engenharia de alimentos e bioquÍmica aula 2ab

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ENGENHARIA DE ALIMENTOS

E BIOQUÍMICA

Processamento de

Alimentos pelo Frio

Aula 2

Prof. Dr. Estevãn Martins de Oliveira

1

Congelados

2

Histórico

EUA – 1865 congelação de peixes(comercial)

Nova Zelândia – 1891 congelação de carnes( carneiros – exportação Inglaterra)

EUA – 1905 ( leste) frutas

◦ 1929 - Hortaliças

1595 - Galileu – termômetro exato

1622 – Boyle – leis volume e pressão dos gases

1823 – Farady – mudanças de estado

1824 –Carnot expansão e compressão dos gases

1834 – Perkins – máquina de compressão

1875 – Linde – amoníaco – subst. Refrigerante

1881 – CIA transporte de carne- Nova Zelândia

1920 – Birdseye – EUA congelamento rápido dos alimentos

3

INTRODUÇÃO

FRUTAS: a fruticultura, apenas cerca de 5% das áreas cultivadas no país

Potencial: Brasil % do volume da produção mundial, para colocá-lo em 1o lugar no ranking dos produtores de fruta “in natura”.

O Brasil destina apenas cerca de 1% da sua produção de frutas frescas à exportação 20o lugar entre os países exportadores de frutas frescas

HORTALIÇAS: representam o maior grupo de plantas cultivadas, mais de 100 espécies.

Eram, cultivadas em muito pequena escala e comercializadas no mercado informal, o que ocasionava sua exclusão das estatísticas e, consequentemente, das preocupações de políticos e de tecnocratas.

4

Legumes e hortaliças

5

Fonte : IBGE 6

Relação da produção e área cultiva de cereais, leguminosas e oleaginosas

Fonte : IBGE

7

Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas por estado

Categorias

A inclusão das espécies na categoria das hortaliças baseia-se em algumas características como:

alta produtividade por área

riqueza de nutrientes não calóricos - protéicos

exigência em tecnologia de produção apurada

elevada utilização de mão-de-obra

alto conteúdo de água e alta perecibilidade

tipos de cultivo: múltiplo em pequena escala de produção e a monocultura em larga escala

possibilidade de várias safras / ano

Incluídas entre as hortaliças, estão a batata, tomate e a cebola, mesmo sendo grandes culturas, possuem todas as características das hortaliças. Batata e Tomate competem historicamente pelo nono e décimo lugar na escala de volume de produção, entre todos os produtos agrícolas no Brasil (Ferreira et alii, 1993).

8

Pecuária de corte

9

CONSERVAÇÃO FRUTAS PELO

FRIO Refrigeração - T ≥ 0oC ou T = -1 ou -2oC

◦ Conservação temporária-vantagem- textura – propriedades organolépitcas.( economia doméstica e indústria M.P. processamento

Congelação – T < 0oC – alteração características físicas das frutas (branqueamento ou SO2 ou ácido ascórbico – resfriamento – congelamento (lento ou rápido) – câmaras frias) ◦ Lento ou comum - T < 0oC ou < - 18oC - conservação indefinida –

altera parte textura e propriedades organolépticas.

◦ Rápido - T < -40oC – instantâneo – vantagens – textura e propriedades organolépticas conservadas Cristais de gelo formados = < tempo < menor dano à célula menor

tempo difusão dos sais e separação da água na forma de gelo.

Armazenamento à T < - 18oC = preservação tempo indefinido( natureza da fruta) – próprio para hortaliças que frutas.

10

REFRIGERAÇÃO DE VEGETAIS Fruta Temperatura

( ºC ) Umidade

Relativa(%)

Tempo de

Conservaçã

o

Observações

Abacate 7 - 12 85 - 90 2 – 4 semanas É sensível ao frio.Refrig. quando

maduro

Ameixa -0,5 a +0,5 85 3 – 15 sem. Depois de 1/3 do

período,conservar a 6-8ºC.

Cereja -0,5 a 0 85 12 – 15 dias Pouco acessível a refrig.

Goiaba 7 - 10 80 - 85 - Sensível à baixas temperat.

Limão 0 - 12 85 - 90 3 – 8 meses O amarelo na casca pode ser

controlado a 5ºC.

