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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Alexander Rossi de Godoy Felipe González Galvão de Oliveira Wesley Fabrício de Lima GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES CURITIBA 2008

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Alexander Rossi de Godoy

Felipe Gonzaacutelez Galvatildeo de Oliveira

Wesley Fabriacutecio de Lima

GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES

MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES

CURITIBA

2008

Alexander Rossi de Godoy

Felipe Gonzaacutelez Galvatildeo de Oliveira

Wesley Fabriacutecio de Lima

GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES

MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES

Monografia apresentada como requisito avaliativo para obtenccedilatildeo do grau de Tecnoacutelogo em Manutenccedilatildeo de Aeronaves da Faculdade de Ciecircncias Aeronaacuteuticas da Universidade Tuiuti do Paranaacute

Orientador Cyro de Moraes Campos Junior

CURITIBA

2008

TERMO DE APROVACcedilAtildeO Alexander Rossi de Godoy

Felipe Gonzaacutelez de Galvatildeo Oliveira Wesley Fabriacutecio de Lima

GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES

MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES

Essa monografia foi julgada e aprovada para a obtenccedilatildeo do titulo de Tecnoacutelogo em Manutenccedilatildeo de

Aeronaves da Universidade Tuiuti do Paranaacute

Curitiba 16 de Dezembro de 2008

Curso Superior de Tecnologia em Manutenccedilatildeo de Aeronaves Universidade Tuiuti do Paranaacute

Orientador Professor Cyro de Moraes Campos Junior UTP - Facaero

Resumo

Analise das asas de aviotildees monomotores e do Embraer 711 T- ST Corisco II suas construccedilotildees e as diversas partes que as compotildeem Apresenta criteacuterios sobre aerodinacircmica sustentaccedilatildeo e o fenocircmeno do voo Enfoca a importacircncia do cuidado que se deve ter ao se desmontar e ao montar novamente a asa Contempla ainda consideraccedilotildees sobre sua construccedilatildeo e as diversas partes que a compotildeem

Palavras-chave Construccedilatildeo partes praticas de manutenccedilatildeo

Lista de figuras

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa8

Figura 2 - Elementos de um perfil 12

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons 21

Figura 4 ndash Tipos de flapes23

Figura 5 ndash Comando do aileron 24

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem 29

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo30

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem32

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron 36

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 37

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron 39

Figura 12 ndash Balanceamento do aileron40

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape42

Lista de fotos

Foto 1 ndash Nervuras13

Foto 2 ndash Nervuras14

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15

Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17

Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18

Foto 8 ndash Letreiro do flape 19

Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20

Foto 11 ndash Aileron da asa direita22

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38

Foto 16 ndash Diedro positivo 44

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 7

2 A asa do aviatildeo 8

3 Componentes baacutesicos 10

4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10

5 Elementos de um perfil 11

6 Longarinas 12

7 Nervuras 13

8 Revestimento da asa 14

9 Janelas de inspeccedilatildeo 15

10 Pontos de amarraccedilatildeo 17

11 Letreiros e marcaccedilotildees 18

12 Drenos 20

13 Partes fixas e moveis da asa 21

14 Comandos de voo 23

141 Comandos do aileron 24

142 Flapes 25

15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26

153 Reparos estruturais 27

154 Reparos em termoplaacutestico 27

155 Remoccedilatildeo da asa 28

156 Instalaccedilatildeo da asa 31

16 Superfiacutecies de voo 36

161 Remoccedilatildeo do aileron 36

162 Instalaccedilatildeo do aileron 37

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39

164 Balanceamento do aileron 40

165 Remoccedilatildeo do flape 41

166 Instalaccedilatildeo do flape 42

17 Carga alar 42

18 Diedro 43

19 Conclusatildeo 45

7

1 Introduccedilatildeo

Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para

construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do

terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo

desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o

conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar

A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais

conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em

dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais

complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons

trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um

moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de

seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros

de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute

cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos

mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo

principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua

forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e

materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais

essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o

que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo

8

2 A asa do aviatildeo

O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e

vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o

descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de

movimento de fluidos

Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco

O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura

abaixo

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa

As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua

face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de

9

ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior

uma pressatildeo mais baixa

Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de

baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja

suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em

relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso

dado pela heacutelice

A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas

passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores

hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo

as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir

seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio

esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente

resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e

eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso

escamoteaacuteveis

Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em

lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo

de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais

condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que

manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de

degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este

sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos

monomotores natildeo possuem estes sistemas

10

3 Componentes baacutesicos

A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a

qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes

em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem

longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que

servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas

de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas

foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe

A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica

composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o

aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II

4 Construccedilatildeo e elementos da asa

As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma

aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas

removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e

tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em

cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas

principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem

e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da

fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e

trazeiras

11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Acesso em 25 Out 2008

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Page 2: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

Alexander Rossi de Godoy

Felipe Gonzaacutelez Galvatildeo de Oliveira

Wesley Fabriacutecio de Lima

GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES

MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES

Monografia apresentada como requisito avaliativo para obtenccedilatildeo do grau de Tecnoacutelogo em Manutenccedilatildeo de Aeronaves da Faculdade de Ciecircncias Aeronaacuteuticas da Universidade Tuiuti do Paranaacute

Orientador Cyro de Moraes Campos Junior

CURITIBA

2008

TERMO DE APROVACcedilAtildeO Alexander Rossi de Godoy

Felipe Gonzaacutelez de Galvatildeo Oliveira Wesley Fabriacutecio de Lima

GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES

MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES

Essa monografia foi julgada e aprovada para a obtenccedilatildeo do titulo de Tecnoacutelogo em Manutenccedilatildeo de

Aeronaves da Universidade Tuiuti do Paranaacute

Curitiba 16 de Dezembro de 2008

Curso Superior de Tecnologia em Manutenccedilatildeo de Aeronaves Universidade Tuiuti do Paranaacute

Orientador Professor Cyro de Moraes Campos Junior UTP - Facaero

Resumo

Analise das asas de aviotildees monomotores e do Embraer 711 T- ST Corisco II suas construccedilotildees e as diversas partes que as compotildeem Apresenta criteacuterios sobre aerodinacircmica sustentaccedilatildeo e o fenocircmeno do voo Enfoca a importacircncia do cuidado que se deve ter ao se desmontar e ao montar novamente a asa Contempla ainda consideraccedilotildees sobre sua construccedilatildeo e as diversas partes que a compotildeem

Palavras-chave Construccedilatildeo partes praticas de manutenccedilatildeo

Lista de figuras

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa8

Figura 2 - Elementos de um perfil 12

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons 21

Figura 4 ndash Tipos de flapes23

Figura 5 ndash Comando do aileron 24

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem 29

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo30

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem32

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron 36

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 37

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron 39

Figura 12 ndash Balanceamento do aileron40

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape42

Lista de fotos

Foto 1 ndash Nervuras13

Foto 2 ndash Nervuras14

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15

Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17

Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18

Foto 8 ndash Letreiro do flape 19

Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20

Foto 11 ndash Aileron da asa direita22

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38

Foto 16 ndash Diedro positivo 44

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 7

2 A asa do aviatildeo 8

3 Componentes baacutesicos 10

4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10

5 Elementos de um perfil 11

6 Longarinas 12

7 Nervuras 13

8 Revestimento da asa 14

9 Janelas de inspeccedilatildeo 15

10 Pontos de amarraccedilatildeo 17

11 Letreiros e marcaccedilotildees 18

12 Drenos 20

13 Partes fixas e moveis da asa 21

14 Comandos de voo 23

141 Comandos do aileron 24

142 Flapes 25

15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26

153 Reparos estruturais 27

154 Reparos em termoplaacutestico 27

155 Remoccedilatildeo da asa 28

156 Instalaccedilatildeo da asa 31

16 Superfiacutecies de voo 36

161 Remoccedilatildeo do aileron 36

162 Instalaccedilatildeo do aileron 37

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39

164 Balanceamento do aileron 40

165 Remoccedilatildeo do flape 41

166 Instalaccedilatildeo do flape 42

17 Carga alar 42

18 Diedro 43

19 Conclusatildeo 45

7

1 Introduccedilatildeo

Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para

construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do

terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo

desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o

conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar

A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais

conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em

dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais

complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons

trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um

moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de

seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros

de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute

cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos

mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo

principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua

forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e

materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais

essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o

que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo

8

2 A asa do aviatildeo

O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e

vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o

descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de

movimento de fluidos

Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco

O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura

abaixo

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa

As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua

face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de

9

ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior

uma pressatildeo mais baixa

Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de

baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja

suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em

relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso

dado pela heacutelice

A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas

passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores

hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo

as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir

seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio

esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente

resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e

eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso

escamoteaacuteveis

Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em

lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo

de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais

condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que

manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de

degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este

sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos

monomotores natildeo possuem estes sistemas

10

3 Componentes baacutesicos

A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a

qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes

em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem

longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que

servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas

de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas

foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe

A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica

composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o

aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II

4 Construccedilatildeo e elementos da asa

As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma

aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas

removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e

tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em

cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas

principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem

e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da

fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e

trazeiras

11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Out 2008

47

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em 12 Nov2008

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Page 3: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

