concreto prot cordoalha
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LISANDRO ANDREATTA
CONCRETO PROTENDIDO:
MANUAL PARA EXECUO DE ESTRUTURAS PROTENDIDAS COCORDOALHAS ENGRAXADAS
JOINVILLE SC
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CINCIAS TECNOLGICAS CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
LISANDRO ANDREATTA
CONCRETO PROTENDIDO:
MANUAL PARA EXECUO DE ESTRUTURAS PROTENDIDAS COM CORDOALHAS ENGRAXADAS
Trabalho de graduao apresentado aoCurso de Engenharia Civil da Universidadedo Estado de Santa Catarina UDESCcomo requisito para colao de grau deBacharel em Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Nelson lvares Trigo.
JOINVILLE SC
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LISANDRO ANDREATTA
CONCRETO PROTENDIDO: MANUAL PARA EXECUO DE ESTRUTURAS PROTENDIDAS CO
CORDOALHAS ENGRAXADAS
Trabalho de graduao apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade doEstado de Santa Catarina UDESC como requisito para a colao de grau de
Bacharel em Engenharia Civil, cujo ttulo CONCRETO PROTENDIDO: MANUPRTICO PARA EXECUO DE ESTRUTURAS PROTENDIDAS foi apresentado acadmico Lisandro Andreatta, sendo considerado ...................................... pela bancaexaminadora.
Banca Examinadora:
Orientador: __________________________________________________ Professor Nelson lvares Trigo UDESC
Membro: __________________________________________________ Professora Sandra D. K. Alves UDESC
Membro: __________________________________________________ Professor Eduardo Martins dos Reis UDESC
Joinville, SC, 02/12/05
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Dedico este trabalho primeiramente a Deuse a todas as pessoas que de uma forma oude outra contriburam para a realizaodesde sonho, principalmente a minha me,a meu pai, a minha irm, minha namorada emeus verdadeiros amigos que me ajudam aseguir sempre o melhor caminho.
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AGRADECIMENTOS
Este trabalho s foi possvel devido vontade de me aprofundar nesse assunto
para que assim, possa mediante problemas futuros em obra, apresentar a soluo
cabvel para cada situao.
O alvo no se determina em mostrar a importncia de cada um em ordem de
importncia, mas sim, citar todos que tiveram relao com o presente trabalho.
- A coordenao, professores e funcionrios da UDESC.
- Ao professor Nelson lvares Trigo pela ajuda, interesse e dedicao com que
orientou este trabalho.
- A BAUMA Engenharia, principalmente ao Engenheiro Luis Otvio Lobo que
quem me deu a primeira oportunidade de estgio e tambm pela primeira idia sobre o
trabalho de concluso de curso.
- A todos os colegas com quais passamos anos memorveis, principalmente
Roger Viertel, Marcos Rafael Zini, Rubens Norberto Wulf Jr., Telmo Wiemes, Rodrig
Haffemann, Gabriel Dominoni Possamai, Fernando Lus Dallelaste, Vincius Machad
da Silva, Marcelo Stein, Luis Antnio Regensburguer e Petter Kintel.
- A minha famlia, pois sem ela nada disso seria possvel.
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S quem se arrisca a ir longe demaisdescobre o quo longe se pode ir .
T. S. ELIOT
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RESUMO
Esta pesquisa no se refere ao clculo. Fornece informaes teis para o procedimentoda protenso. Tentou-se mostrar os procedimentos da forma mais simples e explicativapossvel para que todos os que tiverem acesso a esse trabalho consigam entender aprotenso e tambm poder perceber erros que chamem bastante a ateno ouexageros que fujam prtica usual. Mostra os conceitos do concreto protendido com suas caractersticas e discorre deforma sucinta passo a passo desde a fabricao das cordoalhas, passando pelamontagem do sistema e finalizando com solues para problemas no canteiro de obras.
Palavras -chave: Protenso. Cordoalha. Ancoragem.
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SUMRIO
1 INTRODUO----------------------------------------------------------------------------------------16
2 CONCRETO PROTENDIDO-------------------------------------------------------------------------17
2.1 PROTENSO-------------------------------------------------------------------------------------17 2.2 HISTRICO -------------------------------------------------------------------------------------19 2.3 O QUE A PROTENSO CAUSA NO CONCRETO-----------------------------------------22 2.4 VANTAGENS TCNICAS DO CONCRETO PROTENDIDO-----------------------------24 2.5 PROTENSO E CONCRETO PR-MOLDADO---------------------------------------------25 2.6 OUTRAS APLICAES PARA O CONCRETOPROTENDIDO-------------------------31 2.7 DEFINIES-------------------------------------------------------------------------------------34 2.7.1 Termos utilizados no sistema de protenso------------------------------------------------34 2.7.2 Armadura de protenso-----------------------------------------------------------------------40 2.7.3 Armadura passiva-----------------------------------------------------------------------------40 2.7.4 Concreto protendido com aderncia inicial-------------------------------------------------40 2.7.5 Concreto protendido com aderncia posterior---------------------------------------------40 2.7.6 Concreto protendido sem aderncia----------------------------------------------------------41 2.7.7 Protenso sem aderncia---------------------------------------------------------------------41 2.7.8 Protenso com aderncia inicial--------------------------------------------------------------41 2.7.9 Protenso comaderncia posterior----------------------------------------------------------42 2.7.10 Classificao em funo do nvel de protenso------------------------------------------43
3 CARACTERSTICAS DO CONCRETO PROTENDIDO----------------------------------------45
3.1 CONCRETO---------------------------------------------------------------------------------------45
3.1.1 Resistncia compresso---------------------------------------------------------------------46 3.2 AO UTILIZADO NOS CABOS DE PROTENSO------------------------------------------47 3.3 PROTENSO COM CORDOALHAS ENGRAXADAS--------------------------------------51
4 FABRICAO-----------------------------------------------------------------------------------------55
4.1 FABRICAO DAS CORDOALHAS------------------------------------------------------------55 4.2 FABRICAO DOS CABOS---------------------------------------------------------------------57
5 DOCUMENTOS DE CONTROLE PARA UMA OBRA DEPROTENSO-----------------59
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5.1 DESENHOS DE INSTALAO (CABLAGEM): --------------------------------------------59 5.2 ROMANEIOS-------------------------------------------------------------------------------------60 5.3 CERTIFICADO DOS MATERIAIS--------------------------------------------------------------60 5.4 CALIBRAO DOS MACACOS -----------------------------------------------------------------60 5.5 TABELAS DE PROTENSO---------------------------------------------------------------------61
6 ENTREGA, RECEPO, MANUSEIO E ESTOCAGEM---------------------------------------62
6.1 ENTREGA E ACEITAO----------------------------------------------------------------------62 6.2 MANUSEIO E ESTOCAGEM--------------------------------------------------------------------62
7 MONTAGEM DO SISTEMA NA OBRA-------------------------------------------------------------65
7.1 COORDENAO DAS FUNES RELACIONADAS-------------------------------------65 7.2 PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM----------------------------------------------------------66
7.3 PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM PARA LAJE COGUMELO ARMADA EM UMOU DUAS DIREES--------------------------------------------------------------------------------68 7.4 PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM PARA VIGAS E LAJES--------------------------76 7.5 MONTAGEM DE ANCORAGENS PASSIVAS NO CAMPO------------------------------79 7.6 INSPEO GERAL APSAMONTAGEM ANTES DO LANAMENTO DOCONCRETO -----------------------------------------------------------------------------------------81 7.7 EXEMPLOS DE DETALHESTPICOS DE MONTAGEM---------------------------------82 7.7.1 Layout dos cabos (exemplos) ---------------------------------------------------------------83 7.7.2 Exemplos de detalhes tpicos de montagem-----------------------------------------------84 7.8 NOTAS GERAIS----------------------------------------------------------------------------------92
7.8.1 Materiais-----------------------------------------------------------------------------------------92 7.8.2 Fabricao dos cabos--------------------------------------------------------------------------94 7.8.3 Entrega de materiais e equipamentos, manuseio e armazenagem-------------------94 7.8.4 Montagem dos cabos---------------------------------------------------------------------------96 7.8.5 Lanamento do concreto----------------------------------------------------------------------100 7.8.6 Protenso do ao-------------------------------------------------------------------------------101 7.8.7 Precaues -------------------------------------------------------------------------------------105
8 LANAMENTO DO CONCRETO ------------------------------------------------------------------107
8.1 PROCEDIMENTOS GERAIS-------------------------------------------------------------------107
9 ANCORAGEM---------------------------------------------------------------------------------------109 9.1 CUNHAS------------------------------------------------------------------------------------------110 9.2 PROTENSO-------------------------------------------------------------------------------------111 9.3 CONSIDERAES DE SEGURANA-------------------------------------------------------112
10 PROTENSO DO CABO---------------------------------------------------------------------------114
10.1 PREPARAO PARA A PROTENSO----------------------------------------------------114
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10.2 PROTENDENDO OS CABOS----------------------------------------------------------------116 10.3 PROTENSO DE CABOS EM LAJES SOBRE O SOLO ------------------------------125 10.4 PROCEDIMENTOS DE SEGURANA-----------------------------------------------------125 10.5 CUIDADOS--------------------------------------------------------------------------------------128
11 ALONGAMENTO ---------------------------------------------------------------------------------129
11.1 PREPARAO----------------------------------------------------------------------------------129 11.2 MEDIO----------------------------------------------------------------------------------------130 11.3 REGISTRO--------------------------------------------------------------------------------------131
12 ACABAMENTO DOS CABOS--------------------------------------------------------------------133
12.1 CORTE DAS PONTAS DOS CABOS-------------------------------------------------------133 12.2 GRAUTEAMENTO DONICHO DE PROTENSO--------------------------------------134
13 SOLUES DE PROBLEMAS NO CANTEIRO DEOBRAS-----------------------------135 13.1 PREVENO DOS PROBLEMAS MAIS FREQENTES-----------------------------135 13.2 BICHEIRA NO CONCRETO-------------------------------------------------------------------137 13.3 ESTOURO (ROMPIMENTO DO CONCRETO)-------------------------------------------138 13.4 EMENDA DE CABOS -----------------------------------------------------------------------139
14 EXEMPLOS DE OBRASEM JOINVILLE------------------------------------------------------142
14.1 OBRA DA ACIJ----------------------------------------------------------------------------------142 14.2 CONDOMNIO INDUSTRIAL INCASA------------------------------------------------------146 14.3 EDIFCIO EM CURITIBA-----------------------------------------------------------------------150 14.4 ESTRUTURAS PR-MOLDADAS----------------------------------------------------------152 14.4.1 Perville-----------------------------------------------------------------------------------------152
CONCLUSO------------------------------------------------------------------------------------------157
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ----------------------------------------------------------------- 158
ANEXOS-------------------------------------------------------------------------------------------------160
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LISTA DE TABELAS
