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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO TRABALHADOR NA DOMA RACIONAL DE EQUÍDEOS “O SENAR-AR/SP está permanentemente empenhado no aprimoramento profissional e na promoção social, destacando-se a saúde do produtor e do trabalhador rural.” FÁBIO MEIRELLES Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP DOMA RACIONAL

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  • SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALADMINISTRAO REGIONAL DO ESTADO DE SO PAULO

    Trabalhador na doma racional de equdeos

    O SENAR-AR/SP est permanentemente empenhado no aprimoramento profissional e na promoo social, destacando-se a sade

    do produtor e do trabalhador rural.FbIO MEIRELLES

    Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

    Doma Racional

  • FEDERAO DA AGRICULTURA E PECURIA DO ESTADO DE SO PAULOGesto 2008-2012

    FbIO DE SALLES MEIRELLESPresidente

    SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALadminisTrao regional do esTado de so Paulo

    conselho adminisTraTivo

    FbIO DE SALLES MEIRELLESPresidente

    AMAURI ELIAS XAVIERVice-Presidente

    EDUARDO DE MESQUITAVice-Presidente

    JOS CANDOVice-Presidente

    MAURCIO LIMA VERDE GUIMARESVice-Presidente

    LENY PEREIRA SANTANNADiretor 1 Secretrio

    JOS EDUARDO COSCRATO LELISDiretor 2 Secretrio

    ARGEMIRO LEITE FILHODiretor 3 Secretrio

    LUIZ SUTTIDiretor 1 Tesoureiro

    IRINEU DE ANDRADE MONTEIRODiretor 2 Tesoureiro

    ANGELO MUNHOZ bENKODiretor 3 Tesoureiro

    DANIEL KLPPEL CARRARARepresentante da Administrao Central

    bRAZ AGOSTINHO ALbERTINIPresidente da FETAESP

    EDUARDO DE MESQUITARepresentante do Segmento das Classes Produtoras

    AMAURI ELIAS XAVIERRepresentante do Segmento das Classes Produtoras

    MRIO ANTONIO DE MORAES bIRALSuperintendente

    SRGIO PERRONE RIbEIROCoordenador Geral Administrativo e Tcnico

  • SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALADMINISTRAO REGIONAL DO ESTADO DE SO PAULO

    TRAbALHADOR NA DOMARACIONAL DE EQDEOS

    Doma Racional

    So Paulo - 2010

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria

    IDEALIZAOFbio de Salles MeirellesPresidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

    COORDENAOJair KaczinskiChefe da Diviso Tcnica do SENAR-AR/SP

    AUTORESJean Clanei GuimaresTcnico em Agropecuria - Diviso Tcnica do SENAR-AR/SP

    Lus Celso CubaProfessor Eqestre

    Mrcio Jos Camargo de OliveiraTcnico em Agropecuria/Pedagogo

    Paulo Afonso da CunhaProfessor Eqestre

    COLABORADORESCentro de Treinamento Prof. Paulo Cunha - Itaber/SPPaulo Renato da CunhaTreinador de Eqinos

    REVISO DO TEXTOAntonio Nazareno FavarinProfessor

    DIAGRAMAOThais Junqueira FrancoDiagramadora do SENAR-AR/SP

    FOTOSPaulo Maia da Silva

    Direitos Autorais: proibida a reproduo total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a expressa e prvia autorizao do SENAR-AR/SP.

    Material impresso no SENAR-AR/SP

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo

    inTroduo ...................................................................................................................... 9

    asPecTos gerais ........................................................................................................... 11

    i - doma racional ...................................................................................................... 13

    ii - Primeiros conTaTos com o animal ......................................................................... 17

    iii - FlexionamenTo do animal ....................................................................................... 20

    iv - Trabalho de guia .................................................................................................. 21

    v - como selar o animal ............................................................................................ 23

    vi - charreTeamenTo do animal ................................................................................... 25

    vii - FlexionamenTo do animal com rdeas aberTas ..................................................... 27

    viii - como monTar o animal ......................................................................................... 28

    ix - FlexionamenTo do animal monTado ........................................................................ 30

    x - embocadura do animal .......................................................................................... 32

    xi - adaPTao do animal ao meio ............................................................................... 35

    xii - bibliograFia .......................................................................................................... 37

    SUMRIO

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo

    APRESENTAO

    Plante, cultive e colha a Paz

    OSERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23 de dezembro de 1991, pela Lei n 8.31, e regulamentado em 10 de junho de 1992, como Entidade de personalidade jurdica de direito privado, sem fins lucrativos, teve a Administrao Regional do Estado de So Paulo criada em 21 de maio de 1993.

    Instalado no mesmo prdio da Federao da Agricultura e Pecuria do Estado de So Paulo - FAESP, Edifcio baro de Itapetininga - Casa do Agricultor Fbio de Salles Meirelles, o SENAR-AR/SP tem, como objetivo, organizar, administrar e executar, em todo o Estado de So Paulo, o ensino da Formao Profissional e da Promoo Social Rurais dos trabalhadores e produtores rurais que atuam na produo primria de origem animal e vegetal, na agroindstria, no extrativismo, no apoio e na prestao de servios rurais.

