relatÓrio anual da administraÇÃo e...
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RELATRIO ANUAL DA ADMINISTRAO E
DEMONSTRAES FINANCEIRAS
CENTRAIS ELTRICAS DE SANTA CATARINA S.A.
CNPJ/MF 83.878.892/0001-55
Exerccios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016
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SUMRIO
MENSAGEM DA ADMINISTRAO ................................................................................ 6
RELATRIO DE ADMINISTRAO ................................................................................. 8
BALANOS PATRIMONIAIS ........................................................................................... 39
BALANOS PATRIMONIAIS ........................................................................................... 40
DEMONSTRAES DE RESULTADOS .......................................................................... 41
DEMONSTRAES DAS MUTAES DO PATRIMONIO LQUIDO ......................... 42
DEMONSTRAES DO RESULTADO ABRANGENTE ................................................ 43
DEMONSTRAES DOS FLUXOS DE CAIXA MTODO INDIRETO ..................... 44
DEMONSTRAES DO VALOR ADICIONADO ........................................................... 45
NOTAS EXPLICATIVAS S DEMONSTRAES FINANCEIRAS .............................. 46
1. CONTEXTO OPERACIONAL ........................................................................................ 46
2. PERFIL EMPRESARIAL................................................................................................. 46
2.1. Subsidirias Integrais Consolidadas............................................................................... 46
2.1.1. Celesc Distribuio S.A. Celesc D........................................................................... 46
2.1.2. Celesc Gerao S.A. Celesc G ................................................................................. 46
2.2. Demais Participaes ..................................................................................................... 49
2.2.1. Companhia de Gs de Santa Catarina S.A. SCGS ................................................ 49
2.2.2. Empresa Catarinense de Transmisso de Energia ECTE......................................... 49
2.2.3. Dona Francisca Energtica S.A. DFESA ................................................................. 49
2.2.4. Usina Hidreltrica Cubato S.A. Usina Cubato ..................................................... 50
2.2.5. Companhia Catarinense de gua e Saneamento Casan ........................................... 50
3. BASE DE PREPARAO ............................................................................................... 50
3.1. Declarao de Conformidade ......................................................................................... 50
3.2. Moeda Funcional e Moeda de Apresentao ................................................................. 51
3.3. Estimativas e Julgamentos Contbeis Crticos............................................................... 51
4. POLTICAS CONTBEIS ............................................................................................... 51
4.1. Base de Mensurao....................................................................................................... 51
4.2. Retificao de Erro e Mudana de Estimativa ............................................................... 51
4.2.1. Balano Patrimonial .................................................................................................... 52
4.2.2. Demonstrao do Fluxo de Caixa Consolidado ....................................................... 53
4.3. Principais Polticas Contbeis ........................................................................................ 54
4.3.1. Base de Consolidao ................................................................................................. 54
4.3.2. Apresentao de Informaes por Segmentos ............................................................ 55
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4.3.3. Converso de Moeda Estrangeira ............................................................................... 55
4.4. Instrumentos Financeiros no Derivativos ..................................................................... 55
4.4.1. Classificao, Reconhecimento e Mensurao ........................................................... 55
4.4.2. Compensao de Instrumentos Financeiros ................................................................ 56
4.4.3. Impairment de Ativos Financeiros .............................................................................. 56
4.5. Caixa e Equivalente de Caixa ........................................................................................ 56
4.6. Contas a Receber de Clientes ......................................................................................... 56
4.7. Estoques ......................................................................................................................... 56
4.8. Imposto de Renda e Contribuio Social Corrente e Diferido ....................................... 56
4.9. Depsitos Judiciais ......................................................................................................... 57
4.10. Imobilizado .................................................................................................................. 57
4.11. Intangveis .................................................................................................................... 58
4.12. Impairment de Ativos no Financeiros ........................................................................ 59
4.13. Ativo Financeiro .......................................................................................................... 59
4.14. Outros Ativos Circulantes e No Circulantes .............................................................. 61
4.15. Fornecedores ................................................................................................................ 61
4.16. Emprstimos................................................................................................................. 61
4.17. Debntures ................................................................................................................... 62
4.18. Provises ...................................................................................................................... 62
4.19. Benefcios a Empregados e Aposentados .................................................................... 62
4.20. Outros Passivos Circulantes e No Circulantes ........................................................... 63
4.21. Distribuio de Dividendos .......................................................................................... 63
4.22. Capital Social ............................................................................................................... 63
4.23. Reconhecimento de Receita ......................................................................................... 63
4.24. Novas Normas e Interpretaes ................................................................................... 65
5. GESTO DE RISCO ........................................................................................................ 66
5.1. Classe de Risco Financeiro ............................................................................................ 67
5.1.1. Categoria Crdito: ....................................................................................................... 67
5.1.2. Categoria Liquidez: ..................................................................................................... 67
5.1.3. Categoria Mercado: ..................................................................................................... 68
5.2. Classe de Risco Operacional .......................................................................................... 68
5.2.1. Categoria Gesto: ........................................................................................................ 68
5.2.2. Categoria Processo: ..................................................................................................... 69
5.2.3. Categoria Risco de Produo de Energia Eltrica: ..................................................... 69
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5.3. Classe de Risco de Compliance ..................................................................................... 69
5.3.1. Categoria Regulatrio/Legal: ...................................................................................... 69
5.4. Anlise de Sensibilidade Adicional Requerida pela CVM ............................................ 70
5.5. Gesto de Capital ........................................................................................................... 71
5.6. Estimativa do Valor Justo .............................................................................................. 72
6. INSTRUMENTOS FINANCEIROS POR CATEGORIA ............................................... 73
7. QUALIDADE DO CRDITO DOS ATIVOS FINANCEIROS ...................................... 73
8. ESTOQUES ...................................................................................................................... 74
9. CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA .......................................................................... 74
10. TTULOS E VALORES MOBILIRIOS ...................................................................... 74
10.1. Companhia Catarinense de guas e Saneamento Casan .......................................... 75
11. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES........................................................................ 76
12. ATIVOS FINANCEIROS E OUTROS ATIVOS CIRCULANTES E NO CIRCULANTES
............................................................................................................................................... 78
13. ATIVO/PASSIVO FINANCEIRO ................................................................................. 79
13.1. Parcela A CVA.......................................................................................................... 79
13.2. Bonificao de Outorga ............................................................................................... 80
14. ATIVO INDENIZATRIO CONCESSO ................................................................ 81
15. TRIBUTOS A RECUPERAR OU COMPENSAR ........................................................ 82
16. TRANSAES COM PARTES RELACIONADAS .................................................... 83
17. INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS E COLIGADAS ....................................... 84
18. IMOBILIZADO .............................................................................................................. 88
19. INTANGVEL ................................................................................................................ 90
20. RESULTADO COM IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURDICA IRPJ E COM A
CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO LQUIDO CSLL ................................. 91
21. TRIBUTOS E CONTRIBUIES SOCIAIS ................................................................ 94
21.1. Imposto de Renda e Contribuio Social a Pagar ........................................................ 94
21.2. Outros Tributos e Contribuio Social ......................................................................... 95
22. FORNECEDORES ......................................................................................................... 95
23. EMPRSTIMOS E FINANCIAMENTOS ..................................................................... 96
24. DEBNTURES ............................................................................................................... 97
24.1. Debntures Celesc D ................................................................................................. 97
24.2. Debntures Celesc G ................................................................................................. 98
25. OBRIGAES TRABALHISTAS E PREVIDENCIRIAS ...................................... 100
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26. TAXAS REGULAMENTARES................................................................................... 101
27. PROVISO PARA CONTINGNCIA E DEPSITOS JUDICIAIS .......................... 102
28. PASSIVO ATUARIAL................................................................................................. 106
28.1. Resultados da Avaliao Atuarial .............................................................................. 106
29. PATRIMNIO LQUIDO ............................................................................................ 109
30. SEGUROS .................................................................................................................... 111
31. INFORMAES POR SEGMENTO DE NEGCIOS ............................................... 111
31.1. Receita Operacional Consolidada .............................................................................. 113
31.2. Custos e Despesas Operacionais Consolidadas ......................................................... 114
31.3. Resultado Financeiro .................................................................................................. 116
32. INFORMAES COMPLEMENTARES DA CELESC D ......................................... 118
32.1. Balano Patrimonial ................................................................................................... 118
32.2. Demonstrao de Resultados ..................................................................................... 119
32.2.1. Receita Operacional ................................................................................................ 119
32.2.2. Custos e Despesas Operacionais ............................................................................. 120
33. INFORMAES COMPLEMENTARES DA CELESC G ......................................... 121
33.1. Balano Patrimonial ................................................................................................... 121
33.2. Demonstrao de Resultados ..................................................................................... 122
33.2.1. Receita Operacional ................................................................................................ 122
33.2.2. Custos e Despesas Operacionais ............................................................................. 123
34. EVENTOS SUBSEQUENTES ..................................................................................... 125
34.1. Programa de Desligamento Incentivado PDI .......................................................... 125
34.2. Repactuao da 1a Emisso de Debntures Simples pela Celesc G .......................... 125
34.3. Captao de Recursos no Banco Interamericano de Desenvolvimento BID .......... 125
34.4. Equacionamento de Dficit Relativo ao Plano Previdencirio .................................. 126
34.5. Aquisio de Participao Acionria pela Energias do Brasil S.A. EDP ............... 126
34.6. Contratao de Operao de Capital de Giro ............................................................. 127
PROPOSTA DE ORAMENTO DE CAPITAL ............................................................... 128
MANIFESTAO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO ....................................... 129
PARECER DO CONSELHO FISCAL ............................................................................... 130
DECLARAO DOS DIRETORES SOBRE AS DEMONSTRAES FINANCEIRAS131
DECLARAO DOS DIRETORES SOBRE O RELATRIO DOS AUDITORES
INDEPENDENTES ............................................................................................................ 132
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MENSAGEM DA ADMINISTRAO
Trabalho, inovao, e investimentos para a maior eficincia tm sido as nossas palavras de ordem e
o conjunto de aes empreendidas neste sentido tem impulsionado o desempenho da Celesc nas
diversas reas de atuao da Companhia.
