lubes em foco 50

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EM FOCO A revista do negócio de lubrificantes A revista do negócio de lubrificantes Ago/Set 15 Ano VIII • nº 50 Publicação Bimestral 9 7 7 1 9 8 4 1 4 4 0 0 4 0 0 0 5 0 Corrosão: método da lâmina de cobre Alteração na metodologia muda a numeração da lixa utilizada e deixa apreensivas as empresas de lubrificantes. Flushing em sistemas hidráulicos Cuidados e métodos de uma importante operação de limpeza.

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EM FOCOA revista do negócio de lubrificantesA revista do negócio de lubrificantes

Ago/Set 15Ano VIII • nº 50Publicação Bimestral

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Corrosão: método da lâmina de cobreAlteração na metodologia muda a numeração da lixa utilizada e deixa apreensivas as empresas de lubrificantes.

Flushing em sistemas hidráulicos Cuidados e métodos de uma importante operação de limpeza.

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ImpressãoGrafitto Gráfica e Editora Ltda.

Publicidade e AssinaturasAntonio Carlos Moésia de Carvalho(5521) 2224-0625 R [email protected]

Tiragem4.000 exemplares

E-mail dos leitores e [email protected]

RedaçãoTatiana Fontenelle

Layout e EditoraçãoAntônio Luiz Souza Machado da Cunha

Diretor de ArteGustavo Eduardo Zamboni

CapaAntônio Luiz Souza Machado da Cunha

RevisãoAngela Belmiro

Editor ChefePedro Nelson A. Belmiro

Os Editores

Publicado por: EDITORA ONZE LTDA.Rua da Glória 366 - sala 1101 - parte CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - BrasilTel.: (5521) 2224-0625e-mail: [email protected]

Conselho EditorialAntonio Carlos Moésia de CarvalhoErnani Filgueiras de CarvalhoGustavo Eduardo ZamboniPedro Nelson Abicalil Belmiro

Diretor ComercialAntonio Carlos Moésia de Carvalho

Jornalista Responsável Angela Maria A. Belmiro - reg. 19.544-90-69

EditorialNos tempos atuais, a informação faz parte da vida de cada um e, de forma indiscutível, da vida das empresas.

Nesse contexto, torna-se fundamental a existência de ferramentas confiáveis e de qualidade, para um melhor acesso ao conhecimento e aos dados de mercado. As empresas buscam seus melhores posicionamentos em um mercado oscilante e uma economia desafiadora, e estar presente e visível a seus clienes e fornecedores é uma questão de sobrevivência. Dessa forma, vários segmentos de mercado desenvolveram suas ferramentas de busca, catálogos e guias, sempre procurando a melhor forma de auxiliar as empresas em sua árdua tarefa de se manterem saudáveis, em um ambiente cada vez mais competitivo. O mercado brasileiro de lubrificantes não possui ainda uma ferramenta específica para esse auxílio, e suas particularidades restringem a aplicação pura e simples de um padrão já consagrado em outras atividades. Torna-se então, necessária uma associação de conhecimento do segmento de óleos e graxas, considerando toda a sua cadeia produtiva, com uma competência especializada para a elaboração de um banco de dados eficiente e específico, e também com um veículo de mídia abrangente, isento e focado no setor. Ao compreender essa necessidade do mercado e também suas dificuldades e suas oportunidades, a equipe da Editora Onze, produtora da revista Lubes em Foco, aceitou esse desafio, e pôs mãos a obra, elaborando um projeto e executando seu desenvolvimento com a precisão e o carinho que sempre norteou suas ações voltadas ao mercado de lubrificantes, aditivos e serviços. Foi um longo caminho percorrido, através de subsegmentos e suas ramificações, bem como dos interesses específicos e da melhor forma de apresentação de resultados.

Em muito breve, todos os agentes do mercado brasileiro, e muitos também do mercado internacional poderão sentir o apoio e a eficácia de um veículo de mídia especializado, que emergiu de dentro do próprio segmento, com profissionais com uma vida inteira dedicada aos lubrificantes e seus serviços. Temos a certeza de que produtores de óleos e graxas, distribuidores, importadores, rerrefinadores, fabricantes de aditivos, fabricantes de equipamentos, prestadores e serviços de lubrificação e serviços de enchimento, fabricantes de rótulos e embalagens, transportadores, consultores especializados, órgãos de governo, e, de uma forma geral, toda a indústria de todos os estados do Brasil, possuirão a melhor ferramenta de busca e o melhor veículo para sua visibilidade e realização de bons negócios. O GNLubes e o Portal Lubes estão chegando para atender a todos e preencher essa incômoda lacuna em nosso mercado.

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A mais nova tecnologia de aditivos da Chevron Oronite para motocicletas foi formulado para atender às mais recentes espeficicações da JASO T903:2011 MA2, assegurando robusta proteção da transmissão e durabilidade da embreagem. OLOA 22021 é qualificado no nivel API SN, garantindo excelente controle de depositos, prevenção à formação de borra, provendo ainda superior resistencia à oxidação. Todos estes beneficios somados garantem uma condução suave enquanto protegem seu motor, sistema de transmissão e meio ambiente. Para informações adicionais, por favor contatem seu representante local ou visite www.OroniteMCO.com.

© 2015 Chevron Oronite Company LLC. Todos os direitos reservados. Chevron, a marca Chevron, Oronite, OLOA, e Adding Up são marcas registradas da Chevron Intellectual Property LLC.

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Para uma condução suave

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Sumário

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A mais nova tecnologia de aditivos da Chevron Oronite para motocicletas foi formulado para atender às mais recentes espeficicações da JASO T903:2011 MA2, assegurando robusta proteção da transmissão e durabilidade da embreagem. OLOA 22021 é qualificado no nivel API SN, garantindo excelente controle de depositos, prevenção à formação de borra, provendo ainda superior resistencia à oxidação. Todos estes beneficios somados garantem uma condução suave enquanto protegem seu motor, sistema de transmissão e meio ambiente. Para informações adicionais, por favor contatem seu representante local ou visite www.OroniteMCO.com.

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Para uma condução suave

Laboratório de lubrificantesEspecialista mostra como colocar em prática a melhoria contínua da qualidade é um desafio diário.

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Será o GTL um game changer?A segunda parte do artigo escrito por especialista internacio-nal, sobre a influência dessa nova tecnologia no mercado.

Laboratório de lubrificantesEspecialista mostra como colocar em prática a melhoria contínua da qualidade é um desafio diário.

Flushing em sistemas hidráulicos.Os cuidados e os métodos utilizados nessa importan-te operação de limpesa de sistemas de lubrificação.

A importância do uso de corantes e marcadores Tecnologias que permitem criar uma relação visual, tecnológica ou única, para produtos.

Corrosão: método da lâmina de cobreASTM muda a indicação do número da lixa utiliza-do no método e causa preocupação no mercado.

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Programação de Eventos30

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Na primeira parte deste artigo, na edição anterior, falamos sobre a história e os eventos que mudaram a indústria de óleos básicos no mundo. Utilizamos o

termo em inglês game changer para traduzir a ideia de um fator introduzido recentemente, que altera uma situação ou atividade existente de uma forma significativa, e agora discutiremos o potencial papel dos óleos básicos produzidos a partir da tecnologia GTL para a indústria de lubrificantes.

