revista amor-exigente

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Julho/2015 - Ano VII - Edição 190 Valor unitário: R$7,00 REVISTA D. MARA Atitude: nada muda se ficarmos estagn ados MEMÓRIA Mostrar Caminhos, por Neube J. Brigagão PRINCÍPIO ÉTICO Revendo posicionam entos TOMAR ATITUDE GERA CRISE, MAS NOS AJUDA A TRANSFORMAR E SUPERAR DESAFIOS

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Page 1: REVISTA Amor-Exigente

Julho/2015 - Ano VII - Edição 190

Valor unitário: R$7,00

REVISTA

D. MARAAtitude: nada muda se

fi carmos estagnados

MEMÓRIAMostrar Caminhos,

por Neube J. Brigagão

PRINCÍPIO ÉTICORevendo

posicionamentos

TOMAR ATITUDE GERA CRISE, MAS NOS AJUDA A TRANSFORMAR E SUPERAR DESAFIOS

Page 2: REVISTA Amor-Exigente

REVISTA

REVISTA AMOR-EXIGENTEPublicação mensal da FEAE

(Federação de Amor-Exigente)

JORNALISTA RESPONSÁVELMarcelo Casagrande (MTB 65.102 /SP)

PROJETO GRÁFICO / REDAÇÃOAlbatroz Assessoria de Comunicação

ILUSTRAÇÃO / FOTOS / IMAGENSShutterstock / Morgue File / Photo Rack

IMPRESSÃOGráfi ca Campinas - IGC

TIRAGEM: 1500 exemplares

*Os artigos assinados não refl etemnecessariamente a opinião

desta publicação.

FEAE (FEDERAÇÃO DE AMOR-EXIGENTE)www.amorexigente.org.br

Travessa Álvares de Azevedo, 52 – Cambuí Campinas / SP – CEP: 13025-030

FUNCIONAMENTO: 2ª à 6ª das 8h às 17hTELEFONES: (19) 3252-2630 / 3252-3968 /

3305-5538 / 3305-5539 / 3305-5543 FAX: (19) 3252-2630

EMAILSPresidência ([email protected])

Dep. Financeiro (fi [email protected])Atend. Geral ([email protected])Atendimento Revista ([email protected])

Comunicação ([email protected])

PRESIDENTE DE HONRAPe. Haroldo J. Rahm, S.J.

DIRETORIA EXECUTIVAPRESIDENTE

Luiz Fernando Cauduro

1º VICE - PRESIDENTEMiguel Tortorelli

2º VICE - PRESIDENTE Sonia Maria Cortez Oldani

DIRETOR FINANCEIROMercedes Mangini

DIRETOR ADMINISTRATIVOCláudia R. T. A. do Amaral

DIRETOR DE COMUNICAÇÕESRonaldo Luiz Rissetto

DIRETORA DE COORD. DE GRUPOSMaria Helena Ferramola

Queridos amigos, paz e bem!Chegamos ao mês de julho na ânsia de nos encontrarmos no esperado Congresso de Amor-Exigente em Curitiba! “Ainda dá tempo de você

tomar uma atitude” e vir conosco neste encontro imperdível!

É também o mês de nossa revista trazer o que pensam nossos voluntários sobre “Tomada de Atitude” e “Agir com respeito e fraternidade em nossos rela-cionamentos”, respectivamente Princípios Básico e Ético de número 7. Agra-decemos aos membros da diretoria do último biênio que se responsabilizaram por trazê-los até nós com tanto carinho.

Gosto também de trazer a lembrança de nosso querido Neube, que me ensi-nou assim que cheguei ao AE, a tomar atitudes ao invés de só reclamar. Dizia ele que quando tomamos uma atitude, corremos o risco de dar certo, já que errado já está dando!

Nesta edição você vai se encantar em ler o que a Márcia escreveu sobre as pessoas que chegam para o grupo de frutos do AE com tantas desordens a serem arrumadas, que precisam ser incentivadas a ter metas simples, pois se não conseguem arrumar uma gaveta, como podem pensar em disciplinar toda a vida?

Lusimar escreve sobre o Princípio Ético de uma maneira prática, trazendo-nos exemplos que nos mostram que não devemos nos colocar como “melhor que o outro”, e sim, como irmão do outro, respeitando-o! Inês nossa voluntária do Uruguai conta que tomou uma atitude em relação ao fi lho antes de conhecer o AE, mas depois de participar do grupo teve os olhos e a alma abertos para a vida, recebendo ajuda para sustentar a atitude tomada anteriormente.

D. Mara nos diz que” tomar uma atitude é vital”! Que pais e líderes de AE, que tanto conhecem a pessoa que precisa de ajuda podem e devem agir ao invés de apenas terceirizar o problema a profi ssionais da área. Adorei o VITAL!

Carlos Alberto questiona porque não conseguimos tomar atitudes e nos ajuda a entender as razões: falta de coragem, indecisão e despreparo, que com a ajuda do grupo de apoio podem ser superadas.

Belo material de refl exão nestas páginas. Desejo boa leitura e encerro com dois de nossos lemas pertinentes ao assunto do mês: “Nada muda se eu não mudar” e ”Nós somos um grupo de ação e não de falação!”.

E lembrando nosso querido padre Haroldo, em relação à substituição ao medo e à falta de coragem: Medo de nada! Só amor! Alegria!

