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  • 8/10/2019 Trabalho Psicologia Forense

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    UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP

    Curso de Direito

    Gecimar Pereira

    Maria Honorizabeth Ribeiro Bezerra

    TRABALHO

    DE

    PSICOLOGIA FORENSE

    CAMPO GRANDE MATO GROSSO DO SUL

    2014

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    Gecimar Pereira

    Maria Honorizabeth Ribeiro Bezerra

    PSCOPATIA

    Trabalho de pesquisa apresentado ao Prof. Dr.

    Roberto Fauri, como parte dos requisitos para a

    obteno de nota complementar referente a

    prova ( N1) .

    Orientador: Prof. Dr. Roberto Fauri

    CAMPO GRANDE MATO GROSSO DO SUL2014

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    Dedico a Deus, e ao Prof. Dr.Roberto Fauri pelo incentivo, aos

    familiares e amigos de toda hora.

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    SUMRIO

    1 DESENVOLVIMENTO..................................................................................5

    2 CONSIDERAES FINAIS.........................................................................21

    3 REFERNCIAS............................................................................................22

    4 ANEXO.........................................................................................................23

    5 DVD..............................................................................................................24

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    PSICOPATIA

    1. DESENVOLVIMENTO:

    1.1. CONCEITO DE PSICOPATAS:

    Psicopatia e/ou sociopatia (como tambm conhecida) a designao

    atribuda para um indivduo portador de uma desordem de personalidade,

    caracterizada em parte por um comportamento antissocial, diminuio da

    capacidade de empatia/remorso e baixo controle comportamental ou, por outro,

    pela pertena de uma atitude de dominncia desmedida.

    Na Classificao Internacional de Doenas, este transtorno denominado

    por Transtorno de Personalidade Dissocial (Cdigo: F60.2). Na populao em

    geral, as taxas dos transtornos de personalidade podem variar de 0,5% a 3%,

    subindo para 45-66% entre presidirios.

    Transtorno de personalidade caracterizado pelo sentimento de desprezo

    por obrigaes sociais ou falta de empatia para com os outros. H um desvio

    considervel entre o comportamento e as normas sociais estabelecidas. O

    comportamento no facilmente modificado pelas experincias adversas,

    inclusive pelas punies. Existe uma baixa tolerncia frustrao e um baixo

    limiar de descarga da agressividade, inclusive da violncia. Existe uma

    tendncia a culpar os outros ou a fornecer racionalizaes plausveis para

    explicar um comportamento que leva o sujeito a entrar em conflito com a

    sociedade.

    Embora popularmente a psicopatia seja conhecida como tal, ou como

    "sociopatia", cientificamente, a doena denominada como sinnimo do

    diagnstico do transtorno de personalidade antissocial.

    A psicopatia parece estar relacionada a algumas importantes disfunes

    cerebrais, sendo importante considerar que um s nico fator no totalmente

    esclarecedor para causar o distrbio; parece haver uma juno de

    componentes. Embora alguns indivduos com psicopatia mais branda notenham tido um histrico traumtico, o transtorno - principalmente nos casos

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    mais graves, tais como sdicos e serial killers - parece estar associado

    mistura de trs principais fatores: disfunes cerebrais/biolgicas ou traumas

    neurolgicos, predisposio gentica e traumas scio psicolgicos na infncia

    (ex, abuso emocional, sexual, fsico, negligncia, violncia, conflitos e

    separao dos pais etc.). Todo indivduo antissocial possui, no mnimo, um

    desses componentes no histrico de sua vida. Entretanto, nem toda pessoa

    que sofreu algum tipo de abuso ou perda na infncia tornar-se- um psicopata

    sem ter uma certa influncia gentica ou distrbio cerebral; assim como

    inadmissvel afirmar que todo indivduo com pr disposio gentica se tornar

    psicopata apenas por essa caracterstica. Portanto, a juno dos trs fatores

    torna-se essencial; h de se considerar desde a gentica, traumas psicolgicos

    e disfunes no crebro (especialmente no lobo frontal e sistema lmbico).

    O psiclogo portugus Armindo Freitas-Magalhes o autor do projeto

    cientfico pioneiro "Psicopatia e Emoes em Portugal" (2010)3 com o objetivo

    de compreender os processos cerebrais envolvidos nas reaes

    neuropsicofisiolgicas da expresso facial da emoo, conhecer a razo pela

    qual o padro de emocionalidade negativa recorrente na psicopatia, se h

    diferenas de gnero e idade e procurar os motivos orgnicos e ambientais

    envolvidos e estabelecer um padro que permita o tratamento e a profilaxia do

    crime. Para verificar e analisar o crebro dos psicopatas e a relao

    correspondente expresso facial, ser utilizada a imagiologia de ressonncia

    magntica funcional (fMRI), a psicometria neurofuncional e as plataformas

    informticas que estimulam os sistemas cerebrais, particularmente o lmbico.

