fundador : pedro correia da silva -...
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27.c anno
(A**!gnat ura* em lilaboa
1 me*... 300 réis. Annuncios: linha, 20 rs.; 1.*
3 mexes. 900 » p»g., 100 ra ; cotpo do jor-
Avulso.. 10 » nal com travessão, 60 réis.
Annuncios mundanos, linha 40 rs. Communicados
e outros artigos, coDtractam-se na administração.
FUNDADOR : PEDRO CORREIA DA SILVA
TELEPHONE N.° 117
Quinta feira I de dezembro de 18í)8
Editor responsável — José Victorino Cardoso
Typ. e impressão, Empreza Editora, T. da Queimada, 35
3 mexes, pagamento adiantado 1J150
A correspondência sobre a administração, ao
director da Empreza Editora, travessa da Quei-
mada, 35, 1.* andar.
Numero 9:238
Deze
Na qualidade de collegial do col-
F-iUstoao dia ode hoj a! Passa
o 258.° anniversario da iodepen
deooia da Patria, qae nó* celebra-
mos como o celebrámos sempre,
saudando-o, sem que nunca enten-
dêssemos que era uma commemo-
raçâo inútil e até offensive da
boa amizade em que vivemos e
queremos viver com a nossa vizi
nha Ilespanha.
Passa o anniversario do famo-
so dia, em que uma patria, como
um escravo, quebrou as algemas,
e, livre, aspirou a plenos pulmões
os efHuvios da atmosphera da in-
dependência e da liberdade.
Por isso, mais uma ves, ceie
bramos a data gloriosa, e já que
o momento corre táo slHiectivo pa
ra a Hespanha heróica, façamos
n'eata opportunidade o voto, sen
tido e sincero, de que ella possa
retomar ocamiaho das suas glo
rias, como os portuguezes retoma
ram o seu continuando o cami-
nho, que se lhe interrompera, da
muita civilisação que afHrmaram
na historia da humanidade no co
meço do século em que por fim
caíram prostrados.
E que esse também volte a ser
o nosso destino...
•
• *
João Sanches de Baena
Publicando hoje o retrato do
preclarissimo português, que tan
to se dedicou para o resultado eb
tido no 1.° de Dezembro de 1640,
coogratuiamo-noB por ter ensejo
de ap8garuma involuntária omis
são que tem havido nas columnas
-do Diário lUustrado.
E' que o grande cidadão, um
dos ascendentes do nobre Viscon
de de Sanches de Baena, nosso
respeitável amigo e erudito linha
giàta, bem merece que o agrupem
com aquellea que mais e melhor
serviram a causa da independeo
cia.
Corre impresso a tal respeito
um notável livro de Nicolau Fio
rentino (Antonio Maria de Frei-
tas), em que, á face de documen-
tos, se liquida o papel glorioso
que o illustre português represen-
tou. Mas é livro de polemica, e
não queremos ser acoimados de
suspeitos; por isso damos a pala
vra a Pinheiro Chagas, que assim
se lhe referiu no Diccionario Po-
pular:
«Um dos restauradores de 1640,
cuja memoria, esquecida pelos his
toriadores da restauração, foi com-
tudo reivindicada, e com funda-
mento, pelo fallecido bibliographo,
o sr. Innocencio Francisco da Sil-
va, primeiro no volume IX do Ar-
chwo Pilto res co, e depois em opús-
culo, com o titulo João Sanches de Baena.
«Filho legitimo de Pedro Alvares
Sanches, e de sua segunda mulher
D. Maria, nasceu em Lisboa (•) e ila
Sé da mesma cidade foi baptisado
em 1582.
faculdade o capello doutoral, que
lhe fôra conferido pela universi-
dade de Salamanca. *
«Em 1G14 trocou a carreira do
magistério, pois que era lente de
cânones em Coimbra, pela da raa-
istratura, e entrou no exercício
e dezembargador da Relação do
Porto.
«A intelligencia e integridade
com que desempenhou este logar,
não só lhe valeram o ser agracia-
do em 19 de Junho de 1619 com o
habito de Christo, mas também o
ser promovido a dezembargador
da Casa da Supplicação de Lisboa
por decreto de 18 de Fevereiro de
1621. Idênticas razões militaram para
ue fosse successivãmente nomeia-
o promotor das justiças em 3 de Dezembro de 1621; dezembargador
aggravista em 17 de Julho de 1623;
conselheiro da fazenda em 18 do
setembro de 1G32; juiz das justifi-
cações do reino, e finalmente pro-
curador da Coròa e dezembargador
do Paço em 29 de abril de 1637.
«N'e~sta alta posição, e ligado por
seus antepassados á Casa de Bra-
gança, sustentando elle proprio
com* o Duque D. João, desde 1631, correspondência seguida sobre ne-
gócios de família e estado, o foram
achar as primeiras tentativas de in-
dependência da patria, em que to-
mou parte activa, sendo elle um
a
pj dos libertadores, a quem coube a
subida honra de pegarem ás varas
do pallio no préstito solemne que acompanhou á Sé o Rei D. João IV
no dia 15 de dezembro de 1640.
«Não tardou o dr. Sanches de
Baena ser investido nas arduas
funcções de juiz da inconfidência";
e de tal modo se comportou no ser-
viço da patria e do Rei recente- mente acclamado, que foi o primei-
ro portuguez condemnado em Cis-
tella por traidor e criminoso de
lesa-magestade.
«Além do fòro de Udalgo caval-
leiro, que parece lhe fôra conferi-
do em janeiro de 1641, teve tam-
bém para seus filhos a mercê da
alcaidaria mór de Villa do Conde.
«Tres annos decorridos sobre o
glorioso commettimento da restau-
ração, succumbiu a um dos ataques
de* que padecia, de rheumatismo
ttoso, fallecendo a 12 de junho
1643, com sessenta e um annos
de edade.
«De sua esposa, D. Guiomar Car-
reiro de Sousa Freire, houve qua-
tro filhos, um dos quaes, Luiz San-
ches de Baena, requereu em 1633
ao regente, e depois rei D. Pedro
II, premio dos serviços prestados
á patria por seu pae...»
Na Sé, ás 11, missa da restau-
ração de Portugal, por musica; á
1 hora sermão pelo rev. conego
Augusto Antonio Teixeira, expo-
sição do Santíssimo e Te Deum
por instrumental.
Dr. Mello
Com prati-
ca nos hos-
pitae8 homceopathicos. Consultó-
rio especial de medicina homceo-
pathico; da 1 ás 3 horas. R. das
Chagas, 22.
Manteiga de Nandufe
Depois da comida um cálice de
Benedictine*
Os nossos folhetins
Fromont Junior e BI8U
ler Senlor-t.1 pagina*
«Rocambole»—3*■ e 4.»
paginas.
«Sete Receados Bor-
taes»—5.* pagina.
(•) Erro de Innocencio. A terra
do seu nascimento foi Villa Viçosa.
Até aqui o Diccionario Popu-
lar, a que devemos accresceutur
que lemos este documento, que
□os termos precisos em que se en
contra escripto, e pelo despacho
favorável que obteve do rebente,
que assim o saoccionou cffiiial-
mente, é o testimuoho mais elo-
Suente de quanto a João Sanches
e Baena deveu a causa da inde-
pendência nacional.
1
sir
8
■gRgg
"'Hl'!
JOÃO SANCHES DE BAIIENA
Dinheiro
Empresta-se sobre lettras. Rua
do Oiro, entrada pela rua da Vic-
toria, 94, 1.°.
aguas de mmm
Infalliveis na cura da diabetes,
gotta, albuminuria, anemia, e de
todas as enfermidades do estôma-
go, fígado, rins e bexiga.
Conselheiro Henrique de Bar-
ros Gomes
E' amanhã, pelas 11 horas da
manhã, que, como noticiámos, a
camara manda celebrar a missa
e «Libera-me» por alma do sr.
Conselhsiro Barros Gomes, na
Real Cass e Egreja de Santo An-
tonio, devendo assistir a esta ao-
lemnidade os asylos municipaes e
a corporação de bombeiros com a
respectiva banda.
í
commodado o sr. Conselheiro José
de Azevedo Castello Branco.
—Tem experimentado algumas
melhoras o sr. Eduarde Fuschini.
EOGHUIRA
Marquez# da Foz
O funeral d'e6ta illustre senho-
ra realisa se hoje, á 1 hora da
tardo, 8abindo o préstito fanebre
da capella do palacio dos Restau-
radores-
♦ Hoje, por falta de espaço,
Só uma aqui metto;
Não vá servir de embarsço
O cantor do Gato Pretol
Rua da Victoria
m
Chronica religiosa
No Loreto, ás 11 1|2, missa da
reposição do Lausperenne
—Na Graça na sachristia, ás
11 1(2, missa da reposição do
Lausperenne, por musica.
—No Sacromento, ás 9, missa
e a doraçâo ao Santíssimo.
—Nas Picoas, á3 6, ladainha e
benção do Santíssimo.
— Novena da Conceição nas
egrejas do costume.
Sua Magestade El Rei regressou
hontem de Castello Branco, acom-
panhado pelos seus dignitários de
serviço e pelos convidados que com
elle foram á caçada da Beira Baixa.
0 comboio Real chegou á esta-
ção do Rocio ás 11 horas da noite,
seguindo Sua Magestade, immedia-
tamente, para o Paço das Necessi-
dades.
Na gare aguardavam Sua Mages-
tade alguns dos ministros c pes-
soas da Côrte.
#
• ♦
Fazem amanhã annos as sr.M:
D. Anna Ribeiro (Tangit).
D. Maria Carolina Fortes de Car-
valho.
D. Maria Leonor Portocarrero da
Camara Mello Cabral.
D. Maria da Luz de Almeida Gar-
rett Lemos e Carvalho.
D. Faustina de Almeida Ribeiro
Neves Tenorio y Moscoso.
D. Regina Carolina da Camara
Guerra Alcobia.
D. Ernestina Leite Coelho.
D. Maria Joanna de Proença Viei-
ra.
E os srs.:
Antonio Teixeira Rebello (Prime).
Dr. Eduardo Daily Alves de Sá.
José Francisco Pereira Gomes.
Fortunato Ferreira.
João Martins.
Antonio Mendonça de Almeida.
A sr.* D. Sophia Cardoso de Arau
jo, regressou da Ermegeira á sua casa de Lisboa.
—Partiu para o Porto o sr. Ceies
tino da Silva.
—Regressou a Vizeu o sr. dr.
Valeriano Queiroz.
—Encontra-se em Braga o sr. dr.
Manuel Joaquim Peixoto Rego.
—Regressou a Villa Verde o sr.
dr. Alfredo Ribeiro.
—Regressou á sua casa de Ren-
duflnho, na Povoa de Lanhoso, o
sr. D. Francisco José, Bispo de An-
gra.
—Está em Lisboa o sr. dr. Liba-
nio Fialho Gomes, deputado la na-
ção.
—Parte na segunda feira para a
ilha das Flores, o sr. dr. Amândio
Viegas de Campos Carvalho.
—Regressa bVevemente de Buar-
cos o sr. Pedro Romano Folque com
sua família.
—Esteve em Cojmbra, acompa-
nhado de sua esposa e sogro, o sr.
Gaspar Ferreira Baltar co-propria-1
tario do Primeiro dc Janeiro.
• j í.i I # « ~ •• j *"
Tem estaíjo bastante incommoda-
da a sr.* D. Maria Domingas de
Portugal. > ob i
Desejamos as suas melhoras..
—Tem passado ligeiramente in-
Indicações lhealraes
Tbeatro dc D* Maria*—
Está nas ultimas representações
a «Questão de dinheiro», a en-
cantadora obra de Dumas.