Luiz Fernando Cauduro - Presidente da FEAE

SUMÁRIO

ESPIRITUALIDADEPÁG. 4

COLUNA D. MARAPÁG. 3

PRINCÍPIOS BÁSICOSPÁG. 5

ENCARTE DO MÊSPÁGS. 6 e 7

PREVENÇÃO / FRUTOS DO AEPÁG. 8

LIANE CASTRILLONPÁG. 9

PRINCÍPIOS ÉTICOSPÁG. 10

Page 3: REVISTA Amor-Exigente

*Mara Silvia C. de Menezes é Presidente do Conselho Deliberativo da FEAE

REVISTA 3

Coluna da D. Mara

Mais uma vez falando de PRE-VENÇÃO à dependência quí-mica, me dirijo à família pontu-

ando situações que me parecem muito claras e verdadeiras.

Há alguns anos saímos do Congresso de Amor-Exigente em Londrina, no Pa-raná, convencidos de que era preciso nos reeducar para educar. Será que agora, tomamos consciência de que muitas famílias dão uma educação que não educa? Nas últimas décadas, vimos crescer o conhecimento e a importância dos pro-fi ssionais que nos ajudam a cuidar de nossos fi lhos e netos: psiquiatras, psi-cólogos, psicopedagogos, psicotera-peutas, enfi m uma infi nidade de gente e de livros nos dizendo o que fazer ou como fazer para educar, reeducar e as-sim, inseri-los ao mundo de modo cor-reto. Tudo isto foi bom, e é louvável que os profi ssionais valorizem a formação e as ações deles mesmos.

Mas pais e líderes do Amor-Exigente não podem perder a visão de conjun-

to que ganham nos grupos de apoio. Sobretudo não podem perder o conhe-cimento que têm da pessoa a ajudar. A intuição que brota no coração da mãe, fruto do amor e de anos e anos de convivência, observação próxima e constante, tem que ser levada em con-ta, podendo mesmo se equiparar ao desempenho de um especialista des-ta área. As informações e atualização permanentes a partir da comunidade e do convívio com diferentes realidades nos grupos de apoio devem ser apro-veitadas.

Defi nido o objetivo, identifi cadas as prioridades e formulado o plano de ação, vamos buscar os recursos para atingir nosso alvo.

Terminando, quero citar o infl uente bi-ólogo americano E Wilson que defi ne como uma das facetas básicas da na-tureza humana o tribalismo, ou seja, a necessidade imperiosa de pertencer a um grupo, em que os membros cedem a sua individualidade assumindo sem questionar as regras e conceitos da tri-bo. Chega o momento em que nossos

fi lhos vão deixar a tribo familiar para se ligarem a um grupo, atraídos ou por suas características e conceitos ou por seus métodos de atuação... Nesta fase adolescentes e jovens precisam ser acompanhados e conduzidos por seus pais e/ou responsáveis para garantir que sejam feitas as escolhas corretas.

A fi liação ao grupo pelos jovens implica em decisões essenciais tanto para o Bem como para o Mal. Nas agremia-ções protestantes, as famílias orientam as crianças e jovens a fazerem parte de grupos religiosos que atuam como ver-dadeiras tribos e se têm mostrado um importante instrumento de estruturação moral, atestado pelos altos coefi cientes de honestidade, responsabilidade, res-peito, seriedade, competência e sobrie-dade de cidadãos nos países em que estas denominações são dominantes.

Para refl etir: Será que o modelo de educação que estamos usando real-mente educa?

ATITUDENada, nada muda se fi carmos estagnados, se não entrarmos em ação. Tomar atitude, entrar em ação é vital no elo sequencial dos Princípios Básicos do Amor-Exigente.

Page 4: REVISTA Amor-Exigente

*Por Haroldo J. Rahm, SJ

A possibilidade daMUDANÇA POSITIVA

REVISTA4

Espiritualidade

Se confessarmos nossos pecados, Deus é fi el e justo para perdoar os nossos pecados e purifi car-nos de toda iniquidade.” (1Jo 1, 9).

Tomar atitude precipita crise. Vamos nos preparar, não permitir abusos e desrespeitos e cuidar para que nossas atitudes sejam corretas e corajosas. Devemos assumir po-sições claras e bem defi nidas e ser fi rmes e perseveran-tes, sem nos omitir, nem delegar responsabilidades para terceiros.

CriseO homem bom, do bom tesouro de seu coração, tira o bem. O homem mau, do seu mau tesouro, tira o mal: pois o que sua boca fala é o que transborda o coração” (Lc 6, 48).

Mais de 300 mil pessoas morrem a cada ano como resulta-do de abuso de álcool e outras drogas. Crianças cujos pais abusam de álcool e de outras drogas vivem no isolamento e logo têm hábitos anti-sociais como mentir, ser violento, usar drogas e roubar.

Tudo isso causa a “crise”. Da crise bem administrada sur-ge a possibilidade da mudança positiva. É uma ideia de extrema importância para que possamos atingir os resulta-dos desejados. Devemos ter um plano de ação com metas, prioridades e de fazer o que precisa ser feito, sem pena do outro ou de si mesmo. Sempre que falo com profi ssionais eles sublinham a importância de agir corretamente na crise. Um dia ouvi isto: “Os pais precisam tanto encher o balde de autoestima de seu fi lho que o resto do mundo não possa furá-lo o sufi ciente para esvaziá-lo até fi car seco”. Portanto, vamos tomar conta desses baldes e tentar encher de auto-

estima e respeito por si mesmos nossos fi lhos, netos, vizi-nhos, estudantes ou qualquer jovem com quem tenhamos contato. Assim, com mãos dadas e o Espírito nos inspiran-do, vamos enfrentar o problema número um da juventude: DROGAS! CompreenderDeclarações categóricas estão quase sempre erradas: “To-dos os negros são assim. Todos os brancos são assado. Todos os dependentes são (assim ou assado). Quem não consome drogas jamais entende (seja lá o que for)”. Mas eis uma que resiste a qualquer exame: “Somos todos seres humanos hesitantes”.

