a contribuição da musicoterapia na saúde do idoso

10
85 Cadernos UniFOA Edição nº 20 - Dezembro/2012 Abstract As science the music therapy is new, however it’s been used since antiquity as prevention of diseases, palliative treatment and, sometimes, as clinic treatment, for example depression and some neurodegenerative diseases. The therapy can be active, when the patient uses some instrument, or passive, when the therapist uses the music to perform the treatment. This study aims to show the benefits that the music therapy can afford to elderly, directly or indirectly. In other words, how the music therapy can improve the elderly quality of life, prevent or help the treatment of common diseases in this age group and their complications. The methodology used in this study was the integrative review of articles with connected subject-matter in Lilacs, Bireme, Bvs, Scielo, Electronic Journal of Nursing, Embap, Usp, Fap e ABC databases. Through this data collection, we have concluded that the music therapy has an important role as multidisciplinary therapy and as elderly common diseases prevention, mainly hypertension, Alzheimer, Parkinson, skeletal muscle pain and depression, besides improving the elderly quality of life. Furthermore, this is an area of study that needs researching, although the music therapy has proven its effectiveness. ¹ Acadêmico de medicina da Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda – UniFOA. ² Acadêmica de enfermagem da Fundação Educacional do Município de Assis – FEMA. ³ Mestranda em Biologia e Envelhecimento na Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), Enfermeira, docente do curso de Enfermagem da Fundação Educacional do Município de Assis – FEMA e Coorientadora deste Projeto de Pesquisa. 4 Doutora em História, Mestre em História, Graduada em Licenciatura em História, docente do curso de Enfermagem da Fundação Educacional do Município de Assis – FEMA e Orientadora deste Projeto de Pesquisa. A contribuição da musicoterapia na saúde do idoso The music therapy contribution in the elderly health Glauber Correia de Oliveira¹ Vanessa Ramos da Silva Lopes² Maria José Caetano Ferreira Damasceno³ Elizete Mello da Silva 4 Resumo A musicoterapia é recente como ciência, porém, é utilizada desde a antigui- dade de diversas maneiras como medida preventiva, paliativa e, às vezes, até como terapêutica, como é o caso da depressão e de alguns distúrbios neurodegenerativos. A terapia pode ser ativa, quando o próprio paciente utiliza algum instrumento; ou passiva, quando o terapeuta utiliza-se da música para realizar o tratamento. Este estudo visa mostrar os benefícios que a musicoterapia proporciona para os idosos, direta ou indiretamente, ou seja, como a musicoterapia pode melhorar a qualidade de vida dos ido- sos e prevenir ou auxiliar o tratamento de doenças, comuns nessa faixa etária, e suas comorbidades. Para isso, utilizamos como metodologia a revisão bibliográfica de artigos relacionados ao tema nos bancos de dados Lilacs, Bireme, Bvs, Scielo, Revista Eletrônica de Enfermagem, Embap, Usp, Fap e ABC. Através desse levantamento de dados, pudemos concluir que a musicoterapia apresenta um papel importante como terapêutica mul- tidisciplinar e na prevenção de diversas doenças comuns das pessoas ido- sas, principalmente HAS, Alzheimer, Parkinson, dor Musculoesquelética e Depressão, além de melhorar a qualidade de vida dos idosos de maneira geral. Por outro lado, essa é uma área ainda carente de pesquisas, embora a terapia através da música seja comprovadamente eficaz. Palavras-chave: Musicoterapia Geriatria Qualidade de Vida Reabilitação Doenças Crônicas Keywords: Music Therapy Geriatrics Quality of life Rehabilitation Chronic Diseases Recebido em 02/2012 Aprovado em 12/2012 Artigo Original Original Paper

Upload: marcia-costa

Post on 20-Nov-2015

9 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

A musicoterapia é recente como ciência, porém, é utilizada desde a antigui-dade de diversas maneiras como medida preventiva, paliativa e, às vezes,até como terapêutica, como é o caso da depressão e de alguns distúrbiosneurodegenerativos. A terapia pode ser ativa, quando o próprio pacienteutiliza algum instrumento; ou passiva, quando o terapeuta utiliza-se damúsica para realizar o tratamento. Este estudo visa mostrar os benefíciosque a musicoterapia proporciona para os idosos, direta ou indiretamente,ou seja, como a musicoterapia pode melhorar a qualidade de vida dos ido-sos e prevenir ou auxiliar o tratamento de doenças, comuns nessa faixaetária, e suas comorbidades.

TRANSCRIPT

  • 85

    Cad

    erno

    s Uni

    FOA

    Edi

    o

    n 2

    0 - D

    ezem

    bro/

    2012

    AbstractAs science the music therapy is new, however its been used since antiquity as prevention of diseases, palliative treatment and, sometimes, as clinic treatment, for example depression and some neurodegenerative diseases. The therapy can be active, when the patient uses some instrument, or passive, when the therapist uses the music to perform the treatment. This study aims to show the benefits that the music therapy can afford to elderly, directly or indirectly. In other words, how the music therapy can improve the elderly quality of life, prevent or help the treatment of common diseases in this age group and their complications. The methodology used in this study was the integrative review of articles with connected subject-matter in Lilacs, Bireme, Bvs, Scielo, Electronic Journal of Nursing, Embap, Usp, Fap e ABC databases. Through this data collection, we have concluded that the music therapy has an important role as multidisciplinary therapy and as elderly common diseases prevention, mainly hypertension, Alzheimer, Parkinson, skeletal muscle pain and depression, besides improving the elderly quality of life. Furthermore, this is an area of study that needs researching, although the music therapy has proven its effectiveness.

