purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1895-04-03/j-1244-g_1895-04-03_item2/j...joão vai completa a obra,...

4
FUNDADOR: PEDRO CORRÊA DA SILVA TELEPHONE N. # 117 Quarta feira 3 de abril de 1895 Editor reBpoaiavel J. M. Baptista de Carvalho Aivlgnãtarat eM Lisboa 1 roe*... 300 réis Annuncios: linha, 20 n.; 1.» 3 meiei. 900 » pag., 100 pí.; corpo do jor- Avalso.. 10 » nal ooss travessão, 60 réis. 8 meses, pagaiaeoto adiantado.; 14150 A correspoadeaoia sobre a administração, a Rodrigo de Mello Carneiro Zagallc. Alda tiotíà atMráZSffi:*, Anemia cão tem, Pois, por conselho da tip, Vai sete veies por dia Ao tal Caldense Armazém. Arco do Bandeira» 104 Santos Junior Eitá doente, com am ataque de fígado, o conhecido empresário do Real Coliseo. Desejamos-lhe promptos alli- vioi. Foi novamente reccmmendado que toda a correspondência rela- tiva ás praçss do corpo de mari nheiroi deve ser directamente re- mettida ao commando do mesmo corpo. Numero 7:912 VAZ Exposição de pintura XV João Vaz Discípulo de Annunciaç&o e Silva Porto. Director da Escola Industrial Âffomo Domingues^ em Xabregas. Pintou, a principio, payzagenr, depois abancou em frente dos sb- sumptos arcbitectonico8, dos re- cortes manuelinos, das columnas ccrynthiss e eonpositas. Pittores- cos interiores de templo se fixa- ram nas suas telas, animados com ligurinhas camponias, pintalgados com lenços de ramagens e jaque- tas de briche. Viajou, também, libando aite em centros intellectuaes, eztasian- do-se pelos museus de fama, dian- te das obras primas da escola ita- liana—Raphael, Miguel Angelo, Ticiano—, da holandeza e flamen- ga—Holbein, de Leyde, Stradan, R ynolds, Rubens, Van Dyck, Rembrandt,— da francesa—Cou- sin, Freminet, Philippe de Cham pagne, L.brun, Watteau—e tan- tos outroií Viu escolas, estudou assumptos, tratou com artistas. No fim d'essa farandola vtria- ds, eafuiiante como Champagne, propria a embriagar a imagina ção exaltada de um meridional, João Vai veiu fixar a sua maneira no poeticismo da nossa costa, tran- quilla e azul; das nossas praias, alegres e preguiçosas; das nossas muletas, elegantes como gaivotas brancas, á íl jr d'agua pipiando. A sua obra cresce rapids, anno para anno, manUndo aempre a mesma nota placida. Chamam lhe monotona por isso; mas é pro- fundamente portagueza, sonte-se ali o encanto do nosso pais, todo marinhas, todo debruçado sobre o Atlântico, vivendo na faina da pesca, entre rendas de espuma cachopos rfplectos de marisco. Antes d'elle se dedicar a essa empresa, quem traduiira o Portu- gal maritime? Silva Porto andava por ter- ra a dentro, pelo agreste das cha- padas, em contacto com as see- nas ingénuas da província inte- rior.) João Vai completa a obra, e segue, costa a costa, de umbella e cavallete, ns fiubria do mar, e ao sabor das cançõas de borda d'agua,—restos saudosisiimos de um passado de leões do mar, que ainda embalam docemente o nos- so 6 ó profundo... # Este anno trouxe oito quadros: Fim da tarde—De uma melan- cholia propria a divagações, na hora em que Cesário Verde sen- tia ondas de pessimismo, esta ma- rinha ao sol-po8to tem a arte de nos fazer pensar, sem para isso buscar effeitos na extravagancia —ô a tradueção fiel de um trecho da costa que vem de Peniche pa- ra o sul, illuminada pelo sol poen ta, que descahe adiante, sobre as Berlengas. jEsperando a maré—Maita tela e pouco assumpto. Um bote é o protogonista. Co- mo scenario: uma praia immensa, o mar a perder de vista e o ceu em toda a sua plenitude—ceu ne- voento, com manchaB róseas sem dtfiniçâo. O resto está feito com a verda- de que é timbre do pincel realista de J. Vas. Apenss, pelo lado esthetico, nos parece estroinice estar uma com- panha inteira á c spera da maré... que ainda vem em cascos de ro- lhasi «A economia de tempo é ca pitai que se amontoa» (Rodrigues de Freitas, a paginas tantas). O mar—Uma onda, debruada de espuma, rolando para o nosso lado. Apesar de explorado, este as sumpto é sempre sympathico. A onda de sgora tem o dorso admiravelmente traduzido, o es- praiar, do primeiro plano, magni fho de verdade, e a nuance uzul do ceu muito pura. Apenas á orla de espuma falta frescura, e aquelle tom leve, qua-1 si fugitivo, que a idéa de que as ondas trazem suspensos frocos de arminho, ou aigrettes de prata, quando têm deepedaçar-se pela areia. O carreiro da Joanna—Encan tador recanto do nosso littoral, que J. Vaz soube reproduzir com tintas de mestre e alma de poeta. O terreno pedregoso do primei- ro plano, os alcantis que se afu- nilam, o braço de mar que entra, a linha do horisonte,'7tudo isso foi colhido n'um momento de inspi- ração que adivinhamos, tal.é o en cantamento que esse poético local no* transmitte! Uma velha. guarita—Outra im- peccavel marinha, de Cascaes, apanhada em dia de calms, em que as a^uas têm uma transpa- rência divina e o sol bate de cha- pa no angulo de um forte ve- lhinho. Apontamentos Qaatro precio- sas telaeiohaa esguias, onde ha encantos de factura, de braço da- do com bellesas de payía^em. A ribeira de Peniche Uma tela branca, desde a athmosphera até ás aguas espelhadas, representan- do a naturesa n'um travesti pouco vulgar. Parece uma aguarella, pela finura do esboço e pallidei do ambiente. Ao scl -Tela em que J. Vai imprime tanta verdade, que a gen te se absorve na contemplação d'essa rua de areia, coberta de sol, em que os botes descançam e os pescadoras cabem na somno lencia da sesta, e nos vemos traoa portados por completo ás nossas praias, a S. Martinho, á For, a Mattosinhos, e nos parece estar olhando ainda aquella acena, atra- vés a janella aberta de uma casi- ta alegre—que saudades!... E comoj tudo aquillo ó profun damente natural! Chantillt. No nosso artigo de hontem sa hiu a palavra retrato em vez de retratado transtornando um capi tulo. Figuram n'ella muitas molhe- res, soldados mouros e christ&os mnsioas, ctc. Dr. Mello £7 taes homoeepathicos. Coasultorio especial de medicioa homoepatbi- ca; da 1 ás 3 h. R. das Chagas, 22. -DltBIO ILLtSTHADO* A sua redacção acceita e agra- dece toda e qualquer informação que lhe queiram enviar os seus as- signantes e leitores, principalmen- te o que diga respeito a High life, festas religioiasy aneedotas, movi- mento de associações, casos munda- nos (em termos hábeis), etc. Indicações theatraes Theatro D. Amelia Últimos espectáculos des «Ta- bleaux Vivants» e da companhia heipinhola de sarsueia esta sa maqv; por isso ó bom sproveitar m ainda não viu os esplendi- «quadros» de mr. Boss, que na realidsde a extraordinaria ncfyidade de sensação em Lisboa, n&o na elegancia como na par- te ártistica. Com os «Tableaux», represen- tam-se também hoje as zarzuelas «Los dineros del sacristan», «El silo paaado por agua» e «Musica classics». Theatro do CJymnaalo Depois d'esta vista ha de haver outra que durará para sempre, mas na qual não consta que se re- presente a celebre comedia in- glesa «A madrinha de Charley», que tem sido a verdadeira vara de Moysés. Theatro do Príncipe Beal Realisa-se hoje n'este theatro a primeira representação do drama patriotico, em 5 actos, «Os heroes de 1820», que tanto agradou ultimamente no Porto, e por isso o actor Sergio de Al- meida o escolheu para seu bene- ficio. BBeal Coliseo—Segura está a enchente de hoje n'eBte bello Coliseo, em vista do espectáculo annunciado. fijjRepresenta-se pela ultima ves o[fArnoso «Boccacio», a graciosa operetta de Suppé, e que pela companhia Giovannini foi desem penhada com o mais brilhante successo. Circo Lisbonense (ao Aterro)— Está-se ensaiando ali uma grande pantomima, «A to- mada de Santarém», em que figu- ram perfo de 200 pessoas. Vai ser posta em scena no proximo sabba- do, com toda a propriedade histó- rica. JOÃO Previsão do tempo Noherlesoom, contii ú * annun- ciando o mau tempo. Diz elle: Os primeiros dias da quinzena, que ante hontem come çou, serão um tanto chuvosos. (Já d'isso tivemos provas hontem). De 5 a 13, o tempo será chuvoso, bor- rascoso e ventoso. (Isto, pouco mais ou menos, disse o saragoça- no de Braga, Teixeira, ha dias). De 14 a 16 será mais ameno. O dia 6 será o mais tempestuoso e o dia 5 de grandes ventanias. Teixeirs, de Brsga, an nunciou a primavera para depois do dia õ. Propagam-se oa saragoçano8,e o. mau tempo persiste que é o peior. Tentativa de suicídio Andava hontem pelas 6 horas e um quarto da tarde, na rua do Duque, usa homem, typo de ope- rário, com intenções de suicidar- se. Chegou a subir pela escada n.° Ô da mesma rua e abrir a ja- nella do 4 * andar para se preci- pitar. Acudiu-lhe um cocheiro da Com- panhia de Carruagens, Manuel José da Silva, que o entregou á guarda municipal. O tresloucado declarou então chamar-se Ernesto José da Cu- nha, morar na rua Ferreira Bor- ges, 37, e querer tentar contra a existência por desgostos de fami- lia. A festa de boje em S. Carlos Na festa de hoje a beneficio dss Officinas de S. José, em S. Car- los, foi encarregado o sr. Raphael Bordalo Pinheiro, que generosa- mente se promptificou a isso, de ornamentar a tribuna grande com lindas plantas, colchas de seda e estofos de phantasia. Deve pro- dusir um effeito deslumbrante. Alguns bilhetes de platéa que ainda ha para vender estão á dis- posição do publico do camaroteiro do theatro. # / A commissão promotora da fes- ta pede a todas as pessoas que fi- caram com bilhetes, e cuja impor- tância ainda não satisfizeram, o favor de ob pagar ao camaroteiro do mesmo theatro. REVISTA ALEGRE Que programme tão catita, Das festas de Santo Antonio! Desde o mais gordo camponio, Até ás damas mais lestas, Toda a gente se assanha, E d'esta vez ó que apanha Uma pançada de festas! Sol e-dói, danç8B, fogueiras, Sortes, marchas, arraiaes, Bombas, touros, feativaes, Balões, milagres, folias! Com pagode tão rasgado, Fica a g6nt* festejado P'ra o resto aos nossos dias... Chantxlly, Sua Magestade El-Rei pàrtéilPje para Mafra, no fenboio das 9 horas da manhã, aflm de assistir aos exer- cícios que se realisam na escola pratica d'lnfanteria. E' acompanhado pelo sr. ministro da Guerra. Sua Magestade El-Rei acompanha- do do seu ajudante de campo, o sr. Malaquias de Lemos, passeou hon- tem na sua Victoria. # Sua Magestade a Rainha, acompa- nhada da sua dama de serviço, a sr.* D. Josepha Sandoval de Vascon- cellos e Sousa, e do seu veador, o sr. Antonio de Vasconcellos e Sousa, passeou hontem em carruagem des- coberta pelas ruas da cidade. 0 Senhor Infante D. Affonso, acom- panhado do seu official às ordens, passeou hontem na Avenida. * Foi hontem a Queluz o Senhor In- fante D. Affonso. Sua Alteza foi acompanhado dos seus ajudantes. * Kazeo amanhi tnnos ai ir, u : D. Leonor Manuel (Atalaya). D. Luiza Cardoso Martins da Costa Macedo (Margaride). D. Luiza d'Almada. D Helena de Carvalho. D. Maria Thereza Damasio. D. Julia Carvalhal Cori Ca Henri- ques. D. Maria José Bivar de Sousa. D. Maria Josephina de Caceres Monteiro. D. Maria da Luz Coelho. D. Maria da Gloria Castilho. D. Virginia Augusta d'Oliveira e Silva. E os srs.: José Frederico Teixeira Rebello (Prime). Antonio Homem de Figueirado Lei- tão (Caria). Annibel Jorge d'Avillez. Antonio Pessoa d'Amorim. Vasco Ferreira Pinto Basto. Luiz d'Araujo. Alvaro Adolpho Alvim Marques. Caetano Alberto Sori. Henrique O'Neill de Groot Pombo. Ernesto Jayme Aldim. José Corrêa Godinho. Alexandre de Castro Pereira. Paulo de Laxman (Erick). Faz no dia 8 do corrente annos a sr.* D. Maria das Dores Sousa de Ma- cedo. » Chegou da Madeira o sr. Visconde da Torre Bella. —Cheçou a Lisboa o sr. Conse- lheiro Wenceslau de Lima. —Regressou de Portalegre o sr. Emilio Fragoso. —Regressou a Lisboa o sr. Fran- cisco d'Almeida e Brito. —Regressaram á sua casa de Val- lada, o sr. Alvaro Roquette, sua es- posa e sogra, a sr.* D. Maria da Conceição de Sequeira Seabra. —Parte em breve'para Guimarães o sr. Luiz Cardoso de Menezes (Mar- garide). —Chega hoje de manhã de Huelva o sr. Conselheiro Carlos Lobo d'Avi- la, ministro dos Negocios Estrangei- ros. —Parte para Sevilha o sr. Conde de Penha Longa. —Parte amanhã para Sevilha o sr. ministro dos Estados-Unidos da Ame- rica. —Parte para Sevilha o sr. Carlos Eugénio d'Almeida. * Brilhantíssima a soirée que ante- hontem se realisou em casa do sr. dr. Eduardo Maia na sua esplendida vivenda á Estrella. Foi uma festa deslumbrante que por certo deixou as mais gratas recordações a todos que tiveram a ventura de assistir a ella. 0 sr. dr Eduardo Maia e sua ex. mfc esposa foram d'uma amabilidade e gentileza em extremo captivantes para com todos os seus convidados, tendo se por isso mais uma vez tor- nado os credores da sua mais viva estima e sympathia. A sr. a D Leonor Marques da Cos- ta em algumas chansonnelles que cantou com muita graça, acompa- nhada ao piano por sua irmã D. Bertha, e principalmente na Ave Ma- na do Olhello, revelou superior ta- lento e vocação para a arte musi- cal. Possue com effeito uma bella vez, bem timbrada e muito malleavel. A's 4 horas da manhã começou o colillon marcado pela gentil sobri- nha, dos donos da casa D. Julietta Maia e pelo filho do sr. Conde de Sampaio. Entre outras pessoas, cujos nomes nos não occorrem lembra-nos ter visto as sr." Condessa de Restello e filha, BaronéZi de Jtanhaem d'An- drade, Madame Sancíies de Baena, Madame Pinto Bastos e filhas, D Ma- ria Leonor Marques da Costa e su&5 filhas, D Bertha e D. Leonor, D. Cla- risse Pinto Bastos, Mesdemoiselles Sampaios, D. Maria Calvet de Maga- lhães Marques da Costa, D. Margari- da, D. Mana Luiza e D. Alda Ferrei- ra de Castro, D Sophia Segurado, Mademoiselle Sclatir. etc., e os srs. Conde de Sampaio e filhos, Barão de Jtanhaem d'Andrade, tenente coro- nel Luiz Augusto Ferreira de Castro, Augusto Cesar Conôa, Ayres Maia, Benarus, commendador Pinto Bastos e filho, Virgilio Marques da Costa, Pedro Segurado, D. Francisco de Lin- doso, Luiz Perestrello de Vasconcel- los. drs. Levy e João Marques da Costa, Francisco Trigoso, Antonio Pernes, Augusto e Silvério Cardoso, Mimom Anahory, José Joaquim do Rego Cordeiro, Antonio Calvet de Magalhães, Antonio de Carvalho, etc. # Continúa incommodada a sr. a Con- dessa d'Arriaga. —A' hora a que hontem mandá- mos saber de Pinheiro Chagas, o il- lustre escriptor continuava no mes- mo estado. —Está em via de restabelecimento d ; um forte ataque de influenza, a sr.* D. Anna Osorio de Castro Pedro- so, o que muito estimamos. —Está doente o distincto enge- nheiro, o sr. Augusto Ricca, sendo seu medico assistente o sr. dr. Eduardo Móra. # A vida elefante no es- trangeiro Felizmente foi desmentida a noti- cia de ter sido victima d um inci- dente o sr. Duque d'Aosta, que par- tiu de Roma para Turim, d'onde se- guirá em breve para Stowe-House, onde vai para combinar a data do seu casamento com a gen'ilissima Princeza D. Helena d'0rléans. Perfis E y uma roaa que mora entre os alecrins. Quando ella fala na sua bella lingua de Mxisset, os sons crys'allino8 da sua voz mimosa e ligeira echoam docemente no espaço, como o 88ons de um piano admira- vtl de Pleyel, riuma atmosphera de perfumes de Bengala. Gent\lis8ima, tem uma candura extranha quando nos fita com alti- vez e deixa escapar esta phrase: —je auis de marbre: voi à Mon- sieur. Como o seu espirito é essencial- mente lyrico, s. ex detesta os pesa- dos romances de Zola y e delicia se com as odes puras, limpidat e sua- víssimas do grande analysador do coração das mulheres: Victor Hu- go. Leitora: nunca foste pelos lados do Chiado? Ora vai: volta á esquerda, des- ce o Alecrim, e riuma casa alta ve- rás um jardim de raparigas... ri esse jardim ha uma roaa... Lucília. Vai fundar bo um club de caça- dores em Vianna do Castello. Para a organisação doa eitatutoa foi nomeada uma commissão de que é presidente o Br. José Pinto de Araujo Cortea. In pensaaeaU p«r 4ii De Feuillet:—«A ordem é a belleza moral das coiaas.» Francamente, n'es- te fim de século... agrada mais a desor- dem. K o proprio Feuillet conheceu muitas des- ordenadas. K roda d* «Pifar». —Que pasmosas olheiras tu tens, meu amigo! Acredito. —Estás doente? —Não, mas... Imagina que fui hontem sacramentado duas veies! —Duai vezes? —E' verdade! Recebi de manhã o sacramento da communhão, e á tarde o sacramento do matrimo- nio. 24.° anno

