carcinoma colorrectal. epidemiologia incidência e mortalidade por países carcinoma colorrectal...
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Carcinoma colorrectal
Epidemiologia
Incidência e Mortalidade por Países
Carcinoma colorrectal esporádico
Ca colo-rectal: ASR (World) (per 100.000)-Male (all ages)
0
10
20
30
40
50
Austrália Japão Portugal EUA ReinoUnido
Egipto Senegal
Globocan 2000Incidência Mortalidade
Epidemiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
Taxa de mortalidade em Portugal ajustada para a idade e por 100.000 habitantes
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
"Cancro em Portugal", P.Pinheiro et al 2001Homens Mulheres
Epidemiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
Doentes tratados no Hospital São João - 1989 a 2000
0
50
100
150
200
250
300
350
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Etiologia
• Esporádicos – 85%• Hereditários – 15%
• Síndromas herediatários mais vezes identificados:» Familial Adenomatous Polyposis (FAP)» Hereditary Nonpolyposis Colorectal
Cancer (HNPCC)
Carcinoma colorrectal esporádico
Cancro colorrectal hereditário
Hereditary Nonpolyposis Colorectal Cancer (HNPCC)
• Autossómica dominante; taxa de penetração 80%
• Responsável por 5-15% dos CCR
• Mutações germinativas do DNA mismatch repair genes (MSH2, MLH1, MSH6, PMS1, PMS2)
• Instabilidade de microssatélite
Hereditary Nonpolyposis Colorectal Cancer (HNPCC)
• Síndroma Lynch I • Cólon proximal• 40% desenvolvem carcinomas metácronos ao fim
de 10 anos
• Síndroma Lynch II• Associam-se a outros cancros : endométrio,
ovário, gástrico,delgado, cérebro, pele.
Hereditary Nonpolyposis Colorectal Cancer (HNPCC)
• Critérios de Amsterdão• CCR em pelo menos 3 membros da família, um
deles parente em 1º grau dos outros dois.• CCR em pelo menos 2 gerações sucessivas • Um ou mais cancros diagnosticados antes dos 50
anos
• Critérios de Bethesda
Familial Adenomatous Polyposis (FAP)
• Mais de 100 pólipos cólicos adenomatosos• Autossómica dominante, taxa de penetração
100%• Responsável por 1% dos CCR• Mutações germinativas do cromossoma 5q21
(gene APC)
Familial Adenomatous Polyposis (FAP)
• Associação de pólipos cólicos a manifestações extra-intestinais
– Cistos epidermoides– Tumores desmoides abdominais– Osteomas – Tumores cerebrais:
» Gliomas» Meduloblastomas
• 10 a 20% adquirem defeito genético por mutação espontânea
• História familiar – EDB a partir dos 10 anos
Cancro colorrectal esporádicoEtiologia
• Factores que aumentam ou reduzem o risco de cancro:
Factores genéticos
Factores ambientais
• Interacção gene-ambiente
Carcinoma colorrectal esporádico
Factores genéticos
Adenoma Carcinoma(85%)
Normal colon mucosa
Minimal change hyperplasia
Early adenoma
Late
adenoma Cancer
APC K-ras MCCDCC
p53
Etiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
Etiologia
• Inativação de genes implicados na diferenciação celular, ciclo celular e na reparação do DNA por fenómenos epigenéticos
• MSI
• DNA mismach repair: p14,p16,MLH1, MGMT
• Estado hipermutagénico
• Pólipos serreados
• A MSI influência o prognóstico e a selecção de terapêutica adjuvante
Carcinoma colorrectal esporádico
Factores genéticos (15%)
Etiologia
• Factores dietéticos• Ácidos biliares• pH fecal• Obesidade e Actividade física• Tabaco• Álcool• Hormona pós-menopausa• Anti.inflamatórios não esteróides• Factores de crescimento Insuline-like
Carcinoma colorrectal esporádico
Factores ambientais
Etiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
a. Aporte energético
b. Carne vermelha
c. Fruta, vegetais e fibras
d. Micronutrientes – cálcio e vit. D
e. Folato e metionina
Factores dietéticos
Etiologia
Carcinoma colo-rectal esporádico
Factores ambientais
a. Aporte energético
Factores dietéticos
A ingestão total de calorias, independentemente da fonte energética ser lipídica, proteica ou glicídica, aumenta o risco de cancro colo-rectal.