    Atendendo a um de seus principais objetivos, que o de elevar o nvel tcnico, social e econmico do Homem do Campo e, conseqentemente, a melhoria das suas condies de vida, o SENAR-AR/SP elaborou esta cartilha com o objetivo de proporcionar, aos trabalhadores e produtores rurais, um aprendizado simples e objetivo das prticas agro-silvo-pastoris e do uso correto das tecnologias mais apropriadas para o aumento da sua produo e produtividade.

    Acreditamos que esta cartilha, alm de ser um recurso de fundamental importncia para os trabalhadores e produtores, ser tambm, sem sombra de dvida, um importante instrumento para o sucesso da aprendizagem a que se prope esta Instituio.

    Fbio de salles meirellesPresidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 9

    INTRODUO

    Conta a histria que um homem levou um cavalo forte, belo e fogoso para ser vendido a um rei.

    O animal, contudo, era bravo (xucro) e ningum conseguia mont-lo.

    O Rei, sabendo disso, no se interessou pelo animal.

    Contudo, Alexandre Magno, seu filho, convenceu-o a comprar o animal, dizendo que tentaria dom-lo.

    Desta feita, observando o temperamento e as reaes do animal, Alexandre, muito inteligente, percebeu que o cavalo tinha medo de sua prpria sombra e, por isso, reagia de forma agressiva.

    Ento, comeou a manejar o animal com muita pacincia, perseverana e, sem maltrat-lo, conseguiu conquist-lo.

    Quando o animal j no se assustava e estava bem dcil, foi montado por Alexandre, que, assim, cavalgou com segurana e tranqilidade.

    Este fato demonstra que a doma, realizada de forma racional, vem sendo desenvolvida e aperfeioada h mais de dois mil (2.000) anos.

    Como pode ser observado, a doma de eqdeos remonta antigidade.

    No decorrer do tempo, os mtodos da doma racional foram evoluindo e se aprimorando, cada vez mais, espalhando-se pela Europa, Amrica etc., at os dias atuais.

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 11

    O processo da doma racional, proposto nesta cartilha, sofreu grande influncia dos mtodos e tcnicas utilizados pelos domadores norte-americanos, que so considerados, hoje, os detentores de um dos melhores mtodos de doma racional.

    Esperamos, pois, que voc possa, com a utilizao desta cartilha, obter os melhores resultados e aprimorar, cada vez mais, a sua experincia na doma racional de eqdeos.

    A utilizao de eqdeos fator relevante no processo produtivo; cabe, pois, destacar a importncia dessa atividade.

    O Trabalhador na Doma Racional de Eqdeos uma ocupao que vem recebendo a ateno do SENAR-AR/SP, em suas aes de aperfeioamento da mo-de-obra rural, dentre elas, destacando-se a de Doma Racional.

    A capacitao dos trabalhadores e pequenos produtores rurais de suma importncia para a obteno de melhores resultados nas tarefas de seu dia-a-dia, atuando, corretamente, de acordo com as tcnicas e procedimentos recomendados nesta cartilha.

    A profissionalizao proporciona ao domador o preparo para a atuao profissional e a competitividade no mercado de trabalho.

    Com isso, poderemos oferecer melhor servio e, conseqentemente, bons resultados, tanto no aspecto pessoal quanto no financeiro, proporcionando benefcios ao homem do campo.

    ASPECTOS GERAIS

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 13

    I - DOMA RACIONAL

    A doma racional um conjunto de tcnicas utilizadas para amansar eqinos e muares, a fim de que sejam condicionados a obedecer, sem brutalidade, aos comandos do homem, resultando em um animal mais proveitoso, confivel e com melhor rendimento em sua vida til.

    O momento ideal para a doma do animal determinado em funo de sua idade mnima, dois (2) anos, no qual o animal j possui estrutura fsica para desenvolver atividades referentes doma. Vale ressaltar que todo animal, para ser domado, precisa estar saudvel.

    A doma racional deve ser realizada em ambiente prprio, mangueira ou redondel, proporcionando segurana e evitando acidentes.

    Enfim, a doma racional um processo pelo qual o domador utiliza os comandos de vozes com tonalidades, tendo sensibilidade, disciplina e pacincia para com o animal.

    Os materiais utilizados para domar os eqdeos so: cabresto tipo hackmore, saco de estopa, maneador, manta, sela, martingale, fechador de boca, cabeada com brido, cordas e rdeas, que so indispensveis para o desenvolvimento da doma racional.

    Cada material possui uma funo especfica, como segue abaixo:

    a) Cabresto tipo Hackmore

    O hackmore um arco feito com corda de nilon dura ou de couro. Tem como finalidade facilitar o direcionamento do animal exigido pelo domador, devendo ser ajustado na altura do chanfro do animal.