Já está bem conhecida a necessidade de melhorar a qualidade dos óleos básicos para satisfazer os requisitos de desempenho do mercado

global de lubrificantes. Isso irá variar conforme a região, em termos de implementação; no entanto, os temas permanecem consistentes, incluindo a economia de combustível, tanto para veículos novos como para usados; redução das emissões por meio da utilização de lubrificantes com menor volatilidade; e maior durabilidade.

Esses requisitos de desempenho podem ser focados a partir de uma perspectiva dos óleos básicos, por meio da melhoria da estabilidade e da flexibilidade. Óleos básicos tradicionais produzidos a partir de refino por solventes ou de técnicas de separação, ou seja, os óleos do Grupo I, são

Por: Dr. H. Ernest Henderson

Será o GTL um Game

Changer?Parte 2: O papel do GTL na

Indústria do Óleo Básico

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formados por muitas estruturas químicas, incluindo compostos saturados, naftênicos e aromáticos. Os produtos químicos mais desejáveis e estáveis são os componentes saturados, ou isoparafinas, pois têm excelentes níveis de índice de viscosidade, que lhes permitem funcionar de forma eficaz, tanto em condições de altas como baixas temperaturas. O desempenho a baixas temperaturas das isoparafinas é aumentado quando os métodos de desparafinação catalítica são utilizados no processo de fabricação, ao passo que a estabilidade à oxidação pode ser otimizada quando se adiciona uma pequena quantidade de um antioxidante comercial.

Isoparafinas têm excelentes propriedades de volatilidade devido ao seu alto índice de viscosidade e ao ponto de ebulição médio, este último determinado por cromatografia gasosa. A estrutura química das isoparafinas também é resistente à decomposição a temperaturas elevadas, e essa estabilidade química proporciona vantagens toxicológicas com relação aos compostos aromáticos, que são propensos à rápida decomposição em um ambiente operacional, como a zona de combustão do motor, criando verniz, lamas e depósitos.

O hidroprocessamento, ou tecnologia de conversão, conforme definido pela norma API 1509 para as categorias do Grupo II e do Grupo III, cria isoparafinas. A inclusão de ceras como matéria-prima suplementar pode aumentar ainda mais o percentual de isoparafinas, uma vez que possui composição semelhante, requerendo apenas a adição de cadeias laterais, que melhoraram a fluidez sob condições de baixas temperaturas, o que é conseguido na etapa de hidrodesparafinação. No entanto, o hidroprocessamento não é a melhor solução para se produzirem teores máximos de isoparafina. Síntese é a resposta!

As polialfaolefinas (PAO), ou API Grupo IV, são consideradas como referência da indústria para maximizar a produção de isoparafinas, uma vez que seu processo promove ligações entre moléculas de deceno de cadeia linear (cadeias de 10 átomos de carbono ou C10), ou de dodeceno (cadeias de átomos 12 carbonos ou C12), para criar uma estrutura complexa ramificada ou isoparafínica, que não contém anéis aromáticos ou naftênicos. Uma opção para o processo de fabricação de PAO é a utilização de tecnologia GTL, na qual um gás

de síntese, contendo um único átomo de carbono, é ligado a outros átomos de carbono em um reator de Fisher-Tropsch.

A tecnologia GTL tem quase 90 anos de idade e foi recentemente comercializada pela Shell no Oriente Médio, com foco em lubrificantes. O comprimento da cadeia de carbono do produto final dependerá da etapa Fisher-Tropsch, que poderá atingir prontamente comprimentos de cadeia na faixa de C20 a C50. Essas moléculas de parafina normal ou N-parafina podem ser modificadas para isoparafinas, por meio da adição de cadeias laterais na molécula principal da cera, utilizando-se tecnologias comerciais de hidrodesparafinação que são atualmente utilizadas para a produção de óleos básicos dos grupos II e III.

Os óleos básicos produzidos a partir da tecnologia GTL têm sido analisados e testados em produtos automotivos e industriais por várias décadas, e os resultados têm sido excelentes. Esses óleos também foram comparados com as bases PAO com resultados animadores. Um trabalho previamente relatado pelo autor, com resultados apresentados na Tabela 1, mostrou que um óleo

Visc. Cin. @ 100 ºC, cSt

I.V.Ponto de Fluidez, ºC

CCS@ - 25oC, cPNoack, wt%

AlcanosMonociclopara�nas

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Base de amostras

(1) Fonte: Henderson, ICIS 2002(2) CCS e Noack são melhores para avaliação da qualidade do que a Viscosidade Cinemática(3) Viscosidade CCS prevista para uma visc. cin. equivalente ao melhor da indústria.(4) Alcanos (isopara�nas) são preferíveis às Monociclopara�nas

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Faixa industrial

Fluido Ideal (O melhor da

indústria)

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Acima de 141Abaixo de -24Abaixo de 729Abaixo de 10,4

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Comparação entre propriedades dos básicos GTL e Group III(1)

Propriedades

Composição, %massa

Tabela 1

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que limita o acesso a esses óleos básicos. Isso vai mudar, no entanto, quando as instalações adicionais para a produção de básicos GTL forem introduzidas, proporcionando uma utilização mais ampla desses produtos no mercado.

Os óleos básicos GTL são altamente isoparafínicos e tecnicamente diferentes dos óleos mais tradicionais de grupos III e III+ produzidos a partir de hidrocraqueamento ou de óleo não convertido, com ou sem a utilização de cera como matéria-prima suplementar. Eles também representam um impulso continuado na direção da qualidade e consistência química das PAOs, o que é importante para uma indústria de lubrificantes em constante mudança, impulsionada por padrões de desempenho cada vez mais elevados. Também são produzidos a partir de um único átomo de carbono, cumprindo assim a verdadeira definição técnica do termo “sintético”, em que é necessário um aumento da viscosidade como parte do processo de fabricação. Isso também se aplica às PAOs.

O gás natural é uma fonte de energia do futuro, que irá complementar a oferta de petróleo, à medida que ela diminui gradualmente. Em muitas regiões do mundo, a descoberta de gás de xisto tem reforçado a importância do gás natural como fonte de energia e matéria-prima estratégica para a produção de óleos básicos de alta qualidade, tanto em escala macro como micro. Vários projetos GTL de pequena escala já foram anunciados, embora muitos deles ainda permaneçam suspensos, devido à redução atual dos preços globais do petróleo bruto. No entanto, alguns desses projetos continuam a avançar com a opção de produzir óleos básicos de qualidade superior, ceras, combustível diesel de alto cetano e outros produtos.

básico GTL pode apresentar melhores propriedades químicas e físicas do que as observadas para o Grupo III que estavam comercialmente disponíveis quando a análise foi efetuada.

Um trabalho mais recente mostrou que a relação entre a volatilidade Noack e a viscosidade CCS (Cold Crank Simulator) à baixa temperatura para óleos básicos GTL é melhor do que as apresentadas pelos grupos III e III+ (figura 1) e que se aproxima da PAO. Isso é muito importante para a formulação dos menores graus SAE de óleos de motor, incluindo os recém-lançados 0W-16 e 5W-16, porque a melhoria na viscometria é essencial na busca de soluções para o desafio global da economia de combustível.