    Para se chegar ao diagnstico pelo DSM-IV-TR do Transtorno de

    Personalidade Antissocial (F60.2/301.7), so usados os seguintes critrio:

    A. Um padro pervasivo de desrespeito e violao aos direitos dos outros,

    que ocorre desde os 15 anos, como indicado por pelo menos trs dos

    seguintes critrios:

    1.Fracasso em conformar-se s normas sociais com relao a comportamentos

    legais, indicado pela execuo repetida de atos que constituem motivo de

    deteno;2.Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro;

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    3.Irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou

    agresses fsicas; porm, paradoxalmente, tm fama e geralmente agem de

    forma bem comportada.

    4.Desrespeito irresponsvel pela segurana prpria ou alheia;

    5.Irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter

    um comportamento laboral consistente ou honrar obrigaes financeiras;

    6.Ausncia de remorso, indicada por indiferena ou racionalizao por ter

    ferido, maltratado ou roubado outra pessoa.

    7. Comportamento sexual exacerbado e inadequado, via de regra com vrios

    parceiros, sem nenhuma ligao afetiva;

    8. Agressividade contra animais domsticos;

    9. Desrespeito e desprezo por ambientes familiares;

    B. O indivduo tem no mnimo 18 anos de idade.

    C. Existem evidncias de Transtorno de Conduta com incio antes dos 15 anos

    de idade.

    D. A ocorrncia do comportamento antissocial no se d exclusivamente

    durante o curso de Esquizofrenia ou Episdio Manaco.

    Vale dizer que, embora tecnicamente o psicopata seja sinnimo do transtorno

    de personalidade antissocial, nem sempre os psicopatas (principalmente os

    mais comuns) apresentam todos esses critrios. Pelo contrrio, conseguem

    manipular e mentir to bem, que no raro todo psiquiatra ou mdico certamente

    j consultou um indivduo psicopata sem identifica-lo.

    De maneira geral, nos homens, o transtorno tende a ser mais evidente antes

    dos 15 anos de idade, e nas mulheres pode passar despercebido por muitotempo, principalmente porque as mulheres psicopatas parecem ser mais

    discretas e menos impulsivas que os homens 4 , e por se tratar de um

    transtorno de personalidade, o distrbio tem ecloso evidente no final da

    adolescncia ou comeo da idade adulta, por volta dos 18 anos e geralmente

    acompanha por toda a vida.

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    1.2. CLASSIFICAO E TIPOS DE PSICOPATAS:

    O psicopata difcil de ser identificado prontamente pois geralmente no

    demonstra todos os sintomas descritos (DSM) de uma vez s. Pode ser uma

    pessoa comum que convive diariamente com as demais. Quando cometem

    algum tipo de ato inaceitvel ou violento, frequentemente as pessoas ao seu

    redor ficam surpresas e tm dificuldade em acreditar nesses relatos.

    Entretanto, em contraste com tais caractersticas, um ponto muito comum entre

    todos os psicopatas o ambiente intra familiar marcado por diversos e

    extensos conflitos; todo psicopata tem um histrico de ambiente familiar

    conturbado, permeado por constantes discusses e brigas

    PSICOPATA DE GRAU LEVE:

    A maioria dos indivduos psicopatas correspondem a aqueles de grau

    leve, por isso, geralmente no satisfazem totalmente todos os critrios do DSM

    do transtorno de personalidade antissocial. Nesse grupo predominam as

    mulheres. So os indivduos psicopatas mais comuns, tendem a exibir poucos

    critrios e so aqueles que dificilmente chegam a violncia fsica extrema;

    entretanto, so as mais difceis de serem diagnosticadas porque tendem a se

    passar despercebidas no ambiente social, caracterizando o indivduo

    "psicopata comunitrio". Geralmente, possuem inteligncia acima da mdia,

    mas pessoas frias, racionais, mentirosas, no se importam com os sentimentos

    alheios e so pessoas ditas dissimuladas na sua intimidade: Escondem tais

    caractersticas a todo momento, de forma que pouqussimas pessoas consigam

    perceber, so muito manipuladoras. Muitas vezes esto ao lado de todos eningum consegue perceber isto. Elas podem ser desde um(a) falso(a) colega

    oportunista que vive se fazendo de vtima, at trapaceiros(as), parasitas

    sociais, polticos, empresrios(as) e religiosos(as). Esse psicopata raramente

    vai para a cadeia, mas quando esses indivduos - por algum motivo ilcito - vo

    para a priso, so tidos como presos "exemplares" pelo seu bom

    comportamento: so muito bem vistos(as), comportados(as), no arranjam

    confuses e dissimulam uma aparncia de inocentes coitadinhos(as), a pontoque outros presos e seguranas no consigam acreditar que aquela pessoa to