Figura 1- Aplicao da fora horizontal..........................................................................18
Figura 2 Ponte protendida em balanos sucessivos....................................................21
Figura 3 Ponte com grandes vos............................ ...................................................21
Figura 4- Esquema de uma pista de protenso tpica....................................................26
Figura 5- Esquema de execuo de vigas.....................................................................27
Figura 6- Sees tpicas de pr-moldados em concreto protendido..............................27
Figura 7- Exemplos de sees de peas com armaduras pr-tracionadas...................28
Figura 8- Sees tpicas de vigas pr-moldadas de concreto protendido......................28
Figura 9- Exemplosde construo de pr-moldados: Galpes Industriais....................29
Figura 10- Exemplos de construo de pr-moldados: Edifcios...................................30
Figura 11- Exemplos de construo em pr-moldados: Pontes.....................................30
Figura 12- Exemplos de construo em pr-moldados: Passarelas..............................31
Figura 13- Utilizao de tirantes protendidos em estruturas de conteno...................32
Figura 14- Edifcio com laje cogumelo protendida.........................................................32
Figura 15- Reservatrio de gua (Flrida-USA)............................................................33
Figura 16- Silo em concreto protendido.........................................................................33
Figura 17 Cordoalha.....................................................................................................53
Figura 18 Cadeirinhas..................................................................................................53
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Figura 19- Forma para nicho..........................................................................................54
Figura 20 Macaca Hidrulico........................................................................................54
Figura 21- Cordoalha coberta de graxa revestida com bainha plstica.........................55
Figura 22- Rolo de cordoalha nua..................................................................................56
Figura 23- Processo de extruso...................................................................................56
Figura 24 Bobina com 11t de cordoalha.......................................................................57
Figura 25 Cordoalha de 3t plastificada pronta para entrega........................................57
Figura 26 Estoque de cabos cortados e enrolados......................................................58
Figura 27- M condio de estoque de cabos cortados................................................58
Figura 28 - Placa de ancoragem e frma para nicho......................................................69
Figura 29- Montagem do cabo na extremidade ativa.....................................................71
Figura 30 - Placas de ancoragem em uma laje, com reforos na zona de ancoragem,para grupos de cabos monocordoalhas no aderentes CP1 90RB comdimetro de 12,7mm.....................................................................................72
Figura 31- Montagem completa da extremidade ativa...................................................73
Figura 32- Cabos deslocados para ancoragem.............................................................74
Figura 33- Desvios dos cabos ao redor de uma abertura..............................................75
Figura 34- Montagem da ancoragem passiva................................................................76
Figura 35- Apoio dos cabos na viga...............................................................................77
Figura 36 - Detalhes do uso de cabos no aderente como armadura de reforo e decombate retrao.......................................................................................78
Figura 37- Detalhes de montagem.................................................................................84
Figura 38- Detalhes ancoragem passiva........................................................................85
Figura 39- Detalhe da ancoragem ativa.........................................................................86
Figura 40 - Detalhe da ancoragem passiva sem fretagem..............................................87
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Figura 41- Desvios dos cabos nas ancoragens passivas..............................................88
Figura 42- Posicionamento das cordoalhas em curvas horizontais...............................89
Figura 43- Dupla passiva desviada................................................................................89
Figura 44- Dupla passiva desviada................................................................................89
Figura 45- Posicionamento dos cabos em curvas maiores............................................90
Figura 46- Corte tpico em curvas..................................................................................90
Figura 47- Ancoragem da monocordoalha.....................................................................91
Figura 48- Corte dos cabos uniformemente distribudos................................................91
Figura 49- Reforos de aberturas...................................................................................92
Figura 50- Nichos.........................................................................................................104
Figura 51- Interao cunha cordoalha..........................................................................112
Figura 52- Macaco de protenso e bomba com vlvula de cravao automtica.......119
Figura 53- Macaco de protenso e bomba com vlvula de cravao manual.............121
Figura 54- Exemplos de corte dos cabos.....................................................................133
Figura 55- Passagens prximas da zona de ancoragem do cabo...............................135
Figura 56- Instalao da emenda.................................................................................141
Figura 57 Fachada frontal da obra.............................................................................142
Figura 58 Exemplo da posio dos cabos na viga.....................................................143
Figura 59 Cabos de protenso...................................................................................143
Figura 60 Cabos de protenso...................................................................................144
Figura 61- Cabos sendo protendidos...........................................................................144
Figura 62 Bomba de presso manomtrica...............................................................145
Figura 63 Preparao do terreno para execuo do piso protendido........................146
Figura 64 Nivelamento do terreno..............................................................................147
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Figura 65 Preparao das formas para montagem das ancoragens.........................147
Figura 66 Posicionamento dos cabos para protenso...............................................148
Figura 67 Lanamento do concreto...........................................................................144
Figura 68 Nivelamento do concreto com rgua vibratria..........................................149
Figura 69 Protendendo os cabos...............................................................................149
Figura 70 Colocao dos cabos em laje...................................................................150
Figura 71 Posicionamento dos cabos........................................................................151
Figura 72 Detalhe da ancoragem passiva..................................................................151
Figura 73 Ferragem utilizada na fabricao de vigas-calha.......................................152
Figura 74 Local de fabricao das peas pr-moldadas............................................153
Figura 75 Forma para vigas-calha..............................................................................153
Figura 76 Perfil da forma das vigas-calha..................................................................154
Figura 77 Cabos utilizados na protenso...................................................................154
Figura 78 Colocao dos cabos de protenso...........................................................155
Figura 79 Extremidade passiva da forma de estacas................................................155
Figura 80 Veculo utilizado para concretagem...........................................................156
Figura 81 Vigas-calha.................................................................................................156
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Classe de agressividade ambiental e exigncias relativas fissurao excessiva e a protenso da armadura ativa....................................................................44
Tabela 2 - Especificao dos produtos (RN e RB)..........................................................50
Tabela 3 - Acondicionamento dos fios (RN e RB)...........................................................50
Tabela 4 - Especificao do produto (Cordoalha de 3 e 7 fios RB)................................51
Tabela 5 - Acondicionamento dos fios (Cordoalha de 3 e 7 fios RB)..............................51
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LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas
CA Concreto Armado
CP Concreto Protendido
NBR Norma Brasileira
RB Relaxao Baixa
RN Relaxao Normal
UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina
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1 INTRODUO
A aplicao da soluo em concreto protendido em estruturas vem apresentando
crescimento bastante considervel nos ltimos anos no Brasil. Isto ocorre devido
utilizao do sistema no aderente de protenso, com a entrada da monocordoalha
engraxada no mercado brasileiro.
O concreto protendido uma idia totalmente diferente do concreto armado, pois
para o concreto armado, numa viga bi-apoiada por exemplo, a armadura definida pelo
momento fletor mximo e posicionada ao longo da regio de trao e logo aps
concretada a estrutura. J para o concreto protendido, a posio do cabo colocada
conforme o diagrama de momento fletor, analisado geralmente em uma seo de metro
em metro. Com isso o cabo posicionado em posies diferentes que descrevem a
trajetria do esforo de trao. Para tracionar o cabo, utilizado um equipamento do
tipo macaco hidrulico, sendo que a protenso pode ser feita anterior ou posteriormente
a concretagem.
Este trabalho tem como objetivo demonstrar o significado de protenso, discorrer
sobre sua origem, tipos, fabricao das cordoalhas, recebimento e armazenamento em
obra, equipamentos, acabamento e demais.
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2 CONCRETO PROTENDIDO
2.1 PROTENSO
Todos sabemos que o concreto resiste bem compresso mas no muito bem a
trao. A idia que todos sabemos que a resistncia trao do concreto gira em
torno de 10% da resistncia compresso do mesmo. Devido baixa capacidade de
resistir trao, fissuras de flexo aparecem para nveis de carregamentos baixos.
Fundamentalmente pode-se entender que o significado da palavraprotenso o
processo pelo qual se aplicam tenses prvias ao concreto.
A palavra protenso ou pr-tenso (prestressing em ingls),prcontrainte (em
francs), expressa a idia da instalao de um estado prvio de tenses em algo. Na
engenharia a protenso aplicada a peas estruturais e materiais de construo
(HANAI, 2002, P.1).
O princpio da protenso torna-se simples de se compreender quando aplicamos
exemplos bastante significativos.
Segundo Verssimo e Csar (1998, p.6) imagina-se, por exemplo, a situaoem que a pessoa carrega um conjunto de livros na forma de uma fila horizontalconforme a figura 1 a seguir. Para que os livros possam ser levantados, semque caiam, necessria a aplicao de uma fora horizontal que os comprimauns contra os outros, produzindo-se assim foras de atrito capazes de superaro peso prprio do conjunto, e foras verticais nas extremidades da fila paraafinal, levant-las.
