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NICOLAU MAQUIAVEL

NICOLAU MAQUIAVEL

em italiano Niccolò Machiavelli.

Nasceu: 03 de Maio de 1469

Florença, Itália

Morreu: 21 de Junho de 1527

Magnum opus:

O Príncipe

Escola/tradição:

Republicanismo Clássico, Renascimento

Principais interesses:

Política, História, Literatura, Música

Influências:

Alighieri, Tito Lívio, Aristóteles, Cícero e

Tácito, Políbio

Influenciados:

Thomas Hobbes, James Harrington,

Rousseau, David Hume, Spinoza,

Montesquieu, Hegel, Benedetto Croce,

Antonio Gramsci e Antonio Negri

ÉTICA E POLÍTICA

1. Política e Ética são CONCILIÁVEIS???

2. É possível um governante agir de forma

ética nas questões do ESTADO???

3. As virtudes do homem privado são as

mesmas do homem público???

[01] FORMAÇÃO DO AUTOR

Nasceu: 03 de Maio de 1469

Florença, Itália

Morreu: 21 de Junho de 1527

_Ele era o terceiro de quatro filhos de Bernardo e Bartolomea de' Nelli.

_Família era Toscana (região da Itália - capital Florença), antiga e

empobrecida.

_Culto aos livros:

- História

- Poesia } Renascimento > origem greco-romana

- Filosofia

[02] ITÁLIA > FLORENÇA

FLORENÇA > Centro Cultural

ITÁLIA

Crise Interna:

> Veneza

> Reino de Nápoles

> Milão

> Roma - Igreja Católica

(centro do mundo)

(crise com Protestantes)

[03] POLÍTICA

> Descentralizada

> Fragmentada

> Sofria ameaça externa [França - Espanha]

> Outros países estavam centralizados politicamente

Lourenço de Médici Declínio de Florença

"o Magnifico" Fim dos Médicis (morre)

> Estímulo da Cultura/Arte

[1469] -------------------------------------- [1492] ------------------------------------------- [1494]

Nasceu Maquiavel Piero Médici:

- fraco

- péssimo administrador

Papa Alexandre VI (corrupto)

- teve 07 filhos

- César Bórgia – *** QUEM FOI????

[04] CONTEXTO HISTÓRICO

FLORENÇA ABALADA

Padre Savonarola:

- teocrático-democrático

- criticou os padres de Roma como corruptos

- criticou o Papa Alexandre VI por seu nepotismo e imoralidade

- Savonarola acabou preso e executado pelo governo

^

[1494] --------------------------- [1498] ------------------- PIERO SODERINI ------------- [1512]

14 anos de governo

Maquiavel

tem 28 anos > começou a trabalhar: Política Externa

- tarefas burocráticas

- assessoria política

- de diplomacia

- Conselho dos Dez

Governa Lourenço II

^

--- [1512]------------------------------------------------------------------------------>>>>>

Maquiavel foi acusado de conspirar contra o Lourenço II

- Exílio (1513)

- Escreve uma obra dirigida para Lourenço II

*conflito religioso.

Na linguagem comum costumamos

chamar de maquiavélicas:

- pessoas cínicas;

- traiçoeiras;

- e que para atingir seus fins usam mentira e má-fé.

TERMO MAQUIAVÉLICO

Manual de ensinamento:

- trata-se de uma obra de ACONSELHAMENTO POLÍTICO.

- um tratado sobre a arte de governar.

- manutenção do poder.

Proposta:

- governar com poder para unificar a Itália e livrar-se dos bárbaros.

- uma reflexão sobre o poder e suas interelações

“O Príncipe” aborda os Estados e as formas de conquista e

preservação do poder.

Obra escrito durante um exílio forçado.

O objeto de estudo é o Estado Real – impor a ordem

VERDADE EFETIVA DAS COISAS.

TÍTULO: "DOS PRINCIPADOS"

A obra é dividida em 26 capítulos

Capítulo I a XI: análise dos diversos grupos de principados e meios de

obtenção e manutenção destes;

Capítulo XII a XIV: discussão da análise militar do Estado;

Capítulo XV a XIX: estimativas sobre a conduta de um Príncipe;

Capítulo XX a XXIII: conselhos de especial interesse ao Príncipe;

Capítulo XXIV a XXVI: reflexão sobre a conjuntura da Itália à sua época .

- os homens são ingratos, voluvéis e ávidos de lucro (poder). XVIII

- os homens possuem uma inclinação para praticar o mal.

- os homens não agem com o fim comum.

NATUREZA HUMANA

CONFLITO

- o conflito está ligado a política.

- duas forças na sociedade: uma que quer mandar e a outra que não

quer ser dominada (cap IX).

- a política deve impor a estabilidade das relações e a correlação

das forças.

O GOVERNANTE

não é necessáriamente o mais forte.

detentor de sabedoria

sabe agir conforme as circunstâncias

é aquele que mantêm o domínio adquirido e o respeito dos

governados.

um príncipe sábio deve aprender os meios de não ser bom

um governante virtuoso cria instituições que facilitem o

domínio e a força e o seu uso para o sucesso do príncipe e a

manutenção da conquista.