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    calma pde cometer alguma atrocidade. Exatamente por isso, enganam to

    facilmente a todos, fazendo com que diminuam o tempo de pena na cadeia. Do

    ponto de vista infantil, esses indivduos podem ou no ter traumas significantes

    que possam ter sido considerados agravantes do transtorno mas, de forma

    geral, tiveram uma educao aparentemente normal. Comumente foram

    crianas com grande charme superficial, encantavam facilmente adultos pela

    sua aparncia de docilidade e espontaneidade, entretanto, j apresentavam

    traos de frieza, insensibilidade, e intolerncia frustrao - que podem ser

    evidentes em condutas como maltratar coleguinhas, animais, mentir etc.

    PSICOPATA DE GRAU MODERADO A GRAVE:

    J o indivduo psicopata de grau moderado a grave corresponde queles

    que satisfazem quase ou todos os critrios do DSM (Manual de diagnstico e

    estatstica das perturbaes mentais)do transtorno de personalidade antissocial

    e so os psicopatas deliberadamente antissociais. Esses psicopatas tm uma

    alta tendncia a se enquadrarem por exemplo, na categoria serial killers. A

    maioria apresenta as mesmas caractersticas do psicopata comunitrio,

    entretanto apresentam condutas extremas que os colocam contra sociedade

    em geral fazendo com que sejam mais facilmente inseridos no meio carcerrio.

    So menos frequentes, entretanto, uma vez que satisfazem quase ou todos os

    critrios para a personalidade antissocial, eles so aqueles que esto mais

    facilmente vulnerveis a delitos graves e chocantes. Eles geralmente so

    agressivos, impulsivos, frios, sdicos, mentirosos, no possuem empatia e so

    mais facilmente associados a psicopatas autores de grandes atos de violnciafsica ou assassinos e serial killers, entretanto, escondem tais caractersticas

    de forma que socialmente so vistos como pessoas normais, cujos verdadeiros

    instintos ningum capaz de desconfiar. Os de grau moderado geralmente

    esto mais infiltrados no meio das drogas, lcool, jogo compulsivo, direo

    imprudente, vadiagem e promiscuidade e vandalismo, alm de grandes golpes

    e graves estelionatos. Os que apresentam um grau muito grave,

    frequentemente so assassinos sdicos, ou seja, obtm prazer ao ver osofrimento de outra pessoa e so indivduos excessivamente problemticos, do

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    ponto de vista emocional. Em contraste a essas caractersticas, de modo

    semelhante ao psicopata comunitrio, podem apresentar-se como uma pessoa

    normal perante os outros e a sociedade, contudo, escondem uma

    personalidade muito mais sombria - esta ocasionalmente visvel para

    familiares, por exemplo, onde o ambiente marcado por discusses

    frequentes. Totalmente frios, sem remorso e ausentes de sentimentos

    carinhosos para com outros seres humanos, esses indivduos no conseguem

    conter por muito tempo seus impulsos sdicos - embora saibam perfeitamente

    que seu comportamento inapto e totalmente repudiado pela sociedade.

    comum nessas pessoas, um histrico de doenas neuropsiquitricas como

    depresso, dficit de ateno, transtornos de ansiedade ou outros distrbios de

    personalidade, alm de um persistente sentimento de vazio existencial e tdio,

    o que os faz buscarem constantes estmulos - inconstantes, enjoam de tudo

    facilmente, por isso sempre procuram algo novo e diferente para fazerem; mas

    possuem dificuldade em terminar o que comeam. Na infncia, esses

    indivduos geralmente sofreram algum tipo de trauma significante o que pode

    ser considerado agravante da psicopatia. Normalmente foram crianas mais

    reservadas ou introvertidas, mas que, por vezes, apresentavam traos de

    transtorno de conduta.