A aplicao de uma fora normal pode ser definida como uma forma deprotender um conjunto deelementos estruturais , no caso uma fila de livros,como objetivo de se criar tenses prvias contrrias quelas que podeminviabilizar ou prejudicar a operao ou o uso desejado. Uma roda de carroa tambm um exemplo de estrutura protendida. Aocontrrio do que se pode imaginar, no se trata de uma pea nica. A roda constituda de vrias partes de madeira, devidamente preparadas, montadaspor encaixes. Em torno da roda de madeira colocado um aro de ao cujafuno , alm de proteger as partes de madeira do desgaste, solidarizar oconjunto. No momento da colocao, o aro de ao aquecido, de forma que oseu dimetro original aumenta devido a dilatao do material. Depois de
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colocado, o aro se resfria, voltando a temperatura ambiente, e seu dimetrotende a diminuir at o valor inicial. No obstante, a roda de madeira se ope aomovimento contrario de contrao do aro e este, conseqentemente, aplicaesforos sobre ela, solidarizando ou seja, protendendo. Pode-se citar ainda o caso do barril composto por gomos de madeiraapertados por cintas metlicas. A compresso produzida pelas cintas se opes tenses causadas pela presso interna do liquido dentro do barril.
FIGURA 1 Aplicao da fora horizontal Fonte: Hanai, 2002.
Esses exemplos demonstram uma potencialidade importante da protenso, qual
seja a potencialidade de promover a solidarizao de partes de uma estrutura, como
por exemplo nas estruturas de concreto pr-moldado (VERSSIMO E CSAR, 1998).
Ento fica claro que a protenso pode ser aplicada a muitos tipos de estruturas e
materiais. Pfeil (1994) prope a seguinte definio:Protenso um artifcio que
consiste me introduzir numa estrutura um estado prvio de tenses capaz de melhorar
sua resistncia ou seu comportamento, sob diversas condies de carga. (WALTER
PFEIL, apoud VERSSIMO E CSAR, 1998, p.2).
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2.2 HISTRICO
Segundo Verssimo e Csar (1998), citam que o desenvolvimento do concreto
armado e protendido deu-se a partir da criao do cimento Portland na Inglaterra em
1824. Em 1855 foi fundada a primeira fbrica de cimento Portland alem e tambm o
francs Lambot patenteou uma tcnica de fabricao de embarcaes em concreto
armado. Em 1867 o tambm francs Monier iniciou a produo de tubos, lajes, pontes
utilizando o concreto armado. Em 1877 o americano Hyatt reconheceu o efeito entre a
armadura e o concreto e aps essa data comeou-se a utilizar a armadura somente nas
regies onde o concreto est tracionado. A primeira idia de pr-tencionar o concreto
se deu em 1886 pelo americano P. H. Jackson de So Francisco. Tambm em 1886 o
alemo Mathias Koenen desenvolveu um mtodo de dimensionamento emprico para
determinados tipos de construes em concreto armado, fundamentado em resultados
de ensaios segundo o sistema Monier.
No final do sculo XIX, seguiram-se vrias patentes de mtodos de protenso e
ensaios sem xito. A protenso se perdia devido retrao e fluncia do concreto,
desconhecidas naquela poca. No comeo do sculo XX , Mrsch desenvolveu a teoria
iniciada por Koenen, solidarizando-se suas propriedades com inmeros ensaios. Os
conceitos constitudos por Mrsch constituram, ao longo de dcadas e em quase todo
o mundo, os fundamentos da teoria do concreto armado e seus elementos ainda so
vlidos. Por volta de 1912, Koenen e Mrsch reconheceram que o efeito de uma
protenso reduzida era perdido com o decorrer do tempo devido a deformao lenta do
concreto.
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Em 1919 K. Wettstein fabricou na Alemanha painis de concreto protendidos
com cordas de ao para piano (cordas com alta resistncia). Em 1923 o americano R.
H. Dill, reconheceu que se deveriam utilizar fios de alta resistncia sob elevadas
tenses para superar as perdas de protenso.
Em 1924 Eugene Freyssinet (Frana) j havia aplicado a protenso para reduzir
o alongamento de tirantes em galpes de grandes vos sendo que em 1928,
apresentou o primeiro trabalho consistente sobre concreto protendido, percebendo a
importncia da armadura nas construes civis. Foi um dos maiores estudiosos no
desenvolvimento do concreto protendido, pois pesquisou as perdas de protenso,
produzidas pela retrao e deformao lenta do concreto, admitindo-se que s
possvel assegurar um efeito duradouro da protenso atravs de elevadas tenses no
ao. Inventou e patenteou mtodos construtivos, equipamentos, aos especiais,
concretos especiais, etc.
Em vrios pases comearam a surgir comisses, comits, institutos, etc., para
concreto armado, envolvendo representantes dos servios pblicos, da indstria da
construo civil e das entidades cientficas. Esses rgos contriburam muito paraa
evoluo do concreto armado e protendido, atravs de pesquisas e do
desenvolvimento de novas formas de construo.
A partir de 1949, o desenvolvimento do concreto protendido se acelerou. Em
1950, realizou-se em Paris a primeira conferncia sobre concreto protendido. Surgiu a
FIP (Federation Internacionale de la Precontraite). No mesmo ano, Finster Walder
executou a primeira ponte em balanos sucessivos (FIGURA DA PONTE 2). O mtod
se espalhou por todo mundo. Na mesma poca surgiram as cordoalhas de fios. O
sistema de colocar os cabos de protenso em bainhas, no interior da seo transversal
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do concreto endurecido, estabelecendo-se, mais tarde a aderncia por meio de injeo
de uma argamassa adequada de cimento, se imps definitivamente. Esse sistema
formou a base para a execuo de estruturas protendidas de grandes vos (Fig. 3).
FIGURA 2 Ponte protendida em balanos sucessivos Fonte: Verssimo e Csar (1998)
FIGURA 3 Ponte com grandes vos
Fonte: Verssimo e Csar (1998)
A primeira obra de concreto protendido no Brasil foi ponte do Galeo, no Ri
de Janeiro, construda em 1948 utilizando o sistema Freyssinet. Para esta obra tudo foi
importado da Frana como exemplo, o ao, as ancoragens, os equipamentos e tambm
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o projeto. No Brasil, a empresa pioneira em fabricao de ao para protenso a
Companhia Siderrgica Belgo-Mineira, em 1952. Este ao foi utilizado na construo da
segunda ponte brasileira com concreto protendido, a ponte de Juazeiro.
Em 1953 foi publicada a DIN 4227, norma alem de concreto protendido. A part
de 1956, conseguiu-se um aumento da capacidade das unidades de protenso e a
racionalizao dos mtodos construtivos, principalmente na construo de pontes.
Nos anos 70 consagrou-se a preferncia por cabos protendidos internos,
constitudos por cordoalhas ancoradas individualmente por meio de cunhas. Este
sistema tornou-se mais competitivo por permitir a construo de cabos de grande
capacidade, com protenso em torno de 200 tf a 600 tf.
Ento em 1978 o Comit Euro-Internacional du Betn (CEB/FIP) publicou
cdigo para Estruturas de Concreto Armado e Concreto Protendido. Muitas entidades
de normalizao em vrios pases usam o cdigo modelo da CEB como base para
elaborao de suas normas tcnicas.
2.3 O QUE A PROTENSO CAUSA NO CONCRETO
Segundo Pfeil (1984) o uso da protenso de extrema importncia no caso do
concreto, pois se trata de um dos materiais mais importantes utilizados em todo
mundo, que possui boa resistncia compresso, 25MPa a 50MPa, e pouca
resistncia trao, 10% do valor da compresso, tornando-se assim, pouco confivel
trao.
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Realmente, quando ocorrem problemas com a execuo do concreto, podem
aparecer fissuras devido retrao o que provoca a eliminao de qualquer tipo de
resistncia a trao do concreto antes mesmo que ela atue. Devido a isso, a resistncia
trao desprezada nos clculos.
O ao um material que resiste bem, tanto compresso como trao. Devido
sua alta resistncia, as sees das barras so geralmente muito reduzidas. Barras
muito esbeltas, quando comprimidas tornam-se susceptveis a flambagem. mais
conveniente sua utilizao para resistir trao.
A utilizao conjunta dos dois materiais permite que o concreto resista aos
esforos de compresso enquanto o ao resista aos de trao, como o caso das
vigas mistas e do concreto armado. Contudo, no concreto armado convencional, a parte
tracionada da seo no trabalha, havendo portanto um desperdcio de material. Pode-
se, ento, utilizar o ao para comprimir o concreto, de tal modo que ele no seja
tracionado, ou tenha uma trao pequena, quando atuarem as cargas externas.
O artifcio da protenso aplicada ao concreto, consiste em introduzir na estrutura
esforos prvios que reduzam ou anulem as tenses de trao no concreto sob ao
das solicitaes empregadas. Nessas condies diminui-se a importncia da fissurao
como condio determinante de dimensionamento da estrutura.
A protenso do concreto realizada, na prtica, por meios de cabos de ao de
alta resistncia, tracionados a ancorados no prprio concreto. A protenso desloca a
faixa de trabalho do concreto para o domnio das compresses, onde o material mais
eficiente. Com a protenso, aplicam-se tenses de compresso nas partes da seo
tracionadas pelas solicitaes dos carregamentos. Desse modo, pela manipulao das
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tenses internas, pode-se obter a contribuio da rea total da estrutura pela inrcia da
mesma.
Sob a ao de cargas, uma laje ou uma viga protendida sofre flexo alterando-se
as tenses de compresso aplicadas previamente. Quando a carga retirada, a
estrutura volta sua posio original e as tenses prvias so restabelecidas.