Como tais, devemos cultivar a compreensão o melhor que pudermos. Sem compreensão não damos aos outros o di-reito de ser “humanos”!Tolero as imperfeições dos outros? “Senhor, sempre que rezo o “Pai Nosso”, faze-me consciente de que chamar-te de Pai faz de todos os homens meus irmãos e de todas as mulheres minhas irmãs.”

“O homem quis tomar emprestado de Isaac – um político local – o seu jegue, e Isaac disse: - Infelizmente não posso emprestá-lo. O Jegue não está aqui.Aconteceu que neste momento o jegue deu uma zoada.- Mas estou ouvindo o seu jegue.- Você vai acreditar em um jegue ou em minha palavra?”Em Cristo sejamos com palavras honestas!“Pai, conceda-me a disposição para lidar com o dia de hoje, em vez de fi car atormentado pelo passado ou pelo futuro.” Assim não teremos crises.

Neste mês, também sinto-me motivado a tomar uma atitude em relação a esta revista: no desejo de que

cada vez mais pessoas tenham acesso à matéria que vem no centro da revista com o título “sugestões para reuniões do mês” autorizo a partir deste mês que ela seja xerocado nos grupos, no sentido de facilitar o entendi-mento da metodologia das reuniões.

Tal artigo também vai ser disponibilizado no site no pri-meiro dia do mês para que possa ser consultado no caso de atraso no recebimento da revista.

São atitudes provisórias, enquanto estamos trabalhando para que a revista possa chegar de uma maneira mais prática e em número maior às mãos de nossos queridos leitores e voluntários ansiosos para fazerem reuniões cada vez melhores!

Incentivo também a todos tomarem uma atitude que mui-tas vezes fi ca esquecida em nossas ações: voltar a pedir novas assinaturas da revista, tendo o impresso para este fi m junto aos avisos de abertura dos grupos! Com respei-to e fraternidade, Luiz Fernando Cauduro.

Recado do Presidente

Page 5: REVISTA Amor-Exigente

*Por Carlos Alberto Torres Ribaldo, de Campinas/SP

Quantas vezes nos deparamos com situações nas quais perce-bemos que a ausência de nossa

intervenção, de uma tomada de atitu-de, de uma decisão mais fi rme, foi cau-sadora do agravamento do problema.Muitas vezes, este agravamento faz com que o problema se torne crônico.Ao refl etirmos de forma mais neutra, fugindo do centro do problema, desco-brimos que estivemos ausentes.

Mas, qual o motivo que nos levou a esta falta de intervenção? Pode ter sido a falta de coragem... Isto ocor-re por não dominarmos a situação, por nos sentirmos enfraquecidos frente ao problema, por total desconhecimento das causas e das consequências do mesmo.

Para tomarmos uma decisão precisa-mos alimentar nossa coragem. Esta alimentação é feita através de nosso estudo, do comparecimento a reuniões de grupo onde tomemos consciência dos por quês. Então vejamos: será que o que nos levou a ter este problema, é fruto de desvios de conduta ou de uma doença? Será que nossa atitude permissiva agravou mais a situação? Quais as consequências de minha ati-tude, o que ela pode causar e como irei me posicionar frente à reação que será iniciada?

Um dos pedidos feitos aos novos fre-quentadores de grupos do Amor-Exi-gente é que só tomem atitude quando

se sentirem fortalecidos.

É comum ouvirmos de profi ssionais em geral que na vida corporativa ‘’é preciso matar um leão por dia”, no sen-tido de enfrentar as difi culdades, trans-pondo todos os obstáculos que surjam em nosso dia-a-dia. Na vida social-fa-miliar, não é nada diferente, Você terá que ser um atleta na transposição de obstáculos.

Pode ser indecisão...A indecisão é um estado emocional de afl ição em que nos sentimos inca-pazes de escolher entre duas ou mais opções que se nos apresentam.

Em razão desta afl ição somos leva-dos a buscar um série de desculpas, e autodesculpas para não decidir o que fazer. A preocupação está igual às que apresentei anteriormente, ou seja, a falta de conhecimento profundo das causas e consequências do problema.Ha’ outro motivo para a falta de deci-são mas esperamos, que você já es-teja em um estágio de conhecimento do programa de Amor-Exigente, que permita que eles sejam eliminados de sua vida; é o caso da CULPA, que foi tratada quando estudamos o 5º Princí-pio de AE.

Não podemos criar ou permitir que criem justifi cativas para nos tolher a capacidade de ação, de enfretamento do problema.

Ou despreparo...Considerando que o programa Amor--Exigente é uma forma de sermos preparados para caminharmos com fi rmeza, sendo donos das decisões da nossa vida, suportando tudo que se apresente de bom e de ruim, nunca nos sentiremos despreparados se for-mos fi el ao Programa.

A condução de nossa família, a deter-minação de como ela se portará frente ao mundo, é uma responsabilidade de cada um dos seus membros. Sabemos que não podemos mudar uns aos ou-tros mas, juntos poderemos ter a vida como queremos, perfeita dentro da nossa concepção.

Não existe falta de tempo, não existe acomodação, ou qualquer outra ra-zão para que nossa família fi que em segundo plano. Temos que conduzi-la com fi rmeza, sem autoritarismo, enca-minhando a família para o mundo. Os nãos que necessitarem serem ditos exigirão coragem, mas farão com que todos da família saibam, mesmo que isoladamente, dizer não para coisas que não são boas para eles.