Muitos novos produtos automotivos, industriais e especiais foram introduzidos nos últimos anos tendo o gás natural como matéria-prima. Esses produtos aumentam os benefícios de desempenho de alguns equipamentos introduzidos pelos OEMs (fabricantes de equipamentos originais) como solução potencial para suas respectivas necessidades de desempenho.

Então, surge a pergunta: O GTL é um game changer? Estaremos diante de uma virada de jogo? O júri ainda está deliberando, por uma série de razões. Atualmente, existe apenas um produtor de óleos básicos a partir de GTL, que tem, essencialmente, excluído suas vendas do mercado comercial, o

Dr. Harry Ernest Henderson é o presidente

da K & E Petroleum Consulting LLC e

consultor internacional para óleos básicos

e GTL, incluindo fabricação, aplicação e

cadeia de suprimentos.

Figura 1 - O GTL proporciona melhoria direcionada à relação CCS-Noack

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Noack Volatility, wt%

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CCS

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Group II+Group III+

Group II+Group III+

Expon. (Group II+)Expon. (Group III+)Expon. (Group III)Expon. (GTL)

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O Maior Evento de Lubrificantes da América do Sul

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Artigo reproduzido da revista Siderurgia Brasil

Por: Henrique Pátria

Por que anunciar

em tempos de crise?

Q uando os negócios estão em baixa fica sempre a dúvida no setor de marketing das empresas ou, na inexistência des-te, nas diretorias comerciais ou ainda no

dono do negócio, o que deve ser feito para manter a empresa em evidência porque neste momento a pri-meira atitude é parar tudo.

Há vários comportamentos conhecidos, mas o mais tradicional é o do chamado “pé no freio”, onde tudo é suspenso e tudo deixa de ser feito em nome da economia que, julga-se, seja necessária neste momento. Quase sempre esta não é a melhor ati-tude, pois não se está agindo de forma racional e deixamos nos levar somente pelo emocional que domina nossos sentimentos neste momento que vi-vemos. Não há nenhuma dúvida de que a quebra no bom andamento dos negócios deixa os gestores abalados, pois começam a surgir os problemas com capital de giro, fluxo de caixa e com a própria renta-bilidade do negócio.

Como sabemos e, por experiência própria, a pro-paganda é a primeira a ser cortada porque, a não ser

nas vendas para o varejo, quando a relação entre o vendedor e o comprador são diretas e atuam uma em função da outra, as relações de causa e efeito na pu-blicidade tradicional só aparecem a longo prazo. Há todo um processo de divulgação e fixação da marca, dos produtos e dos serviços prestados. Então, para dar o exemplo, a primeira atitude é a de que se faça qualquer economia, a qualquer custo, mas se essas medidas são tomadas sem qualquer critério técnico o feitiço pode voltar-se contra o feiticeiro.

Explicando melhor: A empresa “some” do mercado e, a não ser os seus clientes mais antigos que já mantêm uma certa relação com ela, os demais potenciais clientes deixam de considerá-la para efeitos de negócios futuros. Além disso, os concorrentes que têm um comportamen-to parecido, porém um pouco mais racional, ou seja, rea-linham seus investimentos mirando as principais oportu-nidades, ocupam o espaço vazio deixado e abocanham os novos negócios que estão surgindo.

Em nossa relação pessoal, soubemos de uma empresa que sumiu da mídia e quando voltou a fa-zer um anúncio recebeu ligações de antigos clien-

Sumir da mídia com certeza não é a solução mais recomendável.

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tes indagando se ela não tinha quebrado, pois ha-via “sumido” totalmente de circulação e eles não ouviram mais falar dela.

Há um ditado antigo que diz que “Nos momen-tos de crise é que surgem os melhores negócios”. Este ditado tem razão de ser por alguns motivos especiais que enumeramos:

• O desenvolvimento de novos produtos – Usando do equipamento, da mão de obra e das matérias que já estão na casa com pequenas alte-rações descobre-se alguns produtos derivados e os acrescentamos ao nosso portfólio.

• A abertura de novos nichos – Há alguns mer-cados que ainda não exploramos, quase sempre porque nossa rentabilidade está boa e mal conse-guimos atender aos pedidos que já preenchem to-talmente nossa grade de produção normal. É hora de voltar-se para estas novas oportunidades.

• A busca de novos clientes – Já temos uma carteira tradicional com bons clientes, fiéis e bons pagadores e por isso nos descuidamos de abrir nosso leque. Vamos atrás deles.

• A tomada de espaços no mercado – Como dissemos, há muita gente que se encolheu e não consegue colocar o “olho” para fora da porta. É hora de pesquisar e conquistar estes espaços vazios.

• Os novos negócios – Todos os dias surgem novas demandas. Há menos de dois anos não ha-via espaço para muitos produtos que hoje estão em alta. É só olhar à sua volta e verá imensos prédios revestidos de aço inox e vidros que não existiam há dois anos.

E a relação com a mídia?

Por tudo isto é preciso contar a todos a suas novas investidas. Por exemplo, de nada adianta investir milha-res de reais na obtenção da certificação da ISO se os interessados que são os seus clientes e o mercado não forem comunicados desta conquista. É preciso divul-gar. A propaganda continua sendo a forma mais fácil de se mostrar ao mercado e dizer a todo o momento que você está forte e confiante, pois já passamos por reces-sões muito piores e, certamente, novos e importantes momentos estão chegando para a sua empresa.

Há inúmeros estudos a respeito do tema e o mais recente que tomamos conhecimento foi elabo-rado pela consultoria McKinsey, em conjunto com a London Business School e pelo consultor Tony Hiller, e divulgadas pelo Portal Exame. Conclui que as companhias que aumentaram a sua despesa com publicidade em marketing em períodos de cri-se econômica tiveram aumento nos lucros quando a economia se reaqueceu e ganharam espaço no mercado. Já as empresas que cortaram verbas pu-blicitárias levaram mais tempo para se recuperar.

Portanto, é o momento de planejar melhor suas aparições, definindo os melhores veículos e os mo-mentos que são os mais importantes dentro do univer-so que você quer atingir. Mas não deixe de aparecer, pois isto vai fazer a diferença em seu negócio.

Henrique Pátria é editor e jornalista da revista

Siderurgia Brasil

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O mercado de lubrifi-cantes é direcionado pelas demandas tec-nológicas de OEMs,

pelos níveis mínimos de desem-penho definido pelos órgãos re-gulamentadores, bem como pela severidade da aplicação (tipo de combustível, condições das estradas etc). Nesse sentido, a indústria de lubrificantes deve estar cada vez mais atenta à ve-locidade de surgimento dessas demandas, bem como à maior oferta de óleos básicos de dife-rentes grupos e tecnologias de

Por: Roberta Miranda Teixeira, Cintia de Holleben e Laila Cortas

Laboratório de Lubrificantes:

Novos Desafios

Figura 1: Centro de Tecnologia Aplicada e seus diversos ensaios físicoquímicos

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aditivos. Para suportar todos esses desafios, um laboratório de lubrificantes com pessoal de alta capacitação e equipamentos de ponta passa a ser um diferencial nessa indústria.