Se as tenses de trao provocadas pelas cargas forem inferiores as tenses
prvias de compresso, a seo continuar comprimida, no sofrendo fissurao. J se
essas forem superiores, as tenses de trao ultrapassam as tenses prvias, de modo
que o concreto fica tracionado e fissura. Retirando-se a carga, a protenso provoca o
fechamento das fissuras.
2.4 VANTAGENS TCNICAS DO CONCRETO PROTENDIDO
Para Pfeil (1983), a protenso das armaduras em estruturas de concreto
proporciona uma srie de vantagens, como por exemplo:
Permite projetar sees mais esbeltas que o concreto armado
convencional, entretanto, se o comportamento em servio um fator
predominante, uma vez que toda a seo de concreto pode trabalhar
compresso;
Permite controlar a deformao elstica e limit-la a valores menores
pelos quais seriam obtidos para estruturas similares em ao ou concreto
armado;
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Proporciona melhores condies de popularidade, pois anula totalmente,
ou quase totalmente, as tenses de trao, principais pela fissurao. As
armaduras ficam mais protegidas;
Permite que a estrutura se recomponha aps a atuao de uma
sobrecarga eventual no prevista. Fissuras abertas se fecham devido
ao da fora de protenso;
A estrutura normalmente possui maior resistncia fadiga, pois a variao
de tenso no ao, proveniente de cargas mveis, muito pequena se
comparada com o valor da sua resistncia caracterstica;
A operao de protenso funciona como uma verdadeira prova de carga,
pois as tenses, introduzidas nesta fase so muito maiores que a
correspondente situao da pea em servio. A estrutura testada
antes de entrar em operao propriamente.
2.5 PROTENSO E CONCRETO PR-MOLDADO
muito comum a utilizao de peas pr-moldadas com concreto protendido. A
quantidade de equipamentos e materiais envolvidos no processo construtivo, bem como
a necessidade de um concreto de melhor qualidade, motivam a construo das peas
em um canteiro de obras apropriado, onde possvel executar as protenses e
processar a cura do concreto em condies favorveis e com rigoroso controle
tecnolgico.
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A protenso com aderncia inicial largamente empregada na produo de
elementos pr-fabricados em pistas de protenso. Utilizam-se fios ou cordoalhas de ao
especiais, esfriados ao ar livre com o auxlio de macacos hidrulicos, que se apiam em
blocos de cabeceira da pista (Fig. 4 e Fig. 5). As peas so ento concretadas e, aps
o suficiente ganho de resistncia do concreto, os fios ou cordoalhas so liberados,
ficando diretamente em contato como concreto, aderidos apenas pelo atrito.
FIGURA 4 Esquema de uma pista de protenso tpica Fonte: Internet
A utilizao da protenso em pr-moldados, associada com concretos de alta
resistncia, traz uma srie de benefcios dentre os quais pode-se citar:
A protenso permite que, nos casos de peas fletidas, toda a seo da
pea trabalhe sob compresso, de forma que o aproveitamento da
capacidade resistente da seo muito maior que nas peas de concreto
armado;
O concreto com fck alto atinge resistncia suficiente para suportar aprotenso logo nas primeiras idades, com pouco tempo de cura,
acelerando o processo de produo na fbrica;
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Concretos com fck alto sofrem menos retrao, menos deformao, e
como conseqncia apresentam menos fissuras que os concretos
comuns;
A fora de protenso mantm as eventuais fissuras fechadas, garantindo
uma melhor proteo das armaduras contra corroso.
FIGURA 5 Esquema de execuo de vigas com armadura pr-tracionadaspoligonais em leito alongado, permitindo a execuo simultnea de vriasvigas em srie. (1) armadura pr-tracionada, (2) placa de ancoragem, (3)viga de concreto, (4) pontos de apoio das armaduras poligonais, (5) pontosde rebaixamento das armaduras poligonais.
Fonte: Internet.
Vrias indstrias brasileiras de pr-moldados de concreto dominam a tecnologia
do concreto protendido, produzindo postes, pilares, vigas, reservatrios e silos (Fig
9,10,11 e 12), dentre outros elementos (Fig. 6, 7, 8),
FIGURA 6 Sees tpicas de pr-moldados em concreto protendido Fonte: Internet
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FIGURA 7 Exemplos de sees de peas com armaduras pr-tracionadas: a) estaca ou poste deseo quadrada; b) estaca ou poste com seo circular oca; c) viga T simples; d) vigaT dupla; e) viga I para pontes; f) viga celular para pontes.
Fonte: Internet.
FIGURA 8 Sees tpicas de vigas pr-moldadas de concreto protendido. Fonte: PRECON
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FIGURA 9 Exemplos de construo de pr-moldados: Galpes Industriais. Fonte: PRECON
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FIGURA 10 Exemplos de construo de pr-moldados: Edifcios. Fonte: PRECON
FIGURA 11 Exemplos de construo em pr-moldados: Pontes.
Fonte: CONCER.
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FIGURA 12 Exemplos de construo em pr-moldados: Passarelas. Fonte: CONCER.
2.6 OUTRASAPLICAES PARA O CONCRETO PROTENDIDO
O nmero de aplicaes do concreto protendido infinito, uma vez que sempre possvel inventar um modo de utilizar a protenso. Vale a pena citar as obras de
grandes portes como as plataformas martimas (offshore) de explorao de petrleo ou
gs, os invlucros de proteo de centrais atmicas, as torres de concreto e as pontes
estaiadas. comum o uso de tirantes de ancoragem protendidos em obras de terra
como cortinas atirantadas, estruturas de conteno, barragens, etc (Fig 13).
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FIGURA 15 Reservatrio de gua (Flrida-USA)Fonte: Internet
FIGURA 16 Silo em concreto protendido Fonte: Internet
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2.7 DEFINIES
2.7.1 Termos utilizados no sistema de protenso
Ao de Fretagem: ao de reforo usado para controlar as foras de
trao desenvolvidas no concreto atrs das ancoragens, devido
compresso provocada pelo cabo, que se distribuem em todas as
direes;
Ao para Protenso: Ao de alta resistncia que usado para protender
o concreto, normalmente cordoalha formada por 7 fios. o elemento do
cabo que alongado e ancorado para promover a necessria fora de
protenso. Ao ser tracionado a 75% da carga de ruptura, ou seja, perto de
15 toneladas, esse ao se alonga entre 6 e 7 mm/m. Assim esticado
fixado por ancoragens. Tentando voltar ao comprimento inicial ele
comprime o concreto atravs das ancoragens.
Alongamento: Acrscimo de comprimento do ao de protenso
(cordoalha) que ocorre sob aplicao da fora de protenso.
Ancoragem: Conjunto de peas mecnicas incluindo todos os
componentes requeridos para ancorar (fixar) o ao para protenso e
transmitir permanentemente a fora de protenso ao concreto.
Ancoragem Ativa: Ancoragem da extremidade ativa do cabo que usada
para tencionar e fixar oao para protenso (cordoalha).
Ancoragem Passiva: Ancoragem da ponta final do cabo, normalmente
colocada e fixada numa das extremidades do cabo antes deste chegar ao
local da obra. No usada para aplicar a protenso ao cabo.
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Atrito devido s oscilaes inevitveis: o atrito causado por desvios
horizontais e verticais no intencionais do cabo.
Bainha Plstica: Material de cobertura formando um revestimento no qual
o ao de protenso (cordoalha) fica contido para evitar a aderncia
durante a colocao do concreto, para promover proteo contra corroso
e conter o envolvimento de graxa inibidora de corroso. feita de
polietileno de alta densidade que extrudado diretamente sobre a
cordoalha envolvida em graxa.
Barras de Ao Complementares: Ao de reforo (vergalho) usado para
controlar a distribuio das foras de trao no concreto resultantes da
concentrao das ancoragens desenvolvidas pelos cabos tracionados.
Cabo Aderente: Cabo com um espao anelar entre a cordoalha de
protenso e umas bainhas geralmente metlicas, injetadas com pasta de
cimento e gua, que depois de tracionado promove a aderncia do cabo
seo de concreto que o envolve.
Cabo Monocordoalha: cabos cujas ancoragens admitem o alojamento de
uma s cordoalha.
Cabo No Aderente : Cabo no qual o ao de protenso (cordoalha)
impedido de aderir ao concreto e fica livre para se mover em relao ao
mesmo, assim, a fora de protenso permanentemente transferida para
o concreto pelas ancoragens.
Cabos Distribudos (regularmente distribudo s): Cabos simples ou em
grupos, uniformemente distribudos, normalmente perpendiculares aos
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cabos em faixa (vigas, paredes, etc.) e espaos no mximo 8 vezes a
espessura da laje, ou a 1,50m.
Cabos em Faixa: Grupos de cabos proximamente espaados colocados
juntos em uma faixa estreita, normalmente ao longo da linha de pilares.
Essa faixa simula vigas na espessura da laje.
Cordoalha: Arames de ao de alta resistncia enrrolados entre si ou ao
redor de um fio central. Em cabos no aderentes, a cordoalha de sete fios
usada quase que exclusivamente.
Cunhas: Pea de metal tronco-cnico com dentes que mordem o ao de
protenso (cordoalha) durante a transferncia da fora de protenso do
macaco hidrulico para a ancoragem. Os dentes so adoados na ponta
mais fina para assegurar o desenvolvimento gradual da fora do cabo
sobre o comprimento da cunha. Cunhas bipartidas so normalmente
usadas para cabos monocordoalhas.
Deformao Lenta: Deformao dependente do tempo (encurtamento)
do concreto sob tenso constante.