Aproveite, pois, quem ainda
não viu tão sublime comedia.
Tlieatro D. Amelia. —
Iloje sobe á se ena a «Madruga-
da», esplendida peça, em verso,
de Fernando Caldeira.
Amanhã temos o imponente
drama histórico «D. João VI», de
D. João da Cimara.
Para sabbado e domingo pre-
param se duas esplendidas peçaa:
o «Filho natural» e o «M*nelich»,
drama sensacional em que Bra-
são ó extraordinário.
Tbeatro da Trindade*
—Fez-se ante hontem «reprise»
□'este theatro da eograçadissima
operetta burlesca o a Hotel da ba-
rafunda», que obteve um agrado
extraordinário.
A todos os principae8 interpre-
tes foram dispensados calorosos
applausos.
Hoje repete-se.
Tbeatro do Ciymnaslo.
—Repete-se hoje a eograçadissi-
ma comedia «As alegrias do lar»,
que, como nas noites anteriores,
attrahirá grande concorrência.
Principe Real —Repete-
se amanhã a «Galderia», um dos
maiores successos da epocha*
Casamcoto principesco
MADRID, 30, t.
Assegura-se que está decidido o
casamenjo do Principe D. Jayme
de Bourbon com urna Princeza da
Baviera.
(Havas).
Appello á bondade
Um homem, d'uma das mais
distiuctas famílias d'este paiz, e
de grandes serviços á patria por
muitos dos seus membros, encon-
tra-se nas mais precárias circums-
tancias, que nos abatemos de des-
crever.
Affírmamol-o, porém, como facto
do nosso conhecimento m*is par-
ticular. Dl«Jl|
Aos nossos leitores e leitora s
pedimos pelo infeliz, devendo
qualquer quantia ser-nos enviad a
sob a lettra X. •.oqiwT of>
. . . Transporte.... 2£5Q0
Alfredo Martins
medico —-
Mudou o seu consultório da
praça Luiz de Camões, 22, para
a R* Nov a da Trindade»
O* 1.° (esquina do Chiado).
Doenças de garganta, nariz
ouvidos, bocca e dentes.
ALPHONSE DAUDET
74-F»lhilim do Diário Illaslrado—I -12-98 grande sala, por detraz das plantas exóticas que sobrepujavam uma mesa de cujo desenho puro e
alteroso ellas pareciam ser o complemento, ergue-
ram-se precipitadamente Jorge e Sidónia.
—Que medo que me metteu!... disse a amante
de Jorge correndo para o marido.
As rendas do seu penteadoF branco, entrelaça-
das de fitas azues quaes nesgasinhas de céo tolda-
das dé nuvens, redemoinharam na alcatifa, e já
restabelecida do seu desconcerto, muito apruma-
da, com um ar amavel e o seu eterno sorriso, veiu
abraçar o marido e dar a testa a beijar a Frantz,
dizendo-lhe:
—Seja muito bem vindo!
Risler acercou-se de Fromont, que elle estava
muito admirado de vêr ali:
—Enlào por cá, Chorche?... Fazia-o em Savi-
gny. • <oq i' fc-i *
—Certamente... Mas deu-se o caso... sim, eu
julgava que não saía aos domingos, e como preci-
sava falar-lhe n'um negocio...
FROMONT JUNIOR
RISLER SENIOR
E abrindo a
limiar com a*de:
O justiceiro
súbitas a porta, exclamou ainda
a sua possante voz cheia de bon-
—Adivinha quem vem comigo!
Mistress Dobson, a única pessoa que estava ao
Precipitadamente, engasgando-se a cada phrase,
Jorge Fromont começou a dizer-lhe de uma encom-
menda importante. Sidónia, trocadas algumas pa-
no, deu um salto no tamborete, é ao fundo da |recera. Madame Dobson continuava em surdina os
seus tremolos, semelhantes áquelles com que nos americana estava contentíssima por se encontrar
theatros costumam acompanhar as situações criti- em plena intriga de novella. Conhecendo, ou antes
cas. julgando conhecer a fundo a historia da sua amí-
E o facto é que esta o não era pouco. Felizmen- ga, comprehendia a cólera surda de Frantz, antigo
te, o bom humor de Risler dissipava todo o cons- amante preterido, a inquietação de Jorge pertur-
tragimento 0 marido de Sidónia pedia desculpa bado pela apparição de um rival; animava um com
ao seu socio de não estar em casa para o receber,
queria mostrar o chalet a Frantz. Da sala passaram
á estrebaria, da estrebaria, ás cozinhas, ás cochei-
ras, á estufa. Tudo era novo, brilhante, reluzente,
muito pequeno, muito incommodo.
«Custou carinho, custou carinho!—dizia Risler
com um certo orgulho.
E queria que admirassem miudamente a pro-
priedade de Sidónia, mostrava a agua e o gaz en-
canados para todos os pavimentos, as campai-
nhas aperfeiçoadas, os moveis do jardim, o bilhar
inglez, a casa de banho, tudo isto com expansões
de gratidão endereçadas ao seu amigo, que posi-
tivamente o locupletára (kmdo-lhe sociedade na
fabrica.
A cada nova effusão de Risler, Jorge Fromont,
muito enleado, muito vexado, mal sabia como fur-
tar-se aos extranhos olhares de Frantz.
0 almoço não primou pela animação.
Mistress Dobson foi quem falou quasi sempre. A
um olhar, consolava outro com um sorriso, admi-
rava a tranquillidade de Sidónia, e reservava todo
o seu desdém para o abominável Risler, o tyranno
grosseiro e feroz. Os seus esforços convergiam
principalmente a não deixar estabelecer em volta
da mesa esse temeroso silencio que o tinir dos
garfos e das facas apenas interrompe a espaços,
accentuando ainda mais o ridículo e o constrangi-
mento da situação. ,
Findo o almoço, Fromont Junior disse que vol-
tava para Savigny. Risler Senior não se atreveu a
dete'-lo, lembrando-se que a sua querida madame
Chorche passaria o domingo sósinha; e, sem po-
der dizer uma palavra á sua amante, o marido de
Clara saiu pela força do calor para a estação, onde
Risler quiz por força acompanha'-lo.
(Cbnlinua.)
JIARIO ILLUSTRADO
Estamos todos tranquiili-
sados...
Devemos estar tranquillisados, é a resposta ministerial.
Não diz que o governo tomou providencias junto dos gabine-
tes dos paizes cuja imprensa semeia, impunemente, a propaganda
da nossa espoliação.
Não diz que mandou annunciar pelas legações que Portugal
nào entraria em operação alguma que importasse, directa ou indi-
rectamente, alienação dos nossos dominios.
Mas devemos estar tranquillisados, porque a questão essencial
é de affirmar occupação, e a tal respeito projectam-se um caminho
de ferro e outras obras de tomo!
Portanto devemos ficar tranquillos, porque em se construindo
a tal linha, d'aqui a 10 ou 12 annos, os jornaes inglezes e allemã^s
deixam de sublinhar o discurso de Lord Salisbury, dando a primei-
ra das suas exemplifi.ações sobre o corpo inaue da pobre naciona-
lidade portugueza!
Devemos tranquillisar-nos!
Aquelles artigos são manejos de interesses coloniaes, diz-se, e
com effeito nada ha para tranquillisar um povo sobre a investida
de quem sempre fez, está fazendo e ba de fazer a politica dos inte-
resses dos seus naturaes, quando é d'esses interesses que se trata!
Duplicado motivo para que a tranquillisaçâo seja completa e
absoluta!
Traoquillo está o governo, fazendo a digestão das suas politi-
qaices, e tanto que hontem corria nos círculos políticos que nào
teríamos mais de quinze dias de camaras no proximo mez de Ja-
neiro.
Logo no começo, accrescentava se, fazia-se apresentação do
projecto reconhecendo a necessidade de reformar alguns artigos da
Carta.
Votava se, e em seguida faziam se novas eleições consti-
tuintes.
Mas para que será tal reforma, que é a manifestação eloquen-
te de que o governo está tranquillo, o mais que é possível, com a
guerra dos interesses coloniaes?
Para que será, desde que elle entende que quando um bando
de corvos poisa sobre um corpo enfertro, se não devem enxotar,
mas consentir, como quem gosa um espectáculo, que elles do cor-
po doente façam um cadaver?
Só se é para reformar o art. 72.° da Carta, que preceitua que
aa pessoa do Rei é inviolável e sagrada, não estando sujeita a res-
ponsabilidade alguma».
0 que aliás se comprehende!
O que aliás é logico, estando o partido progressista no gover-
no e em vesperas de ir para a opposição, o que é fatal, desde que
o sr. José Luciano não arranja o empréstimo de 60 mil contos e o
sr. Espregueira não consegue equilibrar o Orçamento com os vales
ultramarinos.
Elle ba de querer, o partido progressis'a, continuar nos seus
processos de opposição jornalística, que appareceram em 76, que
se mostraram de 81 a 86, que surgiram em 90, que tomaram
grande força em 1895. O proprio Correio-da Noite ainda ha de ter
arrecadado o cliché do seu artigo de 29 de Outubro d'este ultimo
auno.
Por tudo isto justifica-8e uma reforma da Carta, afim, certa-
mente, de ser modificado o art. 72.°, para que El-Rei, de inviolável,
passe a ser atacarei; para que a sua representação liberta de res-
ponsabilidade, por effeito d'um principio superior de ordem publi-
ca, passe a receber passivamente, sem repressão possível, todos os
doestos, todas as grosserias, todos os ordinarismos, todas essas
coisas que traduzem um espirito inferior, com que um escriblero
qualquer que para ahi se improvise jornalista lbe queira atirar.
N'estas condições comprehende-se a tranquillidade do governo
para tratar de reformas politicas e não se importar, desprezan-
do-08, com os interesses coloniaes que pairam cubiçosos sobre a
farta presa dos nossos dominios ultramarinos!
Pela politica
e pela administração
0 presidente da republica
ir !í0 PíintrtS. Do Popular, por SO contos.
do Tempo:
recapitulando
«Primeiro é ser o Correio da Noi-
te o único jornal que se estomaga
com o caso da presidência da re-
publica a 130*986 réis por dia. Mas
este tio é frágil. Km primeiro logar
pode aquelte collega estar esto-
magado por serem 136*986 réis,
conta arreliante, em vez de 135*000
ou 140*000 réis era números redon-
dos. Em segundo togar, quem se
pica cardos come, e bem pôde o
Correio ter sido picado por algum
cardo.
0 outro fio consiste em ser o ma-
gnate muito esperto, virar-se e re-
virar-se á menor brisa e não ter
culpa de nada.
Ora vão lá saber n'uma terra,
onde se importam tantos burros
hespanboes e onde ha falta dc ve-
terinários, quem é esperto e quem*
não é. N'um paiz de ventanias, vão
lá curar por informações de ven-
toinhas e cataventos. N uma plêia-
de de lantos varões virtuosos, in-
daguem, se são capazes, quem tem
culpa e quem não tem culpa. Nós,
por exemplo, nunca tivemos idéa
de fazer o sr. José Luciano de Cas-
tro presidente da republica; tive-
mol-a, felicíssima por signal, de o
fazer chefe do partido progressista,
e não somos capazes de jurar que
tivemos culpa.
«Voltemo-nos, pois, para as nos-
sas averiguações por districtos, e
saibamos se o caso seria em Bra-
gança. Se fosse, nomearíamos logo
o nosso illustre amigo sr. Conse-
lheiro Eduardo José Coelho, que,
regulo d'um dislricto, bem poderia
aspirar a presidente de uma repu-
blica. Vejamos, pois, Bragança.
Atinaríamos?»
Já temos averiguado que o ca-
valheiro que BO prestava a ser
presidente da republica por 50
centos, com grande gáudio da fe
milia, não era de Faro, nem de
Bejw, nem de Vienna do Cas
telle.