Etiologia
Carcinoma colo-rectal esporádico
Factores ambientais
b. Carne Vermelha
Factores dietéticos
A carne vermelha é fonte de gordura saturada, ferro e carcinogénios que podem actuar como depletores de antioxidantes. A sua ingestão aumenta o risco relativo do cancro do cólon.
Etiologia
Carcinoma colo-rectal esporádico
Factores ambientais
c. Fruta, vegetais e fibras
Factores dietéticos
O consumo de frutas vegetais e fibras está associado a menor risco de cancro de colo-rectal, porque diminuem a fixação de carcinogénios, têm efeito anti-oxidante e inibem a formação de nitrosaminas.
Etiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
Factores ambientais
d. Micronutrientes
Factores dietéticos
Cálcio
A ingestão de cálcio está associada à redução do risco de cancro colorrectal. O cálcio promove a fixação de ácidos biliares secundários e ácidos gordos ionizados, formando sabões insolúveis no lúmen do cólon, reduzindo assim a sua acção sobre a mucosa intestinal.
Etiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
Factores ambientais
d. Micronutrientes
Factores dietéticos
Selénio
O suplemento de selénio reduz a formação de adenomas. Vitamina D
Reduz o risco de cancro porque influencia a diferenciação celular através da proteína quinase C.
Etiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
Factores ambientais
d. Micronutrientes
Factores dietéticos
Vitamina A, C e E
Associadas a risco diminuído do cancro do cólon pelo seu efeito anti-oxidante.
Etiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
Factores ambientais
e. Folato e Metionina
Factores dietéticos
A maior fonte dietética de folato são os vegetais, e da metionina as aves domésticas e o peixe.Reduzem o risco de displasia, adenomas e cancro colo-rectal em cerca de 75%.
Etiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
Factores ambientais
• Ácidos biliares • Colecistectomia – aumento do risco do cólon
direito. A relação ácido desoxicólico / ácido cólico será um indicador de risco.
• pH fecal• pH alcalino das fezes aumenta a concentração
de ácidos biliares livres e outros carcinogéneos agressivos para o DNA da mucosa intestinal. Indivíduos com pH fecal mais elevado têm uma taxa aumentada de cancro do cólon.
Etiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
Factores ambientais
• Obesidade e inactividade físicaA obesidade e a inactividade física estão associadas a um risco aumentado de cancro do cólon. Favorecem um estado de hiperinsulinemia (a insulina é mitogénica para a mucosa normal do cólon) e aumentam as PGE2 na mucosa rectal.
• TabacoO tabaco leva à produção de hidrocarbonetos aromáticos, policíclicos que constituem “adducts” do DNA. O tabaco é apontado como um iniciador da carcinogénese.
Etiologia
Carcinoma colo-rectal esporádico
Factores ambientais
• ÁlcoolO consumo elevado de álcool está associado a um risco aumentado de cancro. Tem efeito antagonista do metabolismo do folato e da metionina.
• Hormona pós-menopausa O uso de estrogénios na pós-menopausa reduz o risco de cancro colo-rectal em 30%.
Etiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
Factores ambientais
• Anti-Inflamatórios Não-EsteróidesTêm efeito protector no cancro colo-rectal.
• Factores de crescimento Insulina-Like Influenciam a progressão adenoma – carcinoma.