Desenhos de Instalao: Desenhos detalhados fornecidos pela firma de
protenso ou projetistas, contendo informaes como: nmero, dimetro,
comprimento, marcao, localizao, alongamento e perfil de cada cabo a
ser colocado.
Desprotenso: Meio de liberar a fora de protenso do cabo.
Encurtamento Elstico: Encurtamento da pea de concreto que ocorre
imediatamente aps a aplicao da fora de protenso.
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Equipamento de Tensionamento: Consiste normalmente de macaco,
bomba hidrulica de alta presso, mangueiras e manmetro de presso.
Estouro: o colapso (rompimento) do concreto durante ou aps a
protenso, devido a diversas causas. Pode ser considerado como uma
exploso.
Espaador Contnuo: Dispositivo contnuo usado para suportar os
vergalhes e os cabos na parte inferior das lajes e promover seu
cobrimento adequado.
Extremidade Ativa: Ponta do cabo na qual a fora de protenso
aplicada.
Forma para Nicho: Pea plstica de utilidade temporria usada na
extremidade ativa durante o lanamento de concreto para moldar uma
abertura (nicho) no mesmo, que permita ao equipamento de protenso
acessar a cavidade da placa de ancoragem.
Macaco: Dispositivo mecnico (normalmente hidrulico) usado para
aplicar fora no cabo de protenso.
Mandbula do Macaco: Cunhas usadas no macaco para segurar a
cordoalha durante a operao de protenso.
Monocordoalha: Cabo cuja ancoragem consegue alojar uma nica
cordoalha.
Nariz do Macaco: Parte frontal do macaco que se encaixa no nicho de
trao para alinhar o macaco com a ancoragem.
Pelcula de Concreto: Pasta cimentcia misturada com agregados finos
que pode se depositar no furo tronco-cnico da placa de ancoragem.
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Perdas por Acomodao da Cunha: O movimento de retorno das
cunhas (geralmente entre 5 e 7mm) dentro da cavidade da placa durante
a transferncia da fora de protenso do macaco para a ancoragem,
resultando em perda da fora de protenso.
Perdas por Atrito: A perda de tenso (fora) em um cabo de protenso
resultante do atrito criado entre a cordoalha e a bainha, devida s
oscilaes inevitveis e/ou aos perfis de projeto do cabo, durante a
protenso.
Porta-Cunhas: Pea de metal externamente cilndrica e com furo tronco-
cnico interno que aloja as cunhas, normalmente usada com uma placa
para transferir a fora de protenso ao concreto.
Placas das Mandbulas do Macaco: Placas de ao projetadas para
segurar no lugar as mandbulas do macaco durante a operao de
protenso.
Placa de Apoio: Placa de metal que se apia diretamente no concreto e
parte do conjunto de ancoragem.
Placa de Ancoragem: Para cabos monocordoalha, pea normalmente de
ferro fundido dctil, que aloja as cunhas e usada para transferir a fora
de protenso para o concreto. O furo tronco-cnico da placa de
ancoragem para alojamento da cunha tem a superfcie regular, porm,
rugosa.
Ps -Trao: Mtodo de protenso no qual os cabos so tencionados
depois que o concreto est endurecido e com resistncia suficiente.
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Protenso Inicial: Fora atuante no cabo imediatamente aps a
transferncia da fora de protenso para p concreto. Isso ocorre depois
que as cunhas foram assentadas na placa de ancoragem pelo recuo da
cordoalha aps a retirada do macaco.
Protenso Parcial: Protenso do concreto em nveis de tenso tais que
as tenses de trao possam existir sob as cargas de servio projetadas.
Protender: Colocar o material (concreto) em um estado de compresso,
anteriormente aplicao das cargas.
Protenso Efetiva: A fora de protenso num ponto especfico de uma
pea de concreto, depois que todas as perdas ocorram.
Revestimento de Graxa: Material de revestimento para inibir a corroso
de acordo como critrio de performance do Instituto da Ps-Trao (EUA),
conforme descrito nas suas Especificaes para Cabos
Monocordoalhados No Aderentes .
Sistema Encapsula do: Um sistema constitudo de conexes prova
d gua nas ancoragens ativa, intermedirias e passivas, que tem a
cavidade ao lado da cunha, posteriormente coberta pos uma tampa
impermevel cheia de um material inibidor de corroso.
Tracionamento em Etapas: Tracionamento seqencial dos cabos em
passos ou estgios separados ao invs de tencionar todos os cabos
durante a mesma operao de protenso.
Zona de Ancoragem: Regio de concreto adjacente ancoragem sujeita
s tenses resultantes da fora de protenso.
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2.7.2 Armadura de protenso
A armadura de protenso constituda por fios ou barras, feixes (barras e fios
paralelos) ou cordes (fios enrrolados), e se destina produo das foras de
protenso. Denomina-se cabo a unidade da armadura de protenso considerada no
projeto. A armadura de protenso tambm designada por armadura ativa.
2.7.3 Armadura passiva
Armadura passiva qualquer armadura no utilizada para produzir foras de
protenso.
2.7.4 Concreto protendido com aderncia inicial
aquele em que o estiramento da armadura de protenso feito utilizando-se
apoios independentes da pea, antes do lanamento do concreto, sendo a ligao da
armadura de protenso com os referidos apoios desfeita aps o endurecimento do
concreto. A ancoragem doconcreto feita s por aderncia.
2.7.5 Concreto protendido com aderncia posterior
aquele em que o estiramento da armadura de protenso realizado aps o
endurecimento do concreto, utilizando-se, como apoios, partes da prpria pea,
criando-se posteriormente aderncia com o concreto de modo permanente.
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2.7.6 Concreto protendido sem aderncia
aquele obtido como no caso anterior, mas em que, aps o estiramento da
armadura de protenso, no criada a aderncia com o concreto.
2.7.7 Protenso sem aderncia
A armadura ativa tracionada aps a execuo da pea de concreto. A falta de
aderncia refere-se somente armadura ativa. A armadura passiva deve sempre estar
aderida ao concreto. Geralmente, a armadura ativa colocada dentro de dutos
metlicos ou de plstico. Aps a aplicao da fora de protenso, injeta-se graxa
nesses dutos para proteger a armadura da corroso.
Vantagens:
Permite posicionar os cabos com excentricidade;
Permite a proteo do ao contra corroso fora da obra;
Permite a colocao dos cabos de forma rpida e simples;
Quase no ocorre perda por atrito;
Eliminao da operao de injeo.
2.7.8 Protenso com aderncia inicial
bastante utilizada na fabricao de pr-moldados de concreto protendido. Na
forma de protenso, a armadura ativa posicionada, ancorada nos blocos das
cabeceiras e ento tracionada. A armadura passiva colocada, e a pea concretada
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envolvendo-se uma armadura previamente tracionada. A fora de protenso
transferida ao concreto pela aderncia, que deve estar ento suficientemente
desenvolvida.
2.7.9 Protenso com aderncia posterior
A protenso aplicada sobre uma pea de concreto j endurecido e a aderncia
processada posteriormente, geralmente atravs de injeo de calda de cimento no
interior das bainhas.
Vantagens:
Aumento da capacidade das sees no estado limite ltimo;
Melhor comportamento da pea entre os estgios em que poder ocorrer
fissurao e o que poder ocasionar ruptura;
Em caso de falha de um cabo as conseqncias sero restritas, como
incndio, exploso e terremoto.
Segundo Verssimo (1998), os cabos aderentes, alm de introduzir o esforo
de protenso numa pea de concreto podem funcionar ainda como armadura
convencional, graas a aderncia entre o cabo e o concreto. Essa propriedade
muito importante para o comportamento da pea no que diz respeito
fissurao. Os cabos no-aderentes funcionam apenas como elementos para
aplicao da fora de protenso. Em funo da ausncia de ligao entre o
cabo e o concreto, sua contribuio para a resistncia ruptura da pea
limitada.
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2.7.10 Classificao em funo do nvel de protenso
De acordo com o item 4.1 da NBR 6118/2003, a protenso pode ser completa,
limitada ou parcial de acordo com as definies a seguir:
Protenso Completa: existe protenso completa quando se verificam as
duas condies seguintes:
1. para as condies freqentes de aes, previstas no projeto,
respeitado o Estado Limite de Descompresso;
2. para as combinaes raras de aes, quando previstas no projeto,
respeitado o Estado Limite de Formao de Fissuras.
Protenso Limitada: existe protenso limitada quando se verificam as duas
condies seguintes:
1. para as combinaes quase permanentes de aes previstas no
projeto, respeitado o Estado Limite de Descompresso;
2. para as combinaes freqentes de aes, previstas no projeto,
respeitado o Estado Limite de Formao de Fissuras.
Protenso Parcial: existe protenso parcial quando se verificam as duas
condies seguintes:
1. para as combinaes quase permanentes de aes previstas no
projeto, respeitado o Estado Limite de Descompresso;
2. para as combinaes freqentes de aes, previstas no projeto,
respeitado o Estado Limite de Formao de Abertura de Fissuras
com abertura caracterstica menor ou igual a 0,2 mm.
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A classificao do nvel de protenso est relacionada em funo da classe de
agressividade ambiental definidos na tabela 13.3 da NBR 6118/2003.
TABELA 1 Classe de agressividade ambiental e exigncias relativas a fissurao excessiva e aprotenso da armadura ativa
Fonte: NBR 6118/2003
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3 CARACTERSTICAS DO CONCRETO PROTENDIDO
3.1 CONCRETO
Para Verssimo e Csar (1998), a execuo de estruturas protendidas requer um
rigoroso controle de qualidade do concreto, com realizaes de ensaios e controle
contnuo tanto do concreto como dos agregados.
O cdigo utilizado para controle do uso do concreto protendido a NBR
6118/2003 quepede um fck 25Mpa.
