diÁrio illustrado - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1887-05-07/j-1244-g_1887-05-07_item2/j...16.°...
TRANSCRIPT
16.° anno
UII«NAVUBÂ ■■ IMMf A
1 me*... 100 réis. Annuncics, linhi to réu.
S mexes. 900 » Sitos nu 1." ptçin* 100 r*. iTuiso.. 10 » Corpo do Jornal 40 réus.
Communicados e eutroa articoa contrita»-»* 1 na administraçle.
Sbbado 7 de maio de 1887
AUIfiMIVBA MA» PBOTINCU»
I meses pagamento adianUdo.....l*150 réis j ^iimavn
4 correspondência sobre administração a Bo-1 WIIDaiU
drigo de Mello Carneiro Zacalto, traTessa da
Qurimada, n.« 15.
O aumero telepho-
nico d'este jornal é
162.
*■> fir
Enlaiitin
subscriptores em cumprimento do
contracto. f .
Irresistível, como irresistível é
o espectáculo de amanha: a Lili.
" Bartholomeu Prospero Enfan
tin, conhecido pelo nome de pêre
Enfant in, grão-raestre da egreja
industrial, fundana por Saint-Si-
moo, nasceu em Paris no dia 8
de fevereiro de 1796 e morreu na
mesma cidade no dia 31 de maio
<le 1864. f
Foi alamno da escola polyte-
chnica, passou depois ao commer-
cio, viajou como corretor de vi-
nhos, esteve n uma casa bancaria
em S. Petersburgo, e depois, voM
Undo a Paris, empregou-se na
feaixa hypothecaria.
Quando rebentou a revolução
de julho, Enfantin publicou uma
proclamação em que reclamava a
communidade dos bens, a sup-
pressão da herança e a emanci-
pação da mulher.
Urganisou centros de propagan
da em toda a França; nomeado
um dos padres supremos, aspirou
á supremacia. Queria fazer do
saint simonismo uma seita reli-
giosa de que se proclamou o mes-
sias.
A policia dissolveu a associa
ção, com a qual Enfantin gastara
todos os seus haveres e muitos
milhares de francos quepedira
emprestados. No entanto não des-
animou, e passando para Ménil-
montant estabeleceu ali uma asso-
ciação modélo, especie de con-
vento, que eile governava como
um prelado, e de que faziam par-
te alguas homens que depois se
tornaram distinctissimos nas le-
tras, nas sciencias ou nas artes.
A policia interveiu de novo e En-
fantin foi preso.
Quando foi solto, o seu grupo
achava-se disperso; no entanto
ainda levou alguas dos da asso-
ciação ao Egypte, ende queria
formar as condições economicas
do paiz.
Voltando vencido, deveu o não
passar o resto dos seus dias ao
abrigo da miséria á dedicação de
alguns antigos amigos que tinham
seguido a vida por caminho regu-
lar. __gjjjji
Indicações theatraes
Tbeatro da Trindade
E' hoje aquelle estupendo espe-
ctáculo tão ardentemente deseja-
do, e composto do Ultimo figurine,
que se não valesse por si valeria
pelas peteneras cantadas por Anna
Pereira; de Boas noites, sr. D. Si-
mão, explendidamente representa-
do por Leoni, e do Procopio
Baeta, uma peça que leva as lam-
pas ao celebre Baile de creados,
um espectáculo como não ha ou-
tro.
#
€iymna»io
Os mais exigentes são os pri-
meiros a confessar que não po-
dem passar uma noite sem assis-
tir aos espectáculos da companhia
hespanhola. Nada como uma zar-
ala
Colyneu
Hoje veste-se de gala o Colyseu.
E' a noite dedicada a Henrique
Diaz, aquelle sympathico rapaz,
que é o director da companhia, e
que tem conseguido fazer-se ad-
mirar pela sua habilidade.
Comquanto para que se encha
o circo basta o nome do benefi-
ciado, sempre diremos que ha
quatro novidades—O Fidalgo, Ca-
vallo amestrado em liberdade por
Henrique Diaz,—A escada japone-
za,—Vol au vent, cavallo saltador
—O grande salto da batalha.
Uma noite cheia.
Falsificação
A policia da 2.* divisão foi pre-
venida hontem de que acabava de
se reconhecer que fora levantado
da caixa geral dos depositos a
quantia de 'l20£000 réis, por meio
de falsificação.
O caso deu-se assim:
Na caixa estava depositada
aquella quantia ã ordem do admi-
nistrador do Barreiro e prove-
nientes d'umas custas de proces-
sos.
Ernesto Canede, homem de
seus quarenta annos, que foi es-
crivão de fazenda naquella locali-
dade, e que ha tempo foi demitti-
do por alcance, sabendo da exis-
tência d'aquelle deposito e qual o
jroGesso empregado para elle ser
.evantado, pensou na maneira de
se apoderar do dinheiro.
Desempregado, individado, falto
de recursos, teve aqaella tentação
e pôl-a em pratica.
Redigiu a carta precatória, fal-
sificando a asôignatura do admi-
nistrador, conseguiu d'alguma for-
ma alcançar o sello da adminis-
tração, e carecendo d'um recibo
e houve-o illudindo um pobre ho-
mem, que praticou ura crime
quando julgava apenas fazer um
obsequio. Este ultimo individuo é
um commerciante honesto, muito
bem conceituado que está agora
sendo incommodado devido á sua
bondade.
Devidamente prevenido com os
documentos necessários, levantou
a quantia, e passaria a salvo se
uma serie de circumstancias não
o denunciassem.
Apiesentaram-se hontem na cai-
xa de depositos os indivíduos a
quem o dinheiro de direito per-
tencia, munidos da carta precató-
ria do administrador.
O dinheiro tinha já sido levan-
tado portanto tratou-se de saber
qual fôra o falsificador. Aqui a mà
sorte de Canedo quiz que o indi-
viduo que assignára o recibo fosse
conhecido na caixa de depositos
Mais não foi preciso para que a
policia se puzesse no encalço do
criminoso.
A porta da sua casa foi vigiada
até ás o horas da tarde de hontem.
A's'4 horas porém era o accusado
preso na e.-tação do caminho de
ferro pelo proprio commissario da
2.* divisão, o sr. dr. Pedroso Li-
A' roda do Figaro
Um admirador do Hamlet lendo
alguns trechos a dama dos seus
pensamentos, deu.com esta phra-
se: «Se é forçoso que cases, esco-
lhe um tolo.» .
—E' essa a tua opinião?—per-
gunta ella.
—E' sim, menina,—concordou o
apaixonado mancebo.
D'ahi a poucos mezes casaram.
O author de uma arithmetica
envia a sua obra a um individuo.
D'ali a dias encontra-se com elle.
—Recebi o seu livro,—diz-lhe o
individuo com ares protectores,—
já o li todo; achei-o excellente,
tem muito interesse; o que é pena
é ter tantos algarismos.
Feira e tourada»
em Badajoz
Nos dias 11 e 12 do corrente
tem logar em Badajoz a grande
feira annual e as concorridas tou-
radas onde costumam trabalhar
os melhores toureiros do reino;
visinho.
Ha bilhetes de ida e volta a
preços reduzidos entre varias es
taçõesdos caminhos de ferro por-
tuguezes e Elvas.
Tomam parte nas touradas, se-
gundo annunciam os cartazes, os
bandarilheiros hespanhoes de
maior nomeada.
Camas novas em Portugal
COLCHÕES AMERICANOS DE ARAME
2i5, rua da prata, 217
Fe»ta da» Cruies
em Barcello»
Lô-se na Aurora do Cavado de
4 do corrente:
«O dia tempestuoso que esteve
em 2 do corrente, segunda feira,
afastou muita gente de vir a esta
villa passar os dias da festividade
e feira das Cruzes, e fez com que
ella não fosse muito concorrida
no dia de hontem, o principal da
feira, não obstante o tempo se
apresentar excellente.
E' porém para crer que, se elle
assim continuar, no dia d'amanhã,
por coincidir com o do mercado
semanal, será grande o concurso
de povo á feira.
Esta não apresenta o aspecto
variado e animado de outros an-
nos, sendo mais reduzido do que
nos annos anteriores o numero
de barracas.
Também não ha divertimentos
por onde distrahir-se a pasmacei-
ra.
High-life
Uma indu»trio»a
Sua Alteza a Princeza Real recebe
todas as terças feiras, das duas ás
quatro horas da tarde, todas as pes-
soas que lhe tenham sido apresen-
tadas.
# * #
Fazem ámanhã annos as ex.m*
sr.":
D. Maria Adelaide da Cunha.
D. Leonor Paes.
D. Maria Eufemia Damasio.
D. Maria da Piedade dos Reis Far-
to.
D. Rita Fuschini.
I E os srs.: • '
Marquez de Pomares.
Visconde de Bucellas
D. Luiz de Mascarenhas.
Francisco Pinto Coelho.
General Antonio de Azevedo e
Cunha.
Antonio Maria da Silva Leão (Al-
j mofai la).
Faz hoje annos a ex.™ sr.* D.
Maria Benedicta Toscano Vaz, filha
do dr. Damião Salvador Vaz.
ENFANTIN
GRANDE BARATEZA
SE1PRB NOVIDAI IU
Objecto» para brinde»
OBRIYESAMA
bua mu de lSOOO réi» para cimi
V.» SOARES
«FILHO
H • m w m w »» w j w ^ mm » w - — —
ma, que conhecendo Canede, ali
foi de proposlto para o mandar
deter, no caso d'elle intentar sair
de Lisboa por aquella via.
zuela e melhor do que ella só um
bailado com castanholas e tudo
mais que é preciso para que a
cabeça ande á roda. , t ---.