E' muito mss cança tal proces
se. Insistimos, poi», pedindo á
policia que tome o caso á sua
conta.
Manifestamente trata-se de um
traidor, e salvo melhor opinião
pareee-nos que oe traid. res devem
ser castigadas pelos tribunate
0 negocio da prata. —
A parte contractante de 1897 j4
aucrorieou a publicação de tuao,
contracto e acnexoa.
Porque se não publican»?
A parle contractante de 1898
está certamente de aceordo com
egual procedimento.
Por que ae não publicam então
cs doia contractos?
Outra inlerrogação.-Qu»nu
d°
vem á publicidade o ultimo ba-
lancete da divida fiuctuante?
Se não se venderam titulo*, se
não se fizeram eupprimentos a
10 OjO, porque é que não quebram
os dentes á calumoia c< m oe fa-
ctos positivos, com as cifras i fii
ciaes, em summa com element »a
de certeza, em substituição de af
firmativas do pobre Correio da
Noite, coitado, que tem de affir-
mar o que lhe pedem?
Câmbios e cotações. —
Londres cheque (comprad.), 35 15| 10:
(vendedor), 35 13|I6; Londres 90
djv (comprad.), 35 5| 16; Paris cheque
(comp.), 790; (vended.), 794: Al-
lemanha cheque (comprador) 324;
(vendedor), 328; Hollands cheque
(comp.), 551; (vend.), 554; Madrid
cheque (comp.), 9G0; (vend.), 970;
Rio sjLondres, 8 3|8; desconto B.
de Inglaterra, 4 0|0; desconto m. 1.
3 3|8.
Boina* portugnezan.—-
Official:
Ac. B. Port., 124(5500; ac. C.» de
Moç. para o fim de dezembro, réis
14*500, 14*600 e 14*550; obr. dos
Cam. Ferro, 2.-g., 17* 100 e 17*200;
obr. Ambacas, 75*700.
Commercial:
Ac. B. Port., 124*500: ac. B. 01-
tram., 101*000 e 101*400; ac. do B. Lisboa & Açores, 118*400; ac. C.«
Gaz e Elect., 26*200; ac. C." Phos-
phoros, 55*400 e 55*200; obr. dos
Cam. Ferro, 1.° g.. 71*400; obr. 4
1|2 0|0, coup., 41*800; obr. Amba-
cas, 75*700; pred. 4 1|2 0|0, Coup.,
41*800; pretl. 5 0|0, as., 93*000;
pred. 6 0(0, assent., 95*000; insc.
as . 31,05 S|C.; 30 jjr; libras, réis
6*600#
•
# #
O ar. ministro da Marinha aesi-
gnou uma portaria dissolvendo e
louvando a commiusão encarrega-
da de examinar a situação fiaan
ceira da companhia real dos ca
minhoH de ferro atravez d'Africa,
afim de se proceder á conclusão
da Unha ferrea de Loanda a Am
baca.
—O sr. ministro das Obras Pu
blicas não esteve hontem na sua
aecret.aii», por motivo de doença
— Reuniu hontem a commiaião
de legisisção mineira no ultra
mar. Concluiu a discussão do to-
dos os capítulos. Agora trata-se
de organÍ8ar o respectivo regula
mento.
—Reuniu hontem a grande
ccmmistão de estndoe dos cami-
nhos de ferro do Estado, conti
nuando a tratar des meios fiaan
ceiros para serem prolongadas ai
gumas das linhas sctuaea.
—O sr. ministro da Guerra fi-
cou hontem trabalhando em sua
casa na reforma do exercito.
—Io8Í8timoe: a opposição rege
neradora está <8nhando o céo, não
tratando á devida altura o caso
da representação ciliciai portu-
guesa na exposição ae Pari»!
Se alli, fóra do governo, qual
quer Corvja, importante gazjta
progres iata, apanhasse um mimo
a'estep, punha no estylo o miolo
das tripas da cachimoola!
— Ha b< je assignatura Real.
—Reuniu hontem a commissão
superior de guerra. Tratou do se
guiote assumpto: parecer apre
sentado pela secção ecommuoica
ções sobre o projecto da defesa
de fronteiras e protecção da mo
bilisação e concentração.
Presidiu o sr. general Vasco
Guedes.
—Agora o Correio da Noite e o
Jornal do Commercio andam mui-
to zangados.
"Antes quebrar que torcer"
A associação da imprensa por-
tuguesa acceitou a c flerta que foi
feita pelo ar. Arthur Lobo d'Avi
la a esta associação e á dos es
criptores e jornalistas, doa direi
tos de auctor da sua comedia-dra
ma: Antes quebrar que torcer, di-
r gin lo lbe uma communicaçào
em que se lê:
*«A direcção deliberou acceitar,
muito reconhecida, a valiosa of
ferta e oispenear para o bom êxi-
to da pȍa de vrex.a todos os seus
melhores etíorçoe».
CoDSta nos que o auctor está
concluindo algumas modificações
indicadas nas critics feitas á sua
peça, e concluidaa ellas seiá a
comedia drama apresentada á
empresa R sas & Brasão.
0 Sant'Anna, camaroteiro
Quem o Dã? conbect? Sant'An-
na ó doa poucos que conta os
araigos pelos conhecimentos por
1890 quando realisa aa auaa festas
aonuaes no Gymnasio muitos fi-
cam sem logar.
Este anno a noite escolhida é a
de segunda feira
A próxima sessão camsraria é
na quarta feira, 7 do corrente,
visto ser santificado o dia 8, em
que ella devia ter logar.
PIANOS
AFIM-SS
E
LISBOA
CONGERTAM-SE
FICANDO COMO NOVOS
Rua dos Prazeres (á Praça das Flores), 54-
NA PROVÍNCIA
AFIITAM-SE
E
Arranjam-se por preços sem competência
TITO PAOANil
Incêndio
Hontem, cerca daa duas horas
da madrugada, manifestou se ia
cendio na officina de marcenaria,
torneiro e carpintaria, no barra
cão (e A e 10—B <), da travessado
Rjaario, pertencente ao sr. Anto-
nio Augusto Cima, segurado na
companhia B nança em 1:000*000
réis.
Todo o material da (ffi.inafoi
completamente destruido.
Junto havia uma cfficina de
carruagens,' de que sponas ardeo
o madeiramento e tendo alguns
estragos causados pala sgua
Compareceu em primeiro logar
o pessoal e material dos voluota
rios da Ajuda, pessoal e material
da estação 2, 1, 8 e 21, carros
Magyrus, e demais material do
dÍ8tncto, voluotarios de Lisboa,
Belenenses e Terremotos.
Dirigiu habilmente os traba
lbos o sr. Aogusto Ferreira, ins
pector dos incêndios, auxiliado
pelo engenheiro Taveira e chefe
da companhia o sr. Gaveta.
#
• •
N'uma loja de bebidas sita na
rua da Atalaya, 140, manifestou-
se hontem, cerca das 4 horas da
manhã, principio de incêndio, que
teve começo n'um toldo que esta
va enrolado ao canto da loja Co
me, porém, se murmurára que o
togo não havia sido casual e as
suspeitas surgissem em razão do
caixeiro do estabelecimento, An-
tonio da Silva declarar que quan-
do o encarregado Eduardo Au-
gusto Teixeira de Mello saira
cheirara a queimado e elle tivera
a'lsso conhecimento, foi este sr
conduzido ao governo civil para
prestar declarações.
O estab-lecimento teve ioBÍgoi
ficantes pnjuizos, soado logo fe
cilmente lccaliaado com o auxilio
d'uma agulheta applicada a uma
becca de incêndio.
No dia 9, na freguezia do Bem-
fica começa a novena da Senhora
doJAmparo por musica.
Alfandega
Processos de imprensa
O tribunal da Relação, confir-
mando o despacho do juis do 2°
districto, determinou que o sr. dr.
Ferreira Martins, auctor d'uma
correspondência inserta na Mar
selhtza, e em que o administrador
do concelho de S Tboroé ar. An
tonio L b<> N gueira se reconhe-
ce offendido, vá responder, acom-
panhado do editor do meemo jor-
nal. c mo auctor das correapon
dencias incriminadas.
*
O sr. Camara Lima, redactor
do Popular, tem já preparados os
aggravos que se acham penden
tee no tribunal da Relsçã^, tendo
importado ae respectiva» aasigoa
turas e prepares em 46*000 réia.
Foi instaurado novo processo á
firma J. Frocbling & C *, com ar-
mazéns em Santarém, por causa
do descaminho de direitos reali-
sado com a exportação de 308
fardos de trapo de lá que despa-
chou com a felsa declaração de
desperdícios de lã.
A exportação foi realisada em
Maio e Junho do corrente anno,
cum destino a Liverpool e Ham
burgo, e o prejuízo causado á Fa-
zenda com a differenç* do direito
respectivo ó de 544*400 réis.
O processo subiu á instanciado
contencioso ficai.
—Foi hontem enviado a juízo
nra individuo a quem a guarda
fi-:c»l apprehendeu 20 litros d'al-
cool que levava dentro d'um saco
corn trapos.
Foi oondemnado na multa de
57*088 réis, que declarou não
pagar, razão esta porque foi en-
viado ao tribunal.
O Credito Franco Português
despachou para Londres, pelo
Thames, 973 libras e 268 grammas
de oiro tm barrs, com o valor de
103*500 réis.
O Na festividade de S. Francisco
Xavier na egreja de S. Roque,
préga o rev. Napoleão.
Contra a debilidade
Recommendamos o Vinho Nu-
tritivo de Carne e a Farinha Pei-
toral Ferruginosa, da pharmacia
Franco e Filhos por se acharem
legalmente auctorisada pelas au-
ctoridades sanitarias de Portugal
e do Brasil.
Condecorações
Joaquim Augusto da Costa
FABRICANTE
Fornecedor exclusivo
do Ministério dos
ffoeio* Estrangeiros,
Sociedade de fieofrs*
pliíR, ele.
Com «Alcina na rua de 8.
Julião, 440. 3.°.ondeiem
completo sortimento no
genero e para onde deve ser
dirigida toda a correspondei-
cia.
Succnrsal no Porto, ris
das Flores, 204 e 203, cas?
de Albino Coutinho.
347—Folhetim do Diário lllastrado—4-42-98
OS SETE FICADOS MORTAIS
DE
EUGENIO SUE
XJ
MAGDALENA
Xll
de'
—E demais, teu marido que lida com negocios, A A »
u< 111 »rn ria quem fallo; dizem iu
é um dos maiores capitalistas da França
—Como se chama?
—Pascal.
— Pascal!—repetiu a senhora Dutertre.
E não poude deixar de erapallidecer e estreme-
cer.
A marqueza, percebendo a commoção da sua
amiga, dis&aribe vivamente:
—Sophia que tens tu?
—Nada, não é nada.
—Eu bem vejo que tens alguma cousa. Peço-te
que me respondas'...
—Pois bera ja que tenho que te dizer, meu ma-
rido esteve era relações de negocios com esse
Pascal.
Iufelizmente ttveram uma grande desinlelligen-
cia, e—
—Pois que Sophia, es tão pouco razoavel que
te impressionas tão vivamente porque em conse-
quência da sua desintelligencia com Pascal, teu
marido não pode de certo fazer-me o favor que eu
esperava?
A senhora Dutertre querendo deixar a sua ami-
ga no seu erro, procurou serenar e disse-lbe:
—Com effeito, contraria-me muito pensar que
Carlos não bode fazer-te o primeiro favor que nos
pedes.
—Olha, Sophia, quasi que fazes que eu tenha
pena de me ter dirigido tão cordealmente a ti.