Maçã 1 - 3 90 3 – 8 semanas Dif. Temperaturas dependem

dos tipos de maçã

Abacaxi 7 80 - 90 1 – 3 semanas -

Morango 0 95 1 – 2 semanas Aum. Em 2ºC ; tempo de

conservação dim. Para 2 –3

dias.

Pêssego -0,5 a 0 90 15 dias Não resiste a longo tempo de

conservação 11 FONTE: Holdsworth , 1998

CONSERVAÇÃO LEGUMES E

HORTALIÇAS PELO FRIO

Refrigeração – conservação temporária T ≥ 0oC . Indústria M.P. processamento final

◦ Tomate T = 0oC – couve repolho e alface a T = 1oC , cebola cenoura e nabo a T = 2oC

Congelação = as das frutas

◦ Operações = para calor,exceto congelamento, armazenamento em câmara frias.

◦ Espécies apropriadas para este tipo de conservação: Feijão, milho, brócoli, espinafre, aspargo e ervilha

◦ Espécies impróprias: tomate, repolho roxo

◦ Na mesma espécie há variedades impróprias’

12

REFRIGERAÇÃO DE VEGETAIS

Vegetal Temperatura

( ºC ) Umidade

Relativa ( % ) Tempo de

Conservação Observações

Abóbora 10 - 12 70 - 75 3 –6 meses Esperar 1-2 semanas

para iniciar refrig.

Alface 0 90 - 98 2sem – 1 mês Pré-refrig.Envolver a

alface > sua

conservação.

Beterraba 0 95 3 – 5 meses Retirar as folhas

antes do

armazenamento

Cebola -0,5 a 0 65 - 75 8 meses Refrig. p/ conservar

por muito tempo.

Cenoura 0 90 - 95 4-5 meses Precisa de pré-refrig.

Couve-flor 0 85 -90 2 – 3 sem Aplicar a pré-refrig.

Repolho 0 90 - 95 3 – 6 meses Controlar o

murchamento ,

adequando a U.R.

Tomate

maduro 4 - 8 85 8 – 10 dias Tolera baixas

temperaturas

13

Tabela 1- Parâmetros de temperatura e U.R. e tempo de conservação de vegetais

ESCALA TÉRMICA Temperatura oC Efeito do uso

36,5 Temp. corpo humano

26,5 Em 12 – 24 h bactérias podem x 3000 vezes

21 Em 12 – 24 h bactérias podem x 700 vezes

15,5 Em 12 – 24 h bactérias podem x 15 vezes

10 Em 12 – 24 h bactérias podem x 5 vezes

4,5 Em 12 – 24 h bactérias podem x 2 vezes

-0,5 a 1 Temp. de armazenamento refrigerado

0 Temp. de congelamento da água

-1 a -5 Crescimento muito lento de MO. Destruição de bactérias( > parte)

-10 Paralisação de bactérias sobreviventes

-18 a -23 Temp. armazenamento de alimentos congelados

-30 a -35 Temp. de congelamento de alimentos 14

Refrigeração de carnes

Alimento Período

0oC

de armaze

22oC

namento

38oC

Carne 6 - 10 1 <1

Peixe 2 - 7 1 <1

Ave

(frango)

5 - 18 1 <1

15

Tecnologia Resfriamento Resfriamento

◦ Ar em câmaras e túneis

◦ Direto a gelo, para hortaliças de folhas

◦ Água para certas hortaliças

◦ À vácuo ( pptte alface)

Armazenamento

◦ Temperatura próximas do mínimo

◦ Alimentos vivos – temp. < 0oC a -1 0oC (uvas européias) Bananas T ≥ 12 0oC

◦ 2 produtos na mesma Câmara-fria T + sensível

◦ T estável ( sem flutuações)

◦ Umidade do ar controlada Ar seco desorção – murchamento de frutas e hortaliças Ar úmida adsorção – desenvolvimento de fungos UR 85 a 90 % frutas e hortaliças UR 90 a 95 % folhas e tubérculos

◦ Compatibilidade dos produtos na mesma câmara-fria

16

Tecnologia Congelamento

Congelamento

◦ Imersão em líquido criogênco: ( N2)liquido - rachaduras grde volume

NaCl – restrições de uso - frutas

Açúcar – muito viscosas – baixa temperatura

glicerina

◦ Contato direto

◦ Ar

◦ Temp. de congelamento 10 a 12 < q. temp. de armazenagem

Armazenamento

◦ temperatura mín -18oC (recomendada)

