resumo treinamento resgate basico altura

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www.marski.org Serviços e Treinamento em Altura É incerto e não há registros de quando e onde surgiu o alpinismo industrial de forma profissional.Fatos apontam para o início da década de 1970,quando empresas de engenharia de países como França,Espanha e Inglaterra perceberam as vantagens de substituir a mão-de-obra tradicional por escaladores de rocha.Essas empresas descobriram no método uma solução rápida ,prática e segura para serviços em altura. Já no final da década de 1970,na Grã-Bretanha,os próprios escaladores viram nesta atividade uma saída para poderem continuar praticando seu esporte e ganhar dinheiro com trabalhos em altura. Dessa forma,começaram a surgir as primeiras empresas do que é hoje conhecido mundialmente como a indústria moderna do acesso por corda. O aumento do número de empresas trouxe a necessidade de criar regras para o mercado,principalmente nos quesitos qualidade e segurança. Em 1987,um grupo de empresas criou o IRATA Industrial Rope Access Trade Association ou Associação Comercial do Acesso por Corda,primeira associação de empresas do setor. O IRATA nasceu com o objetivo de promover e manter o padrão das atividades industriais do acesso por corda.Depois de estruturada a associação passou a fornecer orientação, treinamento e certificação a profissionais que atuam na área. Atualmente,o acesso por corda é uma atividade reconhecida mundialmente e já conta com várias associações de empresas espalhadas em diversos lugares no mundo. No Brasil, recentemente várias empresas da área reuniram-se com a ABNT e desenvolveram a norma brasileira, ABNT NBR 15475, Acesso por corda - Qualificação e certificação de pessoas, primeira edição 26/03/2007, válida a partir de 26/04/2007 e ABNT NBR 15595:2008 e ABENDE NA 006 / Setembro de 2008 Qualificação e certificação de pessoal em acesso por corda. - O que é? As últimas décadas têm sido marcadas por sucessivos avanços científicos e tecnológicos, afetando todos os setores da sociedade. Para os trabalhos em altura não poderia ser diferente, a necessidade de um método de melhoria da qualidade, segurança, praticidade, rapidez e facilidade de acesso fez com que se desenvolvesse o Alpinismo Industrial substituindo a utilização de andaimes e escadas pela técnica de acesso por corda. Essa técnica tem sido cada vez mais difundida, vemos sua utilização para segurança sobre telhados, restauração de imóveis tombados, na contenção de encostas, na penetração em espaço confinado, no trabalho off-shore, Instalações de peças, soldas especializadas, reparos de construção civil, montagem de estruturas para eventos, poda de árvores, montagem de torres, ambientes confinados, evacuação de vitimas, entre outros. Assim, os meios tradicionais de deslocamento e de acesso já não representam mais a solução ideal, se comparados com as novas técnicas e os produtos disponíveis no mercado para os mesmos fins, sobretudo no que diz respeito aos requisitos relacionados à economia e segurança que se aplicam ao Alpinismo Industrial. - Normas - ABNT NBR 15475, Acesso por corda - Qualificação e certificação de pessoas, primeira edição 26/03/2007, válida a partir de 26/04/2007.

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Page 1: Resumo Treinamento Resgate Basico Altura

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É incerto e não há registros de quando e onde surgiu o alpinismo industrial de forma profissional.Fatos apontam para o início da década de 1970,quando empresas de engenharia de países como França,Espanha e Inglaterra perceberam as vantagens de substituir a mão-de-obra tradicional por escaladores de rocha.Essas empresas descobriram no método uma solução rápida ,prática e segura para serviços em altura. Já no final da década de 1970,na Grã-Bretanha,os próprios escaladores viram nesta atividade uma saída para poderem continuar praticando seu esporte e ganhar dinheiro com trabalhos em altura. Dessa forma,começaram a surgir as primeiras empresas do que é hoje conhecido mundialmente como a indústria moderna do acesso por corda. O aumento do número de empresas trouxe a necessidade de criar regras para o mercado,principalmente nos quesitos qualidade e segurança. Em 1987,um grupo de empresas criou o IRATA Industrial Rope Access Trade Association ou Associação Comercial do Acesso por Corda,primeira associação de empresas do setor. O IRATA nasceu com o objetivo de promover e manter o padrão das atividades industriais do acesso por corda.Depois de estruturada a associação passou a fornecer orientação, treinamento e certificação a profissionais que atuam na área. Atualmente,o acesso por corda é uma atividade reconhecida mundialmente e já conta com várias associações de empresas espalhadas em diversos lugares no mundo. No Brasil, recentemente várias empresas da área reuniram-se com a ABNT e desenvolveram a norma brasileira, ABNT NBR 15475, Acesso por corda - Qualificação e certificação de pessoas, primeira edição 26/03/2007, válida a partir de 26/04/2007 e ABNT NBR 15595:2008 e ABENDE NA 006 / Setembro de 2008 Qualificação e certificação de pessoal em acesso por corda. - O que é? As últimas décadas têm sido marcadas por sucessivos avanços científicos e tecnológicos, afetando todos os setores da sociedade. Para os trabalhos em altura não poderia ser diferente, a necessidade de um método de melhoria da qualidade, segurança, praticidade, rapidez e facilidade de acesso fez com que se desenvolvesse o Alpinismo Industrial substituindo a utilização de andaimes e escadas pela técnica de acesso por corda. Essa técnica tem sido cada vez mais difundida, vemos sua utilização para segurança sobre telhados, restauração de imóveis tombados, na contenção de encostas, na penetração em espaço confinado, no trabalho off-shore, Instalações de peças, soldas especializadas, reparos de construção civil, montagem de estruturas para eventos, poda de árvores, montagem de torres, ambientes confinados, evacuação de vitimas, entre outros. Assim, os meios tradicionais de deslocamento e de acesso já não representam mais a solução ideal, se comparados com as novas técnicas e os produtos disponíveis no mercado para os mesmos fins, sobretudo no que diz respeito aos requisitos relacionados à economia e segurança que se aplicam ao Alpinismo Industrial. - Normas - ABNT NBR 15475, Acesso por corda - Qualificação e certificação de pessoas, primeira edição 26/03/2007, válida a partir de 26/04/2007.