A nossa atitude de fi rmeza apesar de gerar insegurança, quando tomada, irá criar uma nova vida liberta do passado de inseguranças. A busca da felicidade poderá ser um caminho árduo e reple-to de obstáculos, mas se nos prepa-rarmos estaremos tomando decisões acertadas.

Falta de coragem, indecisão, despreparo...

Princípios Básicos

REVISTA 5

AE na Mídia

- Os voluntários de Pelotas/RS tiveram um artigo publicado no jornal Diário da Manhã. O texto opinativo apresentava o Amor--Exigente aos leitores e dava detalhes do programa que salva tantas familias;

- O Portal Bem Paraná, de Curtiba/PR, deu destaque para o período de inscrições para o 12º Congresso de Amor-Exigente;

- A Rede Vida de Televisão acompanhou o encontro de li-deranças do AE que foi realiza-do em Campinas/SP;

- O Portal A Crítica, de Campo Grande/MS, publicou uma ma-téria falando sobre a campa-nha “troco solidário” que bene-fi ciou os grupos da cidade;

- O Portal da Notícia divulgou a abertura de um novo grupo no noroeste paulista, na cidade de Aurifl ama/SP.

Page 6: REVISTA Amor-Exigente

7º PRINCÍPIO - “Tomar atitude precipita crise”

Princípio Infl uenciador

*Colaboração: Leonel Francisco Almeida Leite, de Campinas/SP

Sugestões para reuniões do mês

Este Princípio, Tomada de Atitude, é um Princípio Preparador. Ele nos prepara para a crise, já que tomar atitude gera a crise. Precisamos estar bem preparados para enfrentar o que vem pela frente.

Nos seis primeiros Princípios, nós nos conhecemos e nos avaliamos. Com base nos seis Princípios iniciais utilizados para au-toconhecimento estamos prontos para Tomar uma Atitude. Assumir posições claras e bem defi nidas. Ao tomar uma decisão, ser fi rme e perseverante.

Este Princípio é o que faz a diferença, pois a partir dele iniciamos a real mudança de comportamento pessoal a qual nos traz a possibilidade de nos tornarmos melhores e sermos mais felizes.

Princípio com enfoque EUTomar uma atitude é algo complexo, exige coragem, exige o enfrentamento de nossos medos, exige ação e, sobretudo exige preparo, orientação e apoio.

- Fiz autoavaliação com base no que aprendi até o 6° Princípio e nos depoimentos?- Sou sincero nas partilhas?- Percebo o quanto sou Modelo, percebo a importância do meu depoimento principalmente os que de fato foram marcantes e positivos ?- Tenho coragem de enxergar e assumir meus comportamentos errados? - Ao tomar atitudes sou fi rme, perseverante, penso só em mim e em como me sair bem?

Princípio com enfoque EU e o OUTROA tomada de atitude gera crise, por isso são importantes duas posturas:1) Que estejamos unidos, falando a mesma língua.2) Que compreendamos a importância de uma real avaliação que nos mostre as possíveis consequências de nossos atos e dos problemas que estamos enfrentando.Sem estas avaliações não teremos sucesso, não alcançaremos nossas metas.

- O que está acontecendo de fato?- Quais comportamentos estão inadequados?- Quantas vezes, ele (ela) voltou de madrugada e visivelmente alterado?- Quanta vezes, ele (ela) mentiu, enrolou, foi desonesto?- Quantas vezes faltou à escola ou a outros compromissos sociais?

Princípio com enfoque EU e o OUTRO

1ªSEMANA

2ªSEMANA

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Page 7: REVISTA Amor-Exigente

Princípio com enfoque EU e a SOCIEDADEA “sua” sociedade é o conjunto dos meios de comunicação, das entidades, organizações, ambientes e pessoas externas à sua casa com os quais você interage, mantém contatos, relações e vínculos. Tudo aquilo que infl uencia o seu modo de pensar e agir e/ou, que pode ser infl uenciado por ele.

- Faça alguma coisa para melhorar o ambiente que você vive e atua seja ele no trabalho, família, entidade, etc;- Faça alguma coisa para corrigir algo que após avaliação criteriosa você defi niu como errado.

Princípio com enfoque EU e a SOCIEDADE

Rever nossos Princípios Éticos- Agir com respeito e fraternidade no relacionamento com entidades afi ns.- Como você o enxerga e o pratica?- Agir com respeito e fraternidade com entidades, comunidades e organizações afi ns.

Rever nossos Princípios Éticos

ATITUDES COM FÉ

Conta a lenda que a querida mãe de um poderoso general chinês foi devorada por um enorme tigre. Ele prometeu a si mesmo que acharia o tigre e o mataria. Um belo dia, andando pela fl oresta avistou uma pedra enorme e achando que era o tigre, atirou uma fl echa com tamanha fé e determinação que a fl echa inteira fi ncou na pedra, até suas penas. Mas quando percebeu que era uma pedra apenas, atirou outras fl echas e não mais conseguiu perfura-la. Mais tarde ele passou a ser chamado General Tigre de Pedra, deixando bem claro o poder da sua fé e da sua determinação, no momento que tomou a atitude.

Assim como o General Tigre de Pedra ao aderirmos com fé e determinação ao Programa Amor Exigente, nossas atitudes baseadas nos Princípios que aprendermos, e se a eles nos entregarmos, nos conduzirão ao caminho da vitória.