TERMO DE APROVACcedilAtildeO Alexander Rossi de Godoy

Felipe Gonzaacutelez de Galvatildeo Oliveira Wesley Fabriacutecio de Lima

GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIOtildeES

MONOMOTORES E SEUS COMPONENTES

Essa monografia foi julgada e aprovada para a obtenccedilatildeo do titulo de Tecnoacutelogo em Manutenccedilatildeo de

Aeronaves da Universidade Tuiuti do Paranaacute

Curitiba 16 de Dezembro de 2008

Curso Superior de Tecnologia em Manutenccedilatildeo de Aeronaves Universidade Tuiuti do Paranaacute

Orientador Professor Cyro de Moraes Campos Junior UTP - Facaero

Resumo

Analise das asas de aviotildees monomotores e do Embraer 711 T- ST Corisco II suas construccedilotildees e as diversas partes que as compotildeem Apresenta criteacuterios sobre aerodinacircmica sustentaccedilatildeo e o fenocircmeno do voo Enfoca a importacircncia do cuidado que se deve ter ao se desmontar e ao montar novamente a asa Contempla ainda consideraccedilotildees sobre sua construccedilatildeo e as diversas partes que a compotildeem

Palavras-chave Construccedilatildeo partes praticas de manutenccedilatildeo

Lista de figuras

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa8

Figura 2 - Elementos de um perfil 12

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons 21

Figura 4 ndash Tipos de flapes23

Figura 5 ndash Comando do aileron 24

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem 29

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo30

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem32

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron 36

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 37

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron 39

Figura 12 ndash Balanceamento do aileron40

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape42

Lista de fotos

Foto 1 ndash Nervuras13

Foto 2 ndash Nervuras14

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15

Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17

Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18

Foto 8 ndash Letreiro do flape 19

Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20

Foto 11 ndash Aileron da asa direita22

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38

Foto 16 ndash Diedro positivo 44

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 7

2 A asa do aviatildeo 8

3 Componentes baacutesicos 10

4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10

5 Elementos de um perfil 11

6 Longarinas 12

7 Nervuras 13

8 Revestimento da asa 14

9 Janelas de inspeccedilatildeo 15

10 Pontos de amarraccedilatildeo 17

11 Letreiros e marcaccedilotildees 18

12 Drenos 20

13 Partes fixas e moveis da asa 21

14 Comandos de voo 23

141 Comandos do aileron 24

142 Flapes 25

15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26

153 Reparos estruturais 27

154 Reparos em termoplaacutestico 27

155 Remoccedilatildeo da asa 28

156 Instalaccedilatildeo da asa 31

16 Superfiacutecies de voo 36

161 Remoccedilatildeo do aileron 36

162 Instalaccedilatildeo do aileron 37

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39

164 Balanceamento do aileron 40

165 Remoccedilatildeo do flape 41

166 Instalaccedilatildeo do flape 42

17 Carga alar 42

18 Diedro 43

19 Conclusatildeo 45

7

1 Introduccedilatildeo

Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para

construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do

terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo

desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o

conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar

A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais

conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em

dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais

complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons

trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um

moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de

seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros

de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute

cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos

mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo

principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua

forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e

materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais

essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o

que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo

8

2 A asa do aviatildeo

O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e

vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o

descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de

movimento de fluidos

Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco

O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura

abaixo

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa

As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua

face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de

9

ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior

uma pressatildeo mais baixa

Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de

baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja

suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em

relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso

dado pela heacutelice

A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas

passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores

hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo

as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir

seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio

esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente

resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e

eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso

escamoteaacuteveis

Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em

lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo

de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais

condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que

manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de

degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este

sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos

monomotores natildeo possuem estes sistemas

10

3 Componentes baacutesicos

A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a

qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes

em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem

longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que

servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas

de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas

foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe

A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica

composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o

aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II

4 Construccedilatildeo e elementos da asa

As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma

aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas

removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e

tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em

cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas

principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem

e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da

fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e

trazeiras

11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

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Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Page 4: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

Resumo

Analise das asas de aviotildees monomotores e do Embraer 711 T- ST Corisco II suas construccedilotildees e as diversas partes que as compotildeem Apresenta criteacuterios sobre aerodinacircmica sustentaccedilatildeo e o fenocircmeno do voo Enfoca a importacircncia do cuidado que se deve ter ao se desmontar e ao montar novamente a asa Contempla ainda consideraccedilotildees sobre sua construccedilatildeo e as diversas partes que a compotildeem

Palavras-chave Construccedilatildeo partes praticas de manutenccedilatildeo

Lista de figuras

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa8

Figura 2 - Elementos de um perfil 12

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons 21

Figura 4 ndash Tipos de flapes23

Figura 5 ndash Comando do aileron 24

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem 29

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo30

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem32

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron 36

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 37

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron 39

Figura 12 ndash Balanceamento do aileron40

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape42

Lista de fotos

Foto 1 ndash Nervuras13

Foto 2 ndash Nervuras14

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15

Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17

Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18

Foto 8 ndash Letreiro do flape 19

Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20

Foto 11 ndash Aileron da asa direita22

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38

Foto 16 ndash Diedro positivo 44

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 7

2 A asa do aviatildeo 8

3 Componentes baacutesicos 10

4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10

5 Elementos de um perfil 11

6 Longarinas 12

7 Nervuras 13

8 Revestimento da asa 14

9 Janelas de inspeccedilatildeo 15

10 Pontos de amarraccedilatildeo 17

11 Letreiros e marcaccedilotildees 18

12 Drenos 20

13 Partes fixas e moveis da asa 21

14 Comandos de voo 23

141 Comandos do aileron 24

142 Flapes 25

15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26

153 Reparos estruturais 27

154 Reparos em termoplaacutestico 27

155 Remoccedilatildeo da asa 28

156 Instalaccedilatildeo da asa 31

16 Superfiacutecies de voo 36

161 Remoccedilatildeo do aileron 36

162 Instalaccedilatildeo do aileron 37

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39

164 Balanceamento do aileron 40

165 Remoccedilatildeo do flape 41

166 Instalaccedilatildeo do flape 42

17 Carga alar 42

18 Diedro 43

19 Conclusatildeo 45

7

1 Introduccedilatildeo

Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para

construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do

terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo

desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o

conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar

A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais

conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em

dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais

complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons

trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um

moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de

seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros

de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute

cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos

mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo

principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua

forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e

materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais

essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o

que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo

8

2 A asa do aviatildeo

O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e

vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o

descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de

movimento de fluidos

Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco

O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura

abaixo

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa

As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua

face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de

9

ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior

uma pressatildeo mais baixa

Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de

baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja

suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em

relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso

dado pela heacutelice

A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas

passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores

hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo

as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir

seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio

esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente

resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e

eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso

escamoteaacuteveis

Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em

lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo

de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais

condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que

manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de

degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este

sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos

monomotores natildeo possuem estes sistemas

10

3 Componentes baacutesicos

A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a

qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes

em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem

longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que

servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas

de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas

foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe

A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica

composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o

aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II

4 Construccedilatildeo e elementos da asa

As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma

aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas

removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e

tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em

cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas

principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem

e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da

fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e

trazeiras

11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

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proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

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47

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Page 5: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