Na gerao de energia, onde nosso potencial de crescimento tem sido ampliado, nossos esforos nos
permitiram manter a concesso das usinas, quando muitas outras empresas viram seu parque
gerador reduzir com as novas regras do Setor Eltrico; estabelecer parcerias para a construo de
novos empreendimentos; automatizar a operao e tornar mais eficiente a produo de energia
prpria. Em 2017, a Celesc Gerao S. A. Celesc G conquistou a renovao do contrato de
concesso da usina Pery, a maior do parque prprio, por mais trinta anos, a partir de 10 de julho.
Na transmisso demos mais um importante passo, no ano passado, ao ampliar nossa participao
como agentes no sistema interligado nacional, participando, com a EDP Energias do Brasil S.A., da
construo de 485 km de linhas eltricas e de uma subestao em alta tenso no territrio
catarinense. Obras que vo significar uma nova realidade para o atendimento do sistema eltrico
estadual e regional.
No setor de distribuio de energia, nosso core business cuja atuao referncia internacional
pelo grau de satisfao dos clientes investimos na Celesc Distribuio S.A. Celesc D, uma
mdia de R$350 milhes/ano em ampliao e melhorias do sistema. Essas aes resultam em muito
mais robustez ao atendimento de uma populao que vive em um estado cujas dimenses cobrem
apenas 1% do territrio nacional, mas que, devido sua pujana econmica, responsvel pelo 5o
maior mercado consumidor de energia eltrica do Pas.
Investindo firme em mais inovao, realizamos, tambm em 2017, o 1o Hackathon Celesc,
maratona tecnolgica que trouxe benefcios diretos ao atendimento comercial do nosso cliente. Em
2018, inauguraremos o 1o Corredor Eltrico da Regio Sul, cujo monitoramento permitir conhecer
o impacto da recarga de automveis sobre a rede de distribuio de energia eltrica.
Essas iniciativas vieram fortalecer o DNA inovador da Empresa que, desde 2000, j soma mais de
R$300 milhes investidos em projetos de Pesquisa & Desenvolvimento P&D e de Eficincia
Energtica EE. Iniciativas que resultam, hoje, na reduo do consumo de 1.400 GWh de energia
eltrica ao ano, o equivalente a 8,31% do consumo total em Santa Catarina em 2017.
Os frutos das prticas empresariais foram convertidos em reconhecimentos por parte dos
consumidores e de entidades especializadas e, somente em 2017, renderam Companhia um prmio
de mbito internacional, cinco prmios nacionais e quatro estaduais. Este cenrio demonstra o valor
da responsabilidade da Companhia para a promoo da melhoria contnua de seus servios e para a
ampliao de seu alcance social.
Na busca da sustentabilidade empresarial, otimizao de custos e atendimento aos preceitos
regulatrios, de forma a garantir a manuteno da concesso, os esforos so contnuos. Em 2017,
essas aes se traduziram em adequaes no Plano de Cargos e Salrios, no Plano Previdencirio e
na execuo de uma nova edio do Programa de Demisso Incentivada. Ao reduzir o custo e o
quadro de Pessoal, a Empresa investe ainda mais em novas tecnologias, automao do sistema e
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gerenciamento de equipes, no sentido de garantir a eficincia do servio prestado ao seu
consumidor.
As melhorias tambm abrangem, de forma efetiva, o campo socioambiental e permitiram Celesc,
em 2017, integrar, novamente, a carteira de empresas detentoras do ndice de Sustentabilidade
Empresarial ISE da B3. A nova carteira ter vigncia de 08 de janeiro de 2018 a 04 de janeiro de
2019 e contempla 33 aes de 30 companhias, consideradas sustentveis por rgidos critrios
internacionais. Essas empresas representam, hoje, 12 setores da economia nacional e somam R$1,28
trilho em valor de mercado, o equivalente a 41,47% do total do valor das companhias com aes
negociadas na B3, com base no fechamento de 21 de novembro de 2017.
A Celesc tambm segue vigilante e em 2017 deu continuidade aos investimentos para aprimorar a
recuperao de perdas comerciais e tcnicas. A adoo de novas tecnologias, associada ao
aperfeioamento logstico, tambm tem trazido resultados efetivos para a operao do sistema e a
melhoria dos indicadores de qualidade do servio.
Todo esse comprometimento vem se refletindo em melhoria nos resultados tcnicos, econmicos e
financeiros. Em relao aos indicadores de continuidade do servio, no ano, o DEC, que mede a
durao equivalente de interrupo por unidade consumidora, e o FEC, que mede a frequncia,
apresentaram um melhora de 3,9% em comparao ao exerccio anterior. No campo econmico-
financeiro, o Lucro apresentou um crescimento de 777,24% e o EBITDA ajustado um crescimento
de 67,13% fazendo com que a Margem EBITDA passasse de 5,09% em 2016 para 7,34% em 2017.
Com o passar dos anos, a Celesc confirma ainda mais sua vocao competitiva e inovadora no setor
energtico e refora seu papel, junto ao Governo do Estado, de importante ator na promoo de
bons servios que fazem de Santa Catarina um dos estados com os melhores ndices de qualidade de
vida do pas. E vai alm, ao mostrar que mais do que cabos, postes, redes e usinas. Somos
responsveis, sim, pela entrega de um produto essencial que nos aproxima das pessoas e que
constri um relacionamento de confiana. Em 2018, convidamos a todos a seguir conosco nesta
trajetria!
Cleverson Siewert Pedro Bittencourt Neto
Diretor Presidente Presidente do Conselho de Administrao
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RELATRIO DE ADMINISTRAO
1. APRESENTAO
Com nossos cumprimentos, apresentamos o Relatrio Anual da Administrao, as Demonstraes
Financeiras da Centrais Eltricas de Santa Catarina S.A. Celesc ou Companhia, e as
Demonstraes Financeiras Consolidadas, relativos ao exerccio social encerrado em 31 de
dezembro de 2017, acompanhados do Relatrio dos Auditores Independentes, da Manifestao do
Conselho de Administrao e do Parecer do Conselho Fiscal.
Este Relatrio prioritariamente destinado aos acionistas da Companhia, mas est disposio para
acesso pblico nos websites da Celesc, da Comisso de Valores Mobilirios CVM e da B3, sendo
ainda publicado em mdia impressa em jornal de grande circulao na cidade e no Estado onde est
localizada a sede da Companhia e no Dirio Oficial do Estado de Santa Catarina, de acordo com a
legislao brasileira.
Ainda com vistas homogeneidade da comunicao com os seus diversos pblicos, a Celesc
divulga anualmente o seu Relatrio de Sustentabilidade, desenvolvido conforme as diretrizes da
Global Reporting Initiative GRI, a ser disponvel no portal de Relaes com Investidores, no
endereo: www.celesc.com.br/ri
2. PREMIAES E RECONHECIMENTOS CONQUISTADOS EM 2017
O investimento cada vez maior na eficincia dos servios e em aes que evocam a questo da
sustentabilidade tem rendido posies de destaque em diversos eventos e premiaes. Em 2017,
foram um prmio de mbito internacional, cinco prmios nacionais e quatro estaduais:
a) Prmio CIER
A Celesc D foi prata no Prmio CIER de Qualidade Satisfao de Clientes 2017. A avaliao
anual, realizada pela Comisso de Integrao Energtica Regional CIER considerou 58
concessionrias com mais de 500 mil consumidores, representantes de 13 pases latino-americanos.
b) Prmio IASC ndice ANEEL de Satisfao do Cliente
A Celesc D ficou em 2o lugar no prmio IASC 2017, nas categorias Melhor do Brasil e Melhor da
Regio Sul, entre as concessionrias com mais de 400 mil consumidores. O resultado obtido pela
Empresa 73,90 foi o melhor desde 2014.
c) Prmio Abradee Associao Brasileira de Distribuidoras de Energia Eltrica
A Celesc D foi eleita a 2a melhor empresa do Pas na 19
a Pesquisa Abradee de Avaliao do Cliente
e a 3a em Responsabilidade Social, na categoria acima de 400 mil consumidores.
http://www.celesc.com.br/ri
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d) Prmio ECO AMCHAM
O Projeto Bnus Eficiente Linha Fotovoltaica, integrante do Programa de Eficincia Energtica
Celesc/ANEEL (peeCelesc), conquistou o Prmio Eco 2017, concedido pela Cmara Americana de
Comrcio para o Brasil (AMCHAM) e reconhecido como um dos mais importantes do pas na rea
de sustentabilidade empresarial.
e) Prmios Citenel Congresso de Inovao Tecnolgica em Energia Eltrica
A Celesc D foi destaque no Congresso, conquistando o 2o lugar com artigo sobre Chamada Pblica
para Programas de Eficincia Energtica; 3o lugar para melhor artigo na rea de P&D para Sala de
Treinamento Virtual, e 2o lugar para seu sistema de comunicao sem fio para dispositivos
instalados na rede, na categoria Melhor Produto.
f) Prmio Abracopel
A Celesc conquistou o 1o lugar na categoria Empresarial do XI Prmio Abracopel de Jornalismo,
que visa promover, por meio dos meios de comunicao, a conscientizao sobre o uso seguro da
eletricidade no mbito profissional e domstico. Os critrios de avaliao dos materiais so Impacto
para a conscientizao do pblico, Aprofundamento do tema, Inovao ou solues propostas e
discusso, Forma de apresentao do contedo (redao, esttica, clareza e interesse).
g) Prmio Fritz Mller, categoria Socioambiental
Conquistado pelo projeto Banho de Energia, tambm integrante do peeCelesc, reduz a demanda de
energia eltrica e o uso de lenha, a partir da instalao de sistema que permite o aquecimento da
gua utilizada nas residncias com o calor da fumaa nas chamins dos foges lenha, tpicos das
regies mais frias de Santa Catarina. Em sua segunda edio, o projeto j beneficiou 1,8 mil
famlias no Planalto Serrano Catarinense.
h) Prmio Fritz Mller, categoria Conservao de Insumos de Produo (Energia)
A Celesc venceu a categoria pelo descarte ambientalmente correto dos eletrodomsticos,
equipamentos e lmpadas substitudos em mais de 180 mil unidades consumidoras que desfrutam
das vantagens oferecidas pelos projetos de eficincia energticas da Celesc D. O Prmio Fritz
Muller concedido pela Fundao de Amparo Tecnologia e ao Meio Ambiente de Santa Catarina
FATMA.
i) Trofu Onda Verde
Por meio do case A Importncia dos Projetos de Eficincia Energtica da Celesc para a
Conservao de Insumos em Santa Catarina, a Companhia conquistou o trofu Onda Verde no 24o
Prmio Expresso de Ecologia na categoria Conservao de Insumos de Produo de Energia. O
Prmio foi criado em 2003 pela Editora Expresso e reconhecido pelo Ministrio do Meio
Ambiente como a maior premiao ambiental da regio Sul do Brasil, com a participao de 2.517
cases das principais empresas, ONGs, prefeituras e entidades da regio. Na edio foram inscritos
109 projetos de 80 organizaes, que concorreram em 17 categorias.