—Magdalena...
—Realmente, olhem que grande desgraça!
E demais a mais, para não ser enganada, diri-
jo-me direciamente a esse Pascal, tuas lieide-ihe
pedir as minhas contas todas as semanas: teu ma-
rido examina-as, e, se não estiverem correntes,
sei muito hera queixar me ao sr. meu banqueiro
e mudar para outro.
—Tens razão, Magdalena,—disse" Sophia recu-
perdendo pouco a pouco o seu sangue frio,—e a
verificação de meu marido hade-tc ser cffeetivã-
mente mais necessária do que tu imaginas.
—Então esse sr. Pascal é um judeu?
—Magdalena,—disse a senhora Dutertre sem
poder n'asse momento vencer a sua commoção,—
peço-te que me deixes fallar-te como amiga, como
irmã.
Seja porque motivo ou que proiexto for, não te
ponhas na dependência d'esse Pascal!
—Que queres dizer Sophia?
—N'uma palavra, se elle te offerecer os seus
serviços, recusa-os.
—Os seus serviços? mas eu não tenho nenhum
serviço a pedir-lbe.
Tenho uma carta de credito sobre elle; vou ou
mando buscar o dinheiro a casa d'elle quando pre
cisar, e mais nada.
—Pois sim, mas podia3, irreflectidamente, ou
por ignorância dos negocios, ultrapassar o teu cre-
dito, e então ..
—E entào?
—Sei isto por alguém que contou a Carlos e a
mim.
Logo que Pascal tenha uma pessoa na sua
sua dependência abusa cruelmente oh! bem cruel-
mente do seu poder.
—Vamos minha boa Sophia, já vejo que me
tomas por uma pródiga por£um doidivánas.
Tranauilisate e admira-me: tenho tanto juizo
que, todos os annos, faço algumas economias nos
meus rendimentos, e eram essas economias que
eu punha á tua disposição.
— Querida e boa amiga, obrigada, mil vezes
obrigada! repito-te que a crise com que eu e meu
marido nos preoccupamos hade ter um termo; mas
repito, desconfia de Pascal.
Depois de fellares a Antonina, eu te contarei
mais.
—Outra vpz Antonina!
Fallavas-me também delia ainda agora a pro-
pósito do Elyseu...
—Sim, sim, tudo isto tem ligações, tu verás de-
pois d'amanbã eu me explicarei completamen-
te. # ia
E' importantíssimo para Antonina.
—Depois d'amanha então fallaremos, minha
querida Sophia.
Confesso te que irritas muitíssimo a minha cu
riosidade e debalde procuro descobrir o que pode
haver de coramum entre Antonina e o Elyseu, en-
tre Antonina e esse patife j^parece-o pelo menos)
que se chama Pascal. v
Deram tres horas e meia no relogio da fabri-
ca.
—Meu Deus! como me tenho demorado;—disse
Magdalena á sua amiga
-D eixa-me fugir b?m ssa i * i iei-
jar primeiro os anjinhos dos teus filhos.
As duas senhoras sahiram da sala.
Voltemos com o leitor ao Elyseu Bourbon, onde
deixamos o archiduque sosinho depois da sahida
de Pascal.
(Continua
DIÁRIO ILLUSTRADO
Secção litteraria
SOMENTE...
O theatro cheio, em galla.
Mulheres dos camarotes
Estonteiam toda a «alia
Co'a nudes dos seus decota.
Em baixo riem cg cotia,
Alteando muito a falis;
Rspases discutem dotes
Em que a cubiça os eguala!
E olhando tudo, não vejo
Nada mais que o meu desejo,
Que em ti pousa como abelha,
Sugando o nectar das flores
No doce Dinho a'amores
Da tua bocca vermelha!
Sergio db Castro.
Por mandados do juízo
Antonio Pereira e eua mulher
Maria Emilia, residentes ua rua
do Garibaldi, foram hontem pre
ses por um (fiicial de diligencias
do 4° districto crimina) por se
acharem pronunciados n'aquelle
districto.
Os grandes acontecimentos
nas províncias
AsNassInlo e roubo.—
Está já averiguado que foi uin tal
Luis Gandanuha o auctor do cri
me de assaesinio e roubo ultima
meute praticado na freguesia de
Santa Marinha de Geraz, Vianna
do Castello, e de que foi victima a
infeliz D. Gertrudes Garrido, con
forme noticiámos.
O criminoso tem 24 annos de
edtde e é j á bastante conhecido
da policia como gatuno.
O Gandarinha evadiu se, igno-
rando se por emquanto o seu pa-
radeiro.
Houve mais 158
274000 réis e 507
retnios de >0 premies
de 224500.
O Diário publica heje um an-
nuncio da Junta do Credito Pa
blico convidando os portadores de
bonde da divida externa de 3 p. c.,
que quiserem receber cm Portu-
gal o supplemento de juro que
tem de ser pago com o coupon de
1 de janeiro, a faser essa decla-
ração na secretaria da Janta, des-
de o dia 1 do dezembro até 15 do
mesmo mes, das 11 horas ás 2 da
tarde, em todos dias ateis.
m
A novena da Conceição, na Sé,
feita pela associação dos devotos,
começa no dia 9, ás 5 horas por
instrumental.
NEUROLOGIA
Falleceram:
Em Coimbra, o sr. Thomé Fer-
reira Lima.
—Eni Pembeiro, concelho do
Felgueiras, na edade de 105 an-
nos, « Br ■ Maria Branca.
—Noa Valles, concolho do Cos
tendo, na edade de 90 annos, o sr.
João Gandencio Mondes Ferrvira.
Aos escrupulosos
A todes que tsm epreço á saú-
de, optando pelo que náoó preju-
dicial, recomendamos de prefe-
reucia, em vinho azeites e vina-
gre, o que se encontra á venda
no arma sem do Vinho da Rochei-
ra rua Serpa Pinto, 30 6 32, de
A Andrade & C.®.
Experimentar ó não querer ou-
tros Depois, a attecçãa do pes
seal que ali se encontra, a modi
cidade de preço e rápidos em sa-
tisfazerem qutlquer requisição
por diminuta que seja ou òistao-
cia a servir o porte gratis, e até
emprestadas as vasilhas, tudo is
to eatisfas per completo quantos
tem a fortana d'ama vez, c^nsum-
mirem, do prestixuo£0 e elogante
armssem.
Caixa de soecorros e refor-
mas dos operários muaici-
paes
A commÍ8sâo administrativa
d'6óta Caixa, reunida em sese&o
extraordinária para dar posse ao
novo presidente nomeado pela Ca-
mara municipal, o ar. commenda-
dor Joio Carlos de Oliveira, ve-
reador do serviço de obrao, ap-
piovou uma meçáo proposta pelo
delegado do 2 ° grupo, o sr. José
Radrigues Martins Santareno,
moção em que a commissão, de-
pois de saudar o novo presidente,
tece os mais rasgados elogios ao
seu antigo presidente o sr. verea-
dor José Mi
marães.
&
conselho superior de obr&B publi
cas e minas a emittir o seu pare-
cer sobre e assumpto.
Mandou se satisfazer.
—Em vista do proprietário da
casa situada no largo do Conta-
dor-mór, em que está installada
uma das secçõea do asylo munici-
ai, ter elevado de 4004000 a
4000 réis a renda da dita ca-
sa, a cam ara resolveu mudar a
dita secção para a casa expro-
priada em tempo ao sr. dr. Carlos
de Lima Mayer, a 8. Sebastião
da Pedreira, devendo ee proceder
ás obras necessárias para adoptar
a casa para o fim destinado.
—O sr. Conde do Restello pro-
poz que na acta ficasse exarado
um voto de profundo sentimento
pela morte Ga mãe do sr. verea-
dor Jcão Carlos de Oliveira, e
que como manifestação de pesar
se encerrasse a seetão.
Approvada esta proposta por
unanimidade, foi logo encerrada
a sessão. Eram 4 horas da tar-
de.
Martinho da Silva Gui-
Junta do Credito Publico
No sorteio das obrigações do
empréstimo de 4 0.0 de 1888, rea-
lisado hontem na Junta do Credi-
to Publico, sair&m premiadas as
seguintes obrigações:
20:031-4:5004000 réis
50:487- 4504010 réis
Com 18040CO réis, n " 11:126,
16:736 e 115:106
Cem 904000 réis, n" 360,14:850,
36:671. 48:812, 73:161, 146:616 e
150:068.
Camara municipal de Lisb«a
Sessão de hontem
Presidência do sr. Conde do
Restello.
Presentes maia 11 srs. vereado-
res, o sr. administrador do 2.®
bairro e o ar. inspector da fazen-
da municipal.
—Foram approvadas ordens de
pagamento na impvit&ccia de
21:3944637 réis. .
—O sr. governador civil com-
muuicou á camara ter sido sp-
provsdo superiormente o 4.® or-
çamento supplemental- ao ordioa
rio da receita e despez* do cor-
rente anno civil, com algumas
preacripções.
Pela camara foi approvado o
5.® orçamento supplementar ao
ordinário do corrente anno, sendo
a receita de 30:9254281 réis e a
despesa a mesma quantia.
—Baixou á camara o processo
relativo á abertura d'uraa nova
rua destinada a ligar o largo da
Cruz dos Quatro Caminhos o o
primeiro cemitério, afim de a ca-
mara instruir este processo com
o projecto definitivo da referida
rua e todos os mais esclareci
mentos que possam elucidar o
Grande salão Ouguclla
Bebei—O nextetto Quilez
—O deuaflo de hole
Tem andado debatida nos jor-
naes a questão d'um repto propos
to por Aurora Fernandez, ume
bilhariata celebre de Madrid, ás
professoras que exercitam a sua
profissão em Lisboa, repto que foi
acceito por duas professoras lau-
readas e condecoradas do Salão
Ouguella, da rua Nova do Aima
da 116 e que se realiaa esta noi-
te pelas 9 horas.
Pode se presumir qual será a
sociedade dos amadores de bilhar
pelo resultado 'este desafio tão
provocante.
Hoje o sextetto Quilez dá o seu
costumado concerto das quiutas
leiras, com nm hello programme,
o que augmenta o interesse por
este espectáculo palpitante gra-
tuito.
Rebel, o insigne violiata que
tamanho successo tem alcançado
está contratado para uma tournée
pelas províncias. A empresa do
salão ainda consegue apreeental-o
em mais dois concertos, amanhã
e sabbado, em que o proaigioso
artista, a quem chamaram com
propriedade o Saraeate da viola,
se uespede do nosso publico.
Para a semana fala-se n uma
novidade sensacional.
Serviço á Figueira
A cidade da Figueira, ha mui-
tos annoe, não possuía collegio
algum de educação para meninas,
nas devidas condições, e onde el-
las recebessem instrucção secun-
daria, aprendendo, além do fran-
cês e do iogles, outras prendas
de provada utilidade.
Hoje tem a Figueira bem subs-
tituída essa lacuna, porque a sr.1
D. Laura de Bulhão Pato, dama
de uma fiua illustraçâo, alli inau-
gurou uma casa com todas as con-
dições para eduesção primaria e
secundaria do sexo feminino, o
que deu justa satisfação a muitas
das principaes famílias da cidade
da Figueira.
Missa de Rtqoien e Libera me
Amanhã, 2, pelas 11 horas, na
egreja da Venerável Ordem 3.®
do Campo Grande cautar-ee ha
officio, missa e libera-me por alma
dos irmãos fallecidos da Ordem,
em cumprimento do art. 77.® dos
seus estatutos.
Pede se a asaisteucia dos carís-
simos irmãos a este acto religio
so, a que são obrigados.
É sério
Do grande prédio em ruínas,
incendiado, pertencente ao sr.