    O cabresto deve, tambm, possuir um cabo, o qual dever ter cinco () metros de comprimento para facilitar o trabalho e evitar acidentes.

    b) Saco de Estopa

    O saco a ser utilizado dever estar bem conservado e limpo, devendo ser aberto em suas laterais, ou seja, nos lados de maior comprimento, facilitando o trabalho.

    c) Maneador

    O maneador uma corda de nilon macia, medindo, aproximadamente, dois metros e meio (2,) de comprimento que tem por finalidade conter os membros anteriores (patas dianteiras) do animal.

    FIG. 1 - Cabresto hackmore

    FIG. 2 - Saco de estopa

    FIG. 3 - Corda de nilon (maneador)

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria1

    FIG. 7 - Corda de nilon

    FIG. 6 - Sela

    FIG. 5 - Manta ou bacheiro

    FIG. 8 - Rdeas de l

    d) Corda para amarrar o rabo

    A corda utilizada para amarrar o rabo deve ser de nilon macia, medindo, aproximadamente, trs metros (3,0) de comprimento.

    e) Manta ou bacheiro

    um forro que deve ter a espessura, mais ou menos, de trs (3) centmetros e ser macio, a fim de proteger o dorso do animal. Os mais utilizados so feitos de l ou algodo; contudo, existem outros tipos no mercado.

    f) Sela

    A sela um equipamento utilizado na montaria tanto para proteger o dorso do animal, como para proporcionar maior conforto e segurana ao cavaleiro. Pode ser de couro ou de nilon e deve, indispensavelmente, possuir dois pares de loros com estribos, barrigueira, dianteira e traseira.

    PRECAUO!!!

    A sela deve estar limpa e em boas condies de uso para proporcionar segurana ao domador.

    g) Rdeas abertas de charreteamento

    Estas rdeas so compostas por duas cordas de nilon ou couro, medindo, cada uma, cinco () metros de comprimento, e tm a finalidade de condicionar o animal em seus movimentos.

    So utilizadas, tambm, para manter a distncia entre o domador e o animal quando executadas as manobras, propiciando maior segurana.

    h) Rdeas abertas

    So compostas por duas cordas de nilon ou couro, medindo dois metros e vinte centmetros (2,20) de comprimento cada, e tm a finalidade de condicionar o animal em seus movimentos.

    Este tipo de rdea utilizado pelo domador tanto no cho como montado.

    FIG. 4 - Corda de nilon

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 1

    i) Martingale

    um equipamento feito de couro ou de nilon, contendo duas argolas nas suas duas extremidades.

    O martingale contribui para o posicionamento da cabea e do pescoo do animal, pois desta forma o domador obter um maior domnio em seus movimentos.

    j) Cabeada com brido

    Cabeada um equipamento feito de couro ou nilon, que se ajusta cabea do animal e serve para prender os brides, freios e outros equipamentos utilizados.

    Ressaltamos que existem vrios tipos de brides; contudo, no incio da Doma Racional, recomenda-se o brido D ou O liso, pois estes modelos proporcionam uma melhor aceitao do animal, obtendo um maior rendimento na embocadura.

    l) Fechador de boca

    O fechador de boca uma cabeada mais estreita feita de couro ou nilon, que tem por finalidade condicionar o animal a trabalhar com a boca fechada, contribuindo para os comandos exigidos.

    ATENO!!!

    Estes materiais devero estar limpos e em perfeitas condies de uso, de forma a contribuir para o rendimento, segurana e qualidade do servio.

    Trajes recomendados para o Domador

    O domador tambm precisa se proteger; para tanto, ele deve usar trajes recomendados, como seguem abaixo:

    FIG. 9 - Martingale de nilon

    FIG. 11 - Cabeada com brido D

    FIG. 10 - A - Brido Dliso B - Brido Oliso

    A

    b

    FIG. 12 - Fechador de couro

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria16

    a) Roupas justas: as roupas justas possibilitam mobilidade nas operaes, contribuindo para o contato.

    b) Sapato de couro: o sapato deve estar em perfeito estado, a fim de propiciar conforto e segurana.

    c) bon ou chapu: o uso do bon ou chapu proporciona proteo contra os raios solares sobre a cabea.

    d) Luvas: as luvas so utilizadas para a proteo das mos e devem ser de algodo ou l, possibilitando maior sensibilidade no tato.

    ATENO!!!

    A utilizao desses trajes de suma importncia, para prevenir riscos de acidentes como pises do animal e queimadura nas mos, devido ao manuseio com as cordas e outros. Tambm, devemos nos preocupar com as doenas causadas pelos raios solares, tais como insolao, cncer de pele etc., uma vez que o domador, devido sua prpria atividade, fica muito exposto ao ambiente externo.

    FIG. 13 - Trajes recomendados

    bon

    Luvas

    Sapato de couro

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 1

    Esta etapa representa o incio do relacionamento do homem com o animal.

    O contato inicial muito importante, pois dele resultar o sucesso da doma racional.

    Este contato com o animal deve ser praticado, no mnimo, por trs (3) dias consecutivos, sendo realizado com cautela, pacincia e dedicao.