    Acadmico de medicina da Escola de Cincias Mdicas de Volta Redonda UniFOA. Acadmica de enfermagem da Fundao Educacional do Municpio de Assis FEMA. Mestranda em Biologia e Envelhecimento na Faculdade de Medicina de Marlia (FAMEMA), Enfermeira, docente do curso de Enfermagem da Fundao Educacional do Municpio de Assis FEMA e Coorientadora deste Projeto de Pesquisa.4 Doutora em Histria, Mestre em Histria, Graduada em Licenciatura em Histria, docente do curso de Enfermagem da Fundao Educacional do Municpio de Assis FEMA e Orientadora deste Projeto de Pesquisa.

    A contribuio da musicoterapia na sade do idoso

    The music therapy contribution in the elderly health

    Glauber Correia de OliveiraVanessa Ramos da Silva LopesMaria Jos Caetano Ferreira DamascenoElizete Mello da Silva4

    ResumoA musicoterapia recente como cincia, porm, utilizada desde a antigui-dade de diversas maneiras como medida preventiva, paliativa e, s vezes, at como teraputica, como o caso da depresso e de alguns distrbios neurodegenerativos. A terapia pode ser ativa, quando o prprio paciente utiliza algum instrumento; ou passiva, quando o terapeuta utiliza-se da msica para realizar o tratamento. Este estudo visa mostrar os benefcios que a musicoterapia proporciona para os idosos, direta ou indiretamente, ou seja, como a musicoterapia pode melhorar a qualidade de vida dos ido-sos e prevenir ou auxiliar o tratamento de doenas, comuns nessa faixa etria, e suas comorbidades. Para isso, utilizamos como metodologia a reviso bibliogrfica de artigos relacionados ao tema nos bancos de dados Lilacs, Bireme, Bvs, Scielo, Revista Eletrnica de Enfermagem, Embap, Usp, Fap e ABC. Atravs desse levantamento de dados, pudemos concluir que a musicoterapia apresenta um papel importante como teraputica mul-tidisciplinar e na preveno de diversas doenas comuns das pessoas ido-sas, principalmente HAS, Alzheimer, Parkinson, dor Musculoesqueltica e Depresso, alm de melhorar a qualidade de vida dos idosos de maneira geral. Por outro lado, essa uma rea ainda carente de pesquisas, embora a terapia atravs da msica seja comprovadamente eficaz.

    Palavras-chave:

    Musicoterapia

    Geriatria

    Qualidade de Vida

    Reabilitao

    Doenas Crnicas

    Keywords:

    Music Therapy

    Geriatrics

    Quality of life

    Rehabilitation

    Chronic Diseases

    Recebido em 02/2012

    Aprovado em 12/2012

    ArtigoOriginal

    Original Paper

  • 86C

    ader

    nos U

    niFO

    AE

    di

    o n

    20

    - Dez

    embr

    o/20

    12

    1. Introduo

    O conceito de sade tem se tornado cada vez mais abrangente, levando em considerao no s a ausncia das doenas, mas tambm a manuteno da qualidade de vida, a preveno das doenas e a recuperao e reabilitao do paciente e da populao. Com isso, h cada vez mais uma busca pelo bem-estar, levando o homem a se preocupar com fatores relaciona-dos sade e doena, fato que tem propiciado uma grande quantidade de pesquisas que tra-zem inovaes quanto a prticas que possam gerar melhor qualidade sade da populao. Assim, houve o surgimento das terapias com-plementares, como a musicoterapia, que pode agir tanto no aspecto de preveno de doenas, quanto no tratamento ou cura das mesmas. A preocupao com o fator sade-doena existe desde a antiguidade. Hipcrates, pai da medi-cina, considerava que o estado de sade de-pendia da harmonia do homem com a natureza (Landmann, 1989).

    Tambm desde a antiguidade a msica era observada como um fator que faz bem para a sade. Acredita-se que em 1500 a.C, os mdicos egpcios consideravam a msica uma terapia capaz de aumentar a fertilidade da mu-lher. Alm disso, o mdico Esculpio e os fil-sofos Plato e Aristteles, julgavam a msica como um benefcio para a mente.

    Na segunda metade do sculo XX, nos EUA, msicos passaram a utilizar recursos musicais com intuito de proporcionar uma me-lhor recuperao dos que foram atingidos pela guerra. Essa experincia teve significativa in-fluncia sobre a percepo dos benefcios que a msica pode causar. A partir dos resultados ob-servados, ocorreu o avano de pesquisas rela-cionadas influncia da msica na sade. Com isso, a musicoterapia foi denominada cincia, a qual consiste na utilizao da msica e seus elementos para proporcionar melhores condi-es de sade, sendo capaz de gerar benefcios fsicos, psicolgicos e sociais (Costa, 1989).

    Com essa nova definio de sade e com a melhora da qualidade de vida e da sade da populao, a expectativa de vida das diversas populaes tem aumentado cada vez mais em diversas regies do planeta. Alm disso, a taxa de fecundidade tem diminudo em mui-tos pases, aumentando significativamente a

    populao idosa. A populao brasileira vem acompanhando essa tendncia, crescendo nas ltimas dcadas, enquanto ocorre a diminui-o da taxa de fecundidade (World, 1998; Kalache,1987).

    Com a tendncia inverso da pirmide etria, ocorre tambm um aumento na incidn-cia e na prevalncia de determinadas enfermi-dades caractersticas dessa populao ou mais comuns nela. Dentre elas, podemos ressaltar a Hipertenso Arterial Sistmica (HAS), jun-tamente com suas complicaes; doena de Parkinson; doena de Alzheimer; acidentes vasculares enceflicos; depresso; dores mus-culoesquelticas, entre tantas outras.

    Assim, o perfil de cuidado e de polticas de sade tem direcionado ateno especial para essa populao. Dentre essas polticas, uma das principais a preservao da qualida-de de vida, atravs de estratgias que incluam os idosos na sociedade de maneira ativa. Dessa forma, busca-se tambm a preveno de doen-as emocionais, como depresso que ocorre com frequncia devido ao isolamento, senti-mento de inutilidade no meio em que vive.