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- ABNT NBR 15595:2008 e ABENDE NA 006 / Setembro de 2008 Qualificação e certificação de pessoal em acesso por corda.Norma NBR 15595 Acesso por corda - Procedimento para aplicação do método. Procedimento para aplicação do método com o objetivo de garantir a segurança e eficiência dos profissionais no acesso por corda. A regra se aplica para subida, descida, deslocamentos horizontais, resgate e auto-resgate dos profissionais em métodos para acessar estruturas (on shore e off shore) ou ambientes com características naturais (encostas), nos quais as cordas estão conectadas às estruturas construídas ou naturais. Norma NBR 15475 Acesso por corda - Qualificação e certificação de pessoas Esta Norma estabelece uma sistemática para a qualificação e certificação de profissionais de acesso por corda por um organismo de certificação. A certificação nesta Norma dá ao profissional um atestado de competência geral em acesso por corda. Ela não representa uma autorização para realizar a atividade, uma vez que a responsabilidade continua sendo do empregador. Esta Norma não se aplica às atividades de esporte de montanha, turismo de aventura e serviços de emergência destinados a salvamento e resgate. IRATA - Industrial Rope Access Trade Association/Associação Comercial Industrial do Acesso da Corda. (organismo criado no Reino Unido - UK) Industrial Rope Access Technical é um conjunto de técnicas e sistemas criado para tornar segura, viável e mais rápida as tarefas que envolvem atividades de alto risco em ambientes verticais, resgates e espaços confinados.

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Descida por cordas com freios auto-blocantes

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Acesso por cordas e descida de pessoal

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Deslocamentos Horizontais

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Passagem de nós por sistemas de polias

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Nós Básicos

Nó de fita

Pescador duplo

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Oito

Volta de Fiel

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Meio volta de fiel (nó UIAA) – deve sempre ser utilizado com mosquetão tipo pêra ou HMS com a trava fechada

Machard (prussik francês)

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Cordas Estáticas : uma corda para sistemas no quais seja necessário realizar a descida usando sistema de polias (deve ter 3 vezes o tamanho do maior resgate necessário, usando um sistema de redução 3:1), uma corda para o resgate em si (pouco maior do que a maior altura possível), uma segmento de corda para montar um sistema de ancoragem e um segmento de corda apenas para realizar a elevação da vítima e liberação desta do talabarte. Diâmetro recomendado é de cordas com 10,5mm a 12,00m

Cordelete auxiliar, utilizado para sistemas simples de polias 2:1 e 3:1 e também para montagem de nós auto-blocantes e backups em sistemas de ancoragem. Diâmetro recomendado de 7mm

Capacete com lanterna de cabeça (headlamp)

Fitas tubulares fechadas em anel e abertas, utilizadas para ancoragens e para extender a distância do freio autoblocante e também no resgate em si

Sistemas de polias fixas e oscilantes, o mínimo para montar-se um sistema 3:1 são duas polias.

Ascensores, o mínimo necessário para montar-se um sistema 3:1 é de um ascensor.

Freios mecânicos autoblocantes, tipo “Petzl Grigri” , “Petzl ID”, “Petzl Stop”, “Trango Cinch” ou equivalentes. O mínimo necessário é um freio autoblocante (freio mecânicos manuais do tipo “tubo” como o “ATC” podem ser muito úteis).

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Placas distribuidoras de forças (para montagem em sistemas de ancoragem)

Freios do tipo “Pêra” , “HMS” e “D simétricos”, de aço, com trava

Cadeirinhas (integrais ou não) com ponto de ancoragem ventral (ao invés do dorsal).

Estribo de ascensão (as vezes basta um estribo para que um “auto-resgate” seja realizado)

Luvas

Cantil ou garrafa para água

Alimento

Binóculos

Canivete

Rádio de comunicação

Mochila para transporte rápido dos materiais

Lona para montar e dispor todos os equipamentos no chão (e serve inclusive como uma “maca improvisada” se for necessário.