Há pouco tempo atrás, tinha-se um laboratório de lubrificantes “convencional”, em que a principal atividade era a realização de análises de controle da qualidade garantindo o atendimento às especificações. Com um cenário completamente novo e cada vez mais competitivo, entende-se que áreas como P&D de produtos e assistência técnica ao cliente são fundamentais para se manter nesse mercado.

O acompanhamento do ciclo do lubrificante, ou seja, desde a sua matéria-prima até a sua aplicação, promove a identificação de deficiências

Figura 3: Analisador Elementar de C, H, N, S.

Figura 2: Cromatografia Gasosa

e/ou melhorias de produtos e processos e, portanto, a tomada de ações.

Laboratório X Melhoria Contínua

Hoje a melhoria con-tínua em um laborató-rio de lubrificantes é um grande pilar indicador da competitividade, que está baseado na confiabilida-de dos resultados gera-dos e na credibilidade frente aos clientes.

O laboratório que investe em capacitação de seus profissionais, em tecnologia e faz uso de metodologias reconhecidas estabelece confiabilidade.

Quando o laboratório participa de programas em que sua proficiência é avaliada, quando seus clientes estão satisfeitos e, ainda, sua estrutura possui uma certificação e/ou acreditação, ele ga-rante sua credibilidade e

é capaz de assumir um papel importante em re-lação às tendências do mercado de lubrificantes.

Laboratório e sua Gestão da Qualidade

Colocar em prática a melhoria contínua no la-boratório é um desafio diário, aumentando a im-portância de um sistema de gestão da qualidade bem implementado e apropriado.

O sistema de gestão da qualidade pode ser formatado de acordo com padrões de qualidade reconhecidos internacionalmente, desde os mais abrangentes, como a ISO 9001, até mais os mais específicos, como a ISO/IEC 17025.

Podemos dizer que, atualmente, em se tratan-do de laboratório, ter um sistema de gestão da

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Figura 4: Determinação da Filtrabilidade do diesel (IP 387 / ASTM D2068). Figura 5: PDSC: Calorimetria Diferencial Exploratória Pressurizada

qualidade certificado na ISO 9001 não é mais um diferencial. Um dos maiores desafios é a busca da acreditação na norma NBR ISO/IEC 17025, que atesta a competência laboratorial internacional-mente. Possuir esse selo, significa dizer que os ensaios realizados naquele laboratório possuem, além de qualidade, o reconhecimento por institui-ções de outros países.

Ensaios de Lubrificantes

Seguindo o contexto de confiabilidade, os serviços oferecidos por um laboratório de lubrifi-cantes devem ser baseados em metodologias re-conhecidas precedidas ou não por resoluções e/ou especificações.

Cada metodologia irá especificar faixas de trabalho ou limites, assim como o tipo de equipa-mento a ser utilizado. Quanto mais complexo o en-saio, mais robusto será o equipamento.

É importante avaliar o tipo de matriz ensaiada para identificar quais parâmetros devem ser con-siderados.

A matriz Lubrificante é tão extensa, que pode ser dividida em duas, pois existem ensaios espe-cíficos tanto para óleos novos quanto para os usa-dos. Para os óleos lubrificantes novos, destacam--se os ensaios de desempenho, enquanto que, para os óleos lubrificantes usados, destacam-se ensaios que sinalizam a contaminação por metais, diluição por combustível, oxidação, presença de água etc.

Aqui devemos considerar também o desenvol-vimento de novas metodologias do laboratório, que podem, inclusive, ser sugeridas aos órgãos norma-tivos e disponibilizadas para todo o mercado.

Atendimento ao cliente

O cliente, seja ele interno ou externo, é uma ótima ferramenta para “medir” qualidade dos ser-viços. Por isso, o laboratório deve promover essa interação.

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Figura 6: Espectrometria de emissão ótica com plasma acoplado indutiva-mente (ICP OES) – análise de elementos.

Roberta Miranda Teixeira é Gerente do Departamento

Tecnico de Lubrificantes e Combustiveis da Ipiranga.

Cintia de Holleben e Laila Cortas são químicas do Centro

de Tecnologia da Ipiranga.

Nós protegemos osrecursos naturais.

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Serviços de análise

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Um laboratório que tem um processo de me-lhoria contínua já consolidado é suficientemente capaz de atender a esses requisitos e oferecer serviço de análise.

O que vem pela frente?

Acreditamos que ninguém pensa diferente em relação à resposta a esta pergunta, considerando a necessidade de investimento em:

Tecnologia;Capacitação;Inovação.Todos esses desafios, exigem um laboratório

de lubrificantes com pessoal de alta capacitação e equipamentos de ponta.

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O processo de flushing em sistemas hi-dráulicos e de lubrificação de turbinas a vapor, hidráulicas e gás natural ge-ralmente é realizado quando se deseja

a mudança de fluido de base mineral para fluido sintético, ou entre fluidos minerais ou sintéticos de diferentes fornecedores.

Efetuam-se, também, operações de flushing em sistemas hidráulicos ou de lubrificação, com vistas à remoção de vernizes e borras que se for-mam devido ao processo de oxidação, contamina-

ção por umidade e degradação térmica do óleo lu-brificante, que, com o tempo, passa a interferir no sistema na modulação do equipamento, ou quando da entrada em operação pela primeira vez dos ci-tados equipamentos para a remoção de resíduos sólidos e oleosos, carepas, fragmentos de solda etc. que não puderam ser removidos durante o pro-cesso de montagem.

O uso de óleo diesel, ácidos de limpeza, aceto-na, tetracloroetileno, entre outros, é arriscado, visto que causa problemas aos retentores e o-rings de ni-trilo, neoprene, poliuretano, EPDM (etileno-propileno), silicone etc. Portanto, conforme o tipo de retentores ou o-rings utilizados no sistema hidráulico ou de lubri-ficação de turbinas a vapor, hidráulicas e gás natural, os citados solventes podem ressecá-los ou inchá-los com consequente vazamento de óleo lubrificante.

A limpeza mecânica é o método de flushing mais comum realizado quando se necessita dessa operação. Porém, nem sempre será possível efetuar uma desmontagem completa do sistema hidráulico ou de lubrificação em turbinas a vapor, hidráulicas e a gás natural, para que se possa efetuar limpeza química e mecânica de cada componente.

Por: Marcos Thadeu Giacomini Lobo

Flushing em Sistemas Hidráulicos

Método de limpeza também utilizado em turbinas a vapor, hidráulicas e a gás natural

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Desenvolvimento

Seguem, abaixo, alguns procedimentos bási-cos para que o processo de flushing possa ser mi-nimamente efetivo:

1 - À temperatura de operação, drene com-pletamente o óleo lubrificante do sistema, pres-tando bastante atenção ao reservatório de óleo lubrificante, a linhas de alimentação de fluido, ci-lindros, acumuladores, carcaça de filtros e qual-quer área em que possa ocorrer acúmulo de óleo lubrificante. Aproveite para substituir os filtros de óleo lubrificante.