Interacção gene-ambiente
Normal colon mucosa
Minimal change hyperplasia
Early adenoma
Late
adenoma Cancer
APC K-ras MCCDCC
p53
Etiologia
Carcinoma colorrectal esporádico
Tabaco Folatovegetais
Carne VermelhaObesidade e
Inactividade Física
InsulinaIGF
Rastreio
Carcinoma colorrectal esporádico
Indivíduos com idade superior a 50 anos
Pesquisa de sangue oculto nas fezes
↓
Rectosigmoidoscopia
Condições pré-malignas
Carcinoma colorrectal esporádico
• Colite ulcerosa• Incidência de neoplasia é de 1% por ano, ao fim
de 10 anos• Displasia colectomia• Estadios mais avançados
• Doença de Crohn• Incidência de 7% ao fim de 20 anos• Estenoses cólicas/segmentos excluídos em
cirurgia de by-pass
Clínica
Carcinoma colorrectal esporádico
• Sintomas e sinais• Características do tumor• Localização• Complicações eventuais ( obstrução,
perfuração, hemorragia)
Clínica
Carcinoma colorrectal esporádico
• Dor abdominal• Alteração do ritmo intestinal• Hemorragia (rectorragias, melenas)• Tenesmo• Falsas vontades• Emagrecimento• Astenia• Tonturas/anemia• Suboclusão/oclusão intestinal
Clínica
Carcinoma colorrectal esporádico
Cólon proximal
• Tumores volumosos• Produtores de muco diarreia• Hemorragia melenas• Anemia (tonturas, fadiga, palpitações)• Massa palpável nos quadrantes direitos
Clínica
Carcinoma colorrectal esporádico
Cólon distal
• Tumores estenosantes• Dor tipo cólica• Alteração do trânsito intestinal• Rectorragias• Oclusão
Clínica
Carcinoma colorrectal esporádico
Toque rectal
Classificação York-MasonMóvel
Semi-móvel
Fixo
Diagnósticos diferenciais
Carcinoma colorrectal esporádico
Hemorragia digestiva
Alterações do trânsito intestinal
Doença diverticular
Colite isquémica
Colite ulcerosa
Doença de Crohn
Pólipos benignos
Exames auxiliares de diagnóstico
Carcinoma colorrectal esporádico
• Analíticos• Hemograma• Bioquímica• Marcadores tumorais – CEA, Ca19,9
• Colonoscopia• 75% pólipos síncronos• 9% tumores síncronos• Biópsia – Tipo histológico, grau de diferenciação• Polipectomia
Exames auxiliares de diagnóstico
Carcinoma colorrectal esporádico
Exames auxiliares de diagnóstico
Clister opaco de duplo contraste
Carcinoma colorrectal esporádico
Exames auxiliares de diagnóstico
Ecoendoscopia T – Grau de penetracção do tumor na parede
N – Adenopatias ( neoplásicas? inflamatórias?)
Carcinoma colorrectal esporádico
Exames auxiliares de diagnóstico
TAC abdomino-pélvica Invasão de orgãos vizinhos
Adenopatias
Metastização a distância
Carcinoma colorrectal esporádico
Exames auxiliares de diagnóstico
Carcinoma colorrectal esporádico
Exames auxiliares de diagnóstico
Carcinoma colorrectal esporádico
Exames auxiliares de diagnóstico
Carcinoma colorrectal esporádico
Exames auxiliares de diagnóstico
RMNRecidivas loco-regionais
Carcinoma colorrectal esporádico
PETRecidivas loco-regionais
Exames auxiliares de diagnóstico
Rx pulmonar
Carcinoma colorrectal esporádico
Cirurgia
Carcinoma colorrectal esporádico
CurativaRessecção
PaliativaRessecção
Derivação interna
Ostomias
AbordagemAberta
Laparoscópica
Cirurgia
Carcinoma colorrectal esporádico
Hemicolectomia direitaHemicolectomia esquerdaColectomia segmentarRessecção anterior do rectoRessecção abdomino-perinealColectomia subtotalProtocolectomia totalOperação tipo Hartmann
Cirurgia
Carcinoma colorrectal esporádico
Cirurgia
Carcinoma colorrectal esporádico
Cirurgia
Carcinoma colorrectal esporádico
Estadio
Carcinoma colorrectal esporádico
• Classificação TNM• Classificação de Dukes• Classificação de Astler-Coller• AJCC/UICC
Carcinoma colo-rectal esporádico
Radioterapia e quimioterapia
Carcinoma colorrectal esporádico
• Primária ou neoadjuvante (T3 e T4 - Ca. recto)
• Adjuvante (R0)• Complementar (R1 e R2)• Paliativa
Factores de prognóstico
Carcinoma colorrectal esporádico
ClínicosIdade
Oclusão intestinal
Localização tumoral
PatológicosEstadio
Grau de diferenciação
Margens radiais
Tipo histológico
Ploidia e parâmetros do ciclo celular
Invasão vascular
Micrometástases
BiológicosOncogenes
Ras
TGFGenes supressores
p53
DCC