E' o caso de dizer: de manhã |chando umas bagagens
anda á roda a ioteria de Hespa-
nha e á noite andam á roda as
hespanholas no Gyranasio n'um
endiabrado bailado.
E Dita la gradai
Quando foi preso estava despa-
b;
Roubo
Hontem cantou-se entre outras
zarzuelas El bazar de Novias, em
que a senorita Josephina Moreno,
tem um papel importante. A sua
figura engraçada e mignonne faz
com que Moreno, represente toda
esta zarzuela com bastante espi-
rito.
Tbeatro do» Recreio»
Hoje temos o esplendido vau-
deville Nitouche, havendo meios
preços para os srs. accionistas e
Foi hontem preso na rua do Sa-
litre José Bernardino Pereira por
ser accusado de convivência com
um tal Ornellas que já está preso
no roubo de tabacos a companhia
Wimer. ^_____
A Martyr
Obteve um grande êxito o cele-
bre drama de D'Ennery a Martyr, • * % * V A —
que a companhia do Baquet aca
ba de representar em Coimbra
A companhia portuense vai repre-
sentar a Martyr a Aveiro, Guima-
rães, Vianna e Braga, onde é an-
ciosamente esperada a famosa pe-
ça, que conta as recitas pelas ova-
ções.
O prolongamento
da linba de Cintra
Está annunciada para o dia 9
do corrente, a abertura da linha
de Lisboa a Torres Vedras., uni-
camente para o serviço de merca-
dorias em pequena volocidade.
Esta linha comprehende alem
das estações de Alcantara, Bemfi-
ca, Porcalhota, Queluz, Bellas, Ca-
cem e Cintra, as Sabuga, Mal-
veira, Pero Negro, Dois Portos,
Runa e Torres Vedras.
Touro»
Amanhã é finalmente que se
realisa a esplendida corrida de
touros tão anciosamente esperada
pelos nossos aficionados, e em que
toma parte o insigne espada José
Campos, Polio, e os bandarilheiros
hespanhoes M. Campos e Antol-
lin. - 1
Os preços são os usuaes.
A venda de bilhetes tem sido
I enorme, o que não admira, por-
que é irresistível a esplendida
corrida.
Foi agraciada com o titulo de
baroneza de Paulo Cordeiro a sr.a
D. Adelaide Cordeiro de Sousa
Pereira de Araujo.
Os empregados da Estação Te-
legraphica Principal, commemo-
rando a promoção a 1.° official do
seu digníssimo chefe o sr. João
Henrique dos Santos, oITertaram-
lhe hontem um lindíssimo estojo
contendo todos os pertences para
escripta, obra de finisimo gosto
artístico, em prata e ouro.
Coimbra
Recita dos quintanistas
Realisa-se, 110 dia 48 do corren-
te mez a primeira recita do curso
do quinto anno jurídico.
A peça, original de Carlos Bra-
ga e Angelo Ferreira, dois bellos
rapazes, cheios de talento e já
conhecidos no mundo litterario,
por algumas publicações de no-
me—intitula-se: A fonte da Sabe-
doria, operetta em 3 actos, que a
uma dição litleraria, allia uma
delicada* critica relativa a alguns
acontecimentos da vida académi-
ca coimbrã.
A assignatura dos camarotes ja
está coberta o que concorrerá de-
certo para que aquella tradiccio-
nal festa seja enthusiastica.
Guilhermina Adelaide Couto
Mello Araujo e Cepa, professora
de piano e bordados, entregava-se
a uma industria muito criminosa,
mas devia produzir-lhe alguns re-
sultados.
Acompanhada de um filho de
12 annos, José Antonio d'Araujo
Cepa, percorria vários estabeleci-
mentos de objectos antigos e ou-
rivesaria.
Escolhia, dizendo que fora en-
carregada da escolha por uma
pessoa d'alta posição e saia.
O pequeno, durante a escolha,
ajuste, etc., ia mettendo na algi-
beira algumíobjecto de valor. Se o
dono do estabelecimento dava
pelo furto, a mulher ralhava com
o filho, chegando mesmo a bater-
lhe, mostrando se- muito indigna-
da, pedia desculpa, e retirava-se
em paz. Quando não davam pela
maroteira punha-se a andar tendo
feito um bom negocio.
Ha dias subtrahiu um sinete
d'agatha com encrustaçoes de
prata dourada no valor de 5 libras,
do basar do sr. Coimbra, na rua
do Alecrim, indo vendel-o ao sr.
Abranches, ourives, por 3£000
réis, ficando de ir no dia irame-
diato para fazer venda de uma
medalha e outros objectos que
disse estarem empenhados e que
eram de uma senhora muito no-
bre. .
O sr. Coimbra fez queixa a poli-
cia, sendo encarregado o cabo
Loureiro de averiguar o caso.
Este agente foi encontrar o si-
nete a que acima nes referimos
na loja do sr. Abfanches.
Guilhermina voltou á loja, como
prometteu, e o cabo 19 que já es-
tava combinado com o logista, foi
avisado capturando a professora.
Foi apalpada por uma mulher
no governo civil sendo-lhe encon-
trada uma cautella do monte-pio
geral onde empenhára um alfinete
de ouro cora brilhantes, que se
presume ter sido roubado.
Ha dias os donos dos estabele-
cimentos de ourives das ruas Lar-
ga de S. Roque e D. Pedro V sur-
prehenderam o filho da accusada a
subtrahir abjectos em uma d'a-
quellas casas.
Guilhermina é uma mulher bem
vestida e sympathica.
O» no»»o» pobre»
Não tem sido debalde appelar-
mos para os corações bondosos
dos nossos leitores e se mais uma
vez vamos implorar a sua protec-
ção é porque os quadros que va-
mos apresentar sao dignos de dó
e commiseração.
Maria da Nazareth, viuva, com
quatro filhos menores moradora
na rua da Gloria á Graça n.° 26
loja, e Antonto Francisco Rebora-
bo Guedes, de 60 annos, casado e
com quatro filhas, morador 'narua
do Terreirinho n.° 48, 1.°, vivem
na maior miséria.
Uma esmola para estas infeli-
zes famílias.
Fez hontem annos o sr. Carlos
de Franciosi Costa.
* w
Chegou ao Porto a sr.• Viscondes-
sa de Negrellos.
—Está no Porto o sr. Barao de
Fonte Bella.
Concertos clássicos
Effectuou-se na quarta feira o
3 ° concerto' da Associação Musi-
ca 24 de Junho, sob a direcção
do exímio maestro allemão Ernest
Rudorff.
Todos os números foram execu-
tados magistralmente, sendo bisa-
dos: O Orpheu e Eurydice, dança
das fúrias, dois trechos muito
caracteriscos de effeitos brilhan-
tíssimos e extremamente oppos-
tos; a Marcha Turca, um pequeno
trecho humorístico, de Beethoven;
o allegretto scherzando da 8." sym-
phonia de Beethoven, ouvida pela
primeira vez em Lisboa e que,
pela sua admiravel execução, me-
receu enthusiasticos applausos
á orchestra, e andante do quartet-
to em ré, de Pedro Tchaikowsky,
aue faz honra ao auctor.
Ernst Rudorff teria firmado a
sua reputação como director de
concertos clássicos, se não fossem
sobejamente conhecidos os seus
merecimentos como compositor e
como regente. A direcção da 8.*
symphonia de Beethoven é um
dos melhores attestados da sua
muita intelligencia e do seu gran-
de mérito. Ernst Rudorff estava
enthusiasmado pela magnifica
execução, e era tal o seu conten-
tamento, que no fim da 2.* parte
abraçou alguns dos executantes.
Ante-hontem, antes de começar
0 ensaio para o novo concerto,
dirigiu-se a orchestra, dizendo:
«que não podia deixar de signi-
ficar-lhe a sua satisfação pela ma-
, neira brilhante como fôra executa-
do todo o concerto da vespera es-
pecialisando a ouverture da opera
1 Obéron que se não tocava melhor
era Berlim, Paris e Londres e que
se orgulhava de se apresentar pela
primeira voz diante de um publi-
co illustrado, como o de Lisboa, á
frente de músicos como os da As-
sociação 24 de Junho».
E' aqui, a nosso ver, que está
o verdadeiro elogio áquella asso-
ciação, que de dia para dia revela
o seu progresso, a ponto de a pôr
a par das melhores orchestras do
mundo.
A'manhã realisa-se o 4.° con-
certo e o prograrama consta, a
pedido, da repetição da 8.* sym-
phonia, de alguns dos números
bisados no ultimo concerto e de
mais 3 peças novas.
Parece-nos não ser preciso di-
zer mais para que a casa se en-
cha.
CABELLEIREIRA, penteia
avulso e de partido• Rua de
Santa Martha, 46, 4.° andar•
DIÁRIO ILLUSTRADO
Resposta ao
discurso da Coròa
IV
Com pasmo, com admiração,
com a mais justificável estranhe-
za vimos hontem na cam ara dos
senhores deputados o sr.
Barrow CiomeN
a defender, durante toda a sessão,
os interesses de Roma e da Pro-
paganda Fide contra os interesses
do paiz na questão da concordata!
Por vezes fez os seus períodos
vulgares, de effeito rhetorico,
fallando das nossas tradicçõas glo-
riosas, mas só para mais eviden
temente demonstrar que as tinha
esqpecido!
Primeiramente, fingindo que
respondia ao sr. Dias Ferreira,
fez o elogio das missões. Ora nem
o illustre deputado da opposição
nem pessoa alguma tinha desco-
nhecido esses serviços. Ninguém!