Coude de Thomar, na calçada doa
Anjos, em frente da egreja, com
o attricto dos carros americanos,
caem das paredes os seus pedeços
de argamassa.
A camara, desculpe nos o di
zer-lh'o, espera uma graude des-
graça, para então remediar. Anda
muito bem.
A's damas
Sempre que se trata de qual-
quer novidade é dever nosso fa-
ser alarde e indicar ás nossas
gentis leitoras, onde essas novi-
dades se encontram.
Já por mais de uma vez aqui
nos temos referido á casa do uoa-
so amigo Mimoso, sita na rua do
Ouro 131, o elegante estabeleci-
mento de chapéus, único no gone-
ro que temos em Lisboa
H je, porém, voltamos a refe
rir n -s áquelle magnifico estabe
lecimento pois que, urgente Be
torna lembrar a todas as damas
ue o Mimoso (o único), da rua do
aro acaba de adquerir dos prin-
cipaes ateliers do Paris, e que
já se acham em exposição os mais
elegantes modelos, em chapous
caprichosamente confeccionados
n'aquelles ateliers para a presen
te estsção.
Prevenimos, pois, todas as nos
sãs leitoras que ainda não fizeram
acquisiçâo dos chapéus de inver
no, irem som perda de tempo ao
Mimoso da rua do Ouro 113, afim
de comprarem um elegantíssimo
chapéu por um preço modico, e
admirarem a colossal collecçâo
que aquelia casa poesue.
Ahi fica o aviso.
3'
trabalho de investigação ds gran-
de valor.
Na 2.® occupa-se da pintura
simples e modos de preparar as
tintas para as empregar segundo
as suas applicações; mostrando
quanto são vastos os seus conhe-
cimentos profissionaes n'esta es-
pecinlidade, como já o demons-
trou u'outros ainda ha pouco s&i-
doB do prelo sob os títulos de
Pavimentos e Arte de Dourar, que
eão como este deis livros de grau
de merecimento.
Liberato Telles que é um dis-
tincto conductor d'obras publicas
e que tão sobejamente honra a
8U3 classe, que diga-se a verdade
o admira pelo seu talento e o coo
sidera como um des seus primei-
ros membros, tem sido um traba-
lhador iucau8avel e um luctador
pela classe como poucos.
Pelo estrangeiro
Noticias etelegrammas
BOSTON (Massachussets), 29, n.
Annuncia um telegramma de
North Truro que naufragou na al-
tura d'aquelle porto no domingo
pela manhã o navio «Portland»,
oue tinha a bordo 65 passageiros e
49 tripulantes.
Não se salvou nada.
Já foram recolhidos 34 cadáve-
res.
HAVANA, 29, n.
No deposito de munições d'esta
capital deu-se uma violentíssima
explosão, que é attribuida ou a uma ponta de cigarro acceso atira-
da por descuido para cima d'um
montão de polvora, ou á detona-
ção d uns cartuchos que estavam
sendo despejados por um rapaz.
Ninguém ficou togo morto, mas
pouco depois succumbiram 3 ho-
mens ás gueimaduras recebidas, e
ha mais 15 em estado desespera-
do.
A' ultima hora
RIO DE JANEIRO, 30, t.
0 Presidente Campos Salles ex-
poz hoje ás commissões de fazen-
da do Congresso a politica finan-
ceira do governo. Celebrou se um
completo accordo. As commissões eucarregam-se de
fazer votar o orçamento no senti-
do da diminuição das despezas e
do augmento das receitas.
A conferencia obteve a adhesão
do Congresso. 0 ministro das obras
publicas fez uma reducção nas des-
pezas que sobe a 110:000 contos de
réis.
(Havas)
Desastre
Na pharmacia Costa foi hon
tem pensada Maria Thereza, re
sideote na rua do Meio á Lapa,
em coosequencia de ter caido de-
sastradamente Da mesma rua, fe
rindo-se uo n&ris.
—Adelaide Maria do Rosario,
residente na rua de S. Pedro Mar-
tyr, recebeu hontem curativo no j
hospital da Marinha, em conse- [
queocia de ter eaido na rua do t
Paraizo, ferindo-se na perna e •
braço direito.
—Adelino Lope9, morador na
ilha do Grillo, quando hontem es-
tava a trabalhar no pontão do Po
ço do Bispo, a corrente do guin-
daste bateu lhe na cabeça, fazeo
do-lhe um ferimento.
Recebeu curativo n'uma piar
macia próxima.
WASHINGTON, 29, n.*
0 conselho de gabinete occupou-
se hoje da nova pauta aduaneira
destinada a Cuba, pauta que será
app.içada a todas as nações, mes-
mo aos Estados-Unidos.
Consta que o governo americano
tenciona desistir de reclamar as
Pintura simples
Sob esto titulo o distincto e ha
bil conductor de 1.® classe do
quadro d'obras publicas sr. Libe-
rato Telles acaba de publicar um
valioso livro que uividiu em do s
temos; tratando no primeiro da
historia da arte da pintura e bio-
graphias dos pintores celebres,
tauto estrangeiros como nacio-
Dies, o que torna esta parte do
livro bastante interessante e um
ilhas Carolinas.
NEW-YORK, 30,"ra.
Falleccram mais 12 das victimas da explosão na Havana.
LK MANS, 29, n.
A çuarniçâo militar d'esta praça
deu boje um «puncb» ao general
Mercier a proposito da sua refor-
ma.
0 general ergueu um brinde ao
exercito, dizendo que este, «apesar
da obra de destruição emprehen-
dida contra elle impudentemente
por gente de espirito bysantino,
estara prompto a combater n'ura
futuro talvez proximo, não somos
homens de discussão: somos e que-
remos permanecer homens de ac-
ção».
§
fe
LONDRES, 30, m.
Diz um telegramma de Washin-
ton para o «Morning Post» que
ontem a sabida do conselho de
abinete o governo americano te-
Jegraphou aos seus delegados na
commissão da paz em Paris para
tratarem da compra das ilhas de
Sulu e Carolinas.
0 mesmo telegramma annuncia
que os delegados americanos pro-
porão hoje a libertação dos presos
-oliticos e o estabelecimento da li-
•erdade no grupo das Carolinas.
(Havas).
T
P
S
Almanack d'Ayer
Recebemos alguns exemplarei
do kalendario e folhinha portugue-
sa do dr. Ayer psra o anno de
1899, publicação que, de anuo pa-
ra anno, se vae tornando maia
popular e com a qual o afamado
clinico costuma brindar os seus
amigos e freguezes.
A leitura é interessante e '"ff-
tructiv8, pois contém uma tabel-
iã exacta de toques d'iucendio em
Lisboa, Porto, Braga e outras
terras, um prognostico do tempo,
kalendario, noticias astronómica*
e mathematicas, anedoctae, infor-
mações úteis, preço dos trens de
przça em Lisboa e Porto, quadre
comparativo das moedaB porta-
guests, hespanholas e francesas,
tabella das praiamares, templo»
notáveis, preço dos telegrammae,
nova lei do aello, porte das cor-
respondências e a maneira d'appli-
C8r com vantagem os celebres re-
médios d'Ayer.
Os agentes, srs James Cassele
& C ®, dão um exemplar gratia a
qualquer pessoa que o peça e
remettem n'o pelo correio a quem
mandar a respectiva estampilha.
Os principaes pharmaceutics e
droguiatas também brindam oa
aeus fregueses cero um exemplar
d'este interessante e priveitcso
slmaoach
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347—Folhetim do Diário lllustrado—1-12-98
OS DRAMAS DE PARIS
ROCAMBOLE
DB
Ponion du Terrail
TERCEIRA PARTE
AS PROEZAS DE ROCAMBOLE
«Terei pois a coragem de vencer para a prote-
«ger...
«—Uma palavra só em nome do ceu!
tRoland de Clayet.»
Esta carta tôra trazida pelo creado de quarto do
sr. de Clayet.
0 emissário de Roland entrára com ar acautela-
do no pateo do palacio; depois, vendo um groom
que limpava os arreios dirigira-se a elle e mette-
ra-lhe dois luizes na mão.
—A sr.4 condessa está só? perguntára elle em
tom de mysterio.
—Acaba de entrar agora mesmo, respondeu o
groom.
—Podes-lhe entregar ímmediatamente esta car-
ta?
—Dê cá.
—A ella só.
—Sim, dô cá. Donde vem?
—De cana de sua irmã, respondeu o creado a
quem haviam ensinado o recado.
U groom levou a carta.
—Da parte da sr.4 Roland com ordem de a en-
tregar só á sr.a condessa, disse elle.
Baccarat olhou para a letra do enveloppe e ficou
admirada de não conhecer a lettra de sua irmã. Ia
para rasgar o enveloppe quando ouviu o rodar de
uma carroagem no pateo.
A condessa julgou que era seu marido, e em lo-
gar de abrir a carta, correu á janella e ficou admi-
rada de vôr o coupé de sua irmã, e Cerise a apeiar-
se d'elle.
—Oh! disse ella, Cerise enlouqueceu, escreve e
vem ver me ao mesmo tempo.
E esquecendo-se de abrir a carta, correu ao en-
contro da sr.4 Rolland.
As duas irmãs abraçaram-se.
—Anda cá, minha louquinha, disse Baccarat le-
vando Cerise para o seu boudoir, vem explicar-rae
a rasáo porque chegas ao mesmo tempo que uma
carta tua.
—Uma carta! exclamou Cerise, admirada.
—E porque razão pede3 a alguém que escreva,
em logar de pegares tu mesmo na penna?
—Eu não mandei ninguém escrever-te.
Baccarat pegou na carta que estava sobre o
mármore do fogão, dizendo:
Vê lã, trouxeram-m'a agora mesmo da tua
parte.
—Da minha parte?
E Cerise pareceu tão admirada que Baccarat ras-
gou o enveloppe, exclamando:
—Oh! isso á muito!
Em seguida abriu a carta, correu á assignatura
e leu: °
«Roland de Clayet »
Sempre mais admirada, voltou á primeira pagi-
na, leu, soltou um grito e empallideceu.
—Oh! Meu Deus! exclamou ella, será isto um
sonho?
A carta caiu-lbe das mãos.
Cerise apanhou-a, leu-a também e murmurou:
—E' impossível!
As duas irmãs olharam uma para a outra e Bac-
carat exclamou com violência:
—Mas eu conheço apenas esse homem... nem
sequer me beijou nunca a mão!
—Acredito-te, minha irmã, acredito-te, murmu-
rou Cerise; ou esse homem enlouqueceu, ou en-
tão o que quer eUe dizer com isso? Quem é esse
de quem elle fala, que o provocou e com o qual se
vae bater?
si.
—Eu enlouqueço! exclamou a condessa fóra de
N'aquelle momento a porta abriu-se e um crea-
do trouxe uma carta que liie íôra entregue por um
moço de recados.
—Da parte do sr. conde, disse elle, que reco-
nhecera a letra do amo.
Baccarat pegou-lhe, tremendo, leu, e caiu re-
dondamente no chão, soltando um grande grito.
Dirse-ia que aquelia carta acabava de a fulmi-
nar.
Um quarto de hora depois, quando recuperou
os sentidos, mas sempre louca de dôr, Baccarat
dizia ã irmã com a voz entrecortada pelos solu-
ços:
—Vamos a casa d'esse homem... é preciso que
eu o reja... Oh! meu adorado Estanislau!... Ali!
aquelia lettra... a minha lettra imitada... Oh! meu
Deus!... meu Deus!...
E a condessa desfaliecida, amparada pela irmi
subiu para o coupé de Cerise e gritou ao cocheiro:
—Rua de Provence, a galope!
Cerise sentára-se ao lado da irmã, pegára-lhe
nas mãos, e olhava com espanto para Baccarat que
parecia realmente doida.