    Na cidade de Tquio (Japo) foi criado recentemente, um nibus musical, que permite aos passageiros um passeio turstico incluindo atividades musicais. O pblico alvo so pes-soas com idade acima de 64 anos, quais rela-tam que esse veculo e seus aspectos musicais, proporcionam bem-estar quando cantam ou esto em contato direto com a msica.

    Contudo, podemos afirmar que de grande importncia a conscientizao sobre a eficcia da musicoterapia como forma de preveno, reabilitao e cura das doenas. importante que a sociedade reconhea que o idoso necessita de intervenes que possibili-tam melhor qualidade de vida.

    A partir desse raciocnio, os objetivos traados neste trabalho foram: observar qual a contribuio da musicoterapia nos diversos tipos de tratamentos mais comuns populao idosa, alm de descrever quais foram os bene-fcios alcanados em cada tipo de tratamento; entender como se d a aplicao desse tipo de terapia e quais so os princpios aplicados a ela; compreender como a musicoterapia pode atuar na preveno, no tratamento paliativo ou at mesmo na cura dessas doenas e de que maneira pode auxiliar na reabilitao das fun-

  • 87

    Cad

    erno

    s Uni

    FOA

    Edi

    o

    n 2

    0 - D

    ezem

    bro/

    2012

    es de um indivduo; e entender como pos-svel utilizar esse tipo de terapia para melho-rar a qualidade de vida dessa populao e em quais situaes ela pode ser utilizada.

    2. Metodologia

    A pesquisa consiste em reviso de li-teratura, mediante a busca de artigos conti-dos nas bases de dados Lilacs, Bireme, Bvs, Scielo, Revista Eletrnica de Enfermagem, Embap, Usp, Fap e Associao Brasileira de Cardiologia (ABC), onde os descritores uti-lizados foram Musicoterapia, Geriatria, Populao idosa, Doenas crnicas.

    Os critrios de incluso foram: artigos que relacionassem a musicoterapia com a sa-de da populao idosa ou que descrevessem a tcnica utilizada; estivessem em portugus ou ingls; tenham sido publicados a partir do ano de 2000, a fim de fornecer as informaes mais recentes possveis; e que estivessem dispon-veis nas bases de dados descritas acima. Foram excludos os artigos que no relacionassem a musicoterapia com a populao idosa, salvo os que continham informaes importantes sobre a tcnica utilizada; que estivessem em outras lnguas alm do portugus e do ingls; e os que foram publicados antes do ano 2000.

    A partir da anlise de diversos artigos, fo-ram selecionados 22, publicados entre os anos de 2000 e 2012, que foram analisados e de onde foram extradas as informaes contidas neste trabalho.

    3. A Msica

    A msica considerada como meio de comunicao e expresso universal e seus elementos apresentam muitas diversidades, a atrao pelos diferentes ritmos, instrumentos e elementos derivados, variam e esto relacio-nadas questo social e cultural do ser huma-no (Cunha, 2003).

    Tambm uma linguagem universal, est presente em qualquer poca e cultura, e aceita pelo ser humano conforme as reaes psicolgicas que esta proporciona a um indiv-duo. Segundo a Teoria Modal dos Gregos, a msica dividida em trs elementos bsicos,

    tais so: melodia, harmonia e ritmo, os quais podem provocar alteraes fisiolgicas em um ser humano (Blasco, et al. 2003).

    A terapia atravs da msica, denomina-da musicoterapia, considerada uma terapia no verbal, que possibilita o aumento da au-toestima de um indivduo, alm de propiciar interaes em grupo, auxiliar no tratamento de doenas, proporcionando melhor qualidade de vida. Estes benefcios ocorrem atravs da influncia da msica, dos sons, movimentos, manuseio de instrumentos musicais, entre ou-tros (Padilha, 2008).

    Nos primrdios, a doena era tida como uma influncia sobrenatural e maligna sobre um indivduo, portanto, os meios de cura uti-lizados eram relacionados a procedimentos religiosos, que incluam msicas e danas. At hoje os povos indgenas fazem danas por acreditar que ocorrer a expulso dos espri-tos atravs da msica, portanto, durante toda a histria da humanidade, a msica foi vista com um forte poder teraputico, at que no sculo XIX essa aceitao entrou em decl-nio devido ao conceito positivista da cincia (RUUD 1990).

    A msica voltou a fazer parte das questes mdicas durante o renascimento, e no sculo XVII passou a ser utilizada em casos psiquitri-cos, em que houve a observao da eficcia da msica para esse tipo de tratamento.

    Em 1749 Richard Brocklesby escreve o primeiro tratado de musicoterapia e comea a crescer as pesquisas nesta rea, mas o reco-nhecimento da musicoterapia como cincia teve seu incio nos EUA na segunda metade do sculo XX, visando o tratamento de depresso aps a segunda guerra mundial. (Costa, 1989)

    A World Federation of Music Therapy define musicoterapia como a utilizao da m-sica e/ou dos elementos musicais (som, ritmo, melodia e harmonia) pelo musicoterapeuta e pelo cliente, de forma individual ou grupo, em um processo estruturado para facilitar e promover a comunicao, o relacionamento, a aprendizagem, a mobilizao, a expresso e a organizao (fsica, emocional, mental, social e cognitiva) para desenvolver potenciais e de-senvolver ou recuperar funes do indivduo de forma que ele possa alcanar melhor integrao entra e interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida (WFMT, s/d)

  • 88C

    ader

    nos U

    niFO

    AE

    di

    o n

    20

    - Dez

    embr

    o/20

    12

    Segundo Fonseca et al (2006), em uma pesquisa realizada em Goinia sobre a credi-bilidade e aceitao da musicoterapia pelos pacientes concluiu que estes apresentaram boa aceitao da msica e ressaltaram que essa terapia deveria ser mais divulgada. Essa pesquisa mostrou ser ideal o desenvolvimen-to de novas pesquisas sobre a maneira como a msica age no organismo, para que haja maior expanso do trabalho dos musicoterapeutas.