Upload: habao

Post on 12-Oct-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1895-04-03/j-1244-g_1895-04-03_item2/j...João Vai completa a obra, e segue, costa a costa, de umbella e cavallete, ns fiubria do mar, e ao sabor das

FUNDADOR: PEDRO CORRÊA DA SILVA

TELEPHONE N.# 117

Quarta feira 3 de abril de 1895

Editor reBpoaiavel J. M. Baptista de Carvalho

Aivlgnãtarat eM Lisboa

1 roe*... 300 réis Annuncios: linha, 20 n.; 1.»

3 meiei. 900 » pag., 100 pí.; corpo do jor-

Avalso.. 10 » nal ooss travessão, 60 réis.

8 meses, pagaiaeoto adiantado.; 14150

A correspoadeaoia sobre a administração, a

Rodrigo de Mello Carneiro Zagallc.

Alda tiotíà atMráZSffi:*,

Anemia já cão tem,

Pois, por conselho da tip,

Vai sete veies por dia

Ao tal Caldense Armazém.

Arco do Bandeira» 104

Santos Junior

Eitá doente, com am ataque de

fígado, o conhecido empresário do

Real Coliseo.

Desejamos-lhe promptos alli-

vioi.

Foi novamente reccmmendado

que toda a correspondência rela-

tiva ás praçss do corpo de mari

nheiroi deve ser directamente re-

mettida ao commando do mesmo

corpo.

Numero 7:912

VAZ

Exposição de pintura

XV

João Vaz

Discípulo de Annunciaç&o e

Silva Porto.

Director da Escola Industrial

Âffomo Domingues^ em Xabregas.

Pintou, a principio, payzagenr,

depois abancou em frente dos sb-

sumptos arcbitectonico8, dos re-

cortes manuelinos, das columnas

ccrynthiss e eonpositas. Pittores-

cos interiores de templo se fixa-

ram nas suas telas, animados com

ligurinhas camponias, pintalgados

com lenços de ramagens e jaque-

tas de briche.

Viajou, também, libando aite

em centros intellectuaes, eztasian-

do-se pelos museus de fama, dian-

te das obras primas da escola ita-

liana—Raphael, Miguel Angelo,

Ticiano—, da holandeza e flamen-

ga—Holbein, de Leyde, Stradan,

R ynolds, Rubens, Van Dyck,

Rembrandt,— da francesa—Cou-

sin, Freminet, Philippe de Cham

pagne, L.brun, Watteau—e tan-

tos outroií

Viu escolas, estudou assumptos,

tratou com artistas.

No fim d'essa farandola vtria-

ds, eafuiiante como Champagne,

propria a embriagar a imagina

ção exaltada de um meridional,

João Vai veiu fixar a sua maneira

no poeticismo da nossa costa, tran-

quilla e azul; das nossas praias,

alegres e preguiçosas; das nossas

muletas, elegantes como gaivotas

brancas, á íl jr d'agua pipiando.

A sua obra cresce rapids,

anno para anno, manUndo aempre

a mesma nota placida. Chamam

lhe monotona por isso; mas é pro-

fundamente portagueza, sonte-se

ali o encanto do nosso pais, todo

marinhas, todo debruçado sobre o

Atlântico, vivendo na faina da

pesca, entre rendas de espuma

cachopos rfplectos de marisco.

Antes d'elle se dedicar a essa

empresa, quem traduiira o Portu-

gal maritime?

Silva Porto andava cá por ter-

ra a dentro, pelo agreste das cha-

padas, em contacto com as see-

nas ingénuas da província inte-

rior.)

João Vai completa a obra, e

segue, costa a costa, de umbella

e cavallete, ns fiubria do mar, e ao

sabor das cançõas de borda

d'agua,—restos saudosisiimos de

um passado de leões do mar, que

ainda embalam docemente o nos-

so 6 ó profundo...

#

Este anno trouxe oito quadros:

Fim da tarde—De uma melan-

cholia propria a divagações, na

hora em que Cesário Verde sen-

tia ondas de pessimismo, esta ma-

rinha ao sol-po8to tem a arte de

nos fazer pensar, sem para isso

buscar effeitos na extravagancia

—ô a tradueção fiel de um trecho

da costa que vem de Peniche pa-

ra o sul, illuminada pelo sol poen

ta, que descahe lá adiante, sobre

as Berlengas.

jEsperando a maré—Maita tela

e pouco assumpto.

Um bote é o protogonista. Co-

mo scenario: uma praia immensa,

o mar a perder de vista e o ceu

em toda a sua plenitude—ceu ne-

voento, com manchaB róseas sem

dtfiniçâo.

O resto está feito com a verda-

de que é timbre do pincel realista

de J. Vas.

Apenss, pelo lado esthetico, nos

parece estroinice estar uma com-

panha inteira á c spera da maré...

que ainda vem em cascos de ro-

lhasi «A economia de tempo é ca

pitai que se amontoa» (Rodrigues

de Freitas, a paginas tantas).

O mar—Uma onda, debruada

de espuma, rolando para o nosso

lado.

Apesar de explorado, este as

sumpto é sempre sympathico.

A onda de sgora tem o dorso

admiravelmente traduzido, o es-

praiar, do primeiro plano, magni

fho de verdade, e a nuance uzul

do ceu muito pura.

Apenas á orla de espuma falta

frescura, e aquelle tom leve, qua-1

si fugitivo, que dá a idéa de que

as ondas trazem suspensos frocos

de arminho, ou aigrettes de prata,

quando têm deepedaçar-se pela

areia.

O carreiro da Joanna—Encan

tador recanto do nosso littoral,

que J. Vaz soube reproduzir com

tintas de mestre e alma de poeta.

O terreno pedregoso do primei-

ro plano, os alcantis que se afu-

nilam, o braço de mar que entra,

a linha do horisonte,'7tudo isso foi

colhido n'um momento de inspi-

ração que adivinhamos, tal.é o en

cantamento que esse poético local

no* transmitte!

Uma velha. guarita—Outra im-

peccavel marinha, de Cascaes,

apanhada em dia de calms, em

que as a^uas têm uma transpa-

rência divina e o sol bate de cha-

pa no angulo de um forte já ve-

lhinho.

Apontamentos — Qaatro precio-

sas telaeiohaa esguias, onde ha

encantos de factura, de braço da-

do com bellesas de payía^em.

A ribeira de Peniche — Uma tela

branca, desde a athmosphera até

ás aguas espelhadas, representan-

do a naturesa n'um travesti pouco

vulgar. Parece uma aguarella,

pela finura do esboço e pallidei

do ambiente.

Ao scl -Tela em que J. Vai

imprime tanta verdade, que a gen

te se absorve na contemplação

d'essa rua de areia, coberta de

sol, em que os botes descançam e

os pescadoras cabem na somno

lencia da sesta, e nos vemos traoa

portados por completo ás nossas

praias, a S. Martinho, á For, a

Mattosinhos, e nos parece estar

olhando ainda aquella acena, atra-

vés a janella aberta de uma casi-

ta alegre—que saudades!...

E comoj tudo aquillo ó profun

damente natural!

Chantillt. •

No nosso artigo de hontem sa

hiu a palavra retrato em vez de

retratado transtornando um capi

tulo.

Figuram n'ella muitas molhe-

res, soldados mouros e christ&os

mnsioas, ctc.

Dr. Mello £7

taes homoeepathicos. Coasultorio

especial de medicioa homoepatbi-

ca; da 1 ás 3 h. R. das Chagas,

22.

-DltBIO ILLtSTHADO*

A sua redacção acceita e agra-

dece toda e qualquer informação

que lhe queiram enviar os seus as-

signantes e leitores, principalmen-

te o que diga respeito a High life,

festas religioiasy aneedotas, movi-

mento de associações, casos munda-

nos (em termos hábeis), etc.

Indicações theatraes

Theatro D. Amelia —

Últimos espectáculos des «Ta-

bleaux Vivants» e da companhia

heipinhola de sarsueia esta sa

maqv; por isso ó bom sproveitar

m ainda não viu os esplendi-

«quadros» de mr. Boss, que

na realidsde a extraordinaria

ncfyidade de sensação em Lisboa,

n&o só na elegancia como na par-

te ártistica.