    1.3. IMPUTABILIDADE DOS PSICOPATAS:

    A psicopatia um transtorno da personalidade que pode assolar parte da

    populao mundial sem qualquer predeterminao em razo de classe social,

    cor, sexo ou orientao sexual. O tema ainda demanda inmeros estudos, mas

    h certos pontos que parecem ser compartilhados pela maioria dos seusestudiosos.

    Entre os inmeros temas que norteiam a psicopatia, temos como certo o fato

    de ela tratar-se de um transtorno da personalidade e no de uma doena

    mental. Tal afirmao decorre do prprio perfil comportamental dos seus

    portadores questo que tambm parece ser pacfica. A psicopatia em

    nenhum momento se manifesta no mundo por meio de sintomas, mas de

    comportamentos antissociais.

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    No tocante relao com o Direito Penal, tem-se que a capacidade de

    culpabilidade dos psicopatas no tema pacfico. Muitos justificam tal fato

    posio divergente da prpria Psiquiatria, enquanto outros, por sua vez,

    preferem no adentrar no tema e sugerem que o problema seja solucionado

    pelo magistrado.

    O Cdigo Penal em vigor no disciplinou a matria em especfico, mas nos

    deu subsdios claros para sua resoluo. Vejamos.

    Segundo prev o caput do art. 26 do CP, somente considerado inimputvel

    quem, por doena mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado

    no possuir, no momento da ao ou omisso, plena capacidade para entender

    o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    Para o reconhecimento da inimputabilidade, seria necessrio que a princpio

    a psicopatia se tratasse de uma doena mental ou de desenvolvimento mental

    incompleto ou retardado. Caso verificada uma dessas anomalias, seria preciso

    analisar se, no momento dos fatos, tal circunstncia seria suficiente para retirar

    a capacidade de entender e querer dos seus portadores.

    Por sua vez, para o reconhecimento da semi-imputabilidade, precisaramos

    verificar se a psicopatia uma perturbao da sade mental ou

    desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Se verificada qualquer uma

    delas, seria imprescindvel analisar se seria suficiente para retirar do autor dos

    fatos, no momento da conduta, a capacidade de entender e querer.

    Como podemos verificar, apesar de o tema no estar explicitado no Cdigo

    Penal, no impossvel discorrermos sobre o assunto. A partir dessa

    concepo legal, construmos nosso entendimento, que nos levou concluso

    acerca da problemtica ora proposta.

    Ao analisarmos a possvel inimputabilidade dos seus portadores,verificamos de pronto que a psicopatia no se trata de uma doena mental,

    mas de uma forma de ser no mundo, uma forma de se expressar.([1])

    A psicopatia no consiste em uma doena mental ou desenvolvimento

    mental incompleto ou retardado, porque no provoca qualquer alterao na

    capacidade psquica do agente. Outrossim, ainda que assim fosse

    considerada, no teria o condo de retirar do agente a capacidade de conhecero carter ilcito dos fatos e de se determinar de acordo com esse entendimento.

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    O psicopata conhece exatamente as normas que regem a sociedade e as suas

    consequncias. Ainda assim, investe no plano premeditado e o pratica at

    onde lhe parece mais conveniente. Nessas circunstncias, entendemos que a

    psicopatia no tem o condo de tornar o agente inimputvel.

    Se porventura o psicopata sofrer de alguma doena mental (inclusive

    embriaguez patolgica) em carter de comorbidade, e essa for suficiente para,

    no momento dos fatos, afastar a capacidade de querer e entender, teremos

    presente a inimputabilidade. Nessa situao, a inimputabilidade ser declarada

    no em razo da psicopatia, mas em detrimento da doena mental.

    No tocante semi-imputabilidade, o psicopata no pode ser considerado

    portador de uma perturbao da sade mental. Como j mencionamos, a

    psicopatia no provoca qualquer alterao na sade mental do seu portador. O

    fato de o agente exteriorizar comportamento antissocial no implica o

    necessrio comprometimento da sua sade mental. Outrossim, ainda que fosse

    considerada perturbao da sade mental, tal circunstncia no teria o carter

    de diminuir a capacidade de entender e querer pelas razes j mencionadas.

    Entendemos que a psicopatia no tem o condo de, por si s, afastar a

    capacidade de culpabilidade do seu portador. O psicopata sequer portador de

    doena mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado ou de

    perturbao da sade mental. Ainda que qualquer dessas formas fosse

    considerada, no teria o condo de afastar ou diminuir sua capacidade de

    entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse

    entendimento.

