professor: renato fumagalli miranda. mestrando: renato fumagalli miranda orientador: prof. dr....

42
Professor: Renato Fumagalli Miranda

Upload: internet

Post on 16-Apr-2015

115 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Professor: Renato Fumagalli Miranda

Page 2: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Mestrando: Renato Fumagalli Miranda

Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Page 3: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Roteiro da Atividade1. Fundamentos Teóricos

i. Teoria da Aprendizagem Significativa

ii. A Analogia no Ensino de Ciências

2. Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos

3. Atividade baseada em analogia

4. Considerações Finais

Page 4: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira
Page 5: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

A teoria concebida por David Paul Ausubel (2003) é construtivista cognitivista e descreve o processo de como o aprendiz adquire novos conceitos e de que forma ele os organiza na sua estrutura cognitiva. Descreve ainda os processos de aprendizagem tais como eles acontecem no cotidiano dos professores e alunos.

“Se tivéssemos que reduzir toda a psicologia educacional a um só princípio, diríamos o seguinte: o fator singular mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe. Descubra isso e ensine-o de acordo” (AUSUBEL, NOVAK, HANESIAN, 1980, p.137)

TEORIA DA APRENDIZAGEM TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVASIGNIFICATIVA

Page 6: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

A obtenção de novos conceitos a partir de um material potencialmente significativo requer que o material se relacione de forma não arbitrária e não literal com a estrutura cognitiva do aprendiz, e o aprendiz deve ter estruturas cognitivas especializadas (subsunçores), para estas relacionaram-se com o novo material.

Page 7: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Na aprendizagem significativa podem ocorrer alterações tanto nas informações quanto no “aspecto especificamente relevante da estrutura cognitiva, à qual estão ligadas as novas informações”. (AUSUBEL, 2003, p.3). As novas ideias interagem, geralmente, a um conceito ou a um conhecimento específico da estrutura cognitiva do aprendiz. A este conhecimento preexistente Ausubel chama de subsunçor. Tal interação não ocorre de forma unilateral. Durante o processo de ancoragem o aprendiz vai dar significado a esta nova informação. Logo, ocorre uma alteração no subsunçor, tornando-o mais inclusivo e organizado.

Page 8: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Como facilitador para esta ancoragem Ausubel (2003) sugere a utilização de organizadores prévios. Estes são estruturas que ajudam a conectar aquilo que os alunos já sabem com as novas ideias que ele necessita aprender. Para Ausubel eles “consistem no material introdutório a um nível mais elevado de abstração, generalidade e inclusão do que a própria tarefa de aprendizagem.” (op. cit., p. 65). A sua função é fornecer ancoragem para a inclusão e fixação de materiais mais específicos e diferenciados que resultam do processo de aprendizagem, e também têm a finalidade de ressaltar a diferenciação entre processo e os conceitos preexistentes na estrutura cognitiva.

Page 9: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Na falta de subsunçores mais inclusivos sugere-se empregar os organizadores prévios. Para que eles possam incluir novos conceitos ancorados ou modificá-los, devem possuir um grau maior de abstração, generalidade e inclusão do que os materiais a serem apreendidos.

Page 10: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira
Page 11: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

O material deve ser organizado de forma lógica e

ter facilidade em relacionar-se com as estruturas

cognitivas do aprendiz de modo não literal e não

arbitrário. (Potencialmente significativos)

O aprendiz deve demonstrar interesse em

“relacionar de maneira substantiva e não-

arbitrária o novo material, potencialmente

significativo, à sua estrutura

cognitiva.”(MOREIRA, 1999, p.156)

Page 12: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira
Page 13: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

As analogias devem ser utilizadas em sala de aula

para auxiliar a exemplificar, mais concretamente,

um conceito ou fenômeno. Esta ferramenta

pedagógica será mais eficaz se englobar elementos

conhecidos dos alunos e se seus atributos forem

precisamente identificados. As analogias têm a

capacidade de trazer ao aluno imagens mentais

familiares que auxiliam na transferência de

conceitos desconhecidos por parte dele.

Page 14: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Critérios para a escolha das analogias:

Deve conter elementos do cotidiano do aluno;

Ela deve ser palpável e representada por uma imagem ou algo concreto;

Não colocar todas as características da situação alvo.

O análogo e o alvo devem ser nem muito semelhantes nem muito diferentes;

Evitar usar analogias que possam gerar concepções alternativas.

Page 15: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Modelo TWA (Teaching-with-Analogies)

Introduzir o conceito-alvo a ser estudado.

Apresentação da situação análoga.

Identificar as características relevantes do

análogo.

Mapear as semelhanças entre o analógico e alvo.

Identificar as situações não se pode mapear.

Fazer considerações sobre o que o conceito

destino trata.

Page 16: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira
Page 17: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

LEVANTAMENTO DOS CONHECIMENTOS LEVANTAMENTO DOS CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOSPRÉVIOS DOS ALUNOS

Page 18: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Logo no início das aulas os alunos devem responder a um

questionário para que o professor titular da disciplina possam

identificar os conhecimentos prévios da turma. O referido

questionário, cujas respostas servem para delinear as atividades

subsequentes, pode conter as seguintes questões:

Page 19: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Escreva o que você conhece sobre o tema em questão:

1.O que você entende por carga elétrica?

2.A carga elétrica obedece ao princípio de conservação? Se sim como?