0 cocheiro fustigou o cavallo que partiu como o
raio na direcção da rua de Provence. Durante o
trajecto a condessa conservou os dentes cerradosv
o olhar fixo, e apenas pronunciou algumas pala-
vras sem nexo.
—Fica na carmagem e espera me, disse Ce-
rise, não quero que tu subas! quero eu ver s6
aquellu homem, trazel-o aos teus pés, aqui mes-
mo na rua.
Baccarat não respondeu, desatou em copioso
pranto, contentou-se em fazer um signal de as-
sentimento, e permaneceu desfaliecida no coupé.
Cerise subiu a escada depois de lhe haverent
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Este agente tem propriedades para vender e comprar nas melhores
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Recebe dinheiro em deposito em conta corrente ou a praso, abo-
oando - lhes bons j uros.
Também se facilita a quem não tenha todo o capital para a compra
de qualquer propriedade, o poder entrar com um terço da importância
da compra, ficando de caução a propriedade até final pagamento.
0 mesmo agente tem a seu cargo a administração de differentez
propriedades, e a procuradoria de casas importantes, do que continua
a encarregar-se com zelo e actividade.
N'este escriptorio não se recebe commissão de especie alguma sem
cs negócios estarem concluídos ou em caso de desistência dos interes •
aado.
Grande Salão de Bilhar
(PALACIO OUGUELLA)
116, Rua Nova do Almada, 1.°
.EUNTTIFL^IDA. LIVRE
HOJE, á8 7 boras da noite, concerto pelo celebre «extetlo
Huilez que executará o progrsmma seguinte:—Le secret
de la reine, ouverture, A. Thomas;2.® Canto de amor, A. Almagro; 3.°
PoliutOy selection, Donizetti; 4.° BOEÈME, lelectioD, G. Puccini;
5.® Plaiaanterie, Oudehoorn; 6.® Serenata mourisca, Chapi;7.®Le
Chasseur, marche §#♦.
A S 9 HORAS DA NOITE
1.® sessão de desafio da distinct» professora seuorita Aurora
com as senoritas do Salão* Amelia (medalha d'ouro) e Maria, (3.°
premio) jogando 30 partidas de coin.
N'um dos intervallos apparecerá uma surpresa por dois exímios
concertista8.
A segunda sessão do desafio terá legar gmanbã ás 9 horas da
ooite.
O reato das seseões é sempre preenchido por uertidsB interes-
santes de coin jogadas pelas dittinctas professoras do Grande Salão
de Bilhar\
CASA COLUMBIA
Deposito de bicyclelles COLUMBIA, e HARTFORD da ce-
lebre fabrica dos srs. POPE & C.°—AMERICA.
SEGUNDA inicial do sen nome
é um A. 0 nome da rua onde
mora comprehende bem que o não
tiosso dizer; o numero da porta
ambem o não digo porque o não
tem. Estou certo de que sabe quem
é que lhe dirige estas linhas e por
isso peço-lhe que me escreva para
a posta restante com o meu nome.
Confie em mim e esteja segura de
que a amo loucamente.
Emilia
UONTEM 29, ás 8[da noite, espe- 11 rava ver-te conforme combi-
námos. Ti a janella fechada e jul-
guei que tivesses alguém de fóra
ou estivesses doente. Apesar d'isso
estive para ir aonde sabes, mas estava tudo fechado e mais me
convenci que estarias doente. Es-
tou melhor e tenho passado sem-
pre ahi; nunca fiquei em casa: leio
agora a tua carta e fiquei desespe-
rado por não te haver falado hon-
tem. Amanhã quinta feira passo
tarde. Se fôres á noite diz-me que
não espere.
7 de Março.
Regimento de cavalla-
ria n.°2, Lanceiros
d'EI-Rei
O
i
conselho administrativo do
dito regimento faz publico
ue no dia 14 do corrente, pelas
oze horas do dia, no seu quartel
em Belem, e na sala das sessões,
procederá a nova arrematação (por
não ter sido acceita a primeira) em
hasta publica da venda do estrume
produzido pelos solipedes do regi-
mento, durante o anno de mil oi-
tocentos e noventa e nove; deven-
do os proponentes apresentar as
suas propostas em caria fechada
assignada nor si e seus fiadores
com a declaração das suas inora-
As condições estão patentes na
secretaria do conselho, todos os
dias não santificados, das onze ho-
ras da manhã ás Ires da tarde.
Quartel em Belem, 1 de Dezem-
bro de 1898.
0 secretario do conselho
Domingos Augusto Alves da Costa
Oliveira, alferes.
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-h f? ftBl TO ifif lW • ÚM 1 * ' *
té
Esta casa, estabelecida desde 1896, na rua Ivens.
n.° 25, muda-se brevemente para a rua do Chiado, n.08 25
e 27.
VELLAS ARTIFICIAES
ou
Apparelhos Automáticos para o Aproveitamento das Vellas
de Sleariua
ULTIMA NOVIDADE
Esta recente invenfão propõe-se a des-
envolver um fim pratico, utilitário e econó-
mico o qual consiste em aproveitar os côtos
e vellas de Stearlna até ao fim sem es-
travazamento de pingos nem derramamento
d'aquella substancia.
As Vellas Arllflclaea fabricam se
c:m applicHçao a lustres, palmatórias, pia-
nos, candieiros, caatiçaes e serpentinas, e
basta iotroduzir-se no apparelho automático
uma vella de Stearf na msrea (8 onças 6
vellas) da Companhia Alliarça Fabril, para
ter a duração de cinco e meia Itoraii
em combustão permanente.
Estas Vellas Arliflclaes ou appa-
relhos automáticos, medem 20 centímetros
de altura e são extremamente leves, elegan-
tes e do grande phantasia de côres. as
quaes são verde, azul claro, branco, azul
escuro, rosa e cardinal.
Ha t8mb*m em ôr branca, lisos, com di-
versas phantaaáas e monogrammas
pintados a oleo ao gosto e conforme os de-
sejos do consumidor.
Inventor:—Antonio dos Beys e
Sonsa. Patente de invenção por 10 an-
nos (MARCA REGISTADA)
Preço década vella artificial l$000 réis
Para a província accresce o porte do cor-
reio.
Ha caixas especiaes e de phantasia que com-
portam 2,4 e ÍJ VELLAS ARTIFICIAES que mui
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Consumo em Lisboa, e exportação
30, 32—Rua Serpa Pinto—30, 32
{t, C. de Santo Amaro» 9, LISBOA
Endereço telegraphico
VINHO R0CHEIRA (Torres Vedras). — Este magnifico vinho de pasto,
premiado em diversas exposições, indicado pelos medicos, e o melhor
classificado nos concursos de analyse, encontra-se á venda em Lisboa,
única e exclusivamente na nossa casa.
Dotado de qualidades naturaes as mais apreciáveis, este vinho não
é aguardentado, não soffre lotações, conservando constante e inaltera-
velmente o seu typo original primitivo. A isto deve o progressivo con-
sumo e a justa recommendaçao que d'elle fazem quantos o conhecem,
PREÇO—Series de 24 garrafas 2*160 réis
» » 12 * 1*080 -»
Quantidades inferiores (garrafa) 100 »
AZEITE DE SANTARÉM, velho muito fino, lavra do ex."0 sr. Castra
! aõbstancio, LITRO 340. ^
Dito de CASTELLO BRANCO, e do ESCURAL, lavra do ex."0 sr. Alves
de Sá, LITRO 320.
Fornecimento em latas de 1, 2 Ij2, 5, 10. 15, 20 e 30 litros.
VAN AGRE natural de vinho branco, producto da 001NTA DO PERDI-
GÃO, do ex.®0 sr. Jayme Pereira Coutinho,GARRAFA, 70 réis.
Kmprestam-se todas as vasilhas. — PORTES GRATIS, seja qual fòr a
porção ou distancia a servir.—Requisições por bilhete postal a
A. ANDRADE & C.A
30, Rua Serpa Pinto, 32
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to se recomniendam
BRINDES.
como próprias para
IJNICO DEPOSITO
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LISBOâ
N'este estabelecimento exiate sempre em deposito quantidade
6ufficiente de pacote de Vellas de Stearin», próprias par» applicar
nas Vellas Artifkiaes, pelo preço da fabrica.
Finíssima manteiga
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Fructuaria de Nandufe
Concelho de Toudella
u'NCON'TRA SÉ á venda nas principaes
. ^ casas e mercearias, tanto em Lisboa,
como nas principaes pratas e thermas de Cascaes, Paço d'Arcos, Caldas
da Rainha, Figueira da Foz, etc., etc.
Manteiga preparada pa-a Africa e Brazil.
Requisições para revenda feitas ao representante d'esta fabrica em
Lisboa.
ARTHUR BENARUS —4• Poço do Borratem—2.®
1 TBLKPIÍONR TV.® 9 Q
indicado o andar, chegou á porta de Roland, e to-
cou a campainha com agitação.
0 creado ainda nâo tinha chegado, e foi o pró-
prio Roland quem abriu a porta.
Vendo uma desconhecida recuou estupefacto.
—0 sr. de Clayet? disse Cerise.
—Sou eu, minha senhora.
Cerise entrou e fechou a porta.
—Senhor disse ella com precipitação, eu cha-
mo-me Cerise Roland.
Roland fez um gesto de surpreza e disse:
—Ah! a irmã da condessa!... entre, minha se-
nhora, entre.
—Minha irmã está lá em baixo na minha car-
ruagem.
—Viva! sã e salva! exclamou Roland com
alegria... Ah! obrgado, obrigado, minha se-
nhora.
—Está lá em haixo, proseguiu Cerise estupefa-
cta, mas moribunda, louca, não sabe o que a sua
carta quer dizer.
—0' meu Deus! murmurou Roland, o conde
não tinha ainda ido para casa e ella não sabia...
—Não comprehende a sua caria nem a de seu
marido.
E Cerise apresentou a carta do conde a Roland
que a leu.
—Comprehendo a emoção da pobre senhora,
disse elle, mas eu estou aqui, e protegel-a-hei
porque a amo!
—Senhor! exclamou Cerise, ou ha em tudo
isto um desgraçado qui-pro-quo, ou o senhor é o
mais infame dos homens... Minha irmã apenas
o conhece, minha irmã nunca o amou... minha
irmã...
—Perdão, disse Roland com sangue frio, inter-
rompendo Cerise, segundo parece, Luiza não lhe
fez confidencia alguma, e já vejo que fui impru-
dente. Deveria ter comprehendido, ou antes fingir
que não comprehendia... mas emfim, venha, se-
nhora, eu não posso deixar que assim me chamem
infame, e obriga-me a dizer que sua irmã foi boa
para mim, que ha oito dias me recebe em Passy
em uma casinha mysteriosa, que veiu aqui tres
vezes e...
Cerise soltou um grito, imaginou que tratava
com um louco e fugiu, desceu correndo a escada,
abriu a portinhola do coupé e pegou no braço de
sua irmã semi-morta.
—Vem, Luiza, disse ella, vem, elle diz que o
recebeste em Passy n'uma casa mysteriosa...
Sue vieste aqui a casa d'elle! Aquelle homem é
oido!
Estas palavras galvanisaram Baccarat e restituí-
ram lhe toda a sua energia. Saltou fóra do coupé,
e seguindo a irmã subiu correndo a escada.
Roland estava á porta.
• Viu a condessa, soltou um grito de alegria, cor-
reu para ella, e quiz apertal-a nos braços (Vide
grav. amanhã na l.a pag.)
—Luiza!... Querida Luiza! murmurou elle.
Baccarat repelliu-o indignada e fóra de si.