◦ Perda de umidade - ressecamento

◦ Flutuações de temperatura - recristalização

◦ Embalagem hermética

◦ Transporte e distribuição (cadeia de congelação)

17

EQUIPAMENTOS (2)

18

Fig. 4 – Espiral de resfriamento

Túnel de congelamento

Fig. 5 - Câmara de congelamento

Fig. 6 – Seleção manual de frutas

Fig. 7 - Despolpadeira

Túnel de congelamento

19

EQUIPAMENTOS

20

Balcão frigotérmico

Unidades de frigorificação

N2 líquido

TECNOLOGIA E CIÊNCIA

21

Tecnologia e Ciência/ taxa de congelamento

22

Tecnologia e Ciência

23

Efeitos da taxa de congelamento na resolubilização de taninos insolúveis à partir de caqui Durante e após descongelamento. Barras indicam S.E. (n3).

Tecnologia e Ciência

24

Fig. 1 Efeitos da taxa de congelamento na concentração de tanino soluvel no congelamento de caqui durante e após descongelamento. Barras indicam S.E. (n3).

Congelamento rápido e lento e

descongelamento de polpa de caqui

(microfotografia por varredura de elétrons)

25

(A) Antes do congelamento; (B–D) congelamento lento da polpa; (E–G) congelamento rápido da polpa; (B) and (E) no início do descongelamento (C) e (F) 6 h após iniciar o descongelamento; (D) e (G) 24 h após iniciar o descongelamento.

Clorofila e Hemoglobina

26

ARMAZENAMETO

27

Carregamento de pallets

Tipo de pallets

Armazenagem em câmara-fria

Câmara de resfriamento

carcaças bovinas

28

CONCLUSÕES

Caracterizou-se o emprego do frio bem conservação

de frutas e hortaliças em diversas formas de

apresentação.

Identificou-se a necessidade de seleção de espécies e

variedades vegetais para se aplicar a tecnologia

apropriada.

Apresentou-se as operações que precedem a

utilização das tecnologias de conservação de

produtos de origem vegetal

29

BIBLIOGRAFIA

1. CAMARGO, R. at alii. Tecnología dos produtos agropecuários. São Paulo. Nobel, 1984.

2. CHEFTEL, J. C.; CHEFTEL, H; BESANÇON, G. Introducción a la bioquímica y Tecnología de los alimentos. Zaragoza: Acribia, v.2, 1989. p. 326-348.

3. FELLOWS, P. Tecnología del Procesado de los Alimentos: Princípios y Práticas. 1993.

4. HOLDSWORTH, S.D. Conservacíon de Frutas y Hortalizas.1988.

5. JACKIX, M.H. Doces, geléias e frutas em calda. São Paulo. Cone,1988

6. PASCHOALINO. J.E. ITAL- PROCESSAMENTO DE HORTALIÇAS . manual técnico no. 4, 1989.

7. WILLIS, R.H.H. Fisiologia y manipulación de frutas e hortalizas post recolección. Zaragoz., Acribia.1986.

8. WILEY, R. C. Frutas y Hortalizas Mínimamente Processadas y Refrigeradas. 1997.

9. Wang Haiying, Zhang Shaozhi, Chen Guangming Experimental study on the freezing characteristics of four kinds of vegetables Institute of Refrigeration and Cryogenics, Zhejiang University, Hangzhou 310027, China accepted 8 June 2006

10. Satoshi Taira , Miki Ono, Masako Otsuki Effects of freezing rate on astringency reduction in persimmon during and after thawing Laboratory of Pomology, Faculty of Agriculture, Yamagata Uni6ersity, 1 -23 Wakaba-machi, Tsuruoka, Yamagata 997 -8555, Japan Postharvest Biology and Technology 14 (1998) 317–324

11. www.radiofrigor.com.br/.../pinguim16/sistema.jpg

12. www.johnsoncontrols.com.br/publish/br/pt/prod...

30

ENGENHARIA DE ALIMENTOS

E BIOQUÍMICA

Processamento de

Alimentos pelo Frio

Aula 2 - 2a. parte

Prof. Dr. Estevãn Martins de Oliveira

31

SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO

Fundamento: compressão, liquefação e

expansão de um gás

Refrigerante muda de estado ao

percorrer 3 partes distintas do sistema:

◦ Compressor

◦ Condensador

◦ Evaporador

32

Compressor

Finalidade- fornecer calor (perdido no evaporador) ao refrigerante

Equipamento: bomba vertical ou horizontal com transmissão.

