crônicas nova versão

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Professor Jair Nascimento [email protected]

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Professor Jair [email protected]

A crônica é um gênero literário que, a princípio, era um "relato cronológico dos fatos sucedidos em qualquer lugar”, isto é, uma narração de episódios históricos. Era a chamada "crônica histórica" (como a medieval). Essa relação de tempo e memória está relacionada com a própria origem grega da palavra, Chronos, que significa tempo. Portanto, a crônica, desde sua origem, é um "relato em permanente relação com o tempo, de onde tira, como memória escrita, sua matéria principal, o que fica do vivido"

No Brasil, a crônica se consolidou por volta de 1930 e atualmente vem adquirindo uma importância maior em nossa literatura graças aos excelentes escritores que resolveram se dedicar exclusivamente a ela, como Rubem Braga e Luís Fernando Veríssimo, além dos grandes autores brasileiros, como Machado de Assis, José de Alencar e Carlos Drummond de Andrade, que também resolveram dedicar seus talentos a esse gênero. Tudo isso fez com que a crônica se desenvolvesse no Brasil de forma extremamente significativa.

Evolução?

Ligada à vida cotidiana; Narrativa informal, familiar, intimista; Uso da oralidade na escrita: linguagem

coloquial; Sensibilidade no contato com a realidade; Síntese; Uso do fato como meio ou pretexto para o

artista exercer seu estilo e criatividade; Dose de lirismo;

Natureza ensaística; Leveza; Diz coisas sérias por meio de uma

aparente conversa fiada; Uso do humor; Brevidade; É um fato moderno: está sujeita à rápida

transformação e à fugacidade da vida moderna.

É um gênero literário produzido essencialmente para ser veiculado em revistas ou jornais.

É feita com uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o leem.

A crônica, na maioria dos casos, é um texto curto e narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está "dialogando" com o leitor. Isso faz com que a crônica apresente uma visão totalmente pessoal de um determinado assunto: a visão do cronista.

É muito importante que o seu ponto de vista, a sua forma de ver aquele fato fique evidente. Esse é um dos elementos que caracterizam a crônica: uma visão pessoal de um evento.

Crônica Descritiva Crônica Narrativa Crônica Dissertativa Crônica Narrativo-Descritiva Crônica Humorística Crônica Lírica Crônica Poética Crônica Jornalística Crônica Histórica

Crônica Descritiva Ocorre quando uma crônica explora a

caracterização de seres animados e inanimados num espaço. Preciso como uma fotografia ou dinâmico como um filme.

Crônica Narrativa Tem por eixo uma história, o que a

aproxima do conto. Pode ser narrada tanto na 1ª quanto na 3ª

pessoa do singular. Texto lírico (poético, mesmo em prosa).

Comprometida com fatos cotidianos (“banais”, comuns).

Crônica Dissertativa Opinião explícita, com argumentos mais

“sentimentalistas” do que “racionais” (em vez de “segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil”, seria “vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo”).

Exposto tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do plural.

Crônica Narrativo-Descritiva É quando uma crônica explora a

caracterização de seres, descrevendo-os. E, ao mesmo tempo mostra fatos cotidianos ("banais", comuns) no qual pode ser narrado em 1ª ou na 3ª pessoa do singular.

Crônica Humorística Apresenta uma visão irônica ou cômica

dos fatos. Crônica Lírica Linguagem poética e metafórica.

Expressa o estado do espírito, as emoções do cronista diante de um fato de uma pessoa ou fenômeno.No geral as emoções do escritor.

Crônica Poética Apresenta versos poéticos em forma de

crônica.

Crônica Jornalística Apresentação de aspectos particulares de

notícias ou fatos. Pode ser policial, esportiva ou política.

Crônica Histórica Baseada em fatos reais, ou fatos históricos.

1. A união faz a força. 2. Água mole em pedra dura, tanto bate até que

fura. 3. Em terra de cego, quem tem um olho é rei. 4. Quem tudo quer, tudo perde. 5. Quem desdenha quer comprar. 6. Papagaio come milho, periquito leva fama. 7. Em casa de ferreiro, espeto de pau. 8. Em boca fechada não entra mosca. 9. Não adianta chorar sobre o leite derramado. 10. Falar é prata, calar é ouro.

11. Quem espera sempre alcança. 12. Aqui se faz, aqui se paga. 13. Quem tem telhado de vidro não atira

pedra ao vizinho. 14. Gato escaldado tem medo de água fria. 15. Um é pouco, dois é bom, três é demais. 16. Quem ri por último ri melhor. 17. As aparências enganam. 18. Quem semeia ventos, colhe tempestades. 19. Nem tudo que reluz é ouro. 20. Mais vale um pássaro na mão do que dois

voando.

Escolha um dos provérbios acima e, a partir dele, escreva uma crônica narrativa. O provérbio escolhido deve ter relação com a história e aparecer mencionado ou transcrito no desfecho.

É dever da família, da sociedade e do Estadoassegurar à criança e ao adolescente, com absolutaprioridade, o direito à saúde, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,discriminação, exploração, crueldade e opressão”.Artigo 227, Constituição da República Federativa do Brasil.

(Angeli, Folha de S. Paulo , 14.05.2000)

www.paralerepensar.com.br/drummond_cronicas.htm

www.pensador.info/cronicas_de_luiz_fernando_verissimo

recantodasletras.uol.com.br/cronicas/