    4. O Idoso

    A populao mundial est envelhecen-do e segundo as estatsticas da Organizao Mundial da Sade, em 2025 teremos aproxi-madamente 840 milhes de pessoas idosas, ou seja, 70% da populao mundial e o Brasil ser o 6 pas com o maior nmero de idosos (World, 1998). Para Vargas (1983), um indiv-duo envelhece fisicamente, psicologicamente e biologicamente, portanto, ocorre uma srie de transformaes na vida do mesmo, como a tendncia a obter lentido, diminuio da concentrao, dificuldade de lembrar fatos re-centes, declnio na viso e audio, entre ou-tros. O equilbrio psquico do idoso depende da maneira como ele aceita a realidade que o cerca e quando isso no acontece de maneira positiva, surgem as reaes psicopatolgicas do envelhecimento.

    Com o surgimento das doenas que aco-metem a terceira idade, o indivduo pode ser submetido a uma srie de dificuldades e de-pendncias que prejudicam na progresso e recuperao. Pode-se afirmar que o surgimen-to da doena pode afetar o grupo familiar em aspecto fsico, emocional, econmico, sendo que esse grupo familiar tem maior proximida-de com o paciente e poder ter grande influn-cia na sua recuperao.

    As pessoas idosas consideradas na fase final da vida ou fora de possibilidades terapu-ticas, geralmente so isoladas nos hospitais pela famlia e sociedade, e isso faz com que aumente a solido, o esquecimento, a angs-tia, levando-os morte biolgica. O relaciona-mento interpessoal est ligado aos processos envolvidos na comunicao, sendo que a ins-titucionalizao dos idosos, aposentadoria e outros fatores, promovem o isolamento destes

    devido o fato de deixarem de ser saudveis e produtivos. (Cortelletti, et al, 2004). A dimi-nuio da comunicao pode ocasionar in-meros prejuzos aos idosos, sendo que pode afetar a atividade simptica e parassimptica, podendo comprometer a vitalidade das vsce-ras (Both, 2004). A insero dos idosos de for-ma ativa na sociedade reflete na intensificao da atividade dienceflica (Both, 2004).

    Quando um indivduo considerado fora de possibilidades teraputicas de cura, surgem inmeras dificuldades que tambm afetam fa-mlia e cuidadores (Genezini, Cruz, 2006). Geralmente, esses pacientes, em ambiente hos-pitalar, so isolados, gerando o aumento da so-lido, excluso, tendo como consequncia o au-mento do sofrimento e o medo da morte. Neste caso, necessrio que o olhar dos cuidadores esteja voltado para o fator emocional, espiri-tual e social do indivduo (Carvalho, Merighi, 2004). Para isso, importante que haja aes e polticas de sade especficas que visam ao bem-estar e qualidade de vida do idoso, pois, segundo o Art 3 do Estatuto do Idoso, obri-gao da famlia, da comunidade, da sociedade e do Poder Pblico assegurar ao idoso, com ab-soluta prioridade, a efetivao do direito vida, sade, alimentao, educao, cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, ao respeito e convi-vncia familiar e comunitria.

    5. A Utilizao da Musicoterapia

    A musicoterapia algo transdisciplinar, pois so inmeros os fatores que envolvem a msica e terapia (Bruscia, 2000). O pensa-mento que associa a msica cura est liga-do a diversas culturas desde a antiguidade at os dias de hoje, sendo que a msica tornou-se um objeto de estudo da neurocincia (Baeck, 2002; Correa,1999; Sacks, 2007).

    Essa terapia deve ser aplicada por um musicoterapeuta graduado, o qual deve se-guir procedimentos descritos na Standards of Clinical Practice da National Association of Music Therapy. No Brasil, essa terapia tem sido aplicada principalmente em escolas, cl-nicas, hospitais, centros de realibitao, sen-do que tem grande envolvimento em questes psiquitricas, com funo de auxiliar na recu-

  • 89

    Cad

    erno

    s Uni

    FOA

    Edi

    o

    n 2

    0 - D

    ezem

    bro/

    2012

    perao dos indivduos. (BACKES et al, 2003; CHICYBAN, 1991; GALLICCHIO, 2002; LEO & SILVA, 2004).

    O musicoterapeuta pode realizar trata-mentos de forma individual ou em grupos organizados. Antes de iniciar determinado tra-tamento, necessria a realizao de uma ava-liao clnica do indivduo, pois, somente as-sim, ser possvel determinar a melhor maneira de seguir com o tratamento (Padilha, 2008).

    Para o musicoterapeuta, primeiramente essencial conhecer a Identidade Sonora (ISO) do paciente, sendo que Bebenzon (1988) preco-niza a palavra ISO que vem do grego isos que significa igual e este desenvolve o conceito de ISO, qual resume a noo de existncia de um som ou um conjunto de sons ou o de fenmenos acsticos e de movimentos internos que carac-terizam ou individualizam cada ser humano.

    Antes de o musicoterapeuta apresentar ao paciente propostas de atividades, deve-se, primeiramente, o conduzir a um relaxamen-to e aquecimento, com o objetivo de dimi-nuir a tenso, que permite que o indivduo esteja mais apto para conhecer as propostas (Barcellos, 2006).

    Existem estudos que relatam os benef-cios da msica no tratamento de doenas como Parkinson, Alzheimer, sendo que relatado que o ato de ouvir msica provoca liberao de substncias cerebrais responsveis por melho-rar o humor, reduzir agressividade, alm de ser influente na melhora do sono e estado depres-sivo. (GIANNOTTI & PIZZOLI, 2004, p.36).