—0 senhor ou é um infame ou um doido! ex-
clamou ella. Nunca teve direito para me tratar com
essa familiaridade.
—Minha querida amiga, replicou Roland em
tom affectuoso, nem sou um infame, nem estou
doido... fui apenas indiscreto, julguei que sua
irmã sabia tudo.
—Tudo!... bradou Baccarat... mas o que pôde
. ella saber?... 0 que quer dizer? Existiu jámais
alguma coisa entre nós?
Roland abaixou a cabeça e respondeu:
—Eu também lhe podia perguntar agora se está
louca, ou se quer representar a bem conhecida
scena de Richelieu com mademoiselle Belle-Isle,
na comedia d'este nome.
Baccarat deixou-se cair sobre uma cadeira es-
condeu o rosto entre as mãos, e murmurou:
—Oh! este homem é um infame!
—Vamos, querida amiga, proseguiu Roland
com o accento da convicção, por que o rosto alte-
rado de Baccarat lhe encobria a única differença
que se podia estabelecer entre ella e a falsa con-
dessa Artoff, isto é, mais mocidade, lembre-se de
que Richelieu estava ás escuras, emquanto que
eu... em Passy... em sua casa... em minha
casa... Olhe reconhece este cochim? Ante-hontem
quando veiu ver-me, ajoelhei eu sobre elle aos
seus pés.
A estas palavras Baccarat levantou-se, com a
bocca espumante, os cabello3 caidos, os olhos em
fogo. Ergueu a máo e ia ferindo Roland no rosto,
quando Gerise lhe deteve o braço.
Um raio de luz illuminára o espirito de Gerise.
—Ah! comprehendo tudo, disse ella, essa mu-
lher que se parece comtigo...
Baccarat soltou um grito exclamando:
—0' meu Deus! se fosse verdade!
E a altiva condessa que acabava de erguer a
mão para castigar o homem que a insultava, tor
nou-se subitamente, humilde e supplicante.
Pegou na mão de Roland, levou-o para junto da
janella e mostrando lhe o rosto disse:
—Olhe bem para mira, senhor, e diga-me que
ha iyna mulher que se parece commigo... uma
mulher que o senhor julgou ser eu, que me rou-
bou o nome, que imitou a minha lettra... olhe
bem para mim, peço-lhe, supplico-lhe de joe-
lhos!...
Estas palavras tinham uma tal inflexão de ver-
dade e de convicção que commoverara Roland, e o
fizeram estremecer.
—Oh! não, disse elle afinal, não é possível!...
é a senhora sim... é a sua voz... o seu rosto...
os seus olhos... os seus cabellos. E de mais aqui
estão as cartas... as que eram escriptas pela
sua creada... aqui está mesmo a de hontem pela
manhã.
E apresentou á condessa a carta escripta por
Rebecca, dictada por Rocambole, na qual lhe re-
latava o que se passára entre ella e seu marido,
na volta d'este do club.
Aquella carta acabou de fazer perder a cabeça a
Baccarat. Pela segunda vez soltou um grito de su-
rema angustia e caiu no chão sem sentidos. Ro-
and e Gerise levantaram-n'a nos braços, esta gri-
tando por soccorro, aquelle commovido e vacilan-
te na sua convicção.
Aos gritos accudiram os creados dos visinhos,
offerecendo o seu auxilio.
(Continua).
i
DIÁRIO IILUSTRADO
1
1
UK
n^moQ Francisco Manuel Pereira d'Almeida, único inventor do pó Udllldo do arroz glycerina e de outros preparados de perfumarias,
faz publico que os principaes artigos de toilette que os estrangeiros nos
mandam são falsificados.
Os pós de arroz veloutines, cremes e outras preparações semelhan-
tes, que ainda preenchem as columnas dosjornaes, além de outras sub-
stancias nocivas á pelle, a analyse encontrou matérias calcareas que ap-
plicadas produzem efTeitos cáusticos.
E para que o publico não seja mais illudido com estas falsificações,
torpes explorações do povo, exponho os meus artigos de toilette, que
eu auctor não só garanto fas suas propriedades como também a sua pu-
reza.
Pós de arroz glycerina, roT^róvaTe
commendado pelos nossos distinctos medicos para a toilette das damas.
As suas propriedades para a pelle são muito importantes; suavisa-a,
amacia-a, reiresca-a. preservando-a de quaesquer alTecções provenien-
tes da atmosphera. Preço, caixa grande 500 réis, e pequena 2o0. Romet-
te-se pelo correio. Pharmacia e perfumaria Almeida, rua da Magdale-
na, 134.
Pó de arroz glycerina morango, nfsVimõ;
além de possuir as mesmas propriedades, dá á pelle a cór de rosa na-
tural. Estes preparados nada teem de commum com os pos de arroz e veloutines, que importamos de França, em cuja composição a analyse
medica tem encontrado matérias calcareas, oxido de zinco, carbonato
de magnesia e outros compostos nocivos á conservação da pelle. Caixa
grande, 600 réis; caixa pequena, 350 réis. Pharmaci e perfumaria Al-
meida. rua da Magdalena, 1^4
Hygiene e belleza da pelle, cerina.dearrozsly'
O creme de arroz glycerina protege a epiderme e preserva-a das
rações perniciosas aa atmosphera, e serve para conservar e dar ao
rosto frescura, elegância e mocidade. E' hoje o único approvado e re-
commendado para uso diário das damas. Os seus efTeitos são tão efficazes,
tão rápidos e tão benéficos, que basta sómente usai-o uma vez para se
reconhecer logo os seus preciosos resultados contra as alTecções occa-
sionadas na pelle, 800 e 500 réis. Remette-se pelo correio, por 850 e 550
Pharmacia e perfumaria Almeida, rua da Magdalena, 134.
Créme de arroz glycerina morango,
do as mesmas propriedades e dando á pelle a côr de rosa natural. Pre-
ço 700 e I£000 réis. Remette-se pelo correio por 1 £050 ou 750 réis. Phar-
macia e perfumaria Almeida, rua da Magdalena, 134.
Pó de quina com carvão e ratania,
alvura de dentes, o hálito puro merecem sempre a attenção de toãas as
pessoas, condições indispensáveis para a conservação de tão precioso
orgào. Este poderoso PO DENTRIFICO limpa e conserva os DENTES sem
lhes alterar o ESMALTE, é um grande tonico das gengivas e dá-lhes uma
COR NATURAL. E se quereis conservar uma BOA E FORMOSA DENTADURA
DE MARFIM, aconselho-vos o meu PÓ DE QUINA com carvão e RATANIA,
bem como o ELIXIR HYGIENIC0 DA BOCCA, único de verdadeira confian-
ça. Preço de cada caixa, 400 réis.
Outro» pó» :
Pó da Viscondessa, 120 réis.
Pô de Rosa, 200 réis.
Pó de Rosa, 60 réis.
K on novo» clentlfrico»
Pós d'0s Três Lyrios, 600 réis.
Pasta d'Os Tres Lyrios. 600 réis.
Agua dentífrica Os Tres Lyrios, 600 réis.
Remette-se pelo correio com augmento de 100 réis.
Phannacia e perfumaria Almeida, rua da Magdalena, 134.
P.i pmitn rlaw ÍTInroc 0 Cremito das Flores é um liqui- UI cllll O (IBS I lOltíSj ^0 extraído no reino das llores,
dente das damas, se ellas téem um nalito puro. Todas as pessoas <ue se descuidam da limpeza da BOCCA téem o desgosto de perder os DEN-
TES em pouco tempo. Este elixir é anti-escorbutico, tonico e adstrin-
gente; precioso para todas as alTecções de BOCCA, dá ao hálito um chei-
ro agradavel, cura as aphtas das GENGIVAS; o emprego diário d'este
ELIXIR previne a CARIE dos DENTES, as dôres e incommodo das GENGI-
VAS lívidas e purulentas, molles e ensanguentadas; fortifica as GENGIVAS
dispostas á relaxação e ao escrobuto e segura os DENTES descarnados;
dissipa o mau cheiro da BOCCA e impede a accommulação do tartaro que
é d'onde procede a maior parte das enfermidades dos DENTES e das
GENolVAS. Este elixir é muito conveniente ás pessoas que fumam, por-
que lhes tira o mau cheiro da bocca. produzido pelo uso continuo do
tabaco. Faz passar a dôr dos dentes rapidamente. Preço 400 réis. Re-
mette-se pelo correio. Pharmacia Almeida, rua da Magdalena, 134.
Aguas de colonia.i
Os processos particulares do fabri |A£ua 4e co|onía violeta, 600.
brico que me são especiaes per-[Agua ,e coJon.,a ppoponax, 600.
mitlcm-me obter em toda a suaiígua ,G co on.,a jamim, 600.
frescura e suavidade o aroma dasi A£ua de co on,a rosa, 600.
plantas e llores para compor a de-l?£J (e co on!a patçhoulv, 600.
liciosa AGUA DE COLOMA, que apre-lASua de colouia almíscar 600.
sento com differentes aromas. I
Vi na OTP Hp tmlpffp hvgienico, balsâmico e salutar. 0 villdgie UO LUlieue vinagre hvgienico, composto de
substancias aromaticas, vegetaes e salutares; é de um perfume suave e
delicado, emprega se para toucador das damas. E' um perservativo das
doenças contagiosas; esfrega se com elle as mãos e o rosto Preço 400 rs.
Remette-se pelo correio: Pharmacia Almeida, rua da Magdalena, 134.
Kqniritn Hp Dphq (perfume da mulher). Este perfume at; UtíUb £ de uma odoriferação desconhecida
e de uma penetrabilidade rapida e flexível; a sua suavidade é aprasivel
e de condicional necessidade, e a sua persistência é sensível e aeleitan-
te. 0 ESPIRITO DE DEUS é em boa theoria o perfume da MULHER, único
que se deve adoptar sempre que uma DAMA precise denunciar-se ou pôr
em evidencia a sua existência, sobretudo quando a formosura e a ele-
gância de uma D0NZELLA tenham de ser despertadas pela fina flôr da
mocidade. 0 ESPIRITO DE DEUS exliala docemente o seu odor, extasia os
espíritos menos juvenis, destroe-lhes o indiíTerentismo, dá-lhes uma
convivência perfumada e devolve-os aos vae-vens da mocidade. Preço
1 £200 réis. Deposito gfcral, perfumaria Almeida, rua da Magdalena, 134.
'I .inniHn hntaniVn ^sla importante e laboriosa desco- LjiqUlUO D O IdlllCO. berta Vejrela| é hoje uma das mais ri-
cas preparações para o cabello. A sua preparação é tão salutar e efflcaz que julgo indispensável o seu uso, devendo sempre existir como parte
integrante entre os mimos de um bello toucador. As propriedades pre- ciosíssimas que elle exerce são: destroe a caspa, aformosea, restabele-
ce, dá e faz permanecer aos cabellos a suavidade e o assetinado lustro
que hoje tanto se ambiciona. 0 Liquido Botânico é o n.° 1 e n.° 2. O Li-
quido Botânico n.° I é para o cabello secco; o Liquido Botânico n.° 2 é
para o cabello húmido. Preço 400 réis. Remette-se pelo correio, 450 rs.
Pharmacia e perfumaria Almeida, rua da Magdalena, 134.