Constituição:

◦ Tubo de aspiração e compressão

◦ Válvula aspirante e premente (stuffing box- impede fugas de gás e entrada de ar atmosférico)

◦ Gás sai do evaporador recebe forte compressão, e levado ao condensador

33

Condensador

Série de tubos de diferente diâmetro

Unidos em forma de curvas

Com espirais laminares – aproveitamento da superfície de contato

Resfriado com corrente de água aspergida na parte externa. ◦ Ou imerso na água(+ uniforme) + água

◦ Peq. Instalações –resfriamento – ar atmosférico

O gás oriundo do compressor liquefaz-se no condensador (baixa temp) e segue para o depósito (novo ciclo)

34

Evaporador

Tubos em serpentina no interior da câmara (com alimento)

Refrigerante líquido necessita calor (latente de vaporização) para mudar de estado para gás

A evaporação do refrigerante no evaporador absorve o calor do ambiente – produto se resfriará.

Refrigerante retorna ao compressor na forma de gás (completo o ciclo)

35

Circuito frigorífico

36

01 - Válvula reguladora de pressão de condensação 02 - Válvula de serviço 03 - Filtro secador 04 - Válvula solenóide 05 - Bobina 06 - Visor de líquido 07 - Válvula de expansão 08 - Termostato 09 - Reguladora de gás quente 10 - Evaporador 11 - Motor 12 - Controlador eletrônico 13 - Válvula esfera 14 - Válvula reguladora eletrônica 15 - Placas de entrada e saída 16 - Unidade Central 17 - Acumulador de sucção 18 - Filtro de sucção 19 - Válvula reversora 20 - Núcleo 21 - Pressostato de Baixa 22 - Compressor 23 - Pressostato de Alta e Baixa 24 - Contator 25 - Pressostato de óleo 26 - Filtro de óleo 27 -OMB 28 - Visor de líquido 29 - Separador de óleo 30 - Controle de alta pressão 31 - Termostato de descarga 32 - Condensador 33 - Motor 34 - Reservatório de líquido 35 - Controlador do Ventilador

22

34 32

10

18

29

3

35

1

17

13

9

14

6 4

21

7

19

2

Substâncias refrigerantes

Características:

◦ Baixo ponto de fusão

◦ Nem inflamável e nem explosiva

◦ Alto calor latente de vaporização

◦ Não corrosiva, nem alterar óleos lubrificantes

◦ Atóxica ao ser humano

◦ Não exigir pressões elevadas para condensar

◦ Baixo custo

Exemplos:

◦ Dióxido de enxofre

◦ Dióxido de carbono

◦ Cloreto de metila

◦ Amônia

◦ Hidrocarbonetos fluorados: Freon 11, 12, 21,22, 113

◦ Nitrogênio líquido

37

Propriedades dos refrigerantes

Substância refrigerante

Ponto de ebulição (oC)

Calor latente de vaporização

Btu/ lb Cal/g(aprox)

Água 100 970,3 540

Amônia (asfixia) -33,3 589,3 326

Freon 12 difluordicloro-metano

-29,9 70,8 39

Dióxido de carbono -87 - -

Dióxido de enxofre -10 168 94

Cloreto de metila -24 184,1 102

38

PROPRIEDADES TÉRMICAS DOS

ALIMENTOS

Calor específico

Condutividade térmica

Entalpia

Difusividade térmica

39

Calor Específico

Def. energia em quilocalorias Q que a massa de um quilograma (m) de produto precisa receber para elevar a sua temperatura de 1o.C(Dt)

Cp = Q/ m . Dt Kcal/Kg oC

p – pressão constante(liq. E sólidos não compressíveis a diferença entre calor específico à pressão constante e volume constante é insignificante

O Cp aumenta no sentido que o produto se aproxima do ponto de congelamento( valor máximo)

O Cp é função do teor(%) de água existente no alimento.

Produto Cp médio kcal/kgoC

Variação %

Carne magra

0,85 +- 0,05

Gordura 0,93 +- 0,2

Ossos 0,60 +- 0,1

40

Calor Específico(cont)

A medida de calor transferido durante o

congelamento inclui calor específico e

calor latente

◦ O critério de calor latente utilizado qdo da

mudança de fase a T= K, deve ser empregado

com cuidado.