    Marconato et al (2001) realizaram um es-tudo para investigar os efeitos da musicoterapia receptiva. Foram estudados dois homens e oito mulheres com idade superior a 18 anos, que apresentavam sintomas de estresse, sofrimen-to emocional e necessidade de mudar hbitos de vida em benefcio da sade. Primeiramente, foi feita anamnese dos participantes, os quais tambm responderam a questionrios e foram submetidos a estmulos musicais. Aps tais in-terferncias, foi possvel perceber uma signifi-cativa melhora nos nveis de estresse, hbitos alimentares e satisfao pessoal.

    O uso da musicoterapia vem crescendo gradativamente, devido ao fato de proporcio-nar conforto, facilitar comunicao e relacio-namento, diminuir a dor e ansiedade (Bergold, Et Al, 2006). Alm disso, esta pode ser uti-

    lizada a favor da humanizao do ambiente (Inchoste, ET AL, 2007).

    Segundo Sales et al (2009), a msica pro-move bem-estar para os pacientes e seus cui-dadores. A participao dos pacientes na esco-lha do repertrio resulta em satisfao pessoal. Ressaltam, tambm, que a msica serve como suporte espiritual, psicoemocional, permitin-do que o paciente enfrente de melhor forma a doena. Segundo Bergold (2009), a msica como recurso teraputico, potencializa a res-taurao do paciente hospitalizado, devido promoo de humanizao no ambiente, con-forto, relaxamento, bem-estar, interao em grupo, expresso das emoes, alm de ser um recurso responsvel pelo desejo de desenvol-ver movimentos.

    6. A influncia da musicoterapia na sade do Idoso

    A influncia musical em um paciente ido-so um fator significativo para proporcionar a este uma melhor qualidade de vida, pois a m-sica pode melhorar o desenvolvimento motor e cognitivo, responsvel por facilitar a expres-so de sentimentos, considerada uma forma de comunicao que permite maior interao social e tambm capaz de estimular o indi-vduo a refletir sobre sua vida (Padilha, 2008).

    A msica se insere no contexto de cuida-do paliativo que pode proporcionar conforto, estmulo memria, atuar como forma de en-tretenimento, alm de auxiliar na criatividade (Othero, Costa, 2007 ; Foxglove, 1999).

    Estudos relatam que para integrarmos os diversos elementos da msica, tais como rit-mo, harmonia, timbres e tons, utilizamos di-versas partes do crebro (Sacks, 2007). Alm disso, os estudos demonstram que a msica age no sistema nervoso autnomo de forma que capaz de aliviar a dor, diminuir o estres-se, possibilitando a reduo do consumo de analgsicos (Ikonomidou, Rehnstrom, Naesh, 2004). Este efeito explicado pela teoria do portal no controle da dor, a qual considera que a msica age de forma competitiva dor, por-tanto, proporciona tal alvio (Todres, 2006).

    A musicoterapia tem se mostrado benfi-ca como tratamento complementar de pessoas com deficincias fsicas, como distrofia mus-

  • 90C

    ader

    nos U

    niFO

    AE

    di

    o n

    20

    - Dez

    embr

    o/20

    12

    cular e paralisia, deficincia visual e auditiva, alm de apresentar efeitos positivos no trata-mento de distrbios como esquizofrenia, de-presso, autismo, entre outros (Padilha, 2008). Esse recurso, tambm permite melhora da au-toestima, diminuio do desespero e se torna eficaz na promoo do conforto e bem-estar (Bergold,2009).

    H alguns estudos sobre a eficcia da mu-sicoterapia no controle da dor e diminuio da ansiedade, sendo que h relatos de que esta semelhante aos benzodiazepnicos em questo de reduo da ansiedade. Portanto, pacientes submetidos a tal influncia musical, neces-sitam de quantidades menores de sedativos durante a anestesia espinhal (Lepage , 2011 ; Berbel , 2007).

    A interferncia musical, tambm tem se mostrado capaz de diminuir a confuso e os delrios dos idosos (McCaffrey, Locsin, 2004), alm de auxiliar na diminuio dos distrbios de humor em pessoas que so submetidas a tratamentos com altas doses de quimioterapia (Cassileth, Vickers, Magill, 2003).

    Entre os efeitos psicolgicos proporcio-nados pela msica esto inseridos: o desper-tar das emoes, pois estimula a criatividade, e o desenvolvimento do raciocnio, o que e facilita a aprendizagem por ativar um grande nmero de neurnios. Alm disso, a msica significativa quanto ao aspecto de socializao de um indivduo (Blasco, et al.,2002).

    Costa e Vianna (1982) fizeram um estudo referente a pacientes com transtornos mentais que foram submetidos sees de musicotera-pia, em que faziam produes rtmicas simples, exploravam sons corporais e vocais, experimen-tavam instrumentos, entres outros. Contudo, concluram que a msica foi um meio de comu-nicao no verbal entre os pacientes e viabili-zou uma melhor socializao dos mesmos.

    A msica tambm um importante fa-tor de contribuio para o desenvolvimento da coordenao motora e restabelecimento da memria. Dessa forma, essa terapia tambm capaz de auxiliar na reinsero do indivduo na sociedade, j que este, alm de recuperar a capacidade motora de determinados movi-mentos, tambm passa a se sentir til para a sociedade e para si mesmo, tendo mais auto-nomia e menos solido, evitando doenas de-pressivas, caractersticas da terceira idade.

    7. A Contribuio da Msica na Doena de Parkinson e Alzheimer

    Segundo Sacks (2007) a msica obtm grande potencial teraputico para serem utili-zadas em pessoas com doenas neurolgicas as quais acometem a terceira idade, tais como: Parkinson e Alzheimer.