    Procedimentos de contato com o animal:

    a) o primeiro passo do domador trazer o animal para o redondel ou mangueiro de forma natural, utilizando madrinha (animal que serve de guia para outros animais), a fim de se evitar o estresse (conjunto de reaes do organismo a agresses de ordem fsica, psquica, infecciosa e outras capazes de perturbar). Como se trata de doma racional, este animal no dever ser laado a campo.

    ATENO!!!

    O redondel deve ter, no mnimo, nove (9) metros de raio e estar em perfeitas condies para o trabalho.

    PRECAUO!!!

    Tomar cuidados na conduo do animal, para evitar coices, manotaos (patadas dianteiras) ou mordidas.

    b) o domador deve comear a se aproximar do animal, de forma lenta, com movimentos suaves e utilizando o comando de voz com tonalidade, ou seja, conversar com ele, procurando condicion-lo para o desenvolvimento das tarefas.

    c) dentro do processo da doma racional, podemos citar alguns exemplos de comando de voz:

    passo: pronunciar a palavra em tonalidade natural;

    trote: pronunciar a palavra em tonalidade mais forte do que o passo;

    galope: pronunciar a palavra em tonalidade mais forte que o trote;

    FIG. 14 - Animal no redondel

    FIG. 15 - Aproximao

    II - PRIMEIROS CONTATOS COM O ANIMAL

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria18

    h!: (parar) pronunciar num tom forte (grave).

    Estas palavras (comandos) correspondem aos movimentos exigidos pelo domador, os quais o animal ser condicionado a execut-los.

    A utilizao de outras palavras pode ser determinada pelo domador, conforme as atividades e suas necessidades. Salientamos que o animal aprende por repetio; portanto, quanto mais repetimos, mais o animal aprende.

    d) na colocao do cabresto, o domador deve se posicionar sempre frente do animal, agindo com calma e transmitindo segurana, para permitir assim que o animal crie confiana. Aps a colocao do cabresto, o domador, como sinal de satisfao, deve fazer agrado no animal, a fim de conquist-lo cada vez mais.

    PRECAUO!!!

    Aproxime-se cuidadosamente pela frente do animal, evitando uma reao agressiva.

    e) o animal deve ser maneado (preso pelas patas dianteiras) para facilitar o domnio. O domador deve deixar que o animal cheire o maneador, contribuindo para seu reconhecimento, de maneira natural. Em seguida, deve conduzir o maneador com movimentos suaves, para evitar que o animal se assuste, at alcanar os membros dianteiros, posicionando-o e amarrando-o na altura das canelas do animal.

    FIG. 16 - Colocao do cabresto

    FIG. 18 - Trabalho com o maneador

    FIG. 17 - Identificando o maneador

    FIG. 19 - Maneando o animal

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 19

    PRECAUO!!!

    Realize cuidadosamente esta operao com o animal, evitando reaes agressivas.

    f) o animal deve ser flanelado (acariciado), inicialmente, com um saco de estopa dobrado. O flanelamento deve ser feito com movimentos circulares e no sentido do plo, iniciado sempre pela parte da frente do animal at atingir a traseira. Esta tarefa deve ser sempre acompanhada pelo comando de voz, trabalhando o corpo inteiro do animal, a fim de tirar-lhe as ccegas e conquist-lo.

    PRECAUO!!!

    O flanelamento deve ser feito cuidadosamente, evitando reaes agressivas.

    FIG. 23 - Flanelamento da linha de dorso, virilha e garupa

    FIG. 22 - Flanelamento dos membros posteriores (ps)

    FIG. 20 - Reconhecimento do saco

    FIG. 21 - Flanelamento do pescooe membros anteriores (mos)

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria20

    O flexionamento um conjunto de exerccios que trabalham desde o focinho at a garupa do animal, possibilitando maior agilidade e desempenho.

    Esta tarefa ser realizada sem que o domador monte no animal. Tem, por finalidade, fazer com que o animal obedea aos comandos do domador, contribuindo no processo da doma racional.

    Esta operao dura, aproximadamente, dez (10) minutos para cada lado do animal, ou seja, esquerda e direita, at que este esteja condicionado ao exerccio, num perodo mdio de dez (10) dias.

    Procedimentos do flexionamento:

    a) o rabo do animal deve ser bem amarrado com uma das pontas da corda; porm, a laada deve ser resistente e prtica, para ser desamarrada quando necessrio.

    PRECAUO!!!

    Faa a operao com cuidado, evitando coices.

    b) a ponta da corda que ficou livre dever ser amarrada no hackmore, de modo que o animal fique com o pescoo dobrado, flexionando-o. A corda deve ser bem amarrada; porm, fcil de ser solta, caso ele se atrapalhe.

    PRECAUO!!!

    O flexionamento deve ser feito cuidadosamente, evitando reao agressiva.

    c) o maneador dever ser retirado do animal, mas, ao mesmo tempo, o domador precisa estar segurando o cabo do cabresto, para assegurar um movimento controlado e uniforme, garantindo, assim, o flexionamento do animal.