A conquista do poder, segundo Maquiavel, é

possível através de quatro maneiras:

1 - VIRTÙ

2 - FORTUNA

3 - VIOLÊNCIA

4 - CONSENTIMENTO DOS CIDADÃOS

VIRTÙ

• Virtù é a capacidade pessoal de um príncipe de alcançar

um fim ao qual se programou e de alcançar o seu objetivo.

• Apenas por meio da virtù um príncipe pode vencer a

instabilidade da fortuna e assim conservar seu Estado.

• Virtù é uma qualidade do homem de realizar mudanças.

• O homem de virtù é um homem de ação. É aquele que

conquista.

FORTUNA

aquilo que escapa ao nosso controle, está além da nossa

vontade.

é a sorte, o acaso, a oportunidade, o imponderável, o

fatalismo e o destino.

a fortuna só pode determinar metade de nossas ações, a

outra parte é determinada pela virtù.

a sorte é mulher e é necessário, para subjugá-la, espancá-

la e surrá-la. Como mulher, é amiga dos jovens, pois são

menos cautelosos, mais fogosos e mais audazes ao dominá-

la.

MAQUIAVEL E A POLÍTICA

Maquiavel ao contrário do pensamento

político grego e medieval, não discuti

como deve ser o “bom governo”, nem

quais são as virtudes do “bom

governante” e do “bom cidadão”.

Maquiavel torna a política autônoma

porque busca linguagem e método

próprios, desvinculados da fé e da moral

convencional, se recusa a abordar a

questão do poder a partir da ética cristã.

Não lhe interessa a política baseada em

princípios universais, mas sim, observar

como os governantes e súditos agem de

fato.

O bom governante segundo Maquiavel

Para Maquiavel “o político é um criador,

um suscitador (fazer nascer / causar), mas nem cria

do nada, nem se move no vazio turvo dos

seus desejos e sonhos. Funda-se na

realidade efetiva que é uma relação de

forças em contínuo movimento”. Gramsci

“Não o preocupa saber como “deveria ser”

o governo ou o governante ideal.

Interessa, isso sim, analisar como os

homens governam; qual o limite ao uso

da violência para conquistar ou conservar

o poder; ou quando o poder se torna

arbitrário.”

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Maquiavel: A lógica da força. SP. Moderna

Verdade efetiva das coisas

Maquiavel busca, através da análise

detalhada das regularidades da história,

basear suas orientações na chamada

verdade efetiva das coisas (marca

registrada do seu pensamento).

O importante é sempre conhecer e

almejar as coisas como efetivamente elas

são. Compreender as coisas como

efetivamente se apresentam na prática do

dia-a-dia.

O foco para Maquiavel sempre foi o

Estado, não aquele imaginário e que

nunca existiu; mas aquele que é capaz de

impor a ordem!

REGULARIDADES DA HISTÓRIA

Regularidades observadas ao longo do tempo

podem se tornar fontes de bons conselhos.

Os conselhos propostos para o Príncipe estão

sempre fundamentados em:

1) No passado histórico (no existido).

2) Na experiência de vida (no existente).

História (Fenômeno Cíclico)

O passado era exemplar, servia como

referência para compreender o presente e

orientar nossas ações. A história era um

fenômeno cíclico estava constantemente

retornando e repetindo os processos.

Apesar das peculiaridades de cada tempo.

Mudavam os lugares, mudavam as

pessoas e mudavam os tempos, mas tudo

acaba se repetindo.

Toda análise da história e a comparação

visavam ampliar as probabilidades de

sucesso.

História (Fenômeno Cíclico)

O PRÍNCIPE E A POLÍTICA

Não faz postulados ou “verdades” teóricas – caráter

universal.

ALERTA sobre as regularidades verificáveis

empiricamente.

Adverte da importância do exemplo histórico.

O método utilizado é INDUTIVO: parte sempre de fatos

históricos, do passado ou contemporâneos.

CONCEITO DE NECESSIDADE

• Não pretende repudiar a moral e fazer apologia a violência.

• Portanto, Maquiavel orienta: “SE NECESSÁRIO”

Exemplo:

É melhor um príncipe ser miserável do que liberal.

Somente se for necessário.

É melhor um príncipe ser cruel do que piedoso.

Somente se for necessário.

É bom para o príncipe faltar com a palavra.

Somente se for necessário.

Maquiavel

não estabelece seus conselhos como uma prática que

devem ficar à disposição do príncipe para execução a

qualquer momento, em qualquer situação e como o príncipe

bem quiser.

Ele condiciona seus conselhos ao conceito de necessidade:

- Fazer isso ou aquilo, se necessário.

- Ser cruel com os opositores, se necessário.

- Ser temido a ser amado, se necessário.

1º aspecto central no livro O Príncipe

PARTICULARIDADE DOS TEMPOS

Cada tempo é um tempo diferente.

REALISMO

Teoria política. A realidade é aquilo que acontece na prática.