De modo que as suas considera-
ções não podem ser avaliadas em
mais do que em um sermão que
lhe não havia sido encommenda-
do.
Depois poz em parallelo, não
sabemos se para nos envergo-
nhar, as circumstancias da Pro-
paganda e as nossas. Nunca
os seus mais fervorosos adep-
tos fizeram maior elogio da asso
ciação criada em 4627 para pro
Eigar a fé em terras pagans, esco
endo aliaz para essa propaganda
os domínios onde de ha muito os
portuguezes haviam hasteado
bandeira cruz! E' extraordinário!
Aproximando-se um poucochi-
nho do assumpto, ao passo que
affrontava o sr. Dias Ferreira,
chamando-lhe ignorante, embru-
lhava-se em considerações vagas
para demonstrar que o facto de
ficarmos só com o exercido e não
com o direito do padroado era de
somenos importancia, que não va-
lia cousa alguma!
No entanto, com um procedi-
mento incorrectissime, ia sempre
escudando-se atraz do sr. Martens
Ferrão, eobrindo-se com e il-
lustre estadista, como se alguém
tratasse de mais alguma cousa do
Sue deapurar as responsabilidades
o ministro des negocios estran-
geires em especial e do governo
©m geral!
Ainda ministro algum em Por-
tugal, tratando de justificar os
seus actos, procedeu de simi-
lhante forma!
Antes de dizer ao presidente da
camara que lhe reservasse a pa-
lavra para ámanbã, para continuar
as suas divagações, confessou se
reaccionário, como que em res-
posta ao nosso jornal. E' de certo
por esta qualidade que o sr. Nun
cio lhe foi cair nos braços ao fin-
dar a sessão de quinta feira! E de
ser reaccionário tirou argumente
para dizer que era o mais pro-
prio para negociar com Roma!!
De certo que sim, para tratados
leoninos, tanto mais com a com-
prehensão que s. ex * confessou
ter com respeito ás pretenções de
Portugal: é uma nação pequena,
não pode ter o capricho de fazer
vingar os seus direitos, deve con-
tentar-se com o que lhe derem,
com o que lhe reconhecerem, com
a esmolfa com que lhe atirarem!
Simplesmente vergonhoso!
Hoje deve fallar o sr. Julio de
Vilhena. Consta-nos que o sr.
marquez de Thomar tomará a pa-
lavra na camara dos dignos pares
para discutir a importantíssima
questão.
A voz de s. ex.", o notável es-
tadista do período de maior ener-
gia na politica portugueza, é aguar-
dada com grande anciedade. A ge-
ração moderna, que nunca o ou-
viu, espera anciosamente a ses-
são em que o digno par falle
cora aquella auctoridade que lhe
dão a sua intelligencia e larguís-
sima observação.
Noticias do parlamento
Camara dou pare»
Tomaram assento, prestando ju-
ramento, os srs. Adriano Machado,
José Tibério e visconde de Benal-
canfor.
—Foram eleitas as commissões
de instrucção, ultramar, adminis-
tração e obras publicas
Camara doa deputado»
Presteu juramento o sr. D. Jor-
ge de Mello.
—O sr. Avellar Machado pediu
explicações aos srs. ministros do
reino e estrangeiros sobre o facto
inaudito de um hespanhol, de no-
Almoeno, ter sido preso como re-
fractário, e retido na cadeia du-
rante 3 mezes, contra as expres-
sas disposições dos artigos 4.°, 6/
e 12.° e art. 3.° das convenções de
extradicção, reconhecendo-se de-
pois que ta! individuo não estava
incurso no delicto que lhe atri-
buíam.
Alabardeíros de Sagasta!
Com grande pasmo da camara
Pelo estrangeiro
TELEGRAMAS
Tremore* de terra
New-York, 5, L
O tremor de terra annunciado foi
os ministros disseram que tinham também sentido desde a California
idóas vagas ácerca do assumpto ao Mexico. Perto de Tuscon es-
e que tratariam de se habilitar a 25s. pr0"
dar a rpsnrKta! ximidades de Bentson, Arizona, re-
íi cp TqIvoím a* v,o.«n «! bentaram do solo entre-aberto enor- 0 sr. Teixeira de \ asconcel- mes columnas de agua; e côrca de
los apresentou um projecto de lei, Tomstone esgotou-se em 20 minu-
que justificou brilhantemente, com tos um lago de 40 ares. Os abalos
muitos conhecimentos, abolindo o sentiram-se egualmente em toda a
direito de exportação sobre o ga- extensão do caminho de ferro de
do bovino e permittindo o trans- Sonpra- 'Nao 1,a felizmente noticia de r 1 nenhum desastre. As informações
porte gratuito nos caminhos de
ferro de estado.
O sr. Barros Gomes respondeu
que tinha feito instancias perante
a Inglaterra, mas que não tinham
sido attendidas.
Era melhor ficar callado.
recebidas fixam a duração do terre-
moto entre 8 a 4 minutos.
5, n.
uma eru-
New- York.
Continuam os tremores de terra
em Arizona, Mexico, desde hontem
de manliã. Abriu-se uma cratera a
IBT Consigliere p.dro,„ i™ I» RSÍ """""""
e justificou um projecto elevando nçã0 vulcanica.
o direito sobre a exportação da
cortiça em bruto. Ministro marítimo
Pediu informações ácerca do ca- Penianan 5 /
M»ri„Ch,Vel SnCCÍd° D0 ArSeDal d6 0 ™P°r "Aiaccio», da Comp.nl.ia Marinna. Transatlantica. que faz o serviço
O sr. Henrique de Macede res- postal entre Cette e Argel, abalroou
pondeu que aquelle caso tinha ás 2 horas da madrugada fie hoje,
mostrado disciplina, a que pôde na altura de Barcelona, com o va-
limpar as mãos! Empallideceu e por «Asie», da Companhia Fraissi-
tartamudeou quando o sr. Ferrei- "f íe saído de Barcelo-
rk dp Almaida lhanntnn «m ónar na- 0 «Asie» sossobrou immediata-
ti l l i ® em-aPf• mente. 0 «Ajaccio» recolheu a tri- te, que era para admirar nao te- pulação e parte dos passageiros, e
rem sido presos os marinheiros Ievou-os para Port Vendres. Ainda
que iam em reconhecido estado se não sabe o numero dos passagei-
de embriaguez. E mais empallide- r<>s que desappareceram.
ceu ainda quando o mesmo illus- ... .
tre deputado pediu a palavra so- AUemae» e francezeN
bre o incidente, para responder Paris, 5, t.
de certo ás inconvenientes alie- Hontem na recepção diplomática
gações do ministro feitas em atti- do ministro dos negocios estrangei-
tuae de brigão. ros> 0 conde de Munster, embaixa-
Não perde pela demora, porque Allemanha, congratuiou-se
taePdaVcar^ ST -mo* tes da ordem do dia ao t>r. Fer- ção produzida pelo incidente de Pa- ro.ra Almn.,1, I ^ Q manifest()u a conviCÇáO de
que as relações entre os dois pai-
. I zes:hão-de continuar a ser das mais
LOUSaS 03 politica cortezes. 0 sr. Flourens respondeu i affirmando os sentimentos paciflces
Parece que o sr. José Luciano, J™0? iemD cessado de inspirar
quando leu no Diário Popular a S°vern0 da Republica
lisongeria ultra ridícula— deque
havia pulverisado o discurso do sr.
Lopo Vaz, exclamára contente e
satisfeito:
—Digam ao Mariano que fecho
os olhos a duas das suas tramóias.
Caramba! Eu pulvorisei...
Lá contimia, emoldurado na
porta que fica á esquerda da pre-
sidência, o sr. Augusto Ribeiro.
Só lhe falta dar meio passo pa-
ra estar no seio da representação
nacional.
Quando der o passo inteiro,
galga á chefatura.
O «Lolienftrin»
em Parlw
Paris, 5, l.
0 sr. Lamouroux, director do
«Eden-Thíâtre», Idirigiu uma carta
aos jornaes informando-os de que
desiste definit. vãmente .das repre-
sentações do «Lohengrin». O iornal
«La Revanche« foi processado por
haver provocado os ajuntamentos á
porta do theatro.
Paris, 3, n.
Entre as 8 e as 0 horas da noite,
o numero dos passeiantes na praça
da Opera e na rua Auber era muito
maior que de ordinário: a policia
não consentia que se formassem
grupos de gente parada. Pelas
noras alguns rapazes e garotos di-
• , n i rigiram-se para o lado do Eden-Thta Do JJistricto de Aveiro, fallando Ire cantando e gritando: mas a po-
da politica mesquinha que vae licia dispersou-os logo e prendeu
pela localidade: os mais turbulentos, fazendo tam bem retirar os curiosos, que prin-
itr<
IBUlBUomenor j incidente.
«Aveiro teve um filho illustre, que pipiavam a aiiluir. Nos outros pon-
nobilitou e engrandeceu: foi José1 tos da Cldade na0 houve A mon""
Estevam. Tem infelizmente outro
fllho distincto que a persegue: é o
sr. José Luciano.»
* *
Hentem appareceu no Diário
Popular uma local furiosa contra
a companhia do gaz. Quer isto
dizer que o sr. Mariano resolveu
alguma operação bem combinada
com a referida companhia.
Elie nunca descompõe em vão!
Paquete
S. Vicente, 4. I.
Segue para Lisboa o paquete Ne-
va, da Mala Real Ingleza, vindo do
Brazil.
A opinião da Imprensa
Italiana, nobre o ponto
do littoral africano do
mar Vermelho.
Roma, 6, tn.