    PRECAUO!!!

    Nesta operao, alguns animais chegam a cair; deste modo, o domador deve acompanhar atentamente os exerccios do animal para agir, caso seja necessrio, evitando acidentes.

    d) o flexionamento deve ser realizado nos dois lados (direito e esquerdo) do animal, durante, aproximadamente, dez (10) minutos para cada lado. Aps esta tarefa, desamarre a corda do hackmore e do rabo do animal.

    III - FLEXIONAMENTO DO ANIMAL

    FIG. 24 - Amarrando o rabo

    FIG. 25 - Amarrando a corda

    FIG. 26 - Acompanhando os exerccios

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 21

    Consiste em movimentar o animal em crculos, por intermdio de uma guia e do comando de voz, o que contribui na aprendizagem dos exerccios de guia, que facilitaro o seu desenvolvimento na doma racional, dando cadncia e direcionamento no seu andamento.

    Este trabalho deve ser feito de forma alternada com o flexionamento (sem montar).

    O perodo de durao ser de, aproximadamente, dez (10) minutos para cada lado do animal (direito e esquerdo), totalizando, mais ou menos, vinte (20) minutos para as duas operaes (flexionamento e trabalho de guia), num perodo mdio de dez (10) dias.

    Procedimentos:

    a) o domador deve movimentar o animal em crculos, a passos (andando naturalmente), realizando o percurso desejado.

    PRECAUO!!!

    Mantenha distncia do animal a fim de evitar acidentes.

    b) o ritmo do andamento deve ser aumentado gradativamente, para que o animal se movimente em crculos, a trote (marcha trotada), realizando o percurso desejado.

    ATENO!!!

    Utilize o comando de voz, com tonalidade (trote!).

    c) o domador deve fazer com que o animal aumente ainda mais o seu ritmo, para que se movimente em crculos, a galope (carreira rpida), realizando o percurso desejado.

    ATENO!!!

    Utilize o comando de voz, com tonalidade (galope!).

    d) o domador, antes de parar o andamento do animal, dever proceder na seguinte

    FIG. 27 - Trabalho de guia a passo

    FIG. 28 - Trabalho de guia a trote

    IV - TRAbALHO DE GUIA

    FIG. 29 - Trabalho de guia a galope

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria22

    ordem: galope, trote e passo, condicionando-o sempre com os comandos de voz, com tonalidade.

    e) o domador deve se posicionar na frente do animal e pressionar o cabresto, a fim de que ele ceda e se afaste alinhado, aprendendo a recuar quando exigido.

    f) o domador deve conduzir o animal no cabresto, ao seu lado, a passo, condicionando-o sempre com os comandos de voz e tonalidade.

    g) nas paradas, o domador dever posicionar o animal sempre alinhado, a fim de que ele fique condicionado.

    h) nas mudanas de direo, o domador dever escorar na paleta (ombros) do animal com a mo, fazendo com que ele se apie nas patas traseiras e cruze as patas dianteiras, facilitando a sua virada.

    ATENO!!!

    Os eqdeos s aprendem por meio de contnuas repeties.

    FIG. 32 - Afastando o animal

    FIG. 33 - Conduo a passo

    FIG. 34 - Parada

    FIG. 35 - Virando e flexionando a paleta

    FIG. 30 - Animal voltando a passo FIG. 31 - Animal parado e alinhado

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 23

    Selar o animal consiste em colocar os arreamentos (manta e sela) no seu dorso, de maneira correta, utilizando movimentos suaves, de forma que ele os aceite com naturalidade.

    O animal s dever ser selado aps ter passado pelas etapas de flexionamento e trabalho de guia.

    A sela dever estar em perfeitas condies de uso, para proteger o dorso do animal e proporcionar maior apoio e conforto ao cavaleiro. Ela deve ser ajustada suavemente, evitando reaes agressivas.

    Procedimento para selar o animal:

    a) o animal deve ser maneado e flanelado, antes da colocao da manta e da sela, evitando reaes agressivas.

    b) antes da colocao da manta, o domador deve deixar que o animal a cheire, fazendo o reconhecimento, pois, deste modo, ele se acostumar facilmente com os equipamentos.

    c) na colocao da manta, o domador deve iniciar pelo pescoo do animal, colocando-a suavemente; depois, deve descer at o dorso, para o correto posicionamento.

    PRECAUO!!!

    Utilize sempre movimentos suaves com o animal, evitando reaes agressivas.

    d) agora, na colocao da sela, siga o mesmo procedimento da manta: o domador deve deixar que o animal a cheire, fazendo o reconhecimento, pois, deste modo, ele se acostumar facilmente com os equipamentos.

    e) a sela dever ser colocada suavemente no pescoo do animal, descendo, cuidadosamente, at o seu dorso, para o seu posicionamento.

    FIG. 36 - Identificao da manta

    FIG. 37 - Trabalho com a manta

    V - COMO SELAR O ANIMAL

    FIG. 39 - Trabalho com a sela

    FIG. 38 - Identificao da sela

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria2

    PRECAUO!!!