    A doena de Alzheimer compromete a rea do crebro responsvel pela memria, pensamento e linguagem, sendo que a sua evoluo leva ao comprometimento cogniti-vo, motor e lingustico. Essas manifestaes podem levar o indivduo a ter dificuldades de interao social, o que propicia a entrada na pessoa um estado depressivo, no entanto, sa-bido que a musicoterapia pode facilitar no s nesse processo como tambm na expresso e comunicao, permitindo ao idoso, um melhor convvio social (Cunha, 1999).

    Logo, uma pessoa que possui Alzheimer sofre perda de memria ou at mesmo pode obter amnsia profunda, dificuldade de co-municao e autopercepo, e a msica pode influenciar na preservao dos aspectos da personalidade, alm de agir nas emoes, fa-culdades cognitivas, pensamentos e memria.

    A doena de Parkinson compromete o sistema nervoso central, mais precisamente, o sistema motor, originando tremores nos ps, nas mos, acinesia, bradicinesia, alteraes na fala, escrita, etc. A musicoterapia possibilita o relaxamento, a expresso, alm de beneficiar as funes fsicas e mentais do indivduo com essa patologia (Lodovici Neto, 2006).

    Corte, em 2009, realizou uma pesqui-sa qualitativa, tendo como foco a relao da gerontologia e musicoterapia. A metodo-logia consistiu em entrevista realizada na Associao Brasil Parkinson (ABP) paulista-na, com indivduos que possuem determinada relao com a doena de Parkinson (DP). O objetivo da pesquisa era verificar a importn-cia da musicoterapia no tratamento de pessoas que possuam essa doena. A partir da inter-pretao dos dados, pode-se concluir que a musicoterapia excelente nesse tipo de trata-mento, pois permite que haja a diminuio do sofrimento do indivduo.

    Sacks afirma, em 1997, que com a apli-cao da msica como mtodo teraputico, os

  • 91

    Cad

    erno

    s Uni

    FOA

    Edi

    o

    n 2

    0 - D

    ezem

    bro/

    2012

    pacientes danavam e cantavam, e essa inter-ferncia musical possibilitava a eles a estabili-dade, controle, sincronicidade, facilidade para falar e realizar outros movimentos complexos. Porm, para que houvesse o resultado terapu-tico esperado, era necessrio que a msica per-tencesse ao gosto musical do paciente e este fosse sensvel mesma.

    8. Os efeitos da musicoterapia na qualidade de vida e presso arterial.

    A hipertenso arterial uma doena que acomete grande parte da populao e pode gerar graves problemas cardiovasculares (Jardim,1998).

    De acordo com as Diretrizes de Hipertenso Arterial, importante que uma equipe multiprofissional vise o bem-estar do paciente hipertenso. O musicoterapeuta se in-sere neste contexto, podendo contribuir no tra-tamento no medicamentoso dessa molstia.

    Em diversos estudos h explorao da influncia da msica no aspecto fisiolgico relacionado presso arterial, respirao, fre-quncia cardaca, eletro encefalograma, sensi-bilidade dor e variaes emocionais ( Hatem, 2006 ; Didolich, 2008).

    Bernardi, Porta, Sleight (2006) fizeram um estudo sobre alteraes cardiovasculares, cerebrovasculares e respiratrias, a partir de interferncias musicais, e concluram que as msicas lentas permitiam relaxamento, dimi-nuio da presso arterial, frequncia cardaca e da ventilao pulmonar, enquanto msicas de ritmos mais acelerados, atravs da ativao do sistema nervoso simptico, proporciona-vam aumento da presso arterial, frequncia cardaca e ventilao pulmonar. Dessa forma, pesquisas afirmam que positiva a influncia da msica calma no tratamento de pacien-tes que sofreram infarto agudo do miocrdio (White, 1999).

    A musicoterapia tem sido reconhecida por melhorar o perodo de hospitalizao do pa-ciente, assim como capaz de lhe proporcionar melhor qualidade de vida (Myskja, 2008).

    Qualidade de vida consiste em viver bem no aspecto social, afetivo, profissional e de sade (Lipp, 1994). Inmeros fatores so res-

    ponsveis por propiciar a um indivduo uma melhor qualidade de vida, como boa condio dos fatores biolgicos, fsicos, sociais, alm do nvel de independncia e relao no meio em que vive (OMS 1998).

    A musicoterapia pode contribuir para uma melhor qualidade de vida do idoso, pois, esta capaz de elevar a autoestima, indepen-dncia, melhorar relaes interpessoais, resta-belecimento da melhoria, entre outros benef-cios (Neri, 2001).

    Zanini (2009) constatou em seu estudo realizado com hipertensos de idade superior a 50 anos, que sesses de musicoterapia propor-cionam significativa melhora na presso arte-rial e na qualidade de vida.

    9. Os efeitos da musicoterapia no tratamento da dor crnica.

    A dor crnica um dos problemas de sade mais comuns em todo mundo, especial-mente no ocidente, e os gastos no tratamento e no controle da dor so muito grandes para o paciente para o Estado.

    Assim sendo, diversas medidas no far-macolgicas tm sido usadas para esse trata-mento, entre elas esto programas educativo--comportamentais e a musicoterapia.

    Sabe-se que a msica abrange as dimen-ses biolgica, mental, emocional e espiritual do ser humano, de forma que o mecanismo de ao no controle da dor muito grande. A msica capaz de induzir o relaxamento, libe-rar endorfinas e provocar distrao, tudo isso ajudando na diminuio e no controle da dor.

    Alm disso, a msica capaz de criar imagens mentais, criando um elo entre percep-o, emoo e mudana corporal, sendo capaz de mudar o foco perceptual da dor.