Com os «Tableaux», represen-

tam-se também hoje as zarzuelas

«Los dineros del sacristan», «El

silo paaado por agua» e «Musica

classics».

Theatro do CJymnaalo

Depois d'esta vista ha de haver

outra que durará para sempre,

mas na qual não consta que se re-

presente a celebre comedia in-

glesa «A madrinha de Charley»,

que tem sido a verdadeira vara

de Moysés.

Theatro do Príncipe

Beal — Realisa-se hoje n'este

theatro a primeira representação

do drama patriotico, em 5 actos,

«Os heroes de 1820», que tanto

agradou ultimamente no Porto, e

por isso o actor Sergio de Al-

meida o escolheu para seu bene-

ficio.

BBeal Coliseo—Segura está

a enchente de hoje n'eBte bello

Coliseo, em vista do espectáculo

annunciado.

fijjRepresenta-se pela ultima ves

o[fArnoso «Boccacio», a graciosa

operetta de Suppé, e que pela

companhia Giovannini foi desem

penhada com o mais brilhante

successo.

Circo Lisbonense (ao

Aterro)— Está-se ensaiando ali

uma grande pantomima, «A to-

mada de Santarém», em que figu-

ram perfo de 200 pessoas. Vai ser

posta em scena no proximo sabba-

do, com toda a propriedade histó-

rica.

JOÃO

Previsão do tempo

Noherlesoom, contii ú * annun-

ciando o mau tempo.

Diz elle: Os primeiros dias da

quinzena, que ante hontem come

çou, serão um tanto chuvosos. (Já

d'isso tivemos provas hontem). De

5 a 13, o tempo será chuvoso, bor-

rascoso e ventoso. (Isto, pouco

mais ou menos, disse o saragoça-

no de Braga, Zé Teixeira, já ha

dias).

De 14 a 16 será mais ameno. O

dia 6 será o mais tempestuoso e o

dia 5 de grandes ventanias.

Zé Teixeirs, de Brsga, já an

nunciou a primavera para depois

do dia õ.

Propagam-se oa saragoçano8,e

o. mau tempo persiste que é o

peior.

Tentativa de suicídio

Andava hontem pelas 6 horas e

um quarto da tarde, na rua do

Duque, usa homem, typo de ope-

rário, com intenções de suicidar-

se.

Chegou a subir pela escada

n.° Ô da mesma rua e abrir a ja-

nella do 4 * andar para se preci-

pitar.

Acudiu-lhe um cocheiro da Com-

panhia de Carruagens, Manuel

José da Silva, que o entregou á

guarda municipal.

O tresloucado declarou então

chamar-se Ernesto José da Cu-

nha, morar na rua Ferreira Bor-

ges, 37, e querer tentar contra a

existência por desgostos de fami-

lia.

A festa de boje em S. Carlos

Na festa de hoje a beneficio dss

Officinas de S. José, em S. Car-

los, foi encarregado o sr. Raphael

Bordalo Pinheiro, que generosa-

mente se promptificou a isso, de

ornamentar a tribuna grande com

lindas plantas, colchas de seda e

estofos de phantasia. Deve pro-

dusir um effeito deslumbrante.

Alguns bilhetes de platéa que

ainda ha para vender estão á dis-

posição do publico do camaroteiro

do theatro.

# /

A commissão promotora da fes-

ta pede a todas as pessoas que fi-

caram com bilhetes, e cuja impor-

tância ainda não satisfizeram, o

favor de ob pagar ao camaroteiro

do mesmo theatro.

REVISTA ALEGRE

Que programme tão catita,

Das festas de Santo Antonio!

Desde o mais gordo camponio,

Até ás damas mais lestas,

Toda a gente já se assanha,

E d'esta vez ó que apanha

Uma pançada de festas!

Sol e-dói, danç8B, fogueiras,

Sortes, marchas, arraiaes,

Bombas, touros, feativaes,

Balões, milagres, folias!

Com pagode tão rasgado,

Fica a g6nt* festejado

P'ra o resto aos nossos dias...

Chantxlly,

Sua Magestade El-Rei pàrtéilPje

para Mafra, no fenboio das 9 horas

da manhã, aflm de assistir aos exer-

cícios que se realisam na escola

pratica d'lnfanteria. E' acompanhado

pelo sr. ministro da Guerra.

Sua Magestade El-Rei acompanha-

do do seu ajudante de campo, o sr.

Malaquias de Lemos, passeou hon-

tem na sua Victoria.

#

Sua Magestade a Rainha, acompa-

nhada da sua dama de serviço, a

sr.* D. Josepha Sandoval de Vascon-

cellos e Sousa, e do seu veador, o

sr. Antonio de Vasconcellos e Sousa,

passeou hontem em carruagem des-

coberta pelas ruas da cidade.

0 Senhor Infante D. Affonso, acom-

panhado do seu official às ordens,

passeou hontem na Avenida.

*

Foi hontem a Queluz o Senhor In-

fante D. Affonso.

Sua Alteza foi acompanhado dos

seus ajudantes.

*

Kazeo amanhi tnnos ai ir,u:

D. Leonor Manuel (Atalaya).

D. Luiza Cardoso Martins da Costa

Macedo (Margaride).

D. Luiza d'Almada.

D Helena de Carvalho.

D. Maria Thereza Damasio.

D. Julia Carvalhal Cori Ca Henri-

ques.

D. Maria José Bivar de Sousa.

D. Maria Josephina de Caceres

Monteiro.

D. Maria da Luz Coelho.

D. Maria da Gloria Castilho.

D. Virginia Augusta d'Oliveira e

Silva.

E os srs.:

José Frederico Teixeira Rebello

(Prime).

Antonio Homem de Figueirado Lei-

tão (Caria). Annibel Jorge d'Avillez.

Antonio Pessoa d'Amorim.

Vasco Ferreira Pinto Basto.

Luiz d'Araujo.

Alvaro Adolpho Alvim Marques.

Caetano Alberto Sori.

Henrique O'Neill de Groot Pombo.

Ernesto Jayme Aldim.

José Corrêa Godinho.

Alexandre de Castro Pereira.

Paulo de Laxman (Erick).

Faz no dia 8 do corrente annos a

sr.* D. Maria das Dores Sousa de Ma-

cedo.

»

Chegou da Madeira o sr. Visconde

da Torre Bella. —Cheçou a Lisboa o sr. Conse-

lheiro Wenceslau de Lima.

—Regressou de Portalegre o sr.

Emilio Fragoso.

—Regressou a Lisboa o sr. Fran-

cisco d'Almeida e Brito.

—Regressaram á sua casa de Val-

lada, o sr. Alvaro Roquette, sua es-

posa e sogra, a sr.* D. Maria da

Conceição de Sequeira Seabra.

—Parte em breve'para Guimarães

o sr. Luiz Cardoso de Menezes (Mar-

garide).

—Chega hoje de manhã de Huelva

o sr. Conselheiro Carlos Lobo d'Avi-

la, ministro dos Negocios Estrangei-

ros.

—Parte para Sevilha o sr. Conde

de Penha Longa. —Parte amanhã para Sevilha o sr.

ministro dos Estados-Unidos da Ame-

rica.

—Parte para Sevilha o sr. Carlos

Eugénio d'Almeida.

*

Brilhantíssima a soirée que ante-

hontem se realisou em casa do sr.

dr. Eduardo Maia na sua esplendida

vivenda á Estrella.

Foi uma festa deslumbrante que

por certo deixou as mais gratas recordações a todos que tiveram a

ventura de assistir a ella.

0 sr. dr Eduardo Maia e sua ex.mfc

esposa foram d'uma amabilidade e

gentileza em extremo captivantes

para com todos os seus convidados,

tendo se por isso mais uma vez tor-

nado os credores da sua mais viva

estima e sympathia.

A sr.a D Leonor Marques da Cos-

ta em algumas chansonnelles que

cantou com muita graça, acompa-

nhada ao piano por sua irmã D.

Bertha, e principalmente na Ave Ma-

na do Olhello, revelou superior ta-

lento e vocação para a arte musi-

cal.

Possue com effeito uma bella vez,

bem timbrada e muito malleavel.

A's 4 horas da manhã começou o

colillon marcado pela gentil sobri-

nha, dos donos da casa D. Julietta

Maia e pelo filho do sr. Conde de

Sampaio.

Entre outras pessoas, cujos nomes

nos não occorrem lembra-nos ter

visto as sr." Condessa de Restello e

filha, BaronéZi de Jtanhaem d'An-

drade, Madame Sancíies de Baena,

Madame Pinto Bastos e filhas, D Ma-

ria Leonor Marques da Costa e su&5

filhas, D Bertha e D. Leonor, D. Cla-

risse Pinto Bastos, Mesdemoiselles

Sampaios, D. Maria Calvet de Maga-

lhães Marques da Costa, D. Margari-

da, D. Mana Luiza e D. Alda Ferrei- ra de Castro, D Sophia Segurado,

Mademoiselle Sclatir. etc., e os srs.

Conde de Sampaio e filhos, Barão de

Jtanhaem d'Andrade, tenente coro-

nel Luiz Augusto Ferreira de Castro,

Augusto Cesar Conôa, Ayres Maia,

Benarus, commendador Pinto Bastos

e filho, Virgilio Marques da Costa,

Pedro Segurado, D. Francisco de Lin-

doso, Luiz Perestrello de Vasconcel-

los. drs. Levy e João Marques da

Costa, Francisco Trigoso, Antonio

Pernes, Augusto e Silvério Cardoso,

Mimom Anahory, José Joaquim do

Rego Cordeiro, Antonio Calvet de

Magalhães, Antonio de Carvalho,

etc.

#

Continúa incommodada a sr.a Con-

dessa d'Arriaga.

—A' hora a que hontem mandá-

mos saber de Pinheiro Chagas, o il-

lustre escriptor continuava no mes-

mo estado. —Está em via de restabelecimento

d;um forte ataque de influenza, a

sr.* D. Anna Osorio de Castro Pedro-

so, o que muito estimamos.

—Está doente o distincto enge-

nheiro, o sr. Augusto Ricca, sendo

seu medico assistente o sr. dr.

Eduardo Móra.

#

A vida elefante no es-

trangeiro

Felizmente foi desmentida a noti-

cia de ter sido victima d um inci-

dente o sr. Duque d'Aosta, que par-

tiu de Roma para Turim, d'onde se-

guirá em breve para Stowe-House,

onde vai para combinar a data do

seu casamento com a gen'ilissima

Princeza D. Helena d'0rléans.

Perfis

Ey uma roaa que mora entre os

alecrins. Quando ella fala na sua

bella lingua de Mxisset, os sons

crys'allino8 da sua voz mimosa e

ligeira echoam docemente no espaço,

como o 88ons de um piano admira-

vtl de Pleyel, riuma atmosphera de

perfumes de Bengala.

Gent\lis8ima, tem uma candura

extranha quando nos fita com alti-

vez e deixa escapar esta phrase:

—je auis de marbre: voi à Mon-

sieur.

Como o seu espirito é essencial-

mente lyrico, s. ex • detesta os pesa-

dos romances de Zolay e delicia se

com as odes puras, limpidat e sua-

víssimas do grande analysador do

coração das mulheres: Victor Hu-

go.

Leitora: nunca foste pelos lados

do Chiado?

Ora vai: volta á esquerda, des-

ce o Alecrim, e riuma casa alta ve-

rás um jardim de raparigas...

ri esse jardim ha uma roaa...

Lucília.

Vai fundar bo um club de caça-

dores em Vianna do Castello.

Para a organisação doa eitatutoa

foi nomeada uma commissão de

que é presidente o Br. José Pinto

de Araujo Cortea.

In pensaaeaU p«r 4ii

De Feuillet:—«A ordem é a

belleza moral das coiaas.»

Francamente, n'es-

te fim de século...

agrada mais a desor-

dem.

K o proprio Feuillet

conheceu muitas des-

ordenadas.

K roda d* «Pifar».

—Que pasmosas olheiras tu tens,

meu amigo!

— Acredito.

—Estás doente?

—Não, mas... Imagina que fui

hontem sacramentado duas veies!

—Duai vezes?

—E' verdade! Recebi de manhã

o sacramento da communhão, e á

tarde o sacramento do matrimo-

nio.

24.° anno

Page 2: purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1895-04-03/j-1244-g_1895-04-03_item2/j...João Vai completa a obra, e segue, costa a costa, de umbella e cavallete, ns fiubria do mar, e ao sabor das

DIA&IO I*4l ll§TR4DO

elei- A reforma

toral

Reparem os nossos leitores,

que acompanham a dissuasão

que se tem feito sobre o decreto

de 28 de Março, da parte de pro-

gressistas e republicanos. Toda

ella se tem limitalo a um grito

egoista de interesses que se sup-

põem offendidos; tuJose limita e

ieatringe á parte exclusivamente

politica, no capitulo do3 circulo3

districtaes.