A «Riforma» diz que é preciso
saber immediatamente. e primeiro
que tudo, se o ponto do littoral
A. _ . africano do mar Vermelho que a Ainda nao desappareceram os Hespanha comprou, está realmente
boatos de crise; pelo contrario to- fôrado territorio pertencente á Ita-
mam Yulto, dando-se como certa ,ia> se na0 P°de adciuirir importan-
a sahida dos srs. ministros da jus- c,a 4efe a Hespanha tracta
tira e da tnwra <u>ndn «nhctitni simplesmente de estabelecer alli um
s»; aaSBK espera'°que a^taHa°não tertíe^n-
e rran cisco Mana da Cunha. tervir no caso, mas o incidente de-
O sr. Beirão agarra-se aos co- monstra que a Italia deve quanto
digos, para ver se náo cae, mas a antes assentar qual é o seu pro-
maioria dá lhe, por todas as fór- na Africa. A «Tribuna» diz
mas, manifestações de desacra- !*ue no, muusteno dos negocios ex- ,j0
v \ trangelros suppõe se haver em tu- do isto um equivoco, porque não
existe nenhum ponto para occupar
Justíssima ronararnn no litoral africano do mar Verme llllct K|Mld( «10 |h0 A c(Il^,iao expressa.se n estes
Foram mandados despronunciar 11
('rm9s; «Não podemos queixar-nos
s3S?rasa SES
d n í? BeUo e E?^enJ° seu estabelecimento n'aquellas pa- Bello Netto, ex-admimstrador do ragens.»
concelho e presidente da camara o «Popolo Romano diz: «A noticia
municipal de Mação, arbitraria e da occupação hespanhola d'um pon-
abusivamente perseguidos e pro- ?,° da c?8ta do I!iar vermelho pro-
nunciados pelo decantado ex-juiz 2™* Jfc.a surPfreza por causa
d'aauella comarca cnm n falsn segredo de que foram rodeadas nrltov-tn An . as negociacoes; mas não cremos pretexto de prejuros em causa ci- qQe possa isto crear difficuldades
vel, isto nas proximidades das ce- a nós ou a outros Estados Europôos,
lebres eleições municipaes de 14 se, como temos rasão de suppôr, a
de novembro ultimo. occupação não entra pelos limites
Mil parabéns a tão dignos ca- daÇ nossas Iinhas de operação, não
valheiros pela justiça que mais até deixar d« tflcar satis-
uma vez lhe é feita pelos honra- s ?om (l,ie 0Uira potencia nos- ^ G lfmd >'0IUS sa amiga coopere comnosco para a
dos e conspícuos membros da ma- protecção do commercio no mar
gistratura. I Vermelho.
Deputado procennado
Berlim, 5, t.
Foi pedid* auctorisação ao parla-
mento federal do império para ser
processado o sr. Gracl, deputado de
Colmar.
Oriente
Constantinopla, 6, t.
Mo ó exacto que a Sublime Por-
ta consinta n um praso de mais de
três annos para a evacuação do
Egypto pelas tropas britannicas.
A Porta mantém o praso de 18
mezes.
Socego geral em Creta
Constantinopla, 6, t.
Informações de Creta conlirmam
que se vão apaziguando os âni-
mos. A fragata de guerra franceza «Vi-
ctorieuse» voltou já para o Pireo, e os couraçados inglezes preparam-
se par3 partir.
Accordo
Paris, 6, t.
0 «Temps» crê saber que os go-
vernos da Repuhlica franceza e da
Inglaterra estão prestes a chegar a
accordo sobre a abolição da pres-
tação forçada de trabalho no Egy-
pto.
Alliança entre a França
e outran potencias
Paris, 0', t.
0 jornal «Paris» insinua que está
celebrada uma alliança defensiva
entre a França e outras potencias,
e cr£ que d aqui em deante no caso
de guerra a l rança não estaria só-
sinha.
Nenhum outro jornal porém con-
firma esta noticia.
lloeão rejeitada
Londres, 6, m.
A camara dos communs rejeitou
por 297 votos contrra 218 a moção
ao sr. Lewis.
Mota dlplomatlea
Loanda, 6, m.
Afíirma um despacho de Roma
para o «Daily News» que o minis-
tro dos negocios estrangeiros de
Italia pediu já ao governo de Ma-
drid explicações a respeito da oc-
cupação hespanhola d'um ponto da costa do mar Vermelho.
DeMapp&redmento
de $ pe»Moa*
Port- Vendres, 6, t.
Desappareceram 7 passageiros e 1 logueiro do «Asie» na occasião do
abalroamento com o «Ajaccio». Foi
o nevoeiro o que deu causa ao si-
nistro.
inter pellaoão
no parlamento Italiano
Roma, 5, t.
0 sr. De Zerbi annunciou hoje na
camara dos deputados uma pergun-
ta ao governo acerca da occupação
d um ponto do littoral africano do
mar Vermelho pela Hespanha.
Abertura do Blkndag
Stockolmo, 5, t.
Foi hoje a abertura do Riksdag.
0 discurso da corôa annuncia a ap-
presentação do projecto de tratado
de commercio com a Hespanha.
(Havas).
D. Carlota Emilia Barreiros Ar-
robas, agradece a todos os seus
parentes e pessoas de suas rela-
ções, que tanto se interessaram
durante a grave doença que sof-
freu, e participa-lhes que segue
hoje para Queluz, Hotel Ladislau
onde offerece o seu limitado prés-
timo.
Fez ante-hontem exame d'ins-
trucção primaria no Lyceu de
Lisboa" ficando approvada a sym-
pathica menina, Maria do Carmo
Rodrigues, filha do cambista José
Martins Rodrigues, a illustre me-
nina que conta apenas nove annos
é muito intelligente.
Coquelin
Os srs. Eduardo Brazão, Lopes
de Mendonça, João e Augusto
Rosa e D. Luiz Maria Alvaro da
Costa offereceram hontem um al-
moço no hotel Universal ao dis-
tincto e eminente actor Coque-
lin.
O almoço começou ás 11 e meia,
assistindo a elle, além dos offe-
rentes, os srs. Marianno Pina e o
irmão e filho de Coquelin.
O menu foi finíssimo.
HUITRES
Omelette aux cceurs d'Arti-
chauts.
Filets de soles Tartare.
Poulet sauté á la chasseur.
Filet de bceuf piqué roti.
Petits pois au sucre.
Créme liquide á la vanille.
GENOISE
Dessert.
Bucellas, Collares vieux; Porto
et Champagne.
Liqueurs
Café
Fizeram-se vários brindes.
Coquelin partiu hontem no com-
boio da noite para Madrid, onde
vae dar quatro representações.
Na gare estiveram despedindo-
se do illustre actor muitos dos
seus admiradores. #
# # Gostosamente publicamos a car-
ta que mr. Coquelin dirigiu ao sr.
Marianno Pina despedindo-se da
imprensa e do publico de Lis-
boa.
Eis a carta:
Mon cher Pina.
Avant de quitter Lisbonne je
liens à vous dire que la campa-
gne que vous y avez entreprise
restera comme une des plus glo-
rieuses de ma carriére. Vos colle-
gues de la presse ont donné l'é-
lan, le public a suivi avec une
bien veillance inoubliable, et je
pars en exprimant á tons ma pro-
fonde reconnaissance.
Les artistes du théatre de Dona
Maria m'ont fait un accueil plus
que fraternel, et ce qu'ils ont
prouvé hier soir en m'olTrant une
adorable couronne est presqu'aus-
si honorable pour eux que pour
moi qui en ai été l'objet. Dite
leur á tous que je vois la un gaje
d'esperance pour ran prochain,
et j'ose esperer, pour la sympa-
thie témoignée, que je retrouve-
rai tout ce que j'ai trouvé pen-
dant ces dix representations.
Je suis venu, j'ai vu, je pars
ravi et e'est de tout mon cceur
que je vous prie de leur dire
pour moi: au revoir!
Croyez, mon cher Pina, à mes
meilleurs sentiments.
6-5-87.
Coquelin.
Noticias do Porto
nimloria da Revolução
Portugueza de 1820,
por José de Arriaga
O 1.° volume d'esta importante
publicação ficou completo com o
fascículo n.° 11, e com toda a re-
gularidade continuarão a ser pu-
blicados os fascículos para o 2.°
volume, tendo já sido distribuído
o n." lã.
Brevemente terá logar também
a distribuição do brinde offereci-
do pela empreza editora Lopes «5c
C.a, rua do Almada n.0' 121 e 123,
aos seus numerosos assignantes.
Em Lisboa é agente da referida
publicação o sr. Sergio da Silva
Magalhães, com estabelecimento
de ourivesaria e relojoaria na cal-
çada do Combro n.° 20.
Posto de soccorros médicos
ROCIO 26, 1.-
DIRECTORES
Mattos Chaves e Ferrer Farol
No posto ha sempre medicos
para qualquer serviço.
Consulta de Mattos Chaves das
12 ás 2.
Consulta de Ferrer Farol das 2
às 4 da tarde.
Agradou muito a comedia o
Coupé 111, pela companhia do
theatro do Gymnasio.
Valle nas Espertezas de Rato
foi muito victoriado.
—Falleceu no hospital da Mise-
ricórdia e capitão da barca Sant'
Anna Maria, Miguel Tarace, esfa-
queado pelo maritimo duplo Jor-
dano.
—É esperada uma companhia
hespanhola para o theatro do
Príncipe Real.
—Foi addiada para o dia 15 a
exposição de rosas no Palacio de
Chrystal.
—Pediu a exoneração do cargo
de ajudante do regimento de in-
fanteria 18 o sr. tenente Julio Ce-
sar Pimentel Perdigão.