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j) Prmio Abraconee
A Celesc G conquistou o 3o lugar na categoria de empresa de pequeno porte o Prmio Abraconee,
concedido pela Associao Brasileira dos Contadores do Setor de Energia Eltrica Abraconee,
que possui como objetivo avaliar o nvel de transparncia contbil das empresas ligadas ao setor
eltrico brasileiro.
3. O GRUPO CELESC
A Centrais Eltricas de Santa Catarina S.A. Celesc, uma das maiores empresas do setor eltrico
brasileiro, com destaque nas reas de distribuio e gerao de energia. Estruturada como Holding
em 2006, a Empresa possui duas subsidirias integrais: Celesc Gerao S.A. Celesc G e a Celesc
Distribuio S.A. Celesc D. Alm disso, detm o controle acionrio em conjunto da Companhia
de Gs de Santa Catarina SCGS e scia das empresas Dona Francisca Energtica S.A.
DFESA, Empresa Catarinense de Transmisso de Energia S.A. ECTE, Companhia Catarinense de
gua e Saneamento Casan e do projeto da Usina Hidreltrica Cubato S.A.
Figura 1 rea de Atuao da Celesc
Fonte: DEF/DPRI
O Estado de Santa Catarina o principal acionista da Companhia, detendo 50,2% das aes
ordinrias, correspondentes a 20,2% do Capital Total. As demais aes pertencem a grandes fundos
de penso, clubes de investimentos, investidores institucionais e pessoas fsicas com perfil de
investimento de longo prazo.
Em 2018, aps aprovao do Conselho de Administrativo de Defesa Econmica CADE e da
Superintendncia Nacional de Previdncia Complementar PREVIC, a EDP Energias do Brasil
S.A., passar a ser a mais nova scia da Companhia, com 14,5% das aes. Os papis em
negociao pertencem Caixa de Previdncia dos Funcionrios do Banco do Brasil Previ,
acionista exclusiva do Angra Partners Volt Fia. Com a operao, a multinacional passar a deter
33,1% das aes ordinrias da Celesc (que do direito a voto e vagas no Conselho de
Administrao) e 1,9% das aes preferenciais (que tm prioridade no recebimento de dividendos).
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Figura 2 Estrutura Acionria e Societria do Grupo Celesc
em 31 de dezembro de 2017
Fonte: DEF/DPRI
3.1. Subsidirias Integrais
3.1.1. Celesc Distribuio S.A. Celesc D
A Celesc D leva energia para mais de 2,8 milhes de unidades consumidoras em 264 municpios
catarinenses (92% do territrio do estado) e em Rio Negro, no Paran. A empresa ainda
responsvel pelo suprimento de energia eltrica para o atendimento de quatro concessionrias e 16
permissionrias, que atuam nos demais municpios catarinenses.
A Empresa mantm um sistema eltrico formado por 166 subestaes de distribuio, 4.644,77 km
de Linhas de Transmisso e 150.293,11 km de redes eltricas de mdia e baixa tenso, somando
capacidade instalada de 7.267 MVA (transmisso) e 12.576 MVA e demanda mxima de 4.760
MW.
A Empresa a 2a maior arrecadadora de ICMS de Santa Catarina e a 6
a maior distribuidora de
energia eltrica brasileira em receita de fornecimento, a 7a em volume de energia distribuda e a 10
a
em nmero de unidades consumidoras1. O faturamento bruto em 2017 alcanou a casa de R$11,3
bilhes (R$10,4 bilhes em 2016).
1 Fonte: www.ANEEL.gov.br (Informaes Gerenciais Junho/17).
http://www.aneel.gov.br/
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Em 2015, a Empresa conquistou a renovao do seu contrato de concesso. O novo aditivo prorroga
o prazo de concesso por mais 30 anos, desde que a Empresa cumpra condicionantes de eficincia
perante a qualidade do servio e sustentabilidade da gesto econmico-financeira. Para atender as
metas estabelecidas no Contrato, a Empresa vem investindo firmemente na otimizao de recursos,
eficincia operacional, inovao, combate a fraudes e inadimplncia.
3.1.2. Celesc Gerao S.A. Celesc G
A Celesc G subsidiria integral do Grupo Celesc que atua no segmento de gerao de energia
eltrica, por meio da operao, manuteno e expanso do parque prprio de gerao e da
participao em empreendimentos de gerao de energia em parcerias com investidores privados.
Em 31 de dezembro de 2017, a Empresa possua um parque gerador prprio formado por 12 usinas
e mais oito desenvolvidas em parceria com investidores privados, no formato de Sociedades de
Propsito Especfico SPEs.
A capacidade total de gerao da Celesc G em operao no ano foi de 114,8MW, sendo 106,75MW
referentes ao parque prprio e 8,05MW referentes ao parque gerador estabelecido com parceiros, j
proporcionalizada participao acionria da Celesc G nestes empreendimentos.
Em 2017, associada empresa EDP Energias do Brasil S.A., a Celesc G venceu a disputa pelo lote
21 do Leilo no 05/2016 da ANEEL, referente Licitao para a Concesso de Servio Pblico de
Transmisso de Energia Eltrica, incluindo a construo, operao e manuteno das instalaes de
Transmisso do Sistema Interligado Nacional em Santa Catarina.
Os investimentos previstos so da ordem de R$1,1 bilho, incluindo Linhas de Transmisso de
525kV e 230kV, que somam extenso de 484,5 km, e uma subestao 525/230kV. As condies
obtidas no leilo resultam em uma rentabilidade de 12% real acionista, acima da meta estabelecida
no Plano Diretor da Companhia (10%).
3.2. Controlada em Conjunto
A Companhia de Gs de Santa Catarina SCGS a 2a maior distribuidora de gs canalizado em
nmero de municpios atendidos no Brasil. Santa Catarina o 3o Estado com maior rede de
distribuio de gs natural (1.134,8 km) e o 3o com maior nmero de indstrias atendidas com gs
natural (227), alm de ter a 3a maior rede de postos de gs veicular (GNV) do pas (134).
Com 100% da concesso para explorao dos servios de distribuio de gs natural no territrio
catarinense, a empresa comercializa e distribui, diariamente, cerca de 1,8 milho de m3 de gs
natural para cerca de 12 mil clientes. Em 2017, o volume de gs vendido totalizou 653.629 mil m3.
A SCGS possui contrato de concesso para explorao dos servios de distribuio de gs
canalizado, firmado em 28 de maro de 1994, com vigncia de 50 anos (2044). A Celesc detm
51% das aes ordinrias da Companhia e 17% do Capital Social total.
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3.3. Demais Participaes
3.3.1. Empresa Catarinense de Transmisso de Energia ECTE
Constituda com o propsito especfico de explorar Linhas de Transmisso de energia eltrica nas
regies Sul, Sudeste e litoral de Santa Catarina, a empresa concessionria da LT SE Campos
Novos SE Blumenau, com 252,5km de extenso. A linha responsvel pelo transporte de cerca
de 20% da energia assegurada para suprimento da demanda na rea de concesso da Celesc D. Em
dezembro de 2011, ampliando seus negcios, a empresa adquiriu em leilo o direito de construir as
subestaes Abdon Batista (525/230kV) e Gaspar (230/138kV), por meio da subsidiria Empresa de
Transmisso Serrana S.A. ETSE. Essas linhas foram energizadas em janeiro e maro de 2015,
respectivamente. A coligada ECTE detm contrato de concesso de transmisso de energia eltrica
datado de 1o de novembro de 2000, com prazo de vigncia de 30 anos. Para a sua subsidiria ETSE,
o contrato de concesso de transmisso de energia eltrica tem data de 10 de maio de 2012, com
prazo de vigncia de 30 anos. A Celesc detm 30,88% do Capital Social da Empresa. Os demais
scios so Alupar, com 50%, e Taesa, com 19%.
3.3.2. Dona Francisca Energtica S.A DFESA
Concessionria produtora independente de energia eltrica, a coligada DFESA proprietria da
Usina Hidreltrica Dona Francisca, construda no rio Jacu, no Rio Grande do Sul, com capacidade
instalada de 125MW e energia assegurada de 80MW. O empreendimento foi inaugurado em maio
de 2001. A coligada DFESA detm contrato de concesso datado de 28 de agosto de 1998, com
prazo de vigncia de 35 anos. A Celesc detm 23,03% do Capital Social da Empresa. As empresas
Gerdau, com 52% de participao; Copel com 23% e Statkraft, com 2%, so os demais scios.
3.3.3. Companhia Catarinense de gua e Saneamento Casan
Sociedade de economia mista de capital aberto, controlada pelo Governo do Estado de Santa
Catarina, a funo da Casan planejar, executar, operar e explorar os servios de abastecimento de
gua potvel e saneamento na sua rea de concesso. Atualmente, os servios prestados pela
empresa abrangem197 municpios catarinenses e um no Paran, atendendo uma populao de 2,8
milhes de consumidores com gua tratada e 587 mil com coleta, tratamento e destino final de
esgoto sanitrio. A Celesc detentora de 15,48% do Capital Social Total da Empresa. O Estado de
Santa Catarina possui 64,21%, a SC Parcerias 18,03%, a Codesc 2,28% e Outros 0,003% de
participao.
3.3.4. Usina Hidreltrica Cubato S.A.
Sociedade de Propsito Especfico SPE, constituda em 1996 para implantao da Usina
Hidreltrica Cubato, na regio de Joinville/SC, com potncia instalada de 50MW. Com o histrico
dos entraves ambientais, indeferimento ao pleito de postergao do perodo de concesso e
consequente inviabilidade econmica para o desenvolvimento do projeto, o empreendimento
solicitou ao rgo regulador a resciso amigvel do Contrato de Concesso no 04/1996 (Processo
ANEEL no 48100.003800/1995-89). A Celesc possui 40% do Capital Social da Empresa.