    O domador deve estar atento com o animal, evitando reaes agressivas.

    ATENO!!!

    Aps a colocao da sela, necessrio que o domador a movimente, para frente e para trs, suavemente, para que o animal se acostume com os equipamentos em seu dorso.

    f) em primeiro lugar, deve-se ajustar a barrigueira dianteira (da frente), de maneira suave, at o ponto em que a sela fique firme no corpo do animal. Em seguida, deve-se ajustar a barrigueira traseira (detrs).

    g) o domador dever retirar o maneador, para que o animal possa fazer os primeiros movimentos selado.

    ATENO!!!

    Certifique-se de que o animal est tranqilo e confiante, em sua movimentao.

    PRECAUO!!!

    Mantenha o controle do animal, evitando que ele pule e cause riscos ao domador.

    h) o domador dever movimentar o animal a passo, trote e galope por, aproximadamente, sete () dias, sem montar.

    FIG. 40 - Ajustando a barrigueira dianteira

    FIG. 42 - Movendo o animal

    FIG. 41 - Ajustando a barrigueira traseira

    FIG. 43 - Conduzindo o animal

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 2

    Consiste em desenvolver a capacidade do animal de obedecer aos comandos do domador e andar dentro de um percurso, facilitando o seu desenvolvimento na doma racional.

    Este animal ser conduzido com rdeas longas, caminhando em linha reta, em crculos ou recuando.

    Esta operao desenvolvida antes de montar o animal e deve ter a durao aproximada de uma (1) hora por dia, durante sete () dias.

    Procedimentos para o charreteamento:

    a) os estribos devero ser amarrados por uma corda, que dever ser passada por baixo da barriga do animal, permanecendo na posio normal, ou seja, nem apertado e nem frouxo.

    PRECAUO!!!

    Faa a operao cuidadosamente, evitando reaes agressivas do animal.

    b) as rdeas de charreteamento devero ser presas no hackmore e passadas por dentro dos estribos, a fim de contribuir nas manobras executadas.

    FIG. 44 - Amarrando os estribos

    FIG. 45 - Amarrando as rdeas FIG. 46 - Passando as rdeas nos estribos

    VI - CHARRETEAMENTO DO ANIMAL

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria26

    c) o domador dever conduzir o animal a passo e trabalhar em crculos, de ambos os lados. Aps executar vrias manobras, deve parar e alinhar o animal.

    ATENO!!!

    Utilize sempre o comando de voz, com tonalidade.

    d) quando o animal estiver parado, o domador dever afast-lo e, depois, par-lo novamente.

    ATENO!!!

    Aps cada parada do animal, deve-se dar um tempo para que ele assimile (entenda) os ensinamentos. Estas operaes duram, em mdia, uma (1) hora por dia, e devem ser efetuadas durante sete () dias.

    FIG. 49 - Parada FIG. 50 - Afastando o animal

    FIG. 47 - Conduo a passo FIG. 48 - Trabalho em crculos

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 2

    O flexionamento do animal consiste no conjunto de exerccios que trabalham desde o focinho at a garupa, possibilitando-lhe maior agilidade e desempenho.

    Deve ser realizado sem que se monte no animal e tem por finalidade fazer com que ele fique condicionado e obedea aos comandos do domador.

    O flexionamento com rdeas abertas dura, aproximadamente, trs (3) dias.

    Procedimento do flexionamento:

    a) o domador dever colocar as rdeas abertas e flexionar o animal do lado esquerdo, direito e na nuca, para que obedea com mais facilidade aos comandos das rdeas.

    ATENO!!!

    Os flexionamentos (esquerdo, direito e nuca), nesta etapa, duram, aproximadamente, trs (3) dias.

    FIG. 51 - Prendendo as rdeas

    FIG. 52 - Flexionamento do lado esquerdo

    FIG. 53 - Flexionamento do lado direitoFIG. 54 - Flexionamento da nuca

    VII - FLEXIONAMENTO DO ANIMAL COM RDEAS AbERTAS

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria28

    Este o primeiro contato em que o domador ir exercer maior presso sobre o dorso do animal; por isso, ele deve apoiar-se no estribo e projetar seu corpo sobre o assento da sela, com muita tranqilidade.

    O animal s dever ser montado aps ter passado pelas etapas anteriores da doma e j estiver aceitando os comandos do domador com naturalidade.

    O animal deve ser montado dos dois lados, direito e esquerdo, indiferentemente, quantas vezes forem necessrias, at que perca o medo e fique condicionado a esta operao.

    Procedimento para montar no animal:

    a) o animal deve estar maneado e selado.

    b) o domador dever encostar no animal suavemente, para que este no se assuste com o contato. As pernas do domador devero estar posicionadas, para facilitar a colocao do seu p no estribo. Ele deve apoiar-se no estribo e montar, com muita tranqilidade, evitando que o animal se assuste. Aps montar, ele dever levantar-se vrias vezes sobre a sela, para que o animal se acostume com a movimentao sobre ele.

    c) o domador dever montar (subir) de um lado e desmontar (descer) do outro, alternando os lados; esta operao deve ser realizada quantas vezes forem necessrias, at conquistar a confiana do animal.