—Foi esmagada por um wago-
nete, proximo á Figueira da Foz,
uma rapariga de 18 annos, filha
de Antonio dos Santos, do Casal
Novo.
—O Commercio do Porto, publi-
ca um erudito folhetim do Vis-
conde de Correia Botelho sobre o
livro do sr. Sanches de Baena—
Memorias de Tolentino.
—Concluiu-se, com o melhor
resultado, experiencia da ponte
metallica sobre o rio Leça. A car-
ga foi de 17 toneladas sobre cada
um dos vãos.
—No hospital dos alienadoo es-
tão em tratamento 151 homens e
145 mulheres.
—O guarda freio que conduzia
um comboyo descendente das
obras do porto de Leixões ficou
entalado entre o wagon e uma
trincheira. Morreu pouco depois.
A leira da Avenida
•Sr. redactor.
Ao ver o silencio que a impren-
sa tem guardado ácerca da deno-
minada feira das Amoreiras, este
anno construída nas terras do Ca-
zalinho da Torrinha, ao extremo
norte da Avenida da Liberdade,
não posso deixar de me dirigir a
v. afim de lhe pedir para que,
com a sua voz auctorisada, peça
ao governo, ou a quem competir,
que mande quanto antes levantar
aquelle agrupamento de trapos
nojentos e paus carunchosos, que
o bom senso reprova, a hygiene
condemna, e a moralidade "repel-
le.
As feiras, com exclusão das de
gado, em nada se recommendam,
principalmente as qqe são feitas
no coração d'uma cidade, como
Lisboa, que a camara municipal
tanto se esforça por embeUezar.
Os frequentadores d'esta especie
de divertimentos são, na sua maio-
ria mandriões e bêbados; d'ahi a
não segurança dos visitantes so-
cegados.
No domingo passado, 1.° dia de
feira, os habitues das feiras, rom-
peram á tapona. As pedras crusa-
vam-se no espaço indo uma d'el-
las ferir no rosto um official de
infanteria que por acaso passava
junto ao locai onde se feria o
comitate. Na segunda feira repe-
tiu se o mesmo espectáculo, e, se
mais pancadaria não temos a re-
gistar é porque Deus, na sua infi-
nita misericórdia fez arrefecer os
ânimos com continuas bategas
d agua; mas assim que o tempo
levante, as scenas de pugilato vol-
tarão, e oxalá nã© tenhamos que
apontar algum crime.
Um jornal da noite, referindo-se
a este assumpto, dizia que a feira
costumava ser frequentada, na sua
maioria, por pessoas que, quando
para la vão, não costumam dei-
xar a navalha em casa. E' certo;
o que, porém, me admirou foi ver
a tal folha progressista não tornar
a fallar em similhante coisa, pe-
dindo ao governo que mandasse
demolir tão vergonhoso agrupa-
mento de immundicies.
Os bancos espalhados por toda
a Avenida servem para as pes-
soas que retiram da feira limpar
a lama dos pés; o trigo é arran-
cado das quintas próximas, pisa-
do e inutilisado! Emfim, um van-
dalismo!
Se v., sr. redactor, entender
que deve dar publicidade a estas
mal traçadas linhas creia que terá
prestado um relevante serviço a
todos que, pela menos, gostem de
socego e receiem assistir, como
no anno passado, a outra campa-
nha da espiga.
Vale mais prevenir o mal do
que remedial-o.
Sou de v. etc
Um constante leitor.
As creanças pallidas e de pelle
fina apresentam frequentemente o
pescoço intumescido, tem más di-
gestões, e queixam-se muitas
vezes de suppwação do nariz e
dos ouvidos. Com rasão assus-
tam-se as mães, mas devem tran-
quilisar-se, por que o uso regular
do Xavope de Rábão Iodado de
Grimault e C.â, acompanhado dos
banhos frios no verão, combate
rapidamente essas desordens. Es-
te Xarope exclusivamente recei-
tado por todos os medicos france-
zes, sem ter o gosto nauseabundo
do oleo de fígado de bacalhau,
reúne o iodo e todos os princípios
essenciaes das plantas antiscor-
buticas, que não soffrem a mais
ligeira alteração, visto que é pre-
parado a frio.
Houve hontem um conflicto en-
tre dois cavalheiros conhecidos.
SSCgÃD CSASAIim
Cliarada
Adeus, compadre João,
Como vens assim taful, 2
Todo vestido d azul
Todo janota e pimpão. 2
Trarás acaso o espinho
Do lado do coraçao?
- Usa-se lá no sertão
Você não sabe Chiquinho.
Julia de Magalhães.
Decifração das charadas do nu-
mero antecedente:
Ventarola—Rebolo.
CANCIONEIRO POPULAR
MLXXIII
usente d'um bem que adoro
Não posso ter alegria;
A mais triste saudade
E' que me faz companhia.
DIÁRIO ILLL'STRADO
Abuso e escandalo
Na celebre questão do deposito
de enxofre nas visinhanças dos
prédios que ladeiam um dos mais
formosos quarteirões da Avenida
da Liberdade, questão cujo julga-
mento ficou addiado no tribunal
administrativo, tem-6e dado casos
novos que precisamos pôr em sa-
liente relevo para elucidação do
publico, que não do auctorisado
tribunal, que tem de julgar o
caso, porque esse não carece das
nossas modestas indicações.
A fim de que ficasse mais bem
accentuada a justiça da sua pre-
tençào os recorrentes requereram
que o tribunal mandasse proceder
a uma vistoria pelo conselho ge-
ral de saúde publica e ao mes-
mo tempo para que o dito tribu-
nal determinasse a suspensão dos
effeitos da licença passada pelo
administrador do 2.° bairro.
O presidente d'este tribunal de-
feriu este requerimento na parte
que dizia respeito a que fosse ou-
vido o conselho geral de saúde
publica e declarou-se incompe-
tente para resolver a 2." parte,
que se refere ã suspensão, isto
pelo facto de pertencer exclusiva-
mente ás attribuições do adminis-
trador do bairro que passou a li-
cença.
O processo foi portanto com
vista ao conselho geral de saúde
publica e é d'esta respeitabilissi-
ma corporação que está pendente
o informe que deve influir na de-
isão do tribunal administrativo,
orme que ha de ser guiado pe-
las sapientes competências medi-
cas que fazem parte d'essa corpo-
ração scientifica. O tribunal ad-
ministrativo com esta sua resolu-
ção, deferindo ao requerimento
de exm." sr.a condessa de Almedi-
na, procedeu muito correctamente
criando novos títulos aos foros de
independencia, porque sempre se
tem distinguido em todas as de-
cisões dimanadas da sua acção
julgadora.
Ainda não sabemos qual será a
resolução descendente do conse-
selho geral de hygiene, porem
quasi que podemos affirmar que
elle ha de ser em tudo conforme
com os interesses da saúde pu-
blica e portanto que será a conti-
nuação dos seus revelantissimos
serviços em prol doa Ito ministé-
rio de que superiormente está en-
carregado.
Os nossos costumes percisam
profunda reforma e é necessário
não nos consentir por mais tempo
no abandono a que durante um
larguissimo espaço d'annos se tem
conservado.
Todos sabem quant® as refor-
mas são difliceis e quanto tem si-
do demorado e seu inicio pois
agora temos occasião opportuna
para realisar uma importantíssima
e vem a ser acabar de vez com
uma enorme quantidade de depo-
tos de generos da natureza d'a-
a que nos temos referido,
que infestam a capital com gra-
víssimo risco para segurança in-
dividual e para a hygiene publica.
Porque é necessário que se saiba
o nosso trabalho n'esta cruzada a
que não daremos tréguas sem
obter uma sentença ao mesmo
tempo moral e equitativa não se
dirige simplesmente a evitar o es-
tabelecimento de um deposito, na-
da; nós queremos que todos elles
desappareçam dos sítios populo-
sos onde podem occasionar sinis-
tros terríveis como alguns que in-
felizmente temos presenciado.
Os depositos de petroleo agua-
raz e outros líquidos egualmente
inflamaveis e os depositos de en-
xofre e outros productos de com-
bustão espontanea podem perfei-
ente deixar de existir dentro
capital e ser para aqui condu-
zidos em pequenas quantidades,
á medida que o consumo interior
o reclame. Faça-se com estes ge-
neros o que se pratica com o vi-
nho e com os depositos de álcool,
iue estão todos estabelecidos fóra
cidade. Não é porque o vinho
seja o producto de maior con-
umo que entra na capital que
deixa de ter lá fóra os seus gran-
des armazéns apropriados e vem
para aaui em pequenas porções.
Pois póde-se affirmar que o vinho
é o producto que apresenta mais
largo consumo em Lisboa e ape-
zar d'isso o systema de armazena-
gem usado não apresenta incon-
veniente que se torne sensível.
Poderíamos apresentar outros
exemplos mas este é sufficiente
para demonstrar que nenhuma in-
conveniência resulta da mudança
dos depositos de productos cuja
conservação dentro da capital of-
fereça perigo para os seus habi-
tantes, principalmente os deposi-
tos de enxofre, sendo fóra da ci-
dade, dão mais resultado para o
negociante e para o consumidor.
Como os nossos leitores sabem
fiq
o enxofre ó quasi na sua totalida-
de consumido fóra de Lisboa, por
isso quanto mais proximo dos lo-
caes do consumo estiver esse pro-
ducto mais fácil se torna aos la-
vradores a sua acquisição..
Quando mesmo porém não se
importasse o publico, que seja
mais fácil a acquisição do enxofre,
o grande facto ó que o deposito
déssa materia explosiva no seio
da Avenida põe em perigo a vida
dos habitantes, ali moradores, e
por tanto deve ser d'ali removido.