Lista de figuras

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa8

Figura 2 - Elementos de um perfil 12

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons 21

Figura 4 ndash Tipos de flapes23

Figura 5 ndash Comando do aileron 24

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem 29

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo30

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem32

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron 36

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 37

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron 39

Figura 12 ndash Balanceamento do aileron40

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape42

Lista de fotos

Foto 1 ndash Nervuras13

Foto 2 ndash Nervuras14

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15

Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17

Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18

Foto 8 ndash Letreiro do flape 19

Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20

Foto 11 ndash Aileron da asa direita22

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38

Foto 16 ndash Diedro positivo 44

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 7

2 A asa do aviatildeo 8

3 Componentes baacutesicos 10

4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10

5 Elementos de um perfil 11

6 Longarinas 12

7 Nervuras 13

8 Revestimento da asa 14

9 Janelas de inspeccedilatildeo 15

10 Pontos de amarraccedilatildeo 17

11 Letreiros e marcaccedilotildees 18

12 Drenos 20

13 Partes fixas e moveis da asa 21

14 Comandos de voo 23

141 Comandos do aileron 24

142 Flapes 25

15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26

153 Reparos estruturais 27

154 Reparos em termoplaacutestico 27

155 Remoccedilatildeo da asa 28

156 Instalaccedilatildeo da asa 31

16 Superfiacutecies de voo 36

161 Remoccedilatildeo do aileron 36

162 Instalaccedilatildeo do aileron 37

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39

164 Balanceamento do aileron 40

165 Remoccedilatildeo do flape 41

166 Instalaccedilatildeo do flape 42

17 Carga alar 42

18 Diedro 43

19 Conclusatildeo 45

7

1 Introduccedilatildeo

Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para

construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do

terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo

desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o

conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar

A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais

conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em

dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais

complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons

trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um

moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de

seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros

de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute

cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos

mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo

principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua

forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e

materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais

essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o

que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo

8

2 A asa do aviatildeo

O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e

vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o

descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de

movimento de fluidos

Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco

O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura

abaixo

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa

As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua

face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de

9

ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior

uma pressatildeo mais baixa

Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de

baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja

suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em

relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso

dado pela heacutelice

A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas

passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores

hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo

as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir

seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio

esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente

resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e

eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso

escamoteaacuteveis

Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em

lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo

de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais

condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que

manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de

degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este

sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos

monomotores natildeo possuem estes sistemas

10

3 Componentes baacutesicos

A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a

qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes

em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem

longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que

servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas

de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas

foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe

A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica

composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o

aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II

4 Construccedilatildeo e elementos da asa

As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma

aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas

removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e

tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em

cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas

principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem

e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da

fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e

trazeiras

11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

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Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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47

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httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

Page 6: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

Lista de fotos

Foto 1 ndash Nervuras13

Foto 2 ndash Nervuras14

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa 15

Foto 4 e 5 ndash Janelas de inspeccedilatildeo16

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo17

Foto 7 ndash Letreiro do aileron 18

Foto 8 ndash Letreiro do flape 19

Foto 9 ndash Letreiro do tanque do combustiacutevel 19

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel 20

Foto 11 ndash Aileron da asa direita22

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra25

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco33

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica34

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron 38

Foto 16 ndash Diedro positivo 44

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 7

2 A asa do aviatildeo 8

3 Componentes baacutesicos 10

4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10

5 Elementos de um perfil 11

6 Longarinas 12

7 Nervuras 13

8 Revestimento da asa 14

9 Janelas de inspeccedilatildeo 15

10 Pontos de amarraccedilatildeo 17

11 Letreiros e marcaccedilotildees 18

12 Drenos 20

13 Partes fixas e moveis da asa 21

14 Comandos de voo 23

141 Comandos do aileron 24

142 Flapes 25

15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26

153 Reparos estruturais 27

154 Reparos em termoplaacutestico 27

155 Remoccedilatildeo da asa 28

156 Instalaccedilatildeo da asa 31

16 Superfiacutecies de voo 36

161 Remoccedilatildeo do aileron 36

162 Instalaccedilatildeo do aileron 37

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39

164 Balanceamento do aileron 40

165 Remoccedilatildeo do flape 41

166 Instalaccedilatildeo do flape 42

17 Carga alar 42

18 Diedro 43

19 Conclusatildeo 45

7

1 Introduccedilatildeo

Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para

construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do

terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo

desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o

conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar

A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais

conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em

dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais

complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons

trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um

moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de

seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros

de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute

cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos

mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo

principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua

forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e

materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais

essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o

que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo

8

2 A asa do aviatildeo

O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e

vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o

descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de

movimento de fluidos

Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco

O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura

abaixo

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa

As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua

face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de

9

ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior

uma pressatildeo mais baixa

Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de

baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja

suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em

relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso

dado pela heacutelice

A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas

passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores

hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo

as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir

seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio

esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente

resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e

eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso

escamoteaacuteveis

Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em

lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo

de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais

condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que

manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de

degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este

sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos

monomotores natildeo possuem estes sistemas

10

3 Componentes baacutesicos

A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a

qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes

em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem

longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que

servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas

de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas

foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe

A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica

composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o

aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II

4 Construccedilatildeo e elementos da asa

As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma

aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas

removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e

tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em

cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas

principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem

e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da

fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e

trazeiras

11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

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Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

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142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

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fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

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tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

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Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Page 7: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 7

2 A asa do aviatildeo 8

3 Componentes baacutesicos 10

4 Construccedilatildeo e elementos da asa 10

5 Elementos de um perfil 11

6 Longarinas 12

7 Nervuras 13

8 Revestimento da asa 14

9 Janelas de inspeccedilatildeo 15

10 Pontos de amarraccedilatildeo 17

11 Letreiros e marcaccedilotildees 18

12 Drenos 20

13 Partes fixas e moveis da asa 21

14 Comandos de voo 23

141 Comandos do aileron 24

142 Flapes 25

15 Remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas e seus componentes 26

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa 26

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa 26

153 Reparos estruturais 27

154 Reparos em termoplaacutestico 27

155 Remoccedilatildeo da asa 28

156 Instalaccedilatildeo da asa 31

16 Superfiacutecies de voo 36

161 Remoccedilatildeo do aileron 36

162 Instalaccedilatildeo do aileron 37

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron 39

164 Balanceamento do aileron 40

165 Remoccedilatildeo do flape 41

166 Instalaccedilatildeo do flape 42

17 Carga alar 42

18 Diedro 43

19 Conclusatildeo 45

7

1 Introduccedilatildeo

Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para

construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do

terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo

desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o

conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar

A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais

conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em

dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais

complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons

trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um

moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de

seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros

de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute

cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos

mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo

principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua

forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e

materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais

essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o

que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo

8

2 A asa do aviatildeo

O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e

vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o

descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de

movimento de fluidos

Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco

O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura

abaixo

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa

As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua

face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de

9

ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior

uma pressatildeo mais baixa

Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de

baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja

suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em

relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso

dado pela heacutelice

A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas

passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores

hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo

as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir

seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio

esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente

resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e

eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso

escamoteaacuteveis

Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em

lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo

de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais

condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que

manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de

degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este

sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos

monomotores natildeo possuem estes sistemas

10

3 Componentes baacutesicos

A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a

qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes

em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem

longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que

servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas

de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas

foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe

A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica

composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o

aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II

4 Construccedilatildeo e elementos da asa

As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma

aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas

removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e

tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em

cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas

principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem

e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da

fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e

trazeiras

11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

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Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

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7

1 Introduccedilatildeo

Cera e penas foi tudo o que o mitoloacutegico arquiteto grego Deacutedalo precisou para

construir os pares de asas que o libertaram juntamente com seu filho Iacutecaro do

terriacutevel labirinto de Creta Aprisionado na proacutepria criaccedilatildeo o engenhoso Deacutedalo

desafiou os deuses com seu voo e acabou punido imprudente Iacutecaro natildeo ouviu o

conselho paterno voou alto e teve as asas derretidas pelo sol afogando-se no mar

A lenda de final infeliz como o de tantos mitos da Greacutecia antiga eacute a mais

conhecida metaacutefora do imemorial sonho humano de construir asas e voar Hoje em

dia os materiais que permitem ao homem alccedilar-se aos ares satildeo um tanto mais

complexos do que cera e penas mas o desafio nem por isso eacute menor Com bons

trinta metros de comprimento e cerca de vinte e quatro toneladas as asas de um

moderno Boeing 747 suportam cargas de quase meia tonelada para cada um de

seus 511 metros quadrados de aacuterea Carregam no interior quase duzentos mil litros

de combustiacutevel e quilocircmetros de tubos e fios aleacutem de sustentar os motores de ateacute

cinco toneladas Sem duacutevida uma proeza da Engenharia aeronaacuteutica agrave altura dos

mais estratosfeacutericos deliacuterios do velho Deacutedalo Este trabalho tem como objetivo

principal mostrar de forma baacutesica e generalizada a asa de aviotildees monomotores sua

forma de construccedilatildeo e as partes que a compotildeem O estudo sobre aerodinacircmica e

materiais e tem sido ao longo dos anos fundamental para aperfeiccediloar cada vez mais

essa peccedila fundamental a realizaccedilatildeo do voo De forma simplificada seraacute mostrado o

que eacute como funciona uma asa e como acontece fenocircmeno do voo

8

2 A asa do aviatildeo

O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e

vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o

descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de

movimento de fluidos

Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco

O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura

abaixo

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa

As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua

face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de

9

ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior

uma pressatildeo mais baixa

Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de

baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja

suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em

relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso

dado pela heacutelice

A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas

passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores

hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo

as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir

seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio

esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente

resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e

eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso

escamoteaacuteveis

Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em

lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo

de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais

condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que

manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de

degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este

sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos

monomotores natildeo possuem estes sistemas

10

3 Componentes baacutesicos

A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a

qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes

em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem

longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que

servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas

de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas

foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe

A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica

composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o

aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II

4 Construccedilatildeo e elementos da asa

As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma

aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas

removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e

tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em

cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas

principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem

e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da

fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e

trazeiras

11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Page 9: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