4. DIRETRIZES ESTRATGICAS E CRIAO DE VALOR
O Plano Diretor Celesc 2030, estruturado com base nas aspiraes dos principais stakeholders da
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Companhia, o documento que define as metas e os balizadores estratgicos de longo prazo,
alicerado pela atuao da Companhia em setor estratgico e em posio de liderana
mercadolgica.
Seus pilares estratgicos so potenciar a gerao de valor, criar valor com crescimento e
transformar o Grupo por meio dos empregados. A Sustentabilidade est focada no reforo e
valorizao de compromissos com Pessoas; Governana Corporativa; Responsabilidade
Socioambiental e Gesto Pblica.
As metas para o cumprimento do Plano so de responsabilidade de todos e so definidas nos
Contratos de Gesto, assinados entre o Conselho de Administrao e a Diretoria Colegiada, e nos
Acordos de Desempenho, estabelecidos entre a Diretoria e as demais reas.
As iniciativas estratgicas para o perodo 2018-2022 foram traadas e demonstram o compromisso
da Companhia com a sustentabilidade de seus negcios:
a) Adequao aos Custos Regulatrios;
b) Eficcia na Gesto de Ativos;
c) Modernizao por meio da Inovao;
d) Manuteno da Satisfao dos Consumidores;
e) Valorizao dos Ativos Atuais de Gerao;
f) Diversificao do Portflio de Atuao do Grupo Celesc;
g) Gesto Estratgica de Pessoas e Processos de Apoio;
h) Otimizao da Estrutura de Capital em Volumes e Custos Adequados.
5. GESTO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS
A Celesc possui uma Poltica de Gesto Estratgica de Riscos e Controles Internos disponvel no
Portal de Relaes com Investidores (www.celesc.com.br/ri), que orienta a alta administrao,
gestores e demais empregados na preveno e mitigao de riscos inerentes aos processos e
negcios da Companhia, apontando as diretrizes a serem observadas para a execuo da Gesto
Estratgica de Riscos e Controles Internos e define as responsabilidades do Conselho de
Administrao, do Comit Jurdico e de Auditoria e da Diretoria Executiva.
A estrutura de governana de controles e riscos da Celesc organizada da seguinte forma:
O Conselho de Administrao, rgo mximo na estrutura organizacional da Companhia e de
gesto estratgica de riscos, tem como responsabilidade especfica acompanhar e avaliar os reportes
de riscos e no conformidades e o nvel de conformidade dos processos da organizao.
Como rgo de Assessoramento ao Conselho de Administrao e tambm integrando a estrutura
organizacional de gesto de riscos, h o Comit Jurdico e de Auditoria, cujas responsabilidades
principais so acompanhar e avaliar a eficcia dos mecanismos do processo de gesto estratgica de
riscos e controles internos relatando ao Conselho de Administrao os resultados do
acompanhamento dos riscos.
Como parte integrante do processo de gesto de riscos, a Diretoria Executiva tem papel
fundamental na identificao, avaliao, controle, mitigao, monitoramento, proposta de limites de
http://www.celesc.com.br/ri
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riscos e desenvolvimento de planos de ao para mitigao de riscos, acompanhar a execuo dos
pontos de controle em suas reas.
A Companhia conta com uma Diretoria de Planejamento e Controle Interno DPL, que tem em
suas atribuies o desenvolvimento da gesto estratgica de riscos e controles internos, objetivando
assegurar a execuo da estratgia de longo prazo do Grupo Celesc.
Na aba Governana Corporativa do portal de Relaes com Investidores (www.celesc.com.br/ri),
esto disponveis todas as informaes relativas a Estrutura, Estatuto Social, Acordo de Acionistas,
Polticas, Regimentos, Cdigo de Conduta tica, Contrato de Concesso e documento do Nvel II
de Governana.
6. GOVERNANA CORPORATIVA
6.1. Conselho de Administrao
O Conselho de Administrao o primeiro nvel da escala administrativa. O Conselho tem a misso
de cuidar e valorizar o patrimnio bem como maximizar o retorno dos investimentos realizados.
formado por treze membros, com mandato de um ano, sendo sete representantes do acionista
majoritrio, dos quais seis so independentes (classificados de acordo com o Regulamento do Nvel
2); quatro representantes dos acionistas minoritrios, um representante dos acionistas
preferencialistas e um representante (eleito) pelos empregados.
Conselho de Administrao
Representante Acionista Majoritrio Antnio Marcos Gavazzoni
Representante Acionista Majoritrio Cleverson Siewert
Representante Acionista Majoritrio Derly Massaud de Anunciao
Representante Acionista Majoritrio Pedro Bittencourt Neto *
Representante Acionista Majoritrio Ernani Bayer
Representante Acionista Majoritrio Luciano Chede *
Representante Acionista Majoritrio Ademir Zanella
Representante Acionistas Minoritrios Alberto Ribeiro Guth *
Representante Acionistas Minoritrios Jos Gustavo de Souza Costa *
Representante Acionistas Minoritrios Jose Luiz Alqures *
Representante Acionistas Minoritrios Vitor Kawano Horibe *
Representante Acionistas Preferencialistas Fabrcio Santos Debortolli
Representante dos Empregados Leandro Nunes da Silva
Fonte: Celesc * Conselheiros Independentes.
6.2. Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal tem como principais funes analisar as Demonstraes Financeiras e discutir
esses resultados com os Auditores Independentes.
formado por cinco membros, sendo trs representantes do acionista majoritrio, um representante
dos acionistas preferencialistas e um representante dos acionistas minoritrios ordinaristas.
http://www.celesc.com.br/ri
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Conselho Fiscal
Representante do Acionista Majoritrio Andr Luiz Bazzo
Suplente: Guilherme da Silva Roman
Representante do Acionista Majoritrio Paulo da Paixo Borges de Andrade
Suplente: Adolar Bekendorf
Representante do Acionista Majoritrio Luiz Hilton Temp
Suplente: Djalma de Souza Coutinho
Representante do Acionista Minoritrio Telma Suzana Mezia
Suplente: Jos Antnio Diniz de Oliveira
Representante dos Acionistas Preferencialistas Thiago Costa Jacinto
Suplente: William Cordeiro
Fonte: Celesc
6.3. Diretoria Executiva
A Diretoria Executiva da Companhia formada por oito diretores, indicados e aprovados pelo
Conselho de Administrao. Em 31 de dezembro de 2017, era composta pelas seguintes pastas:
Presidncia, Diretoria de Gesto Corporativa, Diretoria de Assuntos Regulatrios e Jurdicos,
Diretoria Comercial, Diretoria de Gerao, Transmisso e Novos Negcios, Diretoria de
Distribuio, Diretoria de Finanas e Relaes com Investidores e Diretoria de Planejamento e
Controle Interno.
Diretoria Executiva
Diretor Presidente Cleverson Siewert
Diretor de Planejamento e Controle Interno Fbio Fick
Diretor de Finanas e Relaes com Investidores Jos Carlos Oneda
Diretor Comercial Eduardo Cesconeto de Souza
Diretor de Gesto Corporativa Nelson Marcelo Santiago
Diretor de Assuntos Regulatrios e Jurdicos Antnio Jos Linhares
Diretor de Distribuio James Alberto Giacomazzi
Diretor de Gerao e Transmisso e Novos Negcios Enio Andrade Branco
Fonte: Celesc
7. AMBIENTE ECONMICO
A economia brasileira registrou crescimento de 1% em 2017, aps dois anos de quedas
consecutivas. Em valor, o Produto Interno Bruto PIB, somou R$6,6 trilhes, voltando ao mesmo
patamar do primeiro semestre de 2011, considerando dados corrigidos pela inflao.
No ano, a Agropecuria foi o destaque entre os setores, com avano de 13%, refletindo o
desempenho da agricultura, especialmente as culturas do milho e da soja. Foi o melhor resultado
desde 1996, incio da srie histrica desse indicador.
Ainda em 2017, Servios tiveram alta de 0,3%, com o Comrcio avanando 1,8%, e a Indstria
registrou variao nula, na qual a atividade da Indstria Extrativa teve ampliao de 4,3% e
Construo caiu 5%.
Do lado da demanda, o consumo das famlias aumentou 1% enquanto a demanda do governo recuou
0,6%. A formao bruta de capital fixo, uma medida de investimentos, caiu 1,8%.
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No setor externo, as exportaes subiram 5,2% e as importaes registraram incremento de 5%. O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE apontou ainda, que o PIB per capita aumentou
0,2% em termos reais, passando para R$31.587.
Em 2017, a taxa de investimento foi de 15,6% do PIB, abaixo do observado no ano anterior
(16,1%). Por sua vez, a taxa de poupana correspondeu a 14,8% no ano, ante 13,9% no exerccio
anterior.
No mesmo perodo, em Santa Catarina, a produo industrial acumulou alta de 4,5%. O
desempenho foi o segundo melhor do Pas, considerando a indstria geral. Os resultados de Santa
Catarina no ano decorrem da ampliao da produo em oito dos doze setores avaliados. Este
avano est relacionado a produtos alimentcios (7,1%), metalurgia (27,3%) e confeco de artigos
do vesturio e acessrios (3,6%).
8. AMBIENTE REGULATRIO
8.1. CELESC D
8.1.1. Reajuste Tarifrio Anual de 2017
O Reajuste Tarifrio da Celesc D, aplicado a partir do dia 22 de agosto de 2017 resultou em um
efeito tarifrio mdio a ser percebido pelos consumidores da ordem de 7,85%, composto pelo ndice
de Reajuste Tarifrio IRT de 3,80% (efeito econmico resultante da atualizao dos custos de
Parcela A e B), do componente financeiro de 2,83% no processo atual e do efeito da retirada dos
componentes financeiros considerados no processo ordinrio anterior, de 1,22%. Na composio do
IRT para o perodo 2017-2018 a Parcela A (custos no-gerenciveis) sofreu variao de 3,67% em
relao aos custos que foram acrescidos na RTE mediante componente financeiro e a Parcela B
(custos gerenciveis) apresentou variao de 0,13%.
8.1.2. Bandeiras Tarifrias
A partir de 2015, os custos variveis da energia do mercado regulado passaram a ser cobertos pelos
adicionais das Bandeiras Tarifrias, que tm como objetivo sinalizar aos consumidores os custos
reais com a gerao de energia eltrica.