Vanitas vanitaieml

Es?a questão, porém, e fóra

das furiaí de sobreposse, d'um

revoluciooarismo impotentemen-

te estúpido, está julgada, por ar-

gumentos que passaram em jul-

gado, ficando irrespondidos. De-

monstrou se-lhes, qae a liberda-

de não era uma questão de áreas

eleitcraes, mas de alargamesío

de direitos e de garantias para o

seu fXôfCiclo; que quem possue

força de opmão, a pó Je fazer va-

ler em toda3 as circuoHcripçõe3,

e qui, quem a não possue, eó-

mente a pôde apareatar com a

immoralidade dos abordos, que

o systema cessante, mais do que

nenhum outro, facilitava, affe-

ctando, por um convencionalis-

mo queeatravana com^rehensão

de iodos, a dignidale partidaria

e a dignidade individual; que o

partido progressista, tiolia asse-

gurada a sua representação, pe-

los elementos que eíidentemen-

te possue em determinados dis-

tricts, e que se a intenção do

—pantomimeiros de toda a espe-

cie—, mas pelas que se inspiram

n'uma razão fundamental, n'uma

reclamação justificada, a que se

não defere por interesse ou ca-

pricho.

Eisa é que é a grande, é que

é a questão magoa.)

Qual o governo que a tentou

resolver, a serio? Nenhum. Re-

solveu-a o governo actual, e é

essa a sua maior gloria.

A questão, por vezes, foi ta-

teada, foi apalpada, mas ladeou-

se sempre. Parecia mesmo que

não havia vontade de a liquidar.

Iave3tia-se com ella, mas aban-

donava-39, o que aggravava a

situação, o que fortalecia as sus-

peitas. Na lei de 22 de abril de

1884 (artigo 41.°) veiu um bo- . . .

cadinho. E assim, aflftjeUObe»,-

se tratava—tf uma questão que ,lluítre Ceíar de A,ca/ozes "pe

na ordem uglitica, a mais lera;" na oraem ^

importante da nossa actualidade.

Pois de frente, corajosamente,

tapando os ouvidos ao alarido, a

questão foi po3ta e foi resolvida,

de um golpe, pelos ministros.

Mas achou-se logo um reparo,

que aliaz se mostrou a môdo.

Que era para agradar á opinião,

eacreveu-se. Felix culpa!

Ora ainda bim: aqui lemos um

governo que procura agradar ã

opinião publica, e a quem, os

que tal reconhecem, intimam a

retirada dos conselhos da Co-

rôa... em nome da mesma opi-

nião revoltada e indignada!!

Nem sabem o que dizem. Não

sabem, porque não t£m racioci-

nio, porque se calejaram no tris-

anxma vili. Não procedia da ob-

servação de uma necessidade po-

litica ou social comprovada; era,

era... um capricho doutrinário.

A pratica condemnou-a, e foi ella

—que os declamaiore3 reparem!

—foi ella que artificiou o partido

republicano n'um paiz onde elle

não corresponde a uma aspira-

ção, a uma tradicção, a um in-

teresse nacional. A lei de agora

é que 6 proiu^to da observarão,

é que é resultante da experien-

cia.

Pela politica

e pela administração

Mendes, Maria Urbana, largo

Conde Barão 13lej.4^ ManinJVy*.-

_ . , . . livAd§jaid€^8arcia, roTK Pedro -Fox nomeado v^^comj^ Biasaya Barreto, rua Augua

Veia bontero publicada na Pro■ TOÍrTctal promotora do 227; Vieira Irmã), miniaterio commercio de vinhos e azeitei do <j0 R-ino; Josepha Corações, Pa

ctora 08 seus azeduooe8, a celebre

representação da camara munici

psl do Porto

E, coiaa extraordinária!—a re-

ferida representação fji tubmet

tida á camara, sendo approvada

peloi elementos progreesistas...

depois do seu regresso de Lisboa!

£' am docamento atrabiliaric, e

a sua leitura confirma que proce-

deu correctissimamente o nobre

miniatro do R-ino, não consentin-

do qua ella fosse, n'aquelles ter

mos, entregue ao Cb»f j do Estado.

E a proposito: constou ao Cor

reio da Noite qua a camara do

Porto seria dissolvida, appare-

cendo o respectivo decreto na folha

official.

Pois constou-lhe uma falsidade. •

# #

Do Correio da Noite:

«Os jornaes do governo estão

muito afllictos porque a opposição enojada com a monstruosidade da

nova lei eleitoral, morte do regi-

men constitucional entre nós, se

tem limitado a verberai a no seu

conjuncto e não tem descido a apu-

rar todos os disparates, todas as

infamias, etc.»

Ha de desculpar: mas o mesmo

Correio já desceu ás particulari

dadei, dando boa conta do seu

governo fosse a das perseguições, mester de escrever mechani-

faci mente se destruiriam esses cameQte logares communs, pre-

baluartes, artfi tiando círculos, I occupados de energia; porque

em vez de se recorrer, como se re-1 nà0 sioseridade; porque se

viciaram com a persuasão de que

, se derriba um governo, que sen- centra.isagao de interesses ieg;- maj8 ^0 qUP 0 representante

timos e de relações de toda a or- de um parlid0i eglà> n.uma hora

dem, de princípios administrai!- difiBsil. cumprindo o que verda-

vo3 e de fomento; que sobre tudo deiramente se chama uma mis-

isto acrescia a3 excellences do Síi0 patriótica!

da3'Tor um °dos* seu 8 ^ auih 1110s Sim- de cert0- é Para salisfa~ I recado, como «e viu, spreientando

de maior valor com responsalr- :er a °Pini(l° publica. Quando as como innovaçSo o que era tsxa- oe maior vaior, con responsai). r r qín dp razão p tivo em todas ai Is» eleitoraes!

lidade no que pensa e no que es- sua.8 reclamações sao fle razao e Evideueiaram-lhe o diapauterio,

creve—o sr. conselheiro Antonio Justiça, a obrigaçao dos ho- g mottejJ • se nas encolhas.

Candido. mens de es.ado é eatisfazer-lhes. Assim, com a genoralidade dos

Ma3 gritou-se no deserto; co- 0 ^ue nâ0 podia continuar, \ disparates, das infamias, vai me-

mo replica, unicamente appare- ?ra. ,a accumulajão de fuacçóis hh0r. Suppre o e.tudo pela decla

ceram apoplexias e congestiona- egujlat.vas com as direcções de maçâc banal, o qua é aempre fo-

mentos de um revolacionarismo l)anc°s. e companhias, em rela- ei. inS-.nuidada cuida

hilariantp pstnnidampntp imnn- £°08 dlrectas conl 03 governos. E.na 8U® wgonuiaaaa ornas

tente' e3luPldameme imP° Nâ0 cremos que se abusasse; 1™ Prodní ttl8um íffjlto!

mas podia-se abusar; sus- # # ^

# I peitava-se de abusos, e os ho- 0 orgào progresaista, todo an- mona nnKliAAQ o(\rr\r\ n mnlliar rlo I • v j t 4

esse tt>mpo, já estiverem impres-

sos.

Parece que nfesaa seisão se

tratará da reforma administrativa,

e segundo consta apenas se mani-

festarão contra ella 5 vereadores,

sendo approvada pelos restantes,

entre os quaes se inclue o sr. Con-

de de Restello, qae tem msis au-

ctoridade e valor que todos quan-

tos, do seu partido, a impugnam

por ficciosismo.

#

* *

No trimestre que fiadou em 31

d" março falleceram os seguintes

(ffi:iaes reformados: generaes de

divisão 4; generaes de brigada 5;

majores 10; do que resultou uma

econonsia de 1:61G£000 réis men-

saes para a fazenda nacional.

Necrologia

Daram-ae á sepultura no cerni-

terio occidental os reatos mortaes

do sr. Jacintbo Martins, que por

espaço de 40 aonos trabaldou na

Imprensa Nacional.

O feretro foi sobro a carreta dos

bombeiros voluntários da mesma

imprensa.

BEJA, 2, t.—Hi grande tem-

poral com vento forte e chuva

abandante.

M.

Realiaou se na egreji das Mer-

cê*, o enlace matrimonial do sr.

Antonio Nunes Ribeiro, com a sr."

D. Palmyra Adelaide Crus Oli-

veira.

Foi madrinha da noivi a sr."

D. Julia Amelia da Crus e padri-

nhos os srs. Daniel da Cjsta e Sil-

va e Antonio da Costa e Silva.

Telegramma« em depo-

sito

districto de Beja, o sr. Bernardo draa Negras, 16: Jeronymo Ga

Antonio dos Santos, em substitui-1

ç&o do sr. Francisco Nobre de Car

mes, passageiros Manaus, traves-

sa Matta 3, 3 Toursby, hotel

valho, que foi exonerado a ueu pa- Brsgansa; Miratur, Domingues

dido.

—Assumiu hontem a direcção

interina da eschola naval e com-

mando do corpo de aluamos da ar-

mada o sr. capitão de fragata Con

selheiro Augusto de Caitilbo.

—O sr. ministro das Obras Pa-

blicas conferenciou hontem com o

sr. governador civil do Porto.

—O sr. presidente do conselho

conferenciou hontem com os srs.

Conselheiros Thomsz de Carvalho

e Moraes de Carvalho.

— Vão ser submettidos á appro

Bernardes, travessa Carros, 9.

Passou do transporte «Iadia» á

corveta «Duque da Terceira» o 2.°

tenente sr. Carlos Viegas Gago

Coutinho, e da escola pratica de

artilheria naval ao transporte «Ín-

dia» o 2.° tenente sr. Carlos Chris-

tiano da Costa Campos.

Despachos

eccleftiattlcofl

Presbytero Poiyáoro Augusto

Pinto, paroebo collado na cgreja

vação do sr. ministro das Obras I de Santo Antonio de Alvaçõsa do

Publicas os estatutos da asiocia- Corgo, da diocese de Lamego, coa-

ção de soccorros mutuos Monte- cedida aposentação ordinaria que

p o Ilhavense e os da associação requereu com a pensão annual de

de soccorros mutuoi Philantropia 180^000 réis.

Lisbonense. Presbytero João Ignacio Ma-

—O «Diário» publicou hontem chado, parocho collado na egreja

o decreto reorganissndo os ssrvi- de Santa Catharina de Fonte do

ços do corpo dos cffi;iaes da ad- Bispo, diocese do Algarve, apre

AsBamiu a direcção interina da

escola naval e commando do cor-

po d'alumnos da armada, que lha

toram entreguBB pelo contra-almi-

rante Bjnto Maiia Freire de An-

drade, o sr. capitão de fragata

Conselheiro Augusto Vidal de Cas-

tilho Barreto e Noronhs.

Hj » eeffl, todas bs quantas fei- ^

ras áe' Quaresma, pelis Ave-Ma-

rias, haverá na egrej i de Bellas

exercicio de Via Sacra em suf-

fragio das Almas (do Purgatorio,

concluindo com sermões de dou-

trina e Miserere—Orsdor o prior

do Soccorro.

Rsverteu ao posto de capitã >

de fragata, por despacho datado

de 1 do corrente, o sr. capitão de

mar e guerra sem prejuiso de an-

tiguidade Carlos Augusto Schultz

Xavier.

Fallecimenlos

Falleceram as sr." D. Maria

Pbilomena Vieira do Vadre Pina

Manique e D. Maria Guilhermina

Kodrigues.

Pêsames a suas familias.

ministração naval. sentado na egreja parochial de S.

—Foi hontem publicada na fo- Sebastião de Qaéifes, no concelho

lha offiaial uma portaria de loavor | de Olhão, da mesma diocese.

ao sr. Alfredo de Queiroz Guedes, wmmmm

provedor do asylo de mendioidade. Despacho do ministério do Rei

A portaria foi msis uma justiça no, de hontem:

prestada ao raro *elo e intelligen- Eduardo Burnay, delegado de

cia com que o sr. Queiroz Guedes saúde do districto de Lisboa e

tem contribuído p *ra melhoramen medico do hospital de S Joaé, li

to e desenvolvimento d'aquelle es- cenç» de 30 dias, que poderá go

tfib jlecimento de beneficencia. «ar no estrangeiro por motivo de

—Reuniu hontem a commiBaão doença.

Ífl-^»e9"£r"'publicado amanbj ,.APre,^0a 80 n0 9on,aelho do

na folha < ffi ial o regulamento da Alm.rantado com guia da corve-

lci do picpri-dade industrial. ta .•Da1ae dl Terceira, e rooebau

R uníu hontem no mini.terio S™ P«a o corpo de marinheiros

da Guerra a commiieao de bate- ® teKne,1.te "■ Edmundo V0sco

ri», da coite, presidindo o .r. co- ' S.ldanba de Ma.carenhaa.

ronel Palmeirim.