    Por todo o exposto, atentando-se aos requisitos delineados pelo art. 26,

    caput, e pargrafo nico, do CP, e aos ensinamentos pontuados pela

    Psiquiatria, Psicologia, Medicina Legal e Criminologia, no verificamosqualquer relao da psicopatia com as hipteses de afastamento da

    imputabilidade do agente. O psicopata imputvel porque no est acometido

    de qualquer distrbio que provoque alterao em sua sade psquica, alm do

    que, seus portadores tm plena conscincia da leviandade (imoralidade e

    ilegalidade) dos atos que pretendem praticar e autocontrole suficiente para

    repeli-los no momento que refutarem mais benfico.

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    1.4. " NDICE DA MALDADE" DO DR. MICHAEL STONE.

    O ndice da Maldade um programa de televiso americano sobre

    investigao forense do canal Discovery Channel, estrelado pelo psiquiatra

    forense Michael Stone, da Universidade de Columbia. No programa, Stone

    classifica assassinos famosos em seu ndice da maldade, que ele criou para

    ajudar a cincia entender e prevenir esse tipo de comportamento.

    O programa apresenta perfis de vrios assassinos, serial killers e psicopatas.

    Stone pesquisou centenas de assassinos, seus mtodos e motivos para

    desenvolver sua hierarquia do mal. A escala varia do nvel 1: "Pessoas normais

    que matam apenas em legtima defesa", at o nvel 22: "Psicopatas assassinos

    e torturadores em srie", que representa o mximo que a perversidade humana

    pode chegar.

    1. Matam em legtima defesa e no apresentam sinais de psicopatia. (Pessoas

    normais)

    2. Amantes ciumentos que cometeram assassinato, mas que apesar de

    egocntricos ou imaturos, no so psicopatas. (Crime passional)

    3. Cmplices voluntrios de assassinos: Personalidade esquizide, impulsiva e

    com traos anti-sociais.

    4. Matam em legtima defesa, porm provocaram a vtima ao extremo para que

    isso ocorresse.

    5. Pessoas desesperadas e traumatizadas que cometeram assassinato, mas

    que demonstram remorso genuno em certos casos e no apresentam traos

    significantes de psicopatia.

    6. Assassinos que matam em momentos de raiva, por impulso e sem nenhumaou pouca premeditao.

    7. Assassinos extremamente narcisistas, mas no especificamente psicopatas,

    que matam pessoas prximas a ele.

    8. Assassinos no-psicopatas, com uma profunda raiva guardada, e que

    matam em acessos de fria.

    9. Amantes ciumentos com traos claros de psicopatia.

    10. Assassinos no-psicopatas que matam pessoas "em seu caminho", comotestemunhas - egocntrico, mas no claramente psicopata.

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    11. Assassinos psicopatas que matam pessoas "em seu caminho".

    12. Psicopatas com sede de poder que matam quando esto encurralados.

    13. Psicopatas de personalidade bizarra e violenta, e que matam em acessos

    de fria.

    14. Psicopatas cruis e autocentrados que montam esquemas e matam para

    se beneficiarem.

    15. Psicopatas que cometem matanas desenfreadas ou mltiplos

    assassinatos em uma mesma ocasio.

    16. Psicopatas que cometem mltiplos atos de violncia, com atos repetidos de

    extrema violncia.

    17. Psicopatas sexualmente perversos e assassinos em srie: o estupro a

    principal motivao, e a vtima morta para esconder evidncias.

    18. Psicopatas assassinos-torturadores, onde o assassinato a principal

    motivao, e a vtima morta aps sofrer tortura no prolongada.

    19. Psicopatas que fazem terrorismo, subjugao, intimidao e estupro, mas

    sem assassinato.

    20. Psicopatas assassinos-torturadores, onde a tortura a principal motivao,

    mas em personalidades psicticas.

    21. Psicopatas que torturam at o limite, mas no cometem assassinatos.

    22.Psicopatas assassinos-torturadores, onde a tortura a principal motivao

    (na maior parte dos casos, o crime tem uma motivao sexual, mesmo que

    inconsciente).

    Neurologistas, psiclogos e psiquiatras forenses so entrevistados para

    tentar examinar e traar um perfil das mentes de assassinos notrios.

    Reconstituies dos eventos so apresentadas junto com imagens denoticirios, evidncias e depoimentos dos habitantes locais de onde ocorreram

    os crimes. Fatores neurolgicos, ambientais e genticos so examinados para

    ajudar a determinar o que motiva uma pessoa a cometer o mal. Contexto

    histrico e premeditao so considerados ao classificar uma pessoa no ndice

    da maldade. O show indiretamente lida com os conceitos de moralidade e

    tica.

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    1.5. PESQUISA SOBRE DR. ROBERT HARE.