3ªSEMANA

4ªSEMANA

ESPIRITUALIDADE

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5ªSEMANA

Faça uma retrospectivaFaça uma retrospectiva do mês, avalie como andou. - Fizemos progressos em nossas vidas ? - Perseveramos em nossas metas semanais, se sim? Ela está sendo acumulativa? Ou seja, assimilo-a em minha vida e inicio outra sem deixar de praticar a meta atingida? Se não, o que fazer para atingi-las ?- Estamos caminhando? - Como vai minha espiritualidade, tenho fé em algo superior que me dá sentido à vida ?

Page 8: REVISTA Amor-Exigente

REVISTA8

Cecília Meireles no poema “Isto ou aquilo”, põe em evidência o drama da liberdade: poder es-

colher, saber escolher e mais, acertar na escolha. Seria fácil se não fosse a complexidade do ato decisório. A perda é implícita como na poesia. Impossível agradar a todos e a si próprio. Encontrar uma solução de-fi nitiva que proporcione um respiro aliviado é pura fi cção.

São muitos os fatores intervenientes em jogo numa tomada de atitude. As pessoas envolvidas tendem além de visões díspares sobre o que ocorre, a oferecerem “a solução” não uma possibilidade; isto gera mais confl ito. Urge uma resposta rápida que exor-cize a angústia da expectativa. Vale tudo contanto que o pesadelo termi-ne. Mas a vida é processo dialético com antíteses inimagináveis ...

Numa sociedade polifônica a difi cul-dade aumenta exponencialmente, dado às miríades de opções soma-das ao egocentrismo. Receita que defl agra uma onda de “autismo so-cial” inteiramente em oposição à na-tureza grupal do ser humano. O peri-go é o pensamento único (monismo) que tanto sofrimento ocasionou e causa ainda nos casos de fanatismo ideológico ou religioso. “ A mente é como paraquedas, só funciona quan-do aberta” (Lord Thomas Dervar)

Muitas vontades estão em jogo diante da difi culdade de prever uma solução aceitável para todos os envolvidos. O terreno é minado e todo cuidado é pouco. Não adianta queimar eta-pas cada um está em processo, em estágios diferentes de maturidade e com referenciais do tradicional ao poli amor.

O que fazer para desanuviar o clima dramático e possibilitar manifesta-ções de protesto, desabafos, mágo-as, desejos de tal modo que todos

se sintam respeitados e importantes na busca de um consenso? Poderá haver necessidade de consultoria es-pecializada – saber não ocupa espa-ço; quanto maior o conhecimento da problemática em foco melhor será a atitude tomada.

É importante recordar os seis princí-pios anteriores. Todos eles apontam para a importância da responsabili-dade pessoal no convívio diário em qualquer contexto. Isso signifi ca o quanto é importante o papel de cada um. Dizem que o ser humano só aprende depois da tragédia quando sua onipotência rui entre os escom-bros das escolhas unilaterais.

Manter uma atitude aberta às possi-bilidades, de escuta atenta e princi-palmente anistiar os erros passados – tentativas frustradas de acertar a mão.

A tomada de atitude tem prazo de va-lidade pois a vida exige ajustamentos, reciclagem, descarte. O que ilumina o processo é a decisão fundamental de fazer o melhor por si mesmo, para o próximo e pelo planeta.

Com ânimo decaído não é possível entrever novas confi gurações. Aí o grupo de apoio contribui efi cazmente para a mudança de ótica.

A alegria de poder decidir revela que o ser humano não é obrigado a cum-prir script nem dos instintos nem do midiático. É sobre o insólito cotidiano que se edifi ca o amanhã. Curtir o du-rante é viver, seja difícil, desafi ador, mas é biográfi co.

O Amor-Exigente motiva e mobiliza para que cada um descubra sua for-ça interior – seus recursos que esta-vam em “ponto morto”. E aí tudo se transfi gura. O que parecia ser o fi m é uma radiante aurora.

Par ou ÍMPAR

se sintam respeitados e importantes na busca de um consenso? Poderá haver necessidade de consultoria es-pecializada – saber não ocupa espa-ço; quanto maior o conhecimento da problemática em foco melhor será a

É importante recordar os seis princí-pios anteriores. Todos eles apontam para a importância da responsabili-dade pessoal no convívio diário em qualquer contexto. Isso signifi ca o quanto é importante o papel de cada um. Dizem que o ser humano só aprende depois da tragédia quando sua onipotência rui entre os escom-

Manter uma atitude aberta às possi-bilidades, de escuta atenta e princi-palmente anistiar os erros passados – tentativas frustradas de acertar a

A tomada de atitude tem prazo de va-lidade pois a vida exige ajustamentos, reciclagem, descarte. O que ilumina o processo é a decisão fundamental de fazer o melhor por si mesmo, para

Com ânimo decaído não é possível entrever novas confi gurações. Aí o grupo de apoio contribui efi cazmente

A alegria de poder decidir revela que o ser humano não é obrigado a cum-prir script nem dos instintos nem do midiático. É sobre o insólito cotidiano que se edifi ca o amanhã. Curtir o du-rante é viver, seja difícil, desafi ador,

O Amor-Exigente motiva e mobiliza para que cada um descubra sua for-ça interior – seus recursos que esta-vam em “ponto morto”. E aí tudo se transfi gura. O que parecia ser o fi m é

ÍMPAR“...nada se perde, tudo se transforma” Lavoisier...