    VIII - COMO MONTAR NO ANIMAL

    FIG. 55 - Encostando no animal

    FIG. 56 - Pisando no estribo

    FIG. 57 - Montando o animal

    FIG. 59 - DesmontandoFIG. 58 - Levantando sobre a sela

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 29

    d) a ponta do maneador dever estar no pescoo do animal, para que fique prxima das mos do domador, o que facilita na hora de soltar o animal.

    PRECAUO!!!

    Retire o maneador lentamente, evitando que o animal se assuste.

    e) o domador deve movimentar o animal com tranqilidade, deixando que ele se solte naturalmente e, aps alguns movimentos, parar o animal sempre alinhado. Ele dever utilizar o martingale para obter maior controle sobre o animal, contribuindo no condicionamento dos exerccios a serem realizados.

    FIG. 61 - Retirando o maneador

    FIG. 63 - Colocando o martingale

    FIG. 62 - Movimentando o animal

    FIG. 60 - Posicionamento

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria30

    O flexionamento um conjunto de exerccios que trabalham o animal desde o focinho at a garupa.

    Possibilita uma maior agilidade e desempenho e realizado com o animal montado; o domador, por sua vez, deve utilizar os comandos das mos e a presso das pernas simultaneamente.

    Tem por finalidade fazer com que o animal obedea aos comandos do domador, contribuindo no processo da doma racional.

    Este conjunto de exerccios deve ser repetido sempre, durante, aproximadamente, dez (10) minutos, mesmo aps o trmino da doma racional; pois, desta forma, manter o animal com bom desempenho nos comandos a serem exigidos.

    Procedimento do flexionamento montado:

    a) o domador deve colocar o animal a passo, em crculos, puxando a rdea de dentro e pressionando a perna deste mesmo lado, para que o animal coloque o focinho dentro do crculo e realize a manobra com facilidade. Esta operao dever ser repetida at que o animal ceda, nos dois lados.

    ATENO!!!

    A presso da perna contribuir para que o animal no feche o crculo e no force as rdeas.

    b) quando parar o animal, o domador dever alinh-lo.

    IX - FLEXIONAMENTO DO ANIMAL MONTADO

    FIG. 64 - Movimentao em crculos FIG. 65 - Posicionamento das mos e pernas

    FIG. 66 - Parada

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 31

    FIG. 67 - Flexionando a nuca

    FIG. 68 - Afastando o animal

    c) o animal dever ser flexionado na nuca para contribuir nas manobras exigidas.

    d) o domador dever afastar o animal com tranqilidade e depois parar, para que ele compreenda os comandos.

    e) o animal dever ser trabalhado com hackmore durante, aproximadamente, trinta (30) dias, em movimento de passo, trote e galope.

    ATENO!!!

    Antes de parar o animal, deve-se respeitar esta seqncia: galope, trote, passo e pare (h!), sempre utilizando os comandos de voz.

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria32

    A embocadura a etapa na qual o brido colocado na boca do animal para se conseguir o total domnio deste.

    Ela contribui para seu melhor comando e tem, por finalidade, sua resposta ao domador, com maior sensibilidade e destreza.

    Ser feita quando o animal j estiver obedecendo a todos os comandos no hackmore.

    Esta etapa dura, aproximadamente, de quarenta (0) a sessenta (60) dias, dependendo do desenvolvimento do animal.

    Procedimento da embocadura:

    a) o domador dever colocar no animal a cabeada com brido, sem rdeas.

    ATENO!!!

    A cabeada deve ser ajustada e ser utilizada para condicionar o animal com o equipamento.

    b) o animal dever ser movimentado a passo, trote e galope.

    ATENO!!!

    O trabalho ainda continua por trs (3) dias no hackmore.

    c) as rdeas, no hackmore, devero ser soltas e presas no brido.

    FIG. 69 - Colocando a cabeada

    FIG. 70 - Movimentando o animal

    X - EMbOCADURA DO ANIMAL

    FIG. 71 - Retirando as rdeas do hackmore

    FIG. 72 - Colocando as rdeas no brido

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    d) o domador dever flexionar o animal com brido no lado esquerdo, direito e na nuca, sem montar.

    e) o animal dever ser montado e colocado em movimento.

    f) montado, o domador dever flexionar o animal no lado esquerdo, direito e na nuca, utilizando simultaneamente as mos e a presso das pernas.

    g) o domador dever movimentar o animal nesta ordem: a passo, a trote e a galope, mantendo sempre o ritmo.

    FIG. 73 - Flexionando com o bri-do no lado esquerdo

    FIG. 74 - Flexionando com o brido no lado direito

    FIG. 75 - Flexionando a nuca

    FIG. 78 - Flexionando a nuca

    FIG. 77 - Flexionando o lado direitoFIG. 76 - Flexionando o lado esquerdo

    FIG. 79 - Movimentando a passo FIG. 80 - Movimentando a trote FIG. 81 - Movimentando a galope

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria3

    h) antes de parar o animal, o domador dever diminuir o ritmo na seguinte ordem: de galope para trote, de trote para passo e de passo para parada, realizando-o com tranqilidade.

