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CAP IV. O Modelo Mundell-Fleming - A Balança de pagamentos - As taxas de câmbio e os regimes cambiais; - Dilemas de políticas: equilíbrio interno e o equilíbrio externo simultâneos - A eficácia da política fiscal e monetário no contexto da economia aberta

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Medio da Actividade Econmica Agregada

CAP IV. O Modelo Mundell-Fleming

- A Balana de pagamentos- As taxas de cmbio e os regimes cambiais;- Dilemas de polticas: equilbrio interno e o equilbrio externo simultneos- A eficcia da poltica fiscal e monetrio no contexto da economia aberta

Introduo O modelo que iremos, a seguir apresentar conhecido como modelo de Mundell-Fleming, em honra a Robert Mundell e J. Marcus Fleming, pelo seu trabalho nesta rea publicado no princpio dos anos 1960.

Balana de Pagamentos (BP)ConceitoA Balana de Pagamentos o registo contabilstico (sistemtico e equilibrado) dos valores das transaces econmicas entre agentes residentes e no residentes ocorridas durante um determinado perodo de tempo.A BoP o registo sistemtico de todas transaces econmicas e financeiras realizadas num determinado perodo de tempo, entre os residentes de um determinado territrio econmico (pas) e o resto do mundo.

Desenvolvimento do ConceitoRegisto contabilstico: usa o mtodo das partidas dobradas. - Regras de Lanamento contabilstico: com base no fluxo de recursos (Crdito vs Dbito, Sinal Positivo vs Sinal Negativo); - crditos = dbitos; - BP total tem necessariamente saldo nulo. Desenvolvimento do Conceito2. Transaces econmicas: Uma transao econmica internacional uma troca de valores, envolvendo a transferncia de propriedade de bens, servios, dinheiro e outros activos, fluxos de valores bens, servios, activos (reais, financeiros, monetrios).Bilaterais ex: exportaes contra recebimento ou a crdito; compra de terreno no exterior com pagamento via conta bancria, vs. Unilaterais ex: recebimento de donativo externo depositado numa conta bancria nacional, recebimento de donativo externo em generos, remessa de emigranteDesenvolvimento do Conceito3. Residentes: agentes com centro de interesse econmico no pas; so as pessoas, fsicas e jurdicas, que tenham este pas como seu principal centro de interesse.Exemplos de ResidentesPessoas que moram permanentemente no pas, que nele tenham residncia fixa, mesmo as nascidas em outros pases.Residentes

Pessoas que moram no pas, mas que esto temporariamente em outros pases, por motivos de turismo, negcio, estudos etc.

ResidentesEmpresas sediadas no pas, inclusive as afiliadas ou subsidirias de empresas cuja matriz est fora do pas.

ResidentesGoverno, inclusive a representao diplomtica (embaixadas e consulados) localizada fora do pas.

ResidentesTuristas, funcionrios diplomticos, pessoal militar em servio no exterior, imigrantes temporrios, estudantes, pessoas em tratamento mdico em hospitais no exterior.Residentes (dopas de origem)Instituies internacionais (ONU, FMI, BIRD) No-ResidentesDesenvolvimento do Conceito 4. Durante um perodo de tempo: operaes-fluxo. - Principal perodo de referncia: anual - Clculos efectuados mensalmente.Estrutura Simplificada da BPBalana de Transaces Correntes (CONTA CORRENTE) (1.1+1.2+1.3) 1.1 Balana Comercial 1.2 Balana de Rendimento e Servios 1.3 Transferncias UnilateraisBalana de Capitais e Financeira (CONTA CAPITAL) (2.1 + 2.2) 2.1 Conta Capital 2.2 Conta Financeira3. Erros e Omisses4. Saldo da BALANA DE PAGAMENTOS (1+2+3)