*Por Liane Castrillon, membro do Con-selho Deliberativo da FEAE

Page 9: REVISTA Amor-Exigente

REVISTA 9

*Por Lusimar Alvares, voluntária de Campinas/SP

Começo por alguns conceitos. Respeito, em sua origem em latim (respectus), signifi cava “olhar outra vez”. As-sim, algo que merece um segundo olhar é algo digno

de respeito. Fraternidade também vem do latim (frater) e está ligado a irmão, irmandade.

No 7º Principio Ético, o Amor-Exigente nos convida a rever nossos posicionamentos frente a outros grupos, entidades, setores e, em meu entender, o leque abre-se para todos os segmentos da sociedade que possam contribuir com nossa formação.

Proponho, então, que revejamos nos-sa postura em algumas situações. Por exemplo, como deve se comportar um familiar, ao ser notifi cado em escola/ condomínio onde reside, por conta de reclamação contra seu fi lho, ou neto? Quase meia-noite, no salão de festas do mesmo condomínio, a maioria de seus ruidosos convidados insiste no karaokê, ou no pagode, ou em qual-quer outro tipo de música... fazer o quê?

Ou qual deve ser a postura de um(a) motorista atrasado(a), ao deixar a criança na escola?

Ou ainda como deve ser a conduta de um motorista numa estrada engarrafa?

As situações podem ser as relacionadas anteriormente ou de outro tipo. O que todas terão em comum será a possi-bilidade de, em função de benefício próprio, tomar-se uma atitude precipitada e por isso egocêntrica, sem olhar detalha-damente o outro, o irmão.

Nosso mundo nos ensina a desejar o poder, a sermos indi-vidualistas, a acreditar que somos melhores. O “cara”, um V.I.P (Very Important People, em tradução livre: melhor que os outros). Esse egocentrismo nos leva a não enxergar o outro, o igual; nos leva a pensar que somos melhores que o outro, que nossas ideias devem prevalecer.

Então, a entidade condomínio é desrespeitada na fi gura de quem está lá, por exemplo, para não permitir jogo de bola na garagem (“quem aquele porteirinho pensa que é pra perse-

guir o Zezinho?”). Ou ainda inverte-se a lei, no caso a do silêncio (“os incomo-dados que se mudem...”).

Em outros casos o Código de Trânsito Brasileiro é desrespeitado ao se esta-cionar em fi la dupla, ao trafegar pelo acostamento (“ os trouxas que espe-rem!”). E por aí vai.

Para a harmonia, para o convívio so-cial é necessário que haja regras e que as obedeçamos. Quando se contrata

um serviço, quando se matricula alguém num curso, quando se muda para um condomínio, quando se tira a Carteira Na-cional de Habilitação etc., aceitam-se regras que não podem ser mudadas apenas pela vontade individual, já que essas regras foram estabelecidas em respeito ao ‘outro’. Ao de-sautorizar um funcionário, ao desrespeitar códigos de aceite anterior, o indivíduo está se colocando como ‘melhor que o outro’, não compreendendo que a sociedade ideal precisa de normas e cabe a cada um respeitá-las.

Você já pensou que, do ponto de vista do outro, ‘vocé é o outro’? O AE nos ajuda a compreender que ninguém é me-lhor que o outro e que através do respeito mútuo atinge-se a serenidade.

Princípios Éticos

REVENDO posicionamentos

NOVEMBRO06, 07 e 08 - Curso para familiares e coordenadores de grupos (Soltaniéh - Campinas/SP)

27, 28 e 29 - Assembleia geral e encontro de regionais (Soltaniéh - Campinas/SP)

OUTUBRO16, 17 e 18 - Curso de frutos do AE (Soltaniéh - Campinas/SP)

30, 31 e 01/11 - II Curso para familiares,coordenadores e voluntários(Gravataí/RS)

SETEMBRO18, 19 e 20 - Curso PQVAE-Escola (Soltaniéh - Campinas/SP)

AGOSTO21,22 e 23 - Curso para familiares e coordenadores de grupos (Soltaniéh - Campinas/SP)

JULHO16, 17, 18 e 19 - Congresso AE (Curitiba/PR)

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Page 10: REVISTA Amor-Exigente

REVISTA10

América do Sul Exigente

Estimados compañeros de camino, con gratitud y entrega comparto con ustedes mi sentimiento y ex-

periencia sobre el séptimo principio básico de nuestro querido programa de vida, TOMAR ACTITUD.

En mi hogar, un frío sábado a la noche en el mes de julio de 2011, por primera y última vez, pronuncié una breve pero signifi cativa frase:

“Si sales por esa puerta para ir a com-prar drogas no volverás a entrar”. Él salió. En la madrugada del domingo, aunque lo intentó, no volvió a entrar.

Esa noche, y los dos días que siguie-ron, tanto él como yo, tomamos acti-tud. La mía fue una actitud distinta a las que previamente había tomado: “no negocio con la droga”. Su actitud fue la misma que hacía ya tres años venía to-mando: “tu eres la culpable de que yo esté como estoy pero si me abres la puerta dejaré de consumir”.

No abrí. En ese momento yo no conocía AE. El siguiente martes, mientras atra-vesaba el que creía era el peor caos de mi vida (el devenir de los hechos me demostró que peor era seguir como es-

taba), una amiga me habló sobre AE y sus representantes en Uruguay. El mi-ércoles logré contactarme con Eduardo Modernell quién con fi rmeza y amabi-lidad me dijo: “Debes serenarte com-pañera, noto en ti mucha ansiedad,… hay esperanza,…, tu mereces vivir me-jor,… lleva tiempo pero se puede,…” . Y me alentó a concurrir a un grupo el jueves a la noche.