—Dia a «Tarde» d'hontem:

«Lê se no Popular»:

«Os

Despachos de correios, que veem

hoje no Diário:

Bento Maria de Araujo, 2.° offi

srs. ministros da Guerra e da I cia' do ^ro dos correios de Marinha .'ó consentiram em assignar Lisboa e Porto, confirmado no

- - I « An\ w wjjm reforma eleitoral com a clausula logar que interinamente exerce de

Mas aquelle ponto da reforma Qieos públicos, como a niuiuer cie cho em erudição, d z que to tem de que seria emendada na próxima chefe da 5.a secção da estação

é, relativamente, secundário. Pelo Cesar, nem o devem ser, nem o noticia de duas reformas eleito- sessão parlamentar.» central dos correios de Lisboa,

que n'ella hade mais valioso e cfetwn parecer. raes decretadas: a de 52 e a del Joaquim Soares, demittido do

palpitante de interesse passam os 0 que não podia continuar era 69. , , . é ®xa°toLq

uo ?8 min,a; logar de distribuidor supranume-

iDflammaveis colligados como a supremacia do funccionalismo Ora sendo as rcf>rmas eleito- tros da Marinha e da Guerra só rario do concelho do Villa Nova

g„„ aobre b«». U . ». ^e.,0 = - f SSÍiSS^l S ÍZtfSt SO. L„p.„

gem falta e a auda^ia nao chega va a ser O mais abusivo dos mo q q d0 ^ictadura não ó uma emendada na próxima sesaão par- carregado gratuito daestsçãopcs

para o ataque, calam-se. Pois ahi I nopolios de facto, ju porque os percentagem insignificante.

seus Ulysses, é que nós os que- interesses menores tinham a Até, por amor da arte, o Bispo

riamo3 ver, e para e3se campo maior representação, já porque de Vizeu leva a sua tunda...

os reptamos, afim de os obrigar- se dava logar a ataques prejndi- da imprensa progressista!

mo3 a afocinhar, a ver se assim, | ciaes ao principio da auctori-1 *

kl

humilhados, reconhecem o gran- dade.

de, o enorme serviço que o go- Portanto, com as incompatibi-

verno acaba de prestar ao paiz e lidades assentou-se um principio

ás instituições. I de moralidade e assentou-se um

R^ferimo-nos á questão das in- principio de ordem e de discipli- cantes estão de accordo...

lamentar.» I tal de 2.* classe em Caxaria, "fre-

—O «Tribuno Pc pular» publi- gaesia de S. Pedro de Dois Por-

cou uma local contra a Caixa Ge- tos, concelho de Torres Vedras,

ral dos Depoaitos por demora no Joaquim Maria de Soufa, no

serviço. A «Vanguarda» transcre- meado distribuidor supranujnera

veu a local, rejubilante. O peor é rj0 do Porto.

Falia o Correio da Noite no ar-1 que nada do que escreveu é ver- j08é Joaquim, idem do cdice

ranjo dos phosphor os. I dadeiro. Jbo de Guimarães.

Arranjo em qae ha ccnsurso.I — Domingos Pereira de AzeVfedo,

Arranjo em que todos os fabri-1 Ainda não foi assignado o con- idem do concelho de Villa Vafde.

em que o go- na. ^

devia fazer, o E' pouco?

compatibilidades,

verno fez o que

que já se devia ter feito. 0 grande Pelo contrario é muitíssimo; e

Disraeli disse uma vez que a quando a lei não tivesse outra3

missão dos homens de estado excellencias, que tem muitas

consiste em prevenir pelas leis o mais, como demonstraremos,

que terá de se fazer pelas revolu- bastava esta questão resolvida

tracto para a compra do ernzador

nem

4-

Foi ordenado que a inspécção Arranjo em que se assegura I da Subscripção Nacional, _ . .

um augmento de receita de mui-1 qualquer delegado do governo arsenal c< ar; precisas ordena

tas dezenas de contos de róis... tem a'assignar o mesmo contracto, Para 9ao Q0 *d>aJ' d° corrente, ás

Umarranjo originalíssimo,como contrariamente ao que diz o «Se- 9 horas da manbà, esteja em Paço

Be | CQi0,# d'Arcos uma embarcação afim de

condusir para bordo do paquete

• • IA junta militar de saúde jul-1 «Angola» onze praças condemna-

£<3es—não do genero das annun-1 para a notabilisar!

ciadas por esses revolucionários

encravados que para ahi andam

Quem já fez mais?

A lei de 84 foi um

A camara municipal de Liiboa gou apto para o serviço o sr. ge« das a deportação,

deve reunir no proximo Bbbbado I neral Palma Velho. Deve ins- O commando do corpo de mari-

para discutir o orçamento e addi- peccionar amanhã o sr. general nheiros fornecerá a escolta corres-

ensaio itl I eionaes. se estes documentos, a Curha Pinto. pondente.

Joaquim Angasto da Gosta

FABRICANTE

Fornecedorexcluilvo da

Ministério dois Nego-

cio* Estrangeiros, »o-

cledade de Geogra-

pkla, Instltnto de Coim-

bra, etc«

Com oficina na rua de SI.

Julião, 410. 3.°, onde tem

am completo sortimento no

sen genero e para onde devi

ser dirigida toda a corr6s-

pondcncia.

Beneficio recommendavel

O beneficio promovido pelas

sr.1' Condessa da Anadia, Con-

dessa de Jimenez y Molina, Vis-

condessa de Alferrarede, D. Leo-

nor Lobo d'AvilajManuel, D. Eu-

genia Burnay de Sousa Coutinho

e D. Maria Domingas de Sousa

Coutinho, que estava annunciado

para a noite de 3 do corrente, fica

transferido para a noite de 18,

Notas mundanas

LV

Resposta a Epaminondas:

Imagino o caso commigo.

Porque ficou ennamorado

o adventício? Decerto por cau-

sa da minha belieza. Logo se

eu fosse feia, não se apaixo-

naria elle! Quererá, então o

piegas que ainda que o ache

feio ou antipathico, me ena-

more, d'elle^ Claro que é um

absurdo.

k bondade d uma mulher

não «stá em casar com o que

primeiro se lhe apresenta,

com quem não goste, mas sim

com quem ama, para que no

futuro não haja q estões, tris-

tezas e por fim o adultério.

Se foi a minha belieza a cau-

sa de o ter fascinado, a culpa

não é minha, mas sim da na-

tureza; queixe-se por conse-

guinte a Deus e vá... para o

convento.

E Laclâc.

355

FOLHETIM

Magdalens... Fugiremos ambos!... vosso nome. Não os abandonareis, —Sim, eu, disBe Luiz olhando des o sea titalo de Rei e a sua O P . I i n i • ã t . t. t I J . f... A. ZM4n«lAAnf am I rt a CnUftrnnA fnr A nrnnnrap

WSCARDOZB

O SINEIRO

DE

SâINT-MERRY

SEGUNDA PARTE

XI

Os dois Irmãos

(3oa:isaado do numero 7:910)

De ora avante só quero viver para vós o seu Eleito, vós o seu chefe,

ella, para ella só... Não procure vós o seu Rei!

convencer me, porque não sinto já Luiz teve um gesto de exaspe-

em mim a força de combater por ro e de raiva impotente.

de frente para o seu interlocutor, ccrôa de Soberano, fará procurar

O sineiro aguentou esse olhar, | e prender Magdalena para a en

um poder que não qaero! Deixe

me, repito, deixe me ir reunir

Entregando se a um sentimento

e nem uma fibra do seu rosto es-

tremeceu.

Depois replicou com uma ener-

Magdalena!... Peço... quero!... clamou:

a de irresistivel generosidade, ex- gia serena e fria : —Aquelle qae libertardes, con-

O sineiro não hesitou em res

ponder:

—Creio que não pretende obri- demnar vos-ha á morte,

gar-me a ser um justiceiro impla-1 Luiz guardou silencio.

—Magdalena já aqui não está ; I cavei, a associar-me a uma acção I O sineiro continuou :

quiz pôl-a ao abrigo dos perigos que a minha rectidão condemna- I —Aquelle a quem rralituirdcB

te vamos correr... ria, se já o meu coração, ob senti- um throno que tínheis o direito de

—Onde está ella ? interrogou mentos de humanidade que exis- rehaver, porque vol-o tinham rou-

Luiz apertando com força o braço tem em mim e que se revoltam, bado, não terá piedade nem de

não me imposessem a obrigação vós, que o tereis soccorrido e sal-

de impídir que easa acção brutal, vado, nem de Magdalena que vós

violenta, inaudita, se realise... reconquistastes porque nós o qui

—Ha de realiiar-ie, Luu ! «mo», nó» que pretendei, aban

-Jámai. por minha ordem I | ^rvou a fronte.

—Realisar-se-ba pela vontade

do sineiro.

—Fil-a partir... Mordicus tn

carregoa-se de a conduzir a casa

de Fouquet.

—N'esse caso vou ahi ter com

ella.

—Não! articulou o chefe dos Cada uma das palavras pro-

_ nunciadas pelo sineiro martellava-

horrrivel espectáculo que tinha I a cumprir. O Eleito não desertará! —Eu vou oppôr me immedista- libe o coração e perturbava lhe o

Depois, desviando os olhos do «Descontentes». Tendes um dever

diante de si, accressentou: no mo sento do p?rigo. Emquanto mente a ella.

—Ob! deixe-me partir, deixe-me I não tomaes posse do throno, o ves I —Que pretendeis fazer V

sahir d'esta casa, onde se matam so logar é aqui, no meio d'aquel —Libertar o Rn

homeoa!... Deixe-me ir reunir a I les que combatem por vós e pelo I —Vós ?

!

espirito

—Pois bem, concluiu o sineiro

cruzando os braços sobre o lar-

go peito, aquelle a quem restituir»

tregar de novo nos braços do

Marques de Crivellie. E d'esta

vei não estaremos nós alii para a

libertar, para a arrancar ao eeu

algos... Não, Luis, não estare-

mos alli, nem eu que fis de ti o

que éa, nem Claadio que te criou

como um filho...

Teremos cumprido o juramento

que fizemos no dia em qae for-

mámos a associação doa «Des-

contentes». Teremos succumbido

com as araas na mão antes do

que curvarmos a cabeça sob o

eutello do algoz! Mas tu?... Rei

com o qual contavamos?

Uma exclamação dolorosa sa-

biu dos lábios do Eleito.

Luiz não podia mais luctar

contra a vontade do chefe dos

«Descontentes» depois d'este ter

feito valer as razões que se sabe

e feito ver que eram a liberdade,

a felicidade, a vida de Magdalena

que estavam em jogo.

N'este momento chegára até

elles nm grande ruido, provindo

do jardim onde os «Desconten-

tes», depois de terem levado a

melhor aos seus adversarios, le-

vavam os mortos o cuidaram doa

feridos.

Mas não eram tão sómente gri-

tos de triumpho que se ouviam;

eram também exclamações de

surpresa.

O sineiro applicára o ouvido.

E' o rodar de um vebiculo! dis-

se elle voltando para junto de

Luiz.

—Qaem poderá ser? perguntou

o Eleito.

—E' provavelmente nm dos

meus logares-tenentes que vem

dar-me conta do que se passa com

a prisão de Colbert.

—Colbert talvez não fosse pre-

so! disse Luiz como se obedecesse

a um sombrio presentimento.

(Continúa)

Page 3: purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1895-04-03/j-1244-g_1895-04-03_item2/j...João Vai completa a obra, e segue, costa a costa, de umbella e cavallete, ns fiubria do mar, e ao sabor das

RUBIO ELtt'ftTBADO

Chronica aldeã jgs em Lisboa

Singular capricho, gentil des-

coahocida! Gentil, aim, digo-o con»

victa. O teu eipirito tem a acintil-

lação do crystal, que é transpa-

Como aa idéaa expostas no arti

go quo segue á carta que adiante

inserimos, são aemelbantea ás que

rente, e avoluma oa objectos á temoB expoato n'este jornal por

dietaocia que vae da terra b ami maia d'uma vez, CDm todo o gosto

nebulosa. . G?ntil é a flor re- lhe damos publicidade, agrade-

cendente, o astro radioso, porque cando ao no.ao amavel collabora-

uroa tem perfume, e o outro, luz. | dor... ou collaboradora.

Mas quem éa tu? —«Fanny» —

bem aei. Não quizeate aer anony-

ms, como a malevolencia dos co-

bardea e a trivialidade doa me-

díocres; todavia, (releva-me e8te

Sr. director do jornal Diário

Ilustrado.

Se V. julgar dignaa de publici

ãdVèrbioHãéVumà pitada .Fan- I dade eita. despretencicsa» linhas

uy » E eu pordôo ta—porque éa que vou submetter á lua sensata

seduetora na tussubtiliuinja gra- apreciação, ó uma fineza que mui-

oa volitsnta, do b.rboleta—bem to lhe agradeço, e com si quaes o publico de Lisboa, em eíp cial,

à miDhi penna mergulha no tem a lucrar muitíssimo, porque

turvo fljido do meu pjqueno tin- podem pô- termo a essa corrente

teiro, onde nâo sobrenadam nunca de leviandades, qie pretendem

sa pérolas do mimo, e jamais af | qualificar de ....

fluirá o rubi das colorações vivi-

das, como tu erradamente julgas,

no circulo máximo da 8ua bonda-

da irrecu8avel, que é ampliativa

como o microscópio.

Dir-te-hei poia alguma coiaa da

miuba bella aldeia, de longe em

longe, quando m'o permittirem aa

horas tranquillaa do serão, por I tender pôr um dique a essa dea-

via de qualquer doa jornaea indi- graça, que a imprenaa da capital

cadoa na tua graciosa carta, per- classifica de monomania, ora pu-

fumada a cbipre, á maneira doa blicando artigos em que convida

finos galanteios eatonteantea... 08 82U9 collegaa a uma adhesão

Mas consentirão oa acua redacto- para qUQ 8S nâ0 publiquem noti-

rea na collaboração do ultimo e | cja>i ainia que simples, com roi-

ccn8i'

monomania

cidio.

Sabacrevo-mo com toda

deraçao

De V. etc.

T. B.

V., sr. director, já por vexes Um

moatrado a aua b ja vontado de pre-

um

maia obscuro recruta daa brilban

tea legiões do jornaliimo? Sabei

o hemoa.