Outra forma de calcular entalpia

◦ Tabelas e gráficos que a relacionam com a

temperatura

41

Condutividade térmica

ba

bkkak cd

)1(1

)]/(1[1

Identifica o número de calorias transferido por unidade de área perpendicular ao fluxo de calor, para cada grau de diferença de temperatura, através da amostra e inversamente para cada unidade de comprimento na espessura da amostra na direção do fluxo de calor

Métodos de determinação

◦ Estacionários- valores de T= K em relação ao tempo

◦ Não estacionários- valores de T variam em relação ao tempo

Erros na literatura: erros instrumentais e método empregado e heterogeneidade de amostras (umidade, proteínas, gorduras)

Equação de EUCKEN 1940 (misturas)

42

k- condutividade da mistura

kc condutividade da fase contínua

kd – condutividade da fase dispersa

a- 3kc(2kc + kd)

b- Vd/(Vc +Vd)

Vd- volume da fase dispersa

Vc – volume da fase contínua

Condutividade térmica (cont)

A variação da k é praticamente linear para temperaturas entre -23 a -7oC, caindo abruptamente entre -7 a 0oC, 1/3 e ¼ do valor do produto congelado.

A condutividade do gelo é 4 x > que a da água logo a condutividade da carne aumentará conforme o % de gelo.

Condutividade da carne depende da continuidade do gelo

◦ Congelamento lento – cristais maiores > continuidade

◦ Congelamento rápido – cristais menores < continuidade

43

Difusividade térmica Importante na transferência de calor

no estado não estacionário

Eq. de Crank (1956) Furier(1978)

k- condutividade térmica

d - densidade

Cp – calor específico

Denominador indica a capacidade do produto absorver calor

Numerador indica a capacidade em transferir calor através dele

pCd

KD

.

44

Difusividade térmica(cont.)

Formas de obtenção:

◦ Cálculo com a equação anterior( Olson e Jackson (1942) relação entre D, a recíproca da inclinação da curva relacionando tempo e temperatura.

A base do método é a relação exponencial entre a mudança da T do produto e o tempo após um certo período de aquecimento, determinado pela equação de Fourier e com auxílio de uma dimensão linear dependente da geometria do corpo.

◦ Medindo diretamente

Dickerson (1955) e Ross (1971) – condições de transferência de calor onde as temperaturas da amostras aumentam linearmente, de tal forma a minimizar a dificuldade de se satisfazer as condições limites.

45

Valores de difusividade térmica para a

carne (Cherneeva)

Difusividade térmica cm2/min

Temperatura oC

-30 -20 -10 0 30

Carne (a)

0,401 0,259 0,167 0,070 0,074

Carne (b)

0,338 0,283 0,183 0,070 0,074

46

(a) carne com 74,5 % de água e alto teor de gordura

(b) carne com 78% de água e baixo teor de gordura

EMISSIVIDADE Cálculo da transferência de calor

por radiação entre diferentes superfícies

◦ Temperatura

◦ Área

◦ Poder emissor das superfícies

Ea e Ep poder emissor da amostra e padrão

Relação obtida qdo Ea = Ep

e – difícil de ser medida a baixas temperaturas (fluxo de radiação nas superfícies é pequena)

A emissividade decresce com o aumento da temperatura( perda da água da carne e gordura ou fusão)

p

a

E

Ee

47

Pressão de vapor

Temperatura na interface entre camada seca e congelada – assumida como = a temperatura de equilíbrio do gelo puro à pressão na região. ◦ Causa de erro:na liofilização um erro de +- 2 oC provoca um

erro no fluxo de calor calculado através da lâmina não seca.

◦ calor latente de sublimação do alimento foi calculado pela utilização da pressão de vapor versus temperatura.

◦ Na estocagem frigorífica ocorre a desidratação do produto: condições de contato do ar com a superfície do produto.

◦ A taxa de sublimação por unidade é a função da velocidade e a diferença na pressão de vapor da água entre a superfície de sublimação e o ar.

48

Calor de respiração

Frutas, hortaliças e tubérculos são organismos vivos : continuam o processo metabólico após colheita.