A FORTUNA É MULHER

Imprevisível e incompreensível

EXEMPLOS DA HISTÓRIA

Regularidades / Fenômeno cíclico

retorno e repetição dos processos / fontes de bons conselhos /

serve de comparação com os sucessos e os fracasso de planos.

(ver apostila p.04)

2º aspecto central no livro O Príncipe

Estado deve ser governado com

BOAS LEIS E BOAS ARMAS

“verdade efetiva das coisas”

objetivo do Príncipe:

CONQUISTAR E CONSERVAR O PODER

TEORIA DA FORÇA

(ver apostila p.04)

OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS

Maquiavel não afirma na obra que OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS.

Mas pode-se entender o seguinte:

O FIM DA AÇÃO DO PRÍNCIPE É MANTER O ESTADO

O FIM (e não qualquer fim) DA AÇÃO

DO PRÍNCIPE É MANTER O ESTADO.

- o Estado como suprema realidade política.

- o Príncipe possui poder absoluto de decidir qual é o bem do Estado.

“Os fins justificam os meios”

Primeiramente…

Além disso…

Por fim...

Primeiramente,

Maquiavel não se refere aos fins e sim a um

FIM. A obra “o príncipe” ensina como é

possível conquistar o poder e o que se deve

fazer para mantê-lo.

Além disso,

o príncipe deveria ser bom (prudente,

clemente, fiel, religioso, agir com

humanidade), sempre que possível, mas

deveria aprender a não ser bom e usar

diversos meios para agir quando necessário

e não qualquer meio em qualquer

circunstância.

Por fim,

é necessário compreender que todos os

conselhos foram extraídos da história e da

experiência política de Maquiavel, o que

revela a característica realista obra.

E uso da violência?

Com o propósito de estabelecer a ordem. Aceita diversos meios,

incluindo a mentira, a tortura e outras ações.

A regra geral e ideal para um príncipe, deve ser:

- Bom

- Prudente

- Agir com humanidade

- Não deveria ser odiado pelo povo.

O PODER: medida da UTILIDADE e que se traduz em tornar o

Estado forte, seguro e próspero.

o Estado é dividido em dois tipos:

1. PRINCIPADOS

- regime onde apenas um governantes controla o Estado.

2. REPÚBLICA

- regime onde o Estado é governado por alguns (oligarquia)

ou por muito (democracia).

ESTADOS

PRINCIPADOS

REPÚBLICA

UM

“DOS PRINCIPADOS”

POUCOS

MUITOS

DECISÃO

CONSENSO

RÁPIDA

DISCUSSÃO

VOTO

PAÍS - CRISE

PAÍS - ESTÁVEL

CONQUISTA

MANUTENÇÃO

CONDIÇÕES – PRÍNCIPE

FORTUNA VIRTÚSORTE

ACASO

DESTINO

IMPONDERÁVEL

AÇÃO

VONTADE

CORAGEM

PRUDÊNCIA

ASTÚCIA

Condições dos principados e príncipes

TEXTO DE BIGNOTTO: sobre a LIBERDADE

A maior preocupação de Maquiavel:

não era apoiar a tirania

era apoiar a REPÚBLICA.

A atenção de Maquiavel NÃO estava voltada para JUSTICAR

a violação da liberdade e da igualdade entre os homens.

Ele queria CONSTRUIR EFETIVAMENTE A REPÚBLICA.

(ver apostila p.01)

TEXTO DE

BIGNOTTO:

LIBERDADE

MITO

FLORENTINO

REPÚBLICA

MAQUIAVEL

DESTRÓI O

MITO DA

LIBERDADE

VONTADE

AÇÃO

CONTÍNUA

CRÍTICAS

VIOLENTAS

BENEFICIADOS

NÃO A DEFENDEM

CONSTRUÇÃO

FRÁGIL

MUITAS

CAMADAS

SOCIAIS

PARA EXISTIR UMA

REPÚBLICA É

PRECISO

DETERMINAÇÃO FORÇA

LEÃO E RAPOSA

Um príncipe deve

comportar-se

como LEÃO ou

RAPOSA?

É necessário

LEÃO e ser RAPOSA

O primeiro é próprio dos homens.

O segundo, dos animais.

Entretanto, como o primeiro método é muitas vezes insuficiente,

deve-se aprender a usar o segundo. Um príncipe, então, sendo

obrigado a saber lutar como um animal, deve imitar a raposa e o

leão, pois o leão não sabe proteger-se das armadilhas, e a raposa

não consegue defender-se dos lobos.

O príncipe, portanto, deve ser uma raposa para reconhecer as

armadilhas e um leão para assustar os lobos.

É necessário ser LEÃO e ser RAPOSA – p.88

Há dois métodos de luta:

- pela lei

- pela força.

O príncipe que agir apenas como

leão, usando exclusivamente a

força, pode conseguir seus

objetivos, mas será desprezado

pelo povo e dificilmente se

manterá no poder.

A força tem de estar mascarada,

dissimulada, ser utilizada com

sabedoria, deve parecer encoberta

pelas qualidades valorizadas pela

sociedade. Ou seja, um príncipe deve

possuir flexibilidade entre os atos

nobres e os vícios dos homens se a

necessidade exigir.

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