    Diversos estudos em que as pessoas com dor crnica leve-moderada eram submetidas a uma sesso de audio (sesso onde as pes-soas ouvem um determinado repertrio musi-cal) mostraram que a intensidade da dor era reduzida aps a sesso. Dessa forma, a neces-sidade do tratamento farmacolgico reduzi-da, reduzindo tambm os gastos e aumentando a qualidade de vida.

    O estudo de LEO & SILVA (2004) mostrou justamente esse efeito sobre a intensi-

  • 92C

    ader

    nos U

    niFO

    AE

    di

    o n

    20

    - Dez

    embr

    o/20

    12

    dade da dor e a formao de imagens mentais durante uma audio de um repertrio de m-sicas eruditas, que teve como resultado uma grande quantidade de imagens mentais e uma reduo significativa da dor nos pacientes que aceitaram participar da pesquisa.

    10. Resultados e Discusso

    Diante dos dados encontrados, foi possvel observar que a metodologia utilizada na musi-coterapia altamente eficaz no tratamento de diversas doenas que acometem a populao idosa, seja como tratamento principal, seja como tratamento adjuvante, dependendo da gravidade em que se encontra o paciente e dos recursos dis-ponveis para o tratamento necessrio.

    Tambm foi possvel observar a eficcia desse tipo de terapia na preveno de diversas patologias frequentes nessa faixa etria, assim como na preservao da qualidade de vida dessas pessoas.

    Portanto, a utilizao da musicoterapia muito ampla, podendo ser aplicada em di-versos tipos de situaes e nas mais diferentes patologias que acometem os idosos, como por exemplo, a depresso, a ansiedade, a hiperten-so arterial sistmica, a dor msculo-esque-ltica, a Doena de Alzheimer, a Doena de Parkinson, a distrofia muscular, as paralisias, as deficincias visuais e auditivas, a esquizo-frenia, entre tantas outras.

    11. Consideraes finais.

    A musicoterapia uma terapia no ver-bal que consiste na utilizao da msica e seus elementos para intervir na sade. Esta deve ser aplicada por um musicoterapeuta graduado, o qual far a avaliao do paciente em vrios as-pectos para definir a melhor maneira de seguir com o tratamento.

    Em vista dos benefcios que a msica pode proporcionar, possvel afirmar que a contri-buio da musicoterapia na sade do idoso muito relevante, pois capaz de possibilitar uma melhora clnica dos distrbios que acome-tem essa faixa etria, o que permite a participa-o mais ativa e influente destes na sociedade, alm de possibilitar melhor qualidade de vida.

    Estudos relatam que esta terapia eficaz no tratamento de vrios distrbios que afe-tam a populao idosa, tais como: depresso, ansiedade, hipertenso arterial, dor msculo--esqueltica, Alzheimer, Parkinson, distrofia muscular, paralisia, deficincia visual e auditi-va, esquizofrenia. Tambm se mostra capaz de estimular a criatividade, o raciocnio, facilitar a aprendizagem, melhorar o desenvolvimento motor e cognitivo, estimular as emoes, faci-litar a expresso e comunicao. Esta, tambm pode ser utilizada a favor da humanizao do ambiente, melhora da autoestima, diminuio do desespero e se torna eficaz na promoo do conforto, bem-estar, alm de atuar como for-ma de entretenimento.

    Musicoterapia foi reconhecida como cincia h pouco tempo, e isso explica o fato de no ser to conhecida e aplicada. O cam-po da musicoterapia muito amplo e ainda h muitos fatores a serem exploradas nesta rea, tanto com o objetivo de novas descobertas, quanto para aumentar a credibilidade e cons-cientizao sobre sua eficcia, alm de contri-buir para a aplicao desta nos hospitais.

    importante que os profissionais da rea da sade busquem conhecer diversas medidas que auxiliam na preveno e tratamento de doenas, assim como a musicoterapia, propor-cionando uma melhor qualidade de vida, espe-cialmente aos idosos, j que a expectativa de vida vem aumentando.

    12. Referncias

    1. BERGOLD, Leila Brito; ALVIM, Neide Aparecida Titonelli. A msica teraputica como uma tecnologia aplicada ao cuidado e ao ensino de enfermagem. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, Sept. 2009 . Available from . access on 01 Sept. 2011. h t tp : / /dx .doi .o rg /10 .1590/S1414-81452009000300012.

    2. NOCITI, Jos Roberto. Msica e anestesia. Rev. Bras. Anestesiol., Campinas, v. 60, n. 5, Oct. 2010 . Available

  • 93

    Cad

    erno

    s Uni

    FOA

    Edi

    o

    n 2

    0 - D

    ezem

    bro/

    2012

    from . access on 01 Sept. 2011. h t tp : / /dx .doi .o rg /10 .1590/S0034-70942010000500001.

    3. CORTE, Beltrina; LODOVICI NETO, Pedro. A musicoterapia na doena de Parkinson. Cinc. sade coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 6, Dec. 2009 . Available from . access on 01 Sept. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232009000600038.

    4. SALES, Catarina Aparecida et al . A msica na terminalidade humana: concepes dos familiares. Rev. esc. enferm. USP, So Paulo, v. 45, n. 1, Mar. 2011 . Available from . access on 01 Sept. 2011. h t tp : / /dx .doi .o rg /10 .1590/S0080-62342011000100019.