O Governo Federal, por meio do Decreto no 8.401 de 04 de fevereiro de 2015, criou a Conta
Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifrias CCRBT. As variaes que ocorriam nos
custos de gerao de energia eram repassadas ao consumidor somente nos processos tarifrios
anuais das distribuidoras. Com a Bandeira Tarifria os custos so repassados no ms de consumo do
acionamento das bandeiras amarela e vermelha.
As faixas de acionamento e os adicionais aprovados para 2017 das bandeiras tarifrias foram:
i) Bandeira Verde: condies favorveis de gerao de energia. Tarifa no sofre nenhum acrscimo;
ii) Bandeira Amarela: R$2,00 a cada 100Kwh;
iii) Bandeira Vermelha no patamar 1: R$3,00 a cada 100Kwh;
iv) Bandeira Vermelha no patamar 2: R$3,50 a cada 100Kwh.
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A ANEEL, em 24 de outubro de 2017, revisou a metodologia das bandeiras tarifrias e dos valores
de suas faixas de acionamento. Esses valores j vigoram, desde ento, j a partir da bandeira
tarifria de novembro de 2017:
i) Bandeira Verde: condies favorveis de gerao de energia. Tarifa no sofre nenhum acrscimo;
ii) Bandeira Amarela: R$1,00 a cada 100Kwh;
iii) Bandeira Vermelha no patamar 1: R$3,00 a cada 100Kwh;
iv) Bandeira Vermelha no patamar 2: R$5,00 a cada 100Kwh.
A definio das faixas de acionamento ser realizada conforme os seguintes critrios:
i) Bandeira Verde: valor do Custo Varivel Unitrio CVU das Usinas Trmicas for inferior a
R$211,28/MWh;
ii) Bandeira Amarela: valor do CVU igual ou superior a R$211,28/MWh e inferior a
R$422,56/MWh; e
iii) Bandeira Vermelha: Patamar 1: valor do CVU for igual ou superior a R$422,56/MWh e inferior a R$610/MWh; e
Patamar 2: valor do CVU for igual ou superior ao limite a R$610/MWh.
O acionamento das bandeiras e os valores mensais da CCRBT, repassados Celesc D, assim como
os valores repassados da Celesc D CCRBT para fins da Liquidao das Operaes do Mercado de
Curto Prazo junto Cmara de Comercializao de Energia Eltrica CCEE, em 2017 foram:
Ms Bandeira
Repasse da
CCRBT
Celesc D
(R$ mil)
Repasse da
Celesc D
CCRBT
(R$ mil) Documento Legal
Janeiro Verde 173 - Despacho no 592, 02/03/2017
Fevereiro Verde 131 - Despacho no 899, 30/03/2017
Maro Amarela - 1.660 Despacho no 1.237, 05/05/2017
Abril Vermelha patamar 1 5.839 - Despacho no 1.492, 30/05/2017
Maio Vermelha patamar 1 20.983 - Despacho no 1.944, 04/07/2017
Junho Verde 14.168 - Despacho no 2.330, 01/08/2017
Julho Amarela - 5.971 Despacho no 2.742, 30/08/2017
Agosto Vermelha patamar 1 3.295 - Despacho no 3.365, 02/10/2017
Setembro Amarela 6.689 - Despacho no 3.711, 01/11/2017
Outubro Vermelha patamar 2 8.967 - Despacho no 4.068, 04/01/2018
Novembro Vermelha patamar 2 10.435 - Despacho no 02, 02/01/2018
Dezembro Vermelha patamar 1 5.053 - Despacho no 242, 30/01/2018
Fonte: DEF/DPCO e DRJ/DPRA
8.1.3. Exposio Contratual 2014 Despachos ANEEL nos
2.642/15 e 2.078/16
A Celesc D ingressou com Ao Judicial em face da ANEEL objetivando questionar o Despacho no
2078/2016, a fim de obter o reconhecimento integral de exposies contratuais como involuntrias
ao mesmo tempo em que requereu a concesso de medida liminar para suspender a aplicao de
redutor tarifrio da ordem de R$256 milhes, previsto para ser aplicado juntamente com a
homologao do processo de Reviso Tarifria Peridica que ocorreria at 22 de agosto de 2016.
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Aps o ingresso da ao judicial, obteve-se a concesso de liminar para afastamento da aplicao do
redutor tarifrio mencionado, deciso esta atendida pela ANEEL quando da homologao da
Reviso Tarifria, sendo que no momento a Empresa permanece discutindo o mrito da ao em
juzo, buscando o reconhecimento integral da exposio contratual como involuntria e, assim,
eliminando qualquer redutor tarifrio, bem como a aplicao de penalidades pela Cmara de
Comercializao de Energia Eltrica CCEE.
Recentemente, a juza titular do processo que discute a exposio contratual de 2014, aps apreciar
a manifestao da ANEEL quanto aos argumentos apresentados pela Celesc D, decidiu por manter a
liminar anteriormente concedida, constituindo uma condio de estabilizao ao processo,
motivando nova apreciao.
8.1.4. Prorrogao da Concesso
O novo aditivo que prorroga prazo de concesso por 30 anos imps condicionantes de eficincia
distribuidora perante a qualidade do servio e sustentabilidade da gesto econmico-financeira. O
descumprimento das condies por dois anos consecutivos ou de quaisquer dos limites ao final do
perodo dos primeiros cinco anos poder acarretar na extino da concesso.
A partir do sexto ano subsequente celebrao do contrato, o descumprimento dos critrios de
qualidade por trs anos consecutivos, ou de gesto econmico-financeira por dois anos
consecutivos, implicar na abertura do processo de caducidade.
Adicionalmente, o descumprimento das metas globais de indicadores de continuidade coletivos por
dois anos consecutivos ou trs vezes em cincos anos, suscita na limitao de distribuio de
dividendos ou pagamento de juros sobre capital prprio, enquanto que o descumprimento dos
indicadores de sustentabilidade econmico-financeira reflete na necessidade de aporte de capital
dos acionistas controladores.
Abaixo seguem as metas a serem seguidas pela Celesc D nos primeiros cinco anos da prorrogao:
ANO
GESTO ECONMICA FINANCEIRA
INDICADORES DE QUALIDADE
(LIMITE ESTABELECIDO)
VERIFICAO
DECi FECi
2016 14,77 11,04 ATENDIDO
2017 LAJIDA>0 13,79 10,44 ATENDIDO
2018 {LAJIDA (-) QRR}0 12,58 9,84
2019 {DIVIDA LIQUIDA/[LAJIDA (-)QRR]}1/0,8*SELIC 11,56 9,25
2020 DIVIDA LIQUIDA/{LAJIDA (-)QRR}
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8.2. CELESC G
8.2.1. Concesses Prorrogadas
Das 12 usinas que formam o parque prprio da Celesc G, oito foram abrangidas pela Medida
Provisria MP 579/12: PCHs Palmeiras, Bracinho, Garcia, Cedros, Salto, Caveiras, Pery e Celso
Ramos.
Tendo em vista a empresa no ter optado pela antecipao da prorrogao dessas usinas, cinco
foram objeto do Leilo no 012/2015, do qual a Celesc G sagrou-se vencedora do Lote C e retomou a
concesso dos empreendimentos citados a seguir:
Geradora Localidade Potncia Instalada
(MW) Garantia Fsica (MW)
Data de Vencimento
da Concesso
UHE Palmeiras Rio dos Cedros/SC 24,60 16,70 07/11/2046
UHE Bracinho Schroeder/SC 15,00 8,80 07/11/2046
UHE Garcia Angelina/SC 8,92 7,10 05/01/2046
UHE Cedros Rio dos Cedros/SC 8,40 6,75 07/11/2046
UHE Salto Blumenau/SC 6,28 3,99 07/11/2046
Total da Capacidade Instalada 63,20 43,34
Fonte: DGT
Em 2016, a Empresa pagou os R$228 milhes relativos ao Bnus de Outorga exigidos no Leilo
para o referido lote, e, consequentemente, assinou os Contratos de Concesso no 006 e 007/2016.
Setenta por cento da energia das usinas est alocada no regime de cotas, que o percentual da
Garantia Fsica de Energia e de Potncia alocado s distribuidoras do Sistema Interligado Nacional
e os outros 30% so comercializados no mercado livre.
Em relao Usina Pery, havia discusso judicial quanto possibilidade de prorrogao da
concesso nos moldes anteriores MP 579/12, isto , a fim de comercializar a sua energia
totalmente no mercado livre, tendo em vista a usina ter sido ampliada recentemente. Porm, em
julho de 2017, aps diversas anlises e discusses, a Celesc G decidiu por prorrogar a concesso
desta usina nos termos da Lei no 12.783/13, regime de cotas, de modo que foram autorizadas as
medidas judiciais necessrias para a extino do Processo Judicial existente, incluindo os recursos
relativos. A Concesso, desta forma, foi prorrogada por 30 anos, vigorando a partir 10 de julho de
2017, com a alocao integral da energia no regime de cotas da garantia fsica de energia e de
potncia. A indenizao dos ativos no amortizados, R$114 milhes, referente ampliao da
Usina concluda em 2013, ser pago Celesc G ao longo do novo prazo de concesso.
Com relao concesso da PCH Celso Ramos, com o projeto de ampliao da ordem de 7,2MW
(5,4MW para 12,6MW) aprovado pelo rgo Regulador (Despacho ANEEL no 115/2014), a
Companhia obteve, em maro de 2015, a autorizao para a realizao das obras de ampliao, bem
como, a prorrogao da atual concesso por 20 (vinte) anos, com base no disposto no 7o do artigo
26 da Lei no 9.427/1996 (Resoluo Autorizativa n
o 5.078/2015). O prazo para as obras de
ampliao da usina encerra-se no ano de 2021. Com a finalidade de legitimar referidas autorizaes,
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a Celesc G firmou junto ANEEL o Segundo Termo Aditivo ao Contrato de Concesso no
006/2013.
8.2.2. Fator de Ajuste da Garantia Fsica GSF
A Celesc G, assim como a maioria das geradoras no Pas, busca a suspenso do registro dos custos
incorridos pelos geradores hidreltricos, decorrentes da aplicao do Generation Scaling Factor
GSF, uma vez que a frustrao da gerao hidreltrica no cenrio atual decorre tanto de ordem
estrutural quanto conjuntural.
O GSF representa um ndice que expressa a razo entre o somatrio de toda a energia produzida
pelas usinas hidreltricas integrantes do Mecanismo de Realocao de Energia MRE, e o
somatrio das garantias fsicas das usinas.