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Lembre-se sempre :

Não fechar nós do tipo “boca de lobo” ao redor de estruturas

Não submeter mosquetões (principalmente de ligas de alumínio) a forças tri-axiais

Certificar-se de que todos os nós estão feitos corretamente

Rechecar e testar o sistema de descensão antes de soltar-se do talabarte

Utilizar cordas estáticas, não submetê-las a cantos vivos.

Utilizar capacete

Descer sempre que possível com uma corda ou cordim auxiliar (corda “retinida”).

Sempre que possível ter um resgatista no solo auxiliando e coordenando os trabalhos eventuais de solo

Agir com rapidez mas sem descuidar principalmente da sua segurança.

Sempre que possível montar sistemas de redundância (backup) para o resgatista e a vítima. Isso basicamente se resume a ancorar uma corda auxiliar e prender-se a esta utilizando-se de um trava-quedas ou mesmo um nó auto-blocante.

Os nós básicos são : nó oito, pescador duplo, volta de fiel, meia-volta de fiel (nó uiaa), nó de fita,

prussik e marchard O site na internet http://www.animatedknots.com possui excelentes ilustrações e dicas de como fazer os nós

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Relação de materiais para resgate em altura

Material Descrição de Uso Quantidade

Cadeirinha modelo

BigWall, da Conquista

Montanhismo

Não é propriamente um modelo para trabalho em altura, por isso seu valor é um pouco mais caro que o convencional, entretanto, apresenta excelente conforto e resistência. Link para conhecer o produto: http://www.arcoeflecha.com.br/p-223-Cadeirinha-Big-Wall-UIAA--Conquista-Montanhismo.html

2

Peitoral

Para facilitar eventualmente facilitar alguns resgates em altura. http://www.arcoeflecha.com.br/p-338-Peitoral-Conquista-Montanhismo.html

2

Cadeirinha Integral

Os dois itens anteriores podem ser substituídos por uma cadeirinha integral, na verdade, essa deveria ser a opção escolha de vocês, até porque este modelo atende de forma plena as especificações do MtB. http://www.territorioonline.com.br/produto/cinturao-de-seguranca-resgate--conquista http://www.arcoeflecha.com.br/p-673-Cadeirinha-Resgate--Conquista-Montanhismo.html

2

Corda estática de poliamida

12mm

Sugiro ter vários metros desta corda. Um rolo de 100m seria razoável para iniciar os trabalhos com muita segurança. Link : http://www.territorioonline.com.br/produto/corda-estatica-poliamida-12mm--rodo-cordas http://www.casadascordas.com.br/newsite/sessoes.asp?item=35&Categoria=132

100

Capacete com suporte para

lanterna

É importante que tenha suporte mandibular e aprovação CA. Link : http://www.arcoeflecha.com.br/p-334-Capacete-Focus-c-Sup.-de-Lanterna--Montana.html

2

Lanterna de Cabeça

Existem diversos modelos, alguns realmente muito baratos (na faixa de 20 a 30 reais).

2

Trava Quedas para uso com cordas com o

diâmetro adequado das

http://www.territorioonline.com.br/departamento/trabalho--vertical_trava--quedas

2

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cordas utilizadas

Descensor Linear Auto-

Blocante

Ao menos um descensor auto-blocantes, idealmente dois. http://www.territorioonline.com.br/departamento/ascensores-e-descensores

2

Blocante (Ascensor)

Sugiro ter-se ao menos um blocante : http://www.territorioonline.com.br/departamento/ascensores-e-descensores

1

Cintas de Ancoragem

Diversas cintas, incluindo fitas avulsas http://www.ultrasafe.com.br/site/index.php?page=estribos-de-fita-2

Vários

Mosquetões ovais com

trava, Mosquetões

HMS

Sugiro um mínimo de 6 mosquetões ovais e 4 mosquetões HMS, todos com trava http://www.ultrasafe.com.br/site/index.php?page=mosquetoes e ainda : http://www.casadascordas.com.br/newsite/sessoes.asp?item=24&Categoria=115

20

Bloco de Polias ou Polias

São necessárias pelo menos duas polias para fazer um sistema de redução 3:1. Uma excelente opção são as polias duplas oscilantes da Alpen Pass : http://www.territorioonline.com.br/produto/polia-dupla-oscilante-24kn--alpen-pass http://www.ultrasafe.com.br/site/index.php?page=sistema-3-1-em-z-subida-e-descida

2

Placa distribuidora de

forças

http://www.territorioonline.com.br/produto/placa-multiplicadora-5-furos--kong

1 ou mais

Não está relacionado mas seria altamente recomendável que haja uma lona para organização dos

materiais no chão, uma mochila individual para transporte destes materiais, caderneta para

anotação de ocorrências, e por último, uma mochila de trabalho em altura.

Fique a vontade para sanar eventuais dúvidas

Atenciosamente,

Davi Marski

www.marski.org