Entretanto despertará a natu

reza do entorpecimento dos gelos;

peito a eataa leviandades, já moa

trando qus ae não fôra a descri

pção minuciosa d'essas desgraças,

não se teriam dado tantos casos

como os que da ba poucoa anncB

borbulharão de flórea os prados e eBta p \rte se tem presenceado. Nã-

os montes; e o azul da immensi- tein conseguido, porém,

dade desdobrará o eeu manto dia- ^ mf.a ygr, só ha um meio com

pbano e luminoso eobre o noiso 0 qual se póie obstar á deslealda-

espirito algemado pelo chumbo da dQ jornalística e pouca attenção

nuvem implacavel. para com os fracos d'espirito (que

A epocha é propicia a todas as é este o qmlifieativo que p:etea-

resurreições, — ouves tu, g?nti de dar ae aos qua ae deixam ar-

«Fanny»?—mas eacreverei para raatar pila descripção minuciosa

ti só, que tens uma approvsção e ás vezes besbilhoteira dos suici-

benevolente para todos os despri- dai), e é a seguinte:

mores da minha linguagem, ven , Qae 0 nobre e austero ministro

da pelo kaleidoscopo do mais re- r .jqo publique já um decreto

fi lado optimismo a inópia da mi- om qae §eja p ohibida a publici-

nha penna, realmente tão deipro- dade nos jornaes do Reino de

vida como o thesouro do Esta- toda e qualquer rtf rencia, ainda

do... I que simples, a casos d'essa or-

Aos indifferentes, peço eu que ^em<

mo não leiam; e aos c;nhecidos, ge v. consegair que tal se faça,

que adocem o paladar para a me prestará um dos melhores servi-

lhor deglutição d'esta insulia e çOI £ oaasa de milhares de deB-

dura étape litteraria, que, melhor protegidos da sorte, que ha por

não pode preparal-a o mui condi- j elta capitai á bsira mar plantada.

mentado eapirito de

Alguree, 28 de março de 1895.

AKDRÍA Lúcia.

Daspscbo8 de fazenda:

Bernardino da Silva Sarmento

Soares, escrivão de fazenda do

concelho de Bragança, concedida

aposentação ordinaria com a pen-

são annual de 500*000 réis.

Ismael Duarte Nogueira, escri

O que se está presenaeando, e

a que se assiste de braças cruza-

dos, com uoia indifferenç» c n-

Pelo estrangeiro

TELBGR4MSIAS

Fartí, /, n.

O «comité» para a defeza dos in-

teresses dos obrigatorios do cami-

nho de ferro do norte de Hespanha

protestou junto da administração da

companhia contra o pagamento do

«coupon» das obrigações em «pese-

tas», reservando-se fazer opportu-

namente valer os seus direitos à

differença que não lhes é paga.

Berlim, ly t.

A cidade está embandeirada por

ser hoje o dia do anniversario nata-

lício do Principe de Bismarck. As

escolas também celebram esta festa.

Estão preparadas para esta noite

grandes illuminações.

Friedrich8ruhe, n.

E' grande a aflluenciade forastei-

ros. O Principe de Bismarck recebeu

esta manhã grande numero dos seus

amigos, e á tarde muitas delegações

e os estudantes, que vieram em cin-

co comboios especiaes. Na sua alio-

cução aos estudantes agradecendo

as felicitações, o Principe elogiou

este sentimento natural da juventu-

de estudiosa, e fallando da ultima

gaerra com a França, disse: «Procu-

rei evitar a guerra, pois combater

por necessidades de conquista pare-

cia-me uma falta de princípios com- pletamente bonapartista e não um

modo de proceder germânico. Logo,

porém, que ficou edifleado o hnpe-

rio, fui sempre amigo da paz.» Con-

cluiu aconselhando aos estudantes

que nunca percam o amor ao Impé-

rio.

Vienna, 1, n.

Algumas cidades austríacas cele-

bram o anniversario natalício do

Principe de Bismarck, mas com pou-

co enthusiasmo.

Chang Hae% í, t.

Segundo annuncia um despacho

do embaixador Li-Huog-Chang, o

Jsnão pede uma indemnisação de

400 miinões de «yens» e a cessão de

Formosa e da Mandchuria meridio-

nal. Ao que parece, o embaixador

da China está mais disposto a rom-

per as negociações que a ceder a

Mandchuria.

Bueno8-Ayre8, /, t.

0 conselho de ministros decidiu

comprar mais armamentos.

Londres, i, n.

Camara dos communs:—0 sr. La-

bouchòre, deputado radical, pergun-

tou ao governo se communicará á

camara os documentos pelos quaes

notificou á França estar comprehen-

dido o valie do Nilo na esphera de

influencia britannica, e também a

do d'ali 4 paroa de botaa no valor

de 15£000 réis.

—Gualdino Baptista de Figuei-

redo, morador na rua da Fonte

Santa, ItiO, queixou-ae á policia

de que os gatunos lhe tiahim en-

trado em ca8a, por meio de arrom-

bamento, levando lhe varias pe-

ças de veitaario, objectos diver-

sos e 10£000 réis em dinheiro.

O conselho deu pjr provados oi

crimes de que o rój ó accuaado, e

condemnou o na pena do 8 aonos

de prisão maior cellular, seguida

de 12 de degredo e na alternativa

na pana de 25 annos de degredo.

*

Filippi José Baião, soldado de

infanteria 7, era accuaado de se

haver ausentado do seu regimen-

—Antonio Gonçalves Lopes, I to, conservando-se nesta situação

morador na rua do Machadinho, por sete dias, tendo durante a au-

20, emprestou um varino a Alber- aencia vendido a indivíduos que

to Vaz, residente no beco do Gar- não nomeou diversos artigos do

cez 19, 1.°, e como este lh'o não bcu uniforme,

restituísse, queixou se á polieia. O conselho condemnou este réo

Um agente capturou o meliante na pena de um auno de prisão mi

d' clarando eate ter empenhado o litar.

mesmo varino por 3#750 réis, no #

beco do Guedes, 2, 1 0 Foi nomeado para fazer parte

O panhorista entregou o furto á d'este conselho no presente quadri-

policia mal soube a sua provenien- mestre, o sr. major do regimento

cia. d'artilhsria n.° 4, Firmino Maria

eff ictuou vartuo ajítfainent a c*.m

aquellas notas, verificando-se en-

tão que eram falsas.

Aa auctoridades continuam nai

averiguaçÕ3S.

Foi datido já Vidigal e está in-

communicavel.

Consta haver aqui mais pessoas

envoi fiáas n'eate caso.

M.

—Manuel Rosado, morador a

bordo da fragata 71 E 78, quei-

xou-se ao ar. juiz Veiga, de que

de bordo do meBmo barco lhe ha-

viam tirado uma carteira com

16£700 réis.

Antunes do Valie, que assumiu

hoje as Buas faneções como vogal.

*

Pelo quartel general da 1." di-

visão militar foram hoje enviadas

aos promotores dos conselhos de

guerra territoriaeB da divisão as

rel8çõ>s a que ao refere o art.

209.° do novo codigo de juat ça

foi

na

A insurreição de Cuba

demnavel da psrte de quem lhe resposta da França; e perguntou

incumbia providenciar, é altamen- mais se o Grau Sultão admitte que a

te abisivo^ e carece de immediata

e energica providencia. Grey, secretario parlamentar do mi-

Se v , ar. director, julgar outra njSterio d0S Negocios Estrangeiros,

medida mnia conveniente e que respondeu que as negociações com

possa oppôr á que deixo exposta, a França duram ainda, e accrescen-

snbmetto-me respeitosamente, e I tou que a Inglaterra não ignora os

vão de fazenda do concelho de I ainda mais reconhecido fico por I titulos da Turquia e do Egypto no

Mogadouro, concedida aposenta- ver qae com o meu fraco appello I Nilo superior,

cio ordinaria com a pensão an* vjm convidar v. a um fim tão ba- I „ .

oual de 300£000 réis. nemerito,—qual é o de evitar a {hienoe-Ayres, A D i ,

Custodio dos Santos, segundo que por fate.s motivos se percam ITmJonSte Assistem

aspirante da repwtiçio de fazen- tantas vidas, algumas de entea L e)|e 5;000 pessoas. 0 Chile, o Uru-

da do distncto de Fonta Delgada, tão caros, que não vejo motivo guay eo Brazil festejam também

prorogado por trinta dias, sem para que muitas vezes se recorra muito o anniversario do Principe de

vencimento, e por motivo de doen- ao «aicidio, doixando ao abandono Bismarck,

ça, o praso para tomar poise. filhoa eitremecidos, paes amantia-1 (liavas).

José Candido Fernandes, escri-1 gimos e esposos adorados. Um

0 "Reina Regente

Teem sido infructiferas até hoje . ... . - e

.od,. .. dilig»».. «.pregada» | t

para sa saber o logar onde nau

fcagou o .Reina Regente. , pfegi(,8Qte_jalio Aagaito de

.Ciemna.0 entregou ao capitão ® ^regimen-

do porto de Cadir um bnnco qu> vL»^n,i?P^' P^hral Pavb

foi encontrado pslo «Numancia» I *1°Sae' Duarte librai J ava, ... Aik .» tenoute-coronel do Estado Mbioí'

Artilharia; José Castanho Dias Alguns marinheiro» que fizeram c capitSo do Estado Maior

parte da gusrniçSo do •ReinaRe- d.Ar(ilheria. Victor Leopoldo Ma-

reconheceram n'o òoáiopertenceu 10 tíDente

com^dols metroa^de ^iS X^^l de Sousa

e 20 centímetros de largo, tendo | Machado, oapitâo de mfantena 5.

uma chapa metálica com o disti-

co «Rancho n.° 7».

A chapa metallioa foi fabricada

no arsenal de Cirranca, e o barco, Na ilha mnguem nega que o

como o» outro» de bordo, veiu de movimento insurreccional s.ji de

Inel.terra, bastante gravidade, paios «acnfi

O logar d'este» bauco» era so- o'?» qnf » »na repressJo ha de im-

bre a coberta, o que explica o apa- por á Hespanha, sobro tndo se os

recimento d'e.te sem que até hoje cabecilhas souberem tirar partido do accidentado do terreno e das

diffijuldades que a falta de vias

de cocomunicação opporá ás ope-

rações d&8 tropaa do governo,

mas ninguém acredita que os in-

surrectos consigam vencar.

Aa ultimas noticias de Cuba da

. vam como organiaadas sete guer- Presidente—Coronel Vieira, uo I rjiba8 na força de pouco mais de

regimento n° 5 de caçadoresd'El- 2:000 homens dos quaes menos de

Bei. m( tade estavam armados.

Auditor—Dr. E. Martins Coota. I Os ciuzadores «Naeva» «Eipa-

Promotor — Jjão \ asconcelloa, •• 0 «Mercedes» tinham saido de

capitão cJ'iofanteria. I jj;avaija com ordem de vigiar as

DjfeoBor—Marinho da Barroi, I c08tas da illi» e averiguarem se

msjor d'infanteria. I 0 vapor «Warder» conduz a bor-

Foram hontam submettidos a do o cabecilha Maceo e impedir o

julgamento u'esta conselho os pro- seu desembarque,

cessos referentes ái seguintes pra-

ças:

Manuel da Silva, soldado do re-

gimento de caçadores 6, natural

de Loiria, accusado pelo ministé-

rio publico de ter, no dia 19 de

agosto do anno findo, em L iria

Reúne brevemente a associação

«Monte-pio Soccorro da Humani-

dade», para approvar o relatorio

de 1894.

Pequenas noticias

Foi confirmada na 1.» instancia do

contencioso fiscal a pena imposta á

firma Marianno & G •, referente a

um descaminho de reloçios.

—A companhia do Nyassa depo-

sitou na caixa dos depositos a quan-

tia de 10:000^000 réis, nos termos

da sua concessão.

—Dizem d'Aveiro:

«As ultimas chuvas, se não se re-

petirem com insistência, foram de

vantagem para os campos e hortas,

e apenas causaram alguma demora

nas sementeiras da presente epocha.»

—No congresso catholico, que ha

de realisar-se em Lisboa, na occa-

sião das festas do centenário de

Santo Antonio, a faculdade de theo-

logia far se-ha representar pelo de-

cano, o sr. dr. Luiz Maria da Silva

Ramos e pelos cathedraticos os srs.

Araujo Gama e Francisco Martins. —Está em Lamego a companhia

dramatica Tainha.

-Publicou-se o relatorio e con-

tas do Instituto de Soccorros a Nau-

fragos, commissão do concelho de

Oeiras.

—Vai liquidar a Assembléa Portu-

gueza.

se teaba encontrado nenhum ou-

tro veatigio do crusador.

TRiBn.iETiÍLimÊs"

Sessão de 2 de abril

«.o connelbo d© guerra

TgtagriMti P*rl«

Secção útil

0 actor Brazão

Adoeceu subitamente, não ha-

simos e

pturario de fazenda do concelho horror!

de Alfandega da Fé, licença de Decorridos íeis mezes depois ^ ^ ^ ^

trinta dias. da prohibição a que acima me re-1 n

Alvaro de Freitas Castillo fir0, uma conicienciosa estatística ™»a Ia«a^

Branco, escrivão de frenda do poderá mostrar os salutares beue- M*"a;np°F _elhorar

d. Ceia, id„. I Li». p™.»« i humanidade SÍS

em geral, poi. que ninguém se g UabBlÍM,t o ap-

deve julgar ^capa. de prat.oar lB;aido drama de Eiuardo

a leviandade de por termo á exia-1 o^KTTrAii-0-i-

tencia,—o que só Deus tem di-1 SohwAlbach-

reito, porque elle a deu.

