alirocumab como auxiliar à estatinas no tratamento da aterosclerose
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Apresentação sobre o uso de Alirocumab (Praluent) em conjunto à estatinas para tratamento de doenças cardiovascularesTRANSCRIPT
Universidade Federal de Minas GeraisFaculdade de MedicinaDisciplina: Farmacologia MédicaProfessor: Grupo:
A arterosclerose é uma doença caracterizada pelo estreitamento das artérias coronárias devido ao acúmulo
de placas.
A arterosclerose se desenvolve gradualmente e progride em etapas, sendo a trombose a responsável pela maioria dos eventos
cardiovasculares.
A artéria normal contém três camadas: a túnica íntima, a média e a adventícia.
As lesões do tipo 1 são detectáveis microscópicamente como mudanças mínimas no
epitélio, caracterizadas pela presença de macrófagos “espumosos”
Com apenas 8 meses de idade, 45% dos infantes
possuem macrófagos
espumosos nas paredes
coronárias
Lesões do tipo 2 são caracterizadas por
macrófagos em camadas bem definidas, com
lipídeos encontrados também em células
musculares lisas.
As lesões de fase 1 e 2 não produzem sintomas, e a progressão para lesões
sintomáticas não é clara.
Lesões em locais
específicos tem maiores
tendências a se desenvolverem.
Lesões do tipo 3 são a ponte entre as lesões do tipo 2 e os ateromas. São
caracterizadas pela presença extracelular de gotículas lipídicas.
O arteroma é o acúmulo de resíduo celular na túnica íntima da artéria.
Os resíduos necróticos das células espumosas se unem à fibras de colageno e
células musculares que migram para a túnica íntima.
O crescimento da placa obstrui o lúmen da artéria.
Uma complicação da placa arterosclerótica é a trombose, que ocorre quando a capa fibrosa da placa emntra em contato com
fatores de coagulação.
Em condições normais, o endotélio controla o recrutamento de células
inflamatórias para dentro da túnica íntima.
Quando em excesso, o LDL fica preso na túnica íntima e é oxidado. O LDL oxidado induz a
expressão de moléculas de adesão, recrutando mais leucócitos para a área.
Além disso, o LDL diminui a biodisponibilidade do NO, que tem efeitos protetivos por ação na vasodilatação e na inibição da expressão de
moléculas de adesão.
A atorvastatina é o medicamento padrão usado para controlar os
níveis de LDL e prevenir a arterosclerose.
A Atorvastatina atua como inibidor seletivo e competitivo da HMG-CoA redutase, a enzima limitante responsável
pela conversão da HMG-CoA a
mevalonato, um precursor do
colesterol.
Se o paciente não atingir os níveis lipídicos desejados com a atorvastatina, três estratégias comuns são aplicadas:
• Administração conjunta com a Ezetimiba• Dobrar a dose de atorvastatina
• Mudar a medicação para rosuvastatina.
O Alirocumab (Praluent) é um anticorpo monoclonal administrado por via subcutânea
que se liga ao PCSK9.
O PCSK9 é um grande alvo para a redução do LDL-C, sendo os anticorpos monoclonais
os principais candidatos terapêuticos.
OPTIONS I foi um estudo de fase III multicêntrico, randomizado, duplo cego, duplo “dummy”, em grupos paralelos em 85 lugares na Australia,
Canadá, França, Alemanha, Itália, México, Espanha, Reino Unido e EUA.
O estudo foi feito em homens e mulheres maiores de idade com risco alto ou muito
alto de doença cardiovascular.
• Histórico de doença cardiovascular.
• Diabetes tipo 2.• LDL circulante maior que
70mg/dL.
Muito alto
risco • Sem historico de doença
cardiovascular, mas com risco estimado maior que 5% em 10 anos.
• LDL circulante maior que 100mg/dL.• Doenças renais crônicas.
Alto risco
O estudo teve um processo de seleção de 2 a 6 semanas, seguido de 24 semanas de
administração de medicamento e 8 semanas de follow up.
20mg/dia + 75mg Praluent
20mg/dia + 10mg ezetimiba
Dobrar a dose
Tomavam 20mg/dia de atorvastatina
40mg/dia + 75mg Praluent
40mg/dia + 10mg ezetimiba
Dobrar a dose
Tomavam 40mg/dia de atorvastatina
40mg Rosuvastatina
Se após 8 semanas os pacientes continuassem com LDL acima do
recomendado, a dose de Praluent era dobrada em pacientes aleatórios na
semana 12.
Medições foram realizadas nas semanas 4, 8, 12, 16, 24 e 32. Os pacientes receberam acompanhamento físico e foram testados
por anticorpos anti-praluent.
N= 169
N= 186
20mg/dia 40mg/dia
86,5% Praluent81,4% Ezetimiba
88,6% Estatinas
Completaram o estudo:
A dose de praluent foi dobrada em 8.0% e 20.9% dos pacientes de cada grupo,
respectivamente.
Mais de 80% dos pacientes que
fizeram tratamento com Praluent
alcançaram a meta de concentração de LDL do seu grupo
de risco, e cerca de 79% conseguiram atingir a meta de
70mg/dL ou menos.
As principais reações adversas relatadas foram alérgicas e condizentes em
quantidade com os grupos controle.
A imunogenicidade do Praluent foi baixa, e a presença de anticorpos anti-droga não teve efeito nos resultados da medicação.
Cinco pacientes criaram
anticorpos anti-Proluent.
Noventa e nove pacientes receberam Proluent.
O Praluent se mostrou eficiente na redução tanto do LDL como na de lípides secundários e pode ser
um meio efetivo de controle do colesterol.
O Praluent foi aprovado para uso em Julho de 2015.
Conflitos de
interesse
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http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/cad>. 18. Boston Unversity School of Public Health – Disponóvel em
http://sphweb.bumc.bu.edu/otlt/MPH-Modules/PH/PH709_Heart/FattyStreak.png
Todos os acessos foram realizados entre 24/09/2015 e 25/09/2015.