8

2 A asa do aviatildeo

O enunciado onde a velocidade de um fluido eacute menor a pressatildeo eacute mais alta e

vice-versa eacute conhecido como principio de Bernoulli fiacutesico suiacuteccedilo (1700-1782) que o

descobriu O principio eacute de caraacuteter geral e se aplica a todas as espeacutecies de

movimento de fluidos

Consideramos uma corrente de ar em torno da asa de um aviatildeo em vocirco

O perfil da asa e as linhas de ar circulando ao redor dela satildeo mostrados na figura

abaixo

Figura 1 ndash linhas de ar ao redor da asa

As asas tecircm uma forma tal que a distancia total percorrida pelo ar em sua

face superior eacute maior que a inferior ela eacute abaulada Assim a velocidade do fluxo de

9

ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior

uma pressatildeo mais baixa

Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de

baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja

suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em

relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso

dado pela heacutelice

A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas

passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores

hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo

as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir

seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio

esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente

resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e

eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso

escamoteaacuteveis

Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em

lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo

de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais

condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que

manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de

degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este

sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos

monomotores natildeo possuem estes sistemas

10

3 Componentes baacutesicos

A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a

qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes

em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem

longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que

servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas

de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas

foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe

A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica

composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o

aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II

4 Construccedilatildeo e elementos da asa

As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma

aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas

removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e

tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em

cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas

principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem

e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da

fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e

trazeiras

11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

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Page 10: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

9

ar na parte de cima da asa eacute maior que na parte de baixo o que da a parte superior

uma pressatildeo mais baixa

Essa diferenccedila de pressatildeo exercida sobre a face inferior resulta numa forccedila de

baixo para cima que sustenta o aviatildeo no ar Para que essa forccedila para cima seja

suficientemente intensa para compensar o peso do aviatildeo a velocidade dele em

relaccedilatildeo ao ar deve ser relativamente grande o que se consegue atraveacutes do impulso

dado pela heacutelice

A flexibilidade das asas e a resistecircncia dos materiais de que satildeo construiacutedas

passam alias por severos testes na induacutestria aeronaacuteutica Compressores

hidraacuteulicos submetem o equipamento ao que os teacutecnicos chamam ciclos de torccedilatildeo

as asas satildeo dobradas sucessivamente para cima e para baixo a fim de descobrir

seu eventual ponto de ruptura No interior do revestimento de placas de alumiacutenio

esconde-se uma espeacutecie de costela formada pelas longarinas e nervuras altamente

resistentes que abrigam as bombas de combustiacutevel os controles hidraacuteulicos e

eleacutetricos o proacuteprio combustiacutevel que ocupa os tanques e os trens de pouso

escamoteaacuteveis

Satildeo muitos os sistemas escondidos nas asas se for necessaacuterio voar em

lugares muito frios as asas vatildeo precisar de equipamentos que impeccedilam a formaccedilatildeo

de gelo sobre elas Nesse caso a parte da frente das asas eacute feita de materiais

condutores ligados a filamentos eleacutetricos que funcionam como uma resistecircncia que

manteacutem a superfiacutecie constantemente aquecida ou por um sistema pneumaacutetico de

degelo com borrachas que inflam com ar sangrado do compressor do motor este

sistema eacute mais conhecido por polainas porem a maioria dos pequenos

monomotores natildeo possuem estes sistemas

10

3 Componentes baacutesicos

A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a

qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes

em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem

longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que

servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas

de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas

foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe

A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica

composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o

aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II

4 Construccedilatildeo e elementos da asa

As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma

aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas

removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e

tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em

cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas

principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem

e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da

fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e

trazeiras

11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

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Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

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10

3 Componentes baacutesicos

A asa do pequeno Corisco possui algumas caracteriacutesticas em comum a

qualquer outro aviatildeo Em todas as asas de aviotildees iremos encontrar algumas partes

em comum ou seja ailerons flapes quanto a sua construccedilatildeo todas possuem

longarinas e nervuras algumas aeronaves possuem montantes nas asas que

servem para suportar o efeito de compressatildeo o que natildeo eacute o caso do Corisco mas

de modo geral independente da aeronave ou do tamanho e formato das asas todas

foram projetadas com um objetivo em comum fazer com que o aviatildeo voe

A seguir seraacute mostrado de forma resumida a composiccedilatildeo da asa metaacutelica

composta por longarinas nervuras revestimento e reforccediladores Como exemplo o

aviatildeo utilizado seraacute o emb-711 T - ST Corisco II

4 Construccedilatildeo e elementos da asa

As asas do Corisco II satildeo de construccedilatildeo inteiramente metaacutelica eacute uma

aeronave de asa baixa de estrutura semi-monocoque cantilever com pontas

removiacuteveis e paineacuteis de acesso O aileron o flape o trem de pouso principal e

tanque de combustiacutevel estatildeo fixados a cada uma das asas As asas satildeo fixadas em

cada lado da fuselagem pela inserccedilatildeo das extremidades reforccediladas das longarinas

principais na longarina- caixatildeo A longarina-caixatildeo eacute parte da estrutura de fuselagem

e atua como uma longarina principal continua com fixaccedilotildees em cada lado da

fuselagem Haacute tambeacutem fixaccedilotildees anteriores e posteriores nas longarinas dianteiras e

trazeiras

11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

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Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

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11

Os principais subconjuntos das asas podem ser removidos individualmente ou

a asa pode ser removida como uma unidade Para remover a asa eacute necessaacuterio

utilizar um suporte para a fuselagem do aviatildeo e outro para a asa

5 Elementos de um perfil

Os principais elementos que compotildeem um perfil satildeo os seguintes

- bordo de ataque eacute a extremidade dianteira do perfil

- bordo de fuga a extremidade traseira do perfil

- extradorso eacute a superfiacutecie superior do perfil

- intradorso a superfiacutecie inferior do perfil

- corda eacute a linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga

- linha de curvatura media ou linha media eacute a linha que eacute equumlidistante do extradorso

e do intradorso

- acircngulo de incidecircncia eacute o acircngulo formado entre a corda e o eixo longitudinal do

aviatildeo

Uma asa simeacutetrica consegue menor sustentaccedilatildeo que uma assimeacutetrica aleacutem

de ter uma maior tendecircncia de entrar em perda

12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

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Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

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12

Figura 2 - Elementos de um perfil

6 Longarinas

A longarina eacute a peccedila principal e fundamental utilizada na montagem da asa de

uma aeronave geralmente com elevada resistecircncia estrutural e fundida com ligas

metaacutelicas ou seja uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais

tipos diferentes de metais selecionados com cuidado e criteacuterio por oferecerem

propriedades de se adaptar aos frequumlentes esforccedilos de flexatildeo a que satildeo submetidos

durante o voo da aeronave e nos pousos e decolagens

A longarina eacute a mais importante viga ou barra metaacutelica integrante da asa de

uma aeronave responsaacutevel por transmitir a fuselagem praticamente toda a forccedila de

sustentaccedilatildeo gerada aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa A

longarina auxiliar do trem de pouso uma vez que eacute submetida ao impacto da

aterrissagem eacute de construccedilatildeo um pouco mais resistente e com reforccedilo similar ao

das longarinas principais

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Page 14: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

13

Mesmo com o uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em

aeronaves mais modernas como o epoacutexi ou fibra de carbono a longarina de liga

metaacutelica continua sendo indispensaacutevel dentro da aviaccedilatildeo de asa fixa de modo geral

embora a quantidade de longarinas nas asas de aviotildees modernos esta sendo

diminuiacuteda conforme o avanccedilo da tecnologia de ligas metaacutelicas mais resistentes