    DR. Robert Hare psiclogo canadense, criador de uma escala usada para

    medir o grau de psicopatia, explica porque uma pessoa aparentemente normal

    pode fazer as piores coisas sem sentir remorso.

    O trabalho do psiclogo canadense Robert Hare, de 74 anos, confunde-se

    com quase tudo o que a cincia descobriu sobre os psicopatas nas ltimas

    duas dcadas. Foi ele quem, em 1991, identificou os critrios hoje

    universalmente aceitos para diagnosticar os portadores desse transtorno de

    personalidade. Hare comeou a aproximar-se do tema ainda recm-formado,

    quando, trabalhando com detentos de uma priso de segurana mxima nas

    proximidades de Vancouver, ficou intrigado com uma questo: "Ele queria

    entender o motivo pelo qual, em alguns seres humanos, a punio no tem

    efeito algum". A curiosidade levou-o at os labirintos da psicopatia doena

    para a qual, at hoje, no se vislumbra cura. "O que tentamos agora reduzir

    os danos que ela causa, aos seus portadores e aos que os cercam."

    Ningum nasce psicopata, diz Dr. Robert. Nasce com tendncias para a

    psicopatia. A psicopatia no uma categoria descritiva, como ser homem ou

    mulher, estar vivo ou morto. uma medida, como altura ou peso, que varia

    para mais ou para menos. As principais caractersticas que aproximam uma

    pessoa do 40, o grau mximo que sua escala estabelece so: ausncia de

    sentimentos morais como remorso ou gratido , extrema facilidade para

    mentir e grande capacidade de manipulao. Mas a escala no serve apenas

    para medir graus de psicopatia. Serve para avaliar a personalidade da pessoa.

    Quanto mais alta a pontuao, mais problemtica ela pode ser. Por isso, usada em pesquisas clnicas e forenses para avaliar o risco que um

    determinado indivduo representa para a sociedade.

    O psicopata nem sempre tem o intuito de cometer a maldade. Eles

    apresentam comportamentos que podem ser classificados de perversos, mas

    que, na maioria dos casos, tm por finalidade apenas tornar as coisas mais

    fceis para eles e no importa se isso vai causar prejuzo ou tristeza a

    algum. Mas h os psicopatas do tipo sdico, que so os mais perigosos. Eles

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    no somente buscam a prpria satisfao como querem prejudicar outras

    pessoas, sentem felicidade com a dor alheia.

    Em se comparando o psicopata com o serial killers, o Dr. Robert afirma que

    A estimativa que cerca de 1% da populao mundial preencheria os critrios

    para o diagnstico de psicopatia. Nos Estados Unidos, haveria, ento, cerca de

    3 milhes de psicopatas. Se o nmero de serial killers em atividade naquele

    pas for, como se acredita, de aproximadamente cinquenta, isso significa que a

    participao desses criminosos no universo de psicopatas muito pequena.

    Por outro lado, segundo um estudo do psiquiatra americano Michael Stone,

    cerca de 90% dos serial killers seriam psicopatas.

    Na dcada de 20, John B. Watson, um estudioso de psicologia

    comportamental, dizia que, ao nascer, ns somos como pginas em branco: o

    ambiente determina tudo. Na sequncia, entrou em voga o termo sociopata, a

    sugerir que a patologia do indivduo era fruto do ambiente ou seja, das suas

    condies sociais, econmicas, psicolgicas e fsicas. Isso inclua o tratamento

    que ele recebeu dos pais, como foi educado, com que tipo de amigos cresceu,

    se foi bem alimentado ou se teve problemas de nutrio. Os adeptos dessa

    corrente defendiam a tese de que bastava injetar dinheiro em programas

    sociais, dar comida e trabalho s pessoas, para que os problemas psicolgicos

    e criminais se resolvessem. Hoje sabemos que, ainda que vivssemos uma

    utopia social, haveria psicopatas.

    Em referncia ao que se diz que o ambiente influencia na constituio de

    uma personalidade psicopata, Dr. Robert cita uma linha de pensamento de

    John B. Watson, um estudioso de psicologia comportamental, na dcada de 20,

    onde ele dizia que, ao nascer, ns somos como pginas em branco: o

    ambiente determina tudo. Na sequncia, entrou em voga o termo sociopata, asugerir que a patologia do indivduo era fruto do ambiente ou seja, das suas

    condies sociais, econmicas, psicolgicas e fsicas. Isso inclua o tratamento

    que ele recebeu dos pais, como foi educado, com que tipo de amigos cresceu,

    se foi bem alimentado ou se teve problemas de nutrio. Os adeptos dessa

    corrente defendiam a tese de que bastava injetar dinheiro em programas

    sociais, dar comida e trabalho s pessoas, para que os problemas psicolgicos

    e criminais se resolvessem. Hoje sabemos que, ainda que vivssemos umautopia social, haveria psicopatas.