As faixas de resistncia normalmente utilizadas so:
1 Concreto Armado: 15MPafck 20MPa;
2 Concreto Protendido: 30MPafck 40MPa.
Os fatores que podem ser responsveis pela alta resistncia so:
A introduo de fora de protenso pode causar solicitaes elevadas,
geralmente mais altas que as correspondentes a uma situao de
servio;
Concretos de alta resistncia possuem em geral, modulo de deformao
mais elevado, o que diminui as deformaes imediatas como as que
ocorrem ao longo do tempo.
importante tambm, que o concreto possua boas caractersticas de
compacidade e baixo nvel de permeabilidade, para que se obtenha proteo suficiente
contra a corroso de armaduras.
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Para que o concreto atenda aos elevados requisitos impostos s estruturas de
concreto protendido, indispensvel:
Observar as recomendaes da tecnologia de produo de concretos;
Usar os tipos mais adequados de cimento (Portland, ARI, Pozolnico,
etc.);
Utilizar agregados devidamente selecionados quanto origem
mineralgica e a granulometria;
Determinar propores adequadas entre cimento, agregado, gua e
aditivos;
Executar uma cura cuidadosa.
3.1.1 Resistncia compresso
Segundo Verssimo e Csar (1998), o parmetro principal para distino de um
concreto a sua resistncia caracterstica a compresso, o fck. Esse valor
caracterstico estabelecido atravs da resistncia compresso, medida em corpos
de prova cilndricos de 15cm de dimetro e 30cm de altura, obtido aos 28 dias de cura
O fck definido como a resistncia para a qual a probabilidade de ocorrerem valores
menores de 5%.
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3.2 AO UTILIZADO NOS CABOS DE PROTENSO
Segundo Hanai (2002), os aos utilizados no concreto protendido caracterizam-
se por elevada resistncia e pela ausncia de patamar de escoamentos. Desta forma,
so sensivelmente mais econmicos que os aos normalmente empregados na
construo com concreto armado, j que sua resistncia pode ser aproximadamente 3
(trs) vezes maior. Os aos de alta resistncia podem ser fornecidos tambm em
grandes comprimentos, na forma de fios e cordoalhas, evitando-se assim, os problemas
relacionados com a emenda da armadura em peas estruturais de grandes vos. Na
construo com concreto armado a utilizao de aos de alta resistncia proibitiva,
devido aos alongamentos excessivos que produziriam fissuras muito abertas,
entretanto, para o concreto protendido este problema evitado atravs do alongamento
prvio da armadura.
Existem duas especificaes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas
(ABNT) que regulamentam as caractersticas e propriedades do ao de protenso:
NBR 7482 Fios de ao para concreto protendido;
NBR 7483 Cordoalhas de ao para concreto protendido.
Os aos de protenso so encontrados nas seguintes formas:
a) Fios trefilados de ao carbono, com dimetro de 3 a 8 mm,
fornecidos em rolos ou bobinas;
b) Cordoalhas: fios enrrolados em forma de hlice com dois, trs, ou
sete fios;
c) Barras de ao-liga de alta resistncia, laminados a quente, com
dimetros superiores a 12 mm e comprimento limitado.
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Quanto modalidade do tratamento podem ser:
a) Aos aliviados ou de relaxao norma (RN): so aos retificados por
um tratamento trmico que alivia as tenses internas de trefilao;
b) Aos estabilizados ou de relaxao baixa (RB): so tracionados e
simultaneamente submetidos a uma temperatura elevada (400C),
isto , recebem um tratamento termodinmico que melhoram as
caractersticas elsticas e reduz as perdas de tenso mantendo-se
praticamente estveis depois de certo tempo.
Os tipos e bitolas de ao fornecidas pela indstria variam no tempo e dependem,
por exemplo da: normalizao nacional e internacional, j que o ao alm de ser
vendido no mercado interno tambm exportado para outros pases, e, demanda do
mercado. A indstria geralmente, capaz de fornecer tipos de ao que no constam de
seus catlogos de produtos desde que seja feita uma encomenda.
No Brasil, a fabricao do ao de protenso se iniciou em 1952, atravs da
Companhia Siderrgica Belgo-Mineira. Nessa poca s era fabricado o fio de ao de
dimetro 5,0mm. Na dcada de 60 comearam a aparecer as cordoalhas de dois, trs e
sete fios que esto gradativamente substituindo os fios isolados de 5 e 8 mm. Nos
pases em que a tecnologia do concreto protendido se difundiu h mais tempo,
praticamente no se usa mais os fios pois as cordoalhas tm se mostrado mais
econmicas. No Brasil os fios ainda so utilizados, principalmente nos sistemas que
empregam pr-trao.
Na ps-trao, tm se optado quase que exclusivamente por utilizar cordoalhas
de 7 fios de 12,7 mm. A cordoalha de 7 fios de 15,2 mm pouco utilizada, apesar
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de apresentar grandes vantagens no tocante ao alojamento dos cabos em peas cujas
dimenses no podem ser aumentadas.
Segundo informaes obtidas da empresa Belgo, a partir de 1974 comeou a
produzir aos estabilizados, nos quais aplicado um tratamento trmico sob tenso
elevada. Esse tratamento produz aos de baixa relaxao (RB) em oposio aos
anteriores denominados (RN) (de relaxao normal). Esse avano tecnolgico permitiu
reduzir bastante as perdas de protenso que os estudos recentes mostraram ser muito
maiores que os 15% admitidos nas primeiras obras (Tabelas 1 e 2).
Atualmente, so produzidos no Brasil tanto aos RN como RB, existindo um
ntida preferncia pelos aos de relaxao baixa (Tabelas 3 e 4).
Segundo Vasconcelos (1985), a partir de 1977 a Siderrgica Barra Mansa
passou a fabricar as barras de ao filetado CP 85/105 com dimetro de 32 mm, e mais
recentemente tambm as barras lisas de 19mm, diretamente para a empresa
Protendidos Diwidag Ltda, representante no Brasil da patente alem Diwidag. O aoque no vendido diretamente para o consumidor, tem sido aplicado, com os demais
componentes da patente Diwidag, principalmente em conteno de taludes de terra ou
de rochas e em fundaes.
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TABELA 2- Especificao dos produtos (RN e RB)
Fonte: Siderrgica Belgo-Mineira
TABELA 3 Acondicionamento dos fios (RN e RB)
Fonte: Siderrgica Belgo-Mineira
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TABELA 4 Especificao do produto (Cordoalha de 3 e 7 fios RB)
Fonte: Siderrgica Belgo-Mineira
TABELA 5 Acondicionamento dos fios (Cordoalha de 3 e 7 fios RB)
Fonte: Siderrgica Belgo-Mineira
3.3 PROTENSO COM CORDOALHAS ENGRAXADAS
Segundo Cauduro (2002), desde janeiro de 1996, quando iniciou sua pesquisa
nos Estados Unidos da Amrica sobre o processo de protenso no aderente, utilizada
naquele pas desde a dcada de 60, vem se reunindo literatura e observaes sobre o
desenvolvimento e o uso desse sistema de protenso descomplicando: ps-trao com
cordoalhas engraxadas e plastificadas. Antes, o sistema de protenso usual no Brasil
era o de ps-trao com aderncia posteriormente desenvolvida, com uso de
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cordoalhas nuas, envoltas por bainhas metlicas, com posterior preenchimento com
injeo de pasta de cimento e gua em todo o seu interior, que promove a aderncia
entre as cordoalhas. um processo muito utilizado na construo de pontes e viadutos,
nos quais existem grandes concentraes de foras, com muitas cordoalhas
distribudas em pequeno espao fsico.
Conceitualmente, tm-se as mesmas vantagens dos outros sistemas de
protenso: estruturas com deformao e fissurao controladas com emprego mais
eficiente do concreto e do ao, permitindo sees de dimenses mais reduzidas;
entretanto, com custos mais reduzidos. Esta vantagem comparativa advm das
caractersticas do sistema no aderente: dispensa bainha metlica e a posterior injeo
de nata de cimento. Alm de tudo, as cordoalhas so de fcil manuseio, de colocao e
fixao sem maiores dificuldades, podendo ser facilmente desviadas dos obstculos. A
operao de protenso fica simplificada, tendo em vista que os macacos e sistemas de
ancoragem foram especialmente projetados para nveis leves de protenso. O resultado
a possibilidade que se abre aos arquitetos e engenheiros ao lanar mo de estruturas
com nmero reduzido de pilares, de lajes planas, com maior liberdade de utilizao do
seu espao interno, de fachadas mais abertas para iluminao e ventilao, de reduo
dos ndices de frma e escoramento, com custos competitivos mesmo comparados a
estruturas tradicionais de concretos convencionais existente no mercado.
O sistema de protenso com cordoalhas engraxadas e plastificadas utilizadas no
mundo todo, principalmente nos EUA, tem diversas caractersticas diferentes do
sistema aderente, principalmente quanto praticidade e simplicidade dos materiais e
servios:
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A cordoalha j vem com graxa protetora contra corroso e a bainha
plstica individual extrudada diretamente sobre a cordoalha engraxada,
muito resistente que suporta o manuseio usual dos materiais no canteiro
(Fig 17);
Simples fabricao dos cabos;
Cada cordoalha pesa 0,88kg/m ( 12,7mm);
O posicionamento das cotas feito com o auxlio de peas de plstico ou
ao (cadeirinhas)(Fig 18);
As cunhas so bipartidas sem anel de unio;
Forma plstica descartvel padronizada, para formao de nicho por onde
entrar o bico do macaco (Fig 19);
Macaco hidrulico de dois pistes (19kg) (Fig 20);
Usa bomba hidrulica pequena (35kg) de fcil transporte;
A protenso feita em uma s elevao de presso, pois no hretificao de cordoalha;
No necessita o uso de injeo de pasta de cimento.