3.A carga elétrica é discretizada e quantizada? (Isto é, a carga elétrica só existe em valores múltiplos inteiros de uma carga elementar, não sendo possíveis valores fracionários?).

4.Qual a origem do campo elétrico? Ou quais as origens, caso seja mais de uma?

Page 20: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

5. O que você entende por corrente elétrica?

6. Como se estabelece uma corrente elétrica?

7. Como você compreende uma resistência elétrica?

8. Desenhe uma corrente elétrica estabelecida, com uma visão microscópica.

Page 21: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Logo antes de iniciar o conteúdo sobre “Corrente Elétrica”

convide os alunos a responder a um segundo questionário, onde

há questões mais específicas sobre a teoria microscópica da

condução elétrica.

Escreva o que você conhece sobre o tema em questão:

1.Que é o portador de carga em um metal?

Page 22: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

2. Representar o elétron no interior do metal:

a) Sem a presença de um campo elétrico;

b) Com a presença de um campo elétrico.

3. Qual é a velocidade do elétron no vácuo?

4. Em um corpo metálico a velocidade de migração dos elétrons

é da ordem de 10-3 m/s. Por que o valor pequeno comparado

com a do item 3?

5. Faça um esquema representando (desenho) a sua resposta

anterior.

Page 23: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

ATIVIDADE BASEADA EM ANALOGIAATIVIDADE BASEADA EM ANALOGIA

Page 24: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Utilizando-se das respostas dos dois primeiros questionários o professor pode identificar qual o conhecimento que os alunos já possuíam e a partir dele introduzir os conceitos sobre a teoria microscópica da condução elétrica.

Foi feita uma retomada nos conceitos de corrente elétrica e da lei de Ohm já vistos anteriormente e os alunos foram estimulados a comentar as respostas dos questionários. Principalmente na questão 04 do segundo questionário, eles foram incentivados a pensar na estrutura atômica do condutor metálico e estabelecer hipóteses de por que a velocidade de deriva dos elétrons é muito menor no interior de um condutor metálico do que no vácuo.

Page 25: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Apresentação da situação análogaApresentação da situação análoga

Page 26: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Tabuleiro sem nenhuma inclinação.

Page 27: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Tabuleiro vibrando com velocidade baixa.

Page 28: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Tabuleiro vibrando com velocidade alta.

Page 29: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Tabuleiro em inclinação de 5 cm.

Page 30: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Tabuleiro vibrando com velocidade baixa.

Page 31: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Tabuleiro vibrando com velocidade alta.

Page 32: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Tabuleiro em inclinação de 10 cm.

Page 33: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Tabuleiro vibrando com velocidade baixa.

Page 34: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Tabuleiro vibrando com velocidade alta.

Page 35: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

IDENTIFICAR AS CARACTERÍSTICAS IDENTIFICAR AS CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DO ANÁLOGORELEVANTES DO ANÁLOGO

Esta etapa pode ser concomitante com a anterior, pois no momento em que se executa a apresentação da situação análoga, os alunos já podem ir identificando as características mais relevantes do análogo. É interessante que estas etapas sejam realizadas em grupos, pois isso servirá também para a socialização das ideias e o seu complemento com disfunções.

Page 36: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

De posse de uma ficha e depois da discussão em grupo, os alunos

mapearam as semelhanças entre os elementos do análogo e da

situação alvo.

Estabeleça as correspondências entre teoria microscópica da condução elétrica e o análogo mecânico a partir do exposto, preenchendo a tabela abaixo.

Elementos do análogo Elementos da situação alvo

Page 37: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Identificar as situações que não se podem mapearNesta etapa os alunos deveriam relacionar as divergências entre

a analogia e a situação alvo. Para tanto foram convidados a

preencher a ficha abaixo.

Enumere as características que não encontram correspondência entre a teoria microscópica da condução elétrica e o análogo mecânico a partir do exposto, preenchendo a tabela abaixo.

Elementos do análogo Elementos da situação alvo

Page 38: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

A seguir serão reproduzidas as respostas das questões.

1)Como é o comportamento dos elétrons no interior de um condutor metálico sem a presença de um campo elétrico? 2)Ocorre alguma alteração no comportamento dos elétrons no interior de um condutor metálico, com a presença de um campo elétrico?”

Iniciaremos com as respostas dos alunos 06, 07, 08 e 09.

Fazer considerações sobre o que o conceito destino trata

Page 39: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira
Page 40: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Avaliando as respostas dos questionários notou-se o

quanto os alunos têm dificuldades em visualizar ou

montar um esquema sobre um fenômeno

microscópico. Isso pode ser creditado ao fato de não

visualizarem o fenômeno ou não conhecerem uma

situação semelhante que lhes permita esta

visualização. Neste ponto a utilização de analogia

mostrou-se de grande valia, pois auxiliou alunos a

visualizar uma situação semelhante que represente

o fenômeno.

Page 41: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira

Quando da aplicação do trabalho na parte que

trata sobre analogia, foram utilizadas as seis

etapas sugeridas no modelo TWA (alterado), o

que desacelerou um pouco o fluxo do trabalho.

Em futuras implementações sugere-se utilizar

os três momentos essenciais que Olivia (2001)

propõe para o processo de aprendizagem com

analogia.

Page 42: Professor: Renato Fumagalli Miranda. Mestrando: Renato Fumagalli Miranda Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orengo de Oliveira