OSíi hrmpta Simnloc esta considerado e sem favor o OdDOneie Oimpies melhor thesouro hvgienico da
pelle. Obteve pelos seus resultados o mais completo triumpho na nossa
sociedade elegante, onde o seu perfume causou o maior surprehendi-
mento e acolhimento, e está destinado a ser o-*nico sabonete das famí-
lias. 0 precioso SABONETE SIMPLES divide se em vantagens tão assigna-
laveis, úteis, agradaveis e excepcionaes, que deve ser o único obrigado
para o uso diário de quem precisa de um sabonete que satisfaça rigoro-
samente a unia lavagem modelada nos melhores princípios anti-scepti-
cos, e guc deixe nos poros da pelle um perfume absorvente e inoiTensi- vo, delicado, suave, delicioso e balsâmico, a cujos princípios de inte-
gridaie só satisfaz o SABONETE SIMPLES. Subsíitue com infinita preci-
são as aguas de coionia e todas as essências e extractos aromáticos
de que se fazem uso para aromatisar os lenços, etc. E para se conceber
com exactidão os factos apontados, basta collocar entre a roupa o SA-
BONETE SIMPLES embrulhal-o n'um lenço, mettel-o n'um guarda vesti-
dos ou n'uma commoda. Todos os objectos que d'elle se acercarem fi-
cam completamente impregnados do seu delicado e sentidíssimo perfu-
me, não sendo fácil destruir tão singular cheiro ou aroma que se des-
loca do sabonete e se divide por todo o ambiente de um quarto ou de uma
sala, saturando a atmosphera de riquíssimas essências impressionáveis,
o que constitue uma das mais agradaveis surprezas ás pessoas que não
conhecem as interessantes particularidades do SABONETE SIMPLES. Nas
lavagens das mãos, do rosto ou do corpo deixa o SABONETE SIMPLES os
seus mais assignalados benefícios, que ennobrecem e encantam a pes-
soa ou dama que d'elle faz uso. A sua espuma é expontânea, excessiva-
mente abundante e sedosa; no acto das lavagees o sabonete tem a ri- Suissima propriedade destruir e desinfectar os poros cutâneos, deixan-
o-os totalmente limpos; a pelle apparece então como se fosse comple-
tamente renovada, límpida, escorregadia, macia e aveludada, as mãos e
o rosto purificados dos elementos que lhes obscureciam a candura e a
elegância, ou esterilisados por tão fecundante sabonete, seduzem ou por
apparencia d uma d'essas córes que se assemelham aos mármores rosa-
dos, ou então por uma d'essas cores diaphanas, e que tauto se distin-
guem pela brancura de suas pétalas, como são as rosas brancas, os ly-
rios alvos e os iasmins côr de neve, flores que, pela sua uniforme bel-
leza, tanto se destacam nos peitos gentis da sociedade elegante. Elite
sabonete é obtido pelo processo da minha invenção: a SAPONIFiCAÇAÒ
INSTANTÂNEA e iodos os mais sabonetes de que já ha fabricados: SABO-
NETE DE ARROZ, SABONETE DE ALFACE e o SÂBO.VETE DE ALCATRÃO. To-
das as pessoas que usam o sabonete de alcatrão devem usar o fabricado
pelo nosso processo, no qual encontrarão uma dilTerença collossal sobre
os que estão usando.
pessoas que nao fizerem uso do SABONETE SIMPLES, ou dos nossos sabonetes, ficam sujeitos ao uso de sabonetes
falsificados e pintados com tintas miueraes, que destroem a belleza da pelle, envenenam o sangue, causando doenças
exquisitas e muitas vezes incuráveis.
DepoNito sernl-Pliarmacia Almeida, rua da Haedalena, 134 e 136.— ,\o Porlo. na pliarmacla
do Ur. Moreno e na drogaria Santo» A Santo», rua de Belmonte. 12 a 46. Km Coimbra, na drogaria
Villaça. Km Kvora, na drogaria Hurlera A Filho. Tod'i a correnpondeiicia deve »er dirigida ã pliar-
macla Almeida, rua da Mogdalena. 134 — Linlioa.
Aguas chloretadas
da Amieira
\0 dia 15 de maio, abertura
do estanetecimento balnear
bem como o Hotel actualmente a
cargo do sr. José Maria Rodrigues
de Coimbra, antigo encarregado do
Hotel Bragança.
Os excellentes resultados obtidos
com a applicação d'estas aguas,
justificam o successive awnuentc
no seu consumo.
Usam-se no tratamento da escro
phulose, rheumatismo, moléstias de
peile, ainda as mais rebeldes, sy
phylis padecimentos do estômago
figàdo, e baço, inflammações de
quaes querorgãos útero, ovário, in-
testinos, leucorrheas, anemia echlo
rose.
DEPÓSITOS — No eserptorio da
companhia, rua de S. Julião, 142,
1.®; pharmacia Azevedos, Rocio;
José leliciauo Alves d'Azevedo-. R.
do Principe. 32 a 37.
concentrado com o perfume das plantas e das mais odoríferas llores. No
banho dá frescura, bem estar e perfume suave ao organismo da moci-
dade e da velhice, cedendo á pelle a côr e a flexibilidade natural. Preço 50o réis. Remette-se pelo correio. Pharmacia e perfumaria Almeida, rua
da Magdalena, 134.
('ohpllnc; ViríínPnQ A TINTURA ALMEIDA, em dois minu uarciiuo ij\ cui6UN, tos restitue aos cabellos as suas pri-
mitivas côres—touro, castanho claro, castanho escuro e preto. São qua-
tro côres fixas e do mais fino colorido, as
Iuaes não indicam ou não deixam vestígios
e uma côr artificial, estabelecendo-se por
9 completo a confusão dos observadores e dos criiicos, motivos principaes que me leva a
recommendar a celebre
HWípnP Hq hnrra Conservação dos DENTES, ELIXIR Il)giene Ud HUlta, DENTIFRlCO E ODONTALGIC!). Se al-
guma cousa se junta ao ornato de um bello ROSTO é sem duvida uma
DENTADURA DE MARFIM é um encanto inapreciável para o feliz confl-
Todas as pessoas que nao fizerem uso do SABONETE
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OS MAIORES ATELIE
EUROPA
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Fabrica de
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58 164- 58 164 RUA DO OURO & «
CE'ort-u.^al) •>
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Augusta, 202 e 205, ha sem-
pre calçado com. caixas para espo-
ras.
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A. C. Bragança d Monii
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DARA moda», ramo», A coroa»; planta» e
corbeille», preparo» pa-
ra flore» e artigo» reli-
glOftO».
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Dynamite Gomma, kilo 1£100 réis [caixas completas de 25
Dynamite n.# I, kilo 1£000 » ) kilos, franco nas es-
Dvnamite n.° 3, kilo 540 » Itações de Lisboa ou Porto
Capsulas duplas, caixas de 100 540 »
Capsulas triples — 800 »
Capsulas quintuplas — 950 •
Mecha alcatroada, meada de 7m.20. 75 » I emballagcm extra
AGENTES EM LISBOA— lá ma Maver & Filhos, rua da Prata, 59.
AGENTES NO P0UT0 — José Rodrigues Pinto e Pinho, rua do Almada,
111.
x
:i M Wi
D. Maria Christina da Silva
Cabral
FÂLLECEU
R. I. P.
O Marquez da Foz, seus filhos,
Gil Guedes Cabral, D. Margarida
Guedes Cabral e D. Marianna
Guedes Cabral, o Conde de Ca-
bral, os Marquezes de Fontes, e
José Guedes de Queiroz, cumprem
o doloroso dever de participar a
todos os seus parentes e amigos
que foi Deus servido levar da vi-
da presente sua mulher, mãe, fi-
lha, irmã e cunhada, a Marqueza
da Foz, e que o seu funeral terá
logar hoje quinta-feira, 1 de de-
zembro, pela 1 hora da tarde, sa-
hindo o préstito fúnebre da sua
casa, na praça dos Restaurado-
res.
D. Maria Christina da Silva
Cabral
FALLECEU
Hoje, 1.° de Dezembro, cele-
brar-se-hão missas de corpo pre-
sente por alma da fallecida na sua
capella, praça dos Restaurado-
res, desde as 8 1\2 horas da ma-
nhã até ás 11 1\2.
«-f* &***£- J*
runOLbH
Conffectioneur pour Dames
J^NCARREGA-SE de toda a «toilette» de senhora e creança.
RUA DO CARMO, 69, l.°
DIÁRIO ILLU8TRADO
SENHORAS CREANCAS
SORTIMENTO COLOSSAL
CASA MIMOSO
131 I RUA DO OURO 131
r
a
%
Prevenimos todas as damas que
chapéos de inverno, não deixem de visitar a CASA MIMOSO
NA RUA DO OURO, que amanhã
genero do Grand
Prix do Outono.
A Casa Mimoso na rua do Ouro
que lhe pertenceram, e que ainda u
MIMOSO; no desejo apenas de fazer sciente que
CASA
MIMOSO dos chapéos é só u
MIMOSO, RUA DO OURO
1
DECAUVILLE AINE
Petit-Bourg. France
3
ln*tallaçõe* coraple
can de tramway* eléctri-
co*. material, appare-
llio* e macblnUmo* pa-
ra a* diverna* appllca-
c õ e * de electricidade}
material flxo e circulan-
te para caminho* de fer-
ro em toda* a* largura»
de via*, locomotiva*,
wagon*, ponte*, guinda*
te*, etc.
Agente Geral em Portugal
ARTHUR BENARU
4, Poço do Borratem, LISBOA
a/ ie
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Sociedade de Seguros de vida dos Estados Uni-
dos, fundada em 18S9
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qualquer outra companhia.
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h*.- Total dos seguros em curso em 1894, 912.509:553^000 réis.
pc"* Nos últimos 30 annos, a companhia tem pago seguros superiores a
qualquer outra companhia.
As apólices são incontestáveis. . Seguros em caso de morte, em caso de vida, dotaes e sobrevive-
tes, rendas victalicias.
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* <»
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solidez \
elegância ^
commodidade
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¥ ti t/r
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3
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V vend?
*'
*
JF em todas
as principaes
sapatarias
A f
em n r-5 V2 r» 73
a
ê ê- a C72
A PRIMEIRA agua de meia, em qualidade, pureia, limpidei, conservação e preço. Indispen-
sável na9 colónias, a bordo, etc. Garrafas e rolhas esterilisadas pelo vapor. Por caixa de 50 e
de 25 garrafas, comprada no deposito da empreza, sahe alô réi» e a HH réi*. respectivamente*
Venda a retalho, em todas as pharmacias, drogarias e outros estabelecimentos, a ÍOO rél*. ou I IO
Pedir a analyse e tabclla de preços, no deposito da empresa, Arco do Bandeira. 114 a 118.
No Porto. Alfredo de Sousa Johnston, rua do infante D. Henrique.
111.
oompagme
DE8
MESSAGFRIES MARITIME^
PAQUBB^TB PO8TH FHANÇAI8
LINHA TRANSATLANTICS
Para Baltar. Pernambu-
co, Bahia. Bio de dia»
nelro. Montevideu e
Bueno*-Ayre*.
PORTUGAL com-
mandante Rossi- gnol que se espe-
ra do Bordeos em
5 de dezembro.
CHILI commandante Lartigue
se espera do Bordeos em 19 de
zembro.
0 paquete CHILI não fará esca
por Pernambuco e Bahia.
Para Pernambuco. Bi
hla. Bio de dauelr*
Sannto*. Montevideu
Bueno*-Ayre*.
Sanirá o paquete:
MED0C, commandante Marti
que se espera de Bordeaux, e
30 de novembro.
direitura
Sahirão os seguintes paquetes:
BRE'SIL commandante Le Troa-
dec que se espera de Brazil em 7
de dezembro.
LA PLATA commandanfe ILindin
ue se espera do Brazil em 20 de
ezembro.
Para passagens de 3.4 classe tra-
ta-se com José Antunes dos Santos
& C.% 4, praça dos Remolares.
Para carga, passagens e todas as
informações, trata-se na agencia da
3
Companhia, 32, rua Áurea.
Pela Gompagnie des Messageries
Maritimes
Sociedade Torladêi.