Atravs disso, o uso de protenso com cordoalhas engraxadas abriu um novo
horizonte na construo protendida no Brasil desde sua introduo.
Fig 17 Cordoalha Fig 18 Cadeirinhas
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Fig 19 Forma para nicho Fig 20 Macaco Hidrulico
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4 FABRICAO
4.1 FABRICAO DAS CORDOALHAS
De acordo com Cauduro (2002), os procedimentos de fabricao de cabos no
aderentes devem estar de acordo com as exigncias do Instituto daPs-Trao
americano (PTI) "Especificaes para Cabos Monocordoalha No Aderentes"
publicado em julho de 1993.
O primeiro passo no processo de fabricao o cobrimento da cordoalha com graxa (fig
21).
FIGURA 21 Cordoalha coberta de graxa revestida com bainha plstica.
A cordoalha nua (Fig. 22) coberta com graxa inibidora de corroso e ento
revestida com a bainha plstica (Fig 23). O processo comea passando a cordoalha por
um aplicador de graxa que recobre a cordoalha uniformemente com a quantidade exata
de graxa inibidora de corroso. A cordoalha coberta de graxa segue pela mquina
extrusora que aplica e regula a espessura adequada de plstico derretido.
Posteriormente a cordoalha passa por uma canaleta de gua para que seja resfriada
antes de ser novamente enrolada.
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FIGURA 22 Rolo de cordoalha nua.
FIGURA 23 Processo de extruso.
A bobina de 11t com a cordoalha revestida pela bainha plstica (Fig 24) ento
transferida para a linha de corte onde cortada em bobinas menores, de at 3t, para
despacho aos clientes (Fig 25).
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FIGURA 24 Bobina com FIGURA 25 Cordoalha de 3t plastificada pronta para entrega 11t de cordoalha
4.2 FABRICAO DOS CABOS
Recebidas as bobinas, a firma de protenso ou a prpria obra providencia o
corte das cordoalhas nos comprimentos do projeto. Em seguida recebem uma
ancoragem pr-cravada em uma das extremidades formando cabos monocordoalhas.
So ento etiquetados e identificados para transporte.
Todo cuidado deve ser tomado para assegurar que as ancoragens passivas
estejam fixadas de acordo com as diretrizes da firma de protenso. Os cabos cortados
e enrolados so cintados juntos usando uma amarrao de ao com um material de
proteo entre os cabos enrolados e a amarrao, pois, assim, a bainha plstica no
ser danificada (Fig 26). Todos os cabos enrolados devem ser identificados com o
nome da obra, nmero do pavimento, concretagem, etc. S ento os cabos enrolados
so carregados em caminhes e remetidos para o canteiro de obras (Fig 27). Uma vezentregues, o armazenamento, o manuseio e a colocao dos cabos de
responsabilidade da construtora e/ou do instalador.
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FIGURA 26 Estoque de cabos cortados e enrolados, comancoragens pr-blocadas, devidamente etiquetados.Amarrao com arame cabo a cabo. Paraamarrao de conjuntos de cabos deve ser usada cinta protetora para no danificar a bainha plstica
FIGURA 27 M condio de estoque na obra de cabos cortados
Para facilitar a identificao dos cabos e seus respectivos comprimentos, alguns
projetistas estruturais j definem em seus projetos a marcao dos cabos com tinta
spray por meio de uma combinao de trs cores. Assim o instalador pode identificarmais facilmente a diferena de comprimento entre os cabos.
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5 DOCUMENTOS DE CONTROLE PARA UMA OBRA DEPROTENSO
Segundo Cauduro (2002), certos documentos tm um papel importante no
sucesso da construo de qualquer projeto. A disponibilidade, preservao e controle
desses documentos iro ajudar a prover uma montagem e protenso sem defeitos. Os
documentos pertinentes so: desenhos da cablagem, romaneios, certificados de
qualidade dos materiais, calibrao dos macacos e os registros da protenso. Este
material deve ser mantido com a construtora ou seu designado. Cada um deles ser
discutido a seguir:
5.1 DESENHOS DE INSTALAO (CABLAGEM):
A instalao de qualquer elemento da ps-trao deve somente ser iniciada de
acordo com os desenhos para construo feitos pelo engenheiro estrutural. Os
desenhos devem detalhar o nmero, tamanho, comprimento, marcao de cores,
alongamento, perfil e localizao (ambos em planta e elevao) de todos os cabos,
assim como o plano dos apoios para os cabos e para o ao de fretagem. de
responsabilidade da construtora ou de seu designado mudar os desenhos depois de
aprovados e marc-los para mostrar as revises ou substituies em relao aos
desenhos revisados e reprovados. Deve-se prestar muita ateno para atualizar todas
as alteraes, e os desenhos substitutivos devem ser preservados pelas construtoras
ou seu designado.
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5.2 ROMANEIOS
Cada remessa de materiais de ps-trao entregue no canteiro de obras deve
ser acompanhada por uma lista detalhada dos materiais (placas de ancoragem, cunhas,
cadeiras para suporte dos cabos, cabos, macacos e etc.). A quantidade de materiais
entregue deve ser conferida com a lista de remessa no momento em que os materiais
so descarregados. Discrepncias devem ser relatadas pela construtora ou seu
designado imediatamente aps a descoberta. Falha em providenciar a notificao em
tempo hbil pode resultar em extenso do prazo de execuo da obra.
5.3 CERTIFICADO DOS MATERIAIS
As propriedades fsicas dos materiais de ps-trao so descritas por certificados de
materiais fornecidos pelo fabricante da cordoalha e pela firma de protenso, quando
requeridos nos documentos de contrato. Tais certificados podem acompanhar a
remessa para o canteiro de obras ou chegar pelo correio, para a construtora ou seu
designado. Todos devem estar disponveis para consulta quando necessrio.
Certificados das amostras de material do cabo so mostrados no anexo 1.
5.4 CALIBRAO DOS MACACOS
Cada conjunto de equipamentos de protenso (macaco e bomba) disponibilizado
pela firma deve ser acompanhado por uma tabela de calibrao relatando a presso no
manmetro para a fora aplicada no cabo. As tabelas de calibrao devem chegar com
o equipamento e devem estar disponveis para uso pela equipe de protenso e
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inspetores sempre que as operaes de protenso so iniciadas. O manmetro da
bomba deve estar regulado para mostrar a presso mxima de protenso. Exemplo da
tabela de calibrao do macaco mostrado no anexo 2.
5.5 TABELAS DE PROTENSO
As tabelas de protenso devem estar disponveis para uso pela equipe de protenso e
inspetores do projeto sempre que a protenso iniciada. responsabilidade da
construtora ou de seu designado remeter imediatamente aps a protenso ter sido
completada, as tabelas para reviso e aprovao pelo engenheiro estrutural antes do
corte das pontas dos cabos. Exemplo da tabela de protenso mostrado no anexo 3.
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6 ENTREGA, RECEPO, MANUSEIO E ESTOCAGEM
6.1 ENTREGA E ACEITAO
Segundo Cauduro (2002), deve-se observar:
1.Quando o ao cortado fora do local da obra, todos os cabos enrolados
devem ser identificados com o nome da obra, nmero do pavimento, nmero da
concretagem, etc;
2. Aps a entrega responsabilidade do comprador zelar pela integridade dos
materiais e equipamentos para satisfazer as especificaes e documentos de contrato.
O comprador normalmente transfere a responsabilidade ao instalador;
3. responsabilidade do instalador conferir o material entregue em relao
lista de remessas no momento em que o mesmo descarregado. Discrepncias quanto
ao material entregue devem ser relatadas pelo construtor ou seu designado
imediatamente aps a descoberta. Falha em providenciar a notificao em tempo hbil
pode limitar os direitos do comprador de recorrer e resultar em extenso do prazo da
obra.
6.2 MANUSEIO E ESTOCAGEM
Para evitarmos problemas com as cordoalhas, deve-se tomar cuidado com osseguintes itens:
1. Durante o processo de descarga deve-se ter cuidado para no danificar a
bainha plstica. recomendado o uso de correia de nylon durante a descarga e
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manuseio dos materiais. A correia de nylon nunca deve estrangular no manuseio dos
cabos de ao de protenso enrolados, sempre envolvendo o rolo com a correia e
passando-a pelo centro do mesmo. Deve-se enganchar cada ala da correia no
equipamento de iamento. No se deve utilizar correntes ou ganchos para descarregar
os cabos, pois isso pode resultar em danos severos aos mesmos;
2. O processo de descarga deve ser efetuado to prximo quanto possvel da
rea de armazenamento para evitar manuseio excessivo dos materiais. Mltiplas
movimentaes de estoque aumentam a possibilidade de danificar a bainha plstica e
outros componentesdo sistema;
3. Todos os cabos devem ser estocados em uma rea seca sobre um estrado
para mant-los isolados do solo. Se forem usadas lonas plsticas para cobri-los,
responsabilidade do instalador mant-los coberto. Quando usadas lonas para proteo
dos cabos, elas devem ser colocadas formando uma tenda para permitir a livre
circulao do ar por entre os cabos enrolados para evitar a corroso em conseqncia
da condensao que se forma embaixo da lona. Os cabos no devem ser expostos
gua, sal ou outro tipo de elemento corrosivo. Quando o armazenamento por um longo
prazo necessrio, os cabos devem ser protegidos da exposio luz do sol por
longos perodos de tempo. O correto armazenamento do material no canteiro de obras
fundamental para a integridade dos sistemas de ps-trao no aderente;
4. As cunhas e as ancoragens devem ser estocadas em uma rea limpa e seca e
identificadas por pavimento e/ou seqncia de concretagem. Esses materiais somente
devem ser usados na concretagem programada para elas. Caso as peas programadas
para uma concretagem sejam usadas em outra concretagem, o instalador deve notificar
a mudana com o propsito de rastreamento. Qualquer movimento de ancoragens e
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cunhas no canteiro de obras deve ser feito com cuidado para preservar o rastreamento
do lote;
5. O macaco e o manmetro da bomba no podem ser separados. Ambos so
calibrados como se fossem um s equipamento;
6. Deve-se conferir imediatamente os registros de calibrao do macaco, os
quais podem ser enviados separadamente ou podem estar com o romaneio. Localizar
no manmetro da bomba e no macaco o nmero correspondente ao registro de
calibrao. Macacos e manmetros das bombas devem ser calibrados antes de
remetidos obra. Caso haja qualquer discrepncia, contatar a firma de protenso para
resoluo. No esperar at o dia da protenso para identificar um problema;
7. Guardar o equipamento de protenso em um lugar seguro, limpo e seco e
permitindo que o acesso aos equipamentos seja feito apenas por pessoal treinado e
qualificado;
8. As regras devem ser seguidas conforme diz a firma de protenso e instrues
relativas ao cuidado, ao uso e manuteno desses equipamentos. Os equipamentos
de protenso no devem ser usados em qualquer outra operao que no a protenso
dos cabos.