Respiração consumo de O2, calor e água:

C6H12O6 + 6 02 6 CO2 + 6 H2O + calor (674 kcal)

1mg CO2 = 10,7 J(2,56 cal ou 2,56 x 10-3 kcal)

o calor liberado provém da reação exotérmica da oxidação da glicose

49

Desenvolvimento do produto

Crescimento- divisão celular e crescimento

Maturação: inicia após crescimento e inclui diferentes processos em função de cada espécie ou variedade

Senescência: processo de síntese é substituído pelo processo de degradação

Variação da atividade metabólica= alterações físicas e químicas na estrutura do vegetal.

50

Variação da atividade metabólica R % relativa de troca

A divisão celular

B – crescimento celular

C- maturação

D – Senescência

E- crescimento do fruto

1 – frutas climatéricas(maçã, pera, abacate, banana)

2- frutas não climatéricas

51

E 1

2

50

100

A B C D

E

1

2

Taxa de respiração em função do crescimento

CARGA TÉRMICA Projeto do sistema frigorífico

◦ Condições de estocagem a dada temperatura ◦ Custos de investimento, manutenção e amortização

Cálculo da carga térmica:

◦ Fontes de calor: através das paredes, piso teto Infiltração do ar no interior da câmara Carga do produto Motores, empilhadeiras, pessoas e iluminação

Condições precedentes a estocagem:

◦ Custo versus qualidadetemperatura de estocagem, movimentação do ar, umidade relativa propriedades do produto, tipo e dimensões da embalagem.

◦ Local para construção da câmara: disponibilidade de energia, água e transporte

52

Dados iniciais (CT) Clima – cálculo do ganho de calor pelas paredes, piso e teto,

seleção do condensador e ventilação (dados estatísticos x isolados)

Água – origem da água (municipal, riacho, mar , poço)

Energia- voltagem, ciclagem, quantidade máxima fornecida sem limites ou kWh.

Produto

◦ Tipo de produto

◦ Quantidade de produto recebido a ser resfriado ou congelado por dia ou por hora

◦ Temperatura de recebimento ou processamento

◦ Entrada diária na câmara

◦ Acondicionamento utilizado (caixa, tambores, baldes)

◦ Características físicas do produto

◦ Finalidades do produto(venda direta, distribuição, matéria prima)

◦ Tipo de movimentação que recebe

53

Dados iniciais (CT)(cont)

Descrição da instalação

◦ Localização

◦ Dimensões

◦ Outras observações

Condição do local

◦ Cópia ou esboço do prédio existente ou em estudo

◦ Área disponível de terreno ou prédio

◦ Se há liberdade de planejamento

Observações adicionais

54

Calor dissipado

55

Seleção da espessura ótima de um

isolante

56

Calor equivalente de motores elétricos

57

Calor equivalente de pessoas

58

Condutividade térmica

59

Tempo de congelamento

60

Ri= Resistência interna Re= Resistência de superfície ao calor T= -30oC Tcg= -15oC Ri=cte 2 métodos t< p/> coef. Película=< Re

Respiração

61

Tempo de estocagem x temperatura

62

Dimensão x

velocidade e T

do ar x t no

congelamento

63

Isolantes comuns

64

65

Tempo x

temperatura

estocagem

66

Para consultar na web

67

Conclusões A refrigeração de alimentos é dependente

das propriedades físicas, químicas e

bioquímicas destes.

A refrigeração está associada ao tipo de

conservação e período desejados.

Limita-se na dimensão das câmaras-frias e

diferenças entre alimentos.

Requer alto investimento e tecnologia para

manter a qualidade dos alimentos

68

Para consultar na web http://www.fao.org/docrep/008/y5979e/y5979e03.htm

http://www.extension.umn.edu/food/food-safety/preserving/freezing/the-

science-of-freezing-foods/

www.irc.wisc.edu/file.php?id=192

http://www.ag.ndsu.edu/pubs/yf/foods/fn403.pdf

http://highered.mcgraw-

hill.com/sites/dl/free/0073398128/835451/Chapter17.pdf

www.fsis.usda.gov/.../food.../food...food.../freezing..

http://www.nzifst.org.nz/unitoperations/httrapps3.htm#freezing

http://sintak.unika.ac.id/staff/blog/uploaded/5812001244/files/tpp/freezing.pdf

http://www.aseanfood.info/Articles/11015105.pdf

www.febrava.com.br

Reconsul Refrigeração

ASRAE

69

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