Entre os anos de 2005 e 2012, o GSF anual do Mecanismo de Realocao de Energia MRE,
sempre ficou acima de 100%, no onerando os geradores hidreltricos. A partir de 2013, este
cenrio se inverteu, com a mdia anual ficando abaixo de 100% desde ento. Tal situao expe os
geradores aquisio da energia deficitria ao preo do mercado livre.
Desde agosto de 2015, a Empresa detm liminar que determina CCEE limitar a incidncia do GSF
ao percentual mximo de 5% do total da Garantia Fsica. Buscando assegurar posicionamento
adequado perante a questo, mantm monitoramento permanente sobre o andamento do processo e
acompanha as movimentaes de mercado, a fim de antecipar medidas, caso sejam necessrias.
9. DESEMPENHO OPERACIONAL
9.1. CELESC D
9.1.1. Expanso do Sistema
Para garantir um melhor desempenho do sistema eltrico na sua rea de concesso, a Celesc D
investe continuamente na expanso, melhoria e automao das redes de alta, mdia e baixa tenso.
Os investimentos tm como objetivos a melhoria das condies operacionais do sistema eltrico, o
atendimento crescente demanda de energia do mercado consumidor, maior confiabilidade das
redes, aumento da recursividade do sistema interligao de subestaes e alimentadores,
modernizao da rede, e melhoria da qualidade do servio, com reduo da quantidade e do tempo
de recomposio.
No ano de 2017, a Celesc contabilizou um expressivo volume de investimentos no sistema eltrico.
No sistema de alta tenso, os destaques dos investimentos foram a repotencializao da Subestao
Cambori, que teve sua capacidade ampliada em 2,5 vezes, e a construo da Subestao
Maravilha, ambas em 138 kV. No sistema de mdia tenso, foi concluda e energizada a SE
Bombinhas, em 34,5 kV. Alm das novas subestaes, a Empresa investiu na ampliao e melhoria
de outras oito subestaes: Pinhalzinho 138/23kV, Brao do Norte So Baslio 138/69kV, Arabut
69/23kV, Ermo 69/13,8kV, Indaial 138/23kV, Porto Belo 138/34,5/23kV, Roado 138/23kV e
Sango 69/13,8 kV.
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No sistema de 69kV, foram energizadas trs novas linhas, garantindo mais aporte de energia para as
regies de Tubaro e de Siderpolis, no sul do Estado, e Turvo, no Extremo-Sul, alm de melhorias
de diversas Linhas de Transmisso e tambm em adequaes solicitadas pelo Departamento
Estadual de Infraestrutura DEINFRA, no programa Pacto pelas Estradas. Em 31 de dezembro de
2017, estava em fase final de execuo a linha de transmisso que interliga as duas subestaes do
municpio de Concrdia, no Oeste do estado, com energizao prevista para o ms de maro de
2018. Na mesma regio, tambm estava em construo linha 138kV entre as subestaes Foz do
Chapec e Chapec II, que vai viabilizar uma nova conexo do sistema da Celesc D com o Sistema
Interligado Nacional.
No sistema eltrico de mdia e baixa tenso, que possui cerca de 150 mil km de extenso, foram
realizadas obras de melhorias e ampliaes, contemplando 26 novos alimentadores, cerca de 3 mil
novos transformadores de distribuio, e incremento das redes com cabo protegido. A Empresa tem
investido na aplicao de cabos protegidos para reas rurais e na instalao de capas protetoras na
rede de mdia tenso, aumentando o isolamento do sistema e minimizando a atuao de fatores
externos. Tambm com foco preventivo, foram intensificadas, contabilizando recursos da ordem de
R$16,2 milhes, as aes de poda e roada da vegetao prxima rede eltrica, origem de cerca de
40% das ocorrncias.
No ano, destaque, ainda, para investimentos no Programa de Automao do sistema eltrico. A
automao, realizada por meio de religadores telecontrolados, permite, remotamente, redistribuir a
carga entre alimentadores, agilizando as recomposies, minimizando os consumidores afetados por
desligamentos emergenciais e melhorando significativamente a qualidade do servio. Em 2017,
foram includos no sistema de superviso e controle 237 novos religadores trifsicos, totalizando
1.112 religadores em operao. Nos prximos meses novas aquisies de religadores trifsicos e
monofsicos esto planejadas. Tambm foram adquiridos novos rdios e modems para a
comunicao com os religadores; sistema de transmisso entre datas centers e equipamentos para
modernizao da rede de telecomunicao corporativa.
9.1.2. Indicadores de Eficincia do Sistema
9.1.2.1. DEC e FEC
O ndice de Durao Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora DEC da Celesc D foi
de 12,33 horas no ano de 2017, 3,9% abaixo do verificado em 2016, o que equivale a 101,8% do
limite estabelecido pela ANEEL para o ciclo regulatrio (agosto 2016 agosto 2021). No ano, o
ndice de Frequncia Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora FEC, apresentou
queda de 3,9%, representando 8,35 interrupes o que representou 83,5% do limite regulatrio
estabelecido.
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23
Figura 3 Evoluo DEC e FEC
Fonte: DDI
9.1.2.2. DECi e FECi
Em relao ao indicador DECi (Durao Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora
causada por ocorrncia no sistema interno, ou seja, da prpria distribuidora), o desempenho, no
ano, foi de 12,24horas, o que equivale a 10,5% abaixo do limite estabelecido pela ANEEL no
Contrato de Concesso para 2017. O FECi (nmero mdio de interrupes por unidade
consumidora causada por ocorrncia no sistema interno) foi de 8,21 interrupes, 20% abaixo do
limite do Contrato de Concesso para o ano. O grfico a seguir apresenta o acompanhamento dos
indicadores de qualidade at o trmino de 2017.
Figura 4 Evoluo DECi e FECi
Fonte: DDI
9.1.3. Programa de Eficincia Operacional
Em 2017, o Programa de Eficincia Operacional EO foi marcado pela sustentao das aes em
busca da manuteno da concesso e pela intensificao de aes relacionadas base de
remunerao de nossos ativos. O Programa, lanado em 2012, tem como base a otimizao do custo
de pessoal; gesto regulatria proativa; aumento da eficcia comercial; otimizao logstica e
centralizao das atividades de suporte.
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Os projetos que compem o EO vm sendo acompanhados pelo Gabinete de Projetos Estratgicos
GBPE, na ferramenta de gesto de projetos Channel, de forma a permitir o monitoramento das
atividades que so efetivadas para o cumprimento das oportunidades de melhoria. Atualmente, os
projetos encaminhados promovem economia anual estimada de R$85,4 milhes, dos quais R$18,4
representam otimizao de processos e R$67 representam reflexo positivo no caixa. O Programa
tem 91 projetos finalizados, 15 em fase de finalizao e 29 em andamento.
9.1.4. Distribuio de Energia Eltrica
O consumo faturado total de energia eltrica na rea de concesso somou 23.797GWh em 2017, um
crescimento de 4,0% no total de energia distribuda (mercado cativo + livre). A alta foi puxada pelo
desempenho das classes industrial e residencial com crescimento de 5,2% e 1,7%, respectivamente.
O nmero de unidades consumidoras atendidas pela Empresa atingiu o total de 2.899.993 em
dezembro de 2017, representando aumento de 2,4% em relao ao mesmo perodo do ano anterior.
Devido, porm, migrao de consumidores para o mercado livre, o consumo registrado pelo
mercado cativo em 2017 (15.602,7GWh) foi 5,0% menor que o registrado em 2016. O quadro a
seguir apresenta maior detalhamento:
Classe de Consumo
N Unidades Consumidoras Consumo Faturado (GWh)
dez/16 dez/17 4T16 4T17 12M16 12M17
Mercado Cativo 2.830.942 2.898.779 2,4% 3.745 3.785 1,1% 16.420 15.603 -5,0%
Residencial 2.213.215 2.271.604 2,6% 1.237 1.286 3,9% 5.433 5.528 1,7%
Industrial 101.856 103.082 1,2% 729 648 -11,1% 3.462 2.588 -25,3%
Comercial 254.926 262.760 3,1% 767 770 0,3% 3.395 3.209 -5,5%
Rural 234.600 234.539 0,0% 326 353 8,4% 1.311 1.387 5,8%
Demais Classes 26.345 26.794 1,7% 686 728 6,2% 2.819 2.892 2,6%
Poder Pblico 22.472 22.791 1,4% 103 110 6,9% 428 436 1,9%
Iluminao Pblica 685 750 9,5% 153 160 4,9% 606 635 4,8%
Servio Pblico 3.164 3.227 2,0% 84 87 4,1% 339 350 3,3%
Suprimento de Energia 24 26 8,3% 346 371 7,1% 1.446 1.470 1,7%
Consumidores Livres 676 823 21,7% 1.839 2.128 15,7% 6.461 8.183 26,6%
Industrial 428 510 19,2% 1.639 1.867 13,9% 5.819 7.180 23,4%
Comercial 220 284 29,1% 147 200 35,7% 433 755 74,4%
Rural 4 6 50,0% 9 13 38,2% 39 50 26,9%
Suprimento* 24 23 -4,2% 44 48 10,5% 170 198 16,8%
Mercado Total 2.831.997 2.899.993 2,4% 5.587 5.917 5,9% 22.892 23.797 4,0%
Residencial 2.213.215 2.271.604 2,6% 1.237 1.286 3,9% 5.433 5.528 1,7%
Industrial 102.284 103.592 1,3% 2.368 2.515 6,2% 9.281 9.767 5,2%
Comercial 255.146 263.044 3,1% 914 970 6,0% 3.828 3.963 3,5%
Rural 234.604 234.545 0,0% 335 366 9,2% 1.350 1.437 6,4%
Demais Classes 26.369 26.817 1,7% 729 777 6,5% 2.988 3.090 3,4%
Consumo Prprio 379 391 3,2% 3 3 0,9% 12 12 -0,1%
*Passvel de Recontabilizao pela CCEE
Fonte: DCL
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9.1.5. Perdas na Distribuio
De acordo com a ltima Reviso Tarifria Peridica da Celesc D (4CRT), a perda regulatria da
distribuio foi estimada em 7,42% sobre a energia injetada no sistema de distribuio da
concessionria. Desse total, 6,02% referem-se ao volume de perdas tcnicas e 1,40% de perdas no
tcnicas. No acumulado dos ltimos 12 meses at dezembro de 2017, as perdas globais
representaram 8,57% (2.258,1GWh) da energia injetada, sendo 6,07% (1.598,1GWh) referentes s
perdas tcnicas definidas pelo PRODIST Mdulo 7, revisado no incio de cada ano, ajustando
assim a mdia mvel de 12 meses, e 2,50% (659,7GWh) correspondem s perdas no tcnicas,
apurada por diferena. O grfico a seguir apresenta a evoluo das perdas na distribuio na rea de
concesso da Celesc D.