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7 MONTAGEM DO SISTEMA NA OBRA
De acordo com Cauduro (2002), a montagem dos cabos monocordoalha no
aderentes crtica para a performance da estrutura na qual eles esto incorporados. O
uso de tais cabos proporciona muitas vantagens tanto no custo quanto no nvel de
melhora da performance das estruturas de concreto, quando elas so propriamente
projetadas e montadas. Esse captulo fornece informaes aos profissionais de campo
envolvido no processo de montagem.
7.1 COORDENAO DAS FUNES RELACIONADAS
Enquanto este captulo trata da instalao de cabos monocordoalha no
aderentes, a montagem propriamente dita requer cuidado coordenado de muitas
funes independentes, abordadas em vrios captulos deste manual. Indiferentemente
de quem assumiu a responsabilidade pela montagem (firma de protenso, construtora
ou sub-contratada), importante que as seguintes reas de responsabilidade sejam
includas no controle das partes nomeadas:
1. Conferncia e aceitao dos materiais entregues;
2. Manuseio e armazenamento no local;
3. Reviso de todos os documentos pertinentes antes da montagem e
coordenao com outros empreiteiros;
4. Segurana relativa ao local;
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5. Montagem dos cabos monocordoalha no aderentes, ancoragens e
acessrios. Os instaladores so responsveis por todo o esquema de montagem;
6. Montagem de todo o ao de reforo;
7. Inspeo da montagem antes da concretagem1;
8. Superviso das operaes de lanamento do concreto;
9. Protenso inclui preparao, protenso e corte da ponta dos cabos;
10. Guarda dos registros gerais inclui registro de etiquetas de remessas e
entregas, desenhos de construo, desenhos e relatrios de como construda e
manuteno de registros de protenso. Quando um laboratrio de inspeo
contratado para manter uma superviso e anotao da operao de protenso, a firma
de protenso pode manter (se desejar) registros de protenso independentes com o
propsito de auxiliar.
Se qualquer uma das responsabilidades acima estiver sendo compartilhada ou
organizada por diferentes partes, a coordenao e garantia da qualidade podem ficar
comprometidas. Devendo ser, em princpio, funo da Construtora.
7.2 PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM
1. recomendado que o encarregado no canteiro de obras para a montagem do
sistema de ps-trao, tenha um mnimo de 5 (cinco) anos de experincia; um
1 O item 7 deve ser executado pelo instalador antes de outras inspees (por arquitetos, engenheiros,inspetor, laboratrio independente, etc.), para assegurar que esteja em completa concordncia com osprojetos e especificaes.
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instalador certificado por rgo certificador de mo-de-obra especializada. Sempre que
possvel, a mesma equipe deve montar e/ou protender a obra completa;
2. melhor instalar o sistema de ps-trao antes dos conduites eltricos e
sistemas hidrulicos, mas depois da montagem das frmas de borda, frmas de
emendas e outros itens embutidos. O local e os perfis dos cabos de ps-trao tm
preferncia em relao a outros materiais que sero inseridos (incluindo ao de reforo)
a menos que o remanejamento do cabo seja aprovado pelo engenheiro estrutural;
3. O encarregado de montagem deve familiarizar-se com os desenhos de
montagem da ps-trao e do ao de reforo antes de iniciar qualquer montagem.
4. Geralmente os cabos so remetidos ao local da montagem enrolados e
cintados. Esteja atento ao corte das cintas de amarrao, pois os cabos enrolados
esto comprimidos e quando cortados podem se separar rapidamente;
5. Os cabos amarrados individualmente so como uma mola enrolada e se
desenrolaro quando as amarras forem cortadas;
6. Desvios verticais da posio do cabo podem ser tolerados at +/- 5 mm em
concreto com espessura at 200 mm; at +/- 10 mm em concreto com espessura entre
200 mm e 600mm e at +/- 15 mm em concreto com espessura acima de 600 mm. A
posio horizontal dos cabos no crucial. Entretanto, evite oscilaes excessivas
(curvatura no intencional) nos cabos. Pontos altos e baixos so as posies mais
crticas, porm, curvas suaves podem ser mantidasentre estas posies;
7. Quando os cabos so projetados para uso em ambiente agressivo, exige-se
que os cabos sejam impermeveis em todo o seu comprimento (sistema encapsulado).
Consulte os desenhos de montagem da ps-trao com o mtodo de montagem
prprio. Desde que o sistema esteja projetado para ser impermevel,
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responsabilidade do montador e do contratante geral assegurar a integridade do
sistema;
8. Quando h garantia de condies no canteiro de obras, ocasionalmente o
engenheiro responsvel pode permitir a troca de uma extremidade ativa por passiva.
7.3 PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM PARA LAJE COGUMELO ARMADAUMA OU DUAS DIREES
1. A frma de borda deve ser marcada mostrando o centro de cada cabo de
acordo com os desenhos de montagem. A frma de borda tambm deve mostrar a
medida da placa de ancoragem onde possveis conflitos possam ocorrer;
2. Se ocorrer conflito e a placa de ancoragem no puder ser colocada conforme
mostrado no desenho de montagem, deve-se procurar o engenheiro de projetos e a
firmade protenso;
3. Perfurar e corte o orifcio na frma da extremidade onde as placas de
ancoragem ativas sero colocadas, conforme mostrado nos desenhos de montagem da
ps-trao aprovados; Isto pode ser executado por outros profissionais;
4. Normalmente aplica-se uma pequena quantidade de graxa inibidora de
corroso na ponta da frma para nicho que encaixa na cavidade da placa de
ancoragem. Colocar a frma para nicho na placa de ancoragem e ento assente esse
conjunto no orifcio cortado pregando ou amarrando a placa de ancoragem na frma de
borda. Esse processo pode ser executado por outros profissionais, entretanto, a reviso
da montagem durante a colocao de responsabilidade do instalador. Uma montagem
imprpria pode ocasionar problemas durante a operao de protenso. No permitir
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que a graxa inibidora de corroso cubra qualquer parte da frma para nicho que possa
ficar em contato com o concreto. O encaixe da frma para nicho na cavidade da placa
de ancoragem deve ser perfeito. Rejeite qualquer frma para nicho que possa permitir a
entrada de pasta de concreto na cavidade da placa de ancoragem;
5. importante que a placa de ancoragem esteja presa apertada e
perpendicularmente frma (Fig 28). Se tiver algum obstculo, movimente-o
ligeiramente para quetudo possa se ajustar.
As dimenses dos equipamentos de protenso so mostradas nos desenhos de
montagem ou podem ser obtidas da firma de protenso. Se for observado que o
tracionamento no pode ser efetuado, ser necessrio realocar a placa de ancoragem,
conforme j discutido no item 2. Em lajes cogumelo armadas em uma ou duas direes,
a localizao horizontal das placas de ancoragem e cabos no normalmente crtica e
um pequeno movimento horizontal permitido. Entretanto, o posicionamento vertic
dos cabos e a dimenso vertical da placa de ancoragem so crticos e devem ser
mantidos dentro das tolerncias dadas na Seo 6.2, Item 6.
FIGURA 28 Placa de ancoragem e frma para nicho sendo instalados perpendicularmente frma deborda
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6. Esquematizar e marcar no assoalho das frmas o local das barras de apoio
para os cabos, marque em cada local a altura da cadeira mostrada nos desenhos de
montagem;
7. Em lajes cogumelo armadas em duas direes, a no ser que os desenhos de
montagem especifiquem o contrrio, colocar toda a armadura inferior e amarre-a no
sistema de apoio;
8. A menos que os desenhos de montagem especifiquem o contrrio, colocar
todas as barras de apoio inferior nas frmas. Barras auxiliares inferiores tambm devem
ser colocadas nas frmas. No deve-se amarrar no sistema de apoio neste momento;
9. Selecionar os cabos para locao pelo nmero marcado e/ou cdigo de cores,
conforme mostrado nos desenhos de instalao;
10. Nas lajes cogumelo armadas em duas direes de cabos em faixa, a menos
que os desenhos de montagem especifiquem o contrrio, colocar primeiro os cabos de
distribuio uniforme sobre cada pilar, conforme mostrado nos desenhos de montagem
da ps-trao (mnimo de dois cabos). Desenrolar os cabos em faixa seguidos dos
cabos uniformes restantes. Estender os cabos no local prprio iniciando pela
extremidade passiva em direo extremidade ativa;
Se o cabo no for tracionado em ambos os lados, ao desenrol-lo deve-se deixar
uma ponta suficiente do lado de fora da frma de borda de cada extremidade ativa (300
mm, a menos que esteja especific