Escuché, esperé. Fui. Casi sin saberlo volvía a tomar actitud. Tomé actitudes distintas a las que habían conducido mi vida por tanto tiempo como el que lleva-ba envuelta en una relación “conyugal” con un adicto a sustancias químicas en carrera. Yo no sabía que eso generaría tantos cambios, pero mi vida cambió.

AE me ayudó a sostener mi actitud (vaya que no es fácil pero se puede) y me reabrió los ojos y el alma ante la vida. Este programa, de auto y mutua ayuda, basado en la acción, en fi jarse metas, cortas o no tanto, pero claras y en aras de alcanzar nuestros objetivos de vida, me devolvió mi ser y la alegría de existir.

Este séptimo principio, que nos anima a entusiasmarnos, que nos llama a de-

jar la haraganería que genera el confort de lo conocido y nos devuelve el placer de buscar más allá, buscar en el lugar desde el que llama la nueva vida, nues-tra propia vida, la que se construye día a día proponiéndonos estar cada día mejor, nos exige prepararnos. Nos ad-vierte sobre el hecho de que al tomar actitud en nuestras vidas generaremos la posibilidad de cambios, es decir de procesos de crisis, de oportunida-des de crecimiento, oportunidades de transformación o metamorfosis.

Compañeros, siempre tomamos acti-tud pero debemos cuestionarnos qué actitud tomar, para qué, por qué ahora, cómo la sostengo, … . Preparémonos con alegría para tomar actitudes que transformen nuestras vidas y vivamos la metamorfosis como si fuera ponerse el mejor traje para la nueva vida que estamos construyendo. Funciona de maravillas, se puede!

Gracias y vayan mis saludos a todos ustedes,

Inés Urrestarazu, coordinadora Gru-po AMOR, Regional Uruguay

O Princípio “Tomada de Atitude” nos ajuda na prepara-ção de uma caminhada bem planejada, ponderada, mensurada e fi rme nas nossas decisões do dia a dia.

Digo, no dia a dia porque todos os dias temos que tomar decisões na nossa vida.

As pessoas chegam ao grupo, especialmente no Frutos do AE, querendo tomar várias atitudes na tentativa de se liber-tar do vício da droga e do álcool. Desejam resgatar a con-fi ança da família, recuperar o emprego perdido, retomar os estudos, enfi m, querem arrumar toda a desordem de uma só vez. São tantas as áreas da vida que foram afetadas nega-tivamente, ao longo de um tempo razoável, que elas terão que se planejar e organizar esse início de vida nova, como costumamos falar em nossos grupos.

O desafi o maior no início é romper com as mentiras, en-ganações, preguiça, agressividade, impulsividade, ou seja, deixar de agir sempre pela emoção. Na vivência desse Prin-cípio a pessoa começa a refl etir e se preparar racionalmente para resolver uma coisa de cada vez buscando serenidade

nas suas ações. A começar pelas coisas simples e práticas, como: atitudes de cuidar de suas coisas, auxiliar nas tarefas da casa, atividade física, praticar melhor sua espiritualidade, responsabilidade nos compromissos assumidos, lazer prote-tor, enfi m, atitudes que contribuem para o início de uma vida na sobriedade e não só na abstinência.

É gratifi cante ver um companheiro partilhar com o grupo as atitudes que deseja tomar e, através do retorno, ouve as experiências vividas de uma situação semelhante, como também a orientação e a sugestão do Princípio para aquela decisão! A pessoa sai do grupo mais aliviada e confi ante na forma de conduzir a ação.

As metas são fundamentais neste processo, pois funcionam como uma alavanca para mudar o que tem que ser mudado.

Muito bom descobrir que viver na sobriedade exige uma con-duta de paciência , calma, sabedoria e acima de tudo uma espiritualidade alimentada para agir com fraternidade nas relações interpessoais!

Frutos do AE

DESAFIO: romper com as enganações*Por Márcia Cordér, volun-tária de Londrina/PR

Page 11: REVISTA Amor-Exigente

REVISTA 11

Memória

Do livro “ Mostrar Caminhos “

Ohomem e, por extensão, a socie-dade estão sempre procurando um meio de evitar a crise. É o

chamado “jeitinho brasileiro”, o jeitinho da acomodação. O Marcelo lembra que a indústria farmacêutica tem na produ-ção de analgésicos e calmantes o seu maior faturamento.

Crises implicam dor, desconforto, inse-gurança, criam a oportunidade de rom-per com o passado, abrem a possibili-dade do novo.

Constantemente o fi lho drogado ou com comportamento-droga está crian-do crises. Quem gera a crise a adminis-tra. Esses fi lhos necessitam de crises, do caos para poder sobreviver no estilo de vida que criaram: o caos. Sem ele estão perdidos!

Refl ita: quando os fi lhos são sempre geradores de crises nós fi camos so-mente na reação e não na ação. Temos de criar crises para poder agir, para po-der administrar. Ao criar uma crise pre-cisamos estar compromissados com a verdade, livres dos sentimentos de simpatia e antipatia, isto é, sem raiva, sem sentimentos de vingança, sem re-vanchismos, sem justifi cativas.

Provavelmente você vai constatar que seus recursos são limitados. Não hesi-te em buscar ajuda. Estabeleça metas e as ordene. Comece pelas mais fáceis de ser implementadas, fazendo uma coisa de cada vez. Crie uma cumpli-cidade sadia com o seu parceiro. Es-

tabeleça pontos de concordância, dei-xando as divergências para uma etapa posterior.