Em relaccedilatildeo agrave asa a longarina esta disposta longitudinalmente da sua raiz ate

a ponta suportando todo o peso dos tanques de combustiacutevel e demais integrantes

da asa da aeronave

7 Nervuras

As nervuras satildeo estruturas que determinam o perfil da asa eacute uma peccedila

curvada destinada a dar forma ao perfil e manter o afastamento correto das

longarinas recebe os esforccedilos da reaccedilatildeo do ar e os transmitem as longarinas Haacute

tambeacutem as falsas nervuras que satildeo segmentos de nervura que possuem somente o

bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno agrave curvatura

As figuras abaixo ilustram o que eacute uma nervura

Foto 1 - Nervuras

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

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Page 15: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

14

Foto 2 ndash Nervuras

Os furos das nervuras servem para reduccedilatildeo de peso dessa peccedila satildeo

cortados e tem as bordas dobradas de tal forma que natildeo perdem a resistecircncia

estrutural A estrutura da asa fica forte leve e resistente

8 Revestimento da asa

Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressatildeo aerodinacircmica O

revestimento das asas eacute feito com chapas de alumiacutenio rebitadas na estrutura No

caso do emb-711 T - ST o revestimento da asa eacute composto por chapas de alumiacutenio

proporcionando maior resistecircncia estrutural Na foto 3 eacute possiacutevel observar a forma

como as chapas de alumiacutenio satildeo fixadas eacute possiacutevel notar tambeacutem que onde eacute

necessaacuterio maior resistecircncia estrutural eacute usado um rebite de cabeccedila abaulada e

onde natildeo eacute necessaacuteria uma grande resistecircncia eacute utilizado um rebite de cabeccedila

escareada

15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

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Nov 2008

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em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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15

Foto 3 ndash Fixaccedilatildeo do revestimento da asa

9 Janelas de inspeccedilatildeo

As janelas de inspeccedilatildeo das asas servem para inspecionar o interior da asa

verificar os cabos ou hastes de comando a parte de fiaccedilatildeo eleacutetrica tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas e demais sistemas Servem tambeacutem para verificar a existecircncia de

corrosatildeo no interior da asa As janelas de inspeccedilatildeo datildeo acesso a partes particulares

de uma aeronave durante sua inspeccedilatildeo ou manutenccedilatildeo Satildeo totalmente removiacuteveis

elas satildeo mantidas fechadas atraveacutes de parafusos As janelas de acesso removiacuteveis

geralmente possuem um numero que tambeacutem eacute pintado no compartimento que ela

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

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em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

Page 17: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

16

fecha As fotos a seguir mostram a janela de inspeccedilatildeo no intradorso da asa

esquerda

Foto 4 ndash Janela de inspeccedilatildeo

Foto 5 ndash Janela de inspeccedilatildeo

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

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Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Page 18: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

17

10 Pontos de amarraccedilatildeo

Cada asa possui um ponto de amarraccedilatildeo na parte inferior da asa que eacute como

uma argola fixada na estrutura da asa a figura 8 mostra este ponto de amarraccedilatildeo

As cordas devem ser presas nas argolas de amarraccedilatildeo em acircngulos de

aproximadamente 45ordm (quarenta e cinco graus) em relaccedilatildeo ao solo Cordas de

material natildeo sinteacutetico devem ficar suficientemente frouxas para evitar que o aviatildeo

sofra danos caso as cordas se contraiam devido agrave umidade

Foto 6 ndash Ponto de amarraccedilatildeo

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

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Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

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Page 19: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

18

11 Letreiros e marcaccedilotildees

Na asa do aviatildeo existem cinco marcaccedilotildees de advertecircncia uma em cada

aileron uma no flape direito e uma proacutexima a cada bocal de abastecimento de cada

asa Nos ailerons a advertecircncia eacute para natildeo empurrar a superfiacutecie natildeo deve ser

movimentada com a matildeo no flape a advertecircncia eacute para natildeo pisar pois o flape fica

junto agrave aacuterea da asa onde as pessoas iratildeo pisar para embarcar e desembarcar do

aviatildeo proacuteximo aos bocais de abastecimento haacute uma etiqueta indicando o

combustiacutevel que deve ser utilizado a quantidade que cada tanque comporta em

litros e em galotildees americanos como mostram as fotos a seguir

Foto 7 ndash Letreiro do aileron

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

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Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

Page 20: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

19

Foto 8 ndash Letreiro do flape

Foto 9 ndash Letreiro do tanque de combustiacutevel

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

Page 21: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

20

12 Drenos

Cada tanque de combustiacutevel eacute equipado com um dreno raacutepido individual

localizado no canto traseiro inferior interno do tanque combustiacutevel satildeo pequenos

dispositivos como eacute mostrado na foto 10 eles satildeo utilizados quando eacute necessaacuterio

esvaziar os tanques de combustiacutevel e diariamente antes de cada voo para retirar a

aacutegua que com o decorrer do tempo pode se acumular dentro dos tanques ou ainda

sedimentos que se acumulam no tanque de combustiacutevel

Foto 10 ndash Dreno do tanque de combustiacutevel

21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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47

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Nov 2008

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21

13 Partes fixas e moveis das asas

A maioria dos aviotildees eacute do tipo monoplano com uma asa e um profundor

atuando na sustentaccedilatildeo e manobrabilidade Na asa tambeacutem encontramos algumas

partes moveis que estatildeo descritas abaixo

- Ailerons os ailerons estatildeo localizados proacuteximos as pontas das asas da aeronave

Atuam sempre ao mesmo tempo mas em direccedilatildeo inversa alternando a sustentaccedilatildeo

nas pontas da asa para que assim o aviatildeo possa rolar em torno do seu eixo

longitudinal Quando o aileron esquerdo sobe o direito desce e o aviatildeo faz uma

inclinaccedilatildeo para a esquerda Natildeo eacute permitido fazer janelas de acesso nas superfiacutecies

de controle pois pode afetar o desempenho aerodinacircmico da superfiacutecie A figura

abaixo ilustra como funcionam os ailerons

Figura 3 ndash Funcionamento dos ailerons

22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

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47

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Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

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httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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22

Foto 11 ndash Aileron da asa direita

- Flape O flape como jaacute foi mencionado eacute um dispositivo hipersustentador que

muda o perfil da asa do aviatildeo ajudando na sustentabilidade e no controle da

velocidade da aeronave no ar ambas em operaccedilatildeo de baixa velocidade

especialmente importantes nas operaccedilotildees de pouso e decolagem O acircngulo criacutetico

do aerofoacutelio diminui um pouco pois o flape produz uma perturbaccedilatildeo no escoamento

que influencia o fluxo de ar no extradorso da asa Atualmente os flapes mais

utilizados em grandes aeronaves satildeo do tipo Fowler que alem de aumentar a

curvatura das asas aumenta tambeacutem a aacuterea desta aumentando assim a

sustentaccedilatildeo Os flapes tambeacutem funcionam como freio aerodinacircmico porque

aumentam o arrasto do aerofoacutelio Eacute acionado por uma alavanca entre aos acentos

dianteiros Com relaccedilatildeo agrave figura 5 temos

- Plain flap ou flape plano de simples construccedilatildeo melhora a eficiecircncia

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008

httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

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httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

Page 24: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/GENERALIDADES-SOBR… · GENERALIDADES SOBRE ASAS DE AVIÕES ... Essa monografia foi julgada

23

- Flape Split de simples construccedilatildeo e pouca eficiecircncia

- Flape Fowler difiacutecil construccedilatildeo e grande eficiecircncia

- Flape Slotted de difiacutecil construccedilatildeo e boa eficiecircncia

Figura 4 - Tipos de flapes

Nas aeronaves de pequeno porte o tipo de flape mais utilizado eacute do tipo flape

plano pela razatildeo destas serem aeronaves leves o flape plano vem a ser bem

eficiente como jaacute foi dito eacute de simples construccedilatildeo e melhora a eficiecircncia do voo em

baixas velocidades

14 Comandos de voo

A aeronave eacute comandada em voo pelo uso de superfiacutecies convencionais de

comando primaacuterio consistindo dos ailerons estabiprofundor e leme de direccedilatildeo A

seguir segue o funcionamento dos ailerons e flapes

24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

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No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008

httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

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0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

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httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

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httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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24

141 Comandos do aileron

Os ailerons satildeo comandados atraveacutes do manche o conjunto para o comando

eacute constituiacutedo basicamente de manche rodas dentadas onde satildeo colocadas as

correntes do comando do aileron suporte de roldanas roldanas guinhol do aileron

hastes de comando cabos de comando e esticadores para os cabos

Figura 5 ndash Comando do aileron

A figura 5 mostra de forma esquematizada como eacute a montado o comando do

aileron desde o manche ate a haste de comando do aileron tambeacutem eacute possiacutevel

entender a funccedilatildeo de cada roldana e das rodas dentadas que satildeo partes integrantes

do sistema

25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008

httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

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47

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httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

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httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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25