    ATENO!!!

    No momento da parada, posicione-se corretamente na sela.

    i) o domador dever afastar o animal alinhado; aps ele ceder, deve parar e dar uma pausa para que o animal compreenda o comando.

    j) aps todas as etapas que o animal realizar corretamente, o domador dever agrad-lo, em sinal de reconhecimento.

    ATENO!!!

    O agrado um gesto de gratido do domador para com o animal.

    l) o fechador de boca dever ser colocado para condicionar o animal a trabalhar com a boca fechada, ou seja, evitar que ele adquira vcio de trabalhar com a boca aberta. Este equipamento contribuir para os comandos exigidos.

    m)o domador dever andar com o animal fora do redondel, contribuindo para sua evoluo e proporcionando um desenvolvimento gradativo.

    ATENO!!!

    O animal s sair do redondel aps o domador ter total domnio sobre ele.

    PRECAUO!!!

    O domador deve ter controle do animal a fim de evitar reaes agressivas fora do redondel.

    FIG. 83 - Animal afastando alinhado

    FIG. 84 - Agradando o animal

    FIG. 85 - Colocando o fechador de boca

    FIG. 86 - Andando com o animal fora do

    redondel

    FIG. 82 - Posicionamento

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 3

    A adaptao ao meio o processo no qual o animal submetido, de forma racional, a uma nova realidade a qual ele no estava, at ento, acostumado.

    Neste processo de adaptao, o animal adquire maior confiana, proporcionando segurana ao seu condutor nos trabalhos do dia-a-dia.

    O animal, nesta etapa, submetido a ambientes diferentes, como: pisos, barulhos (sons) e movimentos (contatos com pessoas, veculos etc.).

    Este trabalho ser feito somente quando o animal tiver passado por todas as etapas do processo da doma racional, na qual ele se tornar confivel para se adaptar no meio onde ir conviver.

    Procedimento para a adaptao do animal:

    a) o animal dever participar de atividades de campo, para acostumar-se com elas e contribuir para o processo da doma racional.

    b) o animal, ao ser conduzido na estrada, deve andar pelo lado direito, evitando possveis acidentes.

    ATENO!!!

    Controle a velocidade do animal, a fim de condicion-lo em seu andamento.

    c) o domador dever andar com o animal em permetros urbanos, pois este trabalho possibilita a adaptao decorrente da mudana de piso, barulho (sons) e movimentos.

    FIG. 87 - Adaptao do animal no campo

    FIG. 88 - Adaptao do animal a andar em estradas

    XI - ADAPTAO DO ANIMAL AO MEIO

    FIG. 89 - Adaptao do animal a andar em permetro urbano

  • do Estado dE so PauloFEdErao da agricultura E PEcuria36

    PRECAUO!!!

    O domador dever conduzir o animal com pleno controle e segurana, evitando acidentes com terceiros.

    d) aps o trmino das atividades executadas, o animal dever ser lavado, escovado e alimentado para que, no dia seguinte, tenha disposio para o trabalho.

    ATENO!!!

    O banho do animal deve iniciar-se de baixo para cima, evitando choque trmico.

    O animal deve ser alimentado corretamente para que possa desenvolver todo o seu potencial.

    PRECAUO!!!

    Escove o animal cuidadosamente, evitando reaes agressivas.

    O cavalo o espelho do cavaleiro

    (Dito popular)

    FIG. 90 - Lavando o animal FIG. 91 - Alimentando o animal

  • sErvio NacioNal dE aPrENdizagEm rural admiNistrao rEgioNal do Estado dE so Paulo 3

    1. camargo, ruy BuENo dE arruda. Doma e adestramento do cavalo: um novo horizonte. 2 ed., So Paulo: cone, s.d., 200 p.

    2. marcENac, louis-NoEl; auBlEt, HENri; dautHEvillE, PiErrE. Enciclopdia do cavalo. ed., So Paulo: Organizao Andrei, 1990, 2 v.

    3. S0ervio Nacional de Aprendizagem Rural. Administrao Regional do Estado do Pa-ran. Trabalhador na doma racional. Curitiba: SENAR/PR, 1996, 6 p.

    4. Servio Nacional de Aprendizagem Rural. Administrao Regional do Estado do Rio Grande do Sul. Doma racional: manual do participante. Elaborado por Tales Cunha Leal. Guaba: Agropecuria; Porto Alegre: FARSUL/SENAR, 199, 9 p.

    5. torrEs, alcidEs di ParaviciNi E Jardim, WaltEr r. Criao do cavalo e de outros eqi-nos. 3 ed., So Paulo: Nobel, 1992, 6 p.

    XII - bIbLIOGRAFIA

  • SENAR-AR/SPRua baro de Itapetininga, 224CEP: 01042-907 - So Paulo/SP

    www.faespsenar.com.br