2 - Utilizando retalhos sem fibras, limpe com-pletamente o reservatório de óleo lubrificante remo-

vendo toda a borra depositada. Continue o proces-so até que todo o revestimento ou pintura interna amolecida ou macia tenham sido removidos.

3 - Efetue o flushing do sistema utilizando como fluido de flushing, óleo lubrificante similar

ao utilizado, mas com grau de viscosidade pou-co menor. Número de Reynolds entre 2000 e 4000 deve ser atingido para que possa haver turbu-lência suficiente de forma a remover partículas e depósitos nas linhas de óleo lubrificante. Golpes (aberturas e fechamentos bruscos) de válvulas garantem flushing adequado nesses elementos

mecânicos. O fluido de flushing deve ser filtrado, e a operação de flushing deve continuar até que se alcance nível de limpeza segundo o Código de Contaminação de Partículas Sólidas ISO, pelo me-nos uma classe acima da planejada. Por exem-plo, se o nível de limpeza objetivado era 15/13/11, deve-se continuar o flushing até que o nível de limpeza 14/12/10 seja atingido.

4 - Drene o fluido de flushing enquanto estiver quente e tão rapidamente quanto possível. Limpe o

reservatório de óleo lubrificante novamente, segun-do o procedimento anteriormente sugerido.

5 - Efetue o enchimento do reservatório de óleo lubrificante com o óleo lubrificante a ser utilizado a 75% do volume máximo. Purgue a bomba hidráulica e se houver válvula de alívio de pressão ou válvula de by-pass, deve-se abri-la totalmente. A bomba hi-dráulica deve operar por 15 segundos, devendo-se, então, paralisá-la e deixá-la inativa por 15 segun-dos. Este procedimento deve ser repetido algumas vezes para que ela seja totalmente escorvada.

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18

9 - Opere o sistema por 30 minutos, para que seja atingida a temperatura normal de operação do óleo lubrificante. Paralise o sistema e substitua os filtros de óleo lubrificante. Inspecione o reservató-rio de óleo lubrificante por sinais de contaminação cruzada e, havendo qualquer indício de contamina-ção cruzada, drene o reservatório e repita a opera-ção de flushing.

10 - Após seis horas de operação, paralise o sistema, substitua os filtros e efetue amostra-gem do óleo lubrifi-cante para análise.

11 - A frequên-cia de amostragem e análise do óleo

lubrificante pode ser diminuída até que os resulta-dos indiquem que a operação de flushing foi bem sucedida.

Métodos de flushing

Existem muitas maneiras de se realizar flushing em sistemas hidráulicos ou de lubrificação em tur-binas a vapor, hidráulicas e gás natural, devendo--se combinar os métodos de flushing com as ne-cessidades e condições.

Segue, abaixo, descrição sumária de alguns métodos de flushing:

Processo de separação ou filtração: Operação de remoção de contaminantes ou suspensões inso-

6 - Funcione a bomba hidráulica por 1 minuto com a válvula de alívio de pressão ou válvula de by-pass aberta. Pare a bomba hidráulica e deixe-a inativa por 1 minuto. Feche a válvula de by-pass e deixe a bomba hidráulica operar com carga por não mais que 5 minutos. Permita que a válvula de alívio de pressão seja acionada para confirmar que ela, também, passou pela operação de flushing. Não permita que os atuadores entrem em opera-ção, desta vez. Pare o sistema e deixe a bomba hidráulica inativa por 5 minutos.

7 - Parta a bomba hidráulica e opere os atua-dores um por vez, permitindo que o óleo lubrifican-te retorne ao reservatório antes de se movimentar o próximo atuador. Depois de ser acionado o último atuador, paralise o sistema e fique atento ao nível de

óleo lubrificante no reservatório. Se o nível de flui-do cair abaixo de 25%, adicione fluido até 50% do recomendado.

8 - Reponha o óleo lubrifican-te até que o nível

atinja 75% do recomendado e opere o sistema a inter-valos de 5 minutos. A cada paralisação, efetue a purga de ar do sistema e verifique se não há ruídos no sistema, o que indicaria cavitação da bomba hidráulica.

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lúveis por tecnologias de separação ou filtração a taxas normais de escoamento.

Processo utilizando óleo de baixa viscosidade com alta turbulência e alta velocidade do fluido de flushing: O flushing é assegurado pelas condições de alta turbulência por meio da diminuição da vis-cosidade do fluido de flushing e aumento da velo-cidade do fluxo turbulento.

Processo empregando fluido de flushing a ele-vadas temperaturas: A elevação da temperatura re-duz a viscosidade do fluido de flushing e aumenta o seu poder de solvência. Temperaturas na faixa de 80ºC a 90ºC são as mais usualmente utilizadas, e essa elevação de temperatura pode ser realizada com o uso de termofiltros.

Fluxo de fluido de flushing com ciclos de temperatura: A utilização de tro-cador de calor e sistema de arre-fecimento para alternar a tempe-

ratura do fluido de flushing durante o escoamento no intervalo de 40ºC ajudará a desalojar depósitos super-ficiais incrustados.

Escoamento pulsante do fluido de flushing: Mudanças bruscas na velocidade de escoamento do fluido de flushing por meio de pulsação são de auxílio no desalojamento de contaminantes em cantos e frestas.

Marteletes e vibradores pneumáticos: São uti-lizados para desalojar resíduos amolecidos em pa-redes de tubulações e conexões.

Borbulhamento do fluido de flushing: Ar ou nitrogênio é borbulha-do no fluido de flushing para melhorar a efetivi-dade da limpeza

Mudança na di-reção do escoamento do fluido de flushing: Por mudar a direção do escoamento do fluido de flushing, com a de instalação de válvulas, alguns contaminantes e depósitos superficiais podem ser desalojados e escoados para longe.

Vareta no auxílio ao flushing: Utilizam-se varetas para auxílio no flushing de cárteres úmidos, redutores de velocidade e reservató-rios com comportas ou bocas de visita. Uma

vareta presa a uma extremidade da mangueira de flushing pode ser utilizada para dirigir o fluxo de alta velocidade do fluido de flushing a depósitos amolecidos, ou para extrair sedimentos de fundo.

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Separadores (eletrostáticos) de partículas car-regadas: Separadores eletrostáticos têm mostrado sucesso na remoção de partículas submicrônicas e vernizes macios nas superfícies metálicas, que contribuem, se não removidos, para a formação de vernizes endurecidos e fortemente adesivos.

Utilização de fluido de flushing solvente/deter-gente: Vários solventes e detergentes, tais como álcoois minerais, óleo diesel, óleos lubrificantes para uso em motor de combustão interna e pacotes detergentes/dispersantes, têm sido utilizados com diferentes graus de sucesso, mas com as devidas precauções em relação aos retentores e o-rings.

Limpeza química: Utiliza-se, neste processo, compostos quimicamente ativos, tipicamente cáus-ticos ou ácidos na pulverização, com vistas à re-moção de borras orgânicas e depósitos de óxidos.

Limpeza mecânica: Este método envolve a utili-zação de espátula, escovas de aço e nylon, abrasivos

e solventes químicos, para remover depósitos endu-recidos firmemente aderidos às superfícies metálicas.