142 Flapes

Em alguns casos os flapes satildeo acionados atraveacutes de uma alavanca entre os

bancos dianteiros esta alavanca possui um botatildeo de destravamento do flape Como

o aileron o conjunto do comando do flape possui cabos de comando roldanas rodas

dentadas hastes de comando e demais peccedilas que formam o conjunto O flape

possui trecircs niacuteveis de deflexatildeo 10ordm 25ordm e 40ordm que eacute a deflexatildeo maacutexima por ele

atingida A figura abaixo mostra o flape em posiccedilatildeo neutra agrave 0ordm

Foto 12 ndash Flape em posiccedilatildeo neutra

26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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26

15 Remoccedilatildeo e Instalaccedilatildeo das asas e seus componentes

A seguir seraacute mostrado como deve ser feita a remoccedilatildeo e instalaccedilatildeo das asas

e seus componentes para ilustrar estes procedimentos seraacute utilizado como exemplo

o bem 711 T ndash ST Corisco II

151 Remoccedilatildeo da ponta da asa

Em primeiro lugar devem ser retirados os parafusos que fixam agrave ponta a asa

tendo o cuidado de natildeo danificar a asa ou a ponta Por segundo deve ser afastado a

ponta o suficiente para desligar os fios da luz de posiccedilatildeo O cabo-massa pode ser

desconectado no ponto de ligaccedilatildeo na nervura da massa e o condutor positivo pode

ser desconectado no terminal de ligaccedilatildeo ou desparafusado do conjunto da luz de

posiccedilatildeo

Por terceiro a ponta da asa deve ser inspecionada e verificada deve estar

isenta de rachaduras mossas graves e outros danos menores Caso haja

necessidade de reparo deve ser consultado o manual de serviccedilos da aeronave

152 Instalaccedilatildeo da ponta da asa

Para instalar a ponta da asa primeiro deve-se posicionar a ponta da asa de tal

modo que o s fios da luz de posiccedilatildeo possam ser conectados O cabo-massa deve

ser conectado a nervura da asa com porca ou parafuso e ligando os terminais dos

cabos ou aparafusando os conectores juntos deve-se conectar tambeacutem o condutor

positivo a luz de posiccedilatildeo Isolar os terminais do s cabos e assegurar-se de que natildeo

27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

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0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

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httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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27

haacute sujeira na peliacutecula no cabo massa pois a sujeira pode prejudicar para um bom

contato

Por fim colaca-se a ponta da asa na posiccedilatildeo e se instala os parafusos em

torno da ponta Eacute importante tomar cuidado para natildeo causar danos a asa ou a

ponta O funcionamento das luzes deve ser verificado apoacutes o termino da montagem

153 Reparos estruturais

Os meacutetodos de reparos estruturais utilizados teratildeo que estar de acordo com

os regulamentos do FAA (Federal Aviation Administration) norte americano

Nunca deve ser feito substituiccedilatildeo de um revestimento ou reparo com um

material de tipo e espessura diferente do revestimento original O reparo devera ser

tatildeo resistente quanto o revestimento original Entretanto a flexibilidade deve ser

mantida afim de que as aacutereas proacuteximas natildeo sejam submetidas a tensotildees adicionais

As pontas da asa satildeo de termoplaacutestico na sequumlecircncia seraacute mostrado como deve ser

feito o reparo nesse material

154 Reparos em termoplaacutestico

A ponta da asa eacute feita de um material termoplaacutestico para a realizaccedilatildeo de um

reparo nesta aacuterea a principio a sujeira e a pintura da superfiacutecie devem ser

removidas a limpeza preliminar da aacuterea danificada com percloroetileno ou nafta

assegurara geralmente uma boa ligaccedilatildeo entre os compostos de epoacutexi e

termoplaacutestico As partiacuteculas grandes de sujeira entranhadas nas partes em

termoplaacutestico podem ser removidas usando-se uma pistola de ar quente capaz de

28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

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Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

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em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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28

fornecer temperatura de 150ordm a 200ordm C A pistola deve ficar a uma distancia de

aproximadamente 6 mm de distancia da superfiacutecie e o ar deve ser aplicado em

movimentos circulares ate que a aera fique suficientemente amolecida para remover

as partiacuteculas de sujeira

A aacuterea em termoplaacutestico retornara a sua forma original apoacutes o resfriamento

No caso do dano ser maior deve ser consultado o manual de serviccedilo da aeronave

155 Remoccedilatildeo da asa

Para remover a asa antes de tudo eacute preciso tomar algumas precauccedilotildees A

vaacutelvula seletora de combustiacutevel deve ser fechada e o combustiacutevel da asa que seraacute

removida tem que ser drenado As tubulaccedilotildees e o reservatoacuterio dos freios tambeacutem

precisam ser drenados Em seguida eacute retirado a tampa de acesso na nervura da

ligaccedilatildeo asafuselagem e os paineacuteis de inspeccedilatildeo na asa eacute retirado as poltronas

dianteiras e traseiras do aviatildeo A longarina-caixatildeo deve ficar a vista e o revestimento

lateral da cabine correspondente ao lado da asa que seraacute removida deve ser

retirado em seguida o aviatildeo deve ser suspendido por macacos

Desconectar os cabos de balanceamento e de comando do aileron nos

esticadores localizados dentro da fuselagem atraacutes da longarina No caso de

remoccedilatildeo da asa esquerda eacute preciso retirar o contrapino do conjunto do suporte da

roldana para permitir que o terminal do cabo de balanceamento do aileron esquerdo

passe entre a roldana e o suporte Na sequumlecircncia eacute desconectado o flape do tubo de

torccedilatildeo baixando o flape ao maacuteximo e retirando o parafuso e a bucha do mancal

existente na extremidade traseira da haste de comando Depois eacute soacute desconectar a

29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008

httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

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httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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29

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel na conexatildeo localizada atraacutes da longarina a altura da linha

da ligaccedilatildeo asafuselagem

Para facilitar a reinstalaccedilatildeo dos cabos de comando e das tubulaccedilotildees

hidraacuteulicas basta marcar as extremidades das tubulaccedilotildees e dos cabos

identificando-os de alguma forma e quando aplicaacutevel prender um cordatildeo aos

cabos antes de tira-los da fuselagem ou da asa Jaacute para evitar que as tubulaccedilotildees de

combustiacutevel hidraacuteulicas e outras sejam danificadas ou contaminadas deve-se

colocar tampas de proteccedilatildeo nas conexotildees e extremidades das tubulaccedilotildees

As figuras 6 e 7 mostram a uniatildeo das asas com a fuselagem as longarinas

principais e a longarina-caixatildeo e a fixaccedilatildeo destas duas longarinas

Figura 6 ndash Uniatildeo das asas com a fuselagem

30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Acesso em 25 Out 2008

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0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

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Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

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httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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30

Figura 7 ndash Fixaccedilatildeo da longarina principal com a longarina-caixatildeo

A figura 7 mostra a fixaccedilatildeo da asa esquerda Para unir a longarina principal da

asa na longarina-caixatildeo satildeo utilizados nove parafusos AN176-14A e nove arruelas

AN960-616 sob os parafusos nove porcas AN176-13A e sete arruelas AN960-616 e

uma arruela 96352-3

Para soltar a fiaccedilatildeo eleacutetrica eacute preciso retirar as braccediladeiras quantas for

necessaacuterio Em seguida os condutores do conjunto da barra de terminais satildeo

desconectados removendo a capa e as respectivas porcas e arruelas Apoacutes haver

removido o painel de revestimento na cabine eacute preciso desconectar a tubulaccedilatildeo

hidraacuteulica do freio na conexatildeo existente dentro da cabine a altura do bordo de

ataque da asa No caso de remover a asa esquerda seraacute necessaacuterio desconectar o

tubo dinacircmico e o tubo estaacutetico do Pitot nos cotovelos localizados dentro da cabine

a altura da linha da ligaccedilatildeo asafuselagem Para retirar a asa falta apenas

31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

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Acesso em 25 Out 2008

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0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

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httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

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Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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31

providenciar suportes adequados para a fuselagem e para as ambas as asas retirar

os macacos as porcas arruelas e parafusos da longarina dianteira e traseira A

longarina principal possui dezoito parafusos ao todo que devem ser retirados para

finalizar basta remover a asa lentamente assegurando-se de que todos os

condutores eleacutetricos cabos e tubulaccedilotildees estatildeo desconectados

156 Instalaccedilatildeo da asa

No caso de substituiccedilatildeo por uma asa nova as asas novas natildeo satildeo furadas no

ponto de fixaccedilatildeo traseira Seraacute necessaacuterio fazer furo de 9 525 a 9 550 mm (0375 a