CONTA CORRENTEPrincipais ConceitosA Balana Comercial - regista as transaces de compra (importao) e venda (exportao) de bens tangveis.O saldo da Balana Comercial a diferena entre a exportao e a importao de bens: BC = X MOnde: BC = Saldo da Balana Comercial; X = Exportao de bens; M = Importao de bens X M > 0 Superavit da BC X M > 0 Deficit da BCCONTA CORRENTEPrincipais ConceitosBalana de Rendimentos regista as transaces internacionais de recebimentos e de pagamentos das remuneraes dos factores de produo. Compreende os rendimentos de trabalho, rendimentos provenientes de juros, lucros, etc.O saldo da Balana de Rendimentos a diferena entre as remuneraes recebidas do exterior e as remuneraes enviadas para o exterior. CONTA CORRENTEPrincipais ConceitosBalana de Servios regista as transaces internacionais com intangveis ou invisveis. Compreende transportes (fretes, passagens), seguros, royalties e licenas.O saldo da Balana de Servios a diferena entre os recebimentos e os pagamentos decorrentes das operaes de venda e compra de servios no factores.

CONTA CORRENTEPrincipais Conceitos Transferncias Unilaterais: - regista as transaes internacionais que no envolvem obrigaes como contrapartida. - Fluxos lquidos de valores, voluntrios e sem contrapartida, no associados a acumulao de capital por entidades pblicas ou privadas. Destacam-se: recursos destinados a reparaes de guerra, transferncias de legados e heranas, doaes particulares e governamentais em bens ou dinheiro, pagamentos de penses a cidados nacionais residindo no exterior, ajudas de indivduos, de entidades filantrpicas e de governos a populaes afetadas por calamidades naturais (ajuda humanitria), e remessas enviadas por migrantes que trabalham no exterior.CONTA CORRENTEPrincipais Conceitos O saldo da Balana de Transaces Correntes (CONTA CORRENTE ou BALANA CORRENTE) corresponde ao somatrio das Balanas comercial, servios, rendimentos e das transferncias unilaterais.CONTA CAPITALConstitue transferncias unilaterais de capital, i.e, transferncias de propriedade de activos fixos, transferncias de fundos financeiros vinculados aquisio de activos fixos, cancelamento de exigibilidades sem contrapartida (perdo da dvida).Consiste tambm na aquisio ou venda de activos no-financeiros e no-produzidos: cobre basicamente transaces com activos intangveis (patentes e outros contratos transferveis). CONTA FINANCEIRARegistam-se nesta conta as transaces entre a matriz (investidor directo) e as afiliadas (empresa de investimento directo) de empresas transnacionais. Assume trs modalidades: participao no capital de empresas, reinvestimento de lucros e emprstimos.Tambm regista-se nesta conta: crditos comerciais de curto e longo prazo, emprstimos bancrios em geral (inclusive amortizao), depsitos e moeda, operaes de regularizao (inclusive o uso de crditos no FMI, emprstimos do FMI e de outros organismos).Taxas de cmbio e os regimes cambiaisTaxa de Cmbio NominalA taxa de cmbio nominal (e) o preo de uma moeda em relao outra. Por exemplo, se US$ 1,00 custa 30,00 MT, ento a taxa de cmbio entre o metical e o dlar americano e = 30,00 MT/US$. Cotao ao Incerto (ou directa) - o nmero de unidades de moeda nacional necessrias para adquirir uma unidade de moeda estrangeira;Cotao ao certo (ou indirecta) o nmero de unidades de moeda estrangeira necessrias para adquirir uma unidade de moeda nacional.Regimes CambiaisO primeiro o REGIME CAMBIAL FIXO. Neste caso a taxa de cmbio varia mediante a aco do governo no sentido:Da valorizao, resultando de uma medida administrativa para que a taxa de cmbio passe, por exemplo, de 30,00 MT/US$ para 25,00 MT/US$; ou Da desvalorizao, resultando de uma medida administrativa para que a taxa de cmbio passe, por exemplo, de 30,00 MT/US$ para 35,00 MT/US$.

Regimes CambiaisO caso oposto ao regime cambial fixo o REGIME CAMBIAL FLEXVEL, no qual o preo de compra e venda de moeda externa no mercado cambial determinado pelas foras da procura e da oferta. Neste caso as variaes da taxa de cmbio podem ser no sentido:Da apreciao, quando o metical ganha valor perante moedas estrangeiras, passando, por exemplo, de 30,00 MT para 25,00 MT; e Da depreciao, quando o metical perde valor perante moedas estrangeiras, passando, por exemplo, de 30,00 MT para 35,00 MT.