Conclusão

Alguns depósitos fortemente aderidos podem exi-gir técnicas mais agressivas que, somente, o uso de elevada velocidade do fluido de flushing, de modo que se deve harmonizar a técnica de com a estratégia, de forma a se tentar resolver o problema existente. Uma vez entendido o problema que há no equipamento a ser limpo é que se deve selecionar a tática de flushing apropriada para uma solução completa do problema.

Mesmo após a operação, muito cuidado deve ser to-mado antes de se encher, novamente, o reservatório de óleo lubrificante, tendo-se a certeza de que ele se encontra o mais limpo possível. Mesmo com uma operação de flushing muito bem realizada, não é improvável que seja necessária uma nova drenagem do óleo lubrificante após algum tempo, em face de contaminação ainda remanescente no sistema.

A nova carga de óleo lubrificante necessitará de monitoramento contínuo por certo tempo, até que se te-nha a certeza de que a operação de flushing foi bem sucedida. Cuidados constantes garantirão sistemas hi-dráulicos ou de lubrificação de turbinas a vapor, hidráu-licas ou gás natural em boas condições de operação e operando por longo tempo sem anormalidades.

Marcos Thadeu Giacomini Lobo é Engenheiro

Mecânico e Consultor Técnico em Lubrificação

da Petrobras Distribuidora S.A.

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21

P etróleos crus possuem compostos de en-xofre que não são necessariamente retira-dos completamente no processo de refino. Alguns desses compostos podem apre-

sentar ação corrosiva, independente do teor de en-xofre total presente no produto avaliado.

O objetivo do método de corrosividade ao co-bre é detectar a presença de compostos de enxofre que provocam ataque ao cobre, na avaliação rela-tiva dessa propriedade em derivados de petróleo.

O método consiste em expor uma lâmina de co-bre de alto grau de pureza, com dimensões especi-ficadas e devidamente polidas, ao derivado que se deseja avaliar por tempo e temperaturas determina-dos. Ao final do ensaio, a lâmina é limpa com sol-vente, e a sua aparência comparada com o padrão ASTM de corrosividade de lâmina de cobre, que in-dica o grau de corrosão, conforme a Figura 1.

O método de corrosão ao cobre também é utili-zado para avaliar alguns tipos de aditivos de extre-ma pressão à base de enxofre e fósforo. Devido à sua função, esses aditivos efetivamente reagem com a superfície metálica em condições de lubrificação limítrofe, quando não há mais filme lubrificante.

Por: lol

Método De Corrosividade

Ao Cobre Impactos das alterações nas

metodologias e especificações

Figura-1 Padrão ASTM de Corrosividade de lâmina ao Cobre

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O produto dessa reação gera uma superfície friável que facilita o deslizamento das peças em movimento, reduzindo o desgaste. Esse tipo de aditivo é muito utilizado em formulações de lubrificantes para engrenagens, tanto automotivas como industriais.

Cabe ressaltar que o método de corrosividade ao cobre consta em especificações nacionais e internacionais, tanto para lubrificantes quanto para combustíveis. As condições de tempo e

temperatura variam de acordo com o produto em questão: no caso de lubrificantes, adota-se o ensaio por três horas a 100°C.

Os métodos que descrevem a execução deste ensaio são: as normas ABNT NBR 14359 - Produtos de petróleo e biodiesel — Determinação da corrosividade — Método da lâmina de cobre; e a norma ASTM D130 - Standard Test Method for

Corrosiveness to Copper from Petroleum Products by Copper Strip Test.

O material necessário para a realização desse método consiste na bomba, tubo de vidro e lâmina de cobre, conforme Figura 2, e banho termostático ade-quado à temperatura indicada para o teste. A descrição da metodologia é similar nos dois padrões, e eles são considerados equivalentes.

O preparo da lâmina consiste em retirar qual-quer resquício de corrosão prove-niente de ensaios anteriores com o uso de lixas. Na Tabela 1 são descritos os tipos de lixas indica-das nas últimas versões de cada uma das normas.

O acabamento é feito com uma lixa com maior tamanho de partículas para produzir aspere-zas na superfície do cobre, que atuam como sítios para início das reações de corrosão.

Analisando as duas últimas revisões dessas duas normas, es-pecificamente no item referente aos tipos de lixa utilizados no pre-paro da superfície da lâmina, veri-fica-se que, na versão de 2010 do ASTM D130 e na versão de 2013 da ABNT NBR 14359, houve uma alteração na descrição da lixa para a finalização em relação à

Palha de aço ou lixa de carbureto de silício

grau 00

Palha de aço ou lixa de carbureto de silício

grau 00

Granulometria necessária para remover todas as

manchas da lâmina de cobre

Granulometria necessária para remover todas as

manchas da lâmina de cobre

Lixa de carbureto de silício 65 µm (grau 240)

Lixa de carbureto de silício 65 µm (grau 220 CAMI ou P220 FEPA)

Lixa de carbureto de silício de 65 µm

(lixa 240)

Lixa de carbureto de silício de 65 µm

(lixa 220)

Grãos de carbureto de silício de 105 µm (150 mesh)

Grãos de carbureto de silício de 105 µm (grau 120 a 150

CAMI ou P120 a P150 FEPA)

Pó de carbureto de silício 105 µm (150 mesh)

Pó de carbureto de silício 105 µm (150 mesh)

ASTM D130- 2004

ASTM D130 - 2010

ABNT NBR 14359:2006

ABNT NBR 14359:2013

Preparo inicial Finalização Acabamento

Figura 2 - Bomba, tubo de vidro e lâmina de cobre

Tabela 1: Descrição dos tipos de lixas indicadas nas normas

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23

versão anterior. Apesar de manter a lixa com mesmo tamanho de grão de 65 µm, o grau foi alterado de 240 para 220.

Na Tabela 2 (Federation of European Producers of Abrasives - FEPA, em http://www.fepa-abras ives.org/Abras iveproducts /Gra ins/Pgritsizescoated.aspx), que define o grau da lixa recomendado nas normas, é verificado que os graus 220 e 240 se referem a tamanhos de grãos diferentes, conforme a seguir:

- P220 - diâmetro médio do grão de 68 µm- P240 - tamanho médio de grão 58 ± 2 µmDessa forma, nota-se que as versões anterio-

res da ASTM D130 (foi feita verificação até a versão de 1974) apresentavam uma incoerência em rela-ção ao tipo de lixa adotada na finalização da lâmi-

na: o tamanho do grão não correspondia ao grau indicado. Nos locais que adquirem as lixas pela granulometria, essa incoerência não provocou ne-nhum impacto, pois o tamanho do grão se manteve o mesmo, mas, onde se adquire a lixa pelo grau, foi necessário trocar a lixa grau 240, equivocadamen-te indicada, pelo grau 220, a partir de 2010.

Essa alteração consta na versão de 2013 da ABNT NBR 14359 em comparação com a versão 2006.

A troca da lixa grau 240, mais fina, pela lixa grau 220, mais grossa, pode provocar diferenças nos resultados do ensaio, principalmente quan-do comparados com os resultados históricos que adotavam a lixa grau 240.