    5. Fonseca KC, Barbosa MA, Silva DG, Fonseca KV, Siqueira KM, Souza MA. Credibilidade e efeitos da msica como modalidade teraputica em sade. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2006;8(3):398-403. Available Available from:http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_3/v8n3a10.htm

    6. Bergold, Leila Brito. Encontros musicais: uma estratgia de cuidado de enfermagem junto a sistemas familiares no contexto da quimioterapia / Musical encounters: care strategy amongst clients in chemotherapy. 256 p Apresentada a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Enfermagem Anna Nery para obteno do grau de Doutor. Rio de Janeiro; s.n; dez. 2009. Available from http://teses2.ufrj.br/Teses/EEAN_D/LeilaBritoBergold.pdf

    7. LEAO, Eliseth Ribeiro; SILVA, Maria Julia Paes da. Msica e dor crnica msculoesqueltica: o potencial evocativo de imagens mentais. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeiro

    Preto, v. 12, n. 2, Apr. 2004 . Available from . access on 10 Oct. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692004000200013

    8. DINIZ, Elcio Leci Brando; Oliveira, Joanessa Nunes. MSICA E SADE: O OLHAR DA MUSICOTERAPIA. In: IV Frum de pesquisa cientfica em arte, 2006. Cutiriba. Anais do IV Frum de pesquisa cientfica em arte, 2006, p.33-36

    9. PIAZZETTA, Clara Mrcia de Freitas. MSICA EM MUSICOTERAPIA NA ABORDAGEM MUSICO-CENTRADA: UMA VISO COGNITIVISTA. In: IV Simpsio Internacional de cognio e artes musicais, 2008. So Paulo. Anais do SIMCAM4, maio, 2008. 8p.

    10. CUNHA, Rosemyriam. MUSICOTERAPIA NA ABORDAGEM DO PORTADOR DE DOENA DE ALZHEIMER. Revista Cientfica/FAP, v.2, janeiro/dezembro, 2007, 16p.

    11. SILVA, Raquel Siqueira da; Moraes, Mrcia. Musicoterapia e sade mental: relato de uma experimentao rizomtica. Revista Psico, v. 38, n.2, maio/agosto, 2007, p. 139-147

    12. RUUD, Even. Caminhos da Musicoterapia. So Paulo: Summus, 1990.

    13. RAMAYANA, Marcos. Estatuto do Idoso Comentado. Rio de Janeiro: Roma Victor, 2004

    14. TROVO, Monica Martins; SILVA, Maria Jlia Paes da; LEAO, Eliseth Ribeiro. Terapias alternativas/complementares no ensino pblico e privado: anlise do conhecimento dos acadmicos de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeiro Preto, v. 11, n. 4, Aug. 2003 . Available from . access on 01 Sept. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692003000400011.

  • 94C

    ader

    nos U

    niFO

    AE

    di

    o n

    20

    - Dez

    embr

    o/20

    12

    15. WAZLAWICK, Patrcia; CAMARGO, Denise de; MAHEIRIE, Ktia. Significados e sentidos da msica: uma breve composio a partir da psicologia histrico-cultural. Psicol. estud., Maring, v. 12, n. 1, Apr. 2007 Available from . access on 01 Sept. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722007000100013

    16. SEKI, Natalie Hidemi; GALHEIGO, Sandra Maria. O uso da msica nos cuidados paliativos: humanizando o cuidado e facilitando o adeus. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 14, n. 33, June 2010 . Available from . access on 01 Sept. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832010000200004

    17. ZANINI, Claudia Regina de Oliveira et al . O efeito da musicoterapia na qualidade de vida e na presso arterial do paciente hipertenso. Arq. Bras. Cardiol., So Paulo, v. 93, n. 5, Nov. 2009 . Available from . access on 01 Sept. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2009001100014.

    18. LEAO, Eliseth Ribeiro; FLUSSER, Victor. Msica para idosos institucionalizados: percepo dos msicos atuantes. Rev. esc. enferm. USP, So Paulo, v. 42, n. 1, Mar. 2008 . Available from . access on 01 Sept. 2011. h t tp : / /dx .doi .o rg /10 .1590/S0080-62342008000100010.

    19. WAZLAWICK, Patrcia. QUANDO A MSICA ENTRA EM RESSONNCIA COM AS EMOES: SIGNIFICADOS E SENTIDOS NA NARRATIVA DE JOVENS ESTUDANTES DE

    MUSICOTERAPIA. Revista Cientfica/FAP, v.1 janeiro/dezembro, 2006, 15p.

    20. MARIANO, Fabiana. INTERAES ENTRE AVS E SEUS NETOS COM DEFICINCIA: UMA EXPERINCIA EM MUSICOTERAPIA. Universidade Presibiteriana Mackenzie para a obteno do grau de mestre, So Paulo, 2008, 93p.

    21. SILVA, Ctia Patrcia Fernandes da; Galhardo, Joana Rito Leonardo; Lagarelhos, Joo Pedro Pinto; Carvalhal, Pedro Nuno Martins.MUSICOTERAPIA COM A PESSOA IDOSA. Trabalho Realizado no mbito da unidade curricular de Interveno Psicoteraputica com Idosos - Universidade de Coimbra, 2011, 17p.

    22. MARCONATO, Cyntia; Munhoz, Eva Cantalejo; Menim, Mrcia Maria; Albach, Maria Thereza. Aplicao da Musicoterapia na Clnica Mdica e Cardiolgica. Arq Brs Cardiol, volume 77 (n2),138-9. Faculdade de Artes do Paran, Curitiba, 2001

    23. SALES, Catarina Aparecida et al . A msica na terminalidade humana: concepes dos familiares. Rev. esc. enferm. USP, So Paulo, v. 45, n. 1, Mar. 2011 . Available from . access on 02 Nov. 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342011000100019.

    24. HEDAYAI, S.S.; YALAMANCHILI, V.; FINKELSTEIN, F.O. A practical approach to the treatment of depression in patients with chronic kidney disease and end-stage renal disease. Kidney international, Cranford-NJ, V. 81, n. 3, p. 247-255, Feb. 2012.

    Endereo para Correspondncia:

    Glauber Correia de [email protected]

    Rua Cristvo Colombo, 303, casa 2Jardim Amlia IIVolta Redonda- RJCEP: 27250-710