O contra reclamante requereu
o exame do sr. inspector ge-
ral dos incêndios e do delegado
de saúde respectivo. Ora um e ou-
tro foram de opinião que realisan-
do-se certos melhoramentos, o ar-
mazém achar-se-ia em boas con
dições hygienicas
Mas que garantia tem o publico
de que essas condições hygienicas
se achem completamente garanti-
das?
Por exemplo, diz o inspector dos
incêndios que o armazém pôde
funccionar comtanto que tenha
interiormente portas de ferro, que
dividam as diversas secções de
generos armazenados; que seja
retirada a canalisação de gaz e
que só seja permittida a visita no
armazém a indivíduos, munidos
de lanternas de furta-fogo conve-
nientemente preparadas para evi-
tar a communicação do fogo e do
incêndio.
Francamente devemos declarar
ue achamos esta imposição inef-
caz.
A questão é esta: para que os
visinhos do deposito de enxofre
se considerem garantidos contra o
perigo de incêndio é necessário
que o proprietário se compromet-
ia a fazer a visita dos seus arma-
zéns com uma lanterna de segu-
rança. Ora não ha cousa mais fú-
til que este compromisso. Imagi-
nemos que o proprietário do de-
posito delega esta obrigação nos
seus empregados. Nem elfe nem
a auctoridade pode assegurar que
aquella visita será feita nas exigi-
das condições.
A lei de 23 de outubro de i860
diz que os armazéns de materiaes,
susceptíveis combustão inclusivé
o enxofre, são sugeitosjá vigilância
ou auctoridade- mas o que é certo
é que a auctoridade não pode es-
tar ao lado de todos o* emprega-
dos que tem de ir ao armazém.
Logo esta condição Ô completa-
mente exdruxula e ociosa por ine-
xequível.
Consta-nos que o inspector ge-
ral dos incêndios, tendo passado
vistorias ao edifício requisitou:
1.° Que o edifício fosse comple-
tamente dividido por portas de
ferro nas suas diversas secções;
2.° Que se retirasse toda a ca-
òalisacão do gaz;
3.° Que os empregados do de-
Sosito se servissem unicamente
e lanternas, nas condições que
deixamos mencionados.
Ora a primeira e a segunda
d'estas exigencias pode ser verifi-
cado, mas a terceira é completa-
mente inútil.
Pode alguém assegurar que os
empregados do sr. José Joaquim
Ferreira observarão sem a me-
nor discrepância este preceito?
Por certo que não. Os moradores
da Avenida não podem ser força-
dos a sustentar uma policia ex-
traordinaria, no sentido de verifi-
car-se o preceito legal é ou não
cumprido. Quer dizer os visinhos
do deposito ficam da mesma forma
expostos ao perigo de incêndio,
por isso que não ha meio rasoa-
vel de impôr ao proprietário do
armazém a única condição, que
poderia garantil-os.
Ora e obvio que a auctoridade
não pode consentir os estabeleci-
mentos sugeitos a estes perigos,
e sejam quaes forem os remedios
indicados, desde que a auctori-
dade os não pode vigiar; não ga-
rantem a segurança dos visinhos
que elles teem direito a exigir.
Com respeito à canalisaçao do
gaz, perguntamos ao administra-
dor do bairro se por acaso já está
provado perante elle que foi com-
pletamente retirado, e ainda mais
se fica responsável por que não
será novamente utilisada?
E' fóra de duvida que a exis-
tência do gaz n'um estabelecimen-
to d'este genero é um perigo per-
mamente.
Ha annos que se deu um for-
midável sinistro na rua do Corpe
Sahto, o qual teve em resultado
fazer diversas victimas. Este in-
cêndio foi consequente d'uma ru-
tura na canalisação do gaz. Ora
imagine-se que se repete o facto.
Pode o sr. José Joaquim Ferreira
evitar que elle tenha tão graves
consequências como teve o sinis-
tro a que nos referimos? Não po-
de.
Desde o momento que existe
n'um deposito de matérias incen-
diarias e explosivas, o gaz que ó
por si mesmo um perigo perma-
mente para a propriedade, nin-
guém pode assegurar queeste
material não produzirá um incên-
dio.
Não é necessário ter bulias
nem é preciso ser doutorado para
reconhecer., este iminente perigo;
foi por isso que o inspector gerai
dos incêndios passando revista
aos armazéns mandou retirar to-
da a canalisação.
Temos agora a segunda con-
dição imposta por aquelle func-
cionario: que os diversos corpos
do armazém sejam divididos por
portas de ferro.
A utilidade d'esta medida per-
ventiva é absolutamente precepti-
vel. Dado o incêndio n'um artigo,
n'um genero, de drogas, as portas
de ferro isolaríamos os restantes;
mas ainda ninguém sabe que taes
divisões existem, o que quer di-
zer, que o dr. José Joaquim Tei-
xeira pode collocal as ou deixar
de as collocar, como lhe approu-
ver.
Nem os visinhos, nem a aucto-
ridade se pode n'estes termos dar
por satisfeita.
Sabemos que o sr. José Joa-
quim Ferreira assegura que essas
divisões metalicas podem spr as-
sentes no logar que lhe está desi-
gnado; mas o grande caso é que
por emquanto essas portas de fer-
ro ainda não foram assentes, e
portanto nós podemos julgar que
nunca o serão.
Posto isto é em primeiro Ioga
fóra de toda a duvida que a au-
ctoridade administrativa não pode
dar licença para o estabelecimen-
to nem mesmo quando se prove
que todas as condicções exigidas
foram cumpridas. Ora ainda se
não cumpriram, logo a auctorida-
de não pode nem deve conceder a
licença requerida Isto ó perfeita-
mente tanigivel.
Já dissemos com respeito á ter-
ceira condicção, que o sr. inspe-
ctor dos incêndios exije o que se
nos olíerecia.
As indicações do sr. inspec-
tor dos incêndios são contrapro-
ducentes no sentido em que o
proprietário do armazém as pro-
duziu.
Não ha perigo—diz elie—dadas
certas e determinadas condicções;
logo, faltando ellas, o perigo exis-
te e é de ordem superior.
O proprietário do deposito pro-
duzindo o parecer do sr. inspector
dos incêndios suppoz que melho-
rava a sua cansa: erro completo:
erro crasso: porque a allegação
dos proprietários prova a nenhu-
ma razão que lhe assiste.
O facto é este. E* perigoso para
a visinhança um deposito de en-
xofre?
Não ha duvida que é.
11a meios de annullar o perigo?
Ha até certo ponto, se forem
executadas as indicações dos pe-
ritos competentes.
Existe a prova de que foram
aproveitadas essas indicações?
Não existe, nem officialmente
nem extra official mente. E quando
existissem o perigo permanecia.
Logo o perigo fica de pé com
manifesto prejuízo dos proprietá-
rios e das companhias de segu-
ros.
Admira realmente que a aucto-
ridade não tenha tomado em con-
sideração esta circumstancia.
Se houver incêndio no deposito
de enxofre, os magníficos prédios
da Avenida, que fazem o orgulho
dos seus possuidores, e consti-
tuem uma das mais gentis partes
da cidade; esses prédios devora-
dos pelas chammas representarão
para a capital um dos seus maio-
res prejuízos e para as compa-
nhias de seguros os mais onerosos
encargos, porque terão de recons-
truir propriedades no valor de
muitas centenas de contos de
róis.
Mas a par d'isto temos as vidas,
que se não garantem.
As companhias de seguros res-
pondem pela propriedade, mas
não podem tomar responsabilida-
des pelas existencias. O prédio
reconstruo se, mas não se resti-
tuo a vida ás victimas de taes si-
nistros.
Além d'isso torna-se sobrema-
neira exdraxulo e obnoxio o aíTan
com que se tem pretendido impu-
gnar uma reclamação justíssima,
por isso que uma das recorrentes
é senhora de tantas virtudes, que
bem merece a publica considera-
ção.
A illustre viuva do acreditado
negociante Antonio José Marques
Leal é uma dama de tantas ma-
neiras caritativa e virtuosa que
bem merece a attenção dos pode-
res públicos.
Esta senhora, grande proprie-
tária na Avenida, e consequente-
mente uma das partes interessa-
das no recurso, reparte entre os
habitantes da capital tão grande
numero de benefícios, esta sem-
pre tão prompta a acudir aos des-
validos, que merece por esta cir
cumstancia especial ser attendida,
em primeiro logar, por isso que a
virtude, a caridade e a beneme-
rencia sobrelevam-se a todas as
outras circumstancias recommen-
daveis; em segundo, porque é
insuspeita de parcialidade.
E' claro que quem consagra a
existencia a beneficiar os infortú-
nios que se lhe deparam, nãe mo-
ve guerra acintosa a quem quer
que seja.
O que esta senhora e os demais
recorrentes reclamam é que se
lhes faça justiça; é que se não
exponham os habitantes—e nume-
rosos que esses são—dos seus
prédios aos perigos d'um incên-
dio que pôde ser duplamente ne-
fasto, quer pelo desenvolvimento
d'esse elemento destruidor, quer
pela evolação dos gazes que a
queima do enxofre produz, gazes
que combinados com o elemento
liquido produzem o mais destrui-
dor dos ácidos—o vitríolo ou aci-
do sulphurico.
Ha poucos dias deu se'em Lis-
boa uma occorrencia q ue prova
quanto este ingrediente é devas-
tador e nocivo. Certo individuo de
má nota e peior porte incumbio
um vadio qualquer de deteriorar
o semblante de um cavalheiro que
detestava. O instrumento do cri-
me foi um frasco de acido sulphu-
rico, e se a tentativa não foi co-
roada de bom êxito, resultou isso
da imperícia do executor que
ãueimou o fato da victima em vez
e lhe queimar o rosto.