— — — - v

Antonio Ribeiro da Fonaeca, ea

cripturario de fazenda do conce

lho de Amarante, idem, idem.

PORTO, 2, t. — Ao Diário L-

lustrado.

No commiisariado eBtão aendo

interrogadas testemunhas a respei-

eatando de guarda de policia ao I to da tentativa deassassinio com-

seu quartel, e tendo sahido de sen- mettida no domingo pelo serra-

tinella ás armas, ao passar paio lheiro Santos contra Amelia Quei-

1 0 cabo da 3* companhia de re-1 roz.

formados, Manuel Gomei Netto. —Apesar do mau tempo está

dÍ8p»rou á queima-roupa contra muito con3orrida a feira dos mo-

este aeu superior a sua espingar- ços.

—Entrou agora o vapor «Go-

mes VIII».

M.

O Diário publica hoje os se-

guintes despachos de telegraphos:

José Mendes Calheiros, 2.° dis-

tribuidor, com exercício na esta-

ção telegraphica central de Lis

boa, transferido para a estação da

Lapa, urbana da mesma cidade.

Julia Ferreira Fernandes da

Silva, ajudante, com exercicio na

estação telegrapho-postal de Ida-

nha-a Nova, transferida para a

estação de Portalegre.

Joaquim Paulo da Silva Poya-

res, demiteido, por não ter tomado

posse da estação telegrapho pos-

tal do Sabugal.

Roabo e violação de corres-

pondência

O ar. administrador de Goes

pediu telegraphicamente á policia

de Lisboa a captura de José Gas-

par, que ali roubára a mala do

correio, violando a correspondên-

cia e fugindo em seguida.

A policia procura o paradeiro

do larapio.

Foi nomeado, por provisão da-

tada de bontem, para assiotir em

Liorne á construcçào do cruzador

mandado fazer peia commis

são da grande subscripção nacio-

nal o sr. capitão de fragata Joié

Maria Teixeira Guimarães.

Lisboa, 2—4—95. Furtos

T. B. A policia capturou o menor de

13 annos, Antonio Pires, por en-

trar na companhia d'outros meno-

res, n'uma taberna da travessa da

Aggressões

Antonio Fernandes bateu com .

um metro em sua mulher Joanna Trabuqueta, subtrabindo 980 réis

da Conceição, ferindo a na cabe- da gaveta do balcão. ça< —Augusto Ribeiro foi preso por

—Emilio 8outo Gina deu um subtrahir um par de sapatos na

pontapé em sua mulher e fez lhe loja de ferro-velho, na rua do

também um ferimento no so-1 Bemformoso, 262.

br'olho esquerdo. —José Carlos Pereira, morador

—Felismina dos SantoB agere-1 na rua Augusts, 76, 3 °, foi captu-

da, que de antemão havia carre-

gado com tres cartuchos embilla-

dos, matando-o instantaneamente.

O conselho, dando por provado

o crime, revestido da cirsumstan-1 PORTO, 2 n. — Ao Diário It-

cia aggravante de ter sido com-1 lustrado.

mettida a insubordinação em ra-1 As testemunhas ácerca da ten-

são do serviço por ter o cabo no tativa de envenenamento de Vi-

dia anterior dado parte ao ar. ca I ctorino Valente contra seu filho,

pitão d'inspccção, pelo que foi o confirmaram hoje no primeiro dis-

accuiado punido disciplinarmente, tricto o a declarações' já feitss no

condemnou-o na pena de morte. commissariado. Os peritos toma

* I raoo posse da strichinina para exa-

Salvador Antonio, 2 • cabo do minai a.

batalhão de caçadores 1 da Guiné, —Já foi extrahida a segunda

hoje extincto, de cor preta, accu bala ao serralheiro Santos sendo

sado pelo ministério publico de ter o sen estado satisfatório,

praticado os crimes de homicídio I —Falleceu o official de diligen-

e fogo posto, porque estendo des ciaa do primeiro districto, Ange-

tacado em Baba bebera marufo lino de Sousa,

de msia e, apaixonado por uma —Alfandega rendeu hoje réis

mandiga fala fula, a procurou por 26:9591130.

Estado geral do tempo

Hoj* pelas 6 h. e 50 m. a. man-

dou-su içar o sigaal n.° 2, em vis-

ta da rapida descida barométrica

desde as 9 b. e 30 m. da noite, ser

a corrente superior \V. pela noite

e t?r rondado o vento para SE. áa

6 b. a.

Nos postos do reino baixoa o

barometco entre 4 e 8 millimetroa,

predominando o vento do qua-

drante SE., com chuvas maia ou

menos Hbundsntes. Nos Açores

baixou 3 inilliaietros e na Madei-

ra.

Pelas isobaras ve s« que uma

depressão vinda do NW., de gra-

diente considerável, e de relativa-

mente pequena area, abordou]a

nooaa costa um pouso ao S. de

Lisboa, dando chuva e pouco ven-

to. A minim* altura barometric?,

ft o nivel do mar em Lisboa, foi

751,m" 5 ás 11 h. e 5 m. a.

Outra depressão se encontra no

golpho de Lyão.

Nfgocios de Bolsa

liOndreai—Português, 25,75;

Hdipanhol, 73,43; Italiano, 86,50;

Brazil, 4 0t0. 1889, 76,50.

Pari»—Português, 25,75.

Boina olllclal—Acçõas do

Banco Lisboa & Açores, 104£400;

obrig. d» Comp.* das Aguas, as-

sent., 59#500; obrig. 4 0,0, 1888,

15#900; obrig. 4 0t0, 1890. coup.

—Títulos definitivos, 41(5000; ins-

cripçòes assentamento, 35,40; ins-

cripçõ 8 coupons, 35,40.

Bolisa Commercial—Ac

çõ ?b do Banco de Portugal, réis

116£500; acções do Banco Lisboa

& Açjres, 104£400; acções da

Companhia do Assucar de Moçam-

bique, 7$000; obrig-. prediaes. 6

0|0, assent., 93$000; obrig. C.*

N. C. de Ferro (com acçoss) réis

2'£300.

Mercado livre—Libraa a

1*170 réis. Ouro a 24 OiO.

diu Herminia da Cuoha Simões,

contundindo a e fazendo-lhe ar-

ranhaduras nas mãos.

rado por ter subtrshido um bino-

culo a Sottoarine Perea, indo em-

penhai o na casa de penhores da

—José Maria Lopes aggre-1 rua de Santa Justa, 75,1°, pela

diu Germano Ferreira com um quantia de 1£000 réis.

guarda-chuva, em Chellas, tendo —Arthur doa Santos furtou a

eate que ir receber curativo ao Moreira & Irmão, *»tabelecidos n»

hospital da Marinha. rua de Alcantara 46, a quantia de

—Arthur Soares d'Almeido fe-1 2*000 réia que lhe foi apprehen

riu Aotonio Ferreira, com uma | dido no acto da captura.

—Emilia de Jesus andou jogan-

do a pancada com Olympia da

Conceição, sua companhsira, ten-

do esta de ser pensada n'uma

pharmacia.

—José Rodrigues soccou Emilia

Candida.

Todos os aggressores foram

presos.

—Carlos CiBtro, moço de pa-

deiro, fugiu a seu patrão Eugénio

Leão, levando lhe quantia supe-

rior a 64*000 réis, proveniente de

venda de pão.

O lesado queixou se á policia.

—Os gatunos entraram na loja

de Adão Duarte, na rua do Arco

do Marquez d'Alegrete, 47, por

meio de arrombamento, subtrahin-

toda a parte, e descjnfiando que

ella se havia refugiado n'uma casa

de Bala-Bei, na rua do R~i, ae di-

rigiu para alli armado d'uma ca-

rabina e com o respectivo muni-

ciamento, batera á porta e intimá-

ra o dono da casa a que lhe fran

M.

COVILHÃ, 2, t.

A'cerca das notas falsas que

appareceram no estabelecimento

de Guimarãea & Filho, apurou a

auctoridade serem spreaentadas

queasse a casa, não sendo obtido I alli por José Maria Bicho, fabri-

na sua intimação, disparou contra cante de lanifícios, o qual, sendo

a referida casa diversos tiros, cu-1 chamado, declarou que as recebe-

jos projectis, atravessando a por-1 ra de Bernardino Vidigal, tam-

ta, foram ferir mortalmente uma | bem fabricante. Chamado este,

mulber bailó e uma creanciaba de

peito que esta tinha ao colo, e

n'uma perna, gravemente, uma ou-

tra mulber que alli estava, de no-

me Camissá, e como fosse perse-

guido por praças do seu destaca-

mento se refugiou no matto, apro-

veitando-se da escuridão da noite,

indo mais tarde la* g »r fogo a nuas

cubatas pertencentes áquelle Bala

Bei, apresentando-se depois volun-

tariamente no quartel do destaca-

mento.

apresentou se á auctoridade, ex-

pondo o facto por uma fórma tão

clara que convenceu não ser

cúmplice. Declarou que estando

em Lisboa a semana passada, hos-

pedado no hotel Nacional, á Pra-

ça da Figueira, pediu á dona do

hotel que lhe mandasse trocar

vinte notas de vinte mil réis para

facilitar os pagamentos aqui das

ferias aos operários, sendo lhe da-

do em troco oitenta notas de cin-

co mil róis. Cheg&ndo á Covilhã

Eaipeccacalo»

A's 8 1|2—S CARLOS.

Festa de caridade a favor das offl-

cinas de S. José.

A opera Cavallaria Ruslicana.

Symphonia da opera Dinorah.

1.° quadro do 2.° acto da opera

Dinorah.

Chanson de printemps—Romanza

do 3 ° acto da Dinorah—Recitativo e Romanza do Tannhauser—Sympho-

nia da opera Guarany.

A's 8 1|2—TBBATRO D. AMILlà

Dineros de Sacristan.

Tableaux Vivants.

Musica Clasics.

El ano passado por agua.

As' 8 tlz—TRINDADE.

Beneficio.

0 Brazileiro Pancracio.

8 1i4—GYMNASIO

A Madrinha de Charley.

0 primeiro desgosto.

8 1|2—PRÍNCIPE REAL.

Beneficio.

Heroe de 1820.

A's 8 1|2 REAL C0LYSED.

Bocácio. *

A's 8 t|2—C0LYSE0 DOS RECREIO»

Companhia equestre, gymnsstics,

acrobatica, cómica, mímica e mu-

sical.

Typ. da T. da Queimada, 3s

Page 4: purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1895-04-03/j-1244-g_1895-04-03_item2/j...João Vai completa a obra, e segue, costa a costa, de umbella e cavallete, ns fiubria do mar, e ao sabor das

DIÁRIO ILLLSTRAD6

Empreza Progresso Indus-

trial

Sociedade anonyma de respon-

sabilidade limitada

rjO dia 2 de abril em diante pagar-se ha no escriptorio d'esta Em-

preza, rua das Fontainhas, n 0 13 o dividendo de 6£000 réis por

acção, livre de imposto de rendimento, relativo ao ani.o de 1894, appro-

vado I pela assembléa geral de boje.

Lisboa, 30 de março de 1895. 0 conselho de administração,

(a) Constant Burnay — gerente.

(*) José Luiz de Souza Coutinho.

(*) Gil da Motta

t

D. Maria fhilomena

Vieira do Vadre Pi-

na Manique

FALLECEU

R. I. P.

A NTONIO de Souza Castellino e Alvim, Maria de Jesus do Va-

dre Souza e Alvim, Maria José do

Vadre Souza e Alvim, Pedro de Sou-

za Vadre, Antonio de Souza Vadre,

Pedro Antonio do Vadre Manique,

Joaquina de Lima Botado Castello

Manique e Emilia de Mello Falcão

Frigoso, participam a todos, os seus

parentes e pessoas das suas rela

ções que no dia 30 de março, foi

Deus servido levar à sua divina pre-

sença sua muito presada esposa,

mãe , irmã efcunhada D Maria Phi-

lomena Vieira Manique, e pedem a

todos orações pHa sua alma.

Musica de ouvido

TITARIA da Cruz Mello e seu pae 1'A ensinam creanças, senhoras e

homens a tocar piano, guitarra,

bandurra, bandolim e outros instru-

mentos, em casa dos discípulos. Po-

dem ser chamadosfpor carta ou pro-

curados na R. do Olival, 114. pateo.

9-3

A GRADEÇO-TE a boa esperança

" que me dás. Oxalá se realise

bem depressa. Vou 1< r, e com algu-

ma curiosidade.

Abraço te. Adeus.

VERMÍFUGO

DE

R. li. Fahnestocfti

O PROPRIETÁRIO d'este remedio

sem egual, com a experien-

ca de quasi toda a sua vida na pre-

paração do VERMÍFUGO, pôde con-

fiadamente recommendar ao publico

este artigo, como o destruidor mais

efflcaz das lombrigas.