Figura 5 Perdas na Distribuio
*Estimado no momento da Reviso Tarifria
Fonte: DCL
Considerando a combinao do aumento da tarifa a partir de 2015 e a crise econmica, observou-se
o aumento do nmero de ligaes clandestinas (43% das perdas no tcnicas), fraudes e
adulteraes (32% das perdas no tcnicas), que juntamente com erros e medies (14% das perdas
no tcnicas),no so considerados como fatores causadores da perda no tcnica.
A companhia executa de forma contnua fora tarefa no sentido de reduzir e recuperar estas perdas,
atuando para sua deteco, identificando os casos de suspeita de irregularidade por meio de
algoritmo (verificao online), procedimento contnuo e focado na identificao de casos de fraude
e/ou deficincia tcnica, alm de integrao de sistemas corporativos, reviso de processos de
trabalho (metas de fiscalizao), implantao de sistemas antifurto e regularizao das ligaes
clandestinas, visando convergir aos limites regulatrios dentro do atual ciclo tarifrio.
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9.1.6. Mercado de Energia Eltrica
Em 2017, a carga requerida na rea de concesso da Celesc D foi 3,5% maior que a registrada em
2016. No mesmo perodo, o consumo de energia eltrica cresceu 4,0%. Analisando os nmeros, o
desempenho sinaliza para uma reduo das perdas. A carga total atendida pela concessionria inclui
as parcelas referentes carga dos mercados cativo e livre, dos autoprodutores e produtores
independentes conectados rede da concessionria, alm das perdas do sistema eltrico. O quadro a
seguir mostra o desempenho da carga na rea de concesso da Celesc D, comparado ao da regio
Sul e ao do Pas.
Ano 12M
Carga Brasil (GWh)*
2017 574.348
2016 567.288
1,2%
Carga Sul (GWh)
2017 98.779
2016 96.456
2,4%
Carga Celesc D (GWh)** 2017 26.340
2016 25.438
3,5% Fonte: ONS / Celesc D
* Referente ao Sistema Interligado Nacional SIN ** Energia Injetada no Sistema de Distribuio da Cconcessionria
9.1.7. Atendimento ao Cliente
Em 2017, a Celesc D conquistou a segunda posio no ranking das melhores empresas do Setor
Eltrico Brasileiro com mais de 500 mil consumidores, na avaliao dos clientes. A vice-liderana
foi registrada nas pesquisas realizadas pela Abradee e na pesquisa ANEEL de Satisfao do Cliente.
Entre os aspectos que ajudaram a atingir esse resultado, esto a expanso do atendimento (por
telefone, presencial e via Agncia Web); os investimentos em capacitao e nas reas de Informao
e comunicao, como o envio de SMS para avisar sobre desligamentos programados; e o sistema de
atendimento on line.
O desempenho do contact center tambm tem se mostrado de alta eficincia e pelo segundo ano
consecutivo (2016 e 2017) manteve a primeira posio no ranking ANEEL de qualidade do
atendimento telefnico entre as distribuidoras que atendem mais de 500 mil unidades consumidoras.
No ano, o Indicador de Nvel de Servio INS foi, na mdia, de 97,80%, bem acima da meta
estabelecida pela Agncia Reguladora para essas empresas, que de 85%. A operao do Contact
Center realizada por atendentes prprios, distribudos em 126 municpios na rea de concesso, e
terceirizados, com site localizado em Joinville (principal) e em Goinia (secundrio), que totalizam
mais de 300 profissionais.
A melhoria do processo de atendimento ao cliente tambm se reflete na reduo de 18% no nmero
de reclamaes comerciais registradas em 2017 (29.445) em relao a 2016 (35.910). Se por um
lado, a frequncia diminuiu, por outro a qualidade do ps-atendimento melhorou. Na pesquisa de
satisfao do cliente reclamante, realizada a cada trimestre com uma amostra de reclamantes, o
nvel de satisfao subiu de 83,62% em 2016 para 85,22% em 2017, superando a meta de 85%.
Ainda em 2017, o ndice FER, que mede o nmero de reclamantes a cada grupo de 1.000 unidades
consumidoras, tambm passou de 6,81 em 2016 para 6,18 em 2017, para mdia regulatria de 26.
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9.1.8. Gesto da Inadimplncia
A Inadimplncia corresponde ao montante da receita faturada e no recebida. O aumento ou
reduo desse montante resultado de condies macroeconmicas, que influenciam na capacidade
de solvncia dos consumidores. Nos ltimos anos, a tendncia do desempenho da inadimplncia na
rea de concesso da Celesc D tem sido de crescimento, mas esse cenrio comea a se reverter. No
ano de 2016, por exemplo, o ndice de inadimplncia havia sido 10,8% maior que no ano anterior.
Em 2017, esse crescimento caiu para 5,7%. Ao mesmo tempo, o faturamento da Empresa, tambm
influenciado pelo crescimento de mercado, sofreu incremento de 9,3%. Desta forma, a relao
inadimplncia X receita reduziu, no ano, 3,31%. A tabela a seguir mostra a evoluo da carteira de
inadimplncia por Classe de Consumo.
Inadimplncia por classe de consumo (R$ mil)
Dezembro
Total da Carteira 31 a 90 dias
2016 2017 (%) 2016 2017 (%)
Residencial 192.209 216.256 12,5% 34.095 38.703 13,5%
Industrial 257.684 255.030 -1,0% 8.157 8.574 5,1%
Comercial 121.464 131.347 8,1% 9.923 12.601 26,9%
Rural 22.849 28.393 24,3% 4.299 3.996 -7,0%
Revenda 7.763 11.562 48,9% 1.855 2.848 53,5%
Outros Crditos 39.353 43.252 9,9% 4.307 3.422 -20,5%
Poder Pblico 14.580 11.012 -24,5% 330 62 -81,2%
Iluminao Pblica 17.619 15.545 -11,8% 164 182 10,9%
Servio Pblico 2.272 1.583 -30,3% 85 14 -83,5%
TOTAL 675.790 713.980 5,7% 63.215 70.402 11,3%
Fonte: DCL
A melhora no desempenho da inadimplncia em 2017 tambm foi influenciada por aes que a
Empresa vem efetuando para o combate da inadimplncia. No ano, destaque para: execuo de Call
Center Ativo, com notificao de faturas em aberto; intensificao de aes de cobrana, tais como:
negativao e suspenso do fornecimento de energia; implantao do Programa de recuperao de
crdito de Hospitais Filantrpicos; finalizao do Boletim de Inadimplncia - relatrios gerenciais
para promover maior facilidade e assertividade nas aes desenvolvidas pelas agncias regionais da
Celesc espalhadas na rea de concesso.
9.2. Celesc G
9.2.1. Produo
O cenrio hidrolgico tem se apresentado bastante desfavorvel para a gerao de energia eltrica e,
principalmente devido a esse fato, a produo das usinas da Celesc G foi bastante prejudicada em
2017. No acumulado do ano, verificou-se queda de 27,3% no volume de energia gerada pela Empresa.
Alm da escassez e distribuio irregular das chuvas, o desempenho tambm foi impactado por obras
de automao e/ou manuteno das usinas Rio dos Cedros, Pery, Bracinho e Salto.
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28
O fator de capacidade global em 2017 foi de 46,8%, representando 17,4 p.p. (pontos percentuais)
abaixo do verificado em 2016 (64,2%).
Desempenho Operacional (GWh) 4 Trimestre Acumulado 12 Meses
2016 2017 2016 2017
Parque Gerador Prprio 137,6 87,2 -36,6% 601,7 437,6 -27,3%
UHE Palmeiras 35,1 19,2 -45,2% 150,2 114,6 -23,7%
UHE Bracinho 13,8 13,5 -2,1% 61,9 47,1 -23,9%
UHE Garcia 16,1 14,2 -11,3% 65,8 64,3 -2,2%
UHE Cedros 15,6 0,0 -100,0% 65,3 27,5 -57,9%
UHE Salto 5,5 2,6 -52,9% 26,4 14,6 -44,7%
PCH Celso Ramos 9,7 8,9 -8,6% 42,2 31,6 -25,0%
UHE Pery 27,2 17,8 -34,5% 131,0 90,7 -30,8%
UHE Caveiras 6,3 4,7 -25,3% 25,9 21,1 -18,8%
CGH Ivo Silveira 5,6 5,0 -11,4% 22,2 19,4 -12,6%
CGH Pira 1,1 0,3 -72,7% 3,9 2,6 -32,8%
CGH Rio do Peixe 1,0 0,8 -19,0% 4,1 2,8 -32,0%
CGH So Loureno 0,7 0,2 -65,4% 2,9 1,4 -52,9%
Fator da Capacidade Global 58,4% 37,0% -21,4% 64,2% 46,8% -17,4%
Fonte: DGT/ADGT
10. INVESTIMENTOS (CAPEX)
10.1. Celesc D
Os investimentos realizados pela Celesc D somaram R$154,4 milhes (sendo R$117,6 milhes em
materiais/servios, R$22,4 milhes em mo de obra prpria e R$14,4 milhes de participao
financeira do consumidor2) no quarto trimestre de 2017. No ano os investimentos totalizam
R$473,2 milhes (sendo R$327,0 milhes em materiais/servios, R$89,4 milhes em mo de obra
prpria e R$56,8 milhes de Participao Financeira do Consumidor).
Informamos ainda, que o valor investido na Celesc D de R$473,2 milhes no ano de 2017, R$416,4
foi com recursos prprios, e R$56,8 foi com recursos de terceiros, provenientes de Participao
Financeira do Consumidor em obras da Celesc D. As regras da Participao Financeira do
Consumidor esto estabelecidas na Resoluo Normativa da ANEEL de 09 de Setembro de 2010.