O objetivo do tratamento da lâmina de cobre com as lixas indicadas é expor a superfície metá-

lica, deixando-a livre de óxidos ou outros compostos que fun-cionem como proteti-vos, de forma a per-mitir o processo de corrosão. Sendo as-sim, a troca por uma lixa mais grossa pode gerar sulcos mais pro-fundos que facilitem o ataque ao cobre em produtos que antes não apresentavam esse efeito devido ao

Macrogrits Microgrits

Grit designation

P 12P 16P 20P 24P 30P 36P 40P 50P 60P 80P 100P 120P 150P 180P 220

1815132410007646425384253362692011621251008268

P 240P 280P 320P 360P 400P 500P 600P 800P 1000P 1200P 1500P 2000P 2500

58.5 ± 252.2 ± 2

46.2 ± 1.540.5 ± 1.535.0 ± 1.530.2 ± 1.525.9 ± 121.8 ± 118.3 ± 115.3 ± 112.6 ± 1

10.3 ± 0.98.4 ± 0.5

Mean Diameter in µm Grit designation Mean grain size Ds50 - value in µm

Tabela 2 – Tabela de Granulometria das Lixas – FEPA

Figura 3 - AS lixas e suas diferentes espessuras

Page 24: Lubes em foco 50

24 25

uso de lixa mais fina (grau 240). Ao mesmo tempo, esse efeito pode ser minimizado pelo tratamento fi-nal com lixa de 150 mesh, que apresenta tamanho de partícula maior que as lixas 220 e 240.

Para a determinação da corrosão ao cobre de graxas, a norma aplicada é a ASTM D4048 – Standard Test Method for Detection of Copper Corrosion from Lubricating Grease, que utiliza o mesmo aparato da ASTM D130, mas consiste em uma adaptação para o ensaio a ser realizado em graxas lubrificantes. Por serem produtos pastosos, deve-se ter cuidado es-pecial na imersão da lâmina, evitando a presença de bolhas. Além disso, o ensaio mais usual é feito por um período de 24 horas a 100°C.

A última versão desse método é de 2010, e nela ainda consta a descrição incoerente da lixa recomendada para a finalização do preparo das lâ-minas (65 µm - grau 240).

Conclui-se que, após discussões e conside-rações realizadas com diversas empresas do seg-mento de lubrificantes, o impacto da alteração do

grau das lixas nos resultados desse método se dá em vários pontos, tais como:

• Especificação de produtos;• Atendimento e adequação às auditorias;• Impacto nos laboratórios/custo;• Particiação em programas interlaboratoriais;• Confiabilidade no uso da metodologia.

Trata-se de um impacto que só pode ser ava-liado por meio de ensaios em laboratório. Para isso, devem ser utilizadas as duas formas de preparo das lâminas, submetendo as amostras corrosivas e não corrosivas ao cobre à mesma temperatura, pelo mesmo período de tempo e comparando os resultados.

Rosana Azevedo é engenheira e vice presidente da Sociedade

Brasileira de Metrologia

Letícia Lázaro é engenheira e pesquisadora do Centro de

Pesquisas da Petrobras - CENPES

Page 25: Lubes em foco 50

24 25

Estimativas mostram que a perda anual de im-postos, causada pela adulteração de com-bustível, é significativa, a exemplo de Grécia, que perde de 250 a 450 milhões de euros; o

Reino Unido, com a perda de cerca de 750 milhões de libras; a Polônia, com o equivalente a 1 bilhão de dólares e a Irlanda, com 150 milhões de euros.

Como forma de proteção, governos e compa-nhias privadas de todo o mundo têm introduzido programas de marcação de combustíveis visando à proteção da qualidade do produto e da sua mar-ca. Tais diferenciações trazem valor para o produ-to, protegem o consumidor e podem evitar o co-mércio ilícito de solventes e combustíveis. O uso de marcadores impede, por exemplo, a exploração criminosa com baixa tributação para uso não inten-cional, o que também pode reduzir perda de recei-ta para governos e evitar outros efeitos negativos econômicos, assim como ambientais.

Marcadores e corantes, quando aplicados em fluidos, solventes, lubrificantes ou combustíveis, podem atuar na distinção dos produtos. Atualmente,

existem diversas aplicações e técnicas de diferen-ciação por meio de tecnologias distintas, utilizadas de acordo com necessidades específicas ou re-querimentos locais.

Corantes são tecnologias que permitem criar uma relação visual, tecnológica ou única, para com-

Por: Eduardo Lima

Corantes e Marcadores

Aplicação na diferenciação de fluidos, solventes, lubrificantes e combustíveis

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bustíveis, solventes e sistemas lubrificantes, entre outros. Apresenta, de maneira geral, a proposta de identificação visual, referência de padronização e, até mesmo, atendimento de normas.

Disponíveis em cores básicas, também podem ser produzidos em um número ilimitado de cores. Suas propriedades podem ser expandidas para diversas aplicações, incluindo substituição de compostos em pó, em que baixa solubilidade e estabilidade podem causar inconvenientes ou até impedir a sua utilização.

Linhas com propostas de corantes líquidos adequados, quando aplicadas em sistemas hidrocarbonetos compatíveis, são ótimas alternativas ao uso de corantes em pó e trazem benefícios, como possibilidade de solvente-base de elevado ponto de fulgor, possibilidades de cores mais brilhantes, baixa viscosidade e baixo nível de insolúveis, sendo ideal para uma vasta variedade de lubrificantes e sistemas. Como exemplo, há corantes líquidos concentrados, livres de metal halogêneo de enxofre, utilizados há mais de 40 anos para substituir a tecnologia de corantes em pó, em aplicações para coloração de combustível. Aí, o xileno pode ser utilizado como um depressor da viscosidade e agente de padronização, gerando cor brilhante, de baixa viscosidade e baixo nível de insolúveis.

Outro exemplo a ser citado é o corante con-centrado livre de metal halogêneo de enxofre mo-nofásico, como proposta de opção também para o uso de corantes em pó, tendo como base solven-te de elevado ponto de ignição no lugar de xileno, como depressor da viscosidade e agente de padro-nização. A baixa volatilidade resultante, juntamente com a geração de cor brilhante, baixa viscosidade e um baixo nível de insolúveis, fazem dessa linha

um produto idealmente adequado para a coloração de uma vasta variedade de lubrificantes.

Além dessas aplicações, os corantes também podem atuar na coloração de outras linhas de pro-dutos, como fluidos de transmissão automática ou de freio, óleos 2 tempos e de engrenagem, graxas e óleos hidráulicos, ceras para polimento de sapa-tos, velas decorativas, coloração de fumaça aero-náutica, entre outras possibilidades.

Podem-se também mencionar tecnologias mais especificas que auxiliam na detecção de va-zamentos de óleo em motores a gasolina e a diesel. Isso é possível com o uso de uma luz negra especí-fica, que permite visualizar a fluorescência do co-rante e facilmente distinguir fluorescência natural azul, encontrada em muitos desses óleos.