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    Na dcada de 60, vrios estudiosos, inclusive Dr. Robert Hare, comearam

    a pesquisar a reao de um grupo de psicopatas a situaes que, em pessoas

    normais, produziriam efeitos sobre o sistema nervoso autnomo. Quando se

    est na expectativa da ocorrncia de algo desagradvel, a preocupao do

    indivduo transparece por meio de tremores, transpirao e acelerao

    cardaca. Os psicopatas estudados, mesmo quando confrontados com

    situaes de tenso, no exibiam esses sintomas. Isso reforou a concluso de

    que existem diferenas cerebrais entre psicopatas e no psicopatas. Pouco a

    pouco, essas diferenas vm sendo mapeadas.

    Para ele no h nada que indique que uma criana forosamente se

    transformar num psicopata, mas possvel notar que algo pode no estar

    funcionando bem. Se a criana apresenta comportamentos cruis em relao a

    outras crianas e animais, hbil em mentir olhando nos olhos do interlocutor,

    mostra ausncia de remorso e de gratido e falta de empatia de maneira geral,

    isso sinaliza um comportamento problemtico no futuro. Nesses casos os pais

    podem interferir para o bem e para o mal, mas nunca de forma determinante. O

    ambiente tem um grande peso, mas no mais do que a gentica. Na verdade,

    ambos atuam em conjunto. Os pais podem colaborar para o desenvolvimento

    da psicopatia tratando mal os filhos. Mas uma boa educao est longe de ser

    uma garantia de que o problema no aparecer l na frente, visto que os traos

    de personalidade podem ser atenuados, mas no apagados. O que um

    ambiente com influncias positivas proporciona um melhor gerenciamento

    dos riscos.

    A conscincia, o processo de avaliar se algo deve ser feito ou no, envolve

    no somente o conhecimento intelectual, mas tambm o aspecto emocional.

    Do ponto de vista intelectual, o psicopata pode at saber que determinadaconduta condenvel, mas, em seu mago, ele no percebe quo errado

    quebrar aquela regra. Ele tambm entende que os outros podem pensar que

    ele diferente e que isso um problema, mas no se importa. O psicopata faz

    o que deseja, sem que isso passe por um filtro emocional. como o gato, que

    no pensa no que o rato sente se o rato tem famlia, se vai sofrer. Ele s

    pensa em comida. Gatos e ratos nunca vo entender um ao outro. A vantagem

    do rato sobre as vtimas do psicopata que ele sempre sabe quem o gato.

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    Superficialmente, no dia a dia dficil identificar um psicopata, pois pode

    parecer um sujeito normal. Mas, ao conhec-lo melhor, as pessoas notaro que

    ele um indivduo problemtico em diversos aspectos da vida. Ele pode

    ignorar os filhos, mentir sistematicamente ou apresentar grande capacidade de

    manipulao. Se flagrado fazendo algo errado, por exemplo, tenta convencer

    todo mundo de que est sendo mal interpretado.

    Sobre a semi-imputabilidade dos Psicopatas no Brasil, Dr. Robert Hare diz

    que h divergncias a respeito e existem muitas investigaes em andamento

    para determinar at que ponto vai a responsabilidade deles em certas

    situaes. Uma corrente de pensamento afirma que o psicopata no entende

    as consequncias de seus atos. O argumento que, quando tomamos uma

    deciso, fazemos ponderaes intelectuais e emocionais para decidir. O

    psicopata decide apenas intelectualmente, porque no experimenta as

    emoes morais. A outra corrente diz que, da perspectiva jurdica, ele entende

    e sabe que a sociedade considera errada aquela conduta, mas decide fazer

    mesmo assim. Ento, como ele faz uma escolha, deve ser responsabilizado

    pelos crimes que porventura venha a cometer. No h dados empricos que

    deem apoio a um lado ou a outro. Ainda uma questo de opinio. Acredito

    que esse ponto ser motivo de discusso pelos prximos cinco ou dez anos,

    tanto por parte dos especialistas em distrbios mentais quanto pelos

    profissionais de Justia.