Sendo differente das mais prepa-

rações que existem, a maior parte

das quaes são imitações muito in-

feriores, cuio fim é enganar o pu-

blico, este vermífugo tem passado

pela prova do tempo, realisando in- variavelmente tudo o que se lhe at-

tribue. Suave na sua operação, a

sua efflcacia é sempre a mesma,

podendo usar-se sem receio sem-

Sre que haja lombrigas, _ seia o

oente novo ou velho. Se não nou-

ver lombrigas, os seus effeitos são

os mesmos que um purgante suave, empando o sangue. O proprietário,

listando inteiramente convencido da impossibilidade de que elle falhe,

está prompto a devolver o dinheiro

a todas as pessoas em quem o re-

medio nao faça effeito quando o

doente tiver lombrigas e seguir

actamente as instrucções. Deposito—JAMES CASSELS & C.'.

-«iaocoMiorfr

II

palsaparrMífeAyer.

Para a aira efflcaz e prompta das

Moléstias provenientes da impu-

reza do Sangue.

E' uma loucura andar a fazer experlenciaa

com misturas inferiores compostas de drogas

ordinários ou de plantas indígenas cuja efflcacia

Dão é confirmada pela sciencia, emquanto que a

moléstia cada vez vai ganhando terreno.

Lancem mão, sem demora, de um remedio

garantido cuja efllcacia seja facto assignalado o

inquestionável

O Extracto Composto Concentrado dr

Salsaparrilha pis Ayer 6 conhecido e re-

commendado pelos medicos mais intelligentea

dos paizes adiantados, já durante 40 annos.

Centenas de milhares de doentes tem

colhido benefícios do seu emprego e são outras

tantas testemunhas da sua efflcacia positiva e

JucomparaveL

preparado pf.lo

JDR,, «X. C. AVER SC CA.,

Lowell, Mass., Est.-Unidos.

a' venda nas principaes pharmacias e droga-

rias do reino. Acftont*»» íwpaoaj Jamks Casskla & Ca., rui

Preço em toda a parte ls&000 o frasco.

Rua de Mousinho da Silveira. 25, Porto.

FABRICA DA TRAFARIA

Preços Dynamite Gomma, kilo 1Í100 réis Dynamite n.° 1, o kilo 1£000 »

Dynamite n.# 3, o kilo. 540 »

Capsulas Duplas, caixas de 100 540 »

Capsulas Triplas • » 800 »

Capsulas Quintuplas. » 950 »

Mecha ou Rastilho preços conforme a qualidade.

AGENTES EM LISBOA—Lima Mayer & Filhos, rua da Prata, 59, l.« an-

4ir. AGENTES NO PORTO—José Rodrigues* Pinto e Pinho, rua do Alma-

da, 109 e 111. !•.

Filtro Chamberland

Systema Pasteur

O nnlco filtro capar, de me oppôr a transmissão

das doenças pelas aguas.

Academia das Sciencias. Premio Montliyon

premio concedido só ao flltro Cbamberland sys-

Deposito: Rua Nova do Almada, 79

Também ba n'este deposito vários modelos do

filtro Mantém nitro que não tem slmllbança algu-

ma com o nitro Cbamberland systema Pasteur.

COMPANHIA

DAS

Attenção

O CONSELHO administrativo do

regimento dEngfnheria faz

publico que no dia 18 do corrente,

pelas 12 horas do dia, procederá a

venda em hasta publica na parada

do quartel do mesmo regimento, de

diversos artigos de limpeza julga-

dos incapazes.

Quartel em Lisboa, 2 de abril de

1895.

0 secretario do conselho administra-

tivo,

Herculano J. Galhardo.

Tenente de Engenheria.

pEI

5

O DIVIDENDO a distribuir no corrente anno de vinte e oito mil rs.

(28£000 réis) por acção, será pago ás quartas feiras, do meio

dia ás 2 horas da tarde, no escriptorio da Companhia, rua Nova do Alma-

da, 53.

Lisboa, 2 de abril de 1895.

0 guarda-livros da Companhia e secretario da Direcção,

José Bento d'Araujo Assis.

Nova Bibliotheca Economics

Leitura para todos

Com este titulo, e em continuação da Bibliotheea K«e>

aomlcA» que foi o maior eucoesso de livraria que tem havido es

Portugal, eitá-ae publicando uma larga série de romance*, «abinde

regularmente dois volumes por mes, ao preço de lOO réis eads

volume, de SOO paginas* em média!!!

O que ha de mais imaginario, aenaional e interessante na gale

ris romantica antiga e moderna, na litteratura franceia, heapanhola

italiana, ingleza, allemâ e russa, tudo será trasladado para a noin

lingua; e assim, em breve, por diminutíssimo dispêndio, ÍOO réis

por quinzena» terá cada familia constituído ums bibliotheoi

que enlretenba. Instrua ç eduque» Será o verdadeirc

(besouro das famílias.

Chamamoa para eita empreia a attenção de todos, ricos e po-

bres, porque a todos utilisa, porque todos teem s ganhar eon s

acquisiç&o dos livros que ella se prop5e publicar, sendo s sua preoc-

supação constante bem servir o publico pela selecçác

dos romances e pela maxima regularidade ■

publicação.

Em Lisboa, 100 réis por volume; nas provincial, 120 réu, fraa

ao de porte; correspondentes, 20 p. c. de commissâo da importance

las raas compras.

Na America 600 réis.

tas.

EstSo já publicados os seguintes volumes:

A estalagem maldita, de Luiz Noir, traducçSo de C. Dan-

L0 juizo de direito da 2.» vara

de Lisboa, e cartorio de H.

Braga, correm éditos de trinta dias,

a contar da publicação do segundo

e ultimo annuncio, citando os inte-

ressados incertos, que se julguem

com direito a impugnar a justiflea-

ão deduzida por D. Lucinda Maria

osé da Rosa, que em solteira usa-

va o nome de Lucinda Maria José

d'Andrade, e seu filho Joaquim Au-

gusto Ladislau Rosa, os quaes pre-

tendem habilitar-se, aquella como

meeira no casal, e este como único

herdeiro,deseu marido e pae,Antonio

Bruno da Rosa, morador, que foi, na

rua Thomaz d'Annunciação, n.° 99.

10 andar, freguezia de Santa Isabel

d'esta cidade, e fallecido, sem tes-

tamento nem outros desundouros,

em 2 de janeiro do corrente anno—

para haverem e entre si dividirem

em partes • guaes todos os bens, di-

reitos e acções do casal, e especial-

mente as seguintes inscripções de

assentamento na Junta de Credito

Publico, a saber:

Do capital nominal de 1:G003>000

réis, n.° 31:469.

Do capital nominal de 100^000 rs. n." 290, 1:578, 1:585, 1:586, 1:588,

2:024, 11:810, 11:811, 25:600, 28:588,

31Í033, 42:607, 46 013, 67:432, 72:922,

19:863, 80:891. 87:546. 87:803,115:644,

124:817, 124:818, 139:158, 152:274,

152:275 e 206:369.

As citações dos incertos serão ac-

cusadas na segunda audiência, pos-

terior ao prazo dos éditos, e n'ellas

assignadas tres audiências para

qualquer impugnação, sob pena de

revelia.

As audiências ordinarias fazem-se

no tribunal judicial no edificio da

Boa Hora, na rua Nova do Almada,

por dez horas da manhã, nas terças

e sextas-feiras, excepto nos dias

santificados ou feriados, em que se

transferem para os immediatos, se

o não forem também.

Verifiquei a exactidão.

0 juiz, l.° substituto, em exercício,

Visconde do Rio Sado.

Aguas chloretadas

da Amieira

Osuccessivo augmento no con-

sumo d'estas aguas, attestam

bem a sua efflcacia. Usam-se no tra-

tamente da escrophulose reurrathis-

mo? moléstias ae pel

mais rebeldes, syphilis, padecimen

Os companbeiros do crime» de E. Chavctte, traducçSo

te Alfredo Sarmento.

O romance d'um auctor dramatleo. do Visconde

Eenri de Bornier, traducção de Portugal da Silva.

A Mestra, de Mauricio Drak, traducç&o de Nuno de BulhSo

Pato.

João das Galés, de Edgar Monteil, traducçSo de C. Dan-

tas.

Iilli. Tiilú-Bébette. de Eugénio Chavctte, traducçSo de

Alfredo Sarmento.

Joanna d'Armaillac. de Arsênio Eoussiye, traducç&o de

H. de Oliveira.

A ralnba dos estudantes, de Paulo Féval, traducçSo

de Segurado de Mendonça

Os rebeldes, de Mayne-Reid, traducçSo do inglez, por M.

Lea).

Uma mulber perigosa, de Victor Perceval, traducçSo

4e Segurado de Mendonça.

Um drama nas minas, de Mauricio Talmeyer, traduc-

ção de Alfredo Sarmento.

No prelo:

Lua de mel. de Heitor Malot, traducçSo de Antonio Ban-

deira.

O romance d'uma cantora, de Alfredo Sirven, traduc-

çSo de Segurtdo de Mendonça.

elle, ainda as s, padecimen-

tos do estomago, "fígado e baço, in-

flamações de qualquer orgãos, úte-

ro, ovários, entestinos, leucorrhéas,

anemias e chlorose.

Deposito no escriptorio da compa-

nhia, rua de S. Julião, 142—Pharma-

cia Azevedos F?ihos—Rocio.

Condecorações

4. G. Bragança á Moniz

49, Rua Áurea, 51

Para Bordeaux e Leith

O vapor

Sir Walter

Espera-se de 7 a 8 do corrente.

Para carga e passagens trata-se

no Caes do Sódré, 64, 1.°.

Os agentes,

E. Pinto Basto <b C".

Para Gibraltar

o vapor

GIBRALTAR

Espera-se de 2 a 3 de abril

Para carga e passagens, trata-i

no Caes do Sodré, 64, 1.®.

Os agentes

E. Pinio Botto St C.1.

Para Glasgow

O vapor

BARON HUNTLEI

Espera-se a 4 de abril.

Par

Sodré

Para carga, trata-se no Caes do

> 64, l.°. Os agentes

E. Pinto Basto A Ç.*.

Para Londres

MALAGA

Chegou e sae quarta feira 3 do

corrente.

Para carga e passagens, trata-se

no Caes ds Sodré, 64, 1.».

Os agentes,

E. Pinto Basto <ft C.".

Compagnie

DM

1ESSAGER1ES IAR1TIIIS

PAQUBBOTS POSTS FRAHÇAXS

LINHA TRANSATLANTIC*

Te

Para Dakar» Perua

co. Sabia, Bic de

nelro. Mon te vi dee &

Buenos-Ayres

Sahirio os se- guintes oaqne- tes: BRÉS1L,

ç o m m andanté

Minier que se

espera de Bordeaux de 7 a 8 de

abril.

CORGO, commandante RossignoL

e se espera de Bordeaux em 23

e abri. 0 paquete BRESIL não fará es-

cala por Pernambuco e Bahia.

Para Pernambuco.

bia. Bio de Janeire,

Santos. Montevideo e

Buenos-Ayres

Sahirá o paquete:

MED0C, commandante ••• qte se

espera de Bordeaux de 7 a 8 de

abril.

Para Bordeaux* ena di-

reitura

Sahirào os seguintes paquetes:

EQUATEUR, commandante Larti-

gue, que se espera do Braxil de 12

a 15 do corrente.

LA PLATA, commandante Baule

e se espera do Braxil de 24 a 25

e abril.

Para mais informações trata-se ns

escriptorio de Torlades ft C.«, onda

se acha estabelecida a agencia, rui

Áurea, 32,1.*

Pela Agencia da Compagnie de tfei-

sageries Maritimes

Ttrladu * C7.>

£

Dã-se nm exemplar, gratis, a quem se respusabilisar

pela venda de 6 exemplares.

Toda a correspondência dirigida a RODRIGO DS SBL-

LO CARNEIRO Z4GALL0

Travessa da Queimada, 35, Lisboa

Almanach lllustrado

Está á venda este ele-

gante livrinho, de Fran-

cisco Pastor, que conta

13 annos de publicação.

Encontra-se á venda

em todas as livrarias e

em casa do editor

Rua do Ouro, 243, 2.°

IASBOA.

TIE PACIFIC SIM NAVIGATION «81

Para Pernanboce, Bahia, Ri* de Jaaeiff,

Montevideo, Baenas Ayres, Valparaii# e

Portos do Pacific*.

SAIRAO OS PAQUETES

•Orcana a 3 de abril. | «Ibéria aU de maio.

Orissa a 17 de abril. | Britannia a 15 de maio.

•Os paquetes Orcana e Iberia Tão directamente a MonteTideu fle po^}

isso não recebem passageiros para os portos do Brazil.

••0 paquete Orcana não recebe passageiros de X.* classe.

Fax-se abatimento às famílias que viajarem para os ptriti dt tlm\l

e Rio da Prata.

Na passagem de S.f classe por este3 magníficos vaptres, esti iiolnU

do Tinho á hora da comida, cama, roupa, etc.

1 bordo ha criados, cosinheiros portugueses e saeáiet.

Para La Pallice Plymonth e Liverpool

O PAQUETE IBERIA

Espera-se a 3 de abril.

HB. A viagem para Paris por esta nova Tia, La [Pallice,léJ!*aij

pida mais commoda que por Bordéus.

Para carga e passagens trata-se com os agentes

NO PORTOJ 1

H» Kendall ék C."

Bus éo lafsnte D. Henrique, 89

EM LISBOA

■ .riste Baste dl

Csfs io 8oérét 64