Tudo isto nos deve servir de
exemplo.
Dado o caso de incêndio em en-
xofre, a agua que absorver os va-
pores evolados pode, conforme a
quantidade de gazes de que esti-
ver saturada, tornar-se acido sul-
phurico, com maior ou menor for-
ça e portanto em vez de ser um
instrumento de combate, irá inci-
tar o desenvolvimento de incên-
dio.
Mas, diz o sr. Ferreira e para
evitar esse perigo existem as por-
tas de ferro, que dividirão os di-
versos depositos. Ora é necessá-
rio ser demasiadamente ingénuo
para admittir esta allegação.
Ha alguém tão summamente igno-
rante que supponha valida a ga-
rantia de uma divisão de folha de
ferro.
O excessivo calor, que resulta-
ria do incêndio, em qualquer ou-
tro compartimento, bastaria para
incendiar o enxofre, e este incên-
dio produziria a explosão pela di-
latação dos gazes, o que é supe-
rior em força a todas as divisões
metalicas imaginaveis.
Portanto é esta a principal con-
dição que milita contra a licença
requerida.
Mas além d estas existem ou-
tras muitas, que se impõem fatal-
mente aos julgadores e que exi-
gem a revogação da licença.
somes osmL
POR
ALBERTO PIMENTEL
A' venda nas livrarias Tavares
Cardoso, Pereira, Ferin Ferreira
Lisboa.
Preço OOO réis
Joaquim Augusto da Cosia
Fornecedor excloMivo do
Mininterio cio* Nego-
cio» Estrangeiro*. So-
ciedade de «eograpliia
etc.
Com dflicina ua rua de S.
Julião, 110, 4j, onde (em
um completo sortimento no
seu genero e deve ser dirigi-
da toda a correspondência.
Caridade
Anna d'Assumpção é umas das
pobresinhas para quem mais de
uma vez temos implorado a cari-
dade dos nossos leitores. Vive na
maior miséria, não tendo muitos
dias os meios indispensáveis para
se sustentar e a uma filha.
HISTORIA DA PROSTITUIÇÃO
Continua a publlcar-
«e com a maxima regu-
laridade. Emttt publica-
da a caderneta «O.
Rendimento d'alfandega
de Lisboa
Rendimento até 5 163:835*639
Geral 23:880/572
Em 0 {Cereaes...
Tabaco.... 6:442*760
Total 194:158*971
Alfandega do consumo
Rendimento até l
Em 6
• • 5 27:693*947
2:939*024
Total 30:633*371
Alfandega do Forio
Rendimento até 4.. 52:211*365
Em 5 16:081*780
Total 68:293*145
SapectAcuiON
8 h. — Theatro da Trindade—
O idlimo figurino—lious noites sr.
D. Simão—O sr. Procopio Baeta fica
em casa na noite d...
8 h.—Theatro do Gymnasiú—
12.® recita dassignatura pela Com-
panhia de zarzuella e baile.
Touros de Punta—Bazar de Nomas
—Novo Baile.
Os srs. assignantes que deseja-
rem os seus logares teem que de-
clarar no camaroteiro até à 1 ho-
ras da tarde.
8 h.— Theatro do Príncipe Real—
A Madaglcna.
Beneficio.
8 74 h. —Theatro dos Recreios—
NUouche.
Us srs. accionistas e portadores
de obrigações da empreza dos Re-
creios, teem entrada pagando me-
tade dos preços.
8 1/4 h.— Theatro Chalbt da Roa
dos Condes.—Manuel Mendes En-
xúndia—GasamerUo Simulado—Dia-
plianorama. 8 1i2 h.—COLY8EO dos Recreios.—
Grande Festa Artística em Bene-
íicio de D. Enrique Dias, Director
da companhia—Espectáculo dedica-
do ao Turf-Club.
Pela 1.' vez—Fidalgo Cavallo
amestrado em liberdade por Enri-
que Dias.
Pela 1.» vez—A Escada Japoneza.
Pela l.a vez—Vol-an-vent, cavallo
saltador.
Pela 1.» vez—O Grande Salto da
batalha.
O Grão Moaol de Cantão—Os cele- bres excentricos Donatos—Mr. Di-
reck e a troupe de papagaios e pe-
riquitos sábios e todos os artistas da
companhia.
Praça do Campo de Sant Anna—
Domingo 8 de maio de 1887, ás 4
horas e meia da tarde. Grande e
explendida corrida de 13 touros per-
tencentes ao abastado lavrador o
ex.»g sr. Carlos Marques e em que
tomam parte o insigne e festejado
espada José Campos (el Polio) e os
seus applaudidos bandarilheiros Pedro Campos e Manuel Antolin.
Cavaileiros: Manuel Mourisca e
José Bento de Araujo. Bandariliiei
ros: Roberto da Fonseca, José Pei-
xinho, ^alabaça, Saocho, João Ro-
berto, Raphael Peixinho, José da
Costa, e o applaudido toureiro hes-
panliol Filippe Aragon (El Minuto).
Preços do costume:—Os bilhetes
estão desde já á venda na colchoa-
ria Clímaco, rua da Bistega, a.® 67.
Jardim ZooLOGico-r-Exposição per-
manente d'animaes. — vendas ga-
rantidas d'&nim&es, ovos. plantas, €
sementes, etc., etc. — Recebem-se
animaes para deposito.— Musica aos
domingos e dias sanctiflcados—
Entrada geral 100 réis
íyp. do "Diário Mostrado"
T. da Queimada.
'Ayers Cherry Fedora!)
i
PAAA ACCRA DC CtfSTVatfa.
Tosse, Asthma,Bronchite.
Coqueluche ou Tosse Convulsa
Tisica Pulmonar.
ATENDE-SE nas principaes phar- v macias e drogarias.
Agentes geraes: James Casse à
C.», rua do Mousinho da Silveira,
127 t.o. Porto. 21
CESAR A. PAIVA
Cirnrgião dentista
de suas raagestades e altezas
pOLLOCAM-SK dentes desde um
^ até a dentadura completa. Tra-
tamento especial em moléstias da
bocca.
Bua do Arsenal IOO
Attenção
[ TMA senhora dá lições em toda ^ a qualidade de bordados e tlo-
rert em coilegio ou casa particular
a mesma se encarrega de bordado
a ouro, emblemas ou outro genero,
desenha-se em cima de qualquer
peça, para bordar, que convém
muito aos coliegios, pelo preço ser
commodo. Calcada de Sant'Anna,
158, 3.® * 10
pEDRO Celestino da Costa e D. x Eliza Augusta do Carmo Lopes,
participam ás pessoas das suas re-
lações o fallecimento de sua extre-
mecida esposa e prima, D. Maria
iza Amelia Pires Costa e que o
seu funeral se realisa hoje, 7. no
cemiterio dos Prazezes, sahindo o
préstito fúnebre da sua casa, Ram-
a das Necessidades n.® 63, pelas 3
oras da tarde. 18 E
Companhia Real
dos Caminhos
de ferro portu-
guezes.
Aviso ao publico
Serviço provisorio para transpor-
te de mercadorias na linha de Lis-
boa a Torres Vedras. Desde 9 do
corrente é aberta provisoriamente
para serviço de mercadorias em pe-
quena velocidade, a linha de Lis-
boa a Torres Vedras, comprehenden-
do as estações de: Alcantara, Bemfica, Porcalhota,
Queluz-Bellas, Cacem, Cintra, Sabu-
go, Malveira, Pero-Negro, Dois Por-
tos, Runa, Torres Vedras, em con-
formidade com os preços e condi-
ções das respectivas tarifas publi-
cadas e afflxadas nas Estações.
Lisboa, 1 de Maio de 1887.
0 Director da companhia
Pedro Ignacio Lopes. 17
Companhia real
dos caminhos
de ferro portu-
guezes
Aviso ao publico
Feira e touradas em Badajoz, nos
dias lie 12 de Maio de 1187, bi-
lhetes de ida e volta, por preços
reduzidos.
Em consequência da feira e tou-
radas em Badajoz, nos dias supra
indicados, os bilhetes de ida e vol-
ta com 20 por cento de reducção,
vendidos pelas estações de EntreD-
camento a Santa EnfaUa. para Elvas
nos dias 10 a 12 de iTaio serão va-
lidos para a voita nos dias 12 a 14
inclusivé.
Lisboa, 5 de maio de 1887.
O Director da Companhia.
Pet Ir o Ignacio Lopes. 16
Marie Tudor
IE ne veux pas que tu fasses ce 0 que tu me dis, dans la lettre.
C est imppossible, c est une cala-
mité pour tous. Je t aime toujours,
ie suis le méme, je técris ume feuil-
le chaque jour et je te conseille la
force, le courace, dont je me suis
possedé. Le futur sera notre sou-
tien et j'espére que nous serons,
un jour, encore heureux; mais il
fout savoir attendre. Je t adore. The
last rase of summer. Le 2 Mai. Bi-
chaninho. 15
Companhia de Credito
Edificadora Portugueza
Sociedade anonyma
de responsabilidade limitada
l^AO se havendo reunido hoje, por falta de numero legal de accio-
nistas, aassembléa geral d'esta companhia, por ordem do ex.010 sr.
presidente da meza da mesma assembléa, é convocada uma nova reu-
nião extraordinaria no dia 16 do corrente, pelas 8 horas da noite, no
escriptorio da Companhia, travessa de Santa Justa, 61, 2 #, atlm de ser
apresentado e discutido o relatorio da commissão encarregada de dar parecer sobre a opportunidade da reforma dos estatutos. São validos to-
das as resoluções tomadas, qualquer que entáo seja o numero de accio-
nistas presentes.