    1.5. PLC-R/ TESTE DE ROBERT HARE:

    Para diagnosticar uma pessoa com psicopatia, Robert Hare desenvolveu um

    famoso teste psicolgico, vlido somente quando aplicado por um psiclogo ou

    psiquiatra. Seus critrios diagnsticos abrangem os recursos afetivos,interpessoais e comportamentais. Cada item avaliado em uma nota de zero

    (ausente ou leve), um (moderada) ou dois (grave). A soma total determina o

    grau de psicopatia de uma pessoa.

    Fator 1:

    1.Narcisismo agressivo

    2.Sedutora / Charme superficial

    3.Grandioso senso de auto-estima4.Mentira patolgica

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    5.Esperteza / Manipulao

    6.Falta de remorso ou culpa

    7.Superficialidade emocional

    8.Insensibilidade / Falta de empatia

    9.Falha em aceitar a responsabilidade por aes prprias

    10.Agresso a animais

    Fator 2

    Estilo de vida socialmente desviantes

    1.Necessidade por estimulao / tendncia ao tdio e depresso

    2.Estilo de vida parasitrio tentando ser sustentado e mantido por seus

    manipulados.

    3.Falta de metas de longo prazo possveis ou realistas (incapacidade de

    enxergar as consequncias das aes no futuro)

    4.Impulsividade

    5.Irresponsabilidade

    Fator 3

    Estilo de comportamentos irresponsveis

    1.Controle comportamental pobre

    2.Versatilidade criminal

    3.Delinquncia juvenil

    4.Problemas comportamentais precoces

    5.Revogao da liberdade condicional

    Traos no correlacionadas com ambos fatores1.Vrias relaes conjugais de curta durao

    2.Promiscuidade

    Uma nota elevada no Fator 2 est associado com reao agressiva,

    ansiedade, elevado risco de suicdio, criminalidade e violncia por

    impulsividade. Uma nota elevada no Fator 1 por outro lado indica uma melhor

    habilidade em conviver socialmente, baixa ansiedade, baixa empatia, baixa

    tolerncia a frustraes e baixa ideao suicida, alm de estar associado asucesso e bem estar.

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    Indivduos com Fator 1 positivo j foi considerado como adaptativo em

    um ambiente altamente competitivo, por obter resultados tanto para o indivduo

    quanto paras as corporaes16 , porm muitas vezes eles causam dano a

    longo prazo, tanto para seus colegas de trabalho quanto para a organizao

    como um todo, devido ao seu comportamento manipulativo, enganoso, abusivo

    e, muitas vezes fraudulento.17 Alm disso, essas pessoas geralmente causam

    extremo sofrimento a seus parceiros amorosos, a seus filhos, familiares e

    animais domsticos.

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    2. CONSIDERAES FINAIS

    Entendemos que a psicopatia no tem o condo de, por si s, afastar a

    capacidade de culpabilidade do seu portador. O psicopata sequer portador dedoena mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado ou de

    perturbao da sade mental.

    Ningum nasce psicopata, diz Dr. Robert. Nasce com tendncias para a

    psicopatia. A psicopatia no uma categoria descritiva, como ser homem ou

    mulher, estar vivo ou morto. uma medida, como altura ou peso, que varia

    para mais ou para menos, e so vrios os fatores que que levam a

    desenvolvimento as psicopatia ou seja, das suas condies sociais,econmicas, psicolgicas e fsicas. Isso inclua o tratamento que ele recebeu

    dos pais, como foi educado, com que tipo de amigos cresceu, se foi bem

    alimentado ou se teve problemas de nutrio.

    perceptvel, se a criana apresenta comportamentos cruis em relao

    a outras crianas e animais, hbil em mentir olhando nos olhos do

    interlocutor, mostra ausncia de remorso e de gratido e falta de empatia de

    maneira geral, isso sinaliza um comportamento problemtico no futuro.

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    3. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    WIKIPDIA. Psicopata.Wikipdia. Disponvel em: .

    Acesso em: 02 out. 2014

    MICHELE O. DE ABREU. Da imputabilidade do psicopata.JusBrasil.Disponvel em: .Acesso em: 02 out. 2014

    VEJA. So Paulo: Editora Abril, v. 2016, n. 10, abril. 2009.

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    4. ANEXOS

    ANEXO 01 LIVRO MENTES PERIGOSASO PSICOPATA MORA AO

    LADO

    Figura 1 Livro de Ane Beatriz Barbosa Silva Mentes Perigosas. Editora Fontanar

    Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/6/63/Mentes_Perigosas.png (2014)

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/6/63/Mentes_Perigosas.pnghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/6/63/Mentes_Perigosas.png