Já os marcadores são tecnologias mais lar-gamente utilizadas para combustíveis, porém também podem ser adicionados em solventes. O processo de desenvolvimento de adição dessas tecnologias pode ser personalizado, atendendo à necessidade específica; de cada cliente ou pro-grama proposto. Não existe uma regra especifica, contudo, se conhecem profundamente seus po-tenciais, tornando viável um processo individual com poucas limitações.

Dentro dessa proposta, podemos decrever al-gumas técnicas de diferenciação e integridade tec-nológica, como: por meio de extração (espectro-fotometria), tecnologia digital e molecular (croma-tografia). Tais tecnologias podem atender a desde propostas de programas de empresas privadas até exigências e condições governamentais, de forma a evitar impactos de custo e ambientais.

Existem três tipos de tecnologias especiais que suportam os requerimentos e exigências na marcação de combustíveis e solventes, cuja taxa de tratamento do sistema é medida em nível de ppm (partes por milhão) ou ppb (partes por bilhão).

6 Tecnologia por extração: conferem baixíssima coloração ao combustível, cuja cor é desenvolvida por extração em fase, a partir do uso de reagente adequado e dedicado.

6 Tecnologia de marcação digital: trata-se de uma opção para identificar e quantificar o sistema marcado a partir um espectrofotómetro portátil e dedicado, sem adição de qualquer reagente.

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27

6 Tecnologia de marcação molecular: são mo-léculas orgânicas que, quando adicionadas em nível ppb (partes por bilhão), e que não apare-cem naturalmente em combustíveis, podem ser separadas por meio de cromatografia gasosa e quantificadas por meio de espectroscopia de massa. Essa tecnologia possui grandes diferen-ciais, como aplicação de baixa dosagem, alta precisão e possibilita o reconhecimento forense, sendo considerada uma inovação dentro dessa tecnologia proposta.

Desde a década de 1960, a indústria traba-lha com tecnologias em marcação por meio de corantes concentrados líquidos de base solven-te, evoluindo para marcadores com tecnologia por extração e marcação digital. Já a aplicação por tecnologia molecular pode ser considerada padrão em países como Reino Unido, onde já é utilizada em programas de combustíveis altamen-te reconhecidos, trazendo grandes diferenciais, como baixa dosagem, alta precisão e reconheci-

mento forense. Não apresenta impactos na cor ou modifica qualquer característica do combustível, e o transforma em uma formulação única, elevando o nível de confiança no uso do produto e integri-dade do sistema marcado. Utiliza a cromatografia gasosa como técnica analítica de detecção, em que já estão adiantados, e em uso, os trabalhos para adaptação e uso em campo para as exigên-cias coerentes a um marcador de combustível.

Pode-se dizer que tais tecnologias são usuais e funcionais em diferentes aspectos e estão em constante evolução, de forma a atender até as ne-cessidades mais exigentes.

Eduardo Lima é Especialista Técnico

de Industrial Solutions da Dow para

Performance Lubricants na América Latina

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28

280

240

200

160

120

80

Mil m3

SUL SUDESTE NORTE NORDESTE CENTRO OESTE0

40

113.602 109.643

302.139

44.315 44.105

86.90590.818

61.781 61.440

2014

2015

320

304.938

Total de lubrificantes por região

SUL SUDESTE NORTE NORDESTE CENTRO OESTE

2014

2015

0

180

210

150

120

90

60

30

85.565 84.079

186.630

35.178 35.482

65.215 65.698

46.13647.587

Mil m3 Lubrificantes automotivos por região

181.082

0

15

30

45

21.40323.622

18.84222.280

11.144 12.372

Mil m3

120

105

90

75

60

SUL SUDESTE NORTE NORDESTE CENTRO OESTE

2014

2015

105.420

114.281

7.914 7.390

Lubrificantes industriais por região

Mercado SINDICOM1 •Comparativo 2015/2014 por região (período jan-jun)

1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Shell, Total e YPF.

Análise comparativa por produtos

Mil m3

0

300

350

250

400

450

200

150

100

50

2014

2015

IND

US

TRIA

IS

177.725

AU

TOM

OTI

VOS

420.175 412.478

166.941

GR

AX

AS

(t)

20.74021.626

O mercado em foco

O mercado brasileiro de lubrificantes no 1º semestre de 2015

LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao 1º semestre de 2015, fruto de pesquisa realizada pela Editora Onze junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números de todos os produtores.

Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras e Pesquisa Lubes em Foco

Óleos Básicos: Mercado Total: 628.649 m3

Produção Local: 444.730 m3 Refinarias: 332.648 m3 Rerrefino: 112.082 m3

Importação: 219.600 m3 Exportação: 35.700 m3

Mercado Total Óleos Lubrificantes: 694.000 m3

Produção Local: 698.000 m3

Automotivos: 487.900 m3Industriais: 210.100 m3

Importação de óleos acabados: 11.500 m3Exportação de óleos acabados: 15.500 m3

Mercado Total Graxas: 25.500 t

* Não considerados óleos brancos, isolantes e a classificação “outros”.Obs: Os óleos de transmissão, de engrenagens e os óleos básicos ven-didos à indústria estão incluídos no grupo dos industriais

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29

Cosan/Mobil

PetronasIpiranga

BRChevron

Outros

ShellIngrax

19,3%

16,6%

14,5%13,8%

12,0%

8,3%

7,5%

8,0%BR

IpirangaMobilShellChevronPetronasCastrolYPFTotal Lubrif.outros

26,0%

13,8%

13,6%8,7%

8,4%

8,2%

2,1%1,9%

1,7%

15,5%

Participação de Mercado de Graxas1º Sementre de 2015

Participação de Mercado de óleos 1º Sementre de 2015

NOTA: Os dados de mercado correspondentes a anos anteriores podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.

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30

Programação de Eventos

Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para [email protected], e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.

CursosData Evento

2015

Setembro, 21 a 25Setembro, 26

Gestão da Manutenção - Classe Mundial - Belo Horizonte - MG: www.abraman.org.brPrincípios de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) - São Paulo - SP: www.inkemiabrasil.wordpress.com

Nacionais

Internacionais Data Evento

2015

Outubro, 10 a 13Outubro, 17 a 20Novembro, 17 a 19Dezembro, 3 a 4

CLGI Biannual Grease Conference - Guangxi - China: e-mail: [email protected] Annual Meeting - Flórida, Estados Unidos: www.ilma.orgELGI Grease & Lubricants Forum - Amsterdã - Holanda: www.elgi.org11th. ICIS Pan American Base Oil & Lubricants Conference - New Jersey : www.icisconference.com/panambaseoils

Data Evento

2015

Setembro, 15 a 16Outubro, 27Novembero, 9 a 13

25º Congresso & Expo Fenabrave - São Paulo - SP: www.congresso-fenabrave.com.brVIII Simpósio AEA de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos - São Paulo - SP; www.aea.org.brFenatran: 20º Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga - Anhembi - São Paulo: www. fenatran.com.br

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31

Para mais informações, visite nossa página www.chevronbaseoils.com ou ligue para

Africa, Middle East & Pakistan + 971 4 313 3907 Latin America + 55 21 2510 7241

Asia + 65 6 318 1660 Europe + 32 9 293 7100 North America + 1 925 842 8788

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disso, com o crescimento de nossa rede de distribuição, proporcionamos

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