Regimes CambiaisO regime cambial predominante durante o sculo XIX, na altura do padro de ouro ou gold standard, uma vez que havia uma relao fixa entre as moedas nacionais e o ouro;Desde 1973, as grandes moedas do mundo industrializado tm estado a operar num quadro de TAXA DE CMBIO DE FLUTUAO GERIDA (ou seja, flutuao suja).Taxas de Cmbio RealA taxa de cmbio real () a razo dos preos externos em relao aos preos domsticos, ambos os preos medidos na mesma moeda.

Se = 1 , as moedas em comparao esto em paridade do poder de compra;Se > 1 , os bens no exterior so mais caros que os bens locais; tudo sendo igual tanto consumidores nacionais como consumidores estrangeiros aumentaro a procura de bens nacionais. Diz-se que nestas circunstncias os bens nacionais so competitivos.Se < 1 , os bens nacionais perdem competitividade.

Principais Pressupostos do ModeloOs mercados financeiros esto integrados;Os agentes tm acesso a informao rpida e de baixo custo sobre o diferencial (i if);Trata-se de uma pequena economia aberta;A Curva BP Horizontal ao nvel (i = if);Anlise de curto prazo: preos constantes;Para regime cambial fixo, o oferta de moeda endgena.Determinantes da BPNo modelo mundell-Fleming, assumimos uma BoP simplificada com duas contas:Conta Corrente;Conta Capital.Determinantes da BPConta Corrente ou balana de transaces correntes maior enfase dado as exportaes lquidas.

(1) Na verso mais simplificada: NX = X M, onde:X representa as exportaes, em que X = X;M representa as importaes, em que M = (Y, e) Y rendimento interno e taxa de cmbio nominal

(2) Na verso relativamente mais avanada: NX = X (Yf,) M (Y, ) Yf Rendimento do externo, Y Rendimento interno; Taxa de cambio real 26Determinantes da BP A conta de capital, que regista compra e venda de activos como aces e ttulos. O saldo desta conta definido como:

Onde um aumento na taxa de juro acima do nvel mundial (r > rf) traz capital externo a este pas e consequentemente melhora a conta do capital.

27Determinantes da BP O princpio fundamental da balana de pagamentos (BP) que se um pas incorrer em dfice na sua conta corrente, gastando mais no exterior do que recebe nas vendas para o resto do mundo, o dfice precisa de ser financiado com a venda de activos ou contratao de emprstimos no exterior. Estas operaes de venda de activos e contratao de emprstimos iro resultar em superavit na conta capital (BK). Portanto, qualquer dfice na conta corrente precisa de ser financiado por uma entrada de capitais que compense:

Dilema de Polticas: o equilbrio interno e o equilbrio externo simultneos A eficcia de poltica fiscal e monetria no contexto da economia aberta29Regime Cambial Fixo com Perfeita Mobilidade de Capitais Quando o capital flui livremente entre os pases, a taxa de juro domstica ser igual taxa de juro no mercado internacional. Assim, a linha da BP ser horizontal de modo a assegurar que:

Impacto da Expanso da Massa Monetria

Impacto da Expanso Fiscal

Impacto da Desvalorizao da Taxa de Cmbio

33Regime Cambial Flexvel com Perfeita Mobilidade de CapitaisAs taxas de cmbio tm de se ajustar para equilibrar o mercado, a fim de assegurar que a procura e a oferta de moeda estrangeira sejam iguais.Sem interveno do banco central, a balana de pagamentos igual a zero. Qualquer dfice na conta corrente tem de ser financiado pelas entradas de capital privado. Um supervit na conta corrente compensado pelas sadas de capital. Ajustamentos na taxa de cmbio garantem que a soma das contas corrente e de capital seja igual a zero.34Impacto da Expanso da Despesa Pblica

Impacto do Aumento da Oferta da Moeda

Obrigado pela Ateno dispensada