0376 pol) para permitir a instalaccedilatildeo da nova ferragem Para prosseguir com a

instalaccedilatildeo eacute necessaacuterio certificar-se que a fuselagem esta firmemente colocada

sobre o suporte

A asa eacute colocada em posiccedilatildeo para instalaccedilatildeo com o terminal da longarina a

alguns centiacutemetros do lado da fuselagem e colocada sobre cavaletes As diversas

tubulaccedilotildees devem ser preparadas cabos de comando etc para colocaacute-los na asa

ou na fuselagem quando instalar a asa Em seguida eacute soacute instalar a asa em sua

posiccedilatildeo na fuselagem Conforme a legenda de parafusos que consta no manual da

aeronave os dezoito parafusos devem ser instalados A legenda de parafusos indica

a posiccedilatildeo em que o parafuso seraacute instalado da o numero do parafuso e o numero

da porca Quando eacute substituiacutedo um conjunto de asa eacute preciso estar seguro de

manter a folga da ligaccedilatildeo asafuselagem como mostra a figura 10

32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

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httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008

httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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32

Figura 8 ndash Folga da ligaccedilatildeo asafuselagem

A figura 10 mostra alem da folga asafuselagem o tipo de parafuso arruelas e

porca que devem ser utilizados mostra tambeacutem o valor do torque que deve ser

aplicado para apertar o parafuso e ainda o valor miacutenimo e maacuteximo da folga

O proacuteximo passo eacute instalar o parafuso arruelas e porca que fixam a longarina

dianteira a ferragem de fixaccedilatildeo na fuselagem Eacute necessaacuterio no miacutenimo uma arruela

sob a porca depois devem ser acrescentando tantas arruelas forem necessaacuterias

para deixar no maacuteximo um fio e meio de rosca visiacutevel ou no miacutenimo o chanfro do

parafuso exposto lembrar sempre de colocar as arruelas especificadas pelo manual

de serviccedilo da aeronave Deve ser instalada a quantidade necessaria de arruelas

entre a face dianteira da ferragem de fixaccedilatildeo na asa e a face posterior da ferragem

33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008

httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008

httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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33

de fixaccedilatildeo na fuselagem e para finalizar falta apenas instalar o parafuso correto

arruelas e porcas que fixam a longarina traseira a ferragem da fuselagem

Na sequumlecircncia deve ser aplicado o torque de 360 a 390 lb-pol nas dezoito

porcas ou na cabeccedila dos parafusos da longarina principal Eacute importante certificar-se

que os parafusos instalados estejam de acordo com a legenda de parafusos O

torque aplicado no parafuso de fixaccedilatildeo da longarina dianteira eacute de 50 a 60 lb-pol Ao

identificar a ferragem aplica-se entatildeo torque ao parafuso de fixaccedilatildeo da longarina

traseira

Para suspender a aeronave devem ser instalados os macacos das asas e o

suporte no patim de cauda com um lastro de aproximadamente 110 Kg na base do

suporte Cada macaco deve ser colocado no local correto embaixo da asa colocar o

macaco no local errado vai danificar a asa a foto abaixo mostra o local correto para

instalaccedilatildeo do macaco neste local a estrutura da asa eacute reforccedilada pois teraacute que

suportar todo o peso da aeronave sobre o macaco

Foto 13 ndash Ponto de apoio de macaco

34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

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httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008

httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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34

No caso da asa removida ser a asa esquerda eacute necessaacuterio conectar o tubo de

Pitot e a tomada estaacutetica da foto 11 nos cotovelos localizados na cabine do piloto

na linha de ligaccedilatildeo asafuselagem

Foto 14 ndash Tomada estaacutetica

Substituir ou instalar braccediladeiras onde for necessaacuterio No caso de haver

instalaccedilatildeo para aquecimento de tubo de Pitot eacute preciso conectar o fio positivo na

fuselagem

Apoacutes isso feito a tubulaccedilatildeo hidraacuteulica do freio tem que ser conectada na

conexatildeo localizada na cabine na altura do bordo de ataque da asa Em seguida

devem ser conectados os condutores nos respectivos pontos na barra de terminais e

instalado as arruelas e as porcas As braccediladeiras devem ser colocadas ao longo da

fiaccedilatildeo eleacutetrica para prendecirc-la em posiccedilatildeo e tambeacutem eacute preciso instalar a capa de

35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008

httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008

httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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35

proteccedilatildeo contra poeira na barra de terminais Eacute retirada a tampa de proteccedilatildeo da

tubulaccedilatildeo de combustiacutevel e ligado a tubulaccedilatildeo na conexatildeo localizada atraacutes da

longarina na linha da ligaccedilatildeo asafuselagem

Os cabos de balanceamento e de comando do aileron precisam ser

conectados nos esticadores que se localizam dentro da fuselagem atraacutes da

longarina Apoacutes ser inserido e conectado o cabo de balanceamento esquerdo

atraveacutes do conjunto do suporte eacute instalado um contrapino de guarda cabo no furo

existente nesse conjunto

Com a alavanca do flape na posiccedilatildeo de maacutexima deflexatildeo eacute conectado o flape

eacute colocada uma bucha do lado externo do terminal com rotula instalado o parafuso

e apertado Deve-se verificar a regulagem e a tensatildeo dos cabos de comando dos

ailerons e flapes O proacuteximo passo eacute fazer a manutenccedilatildeo e abastecimento do

sistema de freio com fluido hidraacuteulico de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no

sistema de freio do manual de serviccedilo o sistema deve ser sangrado e verificado

quanto a vazamento de fluido

Agora eacute a vez do sistema de combustiacutevel que deve ser feito a manutenccedilatildeo e

abastecimento de acordo com o paraacutegrafo Serviccedilos no sistema de combustiacutevel do

manual de serviccedilo o sistema deve ser verificado quanto a vazamentos e fluxo O

funcionamento de todo o equipamento eleacutetrico e o sistema Pitot estaacutetico deve ser

verificado Apoacutes isso basta baixar o aviatildeo e retirar os macacos como o conjunto do

painel de revestimento da cabine o carpete da longarina-caixatildeo as poltronas

dianteiras e traseiras e a vedaccedilatildeo de borracha da ligaccedilatildeo asafuselagem foram

removidas tudo deve ser reinstalado e para finalizar eacute preciso recolocar todos os

paineacuteis e janelas de acesso da asa em questatildeo feito isso a instalaccedilatildeo da asa eacute

concluiacuteda

36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

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httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008

httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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36

16 Superfiacutecie de voo

161 Remoccedilatildeo do aileron

Para remover o aileron primeiro eacute preciso desconectar a haste de comando do

ponto de fixaccedilatildeo do aileron retirando a porca as arruelas e o parafuso do terminal

com rotula Para simplificar a instalaccedilatildeo deve ser observada a posiccedilatildeo das arruelas

Por segundo retira-se o parafuso de fixaccedilatildeo com as porcas nas dobradiccedilas no

bordo de araque do aileron e remove-se o aileron abaixando a extremidade interna

e deslocando-o para frente para permitir que o braccedilo de balanceamento se afaste

da abertura na nervura externa Isso finaliza a remoccedilatildeo do aileron a figura 11

mostra a asa o aileron e os seus pontos de fixaccedilatildeo

Figura 9 ndash Pontos de fixaccedilatildeo do aileron

37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008

httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008

httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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37

162 Instalaccedilatildeo do aileron

Para se instalar o aileron primeiro instale o braccedilo de balanceamento na

abertura da nervura externa movendo a extremidade interna do aileron para frente

para permitir que o braccedilo possa ser inserido atraveacutes da abertura O aileron deve ser

colocado no lugar e instalado com os parafusos de fixaccedilatildeo e as porcas Eacute preciso

verificar se o aileron esta livre para se mover sem interferecircncia A figura 12 mostra a

fixaccedilatildeo do aileron na asa os parafusos porca e arruelas utilizadas

Figura 10 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008

httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008

httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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38

Foto 15 ndash Fixaccedilatildeo do aileron

A haste de comando do aileron deve ser fixada com parafusos as arruelas e a

porca distribuindo as arruelas de forma que o aileron fique livre para girar de

batente a batente sem que a haste engripe ou roce na abertura na longarina

traseira Eacute necessaacuterio certificar-se de que o terminal com rotula esta sem jogo

lateral quando apertar o parafuso e de que a haste natildeo faccedila contato com o lado do

suporte Eacute preciso atuar os comandos dos ailerons para certificar-se da liberdade de

movimento A figura 12 mostra como eacute fixada a haste de comando

39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

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httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008

httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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39

Figura 11 ndash Haste de comando do aileron

163 Verificaccedilatildeo da folga do aileron

Para verificaccedilatildeo da folga do aileron eacute recomendado a execuccedilatildeo das seguintes

verificaccedilotildees antes do balanceamento para apurar se haacute folga no aileron O aileron

deve ser ajustado e fixado na posiccedilatildeo neutra Utilize uma reacutegua de comprimento

suficiente para ir do chatildeo ate alguns centiacutemetros acima do bordo de fuga do aileron