Converse com o parceiro, procure sa-ber como ele está, o que vive nos re-cônditos de sua alma. Fale de você, dos seus medos, das suas dores, cho-re, seja humano. Só não chore diante do fi lho, pois ele tenderá a manipular este fato. Anote as suas fraquezas e as vigie. Seja coerente. A incoerência de-sestrutura o intimo do homem.

Procure um Grupo de Apoio. Ponha a macrofamilia a par do que está acon-tecendo e peça sua cooperação. Caso ela não possa ou não queira colaborar pelo menos que não atrapalhe.

Faça duas listas: uma com as qualida-des do fi lho e a outra com as difi culda-des. Trabalhar com o positivo é muito mais pedagógico e frutífero. Ao promo-ver as qualidades restringimos a opor-tunidade de as difi culdades se manifes-tarem. Caso se manifestem, corrija-as.O desenvolvimento pessoal comporta a cada instante uma certa renuncia. Ter de escolher implica viver um processo de tensão: escolha e tensão são inse-paráveis (momento de crise). Evitar cri-ses é estagnar o desenvolvimento do Junior e nosso também.

Hoje nós, pais, encontramos imensas difi culdades em dizer não aos fi lhos, a impor caminhos coerentes com os prin-cípios que norteiam as relações fami-liares. Assim não estamos preparando

o Junior para os “não” da vida, para os momentos de profunda frustração; não os estamos preparando para os ideais da vida.

“O não mais educativo é aquele que conseguimos que o jovem pronuncie para si mesmo.”

Não tenhamos medo de criar crises para nossos fi lhos, contato que não as criemos insolúveis, desleais, injustas, inoportunas e indignas, crises não ge-radas por um ato genuinamente amo-roso. Sem autoridade jamais podere-mos criar “crises construtivas”.

Claro que deve haver intimidade e ami-zade, mas, se não houver respeito à autoridade, o edifício sobe sem alicer-ces e fatalmente desabará.

Ao criar uma crise devemos estar pre-parados para a chantagem e o jogo emocional, para as agressões moral, verbal e física, para o desacordo da macrofamilia e da sociedade. Criar crises é um risco? Sim...o risco de dar certo!!

Os pais que querem que seus fi lhos dêem certo devem escolher a melhor alternativa, mesmo que não seja a mais fácil, para os fi lhos e para si próprios.

Os fi lhos são um investimento a médio e longo prazo e os pais têm de deixar de tomar decisões a curto prazo a res-peito dos caminhos a ser trilhados por eles.

*Por Neube J. Brigagão, in memorian

Page 12: REVISTA Amor-Exigente

F E D E R A Ç Ã ODE AMOR-EXIGENTE

Realização: ARAECPromoção: Organização: Agência de turismo:

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UMA VISÃO TRANSFORMADORA

PRECONCEITO NÃO, SÓ AMOR!

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16 A 19 DE JULHO DE 2015TEATRO POSITIVO (GRANDE AUDITÓRIO)

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apresenta:

“A gente tem que sonhar, se não as coisas não acontecem”Oscar Niemeyer [1907-2012]

Informações, entrevistas e tudo sobre a FEAE você encontra no quadro se-manal AE na TV, dentro do programa ‘Vida Melhor’. A exibição é feita às segundas-feiras, a partir das 12h30. A cada semana um tema com a credibili-dade que você já conhece. Então não perca: na Rede Vida de Televisão ou pelo site www.redevida.com.br

Informe-se com o nosso mural de

Recados

NOVIDADE: No 1º sábado de cada mês, Amor-Exigente também na Rádio 9 de Julho (AM 1600) - a emissora da Arqui-diocese de São Paulo/SP. A participação é no programa “Tocando em frente” com o psicólogo Ivanildo Andrade e o espe-cialista em dependência química Florenti-no dos Santos Filho. São trabalhados os Princípios e metas do AE para permitir que a família esteja cada vez melhor.

Prevenção

*Por Bernadete Maciel, Coordenadora Nacional de Prevenção da FEAE

Sabemos que somente o que é verdadeiro e au-têntico perdura no coração da humanidade. E é assim que vejo a prevenção no Amor-Exigente. Aprendemos muito ajudando e apoiando os pais nos grupos permanentes e esses ensinamentos, experiências e verdades são transmitidos em nossos Cursos de Prevenção.

É bem verdade que usamos uma nova roupagem e linguagem para não assustar os pais de crian-ças tão pequenas ainda muito longe da realidade da dependência química, mas com carinho e fi r-meza vamos mostrando caminhos e gerando as refl exões sobre comportamento e atitudes impor-tantes para que possamos ser felizes hoje.

Trabalhamos grandes verdades. Resgatar valores e espiritualidade é o nosso grande trunfo, o moti-vo de nosso sucesso. Meu amigo Roberto Gobbo me ensinou uma grande verdade em uma de suas refl exões: “A paciência e a fé são as armas pode-rosas que nos mantém em pé e se apresentam como um grande guarda-chuva para nos proteger até que nossa imensa capacidade de reagir nos mostre os caminhos a seguir em busca da fase ensolarada, que sempre volta”.

Todos nós sabemos o quanto é difícil convencer os pais da importância da prevenção, mas não percamos a fé, tenhamos paciência e perseveran-ça. Sabemos que nossos cursos são fonte inspi-radora para os pais, um bálsamo de aprendizado e uma trilha que os conduz ao autoconhecimen-to e a uma avaliação contínua de suas posturas diante da vida e dos seres humanos.

Cada família que ajudamos, cada criança que aprende a dizer não às drogas, é a nossa grande vitória. É isso que move cada um dos voluntários desta grande família Amor-Exigente. Força, fé e alegria, meus amigos!

O TRABALHO de grandes verdades