Lisboa, 2 de maio de 1887.
O 1.® secretario
Paulo d'Azevedo Chaves. 14
DIA BIO ILLUSTRADO
AGUAS MINERAES ALCALINO-GAZOZAS-LITHINAES
DE
VIDAGO
TESTAS aguas, cuja reputação é já immensamcnte conhecida, obtiveram nas exposições universaes de Vienna d Austria.J^e Philadelphia
1876 diploma- de mérito, na de Paris 1878 MEDALHA DE OURO, na do Rio de Janeiro 1879 diploma de medalha de OURO, e |na Bordeaux
1885 diploma de HONRA, e na de Madridl com a medalha de PRATA. Analysadas
ch mica organica da escola polytechnica de Lisboa, etc., etc., empregam-se
cas hepsthicas, cálculos biliares e urinários, catliarros da bexiga, rins, gotta
to°* A empreza garante a pureza e legitimidade das suas açuas vendidas dos seus depositos_ procedentes das seguintes n^ejites:
VIDAGO—Ja áltamente reconhecida pelos seus maravilhosos effeitos e a sua composição é muito similhante as de \ ichy, nascente dos Celes-
tÍnS' COCRO—Muito similhante á d^Hauterive, embora um pouco mais nobre em bicarbonato de soda e acido carbonico livre, é comtudo preferí-
vel áquella porque, tendo uma composiçãô muito similhante á de Vicny, «Hauterive» dilTere comtudo d ella por conter mais Protoxido de ferro e
bicarbonato de mhina que a de Hauterive não contém. Tomada interna e externamente, tem-se obtido bom resultado nas anemias, nas moléstias
de pelle, engorgitamentos de ílgado e baço e com especialidade no rheumatismo articular e gottoso em que tem havido casos de curas maravi-
Aiosas
expenencia
CMChsSRSlr»íi™íâS KSSSAifSfSSÍMÍSiÃ-» falta de qualquer "eta, sobrelud. ,»ndo aej, —rio «. t„. tamento^das p^es^oas em tinta tem na rolha a marca E. A. DE VIDAGO, e na capsula á roda da coròa portugueza, DEPOSITO
DAS AGUAS fife VIDAGO—EMPREZA AUCTORISAUA PELO GOVERNO.
CorrSpondencia'' ao °gerente "da emprezaSem ™id^o, Miguel Augusto de Carvalho, e em Lisboa a Erancisco Justino Marques Nogueira, rua
J« SiF,a,ci,co, 3», 2DEPÓSITOS
Lisboa-Azevedo Irmão & Veiga, rua Larga de S. Roaue, 32—Porto-Mignei Augusto Moreira Vaz, praça de Carlos .Alberto.—Braga-Vei^-
Pharmacia do hospital—Coimbra—Manuel da Costa Baptista Nazareth—Pharmacia Calçada, Rio de Janeiro—Carvalho Junior de barros, rua Saúde,
E na* prnclpae* terraw do reino e império do llraul!
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oa ooaHdpra o woo svavnno aj.KHFivaidva oxs
arspfov '89oôndfisuo^ 'etBotfftp sant^õffj
ep ssioq ey
Para Londres
O vapor
W.
siátd
8v'Hll±svd BQ 013q0^
CADIZ
Espera-se sabbado 7 do corrente.
Para carga e passagens trata-se
no Caes do Sodré, 64, 1.° Os agentes
E. Pinto Basto V C.» 9
Para Hamburgo,
Bremen e Bra-
ke.
O vapor
Semanario, litteraria e artística
40 RS. CADA NUMERO
Cada semana 12 paginas, com 4 gravuras e um brinde gratis
Á empreck tem cumprido religiosamente o «eu contracto com o» aenlio-
re« anMignante*. o * doiw volume» Já publlcadow «ião a prova do que afllrma.
A maxima regularidade e a maxima barateza. Junta Á excellencia do ori-
ginal e das gravura*» que melhoram constantemente tem sido a norma da
empreza. que viu coroados os seus esforços pela notável acceltaç&o que
recebeu do publico quer em Portugal quer no Brazil.
Entrando o terceiro anno d'essa publicação* asseguramos novamente aos
«eus assignantes. que continuará a empregar todos os esforços para aper-
feiçoar este semanario. introduziu-lbe todos os melhoramentos compatí-
veis com uma IllUMtraçao d'este genero e d'este preço.
BRAKE
Espera-se de 7 a 8 do corrente.
Para carga trata-se no Caes do
Sodré, 64, l. Os agentes
E. Pinto Bosio 61 g.» 8
Para Bordeos
O vapor
/XAROPE de QUItM e ferro
de GRIMAULT & C,#> preparado por CHAPOTEAUT, Pharmaceutics
Admittido na nova pharmacopóa official de França. Approvado pela Junta central de Hygiene do Brazil.
Fazem 25 annos que o Ferro, elemento principal do sangue, a
Quina Real, tonico superior do systema nervoso e o Phosphato
reconstituinte dos ossos, foram combinados intimamente pelo Snr
Grimault em un xarope de côr límpida e sabor agradavel.
Suas qualidades tónicas e reparadoras dão exceílentes resultados na anemia, chlorose, leucorrhea, irregularidades de
menstruação, caimbras de estomago consecutivas á essas enfermidades, lymphatismo e todas as moléstias provenientes de
empobrecimento do sangue. Excitando o appetite, estimu-
lando o organismo e reconstituindo osossose o sangue,o XAROPE
de QUINA e FERRO de GRIMAULT & O, desenvolve abatidas.
mãos e
. con-
valescenças difficeis e sustenta as pessôas idosas.
0 VINHO de QUINA e FERRO de GRIMAULT AG'S
que possue as mesmas propriedades do XAROPE, ô preparado
com un vinho de Malaga, rico e generoso e é preferível para as
pessoas que nào toleram xaropes.
PARIS, 8, Rae Vifíenne,
MEMORIAS DE II SAPATINHO
Pelo auctor das scenasde Lisboa
Editor D THOMAZ DE MELLO)
268, RUA DO OURO, 270
Quarteirão contíguo ao Rocio
LU VARIA
D. ROCHA & C.A
GRANDS sortimento de luvas de pellica de primeira qualidade
que é exclusiva fabricação d este estabelecimento. 3
Para o Rio de Janeiro
Directamente
0 paquete
/-
AR AU GANIA
Que se espera a 11 do corrente,
ainda tem algum logar para carga.
Os agentes
E. Pinto Bastos & C.a
Está publicado o numero 42
CONDIÇÕES DA 1SSSIGNATURA
Era Ia/Ia a "Dnv+nrrol Anno. tíOSO rs.-Semefltre, 1*040 m 111 tUtlU U 1 UI tUgCli* menlre. MO m.—Pa «o no acto da entrega
40 réft» cada numero.
Em Ia/Ia a "Dvnr*il Anno. IO«OOOréi* fraco».—Semewtre. SâOOO r». m l/UUU U Dlctáli. fracoN.—Avulso. ZOO réft* fraco».
Aftftiffna-ne no Brazils—BIO DE JANEIRO, eacriptorfto do COBBEIO DA EURO-
PA. rua 9 de fielembre. 94. «obrado
Toda a correspondência deve ter dirigida a Bodrigro de Mello Carneiro
Zagallo.
ESORIPTORIO, T. IDA. GtXTElJns/LAJDA. 35
DEESIDE
Espera-se sabbado, 7 do corren-
te. Para carga trata-se no Caes do
Sodré, 64, 1.°. Os agentes
E. Pinto Daslo « C* 7
COMPAGNIE
DES
MESSAGE RI ES IMARITIHES
PAQUEBOTS POSTE FRAtfÇAIS
Linha quinzenal
The pacific steam navigation
company
Para o Rio de Janeiro, Montevideu,
Buenas-Ayres, Valparaiso, Arica, Islay e Callau
HISTORIA DE FRANÇA
Estão publicadas as folhas 38 e 39 do 6.° volnme
Para Dakar, Rio de
Janeiro, Montevi-
deu e Buenos-Ay-
res.
Sairá depois de pouca demora
n'este porto o paquete francez Equa-
teur, commandante Moreau, que
se espera do Bordeaux em 8 do
corrente.
Para mais informações trata-se
no escriptorio da agencia, travessa
do Sequeiro daí Cbagas, n.° 1. Os agentes
Torlaclcs ff C.K 6
SAIU\© OS PAQUETES
ARAUCAN1A, 11 de maio. I SORATA. 8 de junho.
•ACONCAODA, 25 de maio. I «BRITAN1A, 22 de junho.
••Os paquetes cAGONGAQUAí e «BRlTANIA» íaráo esetia por Perntmba-
ot e Bahia para onde só recebem malas e passageiros.
Fas-se abatimento is famiUas que ria]aram para os portando Brasil •
Rio da Prata.
Ha passagem de J.» classs por estas maçniGcoí tesU] meios®
Tinho à hora da comida, cama, roupa, ott.
1 bordo ha criados, cosinhsiros portela * * 0 aa5i««.
Para Bordeos Plimouth e Liverpool
O P AQ13E.TE
BR J T ANNI A
Espera-se a 13 do corrente.
Para carga e passagens trata-se com os agentes
EM LISBOA
E. Pinto Basto & C*
i 64—Caes do Sodré—64
NO PORTO
Vasco Ferreira Pinto Basto
10—Largo de S. João Novo—40