Colocando a reacutegua perto do bordo de fuga do aileron e com suavidade basta mover

o aileron para cima e para baixo e marcar o limite do curso (folga) na reacutegua O curso

40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008

httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008

httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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40

total (folga) natildeo deve exceder 60 mm (024 pol) Caso a folga exceda o limite

prescrito deve ser efetuado os reparos necessaacuterios para eliminar a folga excessiva

Segurando o aileron mova-o ao longo da envergadura para dentro e para fora para

entatildeo ser verificado se a folga maacutexima natildeo passara de 09mm (0035 pol)

164 Balanceamento do aileron

O balanceamento do aileron eacute muito importante para maior eficiecircncia da

superfiacutecie Posicionando o aileron no dispositivo de balanceamento em aacuterea livre de

corrente de ar e de tal maneira que permita o movimento livre do aileron A

ferramenta deve ser colocada sobre o aileron natildeo deve ser utilizado rebite a

ferramenta deve ser mantida perpendicular a linha de centro da articulaccedilatildeo como

mostra a figura 13

Figura 12 ndash Balanceamento de aileron

41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

wwwwikipeacutediaorg Acesso em 25 Out 2008

wwwfeiradeciecircnciascombr Acesso em 26 Out 2008

httpsuperabrilcombr Acesso em 26 Out 2008

httpcienciahswuolcombr Acesso em 27 Out 2008

httpwwwgeocitiescomcpp2001brteoriadevoohtml Acesso em 27 Out 2008

httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008

httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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41

Faz-se a leitura da escala quando o niacutevel de bolha estiver centrado atraveacutes

da ajustagem do peso e determina-se o balanceamento estaacutetico caso ele natildeo fique

dentro dos limites especificados os procedimentos a seguir satildeo tomados

Primeiro o bordo de ataque deve ser pesado Apesar de esta condiccedilatildeo ser muito

improvaacutevel deve-se verificar novamente as mediccedilotildees e os caacutelculos Em segundo

lugar verificar se o bordo de fuga esta pesado Natildeo haacute condiccedilotildees de acrescentar

peso a massa de balanceamento para equilibrar uma condiccedilatildeo de bordo de fuga

pesado portanto eacute necessaacuterio determinar a causa exata do desbalanceamento Se

o aileron estiver pesado demais devido a pintura sobre a tinta velha seraacute necessaacuterio

remover toda a pintura do aileron e pintar novamente Se o aileron estiver pesado

demais devido a reparos no revestimento ou nas nervuras eacute necessaacuterio remover o

reparo e substituir todas as peccedilas danificadas e verificar o balanceamento

novamente

165 Remoccedilatildeo do flape

Os flapes devem ser estendidos ate o maacuteximo de deflexatildeo e retirado do

terminal com rotula o parafuso e a bucha usando chave de boca ou chave de fenda

tipo Z As porcas arruelas buchas e parafusos devem ser retirados da articulaccedilatildeo

que prende o flape ao conjunto da asa Em seguida o flape eacute puxado para traacutes e

para fora da asa

42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

MS ndash 711 T - ST Manual de serviccedilo rev 5 de 1992

httpwwwmafiadaaviacaocombraspglossario_detalheaspletra=Nampcodigo=400

Acesso em 25 Out 2008

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httpwwwdemecufmgbrCeaArtigosCEA308pdf Acesso em 28 Out 2008

httpwwwterritorioscuolacomwikipediaptwikipediaphptitle=ImagemWingslat60

0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

httpimagesgooglecombrimages Acesso em 29 Out 2008

httpwwwfpamptinformacoesLivroAeromodelismocapituloXIpdf Acesso em 30

Out 2008

47

httpwwweuamovoarcombrsiteartigos18-a-velocidade-do-som Acesso em 01

Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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42

166 Instalaccedilatildeo do flape

O flape eacute recolocado na posiccedilatildeo correta e instalado os parafusos buchas

arruelas e porcas de articulaccedilatildeo Com o comando dos flapes da posiccedilatildeo de deflexatildeo

maacutexima deve ser colocada a bucha no lado externo do terminal com rotula instalar e

apertar o parafuso A figura 14 mostra como eacute fixado o flape

Figura 13 ndash Fixaccedilatildeo do flape

O flape deve ser operado algumas vezes para assegurar-se de que esta

funcionando livremente

17 Carga alar

Em aerodinacircmica carga alar eacute o iacutendice resultante do peso da aeronave

dividido pela aacuterea da asa A carga alar reflete diretamente a capacidade de

43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

Pimentel Paulo Thadeu de Oliveira Aerodinacircmica

Saintive Newton Soler Aerodinacircmica de alta velocidade 7ordf ed Satildeo Paulo 2002

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0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

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Out 2008

47

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Nov 2008

httpmustang2experimentaltripodcomFotos_1htm Acesso em 03 Nov 2008

httpwwwairandinascomct_cap2html Acesso em 09 Nov 2008

httpdemnetubipt~gamboapessoal3680apontamentoscapitulo05pdf Acesso

em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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43

sustentaccedilatildeo que por seu turno afeta diretamente a velocidade ascensorial

capacidade de carregamento e desempenho de uma aeronave Quanto menor a

carga alar maior a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso que ela deve

sustentar Carga alar embora traduza a eficiecircncia de uma asa em relaccedilatildeo ao peso

que ela sustenta natildeo eacute o uacutenico fator determinante da eficiecircncia global pois eacute uma

afericcedilatildeo estaacutetica natildeo considera fatores coma a velocidade aerodinacircmica e perfil

aerodinacircmico

De forma resumida pode-se dizer que uma aeronave com baixa carga alar

possui mais aacuterea de asa do que realmente precisa a maior manobrabilidade pode

comprometer velocidade final e a reciacuteproca

18 Diedro

O diedro da asa do Corisco II eacute positivo A maioria dos aviotildees monomotores

possui o diedro positivo da asa O diedro eacute o acircngulo formado entre o plano da asa e

o horizonte Em aeronaves de diedro positivo a estabilidade lateral eacute aumentada o

efeito da fuselagem diminui a estabilidade lateral pois ele prejudica o efeito de

diedro Por exemplo na figura abaixo a fuselagem impede que o vento alcance o

extradorso da asa direita do aviatildeo diminuindo portanto a estabilidade lateral

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Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

Homa Jorge M Aerodinacircmica e teoria de voo 20ordf ed Satildeo Paulo Asa 1999

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0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

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47

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em 12 Nov2008

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44

Foto 16 ndash Diedro positivo

Como pode ser observado o diedro da asa do Corisco tem um acircngulo

pequeno porem suficiente para melhorar a estabilidade do aviatildeo Nos aviotildees de

asas baixa o peso da fuselagem tende a aumentar o desequiliacutebrio lateral do aviatildeo

reduzindo a estabilidade Porem um aviatildeo natildeo deve ter estabilidade lateral

exagerada porque deixaria de obedecer ao comando dos ailerons

45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

REFERENCIAS

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0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

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47

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em 12 Nov2008

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45

19 Conclusatildeo Com o desenvolvimento deste trabalho foi possiacutevel verificar a complexidade

que envolve a construccedilatildeo de uma asa os procedimentos para sua desmontagem

sua montagem e alguns possiacuteveis reparos

Foi possiacutevel observar tambeacutem que apesar das aeronaves de pequeno porte

ser aparentemente de simples construccedilatildeo a forma como a sua asa eacute construiacuteda sua

estrutura seus sistemas para comando e acionamento das superfiacutecies moacuteveis eacute

muito mais complexa do que aparenta desde a forma como seu revestimento eacute

fixado na estrutura ate a proacutepria estrutura da asa as longarinas principais fixadas

nas longarinas-caixatildeo requerem extrema atenccedilatildeo ao se executar um serviccedilo de

manutenccedilatildeo corretiva ou preventiva

A asa do aviatildeo eacute sem duvida uma das principais partes da aeronave sendo

assim requer atenccedilatildeo especial a forma como fica posicionada faz com que o aviatildeo

tenha um bom desempenho e estabilidade necessaacuteria para a realizaccedilatildeo do voo

De forma simples e resumida foram apresentadas ao longo deste trabalho as

principais caracteriacutesticas de asas de aviotildees monomotores de pequeno porte e suas

caracteriacutesticas exemplificadas na aeronave Embraer 711 T - ST Corisco II

46

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em 12 Nov2008

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46

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0pixjpg Acesso em 28 Out 2008

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Out 2008

47

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em 12 Nov2008

httpwwwcolegiosaofranciscocombralfaplanadoraerodinamicaphp Acesso em 21 Nov 2008

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