essa monografia foi julgada e aprovada para a obtenccedilatildeo do titulo de Tecnoacutelogo em Manutenccedilatildeo de
Aeronaves da Universidade Tuiuti do Paranaacute
Curitiba 16 de Dezembro de 2008
Curso Superior de Tecnologia em Manutenccedilatildeo de Aeronaves Universidade Tuiuti do Paranaacute
Orientador Professor Cyro de Moraes Campos Junior UTP - Facaero
Resumo
Analise das asas de aviotildees monomotores e do Embraer 711 T- ST Corisco II suas construccedilotildees e as diversas partes que as compotildeem Apresenta criteacuterios sobre aerodinacircmica sustentaccedilatildeo e o fenocircmeno do voo Enfoca a importacircncia do cuidado que se deve ter ao se desmontar e ao montar novamente a asa Contempla ainda consideraccedilotildees sobre sua construccedilatildeo e as diversas partes que a compotildeem
Palavras-chave Construccedilatildeo partes praticas de manutenccedilatildeo
Lista de figuras
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa8
Figura 2 - Elementos de um perfil 12
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons 21
Figura 4 ndash Tipos de flapes23
Figura 5 ndash Comando do aileron 24
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem 29
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo30
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem32
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron 36
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 37
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron 39
Figura 12 ndash Balanceamento do aileron40
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape42
Lista de fotos
Foto 1 ndash Nervuras13
Foto 2 ndash Nervuras14
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15
Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17
Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18
Foto 8 ndash Letreiro do flape 19
Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20
Foto 11 ndash Aileron da asa direita22
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38
Foto 16 ndash Diedro positivo 44
SUMAacuteRIO
1 Introduccedilatildeo 7
2 A asa do aviatildeo 8
3 Componentes baacutesicos 10
4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10
5 Elementos de um perfil 11
6 Longarinas 12
7 Nervuras 13
8 Revestimento da asa 14
9 Janelas de inspeccedilatildeo 15
10 Pontos de amarraccedilatildeo 17
11 Letreiros e marcaccedilotildees 18
12 Drenos 20
13 Partes fixas e moveis da asa 21
14 Comandos de voo 23
141 Comandos do aileron 24
142 Flapes 25
15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26
153 Reparos estruturais 27
154 Reparos em termoplaacutestico 27
155 Remoccedilatildeo da asa 28
156 Instalaccedilatildeo da asa 31
16 Superfiacutecies de voo 36
161 Remoccedilatildeo do aileron 36
162 Instalaccedilatildeo do aileron 37
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39
164 Balanceamento do aileron 40
165 Remoccedilatildeo do flape 41
166 Instalaccedilatildeo do flape 42
17 Carga alar 42
18 Diedro 43
19 Conclusatildeo 45
7
1 Introduccedilatildeo
Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para
construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do
terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo
desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o
conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar
A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais
conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em
dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais
complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons
trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um
moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de
seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros
de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute
cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos
mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo
principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua
forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e
materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais
essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o
que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo
8
2 A asa do aviatildeo
O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e
vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o
descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de
movimento de fluidos
Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco
O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura
abaixo
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa
As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua
face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de
9
ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior
uma pressatildeo mais baixa
Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de
baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja
suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em
relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso
dado pela heacutelice
A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas
passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores
hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo
as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir
seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio
esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente
resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e
eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso
escamoteaacuteveis
Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em
lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo
de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais
condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que
manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de
degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este
sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos
monomotores natildeo possuem estes sistemas
10
3 Componentes baacutesicos
A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a
qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes
em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem
longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que
servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas
de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas
foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe
A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica
composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o
aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II
4 Construccedilatildeo e elementos da asa
As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma
aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas
removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e
tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em
cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas
principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem
e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da
fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e
trazeiras
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
Resumo
Analise das asas de aviotildees monomotores e do Embraer 711 T- ST Corisco II suas construccedilotildees e as diversas partes que as compotildeem Apresenta criteacuterios sobre aerodinacircmica sustentaccedilatildeo e o fenocircmeno do voo Enfoca a importacircncia do cuidado que se deve ter ao se desmontar e ao montar novamente a asa Contempla ainda consideraccedilotildees sobre sua construccedilatildeo e as diversas partes que a compotildeem
Palavras-chave Construccedilatildeo partes praticas de manutenccedilatildeo
Lista de figuras
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa8
Figura 2 - Elementos de um perfil 12
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons 21
Figura 4 ndash Tipos de flapes23
Figura 5 ndash Comando do aileron 24
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem 29
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo30
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem32
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron 36
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 37
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron 39
Figura 12 ndash Balanceamento do aileron40
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape42
Lista de fotos
Foto 1 ndash Nervuras13
Foto 2 ndash Nervuras14
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15
Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17
Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18
Foto 8 ndash Letreiro do flape 19
Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20
Foto 11 ndash Aileron da asa direita22
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38
Foto 16 ndash Diedro positivo 44
SUMAacuteRIO
1 Introduccedilatildeo 7
2 A asa do aviatildeo 8
3 Componentes baacutesicos 10
4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10
5 Elementos de um perfil 11
6 Longarinas 12
7 Nervuras 13
8 Revestimento da asa 14
9 Janelas de inspeccedilatildeo 15
10 Pontos de amarraccedilatildeo 17
11 Letreiros e marcaccedilotildees 18
12 Drenos 20
13 Partes fixas e moveis da asa 21
14 Comandos de voo 23
141 Comandos do aileron 24
142 Flapes 25
15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26
153 Reparos estruturais 27
154 Reparos em termoplaacutestico 27
155 Remoccedilatildeo da asa 28
156 Instalaccedilatildeo da asa 31
16 Superfiacutecies de voo 36
161 Remoccedilatildeo do aileron 36
162 Instalaccedilatildeo do aileron 37
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39
164 Balanceamento do aileron 40
165 Remoccedilatildeo do flape 41
166 Instalaccedilatildeo do flape 42
17 Carga alar 42
18 Diedro 43
19 Conclusatildeo 45
7
1 Introduccedilatildeo
Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para
construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do
terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo
desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o
conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar
A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais
conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em
dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais
complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons
trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um
moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de
seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros
de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute
cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos
mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo
principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua
forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e
materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais
essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o
que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo
8
2 A asa do aviatildeo
O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e
vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o
descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de
movimento de fluidos
Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco
O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura
abaixo
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa
As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua
face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de
9
ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior
uma pressatildeo mais baixa
Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de
baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja
suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em
relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso
dado pela heacutelice
A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas
passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores
hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo
as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir
seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio
esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente
resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e
eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso
escamoteaacuteveis
Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em
lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo
de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais
condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que
manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de
degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este
sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos
monomotores natildeo possuem estes sistemas
10
3 Componentes baacutesicos
A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a
qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes
em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem
longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que
servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas
de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas
foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe
A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica
composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o
aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II
4 Construccedilatildeo e elementos da asa
As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma
aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas
removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e
tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em
cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas
principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem
e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da
fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e
trazeiras
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
Lista de figuras
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa8
Figura 2 - Elementos de um perfil 12
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons 21
Figura 4 ndash Tipos de flapes23
Figura 5 ndash Comando do aileron 24
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem 29
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo30
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem32
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron 36
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 37
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron 39
Figura 12 ndash Balanceamento do aileron40
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape42
Lista de fotos
Foto 1 ndash Nervuras13
Foto 2 ndash Nervuras14
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15
Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17
Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18
Foto 8 ndash Letreiro do flape 19
Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20
Foto 11 ndash Aileron da asa direita22
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38
Foto 16 ndash Diedro positivo 44
SUMAacuteRIO
1 Introduccedilatildeo 7
2 A asa do aviatildeo 8
3 Componentes baacutesicos 10
4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10
5 Elementos de um perfil 11
6 Longarinas 12
7 Nervuras 13
8 Revestimento da asa 14
9 Janelas de inspeccedilatildeo 15
10 Pontos de amarraccedilatildeo 17
11 Letreiros e marcaccedilotildees 18
12 Drenos 20
13 Partes fixas e moveis da asa 21
14 Comandos de voo 23
141 Comandos do aileron 24
142 Flapes 25
15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26
153 Reparos estruturais 27
154 Reparos em termoplaacutestico 27
155 Remoccedilatildeo da asa 28
156 Instalaccedilatildeo da asa 31
16 Superfiacutecies de voo 36
161 Remoccedilatildeo do aileron 36
162 Instalaccedilatildeo do aileron 37
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39
164 Balanceamento do aileron 40
165 Remoccedilatildeo do flape 41
166 Instalaccedilatildeo do flape 42
17 Carga alar 42
18 Diedro 43
19 Conclusatildeo 45
7
1 Introduccedilatildeo
Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para
construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do
terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo
desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o
conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar
A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais
conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em
dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais
complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons
trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um
moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de
seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros
de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute
cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos
mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo
principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua
forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e
materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais
essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o
que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo
8
2 A asa do aviatildeo
O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e
vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o
descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de
movimento de fluidos
Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco
O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura
abaixo
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa
As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua
face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de
9
ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior
uma pressatildeo mais baixa
Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de
baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja
suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em
relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso
dado pela heacutelice
A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas
passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores
hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo
as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir
seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio
esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente
resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e
eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso
escamoteaacuteveis
Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em
lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo
de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais
condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que
manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de
degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este
sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos
monomotores natildeo possuem estes sistemas
10
3 Componentes baacutesicos
A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a
qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes
em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem
longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que
servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas
de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas
foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe
A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica
composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o
aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II
4 Construccedilatildeo e elementos da asa
As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma
aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas
removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e
tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em
cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas
principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem
e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da
fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e
trazeiras
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
Lista de fotos
Foto 1 ndash Nervuras13
Foto 2 ndash Nervuras14
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15
Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17
Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18
Foto 8 ndash Letreiro do flape 19
Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20
Foto 11 ndash Aileron da asa direita22
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38
Foto 16 ndash Diedro positivo 44
SUMAacuteRIO
1 Introduccedilatildeo 7
2 A asa do aviatildeo 8
3 Componentes baacutesicos 10
4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10
5 Elementos de um perfil 11
6 Longarinas 12
7 Nervuras 13
8 Revestimento da asa 14
9 Janelas de inspeccedilatildeo 15
10 Pontos de amarraccedilatildeo 17
11 Letreiros e marcaccedilotildees 18
12 Drenos 20
13 Partes fixas e moveis da asa 21
14 Comandos de voo 23
141 Comandos do aileron 24
142 Flapes 25
15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26
153 Reparos estruturais 27
154 Reparos em termoplaacutestico 27
155 Remoccedilatildeo da asa 28
156 Instalaccedilatildeo da asa 31
16 Superfiacutecies de voo 36
161 Remoccedilatildeo do aileron 36
162 Instalaccedilatildeo do aileron 37
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39
164 Balanceamento do aileron 40
165 Remoccedilatildeo do flape 41
166 Instalaccedilatildeo do flape 42
17 Carga alar 42
18 Diedro 43
19 Conclusatildeo 45
7
1 Introduccedilatildeo
Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para
construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do
terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo
desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o
conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar
A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais
conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em
dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais
complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons
trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um
moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de
seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros
de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute
cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos
mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo
principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua
forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e
materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais
essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o
que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo
8
2 A asa do aviatildeo
O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e
vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o
descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de
movimento de fluidos
Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco
O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura
abaixo
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa
As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua
face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de
9
ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior
uma pressatildeo mais baixa
Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de
baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja
suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em
relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso
dado pela heacutelice
A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas
passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores
hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo
as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir
seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio
esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente
resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e
eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso
escamoteaacuteveis
Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em
lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo
de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais
condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que
manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de
degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este
sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos
monomotores natildeo possuem estes sistemas
10
3 Componentes baacutesicos
A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a
qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes
em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem
longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que
servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas
de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas
foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe
A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica
composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o
aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II
4 Construccedilatildeo e elementos da asa
As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma
aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas
removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e
tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em
cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas
principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem
e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da
fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e
trazeiras
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
SUMAacuteRIO
1 Introduccedilatildeo 7
2 A asa do aviatildeo 8
3 Componentes baacutesicos 10
4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10
5 Elementos de um perfil 11
6 Longarinas 12
7 Nervuras 13
8 Revestimento da asa 14
9 Janelas de inspeccedilatildeo 15
10 Pontos de amarraccedilatildeo 17
11 Letreiros e marcaccedilotildees 18
12 Drenos 20
13 Partes fixas e moveis da asa 21
14 Comandos de voo 23
141 Comandos do aileron 24
142 Flapes 25
15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26
153 Reparos estruturais 27
154 Reparos em termoplaacutestico 27
155 Remoccedilatildeo da asa 28
156 Instalaccedilatildeo da asa 31
16 Superfiacutecies de voo 36
161 Remoccedilatildeo do aileron 36
162 Instalaccedilatildeo do aileron 37
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39
164 Balanceamento do aileron 40
165 Remoccedilatildeo do flape 41
166 Instalaccedilatildeo do flape 42
17 Carga alar 42
18 Diedro 43
19 Conclusatildeo 45
7
1 Introduccedilatildeo
Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para
construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do
terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo
desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o
conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar
A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais
conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em
dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais
complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons
trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um
moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de
seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros
de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute
cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos
mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo
principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua
forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e
materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais
essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o
que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo
8
2 A asa do aviatildeo
O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e
vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o
descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de
movimento de fluidos
Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco
O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura
abaixo
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa
As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua
face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de
9
ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior
uma pressatildeo mais baixa
Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de
baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja
suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em
relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso
dado pela heacutelice
A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas
passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores
hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo
as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir
seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio
esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente
resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e
eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso
escamoteaacuteveis
Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em
lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo
de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais
condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que
manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de
degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este
sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos
monomotores natildeo possuem estes sistemas
10
3 Componentes baacutesicos
A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a
qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes
em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem
longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que
servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas
de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas
foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe
A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica
composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o
aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II
4 Construccedilatildeo e elementos da asa
As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma
aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas
removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e
tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em
cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas
principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem
e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da
fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e
trazeiras
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
7
1 Introduccedilatildeo
Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para
construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do
terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo
desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o
conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar
A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais
conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em
dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais
complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons
trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um
moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de
seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros
de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute
cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos
mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo
principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua
forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e
materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais
essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o
que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo
8
2 A asa do aviatildeo
O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e
vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o
descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de
movimento de fluidos
Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco
O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura
abaixo
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa
As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua
face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de
9
ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior
uma pressatildeo mais baixa
Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de
baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja
suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em
relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso
dado pela heacutelice
A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas
passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores
hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo
as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir
seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio
esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente
resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e
eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso
escamoteaacuteveis
Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em
lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo
de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais
condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que
manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de
degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este
sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos
monomotores natildeo possuem estes sistemas
10
3 Componentes baacutesicos
A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a
qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes
em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem
longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que
servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas
de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas
foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe
A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica
composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o
aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II
4 Construccedilatildeo e elementos da asa
As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma
aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas
removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e
tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em
cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas
principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem
e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da
fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e
trazeiras
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
8
2 A asa do aviatildeo
O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e
vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o
descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de
movimento de fluidos
Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco
O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura
abaixo
Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa
As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua
face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de
9
ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior
uma pressatildeo mais baixa
Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de
baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja
suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em
relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso
dado pela heacutelice
A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas
passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores
hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo
as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir
seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio
esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente
resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e
eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso
escamoteaacuteveis
Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em
lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo
de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais
condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que
manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de
degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este
sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos
monomotores natildeo possuem estes sistemas
10
3 Componentes baacutesicos
A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a
qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes
em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem
longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que
servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas
de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas
foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe
A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica
composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o
aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II
4 Construccedilatildeo e elementos da asa
As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma
aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas
removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e
tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em
cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas
principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem
e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da
fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e
trazeiras
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
9
ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior
uma pressatildeo mais baixa
Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de
baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja
suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em
relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso
dado pela heacutelice
A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas
passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores
hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo
as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir
seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio
esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente
resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e
eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso
escamoteaacuteveis
Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em
lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo
de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais
condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que
manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de
degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este
sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos
monomotores natildeo possuem estes sistemas
10
3 Componentes baacutesicos
A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a
qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes
em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem
longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que
servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas
de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas
foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe
A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica
composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o
aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II
4 Construccedilatildeo e elementos da asa
As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma
aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas
removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e
tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em
cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas
principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem
e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da
fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e
trazeiras
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
10
3 Componentes baacutesicos
A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a
qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes
em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem
longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que
servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas
de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas
foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe
A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica
composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o
aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II
4 Construccedilatildeo e elementos da asa
As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma
aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas
removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e
tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em
cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas
principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem
e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da
fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e
trazeiras
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
11
Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou
a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio
utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa
5 Elementos de um perfil
Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes
- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil
- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil
- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil
- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil
- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga
- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso
e do intradorso
- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do
aviatildeo
Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem
de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
12
Figura 2 - Elementos de um perfil
6 Longarinas
A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de
uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas
metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais
tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem
propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos
durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens
A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de
uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de
sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A
longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da
aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao
das longarinas principais
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
13
Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em
aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga
metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral
embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo
diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes
Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate
a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes
da asa da aeronave
7 Nervuras
As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila
curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das
longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute
tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o
bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura
As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura
Foto 1 - Nervuras
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
14
Foto 2 ndash Nervuras
Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo
cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia
estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente
8 Revestimento da asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O
revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No
caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio
proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma
como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute
necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e
onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila
escareada
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
15
Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa
9 Janelas de inspeccedilatildeo
As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa
verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de
corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis
elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis
geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
16
fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa
esquerda
Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo
Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
17
10 Pontos de amarraccedilatildeo
Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como
uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo
As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de
aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de
material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo
sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade
Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
18
11 Letreiros e marcaccedilotildees
Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada
aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada
asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser
movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica
junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do
aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o
combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em
litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir
Foto 7 ndash Letreiro do aileron
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
19
Foto 8 ndash Letreiro do flape
Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
20
12 Drenos
Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual
localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos
dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio
esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a
aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda
sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel
Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
21
13 Partes fixas e moveis das asas
A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor
atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas
partes moveis que estatildeo descritas abaixo
- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave
Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo
nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo
longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma
inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies
de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura
abaixo ilustra como funcionam os ailerons
Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
22
Foto 11 ndash Aileron da asa direita
- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que
muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da
velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade
especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico
do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento
que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais
utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a
curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a
sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque
aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos
dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos
- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
23
- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia
- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia
- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia
Figura 4 - Tipos de flapes
Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape
plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem
eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em
baixas velocidades
14 Comandos de voo
A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de
comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A
seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
24
141 Comandos do aileron
Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando
eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as
correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron
hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos
Figura 5 ndash Comando do aileron
A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do
aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel
entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes
do sistema
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
25
142 Flapes
Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os
bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como
o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas
dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape
possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele
atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm
Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
26
15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes
A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas
e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo
o bem 711 T ndash ST Corisco II
151 Remoccedilatildeo da ponta da asa
Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa
tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a
ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser
desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode
ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de
posiccedilatildeo
Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar
isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja
necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave
152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa
Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal
modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve
ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos
cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor
positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
27
haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom
contato
Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em
torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a
ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem
153 Reparos estruturais
Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com
os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano
Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um
material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser
tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser
mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais
As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser
feito o reparo nesse material
154 Reparos em termoplaacutestico
A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um
reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser
removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta
assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e
termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em
termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
28
fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de
aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em
movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover
as partiacuteculas de sujeira
A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento
No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave
155 Remoccedilatildeo da asa
Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A
vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute
removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem
precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da
ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas
dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento
lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser
retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos
Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos
esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de
remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da
roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo
passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de
torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal
existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
29
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha
da ligaccedilatildeo asafuselagem
Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees
hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos
identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos
cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de
combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se
colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees
As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas
principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas
Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
30
Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo
A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da
asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas
AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e
uma arruela 96352-3
Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for
necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo
desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver
removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo
hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de
ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o
tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine
a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
31
providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar
os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A
longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para
finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os
condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados
156 Instalaccedilatildeo da asa
No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no
ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a
0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a
instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada
sobre o suporte
A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a
alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas
tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa
ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua
posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da
aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica
a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero
da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de
manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
32
Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem
A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e
porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser
aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga
O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina
dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela
sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias
para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do
parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual
de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas
entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
33
de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto
arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem
Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito
porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se
que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O
torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao
identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina
traseira
Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o
suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do
suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o
macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para
instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que
suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco
Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
34
No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de
Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto
na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem
Foto 14 ndash Tomada estaacutetica
Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver
instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na
fuselagem
Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na
conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida
devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e
instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da
fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
35
proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da
tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da
longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem
Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser
conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da
longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo
atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo
existente nesse conjunto
Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape
eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso
e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos
ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do
sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no
sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado
quanto a vazamento de fluido
Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e
abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do
manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O
funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser
verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do
painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas
dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram
removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os
paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute
concluiacuteda
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
36
16 Superfiacutecie de voo
161 Remoccedilatildeo do aileron
Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do
ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal
com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas
Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no
bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna
e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste
da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11
mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo
Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
37
162 Instalaccedilatildeo do aileron
Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na
abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente
para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser
colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso
verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a
fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas
Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
38
Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron
A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a
porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de
batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina
traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo
lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do
suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de
movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
39
Figura 11 ndash Haste de comando do aileron
163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron
Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes
verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron
deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento
suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron
Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover
o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
40
total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite
prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva
Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para
entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)
164 Balanceamento do aileron
O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da
superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de
corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A
ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a
ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como
mostra a figura 13
Figura 12 ndash Balanceamento de aileron
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
41
Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes
da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique
dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados
Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito
improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo
lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar
peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga
pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se
o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio
remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado
demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o
reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento
novamente
165 Remoccedilatildeo do flape
Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do
terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda
tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo
que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e
para fora da asa
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
42
166 Instalaccedilatildeo do flape
O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas
arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo
maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e
apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape
Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape
O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta
funcionando livremente
17 Carga alar
Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave
dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
43
sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial
capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a
carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve
sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso
que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma
afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil
aerodinacircmico
De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar
possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode
comprometer velocidade final e a reciacuteproca
18 Diedro
O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores
possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e
o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o
efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de
diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o
extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
44
Foto 16 ndash Diedro positivo
Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo
pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de
asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo
reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral
exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
45
19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade
que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem
sua montagem e alguns possiacuteveis reparos
Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte
ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua
estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute
muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute
fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas
nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de
manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva
A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo
assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo
tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo
De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as
principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas
caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
46
REFERENCIAS
Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999
Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica
Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002
MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992
httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400
Acesso em 25 Out 2008
wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008
wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008
httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008
httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008
httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008
httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008
httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60
0pixjpg Acesso em 28 Out 2008
httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008
httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30
Out 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008
47
httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01
Nov 2008
httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008
httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008
httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso
em 12 Nov2008
httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008