A tabela abaixo apresenta o investimento da distribuidora indicando o que compe a Base de
Remunerao Regulatria BRR (no ingls, RAB Regulatory Assets Base):
R$ Milhes 4 Trimestre Acumulado 12 Meses
2016 2017 2016 2017
Investimentos Distribuio 140,1 154,4 10,2% 449,2 473,2 5,4%
RAB* 128,7 138,9 7,9% 411,8 441,0 7,1%
Non - RAB 11,4 15,5 36,8% 37,3 32,2 13,7%
Depreciao/Amortizao (48,8) (50,7) 3,8% (197,2) (200,3) 1,6%
Relao CAPEX x Depreciao** 2,5x 2,8x
1,9x 2,1x
Fonte: DEF/DPRI
*RAB: Regulatory Assets Base
**Exclui Participao Financeira do Consumidor
2 Regras da Participao Financeira do Consumidor esto estabelecidas na Resoluo Normativa ANEEL no 414 de 09 de setembro de 2010.
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Os grficos a seguir ilustram o CAPEX realizado pela Empresa nos ltimos anos (e sua relao com
a Depreciao), bem como a composio do CAPEX em ativos eltricos realizados em 2017, os
quais iro compor a Base de Remunerao Regulatria BRR:
Figura 6 Capex Celesc D
Fonte: DEF/DPRI
Os investimentos na rede de distribuio busca atender a melhora continua dos indicadores de
qualidade (DEC e FEC) firmados no contrato de renovao da concesso. A demanda de CAPEX
RAB no ciclo tarifrio em vigor dever seguir entre 1,6x e 1,9x da depreciao, em linha com a
mdia do setor.
A Celesc D investiu R$8,0 milhes em Pesquisa e Desenvolvimento P&D em 2017, valor 24,5%
inferior ao realizado em 2016 quando se investiu R$10,6 milhes. J os investimentos em Eficincia
Energtica EE totalizaram R$50,5 milhes, 7,0% inferior ao registrado no mesmo perodo de
2016, ocasio em que foram aplicados R$54,3 milhes.
10.2. Celesc G
Os investimentos em SPEs totalizaram R$9,9 milhes em 2017, sendo R$7,8 milhes aplicados na
SPE Gara Branca e R$1,2 milhes na SPE Rio das Flores. J os investimentos no parque gerador
prprio somaram R$6,2 milhes no ano, anotando R$2,6 milhes de investimentos na usina
Bracinho, R$0,8 milhes na usina Pery, R$0,7 milho na usina Pira, R$0,4 milho na usina Rio do
Peixe, R$0,4 milho na Usina So Loureno e R$0,7 milho na Administrao Central.
R$ Milhes 4 Trimestre Acumulado 12 Meses
2016 2017 2016 2017
Investimentos Celesc G 3,6 6,3 78,7% 235,9 16,1 -93,2%
Investimentos em SPEs 2,9 4,9 69,1% 5,5 9,9 80,5%
Usinas Parque Gerador Prprio 0,7 1,4 121,8% 230,4 6,2 -97,3%
Fonte: DEF/DPRI
353,2 336,5390,5
457,0449,2
473,2
1,9x1,6x 1,8x 1,7x
1,9x 2,1x
1,0x
10,0x
0,0
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
CAPEX Celesc Distribuio (R$ MM)
RAB Non-RAB CAPEX / Depreciao
Linhas
Distribuio e
Subestaes24,3%
Redes
Distribuio e
Telecomunicao60,6%
Comercializao
e Medio14,3%
Outros
0,8%
12M17ComposioCAPEX RAB
R$ 441,0 MM
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30
11. DESEMPENHO ECONMICO-FINANCEIRO
O Grupo Celesc apresentou, no exerccio findo em 31 de dezembro de 2017, Lucro Lquido de
R$66,5 milhes, representando um aumento de 777,24%, se comparado ao exerccio de 2016
(Prejuzo Lquido de R$9,8 milhes).
A Receita Operacional Bruta ROB do Grupo no exerccio de 2017 foi de R$11.469 milhes,
volume 9,37% maior que o realizado em 2016 (R$10.486 milhes).
A Receita Operacional Lquida ROL apresentou crescimento de 16,08% em relao a 2016
(R$6.109 milhes), fechando o exerccio de 2017 em R$7.091 milhes.
Por meio dos indicadores econmicos, as informaes consolidadas do desempenho da Companhia
em 31 de dezembro de 2017 em relao ao mesmo perodo do ano anterior, so as seguintes:
Dados Econmico-Financeiros
31 de 31 de
dezembro dezembro AH
2017 2016
Receita Operacional Bruta ROB 11.469.027 10.486.102 9,37%
Receita Operacional Lquida ROL 7.091.235 6.108.740 16,08%
Resultado das Atividades 305.197 93.760 -225,51%
EBITDA Ajustado 520.151 311.218 67,13%
EBITDA 523.243 329.336 58,88%
Margem EBITDA Ajustado (EBITDA/ROL) 7,34% 5,09% 2,25 p.p.
Margem EBITDA (EBITDA/ROL) 7,38% 5,39% 1,99 p.p.
Margem Lquida (LL/ROL) 0,94% -0,16% 1,10 p.p.
Resultado Financeiro (149.041) (120.313) 23,88%
Ativo Total 9.060.252 8.628.715 5,00%
Imobilizado 151.672 158.495 -4,30%
Patrimnio Lquido 1.842.238 2.075.843 -11,25%
Lucro/Prejuzo Lquido
66.485 (9.817) 777,24%
Fonte: DEF/DPCO
O resultado positivo da Companhia em 2017 deveu-se, pelo bom resultado alcanado pela
Controlada Celesc G, nos seguintes aspectos: i) aumento do Preo de Liquidao das Diferenas
PLD no ano de 2017, alcanando uma mdia de R$318,15/MWh, enquanto que em 2016 a mdia
foi de R$92,40/MWh; ii) reverso de R$11,3 milhes da PECLD no Contas a Receber referente ao
Fator de Ajuste da Garantia Fsica GSF; iii) reduo da despesa de depreciao do Imobilizado
em relao a 2016, em funo do trmino dos contratos anteriores de concesses das usinas Cedros,
Salto, Bracinho, Palmeiras; iv) receita decorrente dos novos contratos de cotas das usinas Cedros,
Salto, Bracinho, Palmeiras; e v) reverso do Impairment test do Imobilizado.
A Controlada Celesc D tambm contribuiu positivamente no resultado da Companhia, sendo
destaques: o reajuste tarifrio mdio de 7,85% aplicado em agosto de 2017, aos seus consumidores,
e um crescimento de 4,0% no consumo total de energia eltrica distribuda.
O Resultado Financeiro Consolidado da Celesc em 2017 foi negativo de R$149,0 milhes sendo
este valor 23,88% superior a 2016 (R$120,3 milhes). Este acrscimo decorrente principalmente
da despesa financeira da correo financeira da conta de Subsdio CDE (Decreto no 7.891/13), na
Celesc D, e reconhecimento de juros de debntures.
-
31
A movimentao do Lucro/Prejuzo Lquido do Exerccio antes dos Juros, Impostos, Resultado
Financeiro e Depreciao/Amortizao EBITDA est detalhada a seguir:
Conciliao do EBITDA - R$MIL
31 de
dezembro
2017
31 de
dezembro
2016
Lucro Lquido
66.485 (9.817)
IRPJ e CSLL Corrente e Diferido
89.671 (16.736)
Resultado Financeiro
149.041 120.313
Depreciao e Amortizao
218.046 235.576
(=) EBITDA
523.243 329.336
(-) Efeitos No Recorrentes
Proviso Teste Impairment em Controlada
11.191 9.520
Reverso Teste Impairment em Controlada
(14.283) (21.280)
Reverso da Proviso para Perdas do Imobilizado - (6.358)
(=) EBITDA Ajustado por Efeitos No Recorrentes
520.151 311.218
Fonte: DEF/DPCO
O EBITDA ajustado, do exerccio de 2017, atingiu o valor de R$520,1 milhes, ficando 67,13%
maior em relao a 2016 (R$311,2 milhes) e a Margem EBITDA Ajustada passou de 5,09% no
exerccio de 2016 para 7,34% em 2017.
12. DESEMPENHO NO MERCADO FINANCEIRO
12.1. Desempenho no Mercado de Capitais
O Capital Social da Celesc atualizado, subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2017, de
R$1,340 bilhes, representado por 38.571.591 aes nominativas, sem valor nominal, sendo
15.527.137 aes ordinrias (40,26%) com direito a voto, e 23.044.454 aes preferenciais
(59,74%), tambm nominativas, sem direito a voto. As Aes Preferenciais tm prioridade no
recebimento de dividendos base de 25%, no cumulativos.
A composio acionria, em nmero de aes dos acionistas com mais de 5% de qualquer espcie
ou classe, est representada conforme o quadro a seguir:
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32
Base Acionria em 31 de dezembro 2017
Acionista Aes Ordinrias Aes Preferenciais Total
Quantidade % Quantidade % Quantidade %
Estado de Santa Catarina 7.791.010 50,18 191 0,00 7.791.201 20,20
Angra Partners Volt Fundo
de Inv em Aes 5.140.868 33,11 437.807 1,90 5.578.675 14,46
Fundao Celesc de
Seguridade Social - Celos 1.340.474 8,63 230.800 1,00 1.571.274 4,07
Gerao LPar Fundo de
Investimento 257.600 1,66 2.431.600 10,55 2.689.200 6,97
Centrais Eltricas Brasileiras
- Eletrobras* 4.233 0,03 4.142.774 17,98 4.147.007 10,75
Alaska Poland FIA - 0,00 3.091.200 13,41 3.091.200 8,01
Neon Liberty Capital
Management LLC - 0,00 1.173.300 5,09 1.173.300 3,04
Outros 992.952 6,39 11.536.782 50,06 12.529.734 32,48
Total 15.527.137 40,26 23.044.454 59,74 38.571.591 100,00
Capital Social: R$1.340.000.000,00 e Capital Autorizado: R$1.340.000.000,00 *Companhia de Capital Aberto
Fonte: DEF/DPRI
Os investidores estrangeiros encerraram o quarto trimestre de 2017 representando 14,10% do
Capital Social total da Celesc, detendo um volume de 5.438.408 aes, na grande maioria, aes
preferenciais.
A participao dos investidores por residncia est representada no quadro abaixo:
Participao dos Investidores por Residncia Quantidade de
Aes %
Investidores Estrangeiros 5.438.408 14